A presente lei define o regime jurídico de entrada, k) “Transportadora”, qualquer pessoa singular ou
permanência, saída e a expulsão de estrangeiros do ter- colectiva que preste serviços de transporte
ritório cabo-verdiano, bem como a sua situação jurídica. aéreo ou marítimo de passageiros, a título
profissional.
Artigo 2.º
l) “Visto”, autorização do Estado que permite a um
Definições
estrangeiro entrar, transitar e permanecer
Para efeitos da presente lei considera-se: temporariamente no território nacional de
acordo com o estipulado na lei, titulada por
a) “Actividade altamente qualificada”, aquela cujo uma vinheta emitida de acordo com as regras
exercício requer uma qualificação técnica, e o modelo a definir por portaria do membro
profissional ou especializada adequada para do Governo responsável pela área da admi-
o respectivo exercício. nistração interna.
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Artigo 8.º
Secção II
Estrangeiros indocumentados ou com documentação defeituosa
Entrada e saída do território nacional
Em casos excepcionais e por razões ponderosas e devi-
Artigo 6.º damente comprovadas, a DEF pode autorizar a entrada,
o trânsito ou a permanência no território nacional aos
Condições gerais de entrada
estrangeiros sem documentação ou com documentação
Para entrada no território nacional os estrangeiros defeituosa, adoptando-se, em tais casos, as medidas
devem possuir documento de viagem, visto, meios eco- cautelares adequadas e suficientes.
nómicos considerados suficientes e não estarem sujeitos Artigo 9º
a proibições expressas de entrada.
Entrada em território nacional
Artigo 7.º
1. Para a entrada em território nacional, os estran-
Documentos válidos para entrada e saída
geiros devem ser titulares de visto válido e adequado à
1. Para entrada ou saída do território cabo-verdiano finalidade da deslocação concedido nos termos do artigo
os estrangeiros têm de ser portadores de um documento 26.º da presente lei.
de viagem reconhecido como válido.
2. O visto habilita o seu titular a apresentar-se num
2. São reconhecidos como válidos para a entrada no posto de fronteira e a solicitar a entrada no território
território nacional os seguintes documentos: nacional.
a) O passaporte ou documento equivalente; 3. Podem, no entanto, entrar em Cabo Verde sem visto:
b) O «laissez-passer», emitido pelos Estados ou por a) Os estrangeiros habilitados com título de resi-
organizações internacionais reconhecidas por dência válido;
Cabo Verde;
b) Os estrangeiros que beneficiem de isenção ou
c) O bilhete de identidade do funcionário ou agen- dispensa de visto previstos na lei ou em acor-
te da missão estrangeira ou de organização dos internacionais de supressão de vistos ou
internacional, emitido pelo departamento go- de livre circulação e estabelecimento em que
vernamental responsável pela área das rela- Cabo Verde é parte;
ções exteriores;
c) Os estrangeiros titulares dos documentos previstos
d) Os títulos de viagem para refugiados; nas alíneas c) e d) do número 2 do artigo 7.º;
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d) Os cônsules honorários e agentes consulares de entrada de menores de 16 anos de idade quando desa-
Cabo Verde de nacionalidade estrangeira; companhados da pessoa que sobre eles exerce o poder
paternal ou não seja apresentada a autorização escrita,
e) Os naturais de Cabo Verde que tenham adqui- com reconhecimento da assinatura pelo notário ou pelos
rido a nacionalidade estrangeira, e bem as- serviços consulares de Cabo Verde, concedida para o
sim os respectivos cônjuges e descendentes, efeito por essa pessoa ou quando em território nacional
mediante a exibição de passaporte, certidão não exista quem se responsabilize pela sua estadia.
de nascimento, certidão de casamento ou ou-
tro documento onde conste a circunstância de 2. Salvo em casos excepcionais, devidamente justificados,
ter nascido, ser casado ou filho de pai ou mãe não é autorizada a entrada em território nacional de me-
nascido em Cabo Verde. nor estrangeiro quando o titular das responsabilidades
parentais ou a pessoa a quem esteja confiado não seja
4. Os estrangeiros titulares de títulos de viagem que admitido entrar em Cabo Verde.
entrem no país ao abrigo da alínea b) e e) do número
anterior, excepto os naturais de Cabo Verde, devem 3. Se ao menor estrangeiro não for admitida a entrada
obter, junto da DEF, visto temporário ou de residência em território cabo-verdiano deve igualmente ser recusada
ou autorização de residência se pretendem permanecer a entrada à pessoa a quem tenha sido confiado.
para além de noventa dias.
4. Aos menores desacompanhados que aguardam uma
Artigo 10.º
decisão sobre a sua admissão no território nacional ou
Meios de subsistência sobre o seu repatriamento deve ser concedido todo o
apoio material e a assistência necessária à satisfação das
1. Não é permitida a entrada em Cabo Verde de es- suas necessidades básicas de alimentação, de higiene, de
trangeiros que não disponham de meios de subsistência alojamento e assistência médica.
suficientes, quer para o período da estada quer para a
viagem para o país no qual a sua admissão esteja ga- 5. É recusada a saída do país a menores estrangeiros
rantida, ou que não estejam em condições de adquirir residentes que viajem desacompanhados de quem exerça
legalmente esses meios. o poder paternal e não se encontrem munidos de auto-
rização concedida pelo mesmo, legalmente certificada.
2. A fixação da natureza e quantitativo dos meios
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económicos suficientes para a entrada do estrangeiro no 6. Os menores desacompanhados só podem ser repa-
território nacional, os casos de dispensa, a forma de prova triados para o seu país de origem ou para país terceiro
da sua posse são estabelecidos por portaria do membro do que esteja disposto a acolhê-los se existirem garantias
Governo responsável pela área da administração interna. de que à chegada lhes sejam assegurados o acolhimento
e a assistência adequados.
3. Para os efeitos previstos no número 1, o estrangeiro
pode, em alternativa, apresentar termo de responsabili- Secção III
dade subscrito por cidadão nacional ou estrangeiro habi- Documentos de viagem emitidos pelas autoridades cabo-
litado a permanecer regularmente em território nacional, verdianas
nos termos estabelecidos por portaria do membro do
Governo responsável pela área da administração interna. Artigo 13.º
Documentos de viagem
4. A aceitação do termo de responsabilidade referido no
número anterior depende da prova da capacidade finan- 1. As autoridades cabo-verdianas podem emitir os
ceira do respectivo subscritor e inclui obrigatoriamente seguintes documentos de viagem a favor de estrangeiros:
o compromisso de assegurar:
a) Passaporte temporário;
a) As condições de estada em território nacional;
b) Título de viagem única.
b) A reposição dos custos de expulsão, em caso de
permanência ilegal nomeadamente através 2. Os documentos de viagem emitidos pelas autoridades
da prestação de garantia ou caução prévia. cabo-verdianas a favor de estrangeiros não fazem prova
Artigo 11.º da nacionalidade do titular.
1. Sem prejuízo do disposto em lei especial de programas 4. É competente para emitir título de viagem única a
de turismo ou de intercâmbio juvenil, a DEF recusa a favor de estrangeiros, refugiados ou apátridas a DEF.
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viagens, desde que se faça a menção desse direito no médico, a fim de que seja atestado que não sofre de ne-
documento. nhuma das doenças mencionadas no número anterior,
bem como às medidas médicas adequadas.
3. Os passaportes temporários concedidos nos termos
Artigo 17.º
deste diploma perdem a sua validade quando os refu-
giados adquiram qualquer das situações previstas nos Indicação para efeitos de não admissão
parágrafos (1) e (4) da Secção C do artigo I da Convenção
relativa ao Estatuto dos Refugiados, adoptada em Genebra São indicados para efeitos de não admissão em terri-
a 28 de Julho de 1951. tório cabo-verdiano os estrangeiros:
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c) Meios económicos suficientes para a entrada e 1. Para a obtenção de visto de turismo o estrangeiro
permanência durante o período de estadia no deve ter:
território nacional, nos termos de portaria a) Título de transporte que o habilite a entrar e a
adoptada pelo membro do Governo responsá- sair de Cabo Verde;
vel pela área da administração interna;
b) Meios de subsistência adequados e suficientes
d) Título de transporte para o país de destino. para o período previsto de permanência, nos
termos de portaria adoptada pelo membro do
2. Pode ainda, ser solicitado ao requerente de um visto Governo responsável pela área da adminis-
de trânsito a apresentação de um certificado de registo tração interna;
criminal ou documento equivalente, emitido pela auto-
c) Documento de viagem com validade superior à
ridade competente do seu país de nacionalidade ou de
duração da estadia autorizada.
residência habitual, com validade de, pelo menos, seis
meses, traduzida em língua portuguesa e legalizada pelos 2. Pode ser dispensada a apresentação dos documentos
serviços consulares de Cabo Verde. comprovativos das condições previstas no número ante-
rior em caso de visto colectivo concedido a um grupo de
Subsecção II turistas no quadro de uma viagem organizada, desde que
Visto oficial, diplomático ou de cortesia tenham um certificado colectivo de identidade e viagem.
3. A dispensa da apresentação do título de transporte
Artigo 31.º
e do documento de viagem não isenta o seu titular de os
Visto oficial, diplomático ou de cortesia apresentar nos postos de fronteira perante as autoridades
competentes.
1. Sem prejuízo dos regimes previstos em tratados ou Subsecção IV
convenções internacionais de que Cabo Verde seja parte,
Visto temporário
ao estrangeiro é concedido visto oficial, diplomático ou
de cortesia desde que a entrada seja justificada pela sua Artigo 34º.
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Visto de turismo
e) Tratamento médico;
f) Visita familiar;
Artigo 32.º
g) Permanecer em território nacional por períodos
Visto de turismo superiores a três meses e inferiores a um ano,
por outras razões consideradas atendíveis pe-
1. O visto de turismo é concedido ao estrangeiro que las autoridades competentes.
venha a Cabo Verde em viagem de carácter recreativo
ou de visita, incluindo cruzeiros. 2. O visto temporário pode consistir num visto ordinário
ou num visto de múltiplas entradas e deve ser utilizado
2. Pode ser dispensada a exigência de visto aos nacio- no prazo de cento e oitenta dias após a sua concessão.
nais de países que não imponham idêntica exigência aos
3. O visto ordinário é válido para uma entrada no ter-
cabo-verdianos e constem de uma lista elaborada e actu-
ritório nacional e habilita o seu titular a nele permanecer
alizada pelo departamento governamental responsável
por um período de cento e oitenta dias ou o correspon-
pela área das relações exteriores.
dente à duração prevista da estadia.
3. O visto de turismo deve ser utilizado no prazo de 4. O visto de múltiplas entradas permite ao seu titular
cento e oitenta dias após a sua concessão e permite ao mais do que uma entrada e o total de permanência no
seu titular uma estada até noventa dias, prorrogáveis, país até noventa dias, durante um ano, a contar da data
no máximo, por igual período. da sua emissão.
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5. Pode ser concedida uma prorrogação da permanência c) Frequência de um ciclo de estudos de duração
autorizada pelo visto temporário até um ano. superior a um ano, como estudante do ensino
superior;
6. O estrangeiro que deseje permanecer em território
nacional para além do limite autorizado pelo visto tempo- d) Para efeitos de reagrupamento familiar com es-
rário ou pela sua prorrogação, pode, em casos fundamen- trangeiro residente.
tados, requerer a conversão do visto temporário em visto
2. O visto de residência permite ao seu titular perma-
de residência, para solicitar autorização de residência.
necer em território nacional durante seis meses, prorro-
Artigo 35.º gável, até à decisão final sobre o pedido de autorização
Condições de concessão de residência.
1. Para obtenção do visto temporário o estrangeiro 3. Para efeitos do disposto na alínea d) do número 1
deve: consideram-se membros da família do estrangeiro residente:
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b) Tenham sido emitidos com base em prestação de 7. É competente para a emissão do título de residência
falsas declarações, utilização de meios frau- a DEF.
dulentos ou através da invocação de motivos
8. A taxa devida pela emissão do título de residência é
diferentes daqueles que motivaram a entrada
fixada por portaria do membro do Governo responsável
do seu titular no país;
pela administração interna.
c) O respectivo titular tenha sido objecto de expul-
9. Os atestados de residência emitidos pelas Câmaras
são do território nacional.
Municipais não comprovam a residência legal do es-
2. Os vistos de residência e temporários podem ainda trangeiro.
ser cancelados quando o respectivo titular, sem razões Artigo 41.º
atendíveis, se ausente do país pelo período de sessenta
dias, durante a validade do visto ou das suas prorrogações. Estrangeiros dispensados de autorização de residência
3. O visto de residência é ainda cancelado em caso de 1. Sem prejuízo de outros casos previstos em legislação
indeferimento do pedido de autorização de residência. especial, são dispensados de obtenção de autorização de
residência:
4. Após a entrada em território nacional, o cancelamento
de vistos é da competência da DEF e é comunicado ao a) Os naturais de Cabo Verde que, por força de lei
departamento governamental responsável pela área das estrangeira, demostrem ter renunciado, à
relações exteriores. nacionalidade cabo-verdiana para defesa dos
seus direitos no país da imigração;
5. Antes da entrada do titular no território nacional, o
cancelamento de vistos é da competência das embaixadas b) Os funcionários diplomáticos, de nacionalidade
e postos consulares de carreira e é comunicado à DEF. estrangeira, que prestem serviço nas mis-
sões diplomáticas ou postos consulares dos
CAPÍTULO V Estados acreditados em Cabo Verde ou nas
Residência representações ou missões de organizações
internacionais intergovernamentais com per-
Secção I
sonalidade jurídica internacionalmente reco-
Disposições gerais nhecida e os membros dependentes das suas
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3. O representante legal ou a pessoa a quem for con- f) Documentos relativos ao estado sanitário do re-
fiada a guarda de menor residente, deve solicitar a con- querente, designadamente o atestado de saú-
cessão de uma autorização de residência individual para de ou equivalente e o certificado internacio-
a mesma, até quarenta e cinco dias depois de completar nal de vacinação;
14 anos de idade.
g) Outros documentos exigidos pela DEF.
4. Na pendência do pedido de concessão ou renovação Artigo 44.º
da autorização de residência, por causa não imputável ao
Decisão e notificação
requerente, não está o requerente impedido de exercer
uma actividade profissional nos termos da lei. 1. O pedido de concessão de autorização de residência
deve ser decidido no prazo de noventa dias.
5. O requerente de uma autorização de residência pode
solicitar simultaneamente o reagrupamento familiar. 2. O pedido de renovação de autorização de residência
deve ser decidido no prazo de quarenta e cinco dias.
6. O requerimento referido no número 1 pode ser subs-
3. Na falta de decisão no prazo previsto no número
tituído por ofício ou nota, em caso de pedidos oficiais de
anterior, por causa não imputável ao requerente, o pedido
autorização de residência.
entende-se como deferido, sendo a emissão do título de
7. O pedido de autorização de residência deve ser apre- residência imediata.
sentado na DEF ou em qualquer unidade ou serviço da 4. A decisão de indeferimento é notificada ao interessado,
Polícia Nacional sediados nos concelhos, até quinze dias com indicação dos fundamentos, bem como do direito de
antes de expirar o visto de residência, o visto temporário impugnação judicial e do respectivo prazo.
ou o período autorizado de estadia.
5. Na apreciação do pedido de autorização de residência
8. Os pedidos entregues nas unidades ou serviços da a DEF atende, nomeadamente, aos seguintes critérios:
Polícia Nacional são reencaminhados à DEF, no prazo de a) Cumprimento, por parte do interessado, das leis
cinco dias a contar da data de entrada do requerimento. cabo-verdianas;
9. Os pedidos referidos no número 1 são objecto de um b) Meios de subsistência adequados e suficientes do in-
registo com indicação do número de entrada, data, nome teressado, nos termos do número 4 do artigo 47.º;
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Artigo 43.º
d) Finalidades pretendidas com a estada no país;
e) Laços familiares existentes com residentes no
Instrução do pedido
país, nacionais ou estrangeiros;
O requerimento previsto no artigo anterior deve f) O conhecimento da língua nacional e/ou oficial;
conter o nome completo, idade, estado civil, profissão,
naturalidade, nacionalidade, domicílio do requerente e g) Inexistência de ameaça à segurança e ordem pú-
a finalidade da fixação da residência em Cabo Verde e blicas.
ser instruído com os seguintes documentos: 6. Para efeitos do disposto na alínea c) do número an-
terior, consideram-se doenças que fazem perigar a saúde
a) Duas fotografias actualizadas do tipo passe e a
pública as doenças que obriguem a quarentena definidas
cores do requerente;
nos instrumentos da Organização Mundial de Saúde e
b) Documento de viagem válido para a entrada e doenças infecciosas ou parasitárias contagiosas, objecto
saída do território nacional; de medidas de protecção especial definidas pelo depar-
tamento governamental responsável pela área da saúde.
c) Se solicitado, certificado do registo criminal ou
7. A não apresentação dos documentos previstos na
documento equivalente emitido no país de
alínea f) do artigo 43.º ou a recusa do requerente em
que o estrangeiro é nacional e no da sua re-
submeter-se aos exames médicos determinados pelos
sidência habitual, há pelo menos, seis meses,
serviços de saúde necessários à aferição de uma doença
devidamente traduzido e legalizado pelos ser-
na acepção do número anterior determina o arquivamen-
viços consulares de Cabo Verde;
to do pedido de concessão de autorização de residência.
d) Documento comprovativo da existência dos 8. Para efeitos do disposto na alínea g) do número 5,
meios económicos adequados e suficientes consideram-se que as seguintes situações consubstan-
para garantir a subsistência do requerente ciam um perigo para a segurança e ordem públicas:
no território nacional, nos termos do número
4 do artigo 47.º; a) A participação em actividades criminosas, no-
meadamente de importação, exportação, pro-
e) Documento comprovativo das condições de aloja- dução, venda, distribuição e tráfico ilícito de
mento em Cabo Verde, designadamente a cer- estupefacientes, substâncias psicotrópicas,
tidão matricial e certidão de registo predial, armas, munições, explosivos, substâncias ex-
comprovativas da propriedade da habitação plosivas e equiparadas, seja qual for a quali-
própria ou contrato de arrendamento válido; dade em que intervenha o requerente;
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b) O cometimento de infracções fiscais e aduaneiras, 2. Pode ser recusada a concessão de autorização de re-
designadamente contrabando e descaminho; sidência por razões de ordem pública, segurança pública
ou saúde pública.
c) A prática ou indícios sérios da prática de qual-
quer outro crime grave contra a economia; 3. Pode ser exigida aos requerentes de autorização
d) Os demais casos de ameaça à segurança e ordem de residência a sujeição a exame médico, bem como às
públicas, reconhecidos por lei ou pelas autori- medidas médicas adequadas.
dades competentes. 4. Considera-se que o estrangeiro tem os meios de
Artigo 45.º subsistência previstos na alínea d) do número 1 se:
Colaboração com outras entidades a) Tiver em território nacional rendimentos de tra-
1. Para efeitos do disposto na alínea c) do número 5 balho subordinado ou independente no qua-
do artigo anterior, os serviços de saúde prestam o apoio dro de um contrato de trabalho ou de presta-
necessário à DEF para análise da documentação rele- ção de serviços, respectivamente; ou
vante e na realização de exames médicos e laboratoriais b) Tiver rendimentos de actividade económica au-
para comprovação de doença que coloque em perigo a torizada, registada ou licenciada ou em con-
saúde pública. dições de o ser;
2. Para efeitos do disposto no número 8 do artigo c) Comprovar que tem disponíveis em território
anterior a DEF solicita à polícia judiciária o certificado nacional rendimentos regulares, designada-
policial do requerente. mente provenientes de bolsas de estudo, de
3. A DEF pode, ainda e sempre que necessário, colher pensões ou reforma, de bens, móveis ou imó-
informações julgadas pertinentes junto de outras enti- veis, ou da propriedade intelectual; ou
dades públicas ou privadas. d) Estiver a cargo de um estrangeiro residente que
Artigo 46.º se encontre numa das situações descritas na
Deveres de comunicação dos estrangeiros legalmente alínea anterior;
residentes
e) Apresentar termo de responsabilidade ou qual-
Os residentes devem comunicar à DEF, no prazo de quer outro documento que lhe garanta a exis-
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oito dias contados da data em que ocorra, a alteração do tência de meios económicos legais suficientes
seu estado civil, da sua nacionalidade, da sua profissão, para a sua subsistência em território nacional.
do domicílio ou a ausência do país por período superior
Artigo 48.º
a noventa dias.
Renovação de autorização de residência temporária
Secção II
Autorização de residência temporária 1. A renovação de autorização de residência temporária
deve ser solicitada pelos interessados até quarenta e cinco
Artigo 47.º
dias antes de expirar a sua validade.
Condições gerais de concessão de autorização de residência
temporária 2. Só é renovada a autorização de residência aos es-
1. Sem prejuízo das condições especiais aplicáveis, trangeiros que:
para a concessão da autorização de residência, deve o re- a) Disponham de meios de subsistência nos termos
querente satisfazer os seguintes requisitos cumulativos: do número 4 do artigo 47.º;
a) Posse de visto de residência, sem prejuízo do dis- b) Disponham de alojamento;
posto no artigo 55.º;
c) Tenham cumprido as suas obrigações fiscais e
b) Inexistência de qualquer facto que, se fosse co- perante a segurança social;
nhecido pelas autoridades competentes, de-
vesse obstar à concessão do visto; d) Não tenham sido condenados em pena ou penas
que, isolada ou cumulativamente, ultrapas-
c) Presença em território nacional; sem um ano de prisão.
d) Posse de meios de subsistência em território na- 3. A autorização de residência pode não ser renovada
cional; por razões de ordem pública ou de segurança pública,
e) Alojamento; bem como quando o requerente não cumpre os deveres
de notificação previstos no artigo 46.º.
f) Posse do número de identificação fiscal;
4. O recibo do pedido de renovação de autorização de
g) Inscrição na segurança social, sempre que apli-
residência produz os mesmos efeitos do título de residên-
cável;
cia durante um prazo de sessenta dias, renovável.
h) Ausência de condenação por crime que em Cabo
Verde seja punível com pena privativa de li- 5. Em caso de caducidade da autorização de residência,
berdade de duração superior a um ano; pode ser concedida a sua renovação nas condições legal-
mente estabelecidas mediante pagamento de uma sobre-
i) Não se encontrar no período de interdição de en- taxa a fixar por portaria do membro do Governo respon-
trada em território nacional, subsequente a sável pela área da administração interna, sem prejuízo
uma medida expulsão do país. da aplicação de coima e outras medidas previstas na lei.
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Autorização de residência para exercício de actividade pro- Autorização de residência para actividade de investimento
fissional independente ou actividade económica relevante
1. Para além das condições gerais estabelecidas no 1. É concedida autorização de residência, para efeitos
artigo 47.º, só é concedida autorização de residência de exercício de uma actividade de investimento ou acti-
para exercício de actividade profissional independente vidade económica relevante, aos estrangeiros que:
a estrangeiros que preencham os seguintes requisitos:
a) Preencham as condições gerais estabelecidas no
a) Tenham constituído sociedade nos termos da artigo 47.º, com excepção da alínea a) do nú-
lei ou celebrado um contrato de prestação de mero 1;
serviços para o exercício de uma profissão li-
beral que indique, pelo menos, a natureza do b) Tenham visto válido ou se encontrem legalmen-
serviço a prestar, o vínculo a estabelecer com te em território nacional;
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c) Solicitem visto de residência no prazo de sessen- que com ele tenham vivido noutro país, que dele depen-
ta dias a contar da data da primeira entrada dam ou que com ele coabitem, independentemente de
em território nacional; os laços familiares serem anteriores ou posteriores à
entrada do residente em território nacional.
d) Realizem uma actividade de investimento tal
como definida na alínea d) do artigo 2.º e 2. Nas circunstâncias referidas no número anterior
apresentem declaração das actividades com- é igualmente reconhecido o direito ao reagrupamento
petentes que comprove que a mesma está au- familiar com os membros da família que tenham entrado
torizada, registada ou licenciada ou em con- legalmente em território nacional e que dependam ou
dições de o ser. coabitem com o titular de uma autorização de residência
válida.
2. O disposto no número anterior é aplicável ao es-
trangeiro que estiver autorizado a exercer no país, por 3. Para efeitos do disposto no presente artigo, conside-
si ou através de sociedades comerciais, uma actividade ram-se membros da família do residente:
económica ou outra de reconhecido interesse nacional
a) O cônjuge;
ou apresentar documento das autoridades competentes
atestando que preenche os requisitos legais para que a b) Os filhos menores, ou a cargo do casal ou de um
actividade seja autorizada, registada ou licenciada. dos cônjuges;
Subsecção II
c) Os menores adoptados.
Autorização de residência para estudo
4. O reagrupamento familiar com filho menor ou inca-
Artigo 53.º paz de um dos cônjuges depende da autorização do outro
Autorização de residência para estudantes progenitor ou de decisão de autoridade competente de
do ensino superior acordo com a qual o filho lhe tenha sido confiado.
1. É concedida uma autorização de residência ao estu- 5. Para o exercício do direito ao reagrupamento fami-
dante do ensino superior que: liar deve o requerente dispor de alojamento e meios de
a) Preencha as condições gerais estabelecidas no subsistência para a família.
artigo 47.º; Artigo 55.º
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5. Antes de ser proferida decisão de indeferimento de penais ligadas ao tráfico de pessoas, ao tráfico ilícito de
pedido de reagrupamento familiar, são tidos em consi- imigrantes ou ao auxílio à imigração ilegal, mesmo que
deração a natureza e a solidez dos laços familiares da tenha entrado ilegalmente no país ou não preencha as
pessoa, o seu tempo de residência em Cabo Verde e a condições de concessão de autorização de residência.
existência de laços familiares, culturais e sociais com o
país de origem. 2. A autorização de residência a que se refere o número
anterior é concedida após o termo do prazo de reflexão
6. A decisão de indeferimento é notificada ao reque- entre trinta e sessenta dias para permitir à vítima recu-
rente com indicação dos seus fundamentos, dela devendo perar e escapar à influência dos autores das infracções
constar o direito de impugnação judicial e o respectivo em causa, desde que:
prazo.
a) Seja necessário prorrogar a permanência do in-
7. A decisão de indeferimento do pedido de autorização
teressado em território nacional, tendo em
de residência para reagrupamento familiar é susceptível
conta o interesse que a sua presença repre-
de impugnação judicial, com efeito suspensivo.
senta para as investigações e procedimentos
Artigo 56.º judiciais;
Autorização de residência dos membros da família
b) O interessado mostre vontade clara em colaborar
1. Tendo sido deferido o pedido de reagrupamento fami- com as autoridades na investigação e repres-
liar, ao membro da família que seja titular de um visto de são do tráfico de pessoas, do tráfico ilícito de
residência ou temporário ou que se encontre legalmente imigrantes ou do auxílio à imigração ilegal;
em território nacional é concedida uma autorização de
residência de duração idêntica à do residente. c) O interessado tenha rompido as relações que tinha
com os presumíveis autores das infracções refe-
2. Ao membro da família do titular de uma autorização
ridas no número anterior.
de residência permanente é emitida uma autorização de
residência renovável, válida por dois anos, renovável por 3. A autorização de residência pode ser concedida
iguais períodos nos termos gerais. antes do termo do prazo de reflexão, se se entender que
Artigo 57.º o interessado preenche de forma inequívoca o critério
previsto na alínea b) do número anterior.
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Não carecem de cumprir o disposto na alínea a) do d) Quando o estrangeiro é natural de Cabo Verde.
número 1 do artigo 47.º para obtenção de autorização de Secção III
residência temporária os estrangeiros: Autorização de residência permanente
dem públicas;
e) Que não se tenham ausentado do território na-
cional e cujo direito de residência tenha ca- f) Disponham de alojamento;
ducado; g) Comprovem ter conhecimento da língua nacional e
f) Que tenham filhos menores residentes em Cabo oficial de Cabo Verde.
Verde ou com nacionalidade cabo-verdiana 2. O período de residência anterior à entrada em vigor
sobre os quais exerçam efectivamente as res- da presente lei releva para efeitos do disposto no número
ponsabilidades parentais e a quem assegu- anterior.
rem o sustento e a educação;
3. À apreciação do pedido de autorização de residência
g) Que sejam, ou tenham sido, vítimas de explo- permanente é aplicável, com as necessárias adaptações,
ração salarial ou de horário, em condições o disposto no número 5 do artigo 44.º.
de trabalho particularmente abusivas, desde 4. O surgimento de uma doença prevista no número
que tenham denunciado a situação às entidades 6 do artigo 44.º após a concessão de autorização de resi-
competentes e com elas colaborem; dência temporária em território nacional não pode, por
h) Que tenham beneficiado de autorização de resi- si só, justificar a recusa de concessão de autorização de
dência concedida ao abrigo do artigo 58.º; residência permanente ao requerente que cumpra os
demais requisitos da lei.
i) Que à data em vigor do presente diploma perma-
neciam em situação irregular em Cabo Verde 5. A autorização de residência permanente não tem
tendo entrado comprovadamente em territó- prazo de validade e é titulada por um título de residência
rio nacional há três anos. nos termos do artigo 40.º.
Secção IV
Artigo 61.º
Cancelamento da autorização de residência
Regime excepcional
Artigo 63.º
Quando se verificarem situações extraordinárias a que Cancelamento da autorização de residência
não sejam aplicáveis as disposições previstas no artigo
anterior, mediante proposta do Director da DEF ou por 1. A autorização de residência é cancelada sempre que:
iniciativa do membro do Governo responsável pela área a) O seu titular tenha sido objecto de uma decisão
da administração interna pode, a título excepcional, ser de expulsão do território nacional; ou
concedida ou renovada autorização de residência tem-
b) A autorização de residência tenha sido concedida
porária a estrangeiros que não preencham os requisitos
com base em declarações falsas ou enganosas,
exigidos na presente lei, nas seguintes situações:
documentos falsos ou falsificados, ou através
a) Por razões de interesse nacional; da utilização de meios fraudulentos; ou
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c) Em relação ao seu titular existam razões sérias geiro titular de autorização de residência tem direito,
para crer que cometeu actos criminosos gra- sem necessidade de autorização especial e nas mesmas
ves ou existam indícios reais de que tenciona condições garantidas aos nacionais cabo-verdianos, de-
cometer actos dessa natureza; ou signadamente:
d) Por razões de ordem ou segurança pública. a) À educação e ensino bem como à criação e direc-
ção de estabelecimentos de ensino, de acordo
2. Sem prejuízo da aplicação de disposições especiais, a com o estabelecido na legislação vigente;
autorização de residência pode igualmente ser cancelada
quando o interessado, sem razões atendíveis, se ausente b) Ao exercício de uma actividade económica ou
do país: profissional, subordinada ou independente,
sem prejuízo do disposto no artigo seguinte;
a) Sendo titular de uma autorização de residência
temporária, seis meses consecutivos no perío- c) Ao acesso à saúde.
do total de validade da autorização; 2. É garantida a aplicação das disposições que assegu-
rem a igualdade de tratamento dos estrangeiros, nome-
b) Sendo titular de uma autorização de residência
adamente em matéria de segurança social, de benefícios
permanente de vinte e quatro meses, num pe-
fiscais, de reconhecimento de diplomas, certificados e
ríodo de quatro anos.
outros títulos profissionais ou de acesso a bens e serviços
3. A ausência para além dos limites previstos no nú- à disposição do público, bem como a aplicação de dispo-
mero anterior deve ser justificada mediante pedido apre- sições que lhes concedam direitos especiais.
sentado na DEF antes da saída do residente do território Artigo 66.º
nacional ou, em casos excepcionais, após a sua saída.
Direitos políticos, direitos e deveres reservados aos nacio-
nais e exercício de actividade política ou de funções públicas
4. Não é cancelada a autorização de residência aos
cidadãos que estejam ausentes por períodos superiores 1. O estrangeiro que resida ou se encontre no território
aos previstos no número 2, quando comprovem que du- nacional não goza dos direitos políticos e dos direitos
rante a sua ausência do território nacional estiveram e deveres reservados constitucional e legalmente aos
no país de origem e que no mesmo desenvolveram uma cidadãos nacionais.
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c) Informar as autoridades cabo-verdianas dos ele- o tribunal competente ou, na falta, o da comarca da resi-
mentos do seu estatuto pessoal, quando tal dência ou do lugar em que o estrangeiro for encontrado.
lhe for exigido; Artigo 74.º
d) Declarar e fazer prova do modo de subsistência Proibição de expulsão colectiva de estrangeiros
para si e seu agregado familiar;
1. É proibida a expulsão colectiva de estrangeiros.
e) Cumprir as demais prescrições legais e directri-
zes administrativas e policiais emanadas das 2. Para efeitos do presente diploma, entende-se por
autoridades competentes. expulsão colectiva a que visa globalmente grupos nacio-
nais, raciais, étnicos ou religiosos.
Artigo 71.º
Artigo 75.º
Garantias
Limites à expulsão
1. O estrangeiro goza em Cabo Verde de todas as ga-
rantias constitucionais e legais reconhecidas ao nacional, 1. Em nenhum caso a expulsão será efectuada para
nomeadamente: país onde o estrangeiro possa ser perseguido por razões
a) Acesso aos órgãos jurisdicionais contra os actos políticas, religiosas, raciais, de convicção filosófica ou lhe
que violem os seus direitos reconhecidos pela possa ser aplicada pena de morte ou de prisão ou outras
Constituição e pela lei; medidas privativas de liberdade perpétuas ou de duração
indeterminada ou possa sofrer tortura, tratamento de-
b) Não ser preso sem culpa formada e sofrer qual- sumano ou degradante.
quer sanção, a não ser nos casos e pelas for-
mas previstas na lei; 2. Verificada qualquer das situações referidas no nú-
mero anterior, o estrangeiro será encaminhado para um
c) Exercício e gozo, de forma pacífica, dos seus di- outro país que o aceite receber.
reitos patrimoniais e não sofrimento de quais-
Artigo 76.º
quer medidas arbitrárias ou discriminatórias
contra os mesmos; Interdição de entrada
d) Não ser expulso ou extraditado, senão nos casos 1. Ao cidadão estrangeiro sujeito a decisão de expulsão
e termos previstos na lei. administrativa nos termos da alínea a) e b) do número 1
do artigo seguinte é vedada a entrada em território na-
2. Em caso de expulsão, extradição, ausência presu-
cional por prazo de cinco anos, sem prejuízo do disposto
mida ou definitiva ou morte do estrangeiro é-lhe asse-
no número 4 do artigo 79.º.
gurado ou aos seus familiares ou herdeiros, os interesses
pessoais, patrimoniais, económicos ou sociais que lhe 2. Nos outros casos de expulsão é interdita a entrada
sejam reconhecidos por lei e que não sejam instrumento, em território nacional, por prazo não inferior a cinco anos,
produto, resultado ou efeito de infracções penais. determinado pela autoridade que decidiu a expulsão.
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se ainda não estiver, por qualquer autoridade e entregue na vida económico-social do país.
à DEF, devendo ser presente ao juiz, no prazo de quarenta
e oito horas a contar da detenção, para determinação Artigo 82.º
da sua colocação em centro de instalação temporária ou Medida autónoma de expulsão judicial
espaço equiparado ou, se for o caso, para aplicação de
medida de coacção prevista na legislação penal. 1. Sem prejuízo das disposições constantes de con-
venções internacionais de que Cabo Verde seja Parte
2. As autoridades, as empresas de navegação marítima, ou a que se vincule, é expulso do território nacional, o
aérea, portuárias e aeroportuárias comunicam às autori- estrangeiro residente ou que permaneça legalmente em
dades dos serviços de polícia de fronteiras a verificação de território nacional:
qualquer das situações previstas no número 1 do artigo
anterior em relação a um estrangeiro. a) Que atente contra a segurança nacional, a or-
dem e segurança públicas e os bons costumes;
Artigo 79.º
Abandono voluntário do território nacional e condução
b) Cuja presença ou actividades no país constitu-
à fronteira
am ameaça aos interesses ou à dignidade do
Estado de Cabo Verde ou dos seus nacionais;
1. O estrangeiro que entre ilegalmente em território
nacional e declare que pretende abandonar o território c) Que não respeitem as leis aplicáveis aos estran-
nacional fica à custódia da DEF para efeitos de condução geiros;
ao posto de fronteira e afastamento no mais curto espaço d) Que tenha praticado actos que, se fossem conhe-
de tempo possível. cidos pelas autoridades cabo-verdianas, te-
2. Em alternativa à detenção e à decisão de expulsão, riam obstado à sua entrada no País.
o estrangeiro que tenha permanecido além do período 2. O disposto no número anterior não prejudica a
autorizado de estadia ou a quem tenha sido cancelada a responsabilidade criminal em que o estrangeiro haja
autorização de residência pode ser notificado pela DEF incorrido.
para abandonar voluntariamente o território nacional no
prazo que lhe for fixado, entre dez e vinte dias. 3. Com excepção dos casos referidos nas alíneas a) e
b) do número 1, não podem ser expulsos do território
3. O prazo referido no número anterior pode ser pror- nacional os cidadãos estrangeiros que:
rogado tendo em conta, designadamente, a duração da
permanência, a existência de filhos que frequentem a a) Tenham nascido em território cabo-verdiano e
escola e a existência de outros membros da família e de aqui residam legalmente;
laços sociais, disso sendo notificado o estrangeiro. b) Tenham a seu cargo filhos menores de naciona-
4. Em derrogação ao disposto no artigo 76.º, o estrangeiro lidade cabo-verdiana ou estrangeira, a resi-
que tenha abandonado o território nacional nos termos dir em Cabo Verde, sobre os quais exerçam
do presente artigo fica interdito de entrar em território de facto as responsabilidades parentais e a
nacional pelo prazo de dois anos. quem assegurem o alimento.
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Artigo 87.º
6. A decisão é proferida no prazo de setenta e duas Obrigações do expulsando
horas após a recepção do processo.
1. Ao estrangeiro residente contra quem é proferida
7. É enviada cópia da decisão de expulsão à Comissão
uma decisão de expulsão é concedido um prazo de saída
Nacional dos Direitos Humanos e Cidadania, que tem
voluntária do território nacional, entre dez e vinte dias.
a incumbência de monitorizar e assegurar o respeito
pelos direitos fundamentais do expulsando, em especial 2. O estrangeiro residente que não abandone o ter-
o disposto no número 5 do artigo 86.º. ritório nacional no prazo que lhe tiver sido fixado nos
Artigo 84.º termos do número anterior é detido e conduzido ao posto
de fronteira para afastamento do território nacional.
Conteúdo da decisão
3. No âmbito dos processos de expulsão e enquanto não
A decisão de expulsão contém obrigatoriamente:
expirar o prazo previsto no número 1 do presente artigo
a) Os fundamentos de facto e de direito; e no número 2 do artigo anterior, o estrangeiro, se não
estiver instalado em centro de instalação temporária
b) O prazo para a sua execução;
ou em espaço equiparado ou preso em estabelecimento
c) As obrigações legais do expulsando, se não for prisional em caso de pena acessória de expulsão, ficará
detido, enquanto não esgotar o prazo de exe- sujeito às seguintes obrigações, sem prejuízo do disposto
cução; no número 4:
d) A interdição de entrada em território nacional, a) Declarar a sua residência;
com a indicação do respectivo prazo;
b) Não se ausentar da ilha da sua residência, sem
e) A indicação do país para onde não deve ser enca- autorização das autoridades dos serviços de
minhado o estrangeiro; polícia de fronteiras;
f) A ordem de venda dos bens da titularidade do c) Apresentar-se periodicamente perante as auto-
expulsando para custear as despesas de ex- ridades dos serviços de polícia de fronteiras,
pulsão ou a declaração da sua perda a favor de harmonia com o que lhe for determinado;
do Estado.
d) Pagar uma caução, se lhe for determinado.
Artigo 85.º
Notificação
4. Em situações devidamente fundamentadas, no-
meadamente quando se verifiquem razões concretas e
A decisão de expulsão é notificada ou comunicada por objectivas geradoras de convicção de intenção de fuga,
escrito ao estrangeiro, sendo-lhe explicada em língua que sempre que o estrangeiro utilize documentos falsos ou
presumivelmente consiga entender. falsificados, ou tenha sido detectado em situações que
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indiciam a prática de um crime, ou existam razões sérias 2. Considera-se ilegal a permanência de estrangeiros em
para crer que cometeu actos criminosos graves ou indícios território nacional quando esta não tenha sido autorizada de
fortes de que tenciona cometer actos dessa natureza, o harmonia com o disposto na presente lei ou na lei reguladora
cidadão fica entregue à custódia da DEF, com vista à do direito de asilo, bem como quando se tenha verificado a
execução da decisão de expulsão. entrada ilegal nos termos do número anterior.
Artigo 88.º 3. Considera-se ainda ilegal o trânsito de estrangeiros
Comunicação da decisão em território nacional quando estes não tenham garan-
tido a sua admissão no país de destino.
1. A decisão de expulsão e a sua execução são comuni-
Artigo 91.º
cadas, pela via diplomática, às autoridades competentes
do país de destino do estrangeiro. Responsabilidade criminal e civil das pessoas colectivas
e equiparadas
2. Para efeitos do disposto no número anterior os tri-
bunais remetem ao membro do Governo responsável pela 1. As pessoas colectivas e entidades equiparadas são
área da justiça cópia autenticada da decisão de expul- responsáveis, nos termos gerais, pelos crimes previstos
são ou da sentença condenatória, que a reencaminhará na presente lei.
para o membro do Governo responsável pelas relações 2. As entidades referidas no número 1 respondem soli-
exteriores. dariamente, nos termos da lei civil, pelo pagamento das
multas, coimas, indemnizações e outras prestações em
3. A DEF comunica ao membro do Governo responsável
que forem condenados os agentes das infracções previstas
pela área das relações exteriores as decisões de expulsão
na presente lei.
administrativa e a execução da expulsão.
Artigo 89.º 3. À responsabilidade criminal pela prática dos crimes
previstos nos artigos 92.º, 93.º e 97.º, acresce a respon-
Despesas
sabilidade civil pelo pagamento de todas as despesas
1. O expulsando é responsável pelo pagamento das inerentes à estadia e ao afastamento dos estrangeiros
despesas de expulsão. envolvidos, incluindo quaisquer despesas com custos de
envio para o país de origem de verbas decorrentes de
2. Para efeitos do disposto no número anterior, a enti-
créditos laborais em dívida.
dade que proferiu a decisão de expulsão ordena a venda
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de bens necessários do expulsando, declara a sua perda 4. Podem ainda ser aplicadas às pessoas colectivas e
a favor do Estado ou acciona a caução prevista na alínea entidades equiparadas as seguintes penas acessórias:
d) do número 3 do artigo 87.º, a garantia de repatriamen- a) Proibição de celebrar certos contratos ou contratos
to prevista no número 2 do artigo 35.º ou o disposto no com determinadas entidades;
número 3 do artigo 91.º, consoante os casos.
b) Privação do direito a subsídios, subvenções ou
3. As empresas públicas ou privadas que mantenham incentivos;
estrangeiros em situação irregular ao seu serviço ou
alojados ficam obrigadas a satisfazer as despesas com c) Encerramento definitivo da empresa ou estabe-
a sua expulsão, quando o expulsando não possui meios lecimento por um período até cinco anos;
para o efeito. d) Interdição de exercer, directa ou indirectamente,
4. O disposto no número anterior é aplicável ao subs- outras actividades comerciais ou de criar uma
critor de um termo de responsabilidade nos termos do outra empresa, durante um período máximo
número 4 do artigo 10.º. de cinco anos;
5. Se as despesas de expulsão não puderem ser sa- e) Perda a favor do Estado de produtos e instru-
tisfeitas nos termos dos números anteriores, dar-se-á mentos da infracção.
conhecimento do facto à autoridade diplomática do país Artigo 92.º
para onde será enviado, para efeitos de assunção das Auxílio à imigração ilegal
respectivas despesas.
1. Quem, por qualquer forma, induzir, promover, favo-
6. Na impossibilidade de satisfação dos encargos com recer ou facilitar a entrada, a permanência ou o trânsito
a expulsão, por via diplomática, as mesmas serão supor- ilegais de estrangeiro em território nacional, será punido
tadas pelo Estado, por dotações escritas no orçamento com pena de prisão de um a três anos.
do departamento governamental responsável pela área
das finanças. 2. Quem favorecer ou facilitar, por qualquer forma, a
entrada, a permanência ou o trânsito ilegais de cidadão
CAPÍTULO VIII estrangeiro em território nacional, com intenção lucra-
Disposições penais tiva, é punido com pena de prisão de um a quatro anos.
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Casamento de conveniência
1. O tribunal pode, nos termos gerais, atenuar livre-
mente a pena a aplicar ao agente dos crimes previstos
1. Quem contrair casamento com o único objectivo de nos artigos 92.º, 93.º e 94.º, que denunciar os autores ou
proporcionar a obtenção ou de obter um visto ou uma au- colaborar de forma substancial, na descoberta de grupo
torização de residência ou defraudar a legislação vigente criminoso organizado.
em matéria de aquisição da nacionalidade é punido com
2. O agente será, prévia e expressamente informado, se
pena de prisão de um a quatro anos.
deseja colaborar, nos termos e para os efeitos do previsto
2. Quem, de forma reiterada ou organizada, fomentar no número anterior.
ou criar condições para a prática dos actos previstos no Artigo 99.º
número anterior, é punido com pena de prisão de dois a
Competência para investigação
cinco anos.
Sem prejuízo das competências atribuídas a outras
3. A tentativa é punível. entidades, cabe à DEF investigar os crimes previstos no
Artigo 96.º presente capítulo e outros que com ele estejam conexos.
Angariação de mão-de-obra ilegal Artigo 100.º
Remessa de sentenças
1. Quem, com intenção de obter, directa ou indirec-
tamente, um benefício financeiro ou um outro benefício Os tribunais enviam à DEF, com a maior brevidade:
material, para si ou para terceiro, aliciar ou angariar com
a) Certidões de decisões condenatórias proferidas em
o objectivo de introduzir, no mercado de trabalho, estran-
processo-crime contra cidadãos estrangeiros;
geiro que não seja titular de autorização de residência ou
visto que habilite ao exercício de uma actividade profis- b) Certidões de decisões proferidas em processos
sional ou com este simular relação laboral é punido com instaurados pela prática dos crimes previstos
pena de prisão de um a quatro anos. na presente lei;
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Artigo 103.º
Artigo 109.º
Falta de boletim de alojamento
Inobservância de determinados deveres
A infracção ao disposto no artigo 23.º, por cada boletim
de alojamento não apresentado no prazo legal constitui A infracção dos deveres de comunicação previstos no
contra-ordenação punível com coima de 2 000$00 (dois artigo 46.º constitui contra-ordenação punível com uma
mil escudos) a 10 000$00 (dez mil escudos). coima de 2 000$00 (dois mil escudos) a 10 000$00 (dez
Artigo 104.º
mil escudos).
A infracção ao disposto no artigo 22.º constitui contra- Repatriamento a cargo de empresa ou sociedade
ordenação punível com coima de 10 000$00 (dez mil es-
A infracção ao disposto no número 3 do artigo 89.º
cudos) a 50 000$00 (cinquenta mil escudos), sem prejuízo
constitui contra-ordenação, sancionável com coima de 20
de outras sanções estabelecidas na lei.
000$00 (vinte mil escudos) a 50 000$00 (cinquenta mil
Artigo 105.º escudos) por pessoa.
Transporte de pessoa com entrada não autorizada no País
Artigo 111.º
O transporte, para o território nacional, de cidadão Emprego de estrangeiro em situação irregular
estrangeiro que não possua documento de viagem ou
visto, válidos, por transportadora ou por qualquer pessoa Quem utilizar a actividade de estrangeiro não habili-
no exercício de uma actividade profissional, constitui tado com autorização de residência ou visto que autorize
contra-ordenação punível, por cada cidadão estrangeiro o exercício de uma actividade profissional subordinada,
transportado, com coima de 100.000$00 (cem mil escudos) fica sujeito à aplicação, por cada estrangeiro, de uma das
a 300.000$00 (trezentos mil escudos) ou de 250.000$00 seguintes coimas:
(duzentos e cinquenta mil escudos) a 500.000$00 (qui-
nhentos mil escudos), consoante se trata de pessoa sin- a) De 100.000$00 (cem mil escudos) a 500.000$00
gular ou pessoa colectiva. (quinhentos mil escudos), se empregar 1 a 4
estrangeiros;
Artigo 106.º
Violação da medida de interdição de entrada b) De 300.000$00 (trezentos mil escudos) a
1.500.000$00 (um milhão e quinhentos mil
O estrangeiro que entrar em território nacional du- escudos), se empregar 5 a 10 estrangeiros;
rante o período por que essa entrada lhe foi interditada
é punido com coima de 100.000$00 (cem mil escudos) c) De 500.000$00 (quinhentos mil escudos) a
a 500.000$00 (quinhentos mil escudos) e será expulso 4.500.000$00 (quatro milhões e quinhentos mil
administrativamente. escudos), se empregar mais de 11 estrangeiros.
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Artigo 115.º
des com quem contrataram receberem trabalho prestado
Aplicação subsidiaria por estrangeiros em situação irregular.
Em tudo o que não estiver regulado no presente 3. Quando emita título que regularize, nos termos da
capítulo é aplicável o regime jurídico geral das contra- presente lei, a situação de estrangeiro que se encontre
ordenações. em território nacional, a DEF comunica aos serviços
competentes em matéria fiscal e da segurança social
CAPÍTULO X os dados necessários à respectiva inscrição, se esta não
Taxas tiver já ocorrido.
Artigo 120.º
Artigo 116.º
Regulamentação
Regime aplicável
1. A presente lei é regulamentada no prazo de noventa
1. As taxas e sobretaxas a cobrar pela concessão de dias.
vistos pelos postos consulares são as que constam da ta-
bela de emolumentos consulares, quando emitidos pelas 2. Até à aprovação da regulamentação referida no
embaixadas e postos consulares. número anterior, mantém-se em vigor o Decreto-Re-
gulamentar n.º 12/99, de 9 de Agosto, com as devidas
2. As taxas e sobretaxas a cobrar pela emissão de vistos adaptações e em tudo o que for compatível com o regime
em território nacional, a emissão de título de residência, constante da presente lei
a concessão de autorização de residência e a sua validação
Artigo 121.º
e demais procedimentos administrativos previstos na
presente lei da competência da DEF são fixados por Disposições transitórias
portaria do membro do Governo responsável pela área
1. Os estrangeiros que se encontram no país em si-
da administração interna.
tuação irregular têm o prazo de noventa dias dias, a
3. O produto das taxas e sobretaxas a cobrar nos termos contar da data de entrada em vigor da presente lei, para
do número anterior constitui receita da DEF. regularizarem a sua permanência ao abrigo do disposto
na presente lei.
Artigo 117.º
2. Os titulares de certidão de residência emitida ao
Isenção ou redução de taxas
abrigo de legislação anterior à presente lei devem pro-
1. Estão isentos de taxa: ceder à substituição do título de que são portadores pelo
título previsto no artigo 40.º, em termos e no prazo a fixar
a) Os vistos oficiais, diplomáticos e de cortesia; em sede de legislação regulamentar.
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