do colágeno, em que as ligações moleculares naturais entre fibras separadas de colágeno são
quebradas, permitindo o seu rearranjo. A gelatina funde com o calor e solidifica quando o calor
cessa. Misturada com água a gelatina forma uma solução coloidal. É uma substância translúcida,
incolor ou amarelada, praticamente insípida e inodora, que se pode obter fervendo certos
produtos animais, como ossos, pele e outras partes com tecido conectivo. É muito utilizada
em alimentos e medicina e como estabilizante ou espessante.
Producao
A produção de gelatina pode ser realizada a partir de tecidos conjuntivos (peles) de animais,
tais como suínos ou bovinos, ou ossos de animais provenientes de abatedouros. Ela envolve as
seguintes etapas básicas: pré-tratamento; extração; purificação; concentração; resfriamento e
secagem; e moagem e preparação final.
Na conversão do colágeno à gelatina ocorre desnaturação da estrutura de hélice tripla, quebras
das ligações intermoleculares e quebras das ligações peptídicas.
Alguns dos aminoácidos na estrutura peptídica do colágeno contêm grupos funcionais que são
hidrolisados sob condições ácidas ou básicas, levando à mudanças no balanço dos grupos
carregados das moléculas de gelatina. Considerando-se a forma e tamanho da molécula de
gelatina, temos uma outra propriedade importante que é o ponto isoelétrico (pI) que, por
definição, é o pH da solução de proteína em que não há migração para um campo elétrico.As
gelatinas são classificadas em A ou B de acordo com a natureza da matéria-prima e do tipo de
hidrólise aplicada à esta.
Introducao
A gelatina é um alimento natural. As matérias primas utilizadas na sua manufatura são peles
de suínos e bovinos, ou ossos desmineralizados provenientes de animais aprovados para o
consumo humano pelas autoridades veterinárias. A proteína colagênica destes materiais é que
são a base da produção de gelatina.
A junção de várias destas triplas hélices, por sua vez, forma as fibrilas de colágeno, que
apresentam uma estrutura de rede tridimensional. Esta estrutura constitui o tecido conectivo de
peles e ossos.
A gelatina é uma substância produzida a partir do colágeno hidrolisado retirado da pele, dos
ossos, dos tendões e das cartilagens de mamíferos (exceto do ser humano). É fonte de colágeno,
queratina, proteínas que auxiliam e previnem dores nas articulações combate a flacidez, impede a
deformação dos ossos, auxilia em dietas, fortalece os cabelos e unhas, fortalece os ossos, auxilia
na cicatrização e previne o organismo contra doenças como a artrose e a osteoporose.
Sua composição contém nove dos dez aminoácidos que o organismo necessita. Não possui
gordura, colesterol e nem contra indicações, deve ser consumida no mínimo 250 ml por dia. É
importante esclarecer que a gelatina não é uma substância milagrosa, pois a utilização dessa sem
a mudança de hábitos alimentares auxilia isoladamente, ou seja, não traz tanto benefício se não
for associada a alimentos naturais.
A gelatina pode ser encontrada em pó, em folha ou em cápsula, sendo que a última se encontra
em farmácias. A diferença entre essas é a quantidade, que deve ser dosada de maneira a suprir as
necessidades diárias do organismo e a versão que pode ser alimentar ou suplementar. A gelatina
alimentar é utilizada na culinária para realização de sobremesas e a gelatina suplementar é aquela
utilizada para complementar a alimentação como fonte mais pura de colágeno. Além de
beneficiar o organismo com tão grande quantidade de proteínas, a gelatina ainda oferece cerca de
15% de água.
A PRODUÇÃO DE GELATINA
A produção de gelatina é obtida a partir de materiais que tenham alto teor de colágeno, como
pele bovina e suína e ossos de boi. A matéria-prima é retirada exclusivamente de animais
aprovados para o consumo humano por autoridades veterinárias. No caso do boi, após o abate, as
peles são enviadas às fábricas processadoras. Lá, são lavadas para a remoção dos pêlos e
cortadas em três camadas. A parte intermediária é usada para a produção de gelatina.
Como uma parte do processo – a extração do couro – é feita fora da empresa, a Gelita firmou
parcerias com curtumes do país. "Orientamos o pessoal sobre higiene, estocagem e
processamento das peles", afirma Reimann. Segundo ele, a garantia de acesso ao mercado
externo está veiculada às certificações sanitárias de todos os pontos da cadeia produtiva – do
local onde a matéria-prima foi gerada até a chegada à fábrica.
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O nome ágar-ágar vem da língua malaia, onde ágar significa gelatina e, como é costume nas
culturas da Polinésia, a palavra é repetida duas vezes para dar mais ênfase, sendo a tradução
literal gelatina-gelatina ou gelatina pura. Ele teve uma grande aceitação em todo o Extremo
Oriente, contribuindo de forma muito importante para os hábitos alimentares do Japão, China,
Indonésia e Coréia. Em Espanha e Portugal, a sua produção começou em pequena escala durante
a Segunda Guerra Mundial, a partir da alga Gelidium sesquipedale.
Anteriormente, no Japão, a produção de ágar-ágar era feita usando apenas algas Gelidium. No
final do século XIX, devido ao grande consumo e exportações para o Ocidente, tenta-se produzir
ágar-ágar de outro tipo de algas. A alga utilizada foi a Gracilaria, mas o resultado final foi um
ágar-ágar de qualidade diferente. Hoje, mais de 90% da produção mundial desta substância é
destinada ao consumo humano. É utilizado na indústria alimentar ou como ingrediente alimentar.
Os restantes 10% da utilização destinam-se a aplicações biotecnológicas.