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SERGIPE–BR | EDIÇÃO 1875 | ANO 37 | 18/3/2018

www.cinform.com.br

RECEITA FEDERAL
Casa de corrupção e
de um trilhão de
processos P. 30

ENTREVISTA P. 60
e homenagem ao criador
do CINFORM, jornalista
ANTÔNIO BOMFIM

EXCLUSIVO
A NOVA ERA DA NOTÍCIA

QUASE R$ 1 MILHÃO
PARA PAGAR A UM MORTO
FOTO: ACERVO DE FAMÍLIA

Anos depois de morto, o ex-juiz e ex-prefeito Agesilao Batista


“assinou” a venda de suas terras para possíveis grileiros
beneficiados no projeto Platô de Neópolis. Agora, novamente, um
morto célebre peticiona para “receber” – e o TJ autoriza – parte do
dinheiro que deveria ir para os ditos legítimos herdeiros
ACESSE P.41
A NOVA ERA DA NOTÍCIA

SERGIPE–BRASIL
t
ÍNDICE CADERNO 1 TOQUE E ACESSE

OPINIÃO
EDITORIAL – A volta do Cinform impresso 5

CHARGE 8

CINFORMANDO –
STF decide em favor da corrupção 9

POLÍTICA
Jantar de negócios com Joice Hasselmann 15

Prefeito de Tobias Barreto anuncia


ações municipais 21

NACIONAIS – A caixa é nossa! 25

GERAL
Receita Federal casa de corrupção
e de um trilhão de processos? 30
Quase R$1 milhão para pagar a um morto 41
ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 2
ENTREVISTA - Antônio Bomfim 60

Todos pela informação de verdade 67

ARTIGO – A grande virada:


dando a volta por cima 71

ENTREVISTA – Eva Luana 77

PRÓ SOLUÇÃO – A Passarela na Orla recém


reformada é destruída por carro 87

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ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019- 3
OPINIÃO

ÍNDICE
TOQUE
t
E ACESSE

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 4


1/3
OPINIÃO

Editorial

VIEIRA NETO
A VOLTA
DO CINFORM
IMPRESSO
Nos primeiros anos do século XX, com a
chegada ainda incipiente do rádio, o jornal
impresso reinava absoluto na Galáxia de
Gutemberg. Mas, o rádio, com suas penetrantes
ondas médias e curtas se expandiu tanto e atingiu
tantos lugares pelo Brasil afora que os profetas da
época vaticinaram o fim do velho jornal.

Só que o jornal não morreu, pelo contrário, por


um fenômeno inalienável como o da permanência
da notícia, que passa de mão em mão, o que
prevaleceu foi uma convivência harmoniosa entre
rádio e jornal, que dividiram o palco da notícia e da
informação até a metade do século.

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2/3
OPINIÃO EDITORIAL
Anos de 1950, surge a imagem em movimento
nas telas de televisão. A expansão nos Estados
Unidos e na Europa Ocidental é alarmante, logo
chegando à América do Sul, ao Brasil e a uma
grande parte do mundo.

O bom e velho jornal impresso, do alto de


sua dignidade, investigando e divulgando a
corrupção com responsabilidade, permanece
desafiando o tempo e os profetas

Desta feita, não havia saída: era o fim do jornal


impresso e até do rádio, coitados!

Não foi! Novamente a resistência do jornal


impresso surpreendeu o mundo, a ponto de,
nos anos 2000, responder por 40% de todas
as verbas de publicidade e propaganda nos
Estados Unidos da América, ficando os 60%
restantes divididos entre televisão aberta,
televisão a cabo, rádios e outras formas de
mídias, as ditas alternativas.

Anos 90, outro duro desafio para os periódicos,

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3/3
OPINIÃO EDITORIAL
desta feita lançado por uma tal de internet, que
desafiava os limites da imaginação e os profetas
atacaram de novo: “vai acabar o jornal impresso,
porque ninguém mais lê neste país, de tudo se
sabe pela internet”. A mídia impressa permaneceu
firme, com jornais espalhados por todo o país e
por todo o mundo, isso sem falar nas incontáveis
revistas que circulam todos os dias.

Finalmente, chegam as inverossímeis “mídias”


das redes sociais. Por conta delas e de suas
mentiras deslavadas, surgem profetas imberbes
e velhos de barbas hirsutas estabelecendo que,
agora, adeus jornal impresso! Será? Olhem ao
redor do mundo, viajem ou pesquisem.

O bom e velho jornal impresso, do alto de sua


dignidade, investigando e divulgando a corrupção
com responsabilidade, permanece desafiando o
tempo e os profetas, dando eficientes e confiáveis
rasteiras nos avanços tecnológicos: primeiro,
do rádio; em seguida, da televisão; depois, da
internet; e agora, das redes sócias, com suas
inconsequentes fake News ou suas emocionais
post-truths ou post-truth politics. (Pós-verdade ou
política da pós-verdade).

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OPINIÃO

CHARGE | Percles

‘‘PRA NÃO DIZER QUE NÃO SE FALOU DE FLORES’’...

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1/6
OPINIÃO

Edvar Freire
CINFORMANDO

STF DECIDE
EM FAVOR DA
CORRUPÇÃO
O Supremo Tribunal Federal, organismo
que deveria existir, discretamente, para
julgar matérias que envolvessem ataques
à Constituição, ou para julgar crimes das
principais autoridades da República, virou
celebridade ao envolver-se, de forma
cinematográfica, em constantes brigas de
egos entre os que se assentam àquela mesa
de poder, e que costumam – alguns deles –
embriagar-se no vinho da soberba.

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2/6
OPINIÃO CINFORMANDO
Vez por outra, contrariando a
sociedade e os órgãos sérios de controle,
fiscalização e julgamento, esses senhores
absolutos julgam à revelia dos interesses
republicanos e favorecem verdadeiros
inimigos da lei e da ordem.

Meu apreço aos ministros


Luís Roberto Barroso, Edson
Fachin, Rosa Weber, Luiz Fux e
Cármen Lúcia

Foi exatamente o que ocorreu agora,


quando o colegiado, embora engolindo um
placar apertado de 6 x 5, deixou que as hienas
da política, que riem da carniça em que se
transformou a economia e os costumes deste
país, celebrassem o enfraquecimento da
operação Lava Jato, essa estrutura jurídica
que encheu de esperança a população bem-
intencionada do Brasil.

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3/6
OPINIÃO CINFORMANDO
A confraria da cúpula política, dona
de partidos perversos, engordada com o
dinheiro roubado das obras públicas, da
saúde, da educação, da segurança, da ação
social, não se cansa de fascinar-se com as
permanentes vitórias conquistadas na mais
alta corte de justiça deste país.

Os ventos de esperança parecem


renitentes em soprar sempre contra
os altos interesses deste povo, que
padece com a falta de serviços básicos,
direitos que deveriam ser oferecidos pelo
Estado em contrapartida aos impostos
escorchantes extraídos a fórceps de uma
plebe espoliada.

Meu apreço aos ministros Luís Roberto


Barroso, Edson Fachin, Rosa Weber, Luiz
Fux e Cármen Lúcia. Aos outros ministros
do STF, que beneficiaram cerca de 160
corruptos, não foi só uma ducha, foi um
balde de água fria na cabeça deste povo que
até já esqueceu de discernir ao certo o que
são sentimentos de virtude ou de honra.

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4/6
OPINIÃO CINFORMANDO
Toffoli abre inquérito
para investigar fake news
O presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), ministro Dias Toffoli, anunciou, no início
da sessão plenária desta quinta-feira (14), a
abertura de um inquérito para apurar notícias
falsas (fake news) que tenham a Corte como
alvo. A medida foi tomada “considerando a
existência de notícias fraudulentas, conhecidas
como fake news, denunciações caluniosas,
ameaças e infrações revestidas de ânimos
caluniantes, difamantes e injuriantes, que
atingem a honorabilidade e a segurança do
Supremo Tribunal Federal (STF), de seus
membros e familiares”, disse Toffoli.

Soneca e Maísa Mitidieri


levam esperança ao nova liberdade 3
Na companhia da deputada estadual Maísa
Mitidieri (PSD), o vereador Palhaço Soneca
(PPS) visitou os moradores que ocupam o
Loteamento Nova Liberdade 3, localizado
na área do antigo frigorífico, às margens
da BR-101. Ano passado, Soneca havia
apresentado a Maísa os principais problemas

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5/6
OPINIÃO CINFORMANDO
da comunidade, entre eles o risco de 800
famílias perderam seus lares.

Debate condição da mulher


no mundo do trabalho
‘Empoderamento feminino’ foi o termo
chave da terceira roda de conversa realizada
pela Secretaria de Estado da Inclusão,
Assistência Social e do Trabalho (Seit) dentro
da programação ‘Todxs por Todas’. Em torno
do tema ‘Mulheres no Mundo do Trabalho’, o
debate aconteceu na tarde da última quarta-
feira, 13, no Centro de Referência da Mulher
(CRM) da Barra dos Coqueiros, após palestra
ministrada pela professora pós-doutora Maria
Helena Santana Cruz, da Universidade Federal
de Sergipe (UFS), contando com a mediação
das técnicas do departamento de Inclusão e
Direitos Humanos (DIDH) da Seit.

Defensoria e Procon Estadual


avaliam Planos de Saúde
O Dia do Consumidor ocorre mundialmente
em 15 de março e, para celebrar a data, a
Defensoria Pública do Estado de Sergipe, por

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6/6
OPINIÃO CINFORMANDO
meio do Núcleo de Defesa do Consumidor, em
parceria com o Procon Municipal realizaram na
quarta-feira (13), inspeções nos planos de saúde
Hapvida, Unimed e Plamed para verificar se as
operadoras atendem às normas da Agência
Nacional de Saúde (ANS) no momento em que o
consumidor está contratando o serviço.

Brasil fechará acordo com os


EUA para uso da Base de Alcântara
Os governos do Brasil e dos Estados Unidos
preparam um novo acordo de salvaguardas
tecnológicas para utilização da Base de
Lançamento de Alcântara, no Maranhão.
A confirmação das negociações ocorreu
hoje (14), durante transmissão ao vivo nas
redes sociais, do presidente Jair Bolsonaro
ao lado dos ministros Ernesto Araújo
(Relações Exteriores) e Luiz Henrique
Mandetta (Saúde). O acordo será assinado
na próxima semana. Bolsonaro viaja com
uma comitiva de seis ministros no domingo
(17) e no dia 19 tem encontro marcado com
o presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, na Casa Branca.

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1/6

Política
CARLA PASSOS

Deputada Joice Hasselmann com Laércio Oliveira

JANTAR DE
NEGÓCIOS COM
JOICE HASSELMANN
lEm um momento de indecisão na tomada
de iniciativas políticas de sérias repercussões
para o país, deputada discute saídas com
população sergipana

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2/6
POLÍTICA

A líder do governo Bolsonaro no


Congresso Nacional, deputada federal
Joice Hasselmann, esteve em Sergipe, para
iniciar sua ação com o projeto “Caravana
da Independência”, que tem por finalidade
explicar aos setores político e produtivo
a necessidade da reforma da previdência
no Brasil. Em Aracaju, a deputada,
coordenadora nacional do movimento
Brasil 200, se reuniu com empresários
e representantes da classe política do
estado. O presidente da Fecomércio, Laércio
Oliveira, foi o único deputado federal da
bancada sergipana que participou da
reunião realizada pelo Movimento Brasil
200, no Radisson Hotel, em Aracaju.

Laércio Oliveira, em companhia do


secretário chefe da Casa Civil do Governo
do Estado, José Carlos Felizola, e o senador
Alessandro Vieira, apresentou as demandas
de Sergipe, junto com o deputado estadual,
líder do governo na Alese, Zezinho Sobral,
e representantes de entidades de classes
empresariais, como o presidente da Aseopp,

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3/6
POLÍTICA
CARLA PASSOS

Depuatado Laércio Oliveira fala sobre o evento

Luciano Barreto, e o diretor da Fecomércio,


Fernando Carvalho, entre outros.

Dentre os pleitos apresentados estão a


conclusão da BR-101, a permanência da
Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de
Sergipe (Fafen), isenção da taxa do Escritório
Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad)
cobrado aos hotéis, criação de possibilidades
de ampliação das atividades do agronegócio,
políticas direcionadas para a habitação,
geração de emprego e fortalecimento do
setor empresarial para possibilitar geração de
emprego e renda.

O deputado Laércio Oliveira vem


acompanhando esses temas e informou à

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4/6
POLÍTICA

líder do Congresso que tinha acabado de ser


informado que a audiência, tão esperada, com
o presidente da Petrobras foi agendada para o
próximo dia 22, às 10h, na sede da instituição
no Rio de Janeiro e Joice Hasselmann se
colocou à disposição para ir junto tratar sobre
a permanência da Fafen em funcionamento.

“Joice Hasselmann traz a liberdade para


que a gente coloque as necessidades que o
estado de Sergipe tem e passamos para ela.
Precisamos tirar as dúvidas sobre a Reforma
da Previdência e ela veio para esclarecer. A
população não pode ser prejudicada e sei que
chegaremos a um texto mais redondo com as
alterações para que possa entrar em votação
no Congresso. Tem pontos que sou favorável,
assim como tem os pontos que não concordo.
Por isso, acho importante o papel da deputada
Joice nesse processo, ouvindo todos os
colegas”, disse Laércio.

Durante a reunião a deputada falou que


estava passando as demandas naquele exato
momento para os ministros de cada área e

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5/6
POLÍTICA
CARLA PASSOS

Momento de descontração entre os componentes da mesa

que gosta de agilidade nas ações. “Nosso


objetivo aqui é o de conversar, debater, ouvir
as necessidades de Sergipe e falar sobre os
planos do governo para o Brasil nos próximos
anos”, citou Joice Hasselmann.

DESAFIOS DO BRASIL
Joice Hasselmann palestrou sobre o tema
“Os Desafios da Reconstrução do Brasil”,
durante o “Jantar com Negócios” realizado
pela Associação Comercial de Sergipe. A
deputada começou falando que Sergipe é o
primeiro estado em que ela estava realizando
a “Caravana da Independência” para falar da
Reforma da Previdência. “A reforma precisa ser
feita e estamos para ouvir e fazer as alterações

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6/6
POLÍTICA

que forem necessárias, mas ela precisa ser


aprovada para não deixar os estados ainda
mais prejudicados sem ter como pagar essa
conta”, explanou citando que “A Reconstrução
do Brasil passa pela reforma da previdência.
Sei que no Nordeste estão preocupados com o
Benefício de Prestação Continuada (BPC), mas
não será retirado, assim como terá alterações
na aposentadoria de quem ganha mais e quem
paga a conta é quem ganha menos”.

“Meu companheiro, Laércio, um beijo para


você que foi um guerreiro aqui, pelo nosso
presidente. Você deu a cara à tapa e foi para o
enfrentamento, e o Brasil precisa de gente de
coragem como você, Laércio. Chega de gente
covarde na política brasileira”, disse Joice
Hasselmann, destacando a atuação de Laércio
Oliveira, como um dos principais articuladores
da campanha presidencial de Jair Bolsonaro
em Sergipe. Ela também agradeceu ao
presidente da Ascese, Marco Aurélio Pinheiro,
e ao diretor nacional do movimento Brasil
200, Lúcio Flávio Rocha, pelo evento e pela
mobilização que foi feita na campanha.

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1/4
POLÍTICA
ASCOM PMTB

Prefeito de Tobias Barreto Diógenes Almeida

PREFEITO DE
TOBIAS BARRETO
ANUNCIA AÇÕES
MUNICIPAIS
lApós 15 dias de terem ido a Brasília, os
secretários tobienses retornam à capital
federal, dessa vez na companhia do prefeito.

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2/4
POLÍTICA
“Temos uma audiência lá na terça,
19, com Gustavo Canuto, ministro do
Desenvolvimento Regional, que assumiu a
pasta do antigo Ministério da Integração
das Cidades”, revela Diógenes Almeida,
prefeito municipal.

As demandas são relacionadas à crise


hídrica que o município vem enfrentando, o
que justifica também a limpeza da Barragem
do Jabeberi, que tem mais de 30 anos de
escavada e nunca passou por um processo de
dragagem, iniciativa que permitirá acumular
muito mais água e evitar futuros danos.

“Outra demanda muito importante


para o município é a busca por moradia
própria, porque Tobias tem uma
necessidade muito grande de mais
moradia para a população. Nosso pedido
é que o município seja contemplado com
mais casas”, acrescenta o prefeito.

A senadora Maria do Carmo, o deputado


federal Fábio Reis, a deputada estadual

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3/4
POLÍTICA
Diná Almeida e o vereador Gilson Ramos
também estarão presentes, além do
secretário de Administração, Diógenes
Junior, de Obras, Allan Vinicius, e o de
Planejamento, Danilo Campos.

CONCURSO PARA MAIS DE 150 VAGAS


O prefeito de Tobias Barreto, Diógenes
Almeida, também anunciou, nessa sexta-
feira, 15, a publicação do Concurso Público
no Diário Oficial do município. Segundo
Diógenes, esse será um grande marco para
o município.

“Esse dia realmente ficará marcado na


minha história e na de Tobias Barreto,
pois o concurso já é uma realidade!
É através dele que todos poderão
pleitear uma vaga no serviço público,
conforme suas competências, num
real sentido de isonomia. Agradeço à
Procuradoria, ao Ministério Público, à
Secretaria de Administração e a todos
que se envolveram nesse processo”, disse
Diógenes.

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4/4
POLÍTICA
As inscrições para o concurso serão feitas
a partir da próxima quarta-feira, dia 20, e
serão disponibilizadas vagas para todos os
níveis de escolaridade: Fundamental, Médio
e Superior. Foram disponibilizadas mais de
150 vagas diretas para diversos setores,
como Educação, Saúde, Obras, Assistências,
entre outras áreas, sendo que ainda existem
cadastros reservas. A SECOM informa que
qualquer necessidade de atualização ou
retificação de dados será exposta no Diário
Oficial da Prefeitura, em suas Redes Sociais
e por comunicados através da imprensa.

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1/4
POLÍTICA

Candisse Matos
NACIONAIS

A CAIXA É NOSSA!
A saída do superintendente regional da
Caixa em Sergipe Marcos Queiroz no início
da semana, provocou muitas conversas.
Com isso, veio a denúncia de que havia a
possibilidade de a superintendência de
Sergipe ser transferida para a Bahia.

O Senador sergipano Rogério Carvalho


(PT/SE) chegou a levar o assunto para a
Comissão de Assuntos Econômicos do
Senado e demonstrou preocupação com esta
possibilidade. Reforçou em seu discurso que
esta seria uma questão muito séria. E é mesmo!

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2/4
POLÍTICA NACIONAIS

Ter a superintendência de um banco público


no Estado significa garantir o desenvolvimento
econômico, é o braço operacional. A Caixa
possibilita o acesso ao crédito para o
financiamento popular, tem uma função social
muito grande, uma vez que é centralizadora de
operações como o Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS), Programa de Integração
Social (PIS) e Habitação popular (Programa
de Arrendamento Residencial - PAR, Carta de
Crédito, FGTS, entre outros).

A Caixa é também agente pagador do Bolsa


Família, do programa de complementação
de renda do Governo Federal e do Seguro-
desemprego. Atua ainda no financiamento de
obras públicas, principalmente voltadas para
o saneamento básico, destinando recursos
a estados e municípios. E a autonomia de
uma superintendência define a organização,
distribuição e atuação do banco em cada
localidade, inclusive das loterias federais.

Diante de tantas competências importantes,


ter uma superintendência regional em Sergipe

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3/4
POLÍTICA NACIONAIS

é garantir a democratização da Caixa e o


consequente movimento da economia. De
uma maneira clara, um exemplo de como o
Estado depende da autuação deste banco
público, é que com os recursos da poupança
há o financiamento da habitação popular que
movimenta o ramo da construção, e por sua
vez, gira a roda economia e gera empregos.

Vale lembrar que da população


economicamente ativa do Estado, cerca de
17.5% estão desempregadas, segundo o IBGE.
Segundo a PENAD Contínua do Instituto,
182 mil pessoas encerraram o ano de 2018
à procura de emprego em Sergipe. Nem
preciso dizer que este é um dado preocupante!
Imagina sem o estímulo de um banco público...

Este protagonismo da Caixa foi bastante


explorado nos governos do PT. Na contramão
do atual governo que quer concentrar
os recursos do país nas mãos de cinco
instituições financeiras privadas que podem
restringir a situação de inclusão, por isso,
a denúncia de possível transferência da

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4/4
POLÍTICA NACIONAIS

superintendência de Sergipe ganhou “corpo”,


e passou a ser uma preocupação, inclusive de
que o mesmo acontecesse em outros Estados.

Com a repercussão desta possibilidade,


a intervenção do Senador Rogério Carvalho
sensibilizou outros parlamentares, e o próprio
líder do Governo Federal no Senado, o Fernando
Bezerra, fez a intermediação de um encontro
com o presidente da Caixa Pedro Guimarães
para resolver logo a situação. Se faz necessário
o reconhecimento ao Senador Rogério Carvalho
pela rapidez na identificação de um problema tão
grave para Sergipe. Como também à cooperação
do líder do governo Fernando Bezerra que deixou
de lado as diferenças políticas, e atuou com
eficiência para preservar a população.

O melhor dessa história é que a


superintendência regional da Caixa continua
em Sergipe. Fica a orientação ao Governo
Federal que enxergue o valor real dos bancos
públicos e não priorize essa política de entrega
instituída pelo Ministro Paulo Guedes.

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1/11

Geral

VIEIRA NETO
RECEITA FEDERAL
CASA DE
CORRUPÇÃO E DE
UM TRILHÃO DE
PROCESSOS?
l“Nenhum governo mexe na Receita. Os
governos vêm e vão e têm medo de mexer com a
Receita. Isso tem que mudar”

Estima-se que haja um trilhão e meio de


processos tributários em julgamento em todo o
país oriundos de autos-de-infração da Receita
Federal. Em cifras, o valor a ser arrecadado
pelo Brasil é quase inimaginável para a maioria
dos brasileiros. Ocorre, porém, que, entra ano

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2/11
GERAL
FOTOS DIVULGAÇÃO

Sede oficial da Receita Federal

sai ano, entra governo sai governo, ninguém


ouça questionar a maneira como a Receita
Federal trabalha, tampouco a possibilidade da
existência de corrupção nesta instituição.

A analista tributária Sílvia de Alencar e ex-


presidente do Sindireceita, ainda no ano de 2014,
indignada com o ‘leão’, foi para as redes sociais e
vociferou: “A Receita Federal funciona como uma
verdadeira caixa-preta para o governo. Qualquer
governo. Os governos vêm e vão e têm medo
de mexer com a Receita. Porque os governos

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 31


3/11
GERAL

compram o peixe pelo preço que venderam a


eles. A Receita diz: ‘Olha, minha arrecadação é
essa, ela [a arrecadação] vem batendo recordes,
então, não mexam comigo’. A Receita tem uma
blindagem com essa pseudoeficiência que ela
vende para o governo”.

Sílvia é clara ao dizer que o ‘ponto delicado’


é que a Receita faz uma espécie de chantagem
com o governo. “Esse meu modelo [de
arrecadação] está dando certo, me deixa em
paz. Nenhum governo mexe na Receita. Isso
tem que mudar. Os governos têm que buscar
uma arrecadação mais justa, e que se tenha

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 32


4/11
GERAL

realmente um aumento de arrecadação efetivo


em função da função da própria Receita
Federal, que é a fiscalização. Poderíamos
aumentar essa arrecadação significativamente,
sem aumentar os impostos. Poder-se-ia fazer
uma melhor alocação dessa carga tributária,
tornando esse imposto mais justo”.

Acerca da arrecadação, de acordo


com dados oficiais da própria Receita,
“em relação aos anos mais recentes,
como 2016 e 2017, que apresentam um
volume maior de processos pendentes de
julgamento ou em fases intermediárias
de cobrança, respectivamente, 91,95% e
97,21% dos valores totais lançados, não
há, por ora, uma amostra suficiente de
processos definitivamente julgados na esfera
administrativa que permitam uma avaliação
conclusiva sobre o grau de aderência. O
resultado financeiro indireto da Fiscalização,
que em 2017 foi de R$ 1,342 trilhões, é a
própria arrecadação espontânea (ou induzida)
decorrente da percepção do risco sobre o não
cumprimento da norma tributária”.

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 33


5/11
GERAL

A ex-presidente do Sindireceita cita as


inúmeras irregularidades encontradas nas
atividades da Receita: “Créditos prescritos,
créditos caducos que deixam de ser
arrecadados, empresas fraudulentas que
deixam de ser fiscalizadas, empresas que
não são filantrópicas que passam a vida
como filantrópicas, servidores de utilidade
fim que ficam na utilidade meio”. E completa:
“Menos de 400 analistas estão atuando na
atividade fim, na fiscalização das fronteiras,
em nossos 16 mil quilômetros de fronteira.
É impossível de fiscalizar”. E reitera: “A
corrupção existe no mundo inteiro e a
Receita não está imune a isso.

COMO A CORRUPÇÃO É FEITA


O relato abaixo descreve exatamente como
essa corrupção pode ocorrer lá dentro da
instituição e nos dias de hoje, e são palavras
de quem conhece de perto essa realidade. A
reportagem manteve o sigilo da fonte.

“Os acessos à corrupção na Receita


Federal ocorrem em áreas onde as

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GERAL
decisões pessoais dos auditores são
significativas para o encaminhamento do
trabalho, concentradas prioritariamente
na fiscalização e no julgamento. Apenas
no quesito fiscalização, é possível um dos
exemplos da existência de corrupção: é o
preenchimento dos livros-fiscais. Um fiscal
mal-intencionado pode deixar ‘passar’
muita coisa. Geralmente, nos períodos
considerados curtos, de 2 em 2 anos,
uma empresa costuma ser fiscalizada
apenas uma vez. Não é regra fiscalizar
uma mesma empresa por mais de uma vez
neste período de 2 anos. Ao lavrar-se um
auto de infração, o fiscal pode dizer que
praticamente não encontrou nada. Ou que
encontrou pouquíssimas infrações. Esta é
uma das maneiras de se omitir informações
e praticar corrupção”.

“Mas, há outras maneiras de cometer


delitos. O fiscal pode, por exemplo, lavrar o
auto de infração corretamente, apontando
todas as ilicitudes; e fundamentar da
maneira errada. Este é o método mais

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GERAL
utilizado para fazer com que os autos de
infração cheguem à justiça e ‘caiam’. Ou seja,
os processos de sonegação até seguem por
meio das varas judiciais”.

“Porém, neles constam – de propósito –


inúmeras brechas para que os advogados
mais sagazes consigam derrubá-los
judicialmente e livrar seus clientes,
empresários sonegadores, das multas
bilionárias do chamado ‘leão’. Nesta
fundamental errônea, os fiscais podem
simplesmente citar artigos incorretos do
Código Tributário Nacional. Uma grande
maioria dos autos tributários demora até
cinco anos para serem julgados. Caso
passem de três anos, os autos prescrevem”.

“No entanto, há as fases da cobrança e do


julgamento, em que também – novamente
– a corrupção pode estar enraizada. Há,
nesta etapa do processo, uma maneira
mais pessoal de conseguir-se burlar uma
fiscalização, que é o de tentar corromper
o julgador, diretamente nas delegacias de

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GERAL
julgamento de pessoas físicas. Exemplos
de corrupção não faltam, como foi o caso
da Operação Zelotes, em que metade dos
julgadores estava envolvida em algum
esquema de corrupção. Existem advogados
‘especializados’ em corromper julgadores
durante a 1ª e 2ª instância dos processos”.

“Todos os anos são demitidos auditores


em diversas situações. E, de vez em quando,
estouram-se escândalos de corrupção. Além
da fiscalização das empresas e do aliciamento
direto dos julgadores está nas aduaneiras a
maior área passível de corrupção na Receita
Federal, concentrando-se principalmente nos
portos brasileiros, no Rio e em São Paulo, onde
entra a maior parte das mercadorias. Se o
fiscal é mal-intencionado, containers fechados
com 10 mil tênis de uma marca famosa
passam pelos portos e registra-se apenas a
existência de mil destes tênis. Isto porque os
containers não são barrados, fiscalizados,
abertos. O imposto fica em cima desses mil
tênis. Direto, auditores e analistas são presos
por causa dessas cargas”.

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GERAL
“Nos aeroportos, no varejo, dizem que existe
até uma tabela de preços para que os fiscais
não fiscalizem. A mochila vale R$ 100, e uma
mala grande, R$ 500”.

INDÉBITOS FISCAIS
Mas muitas das vezes nem o próprio Fisco,
um órgão fiscalizatório e, entende-se – que
deveria servir para sanear erros de outrem –
é justo. Daí surgem os chamados indébitos
fiscais, o que, para o contribuinte, significa a
possibilidade de pleitear, junto às autoridades
fazendárias, a devolução de tributo pago
indevidamente, ou a maior.

Quer um exemplo prático e fácil para


entender? Suponha que você, leitor, compre
um produto de R$ 90 e pague com uma nota
de R$ 100. Mas o vendedor não dê nenhum
troco. É seu direito receber o troco de R$ 10.

Nestas horas, para aqueles que desejam


estar quites com o ‘leão’, mas não querem
ser lesados pela Receita Federal, o direito
tributário pode ajudar. Como bem explicita o

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GERAL

Advogado Eliézer Marins: “Na verdade


temos uma Receita Federal desonesta”

advogado tributarista Eliézer Marins, CEO de


uma das maiores empresas de consultorias
tributárias do Brasil.

“Uma empresa pode detectar que dispõe de


ativos fazendo, por exemplo, um levantamento
dos últimos cinco anos na contabilidade e
na apuração dos impostos da empresa”, diz.
E acrescenta: “No Brasil, quase todas as
empresas têm créditos a recuperar”.

Marins se baseia na legislação fiscal e


tributária. “A restituição está prevista no artigo

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GERAL
165 do Código Tributário - CTN. E a compensação
está prevista no artigo 170 da CTN”, diz.

RECEITA DESONESTA
O advogado tributarista revela que, “por
muitas das vezes a própria Receita Federal cria
artifícios e manobras para que os empresários
não busquem os seus direitos”. E reitera: “Os
empresários ficam com receio, com medo de
procurar os próprios direitos”. Conforme analisa
Marins, a problemática pode ficar ainda maior
porque a Receita Federal não disponibiliza a
consulta dos créditos das pessoas jurídicas.

“Geralmente, a grande maioria das empresas


não vai atrás de seus direitos e esses valores
ficam para a União. Na verdade, temos uma
Receita Federal desonesta. Afirmo isso, pois
já demonstrei que é a verdade. Nos Estados
Unidos isso não acontece, pois, a IRS (Internal
Revenue Service), que é a Receita do Governo
Federal dos Estados Unidos, é honesta. Caso
algum contribuinte de lá pague seu imposto
a maior, a Receita manda um cheque, via o
Correio deles, devolvendo o valor”.

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GERAL

EXCLUSIVO

QUASE R$ 1 MILHÃO
PARA PAGAR A UM
MORTO
lAnos depois de morto, o ex-juiz e ex-prefeito
Agesilao Batista “assinou” a venda de suas
terras para possíveis grileiros beneficiados no
projeto Platô de Neópolis. Agora, novamente,
um morto célebre peticiona para “receber” – e
o TJ autoriza – parte do dinheiro que deveria ir
para os legítimos herdeiros

Para não cansar o estimado leitor ou a


querida leitora, segue um breve resumo dos
fatos que motivam a denúncia de suposto
favorecimento – devido à morosidade nas
tramitações processuais na Vara de Neópolis
– do TJSE a familiares de políticos influentes

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GERAL
FOTOS ARQUIVO PESSOAL

nacional e regionalmente
com atuação nas regiões de
Neópolis e Japaratuba, no
estado de Sergipe.

Em 1992 o governo de
Sergipe implantou o Projeto
Platô de Neópolis, nas
margens do Rio São Francisco,
no Baixo Vale, durante a
gestão do então governador
João Alves Filho. A proposta
do projeto de irrigação era transformar uma
imensa área de terras na maior produtora de
frutas em larga escala para exportação. Para
tanto o governo tomou um empréstimo do
Banco Mundial para pagar as indenizações das
desapropriações. O governo de Sergipe nunca
foi transparente na aplicação dos recursos
repassados pela União e estaduais o que
desencadeou vários pedidos de fiscalização
por parte do legislativo. Como se pode
observar, desde a implantação até o declínio,
o Platô de Neópolis foi alvo de discussões e
acusações de irregularidades.

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GERAL
UM POUCO DE HISTÓRIA
Agesilao Batista Martins Soares
era proprietário das Fazendas
Várzea Nova e Lagoa Grande,
conforme certidão de inteiro teor
emitida em 2011 e confirmada
em 2013. Ambas as propriedades
foram desapropriadas pelo
governo em 1992. Agesilao foi um homem
ilustre na cidade, foi juiz, prefeito, seu pai
foi Presidente da Província de Sergipe, José
Leandro Martins Soares. O livro “Ioiô Pequeno
da Várzea Nova” que retrata a biografia de
Agesilao, escrito por Mário Leônidas, foi
vencedor do Prêmio Jabuti em 1980.

Acontece que em 2011, quando a família


foi realizar o inventário tomou conhecimento,
perplexa, que os precatórios estaduais tinham
sido inscritos em nome de terceiros, sendo eles:
1) Mário Barreto Alves, sogro do ex-
deputado federal André Moura e pai de Lala
Moura (prefeita de Japaratuba). Observe-
se que Mário Barreto Alves era sobrinho da
esposa de Geraldo Barreto, Nair Barreto.

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GERAL
2) Geraldo Romeu Freire Gomes, sobrinho
de Agesilao, pai de Edjane, que foi casada com
Pedro, filho de criação dos donos do cartório
da cidade, Odin e Zuleide. Pedro ocupou cargos
na gestão dos Tojais. O advogado de Geraldo
é Paulo Vinícius, filho de Odin e Zuleide, sendo
esta a escrivã do Cartório.
3) Osvaldo Tojal, irmão do ex-prefeito de
Neópolis, Amintas Tojal que ocupou por
algumas vezes o cargo de prefeito nas últimas
décadas.
4) Finalmente, a Agro Vale Industrial, hoje
Massa Falida.

DESVENDANDO MISTÉRIOS
Os familiares foram então buscar informações
junto à COHIDRO,
empresa estadual que
foi a responsável pelas
desapropriações e
implantação do Projeto.
Ao questionar a diretoria
da empresa por qual motivo terceiros tinham
sido expropriados no lugar dos verdadeiros
proprietários, a resposta obtida foi a seguinte: “o

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GERAL
Estado tinha ‘pressa’ em implantar o Projeto e não
observou as escrituras, desapropriou baseado
em certidões de transferência, que tinham sido
induzidas ao erro”.

Ainda na Cohidro, foram orientados a


buscar a Procuradoria Geral do Estado
para maiores informações. Diante de tais
explicações a família buscou, antes de ir à
PGE, obter junto ao Cartório de Neópolis
cópias dos Livros desses registros e
detectou diversos indícios de fraudes como:
assinaturas que não conferiam com as de
Agesilao e sua esposa, testemunhas que
ninguém conhecia, rasuras diversas nos
registros, retificações pós-morte, vendas pós-
morte, citação de inventário e partilhas que
nunca existiram, entre outros desencontros.
Foi a primeira aparição de além-túmulo que
impressionou os herdeiros de Agesilao.

Importante salientar que o dito Cartório


já foi fechado por algumas vezes por
irregularidades, segundo informações do
próprio judiciário. Existe inclusive declaração,

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GERAL
oriunda do Arquivo do TJSE, de que as
certidões emitidas que citavam processos e
decisões judiciais nunca existiram. Segundo
a funcionária responsável pelo arquivo esta
era uma prática comum, citar processos e
sentenças que nunca ocorreram para dar um
“ar de veracidade” nas falsas certidões.

Nos arquivos deste jornal estão guardados os


anexos: certidão de inteiro teor; folhas do livro
de Ioiô; petição de Pedro Dias (procurador do
estado); petição de advogados da família, Joaby
e Irene Ferreira, entre outros documentos.

A BUSCA CONTINUA NA PGE


Na Procuradoria Geral do Estado, a
inventariante foi recebida pelo Procurador
Pedro Dias, que ocupava
o Cargo de Chefe do
Departamento de
Patrimônio. Este disse que,
ao assumir a PGE em 1998
se deparou com uma série
de irregularidades nessas
desapropriações e que deveriam entrar com

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 46


7/19
GERAL
as ações de contestação da titularidade dos
créditos originados pelas indenizações devidas
que ainda não haviam sido pagas (precatórios).

Após analisar a documentação e cópias


dos livros cartoriais falou que tinha interesse
em advogar para a família e que não havia
impedimento ético, nem legal neste caso.
“Contratamos o Senhor Pedro Dias que apesar
de ter recebido quase 30 mil em honorários
antecipados para ingressar com a ação de
imediato, só protocolou quase um ano depois
da assinatura do contrato. Logo em seguida
tomamos conhecimento que Pedro Dias havia
atuado como representante do estado nas
ações de desapropriações em que as partes,
agora denunciadas pelo espólio de Agesilao,
eram autoras, inclusive firmando compensações
tributárias com a Agro Vale. Rescindimos
o contrato e representamos o procurador/
advogado na OAB. Importante lembrar que,
Pedro Dias, em sua petição inicial, após analisar
documentos comprobatórios, relata as fraudes e
pede a decretação de nulidade”.
DEPOIS DO “EQUÍVOCO”

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8/19
GERAL
FAMÍLIA MUDA DE ADVOGADO
A família contratou nova Equipe de
Advogados, que ampliou os pedidos mediante
apresentação de documentação comprobatória
e requereu Tutela antecipada (urgência) para
suspensão dos pagamentos dos precatórios
devido ao risco iminente de prejuízo ao espólio
de Agesilao e do estado em pagar a terceiros
que não eram de fato os proprietários dos
imóveis, objetos de expropriação, conforme
consta no processo 201775000642.

Acontece que o judiciário, mais


especificamente a Vara onde atua a juíza Rosivan
Machado, que possui grau de parentesco com
os Tojais – mas em nenhum momento cogitou
a suspeição para atuar – moradora da região,
conhecedora de toda a problemática já que
por diversas vezes atuou nessas ações que
originaram os precatórios, não foi célere, como
a gravidade do caso requer, nas tramitações
processuais. Tal morosidade desencadeou a
possibilidade de Mário Barreto e espólio de
Osvaldo Tojal, agora com pressa devido às
ações de contestações promovidas pelo espólio

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 48


9/19
GERAL
de Agesilao, a firmarem um
acordo direto com o estado,
aceitando um deságio de 40%
e abrindo mão de atualizações
monetárias para receberem os
créditos.

O ESTADO PODE
PAGAR EM DOBRO
Diante do risco de pagamento e apesar de
várias vezes os advogados terem reiterado
o pedido de tutela de urgência, sem êxito ou
sequer manifestação da juíza Rosivan, foi
solicitado, em julho de 2018, o sobrestamento
desses precatórios ao departamento
responsável do TJSE até que houvesse o
trânsito em julgado dessas ações.

Tal pedido foi deferido pela juíza, Dra Maria


da Conceição, que, além de sobrestar, solicitou
informações à juíza Rosivan no dia 07/08/2018
sobre o caso, dando um prazo de 20 dias.
Parece que até a presente data a magistrada
de Neópolis não respondeu, fato que levou a
Dra Conceição a suspender o sobrestamento

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 49


10/19
GERAL
e solicitar o pagamento dos precatórios. A
ordem emanada pela Presidência do TJSE
que teve seu mandato encerrado agora no
dia 31/01/2019 é pagar todos os precatórios
do Platô. Importante observar que há alguns
meses não tinham dinheiro para pagar esses
precatórios, nem previsão.

Foi o governador Belivaldo, no seu discurso de


posse, anunciar que venderia as terras do Platô
para arrecadar verbas que o dinheiro apareceu,
afinal a transmissão de propriedade só poderia
ocorrer após a quitação destes títulos de
crédito. Até então o estado tinha a posse, para
ter a propriedade precisava pagar. Pelo que
entendi, o TJ já tinha o valor depositado e não
pagava a quem o estado devia.

ESMIUÇANDO O MAIS GRAVE


Mas o mais grave estava por vir, Mário
Barreto, após o pedido de sobrestamento
e consequentemente deferimento, tinha
desistido do acordo direto alegando não
concordar com o valor proposto pelo estado.
“De repente ele peticiona, em dezembro 2018,

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 50


11/19
GERAL
mesmo após sua morte que ocorreu no dia 15
de novembro de 2018, no recesso do judiciário,
acatando o valor proposto, bem abaixo do
que é devido e, pasmem! O judiciário ordena
o pagamento a um morto. Isso mesmo! no dia
14/01/2019, o departamento de precatórios,
diretamente ligado à Presidência do TJ
determina que seja pago quase um milhão de
reais a um morto, figura pública e conhecida
que teve sua morte noticiada na imprensa”.

Segundo a inventariante relatou “Só


tomamos conhecimento do absurdo um dia
após o despacho porque uma ‘força divina’ me
fez levantar às 5h e consultar os processos.
Após a constatação da gravidade, comuniquei
aos nossos advogados e me dirigi ao TJ a fim
de evitar que mais uma injustiça ocorresse.
Não obtive êxito, apenas fui informada pelo
gabinete da presidência e do departamento de
precatórios que não podiam manter a suspensão
dos pagamentos, tendo em vista que apesar
de terem se passado mais de 2 anos a juíza de
primeiro grau ainda não tinha se manifestado”.
RECORRENDO AO CNJ

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 51


12/19
GERAL
Foi então que a família, através de seus
advogados, entrou com um pedido de
providências junto ao Conselho Nacional de
Justiça contra o TJSE, mas este encontrava-se
em recesso. “Infelizmente parece que os mortos
aqui em Sergipe ressuscitam para assinar vendas
de imóveis e receber alvarás judiciais. E para um
Presidente do TJ isso não é motivo para suspender
um pagamento que totaliza neste momento
mais de 10 milhões de reais, referentes aos
precatórios 200500104704 e 200500104272, e
aproximadamente 100 milhões nos demais, entre
eles: 200900104554 e 200900106292, afirmou.

Vale observar que os valores acordados


para pagamento estão muito abaixo do valor
real devido. Parecem estar com muita pressa!
Advogado peticiona no dia 14, no dia 15 pede-
se sequestro dos valores ao Banese para
efetuar transferência no dia seguinte, mesmo
estando o precatório sobrestado.

Mesmo após comunicar à presidência


do TJ da demora absurdamente excessiva,
demonstrando que se extrapolou o limite

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 52


13/19
GERAL
da razoabilidade nas tramitações na
Vara de Neópolis; do risco de o estado
lesar seus cofres pagando errado a quem
não detém o direito às indenizações e,
consequentemente, tendo que pagar
novamente a quem realmente tem o direito
– “aliás, como o próprio Procurador do
estado, Pedro Dias, afirmou em petição
no processo 201675001390 os vícios e
existência de fraudes; além da ilegalidade,
imoralidade da possibilidade de pagar
a mortos (apesar que o judiciário já foi
oficialmente informado em petição
protocolada no dia 16/01 por nossos
advogados do falecimento do credor, nos
causa extrema estranheza e desconfiança
o fato do advogado de Mário Barreto,
Jeffersson Machado, se ‘omitir’ a informar
seu falecimento e ainda peticionar em nome
deste, acordando com o pagamento do
valor proposto pelo estado para quitação do
precatório 200500104704; após os diversos
pedidos de tutela e reiterações feitos por
nossos advogados; após a ciência de que o
estado e a COHIDRO apesar de devidamente

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14/19
GERAL
intimados não se manifestaram, silenciaram
diante das ‘acusações’ de supostas fraudes
nos processos de desapropriações, ou
seja, não demonstraram interesse em agir,
defender o estado do erro que cometeu em
não indenizar os verdadeiros expropriados;
mesmo diante da apresentação de tantos
fatos que merecem, no mínimo uma
apuração, o TJ parece preferir fechar
os olhos e negligenciar as denúncias
suscitadas pelo espólio de Agesilao e seus
advogados”, explicou a família.

“No dia 17, provavelmente após o TJ ter


entrado em contato com a Vara de Neópolis,
a juíza dá um despacho (ver anexo) após 8
meses do processo estar concluso. Desta
forma ela tenta impedir uma representação
no CNJ por morosidade. Mas o risco de pagar
errado a quem não tem o real direito, podendo
ocasionar um prejuízo aos cofres públicos é
enorme. Por isso pedimos ajuda à imprensa
para que informe à sociedade sergipana o que
pode ocorrer”, concluiu a inventariante, que
prefere não se identificar.

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15/19
GERAL

RESUMO DOS PROCESSOS


A denúncia [ao jornal] foi enviada no dia
21/01/2019, quando existia toda uma tramitação
para pagar a um credor falecido, durante o recesso
judiciário e final de gestão da presidência do TJ.
Vale ressaltar que os processos 201675001390
e 201775000642 requerem a titularidade de 4
precatórios inscritos (2 em nome de Mario Barreto
e 2 em nome do espólio de Osvaldo Tojal), valores
depositados em contas judiciais em nome da Massa
Falida da Agro Vale referente à desapropriação da
Fazenda Várzea Nova e precatórios a serem inscritos
em processos de execução onde são partes Geraldo
Romeu e Agro Vale.
2) Quanto ao risco iminente de pagamento
a um credor falecido, Mário Barreto, segue
as seguintes informações: veja precatório
200500104704
3) Diante da morosidade da Vara de Neópolis
em analisar os pedidos e reiterações destes,
nossos advogados protocolaram, no dia
27/07/2018, um pedido de sobrestamento
direto ao departamento de precatórios, onde
obteve deferimento quase que imediato nos

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16/19
GERAL
precatórios 200500104272 e 2009001045554
(ver anexo). Vale lembrar que os processos
201675001390 e 201775000642 requerem
a titularidade dos precatórios inscritos,
precatórios a serem inscritos e valores já
depositados em conta judicial referente ao
pagamento de indenização da desapropriação
da Fazenda Várzea Nova que está depositado
em nome da massa falida da Agro Vale. Valores
estimados, superiores a R$100 milhões.

13/12/18 - Cálculos atualizados para


pagamento de parte [ao morto] R$ 882.855,15

21/12/2018 - Nossos advogados reiteram


o pedido de sobrestamento, anexando
decisões do Douto Presidente do TJ nos
precatórios 200500104272 e 200900104554,
determinando o sobrestamento destes, até
que viessem aos autos informações do Juízo
da Comarca de Neópolis. Informam também
que a petição datada de 27/07/2018 sequer
foi analisada e que posteriormente foi juntado
um parecer do departamento de precatórios
opinando pelo pagamento.

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17/19
GERAL
14/01/2019 - O advogado de Mário Barreto
peticiona concordando com os cálculos e
requerendo pagamento do crédito a Mário
Barreto. Observação: Mário Barreto havia falecido.

15/01/2019 - Observe que 1 dia após verifica-


se juntada de comprovantes de depósitos
de valores a serem pagos aos técnicos,
demonstrando que a tramitação para pagamento
do crédito era célere.

16/01/2019 - Nossos advogados peticionam


informando a morte de Mário Barreto e
questionando a ausência da apreciação dos
pedidos protocolados em 27/07/2018 e reiterado
em 21/12/2018.

22/01/2019 - O Banese informa que foi


depositado no dia 18/01/2019 o valor de R$
882.855,15 na conta judicial 34289157441.

25/01/2019 - Após protocolarmos no


Conselho Nacional de Justiça em 18/01/2019 o
risco iminente de prejuízo ao erário público, há o
despacho do TJ determinando o sobrestamento

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18/19
GERAL
do pagamento e determinando a habilitação dos
herdeiros de Mário Barreto.

31/01/2019 - O Ministro do CNJ determina


o sobrestamento dos pagamentos e pede
informações urgentes ao TJ e Vara de Neópolis
sobre os processos. (Já houve resposta da Vara e
do TJSE ao CNJ - ver anexos)

08/02/2019 - Finalmente o estado, que esteve


silente durante todo esse tempo, mesmo após
seu procurador de primeiro escalão, Pedro Dias,
patrocinar os processos e declarar indícios de
fraudes nos processos de desapropriação – Será
que podemos suspeitar de prevaricação? Em
petição à Procuradora Carina Fontes Silva pede o
sobrestamento dos pagamentos até o transito em
julgado das ações de contestações (ver anexo).

17/02/2019 - O Presidente do TJ informa o


cumprimento da determinação de sobrestamento
dos pagamentos pelo CNJ.
07/03/2019 - Mais uma vez o advogado
dos Mouras tenta desesperadamente receber
este credito de 882 mil e outro de 10 milhões,

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 58


19/19
GERAL
informando no processo os supostos herdeiros
de Mário Barreto sem sequer protocolar o
inventário e partilha.

OBS: A viúva Malaqui está gravemente doente e


não dispõe mais de lucidez, segundo comentários
de pessoas próximas à família. Quem é a
inventariante? Quem é a curadora da viúva? Nada
disso é informado no processo.

Enfim, apesar de temer retaliações e risco de


vida, o desejo de ver a justiça feita me motiva
a buscar todos os meios e instrumentos para
realização deste. Temo por retaliações no
judiciário, do qual muitas vezes em questões
pessoais sofri pela morosidade e proteção ao
estado/ fazenda pública; Temo pela minha vida
e da minha família, já que todos conhecem e
sabem do que os Mouras e Tojais, com toda
sua influência política e negativa, a meu ver, são
capazes de fazer quando alguém atravessa o
caminho deles. Mas creio mais ainda em DEUS
que está no comando da minha vida e nas
orientações espirituais que recebo em sonhos,
que penso serem de Agesilao.

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 59


1/7
GERAL

Entrevista

VIEIRA NETO
Antônio Bomfim
ARQUIVO PESSOAL

HOMENAGEM AO CRIADOR DO CINFORM,


JORNALISTA ANTÔNIO BOMFIM, QUE IMPLANTOU
EM SERGIPE O MAIOR SEMANÁRIO DO NORDESTE

CINFORM: Bonfim, como tudo começou?


BONFIM: Nossa, começou em um
momento... eu sempre tive o sonho de
ter um veículo de comunicação. Naquela

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2/7
GERAL

época eu achava que a imprensa era


muito venal, eu tinha até vergonha de
alguns profissionais que cobriam esporte,
e eu pensava: seria nada demais esses
profissionais falarem a verdade? Eu estou
aqui no campo e eles estão falando outra
coisa [que não está acontecendo]. Aí eu
pensava, na primeira oportunidade eu vou
ter um veículo de comunicação, e é muito
fácil fazer imprensa, então, caiu assim, do
céu este jornal, que ainda estava na 35ª
edição, ainda com seis páginas.

Já se chamava Cinform? Já se chamava


Cinform, que eu não quis mudar, porque era
um negócio que estava dando certo, mantive
o nome e comecei a dinamizar. Então eu
disse à turma: vamos fazer um jornal e nós
não precisamos sair por aí de pires na mão,
vamos fazer um jornal com credibilidade e
independência, isso com o meu pessoal, da
Bonfim Publicidade. Eu já me sentia realizado,
com três carros e uma casa confortável. Mas,
quando chegou essa oportunidade eu abracei,
não com força total, porque eu ainda estava

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3/7
GERAL

com a agência. Eu acreditava que ia ser só uma


opção secundária, mas começou a crescer.

CINFORM – Em algum momento houve um


grande passo ou aconteceu tudo aos poucos?
Aconteceu passo a passo, mas foi rapidamente
(ficou emocionado) ...de repente eu tive de
decidir entre a agência e o jornal, porque
passou a haver choque de interesses, então,
eu optei pelo jornal, que era o meu sonho.
Coloquei um sócio, especialista em vendas,
depois outro na área industrial, porque eu já
pensava em formar um parque gráfico, até
então eu imprimia com Ivan Valença, depois
adquirimos umas máquinas velhas em Feira
de Santana e começamos. A coisa estava
crescendo de tal forma que a gente aumentava
o preço do jornal para frear a demanda.

Como foi a construção do prédio


e a compra da rotativa?
Antes da rotativa tivemos que construir o
prédio, a rotativa já estava no navio e a gente
construindo o prédio. Assim que o navio
chegou ainda houve um acidente, atrasou e

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 62


4/7
GERAL
deu tempo para construirmos a parte onde
ia ficar a rotativa, então ficamos imprimindo
o jornal em Maceió e, depois, em Recife, isso
onerou muito. Nunca houve problema, mas
era uma mão de obra, uma logística muito
complicada por que a gente mandava um carro
e um caminhão levando material e voltava com
os jornais. Isso aí durou umas 62 edições, toda
sexta você tinha de ter dinheiro para depositar,
graças a Deus nunca houve um atraso, Deus
tem sido muito fiel com a agente, abençoador.

Depois que instalou a rotativa, a coisa


realmente explodiu... O Cinform chegou
ao topo, faturamento, recordes de tiragem...
Bem, não sei se houve uma falha na gestão
ou se foi por conta do momento que a
economia passava no mundo. Nesse tempo,
há uns 10 aos atrás houve uma crise na mídia,
principalmente na mídia impressa e nós não
soubemos identificar se era ausência de
preparo de um novo leitor – já tivemos uma
época em que tínhamos o “Cinforminho”, o
“Cinform nas escolas”, mas sentimos que
os leitores estavam correndo, estavam

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 63


5/7
GERAL
envelhecendo, preferiam ler no computador, no
celular e nós não identificamos exatamente o
que estava acontecendo.

A gente, a olhos nus, a gente percebia


a queda, toda semana uma queda.
Paralelamente, a gente sabia notícias de
vários jornais tradicionais fechando. Nós não
tínhamos outra fonte de renda, era o que a
gente aprendeu a fazer.

Paralelo a essa crise mundial ainda teve


no nosso mercado sergipano outras crises, a
do mercado automobilístico e a do mercado
imobiliário, e todas a construtoras e todas
concessionárias anunciavam no CINFORM,
e até hoje uma boa parcela dos sergipanos
é agradecida ao CINFORM, através do qual
adquiriram a primeira casa, o primeiro carro.

Como ocorreu a mudança para o


eletrônico? Uma serie de situações, a
queda vertiginosa na circulação, a queda
de faturamento assustadora, chegamos a
ter 182 funcionários, construímos a sede

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 64


6/7
GERAL
sem financiamento, para que os meus
filhos tivesses garantia pelos próximos 50
anos, e nunca utilizamos sequer a sala de
conferência, porque os avanços tecnológicos
avançavam a 1000 por hora, então a gente
não tinha alternativa, as dificuldades
começaram a chegar.

Aí entendemos que, como estavam


muitos jornais fechando pelo mundo afora,
optamos pela versão digital em julho de 2017.
Terminamos a última edição impressa em 10
de julho. Graça a Deus houve uma aceitação
muito boa, através do WhatSapp.

Acho que o único no mundo... Acho que


sim. Você tem de descobrir quem lê, quem
gosta de ler, cadastrar e enviar o jornal
online, foi um trabalho de formiguinha,
eu mesmo fui responsável por um
cadastramento de 6.200 pessoas.

Você ainda tem uma participação


acionária? Sim, a família tem uma
participação de 10%, mas não recebemos

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 65


7/7
GERAL
nenhum valor, só depois de quitar o passivo
trabalhista, fiscal, previdenciário.

Você é um homem feliz? Estou feliz porque


meus filhos estão saudáveis, estão bem,
passaram por essa fase de muita pressão, eu
praticamente afastado, mas sou pai e procuro
passar força para que eles suportem essa
pressão, que vem de todos os lados. Agora
eles estão recomeçando, Adriano é diretor
de uma empresa multinacional, Alisson é
assessor parlamentar de um deputado e
Amanda optou pelo lar, é isso.l

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ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 66


1/4
GERAL

FOTO ARQUIVO OAB SERGIPE

Inácio José Krauss de Menezes


(em destaque) - Presidente da OAB/SE

TODOS PELA
INFORMAÇÃO DE
VERDADE
O mundo enfrenta a avalanche de fatos
mentirosos que causam danos em todas
as esferas. Somente com ações firmes
e posicionamento social e jurídico será
possível conter esta ameaça.

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2/4
GERAL

Fake news são notícias publicadas como


se fossem informações reais, algumas,
inclusive, com links e imagens falsas. Com
poder viral e nenhuma fonte comprovada,
as fake news inundam as redes sociais e
fazem estragos por seu poder de persuasão
e reprodução, especialmente, ao atingirem a
população com menor grau de escolaridade,
o que não as tornam menos danosa aos
outros grupos sociais. Seus conteúdos estão
normalmente ligados ao viés político, desta
forma, constroem ou destroem reputações
e tornam discussões polarizadas em
argumentos rasos ou sem base. Assistimos
sua ascenção na última campanha presidencial

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 68


3/4
GERAL
do país, onde o STF e a OAB tiveram
intensa participação para coibir a prática,
se posicionando efetivamente no combate
ao uso e informando eleitores quanto ao
enfrentamento e punição de propagadores
pela internet.

No período, uma campanha da instituição


foi lançada, incentivando a participação
popular no auxílio de denúncias e divulgando
as penalidades cabíveis em casos comuns
de divulgação de informações falsas. O
então presidente nacional da OAB, Claudio
Lamachia, chegou a destacar que “o Marco
Civil da Internet, de 2014, representou
importante conquista, ao prever a retirada
de conteúdo indevido da rede, pela via
judicial. Não obstante, precisamos avançar
mais, promovendo campanhas informativas
e fortalecendo o jornalismo profissional”.
O Marco Civil da Internet é uma lei que
regulamenta a utilização da internet dentro
de princípios estabelecidos para garantir
que direitos e deveres sejam atribuídos
aos usuários, para proteção da liberdade e

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4/4
GERAL
segurança dos mesmos. É com base no Marco
Civil que as fakes news tem sido apuradas e
levadas à luz da justiça, sejam elas oriundas de
quaisquer veículos digitais ou impressos.

A OAB Sergipe desempenha seu papel


semelhante, corroborando com a postura da
ordem nacional e firma o compromisso em
apoiar sempre a informação verdadeira e
de valor, por isso, vê na mídia impressa uma
grande colaboração para que a imprensa
continue exercendo com credibilidade seu
papel fundamental para a sociedade. “Em um
momento tão conturbado na história do país
e do jornalismo, numa era de ‘notícias falsas’,
um jornalismo livre e verdadeiro constrói
uma nação democrática”, diz Inácio José
Krauss de Menezes, presidente da Ordem no
estado. Com sua gestão voltada à renovação
e de pautas inclusivas, a OAB Sergipe preza
pelo esteio aos setores plurais que formam
a instituição e estará sempre pronta à servir
a sociedade, primando pela verdade e pelo
conhecimento amplo dos direitos e deveres
de cada cidadão sergipano.

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1/6
GERAL
DIVULGAÇÃO

ARTIGO DA SEMANA
lEdgar Ueda

A GRANDE VIRADA:
DANDO A VOLTA
POR CIMA
A satisfação não é, nem nunca será, o
combustível de uma autêntica volta por cima.
Quem está satisfeito demais se acomoda e não
faz o que é preciso para avançar, para progredir,
para mudar a situação em que se encontra. Para
uma grande virada, é preciso estar descontente
com o atual estado das coisas.

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2/6
GERAL

Em minha trajetória pela vida, acumulei


uma série de experiências que me tornaram o
que sou hoje. Vivenciei diversos turnarounds
pessoais e também presenciei e estudei uma
série de viradas de muitas outras pessoas,
famosas ou não. E era nos momentos de maior
inconformismo que eu decidia que tinha que
fazer algo para mudar a situação.

Hoje quero revelar para você os segredos


e os caminhos do sucesso, embasados na
experiência e na vivência de quem chegou lá,
de quem conquistou tudo pelo que se propôs a
lutar. Este é meu propósito de vida:

contribuir, ajudar e provocar mudanças


na vida das pessoas. Tenho certeza de que já
estou provocando isso em você!

A primeira lição é: quem quer evoluir, elevar


seu padrão de vida, não pode ficar parado,
esperando pela sorte. Só tem sorte quem
acredita nela e vai buscá-la com garra e
determinação. Ela não é automática, não vem
até você. Sorte é resultado, não é desejo.

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 72


3/6
GERAL
O ponto seguinte é entender que é preciso
sair do marasmo tedioso de esperar que
as coisas boas aconteçam na sua vida. É
necessário ir em busca das mudanças que
você deseja alcançar na sua vida. É você quem
tem que fazer a mudança, é você quem precisa
conseguir o que quer.

Outro ponto importante é que será preciso


parar de terceirizar seus resultados negativos.
Ou seja, só você é o responsável pelos seus
fracassos – assim como pelos seus sucessos.
Não adianta querer colocar a responsa-
bilidade por seus fracassos nas costas dos
outros. É preciso assumir o que você faz e as
consequências dos seus atos. Só assim você
chamará para si o poder de mudar as coisas,
de dar uma virada na sua vida.

Entenda que é o líder do seu destino. E você


pode até ter sofrido alguns fracassos, mas não
é um fracassado. Pelo menos não precisa ser.
Você pode mudar isso. Agora!

Para virar o jogo a seu favor, dar uma virada

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 73


4/6
GERAL
em sua vida, é preciso expandir seu mindset,
buscar competências adequadas e promover
algumas mudanças em seus comportamentos.

Os princípios de vida do turnaround são


as bases de uma estratégia de sucesso
composta por diversas atitudes que, quando
executadas com regularidade e compromisso,
vão possibilitar que você vire a própria mesa
– isto é, saia de uma posição de vida que não
o satisfaz e o leve para o próximo patamar
de realização, e depois para o outro, e assim
por diante, para que chegue ao topo do
sucesso, e ainda mais além. Sim, porque o
turnaround é uma filosofia que abraça a ideia
do ensinamento japonês chamado kaizen:
hoje melhor do que ontem, e amanhã melhor
do que hoje – ou seja, o princípio da melhora
contínua e gradual.

Particularmente, driblei a ansiedade


me dedicando com força total aos meus
objetivos. Considero isso como meu grande
ponto positivo. Em todas as minhas viradas,
empreguei dedicação total, intensidade

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 74


5/6
GERAL
e muita energia canalizada e consegui
resultados muito rápidos.

É claro que você tem o seu próprio tempo,


mas vou ajudá-lo a lidar com a ansiedade para
aguardar tanto quanto for necessário para que
seus resultados aconteçam. E, tanto quanto
você se permitir, vou ajudá-lo a acelerar o seu
processo de virada.

Vamos apresentar a maneira como pensam


as pessoas que são consideradas fora de
série, quais foram os comportamentos, as
competências e o mindset que elas adotaram
que as levaram ao turnaround rumo ao
sucesso. Você vai entender quais foram as
atitudes que moveram essas pessoas à vitória.
Teremos aqui, então, a solução de que você
precisa para ir para o próximo patamar em sua
vida. Essa solução será apresentada em várias
matérias que apresentarei neste portal com
base nos Três Pilares do Turnaround.

Pilar 1: Mindset expandido Amplie seu modo


de pensar para fazer o seu turnaround. Pilar

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 75


6/6
GERAL
2: Mudanças comportamentais Ajuste seus
comportamentos para fazer o seu turnaround.
Pilar 3: Acúmulo de competências Amplie
seus conhecimentos para ter as competências
adequadas para fazer o seu turnaround.

Vamos gerar novas perspectivas, fortalecer


crenças positivas e estimular o seu poder de
realização. Dessa maneira, vamos gerar os
aprimoramentos no seu mindset, nos seus
comportamentos e nas suas competências –
de modo a virar o jogo da sua vida a seu favor,
galgar novos patamares e seguir para o ponto
mais alto de realização em sua vida.

Vamos trabalhar para superar suas


dificuldades e não deixar que seus pontos
fracos atrapalhem a sua jornada para o
sucesso. Além disso, vamos fortalecer ainda
mais os seus pontos fortes, de maneira a
potencializar as ações que o levarão aos
lugares aonde você quer chegar.

lEDGAR UEDA é empresário,


investidor, escritor e palestrante.

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1/9
GERAL

ENTREVISTA Eva Luana


A GAROTA QUE AOS 13 ANOS DENUNCIOU A
VIOLÊNCIA COMETIDA PELO PADRASTO DELA
“Eu sinto ânsia, repulsa e
pavor da presença dele”
FOTOS ARQUIVO CINFORM

Meu caos teve


início quando eu
tinha 12 anos.
Minha mãe
era agredida,
abusada,
violentada e
torturada quase
todos os dias.
Meu padrasto
era obsessivo e
ciumento com ela. Resumindo, de maneira
geral ela era agredida com chutes, joelhadas,
objetos. Era abusada sexualmente de todas
as formas possíveis. Era obrigada a todas
bebidas até vomitar e tinha que tomar o

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 77


2/9
GERAL

próprio vômito como castigo. Ele começou


a me abusar sexualmente, eu tinha nojo,
repulsa, ódio e não entendia porque aquilo
acontecia comigo. Me sentia uma criança
estranha e diferente das outras. Eu tentei por
diversas vezes ir para a casa da minha avó,
mas ele sempre ligava ameaçando todos,
dizendo que iria matar. Era uma prisão sem
grade. Quando eu fiz 13 anos denunciei”.

“Nessa denúncia eu tinha certeza que


seria salva por todos. Mas não foi isso que
aconteceu. O Estado falhou a tal ponto que
o meu caso não chegou nem ao Ministério
Público. Fui obrigada a retirar a queixa por
ameaças do meu padrasto. Ele utilizou o poder
financeiro para comprar a liberdade e comprar
minha alma. Porque ali eu perdi minha
alma. E o que eu fui denunciar – um ano de
sofrimento – se multiplicou em mais oito.
Desde então os abusos, torturas e todo o tipo
de agressão foram aumentando dia após dia,
ano após ano. Eu não tinha mais vida social.
Tudo era uma farsa. Ele nos obrigava a fingir
que tínhamos uma família perfeita”.

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 78


3/9
GERAL

“Eu dormia sempre na casinha da minha


cachorra, local sujo e úmido, sem ventilação ou
janelas. Lá não tinha luz. Passei várias horas
sem comer. Era obrigada a passar a madrugada
inteira em pé, durante horas e horas, até
amanhecer o dia. Já dormi na rodoviária várias
vezes. Eu já saí pelada na rua de madrugada
e ele [meu padrasto] dizia que era para eu ser
estuprada por homens. Tapas inesperados,
gritaria e agressões eram constantes a qualquer
momento. Minha mãe apanhou tanto que teve
um parto prematuro, meu irmão morreu depois
de seis dias de nascido. Quando ela estava
grávida dele levou diversos chutes e joelhadas na
barrida. Ele não queria mais um filho”.

“Eu sinto ânsia, repulsa e pavor da presença


dele. Eu perdi amigos e a confiança na justiça.
Minha família era proibida de se aproximar,
então todos achavam que eu e minha mãe não
queríamos contato. Mas na verdade éramos
proibidas por ele em tudo que fazíamos. Minha
irmã não tinha o amor de um pai. Ela morria
de medo dele pois sempre viu ele fazendo essas
atrocidades conosco. Ele foi um pai macabro para

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 79


4/9
GERAL

ela. Não tínhamos liberdade, respeito e cuidado.


Nosso dinheiro era entregue para ele sempre”.

“Não tínhamos autoridade para poder


comprar ou utilizar como queríamos. Eu era
obrigada a ir e voltar da faculdade andando.
Cruzava a cidade inteira tarde da noite com
medo, fome e as vezes na chuva. Quando
chegava em casa não podia sentar e tudo
iniciada novamente. Meu celular era monitorado
sempre. Ela tirava fotos minhas com o meu
celular e enviava para ele mesmo para fingir
que era eu, criava conversas nojentas com ele
mesmo. Nossos gritos foram calados e tem muito
mais para contar, que não daria para escrever
aqui. Eu tentei gravar um vídeo, mas para mim
foi muito mais pesado essa gravação”.

“Ele me obrigou a ficar de quatro enfiou as


pizzas na minha boca me chamando de animal,
eu vomitei e comi meu próprio vômito. Eu
apanhei a noite toda e no outro dia eu tinha
que fingir que nada havia acontecido. Eu era
obrigada a fazer todos os trabalhos da faculdade
dele e se eu não fizesse perfeito eu pagava o

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 80


5/9
GERAL

preço. Eu também respondia


todas as provas da faculdade,
era obrigada a sair mais cedo
da minha aula para responder
às provas dele pelo celular.
Existiam castigos para tudo,
até mesmo se eu não pagasse
uma conta no banco”.

“Ele me agredia nos estupros,


mas depois de um tempo, só
utilizou ameaças contra minha
família. Eu era usada como lixo.
Já abortei diversas vezes. Nunca
pude ir ao médico para fazer curetagem. Todas as
vezes sangrava e passava mal a noite inteira. Já vi os
bebês inteiros no vaso sanitário. Eu era chamada
de burra, anta, doente, demente todos os dias
e era obrigada a repetir isso para mim mesma.
Minha mãe era agredida psicologicamente
também, não tinha voz ativa dentro de casa. Ele
arrancou a alma dela também”.

“Ele é um monstro, perdi minha infância e


minha adolescência. Me sentia um lixo por não ter

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6/9
GERAL

forças para pedir ajuda e por sentir tanto medo.


Ou ele me mataria ou eu me mataria. Tentei me
suicidar várias vezes com cortes e remédios. Medo
me define por completo. No entanto, tenho forças
para dizer; lutei e vou continuar lutando. Se algo
me acontecer eu não terei dúvidas que tentei sair
dessa guerra com todas as minhas forças. Eu sou
apaixonada pela vida”.

Segurança Pública há uma relação tênue


entre dois comportamentos sociais, o
machismo e o racismo na hora de qualificar os
assassinatos de mulheres. Isto porque a taxa
que obteve maior crescimento foi a de mortes
de mulheres negras.

O número de assassinatos no final de 2016


alcançava o crescimento de 15,4%. Quando se
utiliza, por exemplo, a medida de assassinato
para cada 100 mil mulheres, observa-se
que, enquanto a média nacional foi de 4,5
assassinatos para cada 100 mil, a taxa de
feminicídios de mulheres negras, em igual
período de tempo, foi de 5,3; ao passo que entre

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 82


7/9
GERAL
as não-negras essa taxa fica na casa dos 3,1.

Depois do depoimento Eva finalmente


conseguiu que a Justiça começasse a ser
feita, finalmente foi ouvida. O padrasto, Thiago
Oliveira dela está preso. A história de Eva é
comovente e traz à tona a realidade de muitas
meninas e crianças que sofrem violência –
física, sexual, emocional – dentro de casa. E o
CINFORM, assim como outros diversos meios
de comunicação, também entrevistou Eva.
Você leitor confere agora esta entrevista.

CINFORM: Seu depoimento nas redes


sociais que ganhou o Brasil e repercutiu no
mundo todo te deu mais coragem?
Eva Luana: De fato! Muita coragem! Para
eu não desistir e tomar as dores de outras
meninas que vivem o mesmo que eu. Da minha
fraqueza veio a força e a minha dor vai sarar as
feridas de outras moças.

Tem algo a dizer às autoridades, ao


Estado, aos professores, para que ajam na
proteção dessas meninas e meninos que

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 83


8/9
GERAL
são violentados, abusados na infância?
Prestem atenção aos sinais e gatilhos. Todos
que sofrem ou sofreram demonstram aos
poucos com pequenos gestos e sinais. Cuidem
um dos outros como estado, como autoridade,
como diretor e como família.

E sua mãe? Por que sua mãe não tomou


uma atitude para livrar você disso? Sua mãe
era sustentada por ele? Ela estava sendo
ameaçada de morte? Minha mãe nunca foi
sustentada por ele! Era uma grande empresária
na cidade, independente. No entanto, a violência
psicológica corrói mentes. Veja aquele caso da
advogada no Rio de Janeiro que foi agredida no
elevador! Então o financeiro não tem nada a ver
com as agressões. Ela era ameaçada todos os
dias, em todo o tempo. Agredida, espancada,
humilhada, usada e maltratada tanto quanto eu.
Nós duas denunciamos em 2011! Mas fomos
ameaçadas! Só eu sei o quanto que minha mãe
apanhou e foi torturada quando me defendia.

Ela não sabia dos abusos, só das agressões


e maus tratos que ela também era vítima.

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9/9
GERAL
Como conseguiu se libertar desse caos?
Faz tratamento psicológico, terapia, tem
religião? Deus foi meu guia. Ele me libertou do
cativeiro. Colocou anjos na minha vida, que me
ajudaram a me libertar. Mateus, doutor Waldyr,
Nivea, Andrea, Leandro, esses são os nomes dos
meus anjos! Faço tratamento psicológico agora
para me recuperar do trauma. Mas antes disso, o
que me libertou foi a fé e os amigos que lutaram
por mim.

Você teve aula de educação sexual na


escola? Sabia que este comportamento
de seu padrasto era errado? Sabia que ele
estava estuprando você? Sim, sabia. Aos 12
anos já sabemos o que é certo e errado. Bem
como o que são relações sexuais. Eu sentia
nojo e repulsa disso tudo.

Como está sua vida agora? Me


recuperando aos poucos. Traumas
psicológicos sempre permanecem. Mas,
lutando e tentando superar tudo isso da
melhor forma. Pretendo militar nessa causa
pra salvar outras mulheres e garotas.

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1/5
GERAL

PASSARELA NA ORLA
RECÉM-REFORMADA
É DESTRUÍDA
POR CARRO
lLei municipal proíbe tráfego
de veículos na faixa de areia

JULIA FREITAS | julia.freitas@cinform.com.br

Trafegar com veículos na faixa litorânea


de areia é proibido por lei desde 1993. A lei
municipal nº 2.024, de 19 de agosto de 1993,
proíbe “o trânsito de veículos automotores,
de tração animal, bem como de animais, nas
areias das praias situadas no Município de
Aracaju, no horário compreendido das 9 às

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2/5
GERAL
DAVI COSTA

Parte de uma das passarelas da


Orla foi danificada durante o carnaval

17 horas”. Apesar disso, muitos motoristas


desrespeitam essa lei.

Durante o carnaval, um veículo transitou


em uma das passarelas da Orla de Atalaia e
fez com que parte dela desabasse. A situação
chamou a atenção do fotógrafo Davi Costa,
que passou pelo local dias depois. Segundo
ele, pessoas que costumam tomar conta dos
veículos nas proximidades da praia conhecida
como Havaizinho, nas proximidades dos Arcos

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3/5
GERAL
DAVI COSTA

Gastos com manutenção da


Orla giram em torno de R$ 150 mil

da Orla, orientavam os banhistas a seguirem


por um caminho paralelo de areia.

“Eu não sei se foi a população que interditou


a passarela, mas pedaços de madeira foram
colocados no início da passarela e o pessoal
que toma conta dos carros falava para as
pessoas usarem um caminho ao lado para
chegarem na praia. Fiquei assustado com a
situação, até porque o dano foi bem no meio da
passarela”, comentou.

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4/5
GERAL

Segundo informações do engenheiro fiscal


da Secretaria de Estado do Desenvolvimento
Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs), Bruno
Oliveira, um veículo, que não foi identificado,
trafegou pela passarela e a danificou no último
dia 5 (terça-feira de Carnaval).

“Como essa passarela estava em fase


de conclusão da reforma que já tinha sido
iniciada no início do ano, foi verificado que será
necessário fazer pilares e vigas em concreto
para sustentar o piso em madeira e o seu
guarda-corpo no trecho danificado”, comenta.

GASTOS COM MANUTENÇÃO


Segundo a Sedurbs, os cofres do Estado
destinam mensalmente cerca de R$ 150 mil
reais para que sejam realizadas manutenções
da iluminação, paisagismo e manutenção da
urbanização somente na Orla de Atalaia. Ainda
segundo a secretaria, devido a ação de vândalos,
a manutenção na Orla precisa ser constante, não
só na recuperação de bancos, banheiros e lixeiras,
mas também em pinturas, devido às pichações, e
a substituição de lâmpadas, refletores e fiação.

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5/5
GERAL
DAVI COSTA

Início da passarela precisou ser interditado

SEGURANÇA
Procurada pela reportagem do CINFORM,
a Superintendência Municipal de
Transportes e Trânsito (SMTT) de Aracaju
informou que os agentes de trânsito fazem
constantemente fiscalizações na areia da
praia de Aracaju para coibir a circulação
de carros, motos e outros veículos
automotores. Ainda segundo a SMTT, o
condutor que for flagrado no local está
sujeito a multa. Além dos danos que podem
ser causados as construções na faixa de
areia, a presença desses veículos coloca em
risco a vida dos banhistas.

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 91


EDIÇÃO 1875

INSTITUTO
TECNOLÓGICO DE
SERGIPE DISPONIBILIZA
ANÁLISE DE SOLO
PARA MELHOR
PRODUTIVIDADE
NO CAMPO
ÍNDICE
TOQUE E ACESSE

INTERIOR | Porque Suzano é a


consequência da falta de amor 95

GERAL
Governo cria unidade produtiva
e entrega títulos de terra 101

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 93


Instituto Tecnológico de Sergipe
disponibiliza análise de solo para
melhor produtividade no campo 107

Após reportagem do CINFORM,


Dores firma TAG com TCE-SE 113

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ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 94
1/6

Paula Coutinho
INTERIOR

PORQUE SUZANO É
A CONSEQUÊNCIA
DA FALTA DE AMOR
A falta de amor que impera em todo o
mundo ainda vai nos engolir. Os jovens de
Suzano, cidade do interior de São Paulo, que
mataram oito pessoas em uma escola da rede
pública, não o fizeram porque há maior ou
menor facilidade de comprar armas, ou porque
os games espalhados pela internet pregam a
cultura do ódio, ou até mesmo porque alguns
deles sofreram bullying. Os meninos que

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 95


2/6
OPINIÃO INTERIOR
assassinaram os ex-colegas de escola porque
há falta de amor em nossas famílias, nossas
famílias estão desestruturas.

Por vezes hoje as crianças e adolescentes


não são acompanhados, não possuem uma
educação de casa, com zelo, com atenção.
Por vezes pais e mães deixam os filhos aos
cuidados de terceiros, de empregados; e vão
substituindo o tempo que deveriam passar com
os próprios filhos por presentes, por tecnologia,
por benesses. Falta atenção, falta diálogo. Não
há mais limites, tampouco respeito para com o
próximo ou o entendimento de Deus em nossos
lares. Há uma comoção geral e ampla quando
ocorrem tragédias como o de Suzano. Porém,
passa-se o calor do momento, as pessoas
se esquecem do fato, uma nova tragédia
surge, e vivemos em constante transe, nos
esquecendo de nos resguardarmos, de nos
protegermos. E seguimos, dia após dia, em
uma sociedade violenta.

Porque na verdade muitas das vezes


a violência é uma consequência e uma

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 96


3/6
OPINIÃO INTERIOR
resposta do que falta em nós, das nossas
carências afetivas, do que não recebemos
em casa e da vida, do reconhecimento que
gostaríamos de ter e não tivemos. Muitos
não conseguem superar os traumas e
reagem negativamente, instintivamente,
violentamente. A partir do momento que nos
recusamos este entendimento, morremos
aos poucos e diariamente como seres
humanos, como cultura, como nação.

Enquanto não compreendermos a


necessidade de uma profunda avaliação
e de uma modificação em nossa vivência,
não conseguiremos entender crimes
como Suzano. Porque Suzano é o ápice
dessa violência gerada por essa negação
da sociedade amar a si própria como tão
perfeitamente Deus nos ensinou.

TCE realiza encontro técnico


Com o intuito de capacitar gestores e
servidores municipais ligados aos setores
de Controle Interno, o Tribunal de Contas
do Estado de Sergipe (TCE), através da

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 97


4/6
OPINIÃO INTERIOR
1ª Coordenadoria de Controle e Inspeção
(CCI), sob o comando da conselheira Susana
Azevedo, realizou um Encontro Técnico, na
última terça-feira, 12, no miniauditório da
Escola de Contas.

TCE realiza encontro técnico II


O tema do evento foi “A importância do
Controle Interno no acompanhamento
da execução orçamentária, patrimonial e
financeira e orientações aos gestores” e
contou com palestras do procurador-geral do
Ministério Público de Contas, João Augusto
dos Anjos Bandeira de Mello; do coordenador
de Controle Interno do TCE, Fábio Silva; e do
coordenador da 1ª CCI, Sérgio Augusto.

UFS para terceira idade


O Conselho do Ensino, da Pesquisa e da
Extensão (Conepe) da Universidade Federal
de Sergipe (UFS) aprova resolução que
institui política de ocupação de 20% das
vagas ociosas da instituição para pessoas
idosas nos cursos presenciais de graduação
da UFS. A decisão foi tomada no último dia 26

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 98


5/6
OPINIÃO INTERIOR
de fevereiro em reunião realizada na Cidade
Universitária.

UFS para terceira idade II


As vagas ociosas de que trata a resolução
dizem respeito àquelas remanescentes por
curso após o processo de Transferência
Interna. Dessas vagas, será reservado um
total de 20%, que será destinado a pessoas
da terceira idade. Como critério para o
preenchimento das vagas, será utilizada a nota
do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Algodão em consórcios agroecológicos


Foi lançado na última terça-feira, dia 12,
às 8h, no Auditório do campus Sertão da
Universidade Federal de Sergipe (UFS),
em Nossa Senhora da Glória, o projeto
“Algodão em Consórcios Agroecológicos”.
Seu objetivo é a geração de renda para
mais de duas mil famílias agricultoras com
o aprimoramento e expansão do algodão
agroecológico consorciado com outras
culturas alimentares em seis estados do
semiárido nordestino.

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 99


6/6
OPINIÃO INTERIOR
Algodão em consórcios agroecológicos II
A estimativa de produção é de mais de 70
toneladas de pluma orgânica e em transição
no primeiro ano de atividades, juntamente com
127 toneladas de feijão, 242 de milho e 23 de
gergelim. A iniciativa, que teve início em agosto
de 2018, é coordenada pela organização
Diaconia, em parceria com a Embrapa Algodão
e a UFS. O projeto conta com um subsídio
financeiro de R$ 5 milhões destinado pelo
Instituto C&A e a duração é de dois anos.

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ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 100


1/6

Geral

ASCOM
ARQUIVO CINFORMVIEIRA NETO

Reunião do Programa Nacional de Crédito Fundiário

GOVERNO CRIA UNIDADE


PRODUTIVA E ENTREGA
TÍTULOS DE TERRA
lO Programa Nacional de Crédito Fundiário
oferece condições para que os trabalhadores rurais
sem terra ou com pouca terra possam comprar um
imóvel rural por meio de um financiamento

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 101


2/6
GERAL
Mais seis famílias de pequenos
produtores rurais sergipanos receberam,
na última sexta-feira (15), as escrituras
das suas propriedades, conquistadas
com recursos do Programa Nacional de
Crédito Fundiário (PNFC), que promove o
acesso à terra e aos investimentos básicos
e produtivos visando à estruturação dos
imóveis rurais, e é executado em Sergipe
pela secretaria de Estado da Agricultura
(Seagri). O secretário André Bomfim esteve
com os beneficiários na cidade de Feira
Nova, e entregou-lhes os documentos
de propriedade de lotes da nova unidade
produtiva, localizada na antiga fazenda
Monte Aprazível, em Porto da Folha.

O Programa Nacional de Crédito


Fundiário oferece condições para que os
trabalhadores rurais sem terra ou com
pouca terra possam comprar um imóvel
rural por meio de um financiamento. O
recurso ainda é usado na organização da
infraestrutura necessária para a produção
e assistência técnica e extensão rural.

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 102


3/6
GERAL
Além da terra, o agricultor pode construir
sua casa, preparar o solo, comprar
implementos, ter acompanhamento
técnico e o que mais for necessário para
se desenvolver de forma independente
e autônoma. Todo o procedimento para
a contratação se dá inteiramente nos
estados, por meio das Unidades Técnicas
Estaduais (UTEs) e demais parceiros.

Segundo o coordenador do PNFC na Seagri,


Alceu Oliveira Diniz, os seis beneficiários
receberam, ao todo, 94,39 hectares, a
partir de um investimento de R$ 318 mil. “O
valor equivale à compra da propriedade, às
despesas de cartório, ITBI e topografia, mais
os recursos para os investimentos iniciais
da propriedade”, explicou. Ainda segundo
ele, também neste 15 de março um evento
foi realizado no município de Itabaianinha,
para aprofundar discussões sobre o crédito
fundiário na região, por iniciativa das
associações do município.

Elisângela Santos Pereira é presidente da

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 103


4/6
GERAL
associação dos assentados que receberam
o título de posse da terra da antiga Fazenda
Monte Aprazível. Cada uma das seis famílias
conquistou um lote agrícola de 51 tarefas,
além de um lote anexo, com mais duas
tarefas. “Foi uma luta grande para alcançar o
sonho de ter a própria terra. Junto do título da
terra conseguimos com o Pronese o benefício
para cercar o lote onde serão as casas.
Estamos aguardando sair para a construção,
a instalação da luz e da água, para mudarmos
para os lotes. A conquista maior agora vai ser
a água, já que a luz passa pertinho. Semana
passada, dividimos os lotes das casas e agora
a gente vai dividir os lotes maiores. Vamos
fazer primeiro a plantação de palma e depois
ver o que criar”, disse Elisângela.

Para o secretário André Bomfim,


o programa possibilita autonomia e
descentralização do processo de aquisição.
“É uma das parcerias exitosas existentes
entre o governo Federal e o governo
Estadual para o acesso à terra; uma medida
complementar ao Programa de Reforma

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 104


5/6
GERAL
Agrária. Entendemos esse programa como
central, porque a garantia do acesso à
terra conduz à consolidação da agricultura
familiar, estimulando a geração de
emprego e renda no campo e contribuindo
para a diminuição da pobreza rural nos
municípios”, avalia o gestor.

As famílias são as responsáveis pela


escolha da terra e pela elaboração da
proposta de financiamento. O programa
prevê ainda ações de incentivo às mulheres,
jovens e negros das comunidades rurais,
contemplando também projetos especiais
para o convívio com o semiárido e o meio
ambiente. André destaca que, nessa
entrega, dos seis trabalhadores que
receberam o título de terra, cinco eram
mulheres. “É importante destacarmos o
protagonismo cada vez maior das mulheres
no mercado de trabalho, não sendo
diferente na agricultura familiar. É a força
de trabalho dessas mulheres que vem lhes
fazendo conquistar espaços também no
meio rural”, aponta o secretário.

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 105


6/6
GERAL
O Programa concede um prazo de
pagamento de até 35 anos, com 36 meses
de carência. As condições são diferenciadas,
conforme o valor do financiamento. São
três as linhas de crédito disponíveis: PNCF
Social, para produtores da região Norte e
área da Sudene com renda anual de até
R$ 20 mil e patrimônio de até R$ 40 mil;
o PNCF Mais, para produtores de todas as
regiões, menos a da Sudene, com renda
anual de até R$ 40 mil e patrimônio de até
R$ 80 mil; e o PNCF Empreendedor, que
abrange produtores de todo o Brasil que
tenham renda anual de até R$ 216 mil e
patrimônio máximo de R$ 500 mil. As taxas
de juros para cada uma das linhas são de,
respectivamente, 0,5%, 2,5% e 5,5%.

Quem se enquadra nos critérios do


Programa deve procurar o Sindicato dos
Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais ou da
Agricultura Familiar de seu município, ou
entrar em contato com a Unidade Técnica
Estadual da Seagri, através do telefone
(79) 3179-5085.

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 106


1/6
GERAL
ASCOM SEDETEC

Amostras de terra para análise de qualidade dos solos

INSTITUTO
TECNOLÓGICO DE
SERGIPE DISPONIBILIZA
ANÁLISE DE SOLO
PARA MELHOR
PRODUTIVIDADE
NO CAMPO
lCerca de 4 mil análises são realizadas pelo
ITPS anualmente atendendo não só Sergipe,
como também estados vizinhos

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 107


2/6
GERAL
Qualquer tipo de solo deve ter a sua
fertilidade analisada para que haja uma
recomendação de adubação apropriada e,
consequentemente, um bom rendimento
da colheita. O Instituto Tecnológico e de
Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS)
possui um laboratório que realiza análises de
solo e atende pequenos, médios e grandes
produtores rurais de Sergipe e de diversos
municípios da Bahia e Alagoas.

De acordo com o engenheiro agrônomo


e coordenador do Laboratório de Solos e
Química Agrícola do ITPS, Rivaldo Cordeiro,
a análise realizada no instituto permite
conhecer o estado nutricional e o grau de
fertilidade do solo. “Esse tipo de análise traz
as determinações químicas de elementos
como PH, matéria orgânica, fósforo, sódio,
potássio, cálcio, magnésio e alumínio, que
são informações necessárias para a correta
recomendação de adubação. Conhecendo o
solo, o produtor poderá utilizar corretivos e
fertilizantes de maneira racional e obter uma
boa produtividade da lavoura”, explica.

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 108


3/6
GERAL
ASCOM SEDETEC

O processo de um teste em um dos laboratórios do IFS

Ele conta que muitos agricultores


acrescentam fórmulas que o seu solo já
contêm. Por exemplo, já possui algum
componente e acaba acrescentando mais
do mesmo. “É preciso uma quantidade
apropriada para que ele não venha a ter
prejuízos e tenha uma maior orientação
quanto à quantidade adequada de
corretivos e fertilizantes utilizados no solo.
Além disso, a análise de fertilidade do solo
pode ser acompanhada de uma análise
complementar chamada de granulometria,
que determina se o solo é arenoso ou
argiloso e é pré-requisito para concessão

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 109


4/6
GERAL
de financiamento agrícola por parte dos
bancos”, acrescenta Rivaldo Cordeiro.

PASSO A PASSO
Para retirar corretamente a amostra de solo
que será encaminhada à análise, é importante
seguir as instruções disponíveis no site www.
itps.se.gov.br e no Serviço de Atendimento
ao Cliente (SAC) do ITPS. “A pessoa deve
caminhar pelo terreno, retirando amostras
de 15 a 20 pontos, na profundidade de zero
a 20 cm. Os materiais recolhidos devem ser
colocados e misturados em um balde limpo. É
exatamente a mistura das amostras retiradas
em diversos pontos que formará a amostra
composta e representará o terreno a ser
adubado”, orienta Rivaldo.

“Em terrenos homogêneos com até 10


hectares, o ideal é retirar duas amostras
compostas. Mas se o terreno for heterogêneo,
enladeirado ou tiver partes arenosas e
argilosas, por exemplo, a recomendação é
retirar uma amostra composta de cada uma
dessas áreas”, completa.

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 110


5/6
GERAL
A amostra deve ser encaminhada ao SAC do
ITPS, cuja sede está localizada na Rua Campo
do Brito, nº 371, bairro 13 de Julho, em Aracaju.
Este é o setor responsável pela emissão
do boleto de pagamento do serviço e pelo
encaminhamento das amostras ao Laboratório
de Solos.

A análise de fertilidade completa custa R$


24, 23. Com a recomendação de adubação,
o valor fica R$ 30,75. A fertilidade completa
com a granulometria, que é o conjunto de
análises necessárias para a concessão de
financiamento agrícola, custa R$ 48,17.

O prazo para entrega dos resultados das


análises é de 10 dias. Para obter informações, o
produtor pode entrar em contato por meio dos
telefones (79) 3179 8087 e 3179 8080, SAC e
Laboratório de Solos, respectivamente.

CONFIABILIDADE
O Laboratório de Solos e Química Agrícola
do ITPS participa anualmente do Programa
de Análise de Qualidade de Laboratórios

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 111


6/6
GERAL
de Fertilidade (PAQLF), que é um estudo
interlaboratorial com ferramentas para
avaliação externa e demonstração da
confiabilidade dos resultados analíticos
laboratoriais.

“São 17 participações consecutivas e, em


todas elas, o laboratório alcançou um índice
de excelência nas análises. Com isso, obteve o
direito de utilizar em todos os seus laudos o ‘Selo
de Qualidade do PAQLF’, que é conferido pela
Embrapa Solos/RJ e certifica que o laboratório
atendeu com excelência aos critérios de precisão
e exatidão nas análises de solos”, detalha a
diretora técnica do ITPS, Lúcia Calumby.

O Laboratório de Solos também é


acreditado na norma ISO 17025. “Trata-se de
uma ferramenta de escala internacional que
gera confiança e representa o reconhecimento
formal da competência técnica de um
laboratório. Em Sergipe, apenas quatro
instituições, entre elas, o ITPS, possuem esse
tipo de acreditação”, completa.

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 112


1/4
GERAL
ASCOM TCE

Gestores do município de Nossa Senhora das Dores


em audiência no Tribunal de Contas do Estado de Sergipe

APÓS REPORTAGEM
DO CINFORM,
DORES FIRMA TAG
COM TCE-SE
A conselheira Angélica Guimarães recebeu
em seu gabinete o prefeito de Nossa Senhora
das Dores, Thiago de Souza Santos, para

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 113


2/4
GERAL
assinatura de um Termo de Ajustamento
de Gestão (TAG), com o objetivo de corrigir
problemas na execução do Programa
de Atenção Básica em Saúde. A reunião
aconteceu na última terça-feira, 13, e teve a
participação do Ministério Público de Contas
(MPC), na pessoa do procurador-geral, João
Augusto Bandeira de Mello.

As inconformidades apresentadas ao prefeito


foram identificadas em auditoria operacional na
área, efetuada em 2016. Dentre os problemas
encontrados, destacam-se questões relacionadas
à vacinação, frequência de profissionais de saúde,
armazenamento de medicamentos e prevenção
de câncer de colo do útero. De acordo com
Angélica, os TAGs contribuem muito para a
melhoria do serviço público e, neste caso, na
gestão de saúde básica ofertada à população.

“Mais um TAG é realizado, através da nossa


coordenadoria, no sentido de acelerar ou
implementar mais ações na área de saúde. Por
meio do TAG monitoramos as questões das
consultas, dos pontos dos médicos, calendário

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 114


3/4
GERAL
de vacinação, exames de papanicolau.
Esperamos e confiamos que o cumprimento
do TAG possibilite melhorias nas ações
preventivas na área de saúde nos municípios
do Estado”, colocou a conselheira.

Durante a assinatura do Termo, foram


estabelecidos alguns prazos, como: 15 dias
para apresentação de planos voltados a ações
como saúde bucal, vacinação, combate ao
Aedes aegypti e capacitação de equipes de
saúde; 45 dias para controle eficiente de
frequência dos profissionais de saúde; 60
dias para disponibilização de equipamentos
básicos nas unidades de saúde, prestação
de serviços odontológicos das Unidades de
Saúde, destinação e manejo regular de lixo
infectante, ações de prevenção e tratamento
do câncer do colo do útero. O prefeito entende
a assinatura do Termo como uma busca por
melhorias para a população do seu município.
“O Tribunal aqui faz seu papel orientador, sendo
parceiro dos municípios. Isso nos ajuda na gestão
porque identifica alguns problemas e chama o
município para o diálogo, uma oportunidade para

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 115


4/4
GERAL
que os problemas sejam regularizados - que é o
que queremos também. Afinal, o objetivo comum
é prestar serviço público de qualidade”.

Bandeira de Mello explicou que estas iniciativas


resultam em maior eficácia e celeridade na
obtenção de melhorias. “Foi uma conciliação
bastante simples e a prefeitura de Dores já
tinha encaminhado algumas providências.
Aproveitamos a ocasião para debatermos
outros assuntos pertinentes também, sempre
controlando e estimulando a melhoria da gestão
pública nos municípios e no estado de Sergipe”.

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EDIÇÃO 1875

FOTOS DIVULGAÇÃO
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U TO Salão

T RI B
F8
ÍNDICE TOQUE E ACESSE

EDITORIAL - Salão de Genebra 120

Na velocidade dos sonhos 121

Na tendência da demanda 135

Evoluir é preciso 147

NOTAS 154

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2/8

Salão
de Genebra
Por Edvar F. Caetano

Mais uma edição do caderno de veículos do


CINFORM, desta feita trazendo os detalhes do Salão
do Automóvel de Genebra, um dos mais laureados da
Europa e do mundo. O salão se prolongou de 7 até
ontem, dia 17, em 10 dias para encantar a um público
cada vez mais exigente.

Ali, considerando que você não pôde comparecer,


estavam modelos de sonhos, como a Ferrari F8
Tributo, o McLaren 720S, ou o Aston Martin AM-RB
003, sem falar, entre outros destaques, da empolgante
Lamborghini Huracán Evo Spider.

Os que não são aficionados pelo mundo do


automóvel podem se surpreender ao encontrar
preciosidades pouco conhecidas como o Pininfarina
Battista, ou mesmo o inglês Ginetta Akula.

Resumindo, já que você, caro leitor ou querida


leitoras, não os viu in loco, acompanhe no CINFORM
os destaques do salão de Genebra, com um brinde
especial deste semanário e da agência AutoMotrix.

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 120


1/14

Na velocidade
dos sonhos
Superesportivos do Salão de Genebra
transportam o aficionado por carros a um
mundo onde tudo é perfeito
Por Daniel Dias
Agência AutoMotrix

O Salão de Genebra, com portas abertas ao


público de 7 a 17 de março, se notabiliza por
duas razões principais: é a mostra que revela as
principais tendências da indústria automotiva
para a temporada e a que mais investe em
supercarros, mais recentemente chamados de
hiperesportivos. Como de costume, também,
o evento realizado no Palexpo, junto ao Museu
do Automóvel, é o palco da apresentação da
“Ferrari do Ano”, desta vez, o F8 Tributo. Mas
não é apenas o “bólido” de Maranello que faz
bonito na Suíça. São muitos carros dos sonhos,
todos tornados reais com aço, alumínio, fibra
de carbono, couro e tantos outros materiais
nobres, passando pelo exemplar único da

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 121


2/14

Bugatti, o La Voiture Noire, com um motor 8.0 W


de 16 cilindros quadriturbo de 1,5 mil cavalos.
Com preço de R$ 47 milhões – isso mesmo! –,
é o veículo sobre rodas mais caro do mundo.
Admirar os hiperesportivos de Genebra, pelos
menos por breves momentos, torna essas
máquinas realidade nos sonhos de cada um.

Ferrari F8 Tributo
Com motor V8 biturbo central, a nova Ferrari
F8 Tributo substitui o 488 GTB e o 458 Italia
e compartilha muito do estilo geral dos dois
modelos. Ao mesmo tempo, adiciona ainda mais
potência ao propulsor de oito cilindros. A usina
do hiperesportivo da Casa de Maranello tem 720
cavalos de potência a 8 mil rotações por minuto
e 78 kgfm de torque disponíveis a 3.250 rpm,
associada à transmissão de dupla embreagem
e 7 marchas, que envia a força para as rodas
traseiras. O F8 Tributo é capaz de acelerar de
zero a 100 km/h em 2,9 segundos e chegar aos
340 km/h de velocidade final. Com apenas
1.330 quilos de peso, a nova Ferrari tem 10% de
melhorias na aerodinâmica em relação aos seus

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 122


3/14
FOTOS DIVULGAÇÃO

antecessores, graças a mudanças na carroceria.


Na dianteira, tem faróis retangulares e menores
e um corredor aerodinâmico. Vincos espalhados
pela carroceria direcionam o fluxo de ar para um
coeficiente aerodinâmico perfeito. O carro chega
ao mercado no próximo ano.

McLaren 720S
A McLaren Special Operations (MSO) expõe no
Salão de Genebra o 720S Spider, com o mesmo
desempenho de seu “irmão” coupê e uma capota
retrátil de uma só peça e apoios envidraçados.
Com baixo peso e Controle de Chassi Proativo
II, é o supercarro conversível mais completo

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 123


4/14

da McLaren. Devido a sua estrutura de fibra


de carbono, o 720S Spider pesa 1.332 quilos,
apenas 49 quilos a mais que o modelo “fechado”,
vindos especialmente do sistema de remoção
da capota. O superconversível tem motor 4.0 V8
com dois turbocompressores com 720 cavalos e
77,5 kgfm de torque, acoplado à transmissão de
dupla embreagem e 7 velocidades. A aceleração
de zero a 100 km/h é feita em 2,9 segundos, com
velocidade final de 325 km/h.

Aston Martin AM-RB 003


A sigla AM-RB une dois ícones da indústria
automotiva e de competição. A primeira parte é
da Aston Martin, a segunda, da Red Bull, equipe
tetracampeã da Fórmula-1 com o alemão
Sebastian Vettel, de 2010 a 2013. O projeto
das duas marcas de fazer um hiperesportivo

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 124


5/14

de rua e para participar das 24 Horas de Le


Mans se materializou em 2016, com o AM-RB
001, criado e desenvolvido pelo inglês Adrian
Newey, considerado um gênio da aerodinâmica
e projetista dos carros da escuderia da principal
categoria do automobilismo. O AM-RB 003
é o aperfeiçoamento do conceito Valkyrie,
apresentado em 2018 no Salão de Paris.
O novo modelo de Newey ainda não está
pronto, mas sabe-se que não utilizará o motor
Cosworth V12 de 1.160 cavalos do Valkyrie e
sim um V6 turbo em conjunto com um ou mais
elétricos. Um híbrido, portanto!

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Lamborghini Huracán Evo Spider

Construtora de alguns dos esportivos de alto


desempenho mais emocionantes do mundo,
a Lamborghini apresenta no Salão de Genebra
sua mais recente criação, o Huracán Evo
Spider, um hipercarro conversível. “O Huracán
Evo Spider incorpora todo o desempenho,
controle de veículo de última geração e
características aerodinâmicas do cupê Evo,
com sua personalidade única e uma emoção de
condução que só um carro top pode oferecer. O
Spider continua a saga evolutiva do seu irmão:
extremamente fácil de dirigir, superesportivo e
altamente divertido”, avalia Stefano Domenicali,
presidente e CEO da Automobili Lamborghini e
responsável pelo comando da equipe Ferrari na

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Fórmula-1 de 2008 a 2014. O Huracán Evo Spider


é equipado com motor 5.2 V10 aspirado de 640
cavalos de potência a 8 mil giros e 61 kgfm de
torque a 6.500 rpm. O conversível acelera de zero
a 100 km/h em 3,1 segundos e pode chegar à
velocidade máxima de 323 km/h.

Pininfarina Battista
Produzido pela Automobili Pininfarina, o
Battista “é um hiperesportivo sem culpas”,
segundo sua criadora, pois utiliza propulsão 100%
elétrica. O “bólido verde” tem autonomia de 450
quilômetros com uma única carga. É capaz de
acelerar de zero a 300 km/h em 12 segundos e
ultrapassar os 350 km/h. A empresa tem sede na
Alemanha, mas mantém as raízes italianas graças
ao design dos carros assinados pelo estúdio
Pininfarini, que já desenhou verdadeiras lendas
para a Ferrari. “Esta é a história automotiva mais
autêntica e empolgante imaginável. O Battista é
o hipercarro do futuro, inspirado em um passado
lendário. A eletrificação abre as portas para
um novo nível de desempenho e um futuro de
emissões zero. Nosso objetivo é que o Battista
seja um futuro ícone clássico, escrevendo sua

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própria página nos livros de história automotiva”,


disse Michael Perschke, diretor-executivo da
Automobili Pininfarina. O Battista estará no
mercado no próximo ano, com preço de 2 milhões
de euros (cerca de R$ 8,5 milhões).

Koenigsegg Jesko

Jesko von Koenigsegg, presença-chave na


Koenigsegg Automotive, está agora aposentado,
aos 80 anos de idade. No início do Salão de
Genebra, na semana passada, o velho dirigente
da marca sueca esteve no lançamento do
hipercarro que leva seu nome na carroceria. O
Jesko é impulsionado por um motor V8 biturbo
reprojetado com um novo virabrequim plano de

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180 graus, turbinas maiores com injeção de ar


e controle de pressão mais eficiente. O motor
foi desenhado para alojar uma válvula rotativa
na admissão e sensores de pressão individuais
para cada cilindro, para monitoramento de
precisão em tempo real de todo o conjunto. O
V8 produz 1.280 cavalos com gasolina e 1.600
cavalos com o E85 (mistura com 85% de etanol
e 15% de combustível fóssil).

Ginetta Akula
A fabricante de carros de competição inglesa
Ginetta apresentou no Salão de Genebra o
hiperesportivo Akula, um “bólido” com licença
para andar nas ruas e estradas, com preço na
Inglaterra de 400 mil libras, aproximadamente,

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R$ 2 milhões. O Akula pesa 1.150 quilos e é


equipado com um motor 6.0 V8 de 600 cavalos
de potência e 70 kgfm de torque, associado a
um câmbio sequencial de 6 velocidades e à
tração traseira. Pode chegar à velocidade de
320 km/h. Praticamente toda a estrutura do
esportivo é feita em fibra de carbono, mesmo
material empregado na construção dos carros
da Fórmula-1. “O conceito por trás do Akula
era construir algo verdadeiramente individual,
que outras marcas não podem fazer devido a
restrições corporativas. Ele foi projetado para
cortar o ar como um tubarão corta a água”, vibra
Lawrence Tomlinson, presidente da Ginetta.

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Aston Martin Vaquish Vision

A Aston Martin escolheu o 89º Salão do


Automóvel de Genebra para a estreia mundial
do deslumbrante Vanquish Vision Concept. O
novo modelo de alto desempenho mira seus
principais rivais: Ferrari, Lamborghini e McLaren.
Em comparação ao Vanquish atual, as mudanças
são radicais. O novo Vanquish se posicionará um
degrau abaixo do Valkyrie. No design, herdará
influências de seus “irmãos maiores”, o próprio
Valkyrie e o AM-RB 003. Mostra diversos traços e
detalhes que fazem referência direta aos últimos
lançamentos da marca britânica. Embora a Aston
Martin não tenha divulgado qualquer informação
técnica, o Vanquish Vision deverá ter um motor V6
biturbo. “Primeiramente, é um prazer reviver o nome
Vanquish. Esse conceito marca outro momento
crucial na história da Aston Martin. Nossa primeira

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produção em série de um supercarro de motor


central será um momento transformador para a
marca, pois é o modelo que impulsionará a Aston
Martin para um setor do mercado tradicionalmente
visto como o coração dos carros esportivos de luxo”,
afirmou Andy Palmer, presidente da Aston Martin
Lagonda e CEO do Grupo.

Bugatti La Voiture Noire


O Bugatti La Voiture Noire, do francês
“carro preto”, fez sua estreia pública no Salão
de Genebra. Curiosamente, a marca italiana,
pertencente ao Grupo Volkswagen desde 1998, já
vendeu o hiperesportivo, pelo equivalente a R$
47 milhões, o que o transforma em o carro mais
valioso do planeta. “A Bugatti desperta paixão e
emoções em todo o mundo. Os clientes esperam
que nós os surpreendamos continuamente e
aumentemos a trajetória além dos limites de
sua imaginação. Acabamos de fazer isso com
La Voiture Noire”, revelou Stephan Winkelmann,
presidente da Bugatti. Todo feito artesanalmente,
o La Voiture Noire tem motor de 16 litros e 16
cilindros, com absurdos 1,5 mil cavalos de

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potência e 160 kgfm de torque. A Bugatti não


divulgou o nome do misterioso comprador do
veículo mais caro de todos os tempos, apenas
dizendo que “é um entusiasta de esportivos e
fascinado pelo Oceano Atlântico”. A montadora
não produzirá outra unidade do modelo.

Zenvo TSR-S
A dinamarquesa Zenvo está de volta ao
Salão de Genebra com o TSR-S. O modelo
está situado entre o TS1 GT e o TSR, com uma
versão do motor 5.8 V8 de 1.177 cavalos a 8.500
rotações por minuto. O superesportivo é capaz
de acelerar de zero a 100 km/h em 2,8 segundos
e pode atingir a velocidade de 325 km/h, limitada

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eletronicamente. O TSR-S tem um modo de


configuração do motor para deixá-lo “mais
comportado”, com módicos 700 cavalos. Como
trata-se de um carro de competição, o câmbio de
7 velocidades tem engrenagens helicoidais para
suportar tanta força nas condições de pista.

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Na tendência
da demanda
Tecnologias semiautônomas são o destaque
do Volkswagen Jetta 250 TSI R-Line para brigar
entre os sedãs médios
Por Luiz Humberto Monteiro Pereira
Agência AutoMotrix

A Volkswagen do Brasil começou a importar


o novo Jetta do México há seis meses, em
outubro do ano passado, com um objetivo claro

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– brigar pela liderança entre os sedãs médios.


Há tempos o segmento é dominado no mercado
nacional pelo Toyota Corolla, seguido de longe
por Honda Civic e Chevrolet Cruze – e o modelo
da marca alemã, em suas gerações anteriores,
jamais ameaçou esse trio. A sétima geração do
sedã médio da Volkswagen desembarca em três
versões, todas com o mesmo motor 1.4 TSI flex,
produzido na cidade paulista de São Carlos e
enviado para a fábrica mexicana de Puebla, antes
de voltar ao Brasil. A mais básica é a 250 TSI, que
sai por R$ 99.990, enquanto a intermediária é a
250 TSI Comfortline, a R$ 109.990. Mas é a “top”

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250 TSI R-Line, que sai por R$ 119.990 e reúne os


atributos para enfrentar o que os concorrentes
têm de melhor – ou seja, as versões topo de linha
dos sedãs médios das marcas generalistas.

O desenho do novo Jetta se esforça para


não ser mais apenas uma “versão sedã do Golf”
e tenta valorizar uma personalidade própria.
O estilo é o mesmo expresso nos lançamentos
mais recentes da marca, como o Polo, o Virtus, o
Tiguan e o T-Cross. As superfícies planas parecem
sobrepostas como se fossem entalhadas, o que
reforça o aspecto de força e robustez. O design
pode parecer meio previsível para alguns, mas
o novo Jetta tem a chamada “family face” e
é indisfarçavelmente um Volkswagen. Como
diferenciais externos em relação ao restante
da linha Jetta, a versão R-Line traz a grade
dianteira em preto brilhante, com uma barra
cromada na parte superior, e emblemas alusivos
à configuração na grade, nas laterais dos para-
lamas dianteiros e nas soleiras das portas, além
das rodas de liga leve exclusivas.

Se na aparência as diferenciações

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entre as versões são sutis, é em termos de


equipamentos que a R-Line se justifica. Além do
bom pacote já incluso na versão Comfortline –
ar-condicionado com duas zonas, seis airbags,
controle de estabilidade e tração, diferencial
com bloqueio eletrônico, revestimento em
couro sintético, sistema multimídia com tela
“touch” de 8 polegadas com espelhamento de
celular, chave presencial para travas e ignição,
frenagem de emergência em manobras, câmara
de ré combinada com sensores dianteiros e
traseiros, rodas de liga leve de 17 polegadas,
sensores de luz e chuva, faróis e luzes diurnas
em leds –, a versão topo de linha investe em
tecnologias semiautônomas de auxílio ao
motorista, que andam em alta no mercado

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automotivo global. Assim, lá estão o controle de


cruzeiro adaptativo, os sistemas de frenagem
de emergência, o alerta de colisão, o farol alto
automático, o painel de instrumentos digital
configurável com tela de 10,25” e o detector de
fadiga. São apenas dois opcionais: teto solar,
por R$ 4.990, e pintura metálica, por R$ 1.480,
ou perolizada, por R$ 1.580.

Sob o capô está o motor turbo 1.4 TSi flex,


o mesmo propulsor “made in Brasil” que move

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todas as versões atualmente disponíveis e que


já equipava o Jetta anterior. Rende 150 cavalos
de potência a 5 mil rpm e 25,5 kgfm de torque
de 1.400 a 3.500 rotações. Em todas as versões
atua em parceria com o câmbio automático de 6
marchas, com opção de acionamento manual na
manopla. Está prevista a chegada de uma versão
com um motor 350 TSI, um 2.0 turbo de 230
cavalos, o mesmo utilizado no Golf GTI.

Se a pretensão da Volkswagen é tentar brigar


pela liderança do segmento de sedãs médios,
o novo Jetta parece estar no caminho certo. No
ano passado, entre a versão anterior e a atual,
comercializada apenas no último trimestre, o
sedã da Volkswagen vendeu 4.404 unidades
– média mensal de 367 emplacamentos. Já
esse ano, foram 504 unidades emplacadas
em janeiro e 1.248 em fevereiro – apenas 215
unidades atrás do Cruze, o terceiro sedã médio
mais vendido do país, que totalizou 1.463
emplacamentos no segundo mês do ano. Se
mantiver a tendência de evolução nas vendas,
em breve, o Jetta pode estar disputando um
lugar no pódio brasileiro dos sedãs médios.

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IMPRESSÕES AO DIRIGIR

Dinamicamente elegante
O Jetta 2019 usa a nova plataforma modular
MQB, compartilhada com outros modelos
recentes da marca. Mescla aços nobres e
técnicas de construção modernas, como as
chapas de espessura variável, que se revertem
em um bom nível de rigidez estrutural do
conjunto. A plataforma disponibiliza diversos
recursos de condução semiautônoma, como a
função City Emergency Brake, que monitora a
distância entre veículos durante o deslocamento

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e detecta riscos de colisão. Atua em situações


de trânsito em cidades, acionando os freios
automaticamente quando necessário. A
direção elétrica é suave nas manobras de
estacionamento e impõe a firmeza necessária
nas altas velocidades. O sistema start-stop de
segunda geração desliga o motor um pouco
antes da parada completa do carro, para
colaborar na economia de combustível.

O motor 250 TSI 1,4 litro turbo rende 150


cavalos de potência e torque de 25,5 kgfm de
1.400 a 3500 rpm, tanto com gasolina quanto
com etanol. É força bastante para fazer o
sedã mostrar boa disposição nas situações
cotidianas de uso. O zero a 100 km/h é feito
em 8,9 segundos, com máxima prevista para
210 km/h, números que dão conta de que se
trata de um sedã “esperto”, embora sem uma
esportividade exacerbada. O câmbio automático
de 6 marchas se entende bem com o propulsor.
Em condução normal, a evolução das marchas
é extremamente sutil. Quando há uma pressão
mais abrupta no pedal do acelerador, o sistema
leva alguns instantes além do desejável para

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entender a demanda, mas a reação vem na


medida e sem qualquer sinal de “preguiça”.

Uma rara “bola fora” do Jetta R-Line é o fato


de inexplicavelmente não oferecer a opção de
trocas sequenciais por meio de aletas no volante
– modelos mais baratos da Volkswagen, como é
o caso do Virtus e do Gol, oferecem paddle shifts.
O avanço ou retrocesso das marchas podem
ser feitos apenas na alavanca de câmbio, o que
não é tão divertido. Já o conjunto suspensivo
surpreende positivamente. Mesmo com uma
configuração mais simples que a da geração
anterior, que oferecia suspensão traseira
multibraço, o atual conjunto formado pela
suspensão traseira por eixo de torção e a dianteira
McPherson atua com precisão no controle da
carroceria. O acerto é mais para rígido e faz do
Jetta um sedã bom de curvas e agradavelmente
neutro nas retas, todavia não traz incômodos para
os ocupantes. Nas curvas em velocidades altas, a
traseira solta discretamente, nada que não possa
ser controlado com facilidade pelo motorista. A
percepção de quem dirige em relação ao conjunto
mecânico é de confiabilidade.

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A EXPERIÊNCIA A BORDO

Conforto tecnológico
O acesso ao interior do Jetta é facilitado
pela boa altura do sedã – 1,48 metro. Os
assentos são ergonômicos e os espaços são
bons tanto na dianteira quanto na traseira.
No habitáculo, um toque de sofisticação nos
detalhes é a característica da versão R-Line. O
interior tem um design moderno e elegante.
No painel digital configurável, os comandos
são bem posicionados. O tablier é dominado

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pela central multimídia “touchscreen” de


8 polegadas, que conta com sistema de
comando vocal. As luzes de cortesia oferecem
10 opções de cores. Há diversos porta-
objetos entre os bancos e os painéis das
portas. Há algumas superfícies “soft touch”,
de aspecto emborrachado, mas os plásticos
duros predominam. A aparência é boa e os
revestimentos aparentam qualidade, porém
sem maiores sofisticações.

A suspensão do Jetta é firme, favorecendo


a performance dinâmica nas curvas, todavia
não chega a ser desconfortável. O isolamento
acústico funciona bem. Contudo, é nas
tecnologias que essa versão R-Line do Jetta
se destaca. O sistema de freio automático
em manobras, que evita pequenas colisões
traseiras, é bem eficiente. A versão R-Line
oferece outros recursos interessantes, como
farol alto automático, controle de cruzeiro
adaptativo (ACC), freio automático de
emergência e detector de fadiga, entre outros.
Muitas tecnologias a serviço do conforto. E o
porta-malas é generoso – são 510 litros.

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FICHA TÉCNICA
Volkswagen Jetta 250 TSI R-Line
PREÇO R$ 119.990 (R-Line).
MOTOR Etanol e gasolina, dianteiro, transversal, 1.395 cm³, quatro cilindros
em linha, com quatro válvulas por cilindro. Com injeção direta de combustível,
turbocompressor e comando variável de válvulas. Acelerador eletrônico.

TRANSMISSÃO Câmbio automático com 6 marchas à frente e uma a ré.


Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração e bloqueio eletrônico do
diferencial.

ACELERAÇÃO DE ZERO A 100 KM/H 8,9 segundos.

VELOCIDADE MÁXIMA 210 km/h.

POTÊNCIA MÁXIMA 150 cavalos com etanol e gasolina a 5 mil rpm.

TORQUE MÁXIMO 25,5 kgfm de 1.400 a 3.500 rpm.

DIÂMETRO E CURSO 74,5 mm x 80 mm. Taxa de compressão: 10,5:1

SUSPENSÃO Dianteira independente do tipo McPherson, com triângulos


inferiores, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira por eixo
de torção, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos hidráulicos e
barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade.

CARROCERIA Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com


4,70 metros de comprimento, 1,80 m de largura, 1,48 m de altura e 2,69 m de
distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série.

FREIOS Discos ventilados na frente e sólidos atrás. PNEUS 205/55 R17.

PESO 1.331 kg. LANÇAMENTO MUNDIAL 2018.


TANQUE DE COMBUSTÍVEL 50 litros.
OPCIONAIS Teto solar e pintura metálica ou perolizada.
PRODUÇÃO: Puebla, México

ANO 37
ANO 37 -- ED.
ED.1875
1869-18/3/2019
-4/2/2019 -- 146
146
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FOTOS DIVULGAÇÃO Honda PCX 150 DLX


FOTOS DIVULGAÇÃO

Evoluir é preciso
Apesar de liderar seu segmento com folgas,
versão 2019 do scooter Honda PCX 150 aprimora
o que era necessário

Por Sidney Levy, do Motonline


especial para a Agência AutoMotrix

O scooter PCX 150 lidera o segmento com


larga folga desde o seu lançamento, em abril de
2013. Então, por que uma fabricante mudaria
um produto assim? Talvez fosse melhor e menos

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2/7

Honda PCX 150 DLX

custoso continuar fazendo pequenos ajustes para


manter a moto atualizada. Afinal, são mais de
135 mil unidades vendidas no Brasil, uma média
superior a 20 mil motos por ano. Mas como se
trata de um produto global, a Honda preferiu
não esperar a concorrência local evoluir mais e
ameaçar sua liderança. E então surge o novo (não
parece novo, mas é) Honda PCX 2019, agora em
três versões: STD, DLX e Sport.

A principal diferença entre as três novas


versões do Honda PCX 2019 está nos freios.
Na versão básica (STD), está mantido o
mesmo sistema de freios do modelo 2018,

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Honda PCX 150 DLX

com disco na dianteira e tambor na traseira


com o CBS (Combined Brake System), aquele
que, ao acionar o manete do freio traseiro,
uma parte da força aciona também o freio
da roda dianteira. Já as versões DLX e Sport
ganharam disco também na roda traseira e o
ABS, porém, de uma via, ou seja, atua apenas
na roda dianteira, ao contrário de sua principal
concorrente – Yamaha NMax, que tem ABS
nas duas rodas. A Honda fica devendo o ABS
na roda traseira, o que talvez fosse o caso de
colocar na versão Sport. O PCX 2019 DLX e o
Sport ganharam ainda o Smart Key System
(chave presencial), que permite utilizar o botão

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da trava do guidão, a ignição, a abertura do


assento e a tampa do bocal de combustível.

O motor permanece o monocilíndrico OHC com


149,3 cm³, quatro tempos, arrefecimento a líquido
e injeção eletrônica e 13,2 cavalos de potência
máxima a 8.500 rpm e 1,38 kgfm de torque máximo
a 5 mil rpm. A transmissão é CVT. O PCX 150 STD
vem em duas opções de cores (prata metálico e
azul perolizado) e seu preço público sugerido é
de R$ 11.620. Os outros dois – DLX e Sport – estão
disponíveis em cor única para cada versão: branco
perolizado com detalhes em marrom no DLX e
prata metálico com detalhes em vermelho no
Sport. Esses dois têm também o Smart Key (partida
sem chave) e o preço é maior: R$ 12.990.

IMPRESSÕES AO PILOTAR

Pelas ruas manauaras


Pode até não parecer, mas mudou tudo no
scooter PCX 150. A começar pelo chassi, que
recebeu uma mudança fundamental para melhorar
o que é a grande reclamação dos consumidores:
a suspensão dura na traseira. Aliás, essa é a

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Honda PCX 150 Sport

reclamação de todos os consumidores que


compram scooter no Brasil, face ao péssimo estado
de conservação de nossas ruas, avenidas e estrada.
A mudança no chassi serviu para alterar a posição
de ancoragem dos amortecedores traseiros, que
agora estão em posição menos inclinada – era
25 graus e agora está com 10 graus. A mudança
reposicionou o motor no berço duplo, e as duas
alterações melhoraram o equilíbrio do scooter e
tornaram a suspensão traseira mais macia e com
mais curso – 85 milímetros contra 100 milímetros,
além de aumentar o espaço sob o banco.

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Essa diferença foi percebida no test-ride


que a Honda proporcionou nas ruas (ruins
e muito esburacadas) de Manaus (AM). E é
de fato uma enorme evolução, com aquelas
pancadas secas na coluna vertebral já não
tão sensíveis. Ponto para o PCX 2019! As
rodas têm novo desenho e os pneus são mais
largos (passaram a ser 100/80-14 na dianteira
e 120/70-14 na traseira – antes, 90/90-14 e
100/90-14). Há um novo e maior porta-luvas do
lado esquerdo do painel, onde está a tomada
12V e um bom espaço para um smartphone e
mais alguma coisa. A iluminação é full led e o
painel é totalmente digital e com informações
completas, inclusive com computador de
bordo. Tecnicamente, além da mudança na
suspensão, o mapeamento de injeção foi
ajustado ao novo catalisador no escapamento,
já preparando a moto para as normas de
emissões mais rígidas que virão no futuro.

Claro que todas as mudanças implicaram


em um design pouco diferente, mas quase
imperceptível aos olhos dos consumidores.
A iluminação em leds é o que mais chama a

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atenção e deixa o PCX 2019 mais bonito. “Nossas


pesquisas sobre o produto mostram que 40%
de quem compra o PCX é o público feminino
e que 85% têm automóvel”, explica Alexandre
Cury, diretor comercial da Honda, justificando
essa evolução e enfatizando que se trata de um
consumidor muito exigente e que deseja produtos
evoluídos tecnologicamente.

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1/8

400 MIL VERDES


DIVULGAÇÃO

Por Daniel Dias


Agência AutoMotrix

Modelo 100% “verde” mais vendido do planeta,


o Nissan Leaf tornou-se o primeiro elétrico a
ultrapassar as 400 mil unidades emplacadas
no mundo. Lançado em 2010, o Leaf teve a
missão de tornar a praticidade da condução
elétrica acessível a clientes além do segmento
de luxo. Há menos de uma década, os carros
elétricos eram vistos como “veículos de outro
mundo”, fora da realidade prática. Atualmente,
um número crescente de consumidores afirma
que seu próximo carro será um elétrico. Entre as
vantagens do modelo japonês estão o sistema de

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condução semiautônoma ProPilot e os benefícios


naturais da mobilidade sustentável. “Este grande
marco é uma sólida demonstração que 400 mil
pessoas valorizam o Leaf pela segurança, conexão
e empolgação que ele entrega. O Leaf continua
sendo o ícone da Mobilidade Inteligente da
Nissan, a nossa estratégia para mover as pessoas
para um mundo melhor”, comemorou Daniele
Schillaci, vice-presidente executivo e diretor
mundial de marketing, vendas e veículos elétricos
na Nissan. O “powertrain” do Leaf de segunda
geração, apresentado em 2017, tem potência de
110 kW (149 cavalos) e 32,6 kgfm de torque.

RECUO ESTRATÉGICO
Por Daniel Dias
Agência AutoMotrix

Com a produção suspensa desde meados


do ano passado, devido à queda de vendas no
Brasil e na Argentina, após o lançamento do SUV
X80, a fábrica da Lifan no Uruguai colocou 109
empregados sob regime de licença remunerada
com auxílio do governo do país vizinho. Agora,
com a direção do novo presidente, Kevin Lau, que

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3/8
DIVULGAÇÃO

comanda também a unidade uruguaia, a Lifan


pretende retomar a produção na fábrica tão logo
as vendas voltarem a crescer na região. “A nossa
planta no Uruguai só é viável economicamente
com volume e estabilidade de produção, o que
infelizmente não acontece desde o segundo
semestre do ano passado. Mesmo com a
implementação do novo programa Rota 2030
no Brasil, que traz a possibilidade estratégica da
importação de veículos diretamente da China, a
nossa fábrica no Uruguai ainda é a melhor opção”,
explica Lau. No Brasil, a operação da Lifan segue
regularmente, com sua rede de concessionárias
ativa, serviços e venda de peças aos clientes da

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marca. A marca trabalha para lançar o X70 este


ano e a aposta no novo SUV é muito grande.
Fundada em 1992 na China e presente no Brasil
desde 2012, a Lifan é um grupo empresarial
privado que fabrica automóveis, motocicletas,
motores e máquinas, com investimentos ainda
em fontes de energia alternativas e no setor
imobiliário. Com seus produtos presentes em 117
países, a empresa tem sua base de operações
em Chongqing, na China, com capacidade de
produção de 200 mil veículos por ano.

POSIÇÕES MANTIDAS
DIVULGAÇÃO

Por Edmundo Dantas


Agência AutoMotrix

A Honda continua como líder disparada no


mercado brasileiro de motocicletas em 2019,
com 78,20% de participação e 136.778 unidades

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vendidas no primeiro bimestre do ano. É


seguida de longe pela Yamaha, com 13,61% de
participação e 23.804 emplacamentos em janeiro
e fevereiro. Nos dois primeiros meses deste
ano, foram emplacadas 174.903 motocicletas
no Brasil, o que representa um crescimento de
24,9% na comparação com o mesmo período de
2018, quando foram vendidas 140.032 unidades,
de acordo com levantamento da Federação
Nacional da Distribuição de Veículos Automotores
(Fenabrave). O veículo mais vendido do país
continua a ser a Honda GG 160, com 49.553
emplacamentos no primeiro bimestre.

PARA EUROPEU VER


Por Edmundo Dantas
Agência AutoMotrix

A Suzuki lançou no mercado europeu a pequena


esportiva GSX-R 125 2019. O modelo coloca a
Suzuki na briga pelo mercado das esportivas de
entrada na Europa, que já conta com modelos
com configuração similar, como a Yamaha
YZF-R125 e a KTM RC125. O design da GSX-R 125
é totalmente inspirado nas esportivas maiores da
marca. Grafismos e cores foram “emprestados”

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DIVULGAÇÃO

da GSX-R1000 da MotoGP. Seu preço será pouco


acima dos 4 mil euros, aproximadamente, R$ 17
mil. O motor monocilíndrico de 124,4 cilindradas
refrigerado a líquido, com duplo comando no
cabeçote, gera a potência máxima de 15 cavalos
a 10 mil giros e torque máximo de 1,17 kgfm aos
8 mil rpm, com câmbio de 6 velocidades. Não há
notícia sobre a chegada da GSX-R 125 ao Brasil.

INICIATIVA AUTÔNOMA
Por Luiz Humberto Monteiro Pereira
Agência AutoMotrix

Os primeiros ônibus de 12 metros totalmente


autônomos do mundo são também 100%
elétricos e rodarão em Cingapura. Os testes serão
conduzidos em parceria entre a Volvo Buses, a

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Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU) e a DIVULGAÇÃO

Land Transport Authority (LTA). Os ônibus passarão


por testes preliminares no campus da universidade
para depois circular em vias públicas. Os veículos
transportam 85
passageiros e são
equipados com
sensores e controles
de navegação
gerenciados por um
sofisticado sistema de
inteligência artificial

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(IA). Os ônibus elétricos totalmente autônomos


têm uma operação silenciosa, com zero emissões.
Os veículos requerem 80% menos de energia do
que um ônibus diesel de tamanho equivalente.
Para segurança e confiabilidade máxima, o
sistema é protegido com medidas cibernéticas. Os
ônibus autônomos Volvo passaram por rigorosas
avaliações preliminares no Centro de Excelência
para Testes e Pesquisa de Veículos Autônomos da
NTU. As próximas etapas são testar os veículos nas
ruas internas do campus e depois estender a rota
além da universidade. Essa é a primeira aplicação
autônoma da Volvo em transporte público fora
de sua sede na Suécia. O veículo tem sensores de
detecção e alcance de luz, câmeras 360 graus e um
sistema avançado de navegação global por satélite
que utiliza cinemática em tempo real. Funciona
como qualquer sistema de posicionamento global
(GPS), mas usa várias fontes de dados para fornecer
uma precisão de localização de até um centímetro.

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Emprego
EDIÇÃO 1875

Você sabe como


fazer um
bom currículo?

Documento é o seu
“cartão de visitas” para
o mercado de trabalho
Emprego

ÍNDICE
TOQUE E ACESSE

Você sabe como fazer um bom currículo? 164

Para complementar renda, cada vez mais


pessoas procuram formas de ganhar dinheiro 169

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ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 163
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Emprego
JULIA FREITAS

“Um currículo mais resumido, torna-o


mais nítido e objetivo”, segundo especialista

VOCÊ SABE COMO


FAZER UM BOM
CURRÍCULO?
lDocumento é o seu “cartão de
visitas” para o mercado de trabalho

JULIA FREITAS | julia.freitas@cinform.com.br

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Emprego
Na busca por uma vaga de emprego,
escrever um currículo é uma das fases mais
importantes na hora de formalizar a sua
candidatura a uma colocação. Ele funciona
como um “cartão de visitas” para o mercado de
trabalho e, por isso, é muito importante estar
atento na hora de escrevê-lo.

A analista de recursos humanos


Ana Borges explica que modelos de
currículos extravagantes, muito coloridos
ou com formatações muito divergentes
do tradicional, não são visivelmente
interessantes para o recrutador. “Currículos
muito extensos e redundantes dificultam
a localização de informações importantes.
Quanto mais direcionado for o seu currículo,
mais atrativo ele se torna. Geralmente, um
currículo mais resumido, torna-o mais nítido
e objetivo. O sugerido é que tenha média de
duas páginas”, alerta.

Ainda segundo ela, colocar uma foto no


currículo vem se tornando algo cada vez mais
desnecessário, mas depende da vaga que

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Emprego
DIVULGAÇÃO

o interessado
busca. Mas ela
faz uma alerta:
não é qualquer
foto que deve ser
colocada! Como
se trata de um
“cartão de visitas”
para o mercado
de trabalho,
talvez a foto
que você utilize
nas suas redes Ana Borges, analista
sociais (Facebook, de recursos humanos
Instagram) não
seja a mais adequada para o seu currículo.
“Caso opte por inserir uma foto, tenha atenção
para não escolher uma imagem inadequada,
em um ambiente descontraído demais ou
informal”, comenta.

PRINCIPAIS ERROS
Ana Borges comenta que, ao analisar
currículos, existem erros que são encontrados
com frequência. Erros simples, mas que

ANO 37 - ED. 1875 -18/3/2019 - 166


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Emprego
podem dificultar ou, até mesmo impedir, a
contratação do candidato.

“Existem alguns erros que encontramos


com frequência ao analisarmos currículos.
São erros ortográficos, não inclusão de
dados pessoais, telefone para contato
errado ou de familiares, falta de organização
das informações, mentiras (como cursos
ou idiomas que não possui), entre outros.
Estes são alguns dos erros que causam uma
impressão negativa para quem os lê”, comenta.
Ainda segundo ela, é preciso ter atenção ao
confeccionar seu currículo ou mesmo pedir
ajuda de outra pessoa, caso o interessado sinta
alguma dificuldade na elaboração.

SEM EXPERIÊNCIA
Um dos principais questionamentos que
muitas pessoas que estão tentando ingressar
no mercado de trabalho é “como fazer
um currículo, se eu não possuo nenhuma
experiência profissional?”.

Segundo a analista de recursos humanos,

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6/6
Emprego
quem está passando por esse dilema deve
valorizar a sua formação, conhecimentos e
habilidades que agreguem valor ao cargo que
almeja. “Se você participou de algum trabalho
voluntário ou projeto, vale a pena incluir, pois
essas atividades podem indicar competências
buscadas pelo recrutador”, acrescenta.

EXEMPLO DE CURRÍCULO
A reportagem do CINFORM pediu que a
analista de recursos humanos mostrasse
uma forma genérica, porém ideal, de como
fazer um currículo. Segundo ela, existem
sete itens essenciais que precisam contar
no seu currículo:

1. Dados pessoais e contatos


2. Objetivo
3. Habilidades e competências (opcional)
4. Formação
5. Cursos complementares
6. Histórico profissional (organizado em
ordem cronológica, com nome da empresa,
função e período que atuou)
7. Informações complementares

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Emprego

PARA COMPLEMENTAR
RENDA, CADA VEZ MAIS
PESSOAS PROCURAM
FORMAS DE GANHAR
DINHEIRO
lAté mesmo aquelas que estão empregadas
procuram formas de ganhar dinheiro extra

JULIA FREITAS | julia.freitas@cinform.com.br

Em meio a um cenário de inflação em


alta, lenta recuperação em diversos setores
da economia e com desemprego voltando
a subir, o número de brasileiros que estão
buscando novas formas de complementar a
renda, mesmo já possuindo um emprego fixo,
está crescendo. São pessoas que buscam

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Emprego
FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Luciana e Claudio vendem hambúrgueres congelados desde 2015

nos aplicativos para motoristas, nas aulas


particulares ou mesmo na venda de alimentos
ou produtos uma forma de ganhar um dinheiro
a mais no final do mês.

Segundo o economista do Departamento


Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) em Sergipe, Luís
Moura, a alta taxa de desemprego e a quantidade

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3/7
Emprego
de trabalhadores que
não estão satisfeitos
com a remuneração
e com o tempo de
trabalho podem
explicar a grande
quantidade de pessoas
que buscam formas
de complementar sua
renda.

“Nós temos hoje


Danielle concilia o trabalho como
160 mil pessoas advogada e revendedora de
desempregadas no produtos de beleza

estado de Sergipe. Com a taxa de desemprego


nessa ordem, as pessoas se sujeitam a
qualquer tipo de ocupação. Por isso, a maioria
dos empregos que estão sendo gerados
são precários, sejam eles em tempo parcial,
intermitente ou autônomo. São empregos
onde muitas vezes as pessoas não estão
satisfeitas, nem com a remuneração nem com
o tempo de trabalho”, explica.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia

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4/7
Emprego
e Estatística (IBGE), no trimestre encerrado
em janeiro a taxa de desocupação voltou
a subir e ficou em 12% no Brasil, o que
representa 12,7 milhões de trabalhadores
nessa condição. Enquanto que o grupo de
pessoas subocupadas por insuficiência de
horas trabalhadas (6,8 milhões) e na força de
trabalho potencial (8 milhões), assim como
as desalentadas (4,7 milhões), apresentaram
estabilidade em relação ao trimestre anterior.

HAMBURGUER CONGELADO
Por incentivo de amigos e após fazer um
curso de gestão no Sebrae, o casal Luciana
Gonçalves e Claudio Francisco decidiram vender
hambúrgueres artesanais em 2015. Apesar de
trabalharem em profissões totalmente distintas
do mundo da culinária, a jornalista e o árbitro de
futebol já conseguiram colocar seus produtos à
venda em diversos pontos da cidade.

“A princípio, surgiu com o incentivo (e até


insistência) de amigos, já que Claudio sempre
teve uma ‘mão boa’ para a cozinha e, desde
adolescente, sonhava em ter seu próprio

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5/7
Emprego
negócio. Só que os caminhos o levaram para a
arbitragem, que também é uma grande paixão
dele. Aos poucos, ele foi convergindo também
para a gastronomia. Com o apoio de amigos e
família, decidimos dar esse passo e criar um
produto diferenciado e inovador no mercado”,
comenta Luciana.

Segundo Luciana, o início do negócio foi


complicado porque eram apenas os dois
para produzirem, venderem, distribuírem e
divulgarem a nova marca. “Confesso que é
bastante corrido, já que somos só nós dois
para tudo (comprar, estocar, produzir, embalar,
distribuir e divulgar). Mas, graças a Deus, as
nossas profissões nos permitem um horário
mais flexível. No início, ficou meio conturbado
conciliar, mas já estamos tirando de letra
nossos horários e atribuições, numa verdadeira
gestão de tempo. Hoje estamos distribuindo
nossos hambúrgueres artesanais congelados
em praticamente todos empórios de Aracaju.
Já conseguimos penetrar no ramo dos
mercadinhos de bairro e estamos em alguns
municípios de Sergipe também”, comemora.

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6/7
Emprego
REVENDA DE PRODUTOS DE BELEZA
Danielle Costa concilia o seu trabalho como
advogada e como revendedora de produtos
de beleza há pouco mais de um mês, quando
decidiu se tornar revendedora, pois acredita que
assim conseguirá alcançar os seus objetivos
pessoais de maneira mais rápida. E nesse
curto espaço de tempo ela já conseguiu obter
retornos tanto financeiros quanto pessoais.

“Comecei a vender há apenas um mês,


mas já obtive retornos pessoal e financeiro. O
primeiro porque permitiu que eu pudesse me
aproximar mais das pessoas e desenvolver,
ainda mais, o poder de fala. Já o segundo é
consequência do trabalho”, comemora. Mas
do que uma renda extra, ela encara as vendas
como um segundo trabalho, que exige tempo,
investimento e disposição para revender os
produtos mesmo depois de rodar pelo estado
em audiências e atendimentos.

“Eu vejo o papel de consultora como um


segundo trabalho. Eu invisto tempo, dinheiro e
disposição ao revender os produtos de beleza

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7/7
Emprego
para que eu possa ter resultados satisfatórios.
Da mesma forma que também invisto em
minha profissão. A minha advocacia é voltada
para o interior do estado. Logo minha rotina
é densa ao passo que resido na capital.
Além de viajar, vou para as audiências, faço
atendimentos e elaboro petições”, comenta.

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