Apagas tanto, apagas tudo. Haverá também de amestrar Esta saudade. Diluir o vermelho da paixão Nas rosáceas da serra. Tempo que haverá de domar Esta fúria de amor Tornando-a gazela. Tempo que irá evaporar A espera e retorno. Apagar-se-ão os bons E os maus tempos, Dores fundas, Beijos, tatos, telas, Fardos, olhos, sépias, Fotos, casas, fadas, Casos, lousas, Lápis – Pois quando a palavra transborda o silencio, É preciso escrever...