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LEONOR NEVES DA COSTA LUIS DOS REIS | ESTUDO DE CURADORIA I |

ORIENTADOR: PROF. DR. CRISTINA TAVARES | 2016-2017

PROPOSTA DE TRABALHO

Uma pesquisa rápida de definições do termo “museu” em diferentes dicionários é suficiente perceber a
desadequação da palavra no contexto contemporâneo. Segundo o oxford dictionary, o museu é um “local
ou edifício onde objectos de interesse histórico, artístico ou científico são exibidos, preservados ou
estudados” (“a place or building where objects of historical, artistic or scientific interest are preserve or
studied.”). Já a versão americana do mesmo dicionário diz-nos que é um “edifício onde as pessoas podem
ir ver obras de arte ou objectos de interesse para a ciência ou história” (“a building where people can see
works of art or objects of interest for science or history”). Curiosa escolha de palavras em ambas as
versões. Por um lado a versão inglesa omite o carácter público do museu, limitando-se a definir o museu
como uma espécie de arquivo onde são guardados “Objectos de interesse…”, enquanto que a versão
americana, referindo o tal carácter público do museu, estabelece uma distinção entre “Obras de arte” e
“objectos de interesse para a ciência ou história”, como se uma obra de arte não pudesse ser um objecto
de interesse para a história. Além da má escolha de palavras, tais entradas não chegam sequer a definir
vagamente as funções do museu, seja a legitimação das obras, a influência na recepção destas por parte
do público, seja o seu poder neutralizador, a sua força institucional ou a sua “tolerância destrutiva”
(Baudelaire).

Numa época em que abundância parece mais vazia do que nunca, na qual o valor da obra de arte parece
reduzido a números, tudo parece despojado de significado. Simultaneamente assistimos a uma
necessidade exacerbada de transformar tudo o que nos rodeia, tudo o que nos acontece ou simplesmente
existe, sejam catástrofes, culturas, locais, tudo aquilo que é possível reduzir a símbolos que possam depois
ser expostos para a posteridade. Perante tal cenário, podemos (e devemos) perguntar-nos, o que é hoje
um museu? É aceitável continuar a usar a mesma definição que talvez representasse bem os gabinetes
de curiosidades e o Salon de Paris dos sécs. XVI e XVII, quatro séculos depois? E finalmente, será possível
chegarmos a uma definição capaz de retratar com exactidão, mais do que um termo, uma instituição, um
contexto, o reflexo de um tempo como o Museu?

Dado o caracter ensaístico do trabalho, e de maneira a não bloquear o pensamento e discurso crítico que
se pretende que seja o mais fluente e produtivo possível, tentarei reduzir ao mínimo as referências
intertextuais, encontrando-se na bibliografia todas as fontes consultadas, referenciadas e nas quais o
discurso é baseado e fundamentado.

Segue-se uma breve bibliografia, ainda em construção, que servirá de base conceptual ao
desenvolvimento deste texto.
LEONOR NEVES DA COSTA LUIS DOS REIS | ESTUDO DE CURADORIA I |
ORIENTADOR: PROF. DR. CRISTINA TAVARES | 2016-2017

BIBLIOGRAFIA

 ADORNO, Theodor W., Aesthetic Theory (1970)


 ADORNO, Theodor W., Prisms (1967)
 BOURRIAUD, Nicolas, Relational Aesthetic (1998)
 RUGG, Judith, Issues in Curating Contemporary Art and Performance (2007)
 DEBORD, Guy, The Culture of Spectacle (1967)
 WOLFE Paul, MOORE, Barrington, MARCUSE, Herbert, A Critique of Pure Tolerance (1965)
 WIND, Edgar, Art and Anarchy (1963)
 KREDER, Jennifer Anglim, The Holocaust, Museum Ethics and Legalism (2008)
 BALZER, David, How Curating took over the Art World and Everything Else (2015)

OUTRAS REFERÊNCIAS
 Mario Perniola
 Gerhard Richter (entrevistas)
 W, Benjamin

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