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UESB

Disciplina: Libras
Professora: Priscilla Leonnor Alencar Ferreira
Discente: Marcos Carvalho Pacheco

Resenha: Filme: Seu nome é Jonas (1979)


Seu nome é Jonas é um filme gravado nos Euas em 1979 que retrata o drama de
um garoto (Jonas) surdo e os conflitos causados em sua família, pela falta de
conhecimento em relação a surdez. Nos primeiros anos de sua vida Jonas é erroneamente
diagnosticado com “deficiência intelectual”, e em consequência disso seus pais são
aconselhados a interná-lo num sanatório. Todavia após 3 anos de internado, descobre-se
que Jonas na realidade é surdo. Assim, temos uma criança que está na faixa etária de uns
6 anos e que não aprendeu ainda a se comunicar.
Jonas como muitas crianças surdas, por falta de conhecimento de seus pais, e
preconceito da sociedade, logo foi levado a uma fonoaudióloga para ser oralizado, todavia
é importante salientar, esse tipo de procedimento é adotado quando a surdez é vista do
ponto de vista médico, (deficiência) e não do ponto de vista cultural, o que era muito
comum à época. A língua de sinais era proibida às crianças surdas o que lhes impunha
várias barreiras de acesso à cultura da sociedade “ouvinte”. Num determinado trecho do
filme, Jonas acompanha junto com seu irmão a leitura de um gibi do Homem-Aranha.
Todavia, como ele não tem ainda as referências da linguagem escrita, o herói dos
quadrinhos em sua mente se torna um vilão.
Vemos durante o desenrolar do filme as inúmeras tentativas (fracassadas) de se
ensinar a linguagem oral a Jonas, sobretudo pela sua mãe. Seu pai, no entanto, não
consegue lidar com a situação e acaba desistindo da família. Para ele, Jonas jamais
conseguiria se desenvolver como uma pessoa “normal”. O abandono paterno, fragiliza
ainda mais as relações no seio da família de Jonas, fazendo-o se sentir uma cruz que deve
ser carregada (suportada) pelos seus pares.
Jonas por ser surdo é incapaz de se comunicar? Não. O filme demonstra como a
linguagem de sinais aparece de forma quase que natural. A cena do vendedor de cachorro
quente é prova disso. Jonas avista no parquinho um senhor vendendo cachorro quente,
imediatamente recorre a sua mãe para poder comprar. E para tal, gesticula com a mão,
fazendo a salsicha com o dedo indicador e o pão com a outra mão. Sendo assim, a
mensagem foi passada, e se sua mãe tivesse visto o vendedor teria certeza que seu filho
não era incapaz de se comunicar.
Jonas é incapaz de entender as coisas? Não. Até a ideia complexa da morte ele
conseguiu compreender. Ao ver uma tartaruga morta na praia Jonas faz uma associação
com a morte de seu avô, explicando assim sua ausência na feira. Jonas é uma criança igual
as outras, a única barreira que lhe impedia de se comunicar era a falta de compreensão
por parte da sociedade que a língua de sinais é uma língua tal como todas as outras. Assim,
vemos no final do filme, que a aproximação de sua mãe com a comunidade surda
possibilitou o descobrimento de uma linguagem totalmente acessível e que de fato fazia
mais sentido para ele do que a oral. Através da língua de sinais Jonas conseguiu associar
o nome com os objetos, as pessoas os lugares, enfim, conseguiu sair da caverna em que
estava e romper todas as barreiras da comunicação.

Resenha do Filme: Sou surda e não sabia.

Sou surda e não sabia, é um documentário francês que mostra a história de uma
atriz francesa surda (Sandrine). Com riquezas de detalhes, sua trajetória de vida é contada
desde seu nascimento, relação com os pais, suas primeiras experiências na escola, até se
tornar adulta. Junto a seu depoimento acompanhamos a discussão sobre a oralização,
bimodalidade, implante coclear, e a necessidade de uma postura política de defesa à
cultura surda.
Sandrine relata como a descoberta da surdez em sua primeira infância foi algo
angustiante, filha de pais ouvintes, teve o diagnóstico de surdez um pouco tarde, fato que
mudou totalmente a sua relação com os pais. É interessante observar como ela descreve
sua percepção em relação a comunicação. Sem ouvir, nenhum som, Sandrine era levada
a crer que as pessoas se comunicavam através do pensamento. Como as pessoas não
entendiam sua mensagem resolveu se dedicar as coisas concretas. A natureza parecia ser
seu único refúgio pois se mostrava mais compreensiva as suas inquietações.
Sandrine recebeu aparelhos auditivos e estudou até os nove anos em escola
integrada, todavia não conseguiu nenhum progresso. As atividades passadas no quadro
pela professora não faziam sentido algum e ela sentia como se fosse um peixe fora d’água,
como se não pertencesse a esse mundo. A mudança ocorreu, segundo ela, quando foi
transferida para uma escola especializada em surdos, onde, pela primeira vez, teve contato
com crianças surdas iguais a ela. A escola não permitia o uso da língua de sinais, mesmo
assim, todos usavam escondido. A experiência com seus colegas nessa escola lhe permitiu
tomar uma postura política de se entender como surda, abandonar o projeto de oralização
imposto pela sociedade, e utilizar a línguas de sinais para se comunicar. Apesar de muitos
preconceitos Sandrine conseguiu se tornar uma atriz, mostrando para muitos surdos que
podem e devem ocupar todos os espaços possíveis.
O documentário nos ajuda a compreender a diferença entre a perspectiva médica
que define o surdo como “Deficiente auditivo” e a perspectiva cultural. A perspectiva
médica reforça a ideia de doença, portando passível de ‘cura”, e assim acaba reforçando
esse preconceito quando dizem aos pais que a criança tem problemas na audição, mas vão
fazer o possível para tentar curar, deixando a esperança que um dia a criança vai ouvir
igual as pessoas “normais”. O que não acontece na maioria dos casos. Já na perspectiva
cultural o surdo não é visto como doente, incapaz, coitadinho. A língua de sinais utilizada
pelos surdos deve ser aceita tanto quanto qualquer linguagem existente. Sendo assim, a
perspectiva cultural, reitera que o surdo é totalmente capaz de praticar todas as atividades
que os ouvintes fazem, e, portanto, tem o direito de participar de todos os espaços.

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