Anda di halaman 1dari 6

1

Universidade federal da Bahia


Evento – Seminário Arte e Revolução
Palestrante – Antônio da Silva Câmara

Arte e revolução
I – Victor Hugo poema sobre a revolução de 1848

A Revolução é a França sublimada.


Aconteceu um dia que a França estava na fornalha,
Na fornalha crescem as asas de alguns mártires de guerra,
e destas chamas sai este arcanjo gigante.
Hoje por toda a terra a França é chamada Revolução;
e agora esta palavra, Revolução será o nome da civilização
até que seja substituído pela palavra Harmonia
Repito,
não procure além do ponto de origem e local de nascimento
literatura do século XIX.
Sim, todos como somos,
grandes e pequenos,
poderosos e desconhecidos,
famosos e obscuros,
em todas as nossas obras,
bom ou mau, quaisquer que sejam,
poemas, peças de teatro, romances, história, filosofia, conjuntos de plataforma
como diante das multidões de teatro,
como no recolhimento da solidão,
sim, em todos os lugares,
sim, sempre,
sim, para combater a violência e enganos,
sim, para reabilitar o apedrejado e o oprimido,
sim, logicamente para concluir e andar em frente,
sim, para o conforto, para resgatar, para atender, para incentivar, ensinar,
sim, para cuidar até que se cure,
sim, para transformar
caridade em fraternidade,
esmolas em assistência
preguiça em trabalho,
ociosidade em utilidade,
centralização em família,
iniqüidade em justiça,
o burguês em cidadão
o populacho em pessoas,
a turba em nação
nações em humanidade,
o amor em guerra
preconceito em consideração
2

fronteiras em união
Limites em aberturas,
sulcos em trilhos,
sacristias em templos,
o instinto do mal em vontade do bem,
a vida em direitos os reis em homens
sim, para remover o inferno das religiões e as prisões das sociedades,
sim, para ser irmãos do miserável, do servo, do fellah, do proletário,
dos deserdados, dos explorados, do traído, do vencido, do vendido, do
aprisionado,
do sacrificado, da prostituta, do condenado, do ignorante, do selvagem,
do escravo, do negro, do condenado ao inferno, sim, nós somos teu filho,
Revolução! "

1. Revolução vista como um processo, logo para além do ato revolucionário.


Esse entendimento permitiria no caso da arte compreender os impactos
das duas grandes revoluções modernas na arte.
2. O negativo e o positivo nos processos revolucionários ao impactarem as
artes: a mudança no estado do mundo e como isto interfere no
pensamento e na criação artística, Hegel testemunha isto na sua Estética
com a discussão do romantismo e as mudanças profunda na percepção
artística do mundo (o sentimento e a subjetividade postos em um patamar
superior. Lembrar Beethoven).

3. O problema da arte engajada. O artista ao produzir arte engajada não


perde a arte, conquanto que isto parta de sua necessidade de produzir
arte e não de exigências regulamentares que casse todas as outras
formas de produzir arte. Lembrar Brecht, a riqueza da forma e o
aprisionamento do conteúdo que o faz ser permanentemente lembrado
por todos os coletivos revolucionários. Na esteira também Gorki mais rico
antes de sua cortejada Mãe. E lembrar que a potência da literatura russa
ultrapassa o ato revolucionário de dezessete pois esse processo j[a se
encontrava em gestação desde o século XIX.
3

Procurar citações tanto da mãe, quanto de Brecht lacrimosas e de quase


cretinas. Contrapô-las a trechos dos próprios autores ricas em conteúdo
e forma. (Se tiver tempo)

4. 4. Autonomia e heteronomia – Para além do debate histórico-filosófico


que aponta para a luta da arte para emancipa-se de outras formas de
conhecimento ou mesmo da religião e da moral (Kant, Hegel, Lukács,
Adorno). (Citar trechos tanto de Kant – a arte não seria útil. Hegel –
autonomia não teria nada a ver com ociosidade; Lukács que impõe uma
necessidade social para arte o que implica em exigir padrões de
representação; Adorno que no excesso defende a irracionalidade na arte
como forma de combater a irracionalidade do mundo). É preciso pensar
que a autonomia completa é impossível (no limite isto significa a arte
liberar-se da própria sociedade, o que de certa forma de modo ambíguo
e contraditório aparece em Adorno na sua admiração à música de atonal
de Schoenberg). (Citar Adorno no trecho sobre Schoenberg).... E ao
mesmo tempo esta deve ser a luta incessante da arte, pois o seu contrário
a reduz à ideologia (realismo socialista, marketing ou arte dominada pela
indústria cultural), a uma espécie de arte moral ou no caso mais recente,
ainda que cínico, na defesa de uma arte prosaica inserida e absorvida
pelo próprio cotidiano (lembrar a luta da arte para ao longo do tempo
absorver o cotidiano e ao mesmo transcende-lo). A segunda alternativa,
mais próxima dos nossos dias apela para a pura imanência da arte, ela
seria mais transpiração do que inspiração; criar seria o equivalente a
trabalhar em qualquer outro tipo de atividade. A arte teria sua aura
destruída (não no sentido de Benjamin que aponta para a potencialidade
do fim da aura) e sobreviveria na banalidade. No entanto, estas
observações se impõem apenas enquanto críticas às teorizações
estéticas, pois a arte não deve sofrer peias ou obedecer normatividades
do poder ou contra-poder). Do ponto de vista da heteronomia é necessário
reconhecer a força dos acontecimentos na expressão artística e, é nesse
âmbito que podemos registrar a potencialidade da arte nos anos de
liberdade pós-revolução russa, expressões nas artes plásticas, na
arquitetura, na música e na literatura. O seu contrário não deia de ser
4

também verdadeiro quando atentamos para o direcionismo stalinista da


arte que ergueu o famigerado lema da realismo socialista, encontrado até
mesmo em autores profícuos como Lukács. Mas fortemente criticado por
revolucionários que não se dobraram ao dirigismo dos novos tempos
como Trotski. As forças liberadas num processo revolucionário ecoam
durante muito tempo, a revolução burguesa alterou profundamente o
romance, o teatro, a música, a dança, as artes plásticas. Inventou outras
artes como a fotografia e o cinema. Ao mesmo trouxe para o seio da arte
o cheiro da morte, do seu fim, da impossibilidade de continuar
progressivamente inventando e modificando-se internamente. Hegel,
ainda no auge do romantismo já percebia esse cheiro e, como um
dialético, matava a morte, pensando na arte retornada ao mundo cotidiano
como modo de vida. No socialismo as avessas de Hegel estava previsto
a reconciliação plena do espírito com o mundo exterior, transparência e
imediato reconhecimento do particular no universal e vice-versa, isto
tornaria desnecessária uma arte autônoma, pois seria a própria vida,
Seria a plena autoconsciência do espírito. O socialistas deram um passo
atrás mantendo a autonomia e tornando a arte necessária ao menos
enquanto as estruturas do mundo impedisse essa transparência (o valor,
a propriedade privada, o fetichismo, a mercadoria). As teorias pós-
modernas, ignorando a força do capital, desprezam essas discussões
transcendentes e reivindicam a arte como imanência, logo como já
integrada ao cotidiano. Talvez possamos dizer os fluxos das lutas
revolucionárias parecem momentaneamente esgotados, a sua influência
sobre o pensamento e a criação patinam (só assim podemos entender os
apodíticos de Adorno -as impossibilidades
5. Pensar os processos revolucionários como contendo também o seu
antípoda a contrarrevolução. Essa pode subordinar a arte (exemplo do
nazismo com o cinema e o expressionismo); como permitir o florescimento
de uma arte de resistência (quando a arte ocupa um lugar que de certa
forma não é o seu, forçada por circunstancias históricas pode ser de
qualidade ou medíocre (exemplo da música popular no Brasil). Lembrar
também da fantástica obra de Kafka. Do teatro do absurdo etc.Em fim a
5

revolução não pode aparecer como um ato único, a contra só existe como
forma de impedir a progressão da própria revolução.

II -

Introdução – Autonomia da arte. Impulso da ação revolucionária a arte. A não


subordinação da arte às tarefas dos revolucionários.
1. Lukács – arte e emancipação (compara com revolução).
2. Trotski – Revolução e independência da arte e autonomia do artista.
3. Marcuse – da arte engajada a arte pela arte.
4. Adorno – Defesa da autonomia da arte diante da revolução ou do seu
inverso.
5. Processo revolucionário na França (1848/1870) – Impacto sobre a obra
de Victor Hugo.
6. A luta revolucionária – limites e avanços na obra de Brecht
7. Reducionismo na obra de Gorki
8. Avanços e reducionismo no cinema russo (Eisenstein e Vertov)
9. Idem na música e limites em outras artes
10. Como a luta revolucionária influenciou movimentos modernistas no
Ocidente
11. Conclusões

RUA AGNELO BRITO 222, 1 andar CASA FEDERAÇÃO – ENTRE GARIBALDI E CARDEAL DA SILVA

40210245
6

RUA IBIASSUCÉ 614, edf Alexandria apt 603 – patamares

41680058

Anda mungkin juga menyukai