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Geografia A
1 – A população utilizadora de recursos e organizadora
de espaços
1.1 – A população: evolução e contrastes regionais
1.1.1 – A evolução da população portuguesa desde meados do
século XX
1.1.1.1 – Evolução demográfica
Desde meados do século XX que a população portuguesa tem crescido irregularmente:
Crescimento demográfico contínuo, devido à alta taxa de natalidade e à menor
taxa de mortalidade;
Quebra demográfica nos anos 60, causada pelo surto de emigração (o que
diminuiu o crescimento migratório) e pela ligeira redução da taxa de crescimento
natural;
Aumento significativo da população após a Revolução de 25 de abril de 1974,
resultado do acentuado aumento do crescimento migratório – chegada repentina
dos «retornados» vindos das ex-colónias e diminuição da emigração;
A taxa de saldo migratório volta a ter valores negativos durante os anos 80, o que,
em conjunto com a descida da taxa de crescimento natural, explica a quase
estagnação da população nessa década;
Acréscimo da população nas duas últimas décadas – a chegada de imigrantes
naturais de países de língua oficial portuguesa e da Europa de Leste elevou a taxa
de crescimento migratório, compensando os baixos valores e a tendência
decrescente da taxa de crescimento natural.
A variação populacional foi positiva no litoral e negativa no interior.
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Crescimento natural
A redução da taxa de natalidade acentuou-se a partir dos anos 60, sobretudo
depois de 1975;
A maior descida da taxa de mortalidade verificou-se durante a primeira metade
do século XX;
A taxa de crescimento natural tem vindo a diminuir;
A descida da taxa de mortalidade infantil foi mais lenta, e mais significativa a
partir da década de 60.
Saldo migratório
A emigração e o êxodo rural tiveram maior impacte nas regiões do interior;
A imigração tem contribuído para o crescimento demográfico, principalmente nas
regiões do litoral;
Diminuiu na década de 60, aumentou nos anos 70 e cresceu nas últimas décadas.
Crescimento efetivo
Considerando a tendência de redução do crescimento natural, o saldo migratório
tem sido o principal componente efetivo da população, desde os anos 90.
Declínio da fecundidade
O declínio da fecundidade evidencia-se na redução dos indicadores de natalidade:
Nº de nascimentos
Taxa de fecundidade = × 1000 ;
Nº de mulheres em idade fértil
Índice sintético de fecundidade = Nº de crianças que, em média, cada mulher tem
durante a sua vida fértil. Atualmente, é menor que o índice de renovação de
gerações – valor mínimo do índice sintético de fecundidade para assegurar a
substituição de gerações (2,1).
Esses indicadores diminuíram devido:
ao planeamento familiar;
aos métodos contracetivos;
ao aumento dos encargos com a educação e com a saúde;
à emancipação da mulher;
ao aumento do nº de divórcios;
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à diminuição do nº de casamentos.
Aumento da longevidade
O envelhecimento demográfico deve-se ao aumento da esperança média de vida e do
Pop . de 75 e mais anos
índice de longevidade ( ×100 ), que, conjugados com o
Pop . de 65 e mais anos
declínio da fecundidade, conduzem a um progressivo envelhecimento da população,
evidenciado na evolução do índice de envelhecimento (
Pop . de 65 e mais anos
× 100 ). Este é mais elevado no interior do que no litoral.
Pop . entre os 0 e 14 anos
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Valorização da população
Deve-se valorizar a população ativa, através da sua formação escolar e profissional:
aumento dos níveis de escolaridade e de qualificação profissional;
promover a adaptabilidade e reconversão profissional através do reforço da
formação inicial e da aprendizagem ao longo da vida;
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promover uma maior facilidade na transição dos jovens para a vida ativa;
formação no domínio das novas tecnologias e áreas de maior oferta de emprego;
igualdade de género;
melhoria das condições de higiene e segurança.
1.2.1.2 – Fatores
Fatores físicos
Onde a dens. pop. é maior:
Onde a dens. pop. é menor:
Clima mais húmido e ameno;
Relevo menos acidentado, com Alta amplitude térmica e secura
planícies; acentuada;
Extensa linha de costa; Relevo mais acidentado;
Solos mais férteis. Menor acessibilidade natural;
Solos mais pobres.
Fatores humanos
1.2.2.2 – Soluções
Ordenamento do território;
Melhoria das acessibilidades;
Criação dos serviços essenciais de apoio à população;
Desenvolvimento das atividades económicas geradoras de emprego e qualificação
da mão-de-obra;
Concessão de benefícios e incentivos a empresas e a profissionais qualificados.