Laboratório de Microbiologia
(VINAITS)
Nome do Financiador:
Acordo de Cooperação entre Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e Instituto
Nacional de Saúde (INS): Strengthening the National Institutes of Health in the Republic of
Mozambique under the President's Emergency Plan for AIDS Relief (PEPFAR) - GRANT
NO: 6 NU2GGH002021-01-01
Número de versão:
1.0
Finalidade:
Vigilância sentinela
(VINAITS)
Investigadora Principal
Charlotte Elizabeth Comé
Laboratório de Microbiologia, Instituto Nacional de Saúde. Ministério da Saúde
Vila de Marracuene, EN1, Parcela № 3943
Província de Maputo, Moçambique
Tel. : (+258) 824232790
Fax: (+258) 1 33320/426847
Email: lottacome@gmail.com
Coordenador Clínico
Noela Chicuecue, MD
Programa Nacional de Controle de ITS/HIV/SIDA. Ministério da Saúde
Av. Eduardo Mondlane/Salvador Allende
CP 264 – Maputo, Moçambique
Tel: (+258) 430814/42713(4)
Fax: (+258) 1 33320/426847
Email: chicuecue@yahoo.com
Coordenador Laboratorial
Octávio Jossai Alfredo, BSc
Laboratório de Microbiologia, Instituto Nacional de Saúde. Ministério da Saúde
Vila de Marracuene, EN1, Parcela № 3943
Província de Maputo, Moçambique
Tel: (+258) 430814/42713(4)
Fax: (+258) 1 33320/426847
Email: octaviojossai@gmail.com
Financiadores
Family Health International (FHI 360)
Frederico Rocuts
Rua Joaquim Mara
Maputo, Mozambique
Telefax: (+258) 21 241 100 / 21 485502
Email: frocuts@fhi360.org
Acordo de Cooperação entre Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e Instituto Nacional de Saúde
(INS): Strengthening the National Institutes of Health in the Republic of Mozambique under the President's
Emergency Plan for AIDS Relief (PEPFAR) - GRANT NO: 6 NU2GGH002021-01-01
Colaboradores
Rahima Sacur
Family Health International (Fhi 360)
Rua Joaquim Mara
Maputo, Mozambique
Telefax: (+258) 21 241 100 / 21 485502
Email: rahimasacur@fhi360.org
(VINAITS)
Financiador
APROVAÇÃO ÉTICA
(VINAITS)
A informação apresentada neste protocolo é confidencial. Sendo assim, não deve ser divulgada
ou partilhada com terceiros sem permissão específica fornecida por escrito pelo departamento de
pesquisa ou quando a divulgação for requerida pelas autoridades reguladoras. Esta restrição de
divulgação será igualmente aplicada para informações fornecidas a posterior que sejam
privilegiadas ou confidenciais.
Uma vez impresso e assinado pelas investigadoras e outros assinantes autorizados, o protocolo
não pode ser alterado informalmente. As emendas ao protocolo têm a mesma necessidade de
aprovação e devem seguir todos os passos obrigatórios para serem revistas e aprovadas antes de
serem implementadas.
Investigadora Principal
Assinatura: _________________________________________________
LISTA DE ABREVIATURAS
PS Posto Sentinela
Tabela do Conteúdo
SUMÁRIO/RESUMO ........................................................................................................................ 12
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 13
1.1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................................................... 13
1.2. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................................ 16
2. OBJECTIVOS DO ESTUDO......................................................................................................... 18
2.1. OBJECTIVO GERAL.................................................................................................................................. 18
2.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................................................................... 18
3. METODOLOGIA ........................................................................................................................... 19
3.1. DESENHO DE ESTUDO.............................................................................................................................. 19
3.2. POSTO SENTINELA .................................................................................................................................. 20
3.3. TAMANHO DA AMOSTRA ......................................................................................................................... 20
3.4. DEFINIÇÃO DE CASO ............................................................................................................................... 21
3.5. ELEGIBILIDADE ....................................................................................................................................... 23
3.5.1. Critérios de Inclusão ................................................................................................................... 23
1. Introdução
Segundo a OMS (2), mais de 30 patógenos bacterianos, virais e parasitas, são transmitidos
sexualmente incluindo o HIV. Estima-se que existem mais de 340 milhões de novos casos de
bactérias comuns e protozoários transmitidos sexualmente (ex: sífilis, gonorreia, clamídia,
infecções genitais e tricomoníase) que ocorrem a nível mundial em homens e mulheres com
idades entre os 15-49 anos.
Reduzir a prevalência das Infecções de Transmissão Sexual (ITS) é uma prioridade nos
países em desenvolvimento, especialmente em grande parte da África subsaariana, onde a
prevalência do HIV atingiu proporções astronômicas (3, 4). Por um lado, essas infecções
perpetuaram a aquisição e o desenvolvimento de cada uma delas (5). Por outro lado, o HIV
alterou a apresentação clínica e a prevalência de agentes etiológicos das ITS (6). As
mudanças na prevalência de ITS e HIV também podem ser influenciadas pelo investimento
em países africanos em crescimento como Moçambique (7, 8).
Moçambique possui uma das mais elevadas prevalências de HIV no mundo. Estima-se que
cerca de 13% dos moçambicanos estão infectados pelo HIV. No entanto, a prevalência é
variável entre nas diferentes regiões geográficas do país, sendo que as regiões do Centro e do
Sul do país possuem taxas mais elevadas em relação a região Norte do país (9). Considerando
o contexto actual da prevalência do HIV em Moçambique e o impacto das ITS na
transmissão sexual do HIV, o controlo das ITS representa uma estratégia importante de
controlo da epidemia do HIV em Moçambique.
Estabelecer o diagnóstico etiológico das ITS é uma das questões mais desafiadoras da
medicina humana. A maioria das 333 milhões de novas infecções estimadas por ano ocorrem
em países em desenvolvimento como Moçambique, onde o diagnóstico clínico e laboratorial
é dificultado pela falta de pessoal médico e instalações laboratoriais. No entanto, mesmo em
países mais ricos onde essas instalações estão disponíveis, o diagnóstico etiológico revela-se
difícil por causa da baixa sensibilidade de ambos, do diagnóstico clínico e até dos mais
sofisticados testes. Além disso, um teste positivo para um organismo não exclui a presença
de outros, porque as infecções mistas ocorrem com frequência. Essas dificuldades em chegar
a um diagnóstico resultaram na implementação do manejo sindrômico (MS) para ITS. Esta
abordagem é realizada usando algoritmos simples, elaborados de acordo com a realidade
local e disponibilidade dos medicamentos necessários. Esta abordagem sindrômica utiliza
algoritmos clínicos baseados nos sintomas do paciente e sinais clínicos para determinar a
terapia antimicrobiana. MS visa proporcionar tratamento antimicrobiano que cubra agentes
causais comuns em pelo menos 95% dos pacientes com síndrome particular (10). No entanto,
a etiologia das diferentes síndromes, bem como os padrões de susceptibilidade
antimicrobiana dos micróbios envolvidos, podem variar significativamente em diferentes
áreas ou mesmo dentro da mesma área. Isso ressalta a necessidade de pesquisas específicas
de área quando se abordam programas nacionais de controle das ITS.
grande problema terapêutico em muitas partes do mundo, com resistência entre estirpes de N.
gonorrhoeae que representam um desafio em particular.
Desde a introdução do manejo sindrómico das ITS em larga escala na África do Sul (SA) em
1993. a distribuição das Concentrações Inibitórias Mínimas (CIM) de N. gonorrhoeae para
todos os antimicrobianos recomendados deslocou-se para a direita (13). Essas mudanças
resultaram em resistência clinicamente significativa para penicilinas, tetraciclinas e, mais
recentemente, fluoroquinolonas (14, 15). Para as outras drogas, o aumento das CIM ainda
não teve impacto clínico. Relatórios de outras áreas do mundo mostraram tendências
semelhantes de resistência, incluindo resistência à kanamicina (14, 15). Moçambique é um
país vizinho da SA. Muitos moçambicanos de ambos os sexos estão trabalhando na África do
Sul e suas famílias são baseadas em Moçambique, por isso postulamos que as estirpes multi-
resistentes de N. gonorrhoeae estarão presentes e que o fenômeno migratório pode contribuir
para a importação de ciprofloxacina resistente a N. gonorrhoeae através das estirpes que
circulam na África do Sul (13, 17). O impacto dos organismos resistentes tem influência
adversa na saúde pública, pois permite uma re-infecção aumentada, uma vez que os pacientes
são inadequadamente tratados. Por outro lado, o tratamento ineficaz das ITS aumenta a
infecção pelo HIV e vice-versa.
por fim a clamidíase (19,20). Um estudo realizado em 2003 com o objectivo de determinar a
prevalência das ITS em mulheres atendidas nas clínicas de planeamento familiar em
Moçambique demonstrou que a prevalência dos agentes etiolóicos das ITS foi de 4% para N.
gonorrhoeae, 8% para C. Trachomatis, 31% para T. vaginalis, 6% para M. genitalium, 64%
para G. vaginalis, 14% de C. albicans, e 7% para sífilis. Contudo, não existem dados sobre a
frequência de outros agentes envolvidos na etiologia das ITS tais como Mycoplasma hominis
bem como Ureaplasma urealyticum, HSV, Hepatites B e Centre outros.
1.2. Justificativa
Sendo as ITS uma emergência médica, pelo elevado número de casos com pacientes
assintomáticos, pela negligência dos participantes às consultas nas unidades sanitárias
resultante do estigma, pela implicação no aumento do índice de infecção pelo HIV, e
sequelas tenebrosas e devastadoras, resultando em altas taxas de mortalidade e morbilidade, a
investigação sobre estas infecções constitui um dos principais interesses no mundo científico.
2. Objectivos do Estudo
2.1. Objectivo Geral
Estudar a prevalência e epidemiologia molecular dos agentes etiológicos implicados nas
ITS em Moçambique e avaliar o padrão de susceptibilidade aos antimicrobianos mais
frequentemente usados no sistema nacional de saúde em Moçambique.
Estudar a prevalência e epidemiologia da resistência aos antibióticos dos isolados de
Neisseria gonorrhoeae.
3. Metodologia
À todas as mulheres e crianças identificadas com sinais físicos e psicológicos de violência sexual
serão atendidas de acordo com o guia para atendimento integrado às vítimas de violência que
consiste em: realizar exame detalhado para identificar lesões físicas e mentais com importância
médico-legal; realizar profilaxia pós-exposição (PPE) para as ITS, aconselhamento e testagem
para o HIV; fazer o rastreio da gravidez; possibilitar a contracepção de emergência; realizar
cuidados pós aborto, despiste e tratamento das ITS; promover a reabilitação psicológica;
identificar os sinais de perigo; fazer a referência para nível secundário e terciário dos casos
graves conforme sejam identificados nos Centros de Saúde Sentinela e Hospital Sentinela,
respectivamente.
A monitoria da vigilância será coordenada localmente pelo pessoal ou pelo ponto focal do posto
Sentinela previamente designado. Os dados clínicos sobre as amostras e os dados
epidemiológicos de doentes com sinais e sintomas de ITS serão recolhidos por pessoal clínico
gonorreia de 17% em indivíduos com ITS (Guião de Tratamento de ITS 2003, MISAU). Deste
modo, o cálculo da amostra será determinado assumindo uma prevalência de gonorreia esperada
de 17%, com um intervalo de confiança de 95% e uma precisão de estimativa de 1,5% conforme
habitual em estudos similares, usando a seguinte fórmula:
Deste modo, serão incluídos 2410 casos por ano o correspondente a 201 pacientes por mês.
Assim sendo, pretende-se recrutar pelo menos 10 amostras por dia por todo o País.
- Síndrome de dor no baixo-ventre em mulheres: sintomas de dor no baixo ventre, dor durante as
relações sexuais com o exame físico mostrando secreção vaginal anormal, sensibilidade no baixo
ventre após apalpação ou temperatura>38º C.
Após que a testagem tiver sido realizada (vide 3.6. Procedimentos laboratoriais), serão
considerados como definição de casos para as etiologias das ITS os seguintes:
Nado morto: morte fetal que ocorre após 20 semanas de gestação ou em que o feto pesa> 500gr
E a mãe não tratou ou tratou inadequadamente a sífilis no parto.
- Oftalmia neonatal
Caso provável: conjuntivite em um recém-nascido que não recebeu profilaxia ocular, ocorrendo
dentro de duas semanas do nascimento.
Caso confirmado: conjuntivite em um recém-nascido (<30 dias de idade), com uma amostra
ocular em que o teste foi positivo para N. gonorrhoeae ou C. trachomatis.
3.5. Elegibilidade
3.5.1. Critérios de Inclusão
Serão incluídos na VINAITS todos os pacientes que preencham a definição de caso (secção 3.4)
e que tenham dado por escrito consentimento e assentimento informado (Anexo 1).
3.6. Procedimentos
A VINAITS contará com 2 tipos de Postos Sentinela (PS): Postos de sentinela de nível primário
e secundário, designados de Postos Sentinela Periféricos (PSP) onde não existe laboratório de
Microbiologia e Postos sentinela de nível terciário e quarternário, designados de Posto Sentinela
de Referência (PSR), onde existe laboratório de bacteriologia com capacidade para realizar
identificação e isolamento de amostras de pacientes que se submeteram ao exame.
As amostras colhidas nos PSP serão enviadas uma vez por semana segundo calendário a ser
fixado, para os PSR que, por sua vez irão enviar as amostras e isolados aos Laboratórios de
Microbiologia, de Serologia e de Biologia molecular do INS. Amostras colhidas nos PSP da
cidade de Maputo serão enviadas diariamente para os laboratórios do INS para o processamento
e acondicionamento das mesmas.
Antes da implementação das actividades iniciarem, serão realizados treinos às equipes que farão
parte da VINAITS e visitas de supervisão aos PS de acordo com o cronograma de actividades.
As regiões anatômicas apropriadas para a colheita das amostras irão depender do sexo, idade e
comportamento sexual do paciente, dependendo dos sinais e sintomas clínicos. Assim sendo,
A) Secreção vaginal: Estas amostras serão colhidas de pacientes com síndrome da secreção
vaginal. A zaragatoa será girada contra a parede posterior da vagina por cinco segundos.
As zaragatoas com secreção vaginal serão obtidas pela paciente. O profissional de saúde
pode obter estas amostras se tratar de uma paciente que tenha dificuldade de fazê-lo
sozinha.
B) Secreção endocervical: será inserido 2-3cm de uma zaragatoa no orifício do colo do
útero, girando-a, gentilmente, por 5-10 segundos. Estas amostras não serão colhidas em
meninas impúberes ou em mulheres que fizeram histerectomia; nestes casos as amostras
serão colhidas da secreção da vagina. Adicionalmente, amostras de urina de primeiro
jacto (vide alínea D) também serão colhidas para pacientes com esta secreção.
C) Secreção uretral: serão colhidas amostras em pacientes do sexo masculino com leucorreia
usando zaragatoas de haste fina, no mínimo uma hora após o paciente ter urinado. Se a
secreção for evidente, a uretra deve ser despida (em caso de o paciente ter prepúcio) para
que o exsudato seja retirado directamente do orifício da uretra. Se o exsudado não for
evidente, deverá ser inserido 2-3cm da zaragatoa na uretra, girando-a, gentilmente, por 5-
10 segundos.
D) Urina de primeiro jacto: Será colhida cerca de 10-20mL do primeiro jato de urina em um
frasco estéril, no mínimo, uma hora depois que o paciente tiver urinado. De seguida a
mesma urina será transferida cerca de 2-3 ml para dois tubos com meio de transporte
Gen-Probe® APTIMA® conforme indicado no tubo de colecta. Esta amostra é obtida
pelo próprio paciente do sexo masculino e/ou em pacientes femininas impúberes ou em
mulheres que fizeram histerectomia.
E) Secreção rectal: a zaragatoa será inserida 2-3cm no reto, girando-a contra a parede retal
por 10 segundos. Se ocorrer contaminação por fezes, descarte a haste e use outra para a
obtenção do espécime. Estas amostras serão obtidas de pacientes em risco (Homens que
fazem sexo com Homens - HSH) e outros pacientes que afirmam realizar sexo anal.
F) Secreção da orofaringe: deve ser usada uma zaragatoa para colher a amostra da região da
faringe posterior, acima da borda inferior do palato mole e das criptas tonsilares. Estas
amostras serão colhidas de pacientes sintomáticos, pacientes que afirmam realizar sexo
oral e pacientes da população-chave tais como Mulheres Trabalhadoras de Sexo (MTS) e
HSH.
G) Secreção da conjuntiva: após a retração da pálpebra inferior, deve-se usar uma zaragatoa
de haste fina e mover ao longo da superfície da conjuntiva palpebral inferior em direção
ao canto mediano do olho. Será colhida em amostras com secreção nos olhos.
Estas amostras serão colhidas em todos os PS com a excepção da secreção endocervical em que
as amostras serão colhidas somente nos PSR em locais com condições apropriadas para o uso de
cadeiras ginecológica.
H) Secreção de úlceras genitais: após a limpeza da úlcera com gaze seca estéril, serão feitos
esfregaços de impressão em lâminas de vidro. Será utilizada uma zaragota de Dacron
Rígida estéril será para colher a amostra raspando a base e as bordas da úlcera. A
zaragatoa com a amostra colhida será colocada em um recipiente esterilizado e
armazenado em caixa térmica em temperatura de refrigeração aguardando transporte até
o laboratório.
I) Sangue total: Para além da colheita de amostras descritas anteriormente, em todos os
pacientes serão colhidos 10 ml de sangue total, em que 1.1 mL será usado para preparar
um total de 3 (três) cartões de amostras de sangue seco (DBS), e 4.9 mL em tubos secos
para obtenção de soro e 4ml em tubos de colheita com EDTA para obtenção de plasma
para a realização de testes serológicos e moleculares. O plasma e soro serão
posteriormente aliquotados e acondicionados e transportados ao PSR à temperatura de
refrigeração (-20o C) e os cartões de DBS serão acondicionados a temperatura ambiente
em plásticos ziplock com gel sílica e indicador de humidade
Todas as amostras colhidas serão rotuladas com dados mínimos do paciente como o NID,
gênero, idade e espécime clínico assim como a ficha de notificação de caso de ITS
correspondente.
Para fins de controle de qualidade todas as amostras enviadas deverão ser listadas em
formulários de transporte de amostras onde consta a assinatura de quem enviou. Estes
formulários deverão ser assinados pelo técnico que a irá receber no PSR.
Os esfregaços das secreções (vaginal, endocervical e uretral) serão testados no PSR para
diferenciação de vaginite e vaginose bacteriana pelos critérios de Nugent internacionalmente
padronizados (vide tabela 1). A vaginose bacteriana, apesar de não ser uma ITS é considerada
nesta vigilância pelo impacto na disseminação no parto prematuro e na possibilidade desta
condição em facilitar a transmissão da infecção pelo HIV. Em esfregaços de pacientes com
vaginite (como a gonorreia), são observadas a presença de células leucocitárias e a presença ou
não de diplococos Gram negativos sugestivos de Neisseria gonorrhoeae pela coloração de Gram,
*
NOTA: Apesar da vaginose bacteriana não ser uma ITS, é importante o seu diagnóstico
para a diferenciação com uma vaginite que pode ser causada por uma ITS.
As placas com meio Thayer Martin, servirão para o isolamento e identificação de Neisseria
gonorrhoeae através da cultura no PSR. Isolados obtidos serão encaminhados para o laboratório
de Microbiologia do INS (LNRM) semeadas em ágar chocolate para confirmação e controle de
qualidade.
Isolados suspeitos no Thayer Martin será feita através da coloração de Gram e cultura, em que
colónias com morfologia de diplococos Gram negativos, oxidase e catalase positivos,
fermentadores da glicose e não fermentadores da lactose serão identificados como Neisseria
gonorrhoeae. Estes isolados serão encaminhados em ágar chocolate e meio de transporte TSA
para o laboratório de Microbiologia do INS para confirmação.
Todas as amostras assim como os isolados serão enviados ao INS com uma peridiocidicidade
definida por empresa a ser identificada e, que tenham os requisitos de qualidade de transporte
internacionalmente assegurados.
Isolados obtidos nos PSR encaminhados em ágar chocolate serão testados para confirmação para
controle de qualidade da testagem e realização do teste de susceptibilidade aos antimicrobianos
(TSA) pelo método qualitativo Kirby Bauer e quantitativo pela determinação da concentração
inibitória mínima (CIM) usando E-test ou métodos similares antibióticos mais comumente
usados no manejo sindrómico obedecendo as normas internacionalmente estabelecidas.
A confirmação dos isolados suspeitos será feita através da coloração de Gram e cultura, em que
colónias com morfologia de diplococos Gram negativos, oxidase e catalase positivos,
fermentadores da glicose e não fermentadores da lactose serão confirmados como Neisseria
gonorrhoeae. O TSA por disco-difusão pelo método de Kirby Bauer segundo o Clinical &
Laboratory Standard Institute (CLSI) Manual M02 – Performance Standards for Antimicrobial
Disk Susceptibility e a CIM pelo M07 – Methods for dilution AST for Bacteria that Grow
aerobically. Os resultados serão interpretados em sensível, intermediário e resistentes segundo
o M100 – AST breakpoints e o European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing
(EUCAST). Todos estes guiões do CLSI e do EUCAST estão disponíveis online com acesso livre
através dos links: http://em100.edaptivedocs.net/Login.aspx , clicando opção acess para
convidado (guest access) e http://www.eucast.org/clinical_breakpoints/ , respectivamente.
Para cada paciente, será utilizada uma zaragatoa da secreção genital ou urina de 1º jacto
inoculadas no meio de transporte Gen-Probe® APTIMA® para a testagem molecular para
detecção de Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae e zaragatoa de secreção
endorcevical para detecção qualitativa e quantitativa de HPV por amplificação de ácidos
nucléicos (NAAT) usando DTS100 da Gen-Probe Aptima GC/CT.
Após a testagem, as amostras de secreção vaginal serão usadas para testagem de carga viral dos
pacientes HIV positivos.
Uma vez que o País ainda não dispõe de capacidade laboratorial para realizar a testagem de todos
os patógenos que acomentem as ITS, a outra zaragotoa será acondicionada em -70o C até ao seu
envio a laboratórios de referencia internacional ainda por se identificar para realização de
testagem de patógenos como Herpes Simplex tipo 1 & 2, vaginose bacteriana, Candida albicans,
Trichomonas vaginalis, Haemoplhilus ducreyi, entre outros.
As amostras de sangue serão usado para a testagem serológica de sífilis de HIV e Hepatite B e C,
testagem molecular de HIV, testagem de carga viral e genotipagem do HIV para os pacientes
com carga viral >1000 cópias/mL para a testagem de resistência aos antirretrovirais do HIV.
Um total de 600 uL de soro será usado para testagem da sífilis usando o teste rápido treponémico
SD Bioline e o teste não treponémico Rapid Plasma Reagin (RPR) e confirmação dos resultados
positivos pelos testes treponémico Treponema Pallidum Particule Aglutination (TPPA). A
interpretação dos resultados será segundo a tabela abaixo:
Um total de 250 uL de soro será usado para testagem da HIV usando os testes rápido Determine
e confirmação pelo Unigold quando positivo, segundo o algoritmo de testagem na figura 2. Cerca
de 100ul de soro será utilizado para realização de ELISA (Murex ou Vironoska).
Cerca de 750uL de soro serão utilizados para a testagem de Hepatite B e C, usando os teste
rápidos da Determine para detecção de antígenos de superfície HBSAg e da SD Bioline para
antígenos HCV, respectivamente. Adicionalmente será realizada ELISA para diferenciação de
Hepatite recente e ocultam através da detecçao de 6 marcadores nomeadamente: HBSAg, Anti-
HBC, Anti-HBS, HBEAg, Anti-HBE-IgM e HBCAg.
O teste de Polimerase Chain Reaction (PCR) para amplificacao do RNA viral, será realizado
com 1 cartao de amostra de sangue seco (DBS) com 5 circulos cobertos, através de Cap/CTM da
Roche.
Será utilizado cerca de 2 mL de plasma para a testagem de Carga Viral do HIV usando o Abbott
M2000sp e uma amostra de secreção vaginal (a mesma zaragatoa de secrecao vaginalutilizada
para Gen-Probe GC/CT), usando Cap/CTM da Roche. Esta testagem será realizada pelo
laboratório de Biologia molecular do INS.
H) Genotipagem do HIV
Serão usadas dois (2) cartões de DBS para o sequenciamento parcial do genoma do HIV-1 pol
através de um protocolo de testagem in house. Será realizada a análise filogenética, comparando
as sequências parciais de HIV de todos pacientes com carga viral >1000 cópias /mLm ou seja em
falências do tratamento (46-50).
Para além disso, os laboratórios onde as amostras serão processadas, ou seja, os laboratórios dos
PSR e os laboratórios do INS deverão implementar um sistema mínimo de gestão de qualidade.
laboratórios do INS ainda não tem capacidade laboratorial ir-se-á igualmente realizar a detecção
das mutações em isolados bacterianos resistentes ou com susceptibilidade reduzida aos
antimicrobianos empregues na abordagem sindrómica de manejo das ITS no País.
Por conseguinte, todos os isolados bacterianos resistentes e/ou com susceptibilidade reduzida aos
antimicrobianos e, especialmente os isolados de N. gonorrhoeae que pertenceram a NG-MAST
ST’s predominantes e/ou de especial interesse no cenário internacional, serão submetidas a
realização de Multi-locus sequence type (MLST) de forma a se conhecer a filogenia dos
mesmos.
Enquanto esta testagem acima descrita não for realizada, todas as amostras serão acondicionadas
no INS. Os Laboratórios internacionais ainda por se identificar, onde esta testagem será
realizada, só e somente efectuarão a testagem das amostras mediante um compromisso assinado
segundo preconizam as regras descritas no Acordo de Transferência de Material “Material
Transfer Agreement” (MTA) do INS.
Serão elaborados relatórios mensais, trimestrais, semestrais e anuais de acordo com o calendário
estatístico nos respectivos PSP e do Departamento de Vigilância do INS. Estes relatórios serão
enviados aos Postos sentinela, Distritos municipais e respectivos conselhos Municipais,
Programa Nacional de Controlo das ITS/HIV da Direcção Nacional de Saúde, as Direcções
Provinciais de Saúde e ao Departamento de Vigilância do INS. Os resultados obtidos serão
usados para publicação, contudo em nenhum momento será quebrado o princípio de
confidencialidade relativo aos dados dos pacientes.
proporção de casos reportados com informações completas e, dos dados reportados serão
analisados a proporção de cada elemento que é reportado correctamente.
Os testes laboratoriais serão sempre realizados com controles internos e/ou externos de
qualidade. Caso se detecte alguma não conformidade, cada ponto focal ou outro membro da
vigilância será contactado para a correcção imediata da mesma. Para além disso, o intervalo de
tempo entre as etapas da vigilância (tempo de recrutamento; tempo de aconselhamento, tempo da
anamnese, tempo de transporte das amostras e tempo de resposta laboratorial) será também
verificado.
Por outro lado, o grupo da vigilância realizará visitas de supervisão aos postos sentinela seguindo
um calendário ou sempre que se achar necessário, com a finalidade de assegurar que todos os
procedimentos estejam a ser cumpridos.
5. Arquivo
5.1. Dados
Uma vez que se trata de vigilância contínua, à medida que os testes laboratoriais se realizem, o
investigador principal assegurará que todos os documentos importantes da vigilância (como as
fichas de notificação de casos, CD com dados electrónicos e base de dados encriptadas) sejam
igualmente arquivados de forma contínua e mantidos na sala de técnicos dos laboratórios do INS,
onde o acesso é restrito e controlado. Somente pessoal competente e autorizado para trabalhar na
vigilância terá acesso aos mesmos. Estes documentos serão destruídos até que toda a testagem
laboratorial prevista tenha sido realizada e todos os resultados em forma de artigos científicos
tenham sido publicados.
Caso se faça necessário o armazenamento ou transferência dos dados para outras instituições,
será assinado um Acordo de Transferência de Dados, “Data Transfer Agreement” (DTA).
Caso se faça necessário o armazenamento ou transferência das amostras clínicas para outras
instituições, será assinado um Acordo de Transferência de Amostras.
6. Aspectos éticos
6.2. Participantes
Cada amostra de ITS e paciente correspondente incluído no sistema de vigilância será atribuído
um número único de identificação denominado NID. A vigilância far-se-á apenas com amostras
colhidas durante assistência clínica normal de rotina.
No caso de testes de confirmação ou de identificação dos agentes etiológicos até ao nível das
espécies, serotipagem assim como o TSA, os resultados serão enviados para os postos sentinela
onde foram colhidas as amostras, de modo que o mesmo envie estes resultados para o clínico
para o devido tratamento do paciente. Os resultados não compatíveis serão discutidos para uma
melhor avaliação dos casos clínicos bem como rastrear os procedimentos de forma a verificar e
corrigir os possíveis erros.
informação ao paciente (Anexo 3) com uma descrição e sumário dos procedimentos e números
de contacto em casos de dúvidas. Se o paciente estiver muito doente e inabilitado para responder,
o seu acompanhante (familiar/guardião) poderá assinar o consentimento e responder a algumas
questões da ficha de notificação dos casos. Os pacientes terão a possibilidade de se retirarem da
vigilância a qualquer altura sem que haja nenhum prejuízo.
Por permitir conhecer a frequência dos principais agentes etiológicos a nível nacional, os
resultados desta vigilância ajudarão na tomada de decisão sobre o actual programa de controlo
das ITS. Por gerar dados sobre os padrões de resistência (ou tendência para resistência) aos
fármacos usados no tratamento sindrómico, contribuirá para os órgãos de tomada de decisão do
Ministério da saúde na re-definição do actual esquema de tratamento no sistema nacional de
saúde.
A informação daqui gerada revela-se de grande utilidade para o pessoal clínico envolvido no
manuseamento das ITS em Moçambique, na medida que pelo tratamento específico, reduz em
grande parte para intoxicação farmacológica, principalmente em indivíduos seropositivos para o
HIV.
Um benefício acrescido deste estudo é o facto de incluirmos neste projecto vários investigadores
jovens. Isto contribuirá para a capacitação de recursos humanos do Instituto Nacional de Saúde e
formação de uma massa crítica a nível nacional.
8. Orçamento
9. Cronograma
2018 2019
Contínuo
Actividades
1°T 2°T 3°T 4°T 1°T 2°T 3°T 4°T
11. Mbofana FS, Brito FJ, Saifodine A and Cliff JL. Syndromic management of sexually
transmitted diseases at primary care level, Mozambique. Sex. Transm. Inf. 2002;78;2
12. Zimba, TF, Apalata T, Sturm WA, Moodley P. Aetiology of sexually transmitted
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11. Anexos
Anexo 1. Termo de Consentimento informado assinado
INFORMAÇÃO AO PACIENTE
Finalidade da Vigilância
As Infecções de Transmissão Sexual (ITS’s) figuram entre as principais causas de mortalidade e
morbidade, principalmente em pessoas de idade produtiva e reprodutiva. A VINAITS tem a
finalidade conhecer a etiologia das infecções de Transmissão Sexual (ITS’s) em Moçambique e
os padrões de susceptibilidade dos agentes antimicrobianos mais usados no tratamento empírico.
Os resultados desta vigilância ajudarão a criar um protocolo nacional de ITS, baseado em dados
reais (não extrapolados) e actuais do terreno. Isto poderá servir como base para revisão do
protocolo actual de investigação de casos em uso.
Procedimentos
Se você concordar, nós iremos fazer algumas questões e iremos colher uma amostra de secreção
vaginal, uretral, urina, lesão cutânea, esperma e urina de 1o jacto (dependendo dos sinais e
sintomas) e sangue para a testagem laboratorial.
Se você aceitar participar, ou que o seu familiar/acompanhante participe levará entre 45-60
minutos, para responder as perguntas e colher as amostras.
Riscos e Benefícios
A Vigilância não apresenta nenhum risco para si. A colheita das amostras obedecerão todas
medidas de biossegurança internacional, e apenas haverá um desconforto causado pela
introdução de espéculo e zaragatoa (para os casos de amostras vaginais, endocervicais, uretral e
da conjuntiva) no momento da extracção da amostra e picada para colheita de sangue venoso.
A vigilância poderá ser benéfico tanto para si, na medida em você poderá obter os resultados da
testagem e os mesmos poderão fornecer uma informação sobre o seu estado em relação as ITS
incluindo HIV, permitindo desta forma que você tenha um acompanhamento e tratamento
adequado.
Garantia de Confidencialidade
Os dados obtidos serão tratados com rigorosa confidencialidade. A informação obtida será
utilizada para recomendações ao Ministério da Saúde. A informação será ainda usada para
publicação científica, contudo não haverá prejuízo no seu direito de confidencialidade.
Participação voluntária
Se você tiver alguma questão sobre a vigilância, sobre a conduta de qualquer pessoa envolvida no
estudo ou sobre alguma injustiça que você recebeu ao participar do estudo, você poderá contactar
Charlotte Comé, no Ministério da Saúde, pelos números de telefone +258824232790 e
+25821311038.