114
Efeitos Adversos
|
(Continua)
115
Resumo Farmacológico Capítulo 8 Farmacologia Colinérgica (Continuação)
116
Efeitos Adversos
|
Clonidina Hipertensão Bradicardia, insuficiência Terapia com inibidores da MAO e doença A clonidina é utilizada no tratamento da hipertensão e dos
Guanabenzo Abstinência de opióides (somente a cardíaca, hepatotoxicidade hepática ativa (contra-indicações para o uso sintomas associados à abstinência de opióides
Guanfacina clonidina) (metildopa), anemia da metildopa) A metildopa constitui o fármaco de escolha para o tratamento
Metildopa Dor do câncer (somente a clonidina) hemolítica auto-imune da hipertensão durante a gravidez
(metildopa)
Hipotensão, constipação,
xerostomia, sedação, tontura
AGONISTAS -ADRENÉRGICOS
Mecanismo — Ativam os receptores -adrenérgicos
Isoproterenol Ver Resumo Farmacológico: Cap. 19
Dobutamina
Metaproterenol Ver Resumo Farmacológico: Cap. 46
Terbutalina
Salbutamol
Salmeterol
ANTAGONISTAS ␣-ADRENÉRGICOS
Mecanismo — Bloqueiam a ligação das catecolaminas endógenas aos receptores ␣1- e ␣2-adrenérgicos, causando vasodilatação, redução da pressão arterial e redução da resistência periférica
Fenoxibenzamina Hipertensão e sudorese associadas ao Convulsões Hipotensão grave A fenoxibenzamina bloqueia irreversivelmente os receptores ␣1
Farmacologia Adrenérgica
(Continua)
129
Resumo Farmacológico Capítulo 9 Farmacologia Adrenérgica (Continuação)
130
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
Prazosin Hipertensão Pancreatite, Hipersensibilidade ao prazosin, ao terazosin O prazosin, o terazosin e o doxazosin são antagonistas não-
Terazosin Hiperplasia prostática benigna hepatotoxicidade, lúpus ou ao doxazosin seletivos dos subtipos de receptores ␣1 nas arteríolas e veias
Doxazosin eritematoso sistêmico Em geral, não ocorre taquicardia reflexa
Hipotensão postural Em virtude do potencial de hipotensão postural grave, a
pronunciada com a primeira primeira dose é geralmente prescrita em pequena quantidade
dose, palpitações, dispepsia, ao deitar (assegurando, assim, que o paciente permaneça em
Capítulo Nove
EMLA (mistura eutética Anestésico local tópico para a Iguais aos da lidocaína Hipersensibilidade a anestésicos locais com Administração tópica como creme, swab ou emplastro
de lidocaína e prilocaína) pele intacta normal, mucosas e ligação amida Clinicamente útil, devido à maior concentração de anestésico
procedimentos dentários local por gota em contato com o tecido do que as preparações
|
tópicas convencionais
145
Resumo Farmacológico Capítulo 11 Farmacologia da Neurotransmissão GABAérgica e Glutamatérgica
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
INIBIDORES DO METABOLISMO DO GABA
Mecanismo — Inibem o GAT-1 (tiagabina) ou a GABA transaminase (vigabatrin)
Tiagabina Crises parciais e tônico-clônicas Morte súbita inexplicada Hipersensibilidade à tiagabina Potencializa a atividade do GABA ao bloquear a sua recaptação
(terapia adjuvante) Confusão, sedação, tonteira, dos neurônios pré-sinápticos
depressão, psicose, irritação A tiagabina potencializa a ação dos moduladores dos
gastrintestinal receptores GABA-A, como o etanol, os benzodiazepínicos e os
barbitúricos
Vigabatrin Crises parciais e tônico-clônicas Atrofia da retina, Hipersensibilidade ao vigabatrin Bloqueia a conversão do GABA em semi-aldeído succínico,
(terapia adjuvante) angioedema resultando em concentrações intracelulares elevadas de GABA e
Fadiga, cefaléia, ataxia, aumento da liberação sináptica de GABA
ganho de peso A transferência através da barreira hematoencefálica é lenta, e
o fármaco é depurado principalmente por excreção renal, com
meia-vida de 5–6 horas
AGONISTAS E ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES GABA-A
Mecanismo — Ativam diretamente o receptor GABA-A (muscimol, gaboxadol), antagonista competitivo do receptor GABA-A (bicuculina, gabazina), antagonista não-competitivo do receptor GABA-A (picrotoxina)
Muscimol Nenhuma (apenas utilizado Não-aplicável Não-aplicável Derivado de cogumelos alucinógenos da espécie Amanita
experimentalmente) muscaria
Gaboxadol Em fase de investigação Não-aplicável Não-aplicável Agente em fase de investigação para o tratamento da insônia
Bicuculina Nenhuma (apenas utilizada Não-aplicável Não-aplicável Produzem convulsões epilépticas
Gabazina experimentalmente)
Picrotoxina
MODULADORES DOS RECEPTORES GABA-A: BENZODIAZEPÍNICOS
Mecanismo — Agonistas alostéricos fracos do receptor GABA-A que atuam no sentido de aumentar a freqüência de abertura do receptor e potencializar os efeitos do GABA
Ação curta: Crises parciais e crises tônico- Depressão respiratória, Glaucoma de ângulo estreito agudo Metabolizados pela 3A4 do citocromo P450 e excretados na
Midazolam clônicas (diazepam, lorazepam, apnéia, dessaturação em Glaucoma de ângulo aberto não-tratado urina sob a forma de glicuronídios ou metabólitos oxidados
Clorazepato midazolam) pacientes pediátricos, Os níveis de benzodiazepínicos são diminuídos pela
Triazolam Crises de ausência (clonazepam) agitação carbamazepina ou pelo fenobarbital
Zolpidem Estado de mal epiléptico (midazolam, Sonolência excessiva, Os pacientes com comprometimento da função hepática,
lorazepam) cefaléia, fadiga incluindo o indivíduo idoso e o indivíduo muito jovem,
Ação intermediária: Indução de amnésia (midazolam, podem apresentar efeitos prolongados após a administração de
Alprazolam lorazepam, diazepam) benzodiazepínicos
Lorazepam Ansiedade (clorazepato, alprazolam, O zolpidem não é tecnicamente um benzodiazepínico, porém
Estazolam lorazepam, clordiazepóxido, liga-se ao mesmo sítio dos benzodiazepínicos nos receptores
Temazepam clonazepam, diazepam) GABA-A
Abstinência de álcool (clorazepato,
Ação longa: clordiazepóxido, diazepam)
Clordiazepóxido Insônia (triazolam, zolpidem,
Clonazepam lorazepam, estazolam, temazepam,
Diazepam flurazepam, quazepam)
Flurazepam
Farmacologia da Neurotransmissão GABAérgica e Glutamatérgica
Quazepam
|
(Continua)
163
Resumo Farmacológico Capítulo 11 Farmacologia da Neurotransmissão GABAérgica e Glutamatérgica (Continuação)
164
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
Efeitos Adversos
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Efeitos Adversos
|
(Continua)
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199
Resumo Farmacológico Capítulo 13 Farmacologia da Neurotransmissão Serotoninérgica e Adrenérgica Central (Continuação)
200
Efeitos Adversos
|
Doxepina fadiga crônica e outros convulsões, agravamento da depressão com Uso em pacientes durante a recuperação possibilidade de doença do sistema de condução antes de
Imipramina distúrbios de dor somática pensamentos suicidas aguda após infarto do miocárdio iniciar os ATC
Nortriptilina Enurese noturna Distensão, constipação, xerostomia, O uso concomitante de outros agentes que afetam o sistema de
Protriptilina (imipramina) tonteira, sonolência, visão turva, retenção condução cardíaca exige uma cuidadosa monitoração
Trimipramina Transtorno obsessivo- urinária Nos pacientes em uso de ATC, pode-se observar um acentuado
compulsivo aumento da resposta pressora à epinefrina IV
(clomipramina) A hipotensão ortostática constitui um efeito adverso
significativo em pacientes idosos
Os ATC podem precipitar a mania em pacientes com
transtorno bipolar
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA (ISRS)
Mecanismo — Inibem seletivamente a recaptação da serotonina e, portanto, aumentam os níveis sinápticos de serotonina; produzem também aumento da ativação dos receptores de 5HT e intensificação das respostas
pós-sinápticas. Em altas doses, ligam-se também ao transportador de NE
Citalopram Depressão Síndrome da serotonina devido à Uso concomitante de inibidores da Agentes de primeira linha para o tratamento da depressão, da
Fluoxetina Ansiedade administração concomitante de IMAO monoamina oxidase (IMAO), pimozida ou ansiedade e do transtorno obsessivo-compulsivo
Fluvaxamina Transtorno obsessivo- (caracterizada por hipertermia, rigidez tioridazina Os ISRS são significativamente mais seletivos do que os ATC
Paroxetina compulsivo muscular, mioclonus e flutuações rápidas para os transportadores de 5HT, e, por conseguinte, os ISRS
Sertralina Transtorno do estresse pós- do estado mental e dos sinais vitais); pode apresentam menos efeitos adversos
traumático precipitar mania em paciente bipolar Os ISRS exibem maior índice terapêutico do que os ATC
Síndromes de dor Disfunção sexual, distúrbio gastrintestinal
(a sertralina está freqüentemente associada
a diarréia, enquanto a paroxetina está
associada a constipação), vasoespasmo,
sudorese, sonolência, ansiedade
INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA–NOREPINEFRINA (IRSN)
Mecanismo — Bloqueiam o transportador de recaptação de 5HT e o transportador de recaptação da NE de modo dependente da concentração
Venlafaxina Depressão Síndrome maligna neuroléptica, hepatite; Uso concomitante de inibidores da A venlafaxina em baixas concentrações atua como um ISRS
Duloxetina Ansiedade pode exacerbar a mania ou a depressão em monoamina oxidase (IMAO) através de aumento dos níveis de serotonina; todavia, em altas
Transtorno do pânico, com pacientes suscetíveis concentrações, aumenta também os níveis de NE
ou sem agorafobia Hipertensão, sudorese, perda de peso, A duloxetina inibe a recaptação de NE e 5HT e foi aprovada
Síndromes de dor distúrbio gastrintestinal, visão turva, para tratamento da dor neuropática e outras síndromes de dor,
(duloxetina) nervosismo, disfunção sexual além do tratamento da depressão
OUTROS ANTIDEPRESSIVOS ATÍPICOS
Mecanismo — A bupropiona é um antidepressivo aminocetona, que inibe fracamente a captação neuronal da 5HT, dopamina e NE. A mitarzapina bloqueia 5HT2A, 5HT2C e o auto-receptor ␣2-adrenérgico e
presumivelmente diminui a neurotransmissão nas sinapses 5HT2, enquanto aumenta a neurotransmissão da NE. A nefazodona e a trazodona bloqueiam os receptores 5HT2 pós-sinápticos
Bupropiona Depressão Taquiarritmias, hipertensão, especialmente Convulsões Possui os menores efeitos sexuais entre os fármacos
Abandono do tabagismo quando combinada com disco de nicotina, Bulimia ou anorexia antidepressivos
convulsões, pode exacerbar a mania em Uso concomitante de inibidor da MAO Induz menos mania do que os outros antidepressivos
pacientes suscetíveis (efeito menor que Uso concomitante de outros produtos da
outros antidepressivos) bupropiona
Prurido, sudorese, exantema, dispepsia, Pacientes com interrupção abrupta
constipação, tonteira, visão turva, agitação de álcool ou sedativos (incluindo
benzodiazepínicos)
Mirtazapina Depressão Agranulocitose, convulsões, pode exacerbar Inibidor concomitante da MAO Como a mirtazapina é um potente sonífero, bem como um
a depressão ou a mania em pacientes estimulante do apetite, mostra-se útil na população idosa, em
suscetíveis que a insônia ou a perda de peso são achados freqüentes
Sonolência, aumento do apetite,
hiperlipidemia, constipação, tonteira
Nefazodona Depressão Priapismo (trazodona), hipotensão Co-administração de IMAO, pimozida, A trazodona é um pró-fármaco que é convertido em
Trazodona Insônia (trazodona) ortostática (nefazodona), insuficiência triazolam ou carbamazepina (contra- metaclorofenilpiperazina (mCPP), um agonista seletivo
hepática (nefazodona), convulsões, podem indicação para a nefazodona) 5HT2A/2CR utilizado no tratamento da depressão e da insônia
agravar a depressão ou a mania Hipersensibilidade à nefazodona ou A trazodona é utilizada principalmente como sonífero, visto
Sudorese, alteração do peso, dispepsia, trazodona que as doses mais altas necessárias para produzir efeitos
tonteira, sonolência, visão turva antidepressivos são habitualmente hipersedativas
AGONISTAS DOS RECEPTORES DE SEROTONINA
Mecanismo — A buspirona é um agonista seletivo do 5HT1AR e não se liga aos receptores de GABA; o efeito terapêutico vasoconstritor das triptanas é mediado pelos 5HT1R (tanto o 5HT1DR quanto o 5HT1BR)
expressos na vasculatura cerebral
Buspirona Ansiedade Isquemia ou infarto do miocárdio, acidente Hipersensibilidade à buspirona A buspirona não é sedativa e apresenta propriedades
vascular cerebral ansiolíticas moderadas; embora não seja tão efetiva quanto
Tonteira, confusão, cefaléia, excitação, os benzodiazepínicos, é interessante em virtude de suas
visão turva, sentimentos e comportamento propriedades não-adictivas
hostis, nervosismo
Sumatriptana Enxaqueca Espasmo da artéria coronária, crise Alcalóide do esporão do centeio ou As triptanas têm maior utilidade para as crises agudas de
Rizatriptana hipertensiva, isquemia ou infarto do agonista 5HT1 da serotonina dentro de 24 enxaqueca quando tomadas no início de um episódio, e não
Almotriptana miocárdio, acidente vascular cerebral, horas como profilaxia
Frovatriptana convulsões Terapia concomitante com IMAO
Eletriptana Dor torácica, rubor, náusea, tonteira Síndromes cardíacas isquêmicas, vasculares
Zolmitriptana cerebrais ou vasculares periféricas
Hipertensão não-controlada
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES DE SEROTONINA
Mecanismo — Os antagonistas dos receptores de serotonina exibem graus variáveis de seletividade para subtipos de receptores e, com freqüência, apresentam reação cruzada com receptores adrenérgicos,
histamínicos e muscarínicos
Cetanserina Glaucoma Hipotensão ortostática, taquicardia Hipersensibilidade à cetanserina Antagonista 5HT2A/2CR
Hipertensão ventricular Utilizada primariamente na forma tópica para reduzir a pressão
Rubor, exantema, retenção hídrica, intra-ocular no glaucoma
dispepsia, tonteira, sedação
Ondansetrona Náusea Arritmias cardíacas, broncoespasmo Hipersensibilidade à ondansetrona Antagonista do 5HT3R
Aumento das enzimas hepáticas, Antiemético potente, que é freqüentemente utilizado como
constipação, diarréia, fadiga, cefaléia adjuvante da quimioterapia do câncer ou em casos de náusea
refratária
Tegaserode Síndrome do intestino Hipotensão, síncope História de obstrução intestinal, aderências Antagonistas do 5HT4R
Prucaloprida irritável com predomínio Diarréia, tonteira, cefaléia abdominais ou doença sintomática da Aumento da motilidade GI no tratamento da constipação
de constipação vesícula biliar associada à SII
Comprometimento hepático moderado a
grave
Comprometimento renal grave
Suspeita de disfunção do esfíncter de Oddi
Farmacologia da Neurotransmissão Serotoninérgica e Adrenérgica Central
(Continua)
|
201
Resumo Farmacológico Capítulo 13 Farmacologia da Neurotransmissão Serotoninérgica e Adrenérgica Central (Continuação)
202
Efeitos Adversos
|
Efeitos Adversos
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eclampsia Johnson, necrólise também pode induzir várias enzimas do citocromo P450, como
Neuralgia epidérmica tóxica 3A4, podendo resultar em aumento do metabolismo de outros
Arritmias ventriculares que Ataxia, nistagmo, fármacos. Os exemplos dessas interações incluem: os níveis
não respondem à lidocaína ou incoordenação, confusão, de fenitoína são aumentados pelo cloranfenicol, cimetidina,
procainamida hiperplasia gengival, dissulfiram, felbamato e isoniazida; os níveis de fenitoína são
Arritmias induzidas por glicosídios hirsutismo, traços faciais diminuídos pela carbamazepina e fenobarbital.
cardíacos grosseiros A fenitoína aumenta o metabolismo da carbamazepina,
ciclosporina, doxiciclina, lamotrigina, levodopa, metadona,
anticoncepcionais orais, quinidina e varfarina.
Em baixas doses, a meia-vida é de 24 h; em doses mais altas,
a fenitoína satura o sistema P450, de modo que pequenas
mudanças na sua dose podem resultar em grandes alterações
das concentrações plasmáticas, com conseqüente aumento do
risco de efeitos adversos
Carbamazepina Convulsões parciais e tônico-clônicas Anemia aplásica, Uso concomitante de inibidores da Um metabólito da carbamazepina, a 10,11-epoxicarbamazepina,
Distúrbio bipolar I (ver Boxe 13.2) agranulocitose, monoamina oxidase também atua retardando a recuperação dos canais de sódio
Neuralgia do trigêmeo trombocitopenia, leucopenia, História de depressão da medula óssea Fármaco de escolha para as convulsões parciais (simples e
bloqueio atrioventricular, complexas)
arritmias, síndrome de A meia-vida da carbamazepina é reduzida com tratamento
Stevens-Johnson, necrólise crônico, exigindo que o paciente tome várias doses ao dia
epidérmica tóxica, Em virtude de seu metabolismo linear, a carbamazepina
hiponatremia, hipocalcemia, constitui uma escolha mais interessante do que a fenitoína para
SIADH, porfiria, hepatite, pacientes com interações medicamentosas potenciais
nefrotoxicidade
Labilidade da pressão
arterial, exantema, confusão,
nistagmo, visão turva
Lamotrigina Convulsões parciais e tônico-clônicas Síndrome de Stevens- Hipersensibilidade à lamotrigina A lamotrigina constitui uma alternativa útil da fenitoína e da
Crises de ausência atípicas Johnson, necrólise carbamazepina no tratamento das convulsões parciais e tônico-
Distúrbio bipolar I (ver Boxe 13.2) epidérmica tóxica, clônicas
supressão da medula óssea, A lamotrigina também é efetiva no tratamento das crises de
necrose hepática, amnésia, ausência atípicas; trata-se do terceiro fármaco de escolha para o
angioedema tratamento das crises de ausência depois da etossuximida e do
Exantema, ataxia, sonolência, ácido valpróico
visão turva
INIBIDORES DOS CANAIS DE CÁLCIO
Mecanismo — A etossuximida e o ácido valpróico inibem o canal de cálcio do tipo T de baixo limiar; a gabapentina inibe o canal de cálcio ativado por alta voltagem (HVA)
Etossuximida Crises de ausência Síndrome de Stevens- Hipersensibilidade à etossuximida A etossuximida reduz as correntes de tipo T de baixo limiar de
Johnson, supressão da modo dependente da voltagem, sem alterar a dependência de
medula óssea, lúpus voltagem ou a cinética de recuperação dos canais de sódio
eritematoso sistêmico, Tratamento de primeira linha para as crises de ausência não
convulsões complicadas
Irritação gastrintestinal,
ataxia, sonolência
Ácido valpróico Convulsões tônico-clônicas, crises de Hepatotoxicidade, Doença hepática O ácido valpróico atua de modo pleiotrópico in vitro: inibe
ausência, crises de ausência atípicas, pancreatite, trombocitopenia, Distúrbios do ciclo da uréia o canal de cálcio do tipo T de baixo limiar, produz bloqueio
convulsões parciais hiperamonemia dependente do uso do canal de sódio regulado por voltagem,
Irritação gastrintestinal, aumenta a atividade da ácido glutâmico descarboxilase (enzima
ganho de peso, ataxia, responsável pela síntese de GABA) e inibe a atividade das
sedação, tremor enzimas que degradam o GABA
Mais efetivo para o tratamento das síndromes de epilepsia
generalizada com tipos convulsivos mistos
Constitui também o fármaco de escolha para pacientes com
convulsões generalizadas idiopáticas
Utilizado no tratamento das crises de ausência que não
respondem à etossuximida e como alternativa da fenitoína e da
carbamazepina no tratamento das convulsões parciais
Gabapentina Convulsões parciais Síndrome de Stevens-Johnson Hipersensibilidade à gabapentina Embora a gabapentina aumente o conteúdo de GABA nos
Neuropatia periférica diabética Sedação, tontura, neurônios e nas células gliais in vitro, seu principal efeito
Profilaxia da enxaqueca ataxia, fadiga, irritação anticonvulsivante parece ocorrer através da inibição dos
gastrintestinal canais de cálcio HVA
A gabapentina apresenta poucas interações com outros
fármacos
A gabapentina não parece ser um agente antiepiléptico
particularmente efetivo para a maioria dos pacientes
carbamazepina ou fenobarbital
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215
Resumo Farmacológico Capítulo 14 Farmacologia da Neurotransmissão Elétrica Anormal no Sistema Nervoso Central (Continuação)
216
Efeitos Adversos
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Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
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Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
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vômitos, tonteira, cefaléia, Obstrução das vias respiratórias superiores necessário de doses diárias; todavia, essas formulações estão
sedação, retenção urinária e associadas a um potencial de abuso
prurido A morfina intravenosa ou subcutânea é comumente utilizada em
dispositivos de analgesia controlados pelo paciente
A morfina epidural ou intratecal pode produzir analgesia
altamente efetiva ao atingir concentrações locais elevadas no
corno dorsal da medula espinal
Codeína Dor (leve a moderada) Iguais aos da morfina. Além Durante o parto de prematuro Muito menos efetiva do que a morfina no tratamento da dor
disso, convulsões com o uso Lactentes prematuros Utilizada pelos seus efeitos antitussivos e antidiarréicos
de dose excessiva A quinidina diminui os efeitos analgésicos da codeína ao inibir
a bioativação da codeína em morfina
Oxicodona Dor (moderada a grave) Iguais aos da morfina Iguais aos da morfina Análogos mais efetivos da codeína no tratamento da dor
Hidrocodona
Agentes Sintéticos
Mecanismo — Agonistas sintéticos do receptor opióide m que resultam em inibição da neurotransmissão
Metadona Desintoxicação de pacientes com Iguais aos da morfina Hipersensibilidade à metadona Em virtude de sua longa duração de ação, a metadona é
adição de opióides utilizada para obter alívio prolongado da dor em pacientes com
Dor intensa câncer
Fentanil Dor (moderada a intensa) Iguais aos da morfina Iguais às da morfina O fentanil é mais potente que a morfina e apresenta
Alfentanil biodisponibilidade por diversas vias. A administração
Sufentanil transmucosa (em pastilhas) é útil para pacientes pediátricos.
Uma formulação transdérmica (discos) libera lentamente o
fármaco com o decorrer do tempo
O alfentanil e o sufentanil estão estruturalmente relacionados
com o fentanil; o alfentanil é mais potente do que o fentanil,
enquanto o sufentanil é menos potente do que o fentanil
Remifentanil Dor (moderada a intensa) Iguais aos da morfina. Não deve ser utilizado para administração O remifentanil apresenta um metabolismo e eliminação
Adjuvante da anestesia geral Além disso, observa-se epidural ou intratecal, visto que a glicina inusitadamente rápidos. O remifentanil permite efetuar uma
a ocorrência de rigidez presente na formulação pode causar equivalência precisa da dose do fármaco com a resposta clínica.
muscular neurotoxicidade Entretanto, o rápido término de ação do remifentanil durante a
anestesia exige a co-administração de um fármaco de ação mais
longa para manter a analgesia no pós-operatório
Meperidina Dor (moderada a intensa) Iguais aos da morfina. Uso recente ou concomitante de IMAO O metabólito tóxico normeperidina pode causar aumento da
Além disso, observa-se a excitabilidade do SNC e convulsões. A excreção renal de
ocorrência de euforia e normeperidina torna a toxicidade um problema na dosagem
midríase repetida do fármaco ou em pacientes com doença renal. Ao
contrário de outros opióides, a meperidina causa midríase, mais
do que miose
O uso recente ou concomitante de IMAO constitui uma
contra-indicação absoluta, devido ao risco de síndrome de
serotonina potencialmente fatal
Em geral, evita-se a co-administração com selegilina ou
sibutramina, devido ao risco teórico da síndrome de serotonina
Levorfanol Dor (moderada a intensa) Iguais aos da morfina Hipersensibilidade ao levorfanol A exemplo de outros opióides, o levorfanol exerce efeitos
analgésicos através de receptores na substância cinzenta
periventricular e periaqueductal no cérebro e na medula espinal,
alterando, assim, a percepção e a transmissão da dor
Disponível em formas IV e oral
Propoxifeno Dor (leve a moderada) Iguais aos da morfina Hipersensibilidade ao propoxifeno Estruturalmente relacionado com a metadona. Analgesia de ação
central leve
O propoxifeno aumenta acentuadamente o nível sérico de
carbamazepina
(Continua)
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257
Resumo Farmacológico Capítulo 16 Farmacologia da Analgesia (Continuação)
258
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
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ANALGÉSICOS NÃO-ESTERÓIDES
Mecanismo — Afetam a via de síntese das prostaglandinas
Acetaminofeno Ver Resumo Farmacológico: Cap. 41
Aspirina
Naproxeno
Ibuprofeno
Indometacina
Diclofenaco
Piroxicam
Celecoxibe
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
Mecanismo — Promovem a neurotransmissão serotoninérgica e noradrenérgica, inibindo a recaptação de neurotransmissores
Amitriptilina Ver Resumo Farmacológico: Cap. 13
Nortriptilina
Imipramina
Desipramina
Duloxetina
Venlafaxina
ANTICONVULSIVANTES E ANTIARRÍTMICOS
Mecanismo — Inibem a iniciação ou a condução do potencial de ação
Carbamazepina Ver Resumo Farmacológico: Cap. 14
Oxcarbazina
Gabapentina
Pregabalina
Lamotrigina
Mexiletina Ver Resumo Farmacológico: Cap. 18
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES NMDA
Mecanismo — Bloqueiam a despolarização pós-sináptica dependente dos receptores NMDA
Quetamina Analgesia Hipertensão, taquiarritmias, Hipersensibilidade à quetamina Útil para o tratamento da dor intensa aguda, como lesão
Anestesia dissociativa mioclonos, depressão Hipertensão grave em campo de batalha, devido ao risco mínimo de depressão
Único agente anestésico para respiratória, aumento da respiratória. A aplicação mais ampla da quetamina é limitada
procedimentos que não exigem pressão intracraniana pelos seus efeitos psicomiméticos
relaxamento do músculo esquelético Alucinações, sonhos vívidos, Aumenta o débito cardíaco através de aumento do efluxo
sintomas psiquiátricos simpático
Dextrometorfano Tosse Tonteira, sonolência, fadiga Co-administração de IMAO O dextrometorfano, quando utilizado nas doses relativamente
Dor neuropática altas necessárias para produzir analgesia, também provoca
tonteira, fadiga, confusão e efeitos psicomiméticos
A co-administração de IMAO está absolutamente contra-
indicada devido ao risco da síndrome de serotonina
A co-administração com selegilina ou sibutramina é
habitualmente evitada
AGONISTAS DOS RECEPTORES DE SEROTONINA 5-HT1D
Mecanismo — Induzem vasoconstrição vascular cerebral e reduzem a transmissão nociceptiva
Sumatriptana Ver Resumo Farmacológico: Cap. 13
Rizatriptana
Naratriptana
Zolmitriptana
Almotriptana
Electriptana
Farmacologia da Analgesia
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259
Resumo Farmacológico Capítulo 17 Farmacologia da Dependência e Adicção a Drogas
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
INIBIDOR DO METABOLISMO DO ÁLCOOL
Mecanismo — O etanol é oxidado pela álcool desidrogenase em acetaldeído, e o acetaldeído é metabolizado pela aldeído desidrogenase. O dissulfiram inibe a aldeído desidrogenase e, portanto, impede o metabolismo do
acetaldeído. O acúmulo sérico de acetaldeído causa vários sintomas desagradáveis.
Dissulfiram Alcoolismo Hepatite, neuropatia Uso concomitante de paraldeído, O acúmulo de acetaldeído causa rubor facial, cefaléia,
periférica, neurite óptica, metronidazol, etanol ou produtos contendo náusea, vômito, fraqueza, hipotensão ortostática e dificuldade
transtorno psicótico etanol respiratória; esses sintomas duram de 30 minutos a algumas
Gosto residual metálico ou Oclusão coronariana, doença miocárdica horas
semelhante a alho, dermatite grave A eficácia do dissulfiram é limitada por insucesso na adesão
Psicoses Co-administração com isoniazida pode resultar em efeitos
adversos no SNC
O dissulfiram aumenta os efeitos anticoagulantes da varfarina
ANTAGONISTAS OPIÓIDES
Mecanismo — Bloqueiam competitivamente a ligação dos opióides ao receptor de -opióide
Naloxona Superdosagem de opióide Arritmia cardíaca, labilidade Hipersensibilidade à naloxona Interage com analgésicos opióides
Reversão rápida da atividade dos da pressão arterial, Meia-vida curta
opióides hepatotoxicidade, edema
pulmonar, abstinência de
opióide
Naltrexona Dependência de opióide Hepatotoxicidade Hepatite aguda ou insuficiência hepática A naltrexona impede a “onda” associada ao abuso de opióides,
Dependência de álcool Dor abdominal, constipação, Analgésicos opióides concomitantes mas não alivia “fissuras” ou efeitos de abstinência
náusea, cefaléia, ansiedade Alta probabilidade de não-adesão à naltrexona; eficaz apenas
em indivíduos motivados
Uma formulação injetável de naltrexona de liberação
prolongada foi aprovada para reduzir o consumo pesado de
álcool e aumentar o período de abstinência de álcool
AGONISTAS OPIÓIDES DE AÇÃO PROLONGADA
Mecanismo — Um agonista de opióide sintético que se liga ao receptor -opióide e o ativa
Metadona Desintoxicação de opióides Parada cardíaca, choque, Hipersensibilidade à metadona Suprime sintomas de abstinência em indivíduos dependentes de
Dor intensa parada respiratória, opióides em razão da absorção lenta e da meia-vida longa
depressão Produz níveis plasmáticos de opióide que permanecem bastante
Constipação, náusea, astenia, constantes ao longo do tempo e assim alivia a “fissura” e evita
tonteira, sonolência sintomas de abstinência
Provoca tolerância cruzada com outros opióides
A co-administração com fenitoína pode reduzir a concentração sérica
de metadona, resultando em sintomas de abstinência de metadona
AGONISTAS PARCIAIS DE OPIÓIDES
Mecanismo — Agonista parcial do receptor de m-opióide e antagonista do receptor de k-opióide
Buprenorfina Dependência de opióide Bradiarritmia, taquiarritmia, Hipersensibilidade à buprenorfina Alivia a “fissura” por opióides e os sintomas de abstinência;
Dor moderada a intensa hipertensão, hipotensão, tem baixo risco de superdosagem
cianose, dispnéia, depressão Os efeitos da abstinência de buprenorfina são leves em
respiratória comparação com os agonistas de opióides plenos
Farmacologia da Dependência e Abuso de Drogas
(Continua)
Resumo Farmacológico Capítulo 17 Farmacologia da Dependência e Adicção a Drogas (Continuação)
278
Efeitos Adversos
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Efeitos Adversos
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Taquicardia supraventricular agranulocitose, prolongam o intervalo QT A quinidina inibe a conversão da codeína em morfina,
paroxística trombocitopenia, Defeitos de condução reduzindo, assim, o efeito analgésico da codeína
Contrações atriais ou ventriculares hepatotoxicidade, crise Ocorre toxicidade da digoxina induzida pela quinidina em uma
prematuras de asma aguda, parada fração significativa de pacientes
Ritmo juncional AV paroxístico ou respiratória, angioedema, A amiodarona, o amprenavir, os antifúngicos azólicos, a
taquicardia atrial ou ventricular ocorrência rara de lúpus cimetidina e o ritonavir aumentam os níveis de quinidina
sistêmico A co-administração de anticolinérgicos resulta em efeitos
Fadiga, cefaléia, tontura, anticolinérgicos aditivos
alargamento do complexo Deve-se utilizar um agente que diminui a velocidade de
QRS e dos intervalos QT condução nodal AV (um bloqueador -adrenérgico ou
e PR, hipotensão, CVP, um bloqueador dos canais de Ca2+), em associação com a
quinidina para evitar uma resposta ventricular excessivamente
taquicardia, diarréia,
rápida em pacientes com flutter atrial
cinchonismo
Procainamida SVP sintomáticas Iguais aos da quinidina, Iguais às da quinidina A co-administração de fármacos que reconhecidamente
Taquicardia ventricular exceto pelo menor número Outras contra-indicações incluem miastenia prolongam o intervalo QT está contra-indicada
potencialmente fatal de efeitos anticolinérgicos. grave e lúpus eritematoso sistêmico A procainamida não altera os níveis plasmáticos de digoxina
Manutenção do ritmo sinusal Além disso, pode ocorrer Pode haver aceleração da freqüência ventricular devido aos
normal após conversão do flutter uma síndrome semelhante efeitos vagolíticos sobre o nó AV; considerar o pré-tratamento
atrial ao lúpus após uso com um glicosídio cardíaco
Hipertermia maligna prolongado Determinação basal e periódica de ANA e monitoração para o
desenvolvimento de uma síndrome semelhante ao lúpus
Disopiramida CVP Iguais aos da quinidina, Iguais às da quinidina A co-administração de fármacos que reconhecidamente
Taquicardia ventricular exceto por efeitos prolongam o intervalo QT está contra-indicada
Conversão da fibrilação atrial, anticolinérgicos mais A rifampicina compromete a atividade antiarrítmica da
flutter atrial e taquicardia atrial profundos e menos efeitos disopiramida
paroxística em ritmo sinusal normal GI Pode haver aceleração da freqüência ventricular devido aos
efeitos vagolíticos sobre o nó AV; considerar o pré-tratamento
com um glicosídio cardíaco
A disopiramida é comumente prescrita para pacientes que não
conseguem tolerar a quinidina ou a procainamida
ANTIARRÍTMICOS DA CLASSE IB
Mecanismo — Bloqueio dos canais de Na+ regulados por voltagem dependente do uso nos miócitos ventriculares (diminui a velocidade da fase 0 de ascensão); pode também encurtar a repolarização
Lidocaína Arritmias ventriculares no contexto Convulsões, assistolia, Síndrome de Stokes-Adams Deve-se ajustar a dose de lidocaína e mexiletina quando esses
Mexiletina (análogo oral do IM, manipulação cardíaca ou uso bradicardia, parada Síndrome de Wolff-Parkinson-sWhite fármacos são co-administrados com inibidores do citocromo
da lidocaína) de glicosídios cardíacos cardíaca, arritmias Bloqueio SA, AV ou intraventricular grave P450 (como a cimetidina) ou indutores (como barbitúricos,
Estado de mal epiléptico novas ou agravamento As contra-indicações para bloqueio espinal fenitoína ou rifampicina)
Anestesia local da pele ou das de arritmias, depressão ou epidural incluem: inflamação ou Em pacientes gravemente enfermos, as convulsões podem
mucosas respiratória, anafilaxia, infecção na região da punção, septicemia, constituir o primeiro sinal de toxicidade
Dor, queimação ou prurido estado de mal asmático hipertensão grave, deformidades espinais, A injeção intramuscular de lidocaína pode causar grande
Neuralgia pós-herpética Inquietação, estupor, distúrbios neurológicos aumento nos níveis séricos de creatinocinase (CK)
tremor, hipotensão, visão
turva ou dupla, zumbido
Fenitoína Convulsões tônico-clônicas Agranulocitose, Hipersensibilidade à hidantoína A fenitoína interage com numerosos fármacos, devido a
generalizadas, estado de mal leucopenia, pancitopenia, Bradicardia sinusal, bloqueio do nó SA, seu metabolismo hepático. A fenitoína é metabolizada pela
epiléptico, convulsões não- trombocitopenia, hepatite, bloqueio AV de segundo ou de terceiro grau 2C9/10 e pela 2C19 do citocromo P450. Outros fármacos
epilépticas síndrome de Stevens- Síndrome de Stokes-Adams metabolizados por essas enzimas podem aumentar as
Convulsões relacionadas com a Johnson, necrólise concentrações plasmáticas de fenitoína. A fenitoína também
eclampsia epidérmica tóxica pode induzir várias enzimas do citocromo P450, como a
Neuralgia Ataxia, confusão, fala 3A4, podendo resultar em aumento do metabolismo de
Arritmias ventriculares que não arrastada, diplopia, contraceptivos orais e outros fármacos
respondem à lidocaína ou à nistagmo, hiperplasia
procainamida gengival, náusea, vômitos,
Arritmias induzidas por glicosídios hirsutismo
cardíacos
ANTIARRÍTMICOS DA CLASSE IC
Mecanismo — Bloqueio acentuado dos canais de Na+ regulados por voltagem nos miócitos ventriculares (diminui a velocidade de ascensão da fase 0)
Encainida Taquicardia ventricular sustentada Parada cardíaca, Choque cardiogênico Associados a uma excessiva taxa de mortalidade e parada
Flecainida Taquicardia supraventricular insuficiência cardíaca, Bloqueio AV de segundo ou de terceiro cardíaca não-fatal; uso restrito aos pacientes que não
Moricizina paroxística, fibrilação atrial novas arritmias ou grau, bloqueio do ramo direito com responderam a outras medidas
Propafenona paroxística que não responde a agravamento da arritmia, hemibloqueio esquerdo Podem agravar as arritmias em pacientes com taquiarritmias
outras medidas disfunção sinusal-nodal, Efeitos pró-arrítmicos em pacientes com ventriculares preexistentes e naqueles com história de infarto
acentuada diminuição da fibrilação ou flutter atriais do miocárdio
velocidade de condução, Podem aumentar o limiar marcapasso endocárdico agudo e
bloqueio da condução crônico e suprimir os ritmos de escape ventricular
Tontura, cefaléia, síncope, Monitorar os níveis em pacientes com comprometimento
distúrbios visuais, dispnéia hepático significativo
ANTIARRÍTMICOS DA CLASSE II: ANTAGONISTAS -ADRENÉRGICOS
Mecanismo — Antagonizam a estimulação simpática dos receptores 1-adrenérgicos nas células dos nós SA e AV, diminuindo, assim, a inclinação da despolarização da fase IV (importante no nó SA) e prolongando a
repolarização (importante no nó AV)
Propranolol Ver Resumo Farmacológico: Cap. 9
Atenolol
Metoprolol
Acebutolol
Bisoprolol
Labetalol
Carvedilol
Pindolol
AGENTES ANTIARRÍTMICOS DA CLASSE III: INIBIDORES DA REPOLARIZAÇÃO
Mecanismo — Bloqueiam os canais de K+, resultando em platô mais longo do potencial de ação e em repolarização prolongada
Ibutilida Conversão da fibrilação atrial ou Bloqueio AV, bradicardia, História de taquicardia ventricular Os agentes antiarrítmicos da Classe IA e da Classe III podem
do flutter atrial em ritmo sinusal taquicardia ventricular polimórfica, como torsades de pointes aumentar o potencial de refratariedade prolongada
normal sustentada, 2% Síndrome do QT longo preexistente Os fármacos que prolongam o intervalo QT (como anti-
desenvolvem torsades histamínicos, fenotiazinas e antidepressivos tricíclicos)
de pointes, exigindo aumentam o risco de arritmia
cardioversão elétrica Monitorar o intervalo QT durante a administração de ibutilida
Dofetilida Conversão da fibrilação atrial ou Iguais aos da ibutilida Iguais às da ibutilida. Outras contra- Apenas disponível por via oral
do flutter atrial em ritmo sinusal indicações incluem pacientes com Devido a seu potencial de induzir arritmias ventriculares, a
Farmacologia do Ritmo Cardíaco
normal depuração de creatinina inferior a 20 dofetilida é reservada para pacientes com fibrilação atrial e/ou
Manutenção do ritmo sinusal mL/min flutter atrial altamente sintomáticos
|
normal em pacientes com fibrilação Redução da dose em pacientes com disfunção renal
atrial ou flutter atrial sintomáticos
299
(Continua)
Resumo Farmacológico Capítulo 18 Farmacologia do Ritmo Cardíaco (Continuação)
300
Efeitos Adversos
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atrial ou flutter atrial sintomáticos taquicardia ventricular, Choque cardiogênico, insuficiência cardíaca Utilizado freqüentemente em pacientes que não conseguem
bloqueio AV, insuficiência não controlada tolerar os efeitos adversos da amiodarona
cardíaca, broncoespasmo Asma Utilizar com cautela em pacientes com comprometimento da
Dispnéia, dor torácica, função renal ou com diabetes melito
fadiga Evitar a co-administração com ziprasidona e esparfloxacino,
que podem prolongar o intervalo QT
Bretílio Arritmias ventriculares Arritmias cardíacas Arritmias induzidas por digitálicos Agente anti-hipertensivo e agente antiarrítmico da classe III
potencialmente fatais Hipotensão ortostática
pronunciada, bradicardia,
tontura, ansiedade, aumento
da temperatura corporal
Amiodarona Fibrilação ventricular recorrente, Arritmias, assistolia, Pacientes em uso de ritonavir A formulação IV (Cordarone®) contém álcool benzílico, que
taquicardia ventricular instável bradicardia, bloqueio Doença grave do nó SA tem causado respiração entrecortada e colapso cardiovascular
Fibrilação atrial cardíaco, insuficiência Bloqueio AV de segundo ou de terceiro (síndrome de esforço respiratório) em recém-nascidos
Arritmias supraventriculares cardíaca, hipotensão, grau A toxicidade pulmonar é mais comum com doses altas
parada sinusal, Bradicardia com síncope A co-administração de -bloqueadores ou de bloqueadores dos
neutropenia, pancitopenia, canais de cálcio pode aumentar o risco de bradicardia sinusal,
insuficiência hepática, parada sinusal e bloqueio AV
toxicidade pulmonar grave A co-administração de colestiramina aumenta a eliminação da
(pneumonite, alveolite, amiodarona
fibrose), disfunção da A co-administração de ciclosporina, digoxina, flecainida,
tireóide lidocaína, fenitoína, procainamida, quinidina ou teofilina pode
Fadiga, microdepósitos resultar em níveis aumentados desses fármacos
na córnea, pigmentação A co-administração de fármacos que prolongam o intervalo
cutânea azul-acinzentada, QT, como disopiramida, tioridazina, fenotiazina, pimozida,
fotossensibilidade quinidina, esparfloxacino ou antidepressivos tricíclicos, pode
resultar em prolongamento do intervalo QT e induzir torsades
de pointes
A co-administração de fenitoína pode diminuir os níveis de
amiodarona
AGENTES ANTIARRÍTMICOS DA CLASSE IV: BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO
Mecanismo — Bloqueiam preferencialmente os canais de Ca2+ cardíacos; lentificam a ascensão do potencial de ação nos tecidos do nó SA e nó AV
Verapamil Ver Resumo Farmacológico, Cap. 21
Diltiazem
ANTIARRÍTMICOS DA CLASSE IC
Mecanismo — Bloqueio acentuado dos canais de Na+ regulados por voltagem nos miócitos ventriculares (diminui a velocidade de ascensão da fase 0)
Adenosina Conversão da taquicardia Rubor facial, Bloqueio AV de segundo ou de terceiro Abre os canais de K+ acoplados à proteína G e suprime o
supraventricular paroxística em bronconconstrição em grau potencial de ação dependente do Ca2+, inibindo, assim, a
ritmo sinusal normal pacientes com asma, Não utilizar a adenosina para a fibrilação condução nodal SA, atrial e nodal AV
pressão torácica, diaforese, atrial ou flutter atrial A co-administração de carbamazepina pode aumentar o grau
inibição excessiva do nó SA de bloqueio cardíaco
ou AV Podem ocorrer arritmias transitórias no início da infusão de
adenosina
Ranolazina Angina de peito crônica Prolonga o intervalo QT, Uso concomitante de fármacos que Mecanismo de ação incerto — pode inibir a oxidação dos
síncope, disfunção renal prolongam o intervalo QT ácidos graxos, a corrente retificadora de potássio tardia ou a
aguda Síndrome do QT longo preexistente corrente de sódio tardia
Obstipação, tontura, Uso concomitante de inibidores Freqüentemente utilizada em associação com -bloqueadores,
cefaléia moderadamente potentes da 3A do anlodipina ou nitratos em pacientes que não conseguiram uma
citocromo P450 resposta adequada a outros agentes antianginosos
Disfunção hepática Evitar o uso concomitante de inibidores moderadamente
potentes da 3A do citocromo P450 ou fármacos que prolongam
o intervalo QT
Evitar o uso em pacientes com comprometimento renal grave
Farmacologia do Ritmo Cardíaco
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301
Resumo Farmacológico Capítulo 19 Farmacologia da Contratilidade Cardíaca
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
GLICOSÍDIOS CARDÍACOS
Mecanismo — 1) No miocárdio, inibem a Na+/K+-ATPase da membrana plasmática, resultando em aumento da concentração citoplasmática de Ca2+, com conseqüente efeito inotrópico positivo; 2) no sistema nervoso
autônomo, inibem o efluxo simpático e aumentam o tônus parassimpático (vagal); 3) no nó AV, prolongam o período refratário efetivo e diminuem a velocidade de condução
O Fab imune antidigoxina é um fragmento de anticorpo que se liga à digoxina e a inibe
Digoxina Insuficiência cardíaca sistólica Arritmias (particularmente Fibrilação ventricular A digoxina apresenta numerosas interações medicamentosas
Digitoxina Arritmias supraventriculares, distúrbios da condução, Taquicardia ventricular significativas. A co-administração com beta-bloqueadores
incluindo fibrilação atrial, flutter com ou sem bloqueio aumenta o risco de desenvolvimento de bloqueio AV de alto
atrial e taquicardia atrial paroxística AV, CVP e taquicardias grau. Os beta-bloqueadores e os bloqueadores dos canais de
supraventriculares) cálcio anulam os efeitos inotrópicos positivos da digoxina.
Agitação, fadiga, fraqueza Os diuréticos perdedores de potássio e a hipocalemia
muscular, visão turva, predispõem à toxicidade da digoxina. Alguns antibióticos,
halo verde amarelado ao como a eritromicina, aumentam a absorção da digoxina. A co-
redor das imagens visuais, administração com verapamil, quinidina ou amiodarona pode
anorexia, náusea, vômitos aumentar os níveis de digoxina
Tratar a toxicidade da digoxina através da normalização
dos níveis plasmáticos de potássio ou uso de anticorpos
antidigoxina nos casos graves
A doença renal crônica exige uma redução da dose de ataque e
da dose de manutenção da digoxina
Não foi constatado que a digoxina melhora a sobrevida; ela
atenua os sintomas e melhora o estado funcional
A digitoxina sofre metabolismo hepático e excreção biliar
Fab imune antidigoxina Toxicidade digitálica potencialmente Insuficiência cardíaca, Nenhuma contra-indicação conhecida Manter o equipamento de reanimação disponível durante a
fatal anafilaxia Utilizar com cautela em pacientes alérgicos administração de Fab imune antidigoxina
Toxicidade da digoxina aguda, em a proteínas ovinas
que não se conhece a quantidade
ingerida nem o nível sérico de
digoxina
AGONISTAS BETA-ADRENÉRGICOS
Mecanismo — Aumentam o cAMP ao ativar os receptores adrenérgicos acoplados à proteína G; os agonistas, que atuam nos receptores 1-adrenérgicos cardíacos, possuem efeitos inotrópicos, cronotrópicos e
lusitrópicos positivos
Dopamina No choque distributivo ou Bradicardia, crises de Feocromocitoma A dopamina em baixas doses provoca vasodilatação na
cardiogênico, utilizar como asma, alargamento do Taquiarritmias não-corrigidas periferia ao estimular os receptores dopaminérgicos D1 nos
adjuvante para aumentar o débito complexo QRS, arritmias Fibrilação ventricular leitos vasculares renal e mesentérico
cardíaco, a pressão arterial e o fluxo cardíacas As doses intermediárias produzem vasodilatação disseminada
urinário Hipotensão, hipertensão, através da estimulação dos receptores D1 e aumento da
Tratamento a curto prazo da palpitações, taquicardia contratilidade e da freqüência cardíaca através da ativação dos
insuficiência cardíaca crônica receptores 1
refratária grave A dopamina em altas doses provoca vasoconstrição
generalizada através da estimulação dos receptores α1
A co-administração com inibidores da MAO resulta em
diminuição do metabolismo da dopamina, podendo levar ao
desenvolvimento de taquicardia e arritmias significativas
Dobutamina Tratamento a curto prazo da Iguais aos da dopamina, Estenose subaórtica hipertrófica idiopática Mistura racêmica de enantiômeros, que possui efeitos
Farmacologia da Contratilidade Cardíaca
descompensação cardíaca secundária exceto que as arritmias diferenciais sobre os subtipos de receptores adrenérgicos; o
à depressão da contratilidade cardíacas ocorrem com efeito global é predominantemente 1 e com efeito 2 modesto
|
Efeitos Adversos
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Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
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Benazepril Infarto do miocárdio ginecomastia, hipercalemia, proteinúria Insuficiência renal metabólitos ativos no plasma (por exemplo, enalapril e ramipril), (3)
Fosinopril Gravidez administrados como fármacos ativos e excretados de modo inalterado
Moexipril (lisinopril)
Perindopril A tosse e o angioedema são causados pela ação da bradicinina; ocorre
Quinapril angioedema durante a primeira semana de tratamento em 0,1–0,2% dos
Trandolapril pacientes, podendo ser potencialmente fatal
Lisinopril A hipotensão e/ou a insuficiência renal aguda com a primeira dose são
mais comuns em pacientes com estenose bilateral da artéria renal; a
hipercalemia é mais comum quando os inibidores da ECA são utilizados
em associação com diuréticos poupadores de potássio
Os inibidores da ECA retardam a progressão da disfunção contrátil
cardíaca na insuficiência cardíaca e após infarto do miocárdio e também
retardam a progressão da nefropatia diabética
Alguns relatos de casos sugerem que a co-administração com alopurinol
pode predispor a reações de hipersensibilidade, incluindo síndrome de
Stevens-Johnson e anafilaxia
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES DE ANGIOTENSINA II
Mecanismo — Antagonizam a ação da angiotensina II no receptor AT I e também podem aumentar indiretamente a atividade de relaxamento vascular do receptor AT II
Candesartana Hipertensão Raramente trombocitopenia, rabdomiólise, Estenose bilateral da Também denominados bloqueadores dos receptores de angiotensina
Irbesartana Nefropatia diabética angioedema raro artéria renal (BRA)
Losartana Insuficiência cardíaca Hipotensão, diarréia, astenia, tonteira Gravidez Não provocam tosse nem angioedema, mas podem ser vasodilatadores
Telmisartana Infarto do miocárdio menos efetivos quando comparados com os inibidores da ECA
Valsartana Prevenção do acidente Em combinação com inibidores da ECA, podem proporcionar um
vascular cerebral benefício em termos de sobrevida na insuficiência cardíaca grave; os
antagonistas do receptor AT I também podem proteger contra o acidente
vascular cerebral
Inicialmente prescritos para pacientes com reações intoleráveis aos
inibidores da ECA; todavia, hoje em dia são considerados como
tratamento de primeira linha potencial para a hipertensão
PEPTÍDIO NATRIURÉTICO TIPO B (BNP)
Mecanismo — Aumenta a concentração intracelular de cGMP, através de sua ligação ao receptor de guanilil ciclase particulado das células musculares lisas vasculares e células endoteliais, resultando em relaxamento
do músculo liso
Nesiritida Insuficiência cardíaca Hipotensão, arritmias cardíacas, disfunção Choque cardiogênico A nesiritida diminui a pressão capilar pulmonar em cunha, diminui a
agudamente descompensada renal Pressão arterial inferior resistência vascular sistêmica e melhora os parâmetros de hemodinâmica
Cefaléia, confusão, sonolência, tremor, a 90 cardíaca, como volume sistólico
prurido, náusea A nesiritida pode estar associada a uma menor incidência de arritmias do
que a dobutamina
O risco de hipotensão aumenta com a co-administração de inibidores
da ECA; o tratamento com nesiritida também está associado a um risco
aumentado de disfunção renal
ANTAGONISTAS DO RECEPTOR DE VASOPRESSINA 2 (V2)
Mecanismo — Atividade antagonista potente no receptor de vasopressina 2 e atividade antagonista mais fraca no receptor V1, impedindo a reabsorção de água estimulada pela vasopressina através dos canais de
aquaporina acoplados a V2 na membrana apical das células do ducto coletor
Conivaptana Hiponatremia euvolêmica Fibrilação atrial Uso concomitante de A conivaptana é relativamente não-seletiva para os receptores V2 e V1 e
Lixivaptana SIADH Hipotensão ortostática, hipertensão, edema potentes inibidores da 3A4 deve ser administrada por via IV
Tolvaptana Insuficiência cardíaca periférico, reação no local de injeção, do citocromo P450 Por ocasião da edição deste livro, espera-se a aprovação dos agentes
Ascite cirrótica hipocalemia, sede, dispepsia, cefaléia, Hiponatremia seletivos para V2 e biodisponíveis tolvaptana e lixivaptana
Doença renal policística poliúria hipovolêmica Os antagonistas dos receptores V2 estão em fase de avaliação como
autossômica dominante agentes para retardar o crescimento de cistos renais estimulados pela
vasopressina na doença renal policística autossômica dominante
INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA
Mecanismo — Inibem a reabsorção de sódio e de bicarbonato através da inibição não-competitiva e reversível da anidrase carbônica II citoplasmática do túbulo proximal e da anidrase carbônica IV luminal, resultando
em aporte aumentado de bicarbonato de sódio nos segmentos mais distais do néfron
Acetazolamida Mal-das-montanhas Acidose metabólica, reações adversas Insuficiência da glândula O uso clínico está associado a acidose metabólica leve a moderada
Insuficiência cardíaca às sulfonamidas (incluindo anafilaxia, supra-renal Em certas ocasiões, utilizada na insuficiência cardíaca para restaurar o
Epilepsia discrasias sangüíneas, eritema multiforme, Glaucoma de ângulo equilíbrio ácido-básico
Glaucoma necrose hepática fulminante, síndrome de fechado crônico A inibição da anidrase carbônica no processo ciliar do olho reduz a
Stevens-Johnson, necrólise epidérmica Cirrose secreção de humor aquoso e, portanto, pode reduzir a pressão intra-ocular
tóxica) Hiponatremia/hipocalemia elevada no glaucoma
Diarréia, perda de peso e de apetite, Acidose hiperclorêmica Pode ser utilizada profilaticamente contra o mal-das-montanhas agudo,
zumbido, náusea, vômitos, parestesias, Doença hepática ou renal presumivelmente devido aos efeitos do fármaco sobre o plexo coróide
sonolência, poliúria grave e epêndima, os centros de controle respiratório do cérebro e a barreira
hematoencefálica
Os inibidores da anidrase carbônica alcalinizam a urina e aumentam a excreção
urinária de ânions de ácido orgânicos endógenos (ácido úrico) e exógenos
(aspirina); podem ser utilizados no tratamento da hiperuricemia ou da gota
A aspirina aumenta a concentração plasmática de acetazolamida,
resultando, potencialmente, em toxicidade do SNC
DIURÉTICOS OSMÓTICOS
Mecanismo — Atuam como um osmol, filtrados no glomérulo, porém não reabsorvidos subseqüentemente no néfron; exercem uma força osmótica intraluminal e limitam a reabsorção de água através dos segmentos do
néfron permeáveis à agua
Manitol Edema cerebral Tromboflebite, acidose, convulsões, retenção Anúria Promove uma natriurese vigorosa; exige cuidadosa monitoração do estado
Aumento da pressão intra- urinária, edema pulmonar Desidratação grave do volume
ocular Hipotensão, palpitações, desequilíbrio hídrico Insuficiência cardíaca, A perda de água maior que a excreção de sódio pode resultar em
Profilaxia da oligúria na e/ou eletrolítico; diarréia, náusea, rinite congestão pulmonar ou hipernatremia não intencional
insuficiência renal aguda disfunção renal após o Utilizado primariamente para a redução rápida (de emergência) da pressão
início do manitol intracraniana na presença de traumatismo cranioencefálico, hemorragia
cerebral ou massa cerebral sintomática; também utilizado raramente no
tratamento da síndrome de compartimentos
DIURÉTICOS DE ALÇA
Mecanismo — Inibem a reabsorção de sódio através da inibição reversível e competitiva do co-transportador de sódio-potássio-cloreto, NKCC2, na membrana apical (luminal) das células no ramo ascendente espesso da
alça de Henle; reduzem também ou abolem a diferença de potencial transepitelial positivo na luz
Furosemida Hipertensão Hipotensão, eritema multiforme, síndrome Hipersensibilidade às A bumetanida é aproximadamente 40 vezes mais potente do que outros
Bumetanida Edema pulmonar agudo de Stevens-Johnson, pancreatite, anemia sulfonamidas (contra- diuréticos de alça; a furosemida, a bumetanida e a torsemida, mas não o
Torsemida Edema associado a aplásica ou hemolítica, leucopenia, indicação para a ácido etacrínico, são derivados da sulfonamida
Ácido etacrínico insuficiência cardíaca trombocitopenia furosemida, a bumetanida Terapia de primeira linha para alívio agudo do edema pulmonar e do
Farmacologia da Regulação do Volume
congestiva, cirrose hepática Contração do volume, alcalose, ototoxicidade e a torsemida) edema periférico na insuficiência cardíaca; os estados edematosos
ou disfunção renal (relacionada com a dose, hipocalemia, Anúria secundários à pressão oncótica diminuída da hipoalbuminemia (como
|
Hipercalcemia hiperuricemia, hipomagnesemia, A co-administração com na proteinúria nefrótica ou na doença hepática) podem ser tratados com
Hipercalemia hiperglicemia, exantema, cãibras, aminoglicosídios aumenta baixas doses de diuréticos de alça
espasticidade, cefaléia, visão turva, dispepsia, a ototoxicidade e a Utilizados também para resolver os estados de hipercalcemia e hipercalemia
glicosúria nefrotoxicidade
335
(Continua)
Resumo Farmacológico Capítulo 20 Farmacologia da Regulação do Volume
336
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS
Mecanismo — Inibem a reabsorção de cloreto de sódio ao atuar como antagonistas competitivos no co-transportador de sódio-cloreto NCC1 na membrana apical (luminal) das células do túbulo contornado distal;
promovem a reabsorção transcelular aumentada de cálcio no túbulo contornado distal
Hidroclorotiazida Hipertensão Arritmias cardíacas, síndrome de Stevens- Anúria Agentes de primeira linha para o tratamento da hipertensão; também
Bendroflumetiazida Adjuvantes nos estados Johnson, necrólise epidérmica tóxica, Hipersensibilidade às utilizados em associação com diuréticos de alça para obter um efeito
Hidroflumetiazida edematosos associados pancreatite, hepatotoxicidade, lúpus sulfonamidas diurético sinérgico na insuficiência cardíaca
Capítulo Vinte
Politiazida a insuficiência cardíaca eritematoso sistêmico Co-administração com Utilizado para diminuir a hipercalciúria em pacientes com risco de
Clortalidona congestiva, cirrose hepática, Hipotensão, vasculite, fotossensibilidade, agentes que prolongam o nefrolitíase e (raramente) para diminuir a perda urinária de cálcio na
Metolazona disfunção renal, terapia com anormalidades eletrolíticas, alcalose intervalo QT osteoporose
Indapamida corticosteróides e estrógenos metabólica hipocalêmica, hiperglicemia, A hidroclorotiazida diminui a tolerância à glicose e pode desmascarar o
hiperuricemia, dispepsia, cefaléia, visão diabetes em pacientes com risco de comprometimento do metabolismo da
turva, impotência, inquietação glicose
Não devem ser administrados concomitantemente com agentes
antiarrítmicos que prolongam o intervalo QT
Em pacientes com diabetes insípido nefrogênico, os diuréticos tiazídicos
podem produzir paradoxalmente uma redução modesta do fluxo urinário
DIURÉTICOS DO DUCTO COLETOR (POUPADORES DE POTÁSSIO)
Mecanismo — A espironolactona e a eplerenona inibem a ação da aldosterona através de sua ligação ao receptor de mineralocorticóides, impedindo a sua translocação nuclear. A amilorida e o triantereno são inibidores
competitivos do canal de sódio ENaC da membrana apical das células principais
Espironolactona Hipertensão Acidose metabólica hipercalêmica, Anúria Os diuréticos poupadores de potássio são diuréticos leves quando
Eplerenona Edema associado a hemorragia gastrintestinal, agranulocitose, Hipercalemia utilizados como única medicação; todavia, podem potencializar a ação de
insuficiência cardíaca lúpus eritematoso sistêmico, câncer de mama Insuficiência renal aguda diuréticos de alça de ação mais proximal
congestiva, cirrose hepática (não estabelecido) Em certas ocasiões, são utilizados em associação com tiazídicos para
(com ou sem ascite) ou Ginecomastia, dispepsia, letargia, anular o efeito perdedor de potássio dos tiazídicos
síndrome nefrótica menstruação anormal, impotência, exantema A espironolactona também antagoniza o receptor de andrógenos; essa
Hipocalemia reatividade cruzada pode provocar impotência e ginecomastia nos homens,
Aldosteronismo primário porém proporciona uma vantagem terapêutica para mulheres com acne e
Acne vulgar hirsutismo; a eplerenona possui atividade menos antiandrogênica
(espironolactona) Utilizados no tratamento dos estados de alcalose hipocalêmica,
Hirsutismo feminino secundariamente a um excesso de mineralocorticóides na insuficiência
(espironolactona) cardíaca, insuficiência hepática e outros estados mórbidos associados a
uma diminuição do metabolismo da aldosterona
Tanto a espironolactona quanto a eplerenona reduzem a mortalidade em
pacientes com insuficiência cardíaca; o mecanismo pode estar relacionado
com a inibição da fibrose cardíaca em decorrência de uma via parácrina
de sinalização da aldosterona
Amilorida Hipertensão Doenças do sistema hematopoético, Iguais às da A amilorida e o triantereno são fármacos de escolha para o tratamento da
Triantereno Síndrome de Liddle nefrotoxicidade (triantereno), acidose espironolactona síndrome de Liddle, uma forma mendeliana rara de hipertensão, devido
metabólica hipercalêmica a mutações de ganho de função na subunidade β ou γ do canal de sódio
Hipotensão ortostática, hipercalemia, ENaC
dispepsia, cefaléia
Resumo Farmacológico Cap. 21 Farmacologia do Tônus Vascular
352
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
as concentrações de sinvastatina
(Continua)
353
Resumo Farmacológico Capítulo 21 Farmacologia do Tônus Vascular (Continuação)
354
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
de líquido, hipernatremia
ANTAGONISTA DOS RECEPTORES DE ENDOTELINA
Mecanismo — Bloqueia a ativação dos receptores ETA e ETB pela endotelina endógena
Bosentan Hipertensão pulmonar grave Hepatotoxicidade, anemia, Gravidez Não deve ser utilizado em mulheres grávidas
hipotensão, retenção hídrica Uso concomitante de ciclosporina A ou Monitoração mensal das provas de função hepática em
Cefaléia, rubor gliburida pacientes em uso de bosentan
Evitar geralmente o seu uso em pacientes com
comprometimento hepático moderado a grave
Utilizar com cautela em pacientes com hipovolemia, hipotensão,
insuficiência cardíaca ou anemia
Potencial de interações com outros fármacos metabolizados
pela 2C9 ou 3A4 do citocromo P450 (p. ex., contraceptivos
hormonais, sinvastatina, varfarina, cetoconazol)
HIDRALAZINA
Mecanismo — Vasodilatador arteriolar. O mecanismo de ação é incerto; os mecanismos propostos incluem hiperpolarização da membrana, ativação dos canais de potássio e inibição da liberação de cálcio induzida por
IP3 do retículo sarcoplasmático nas células musculares lisas vasculares
Hidralazina Hipertensão moderada a grave Agranulocitose, leucopenia, Aneurisma aórtico dissecante Dilatação arteriolar > dilatação venosa
Insuficiência cardíaca grave hepatotoxicidade, lúpus Coronariopatia Tipicamente utilizada em associação com um beta-bloqueador e
eritematoso sistêmico Cardiopatia reumática valvar mitral um diurético no tratamento da hipertensão
Cefaléia, palpitações, taquicardia, Utilizada em associação com dinitrato de isossorbida no
anorexia, diarréia tratamento da insuficiência cardíaca; a formulação de
associação com dinitrato de isossorbida pode proporcionar um
benefício quanto à morbidade e mortalidade em negros norte-
americanos com insuficiência cardíaca avançada
O uso concomitante de diazóxido e do inibidor da MAO pode
causar hipotensão grave
ANTAGONISTAS ␣1-ADRENÉRGICOS
Mecanismo — Bloqueiam a ativação dos receptores ␣1-adrenérgicos por agonistas endógenos dos receptores
Prazosin Ver Resumo Farmacológico: Cap. 9
Doxazosin
Terazosin
ANTAGONISTAS -ADRENÉRGICOS
Mecanismo — Bloqueiam a ativação dos receptores b-adrenérgicos por agonistas endógenos dos receptores
Propranolol (não- Ver Resumo Farmacológico: Cap. 9
seletivo)
Atenolol,
metoprolol (beta
1-seletivos)
INIBIDORES DA ECA
Mecanismo — Inibem a clivagem da AT-I em AT-II pela enzima conversora de angiotensina (ECA); inibem a degradação da bradicinina pela ECA
Captopril Ver Resumo Farmacológico: Cap. 20
Enalapril
Lisinopril
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES AT1
Mecanismo — Bloqueiam a ativação dos receptores AT1 de angiotensina II (AT-II) pela AT-II endógena
Losartana Ver Resumo Farmacológico: Cap. 20
Valsartana
Farmacologia do Tônus Vascular
|
355
Resumo Farmacológico Capítulo 22 Farmacologia da Hemostasia e Trombose
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
AGENTES ANTIPLAQUETÁRIOS
Inibidores da Ciclooxigenase
Mecanismo — Inibem a ciclooxigenase plaquetária, bloqueando assim a geração de tromboxano A2 e inibindo a reação de liberação dos grânulos das plaquetas e a agregação plaquetária
Aspirina Profilaxia contra o ataque isquêmico Sangramento GI, insuficiência renal Reações de sensibilidade Inibe a COX-1 e a COX-2 de modo não-seletivo
transitório, o infarto do miocárdio e aguda, trombocitopenia, hepatite, induzidas por AINE Deve ser utilizada com cautela em pacientes com lesões
distúrbios tromboembólicos angioedema, asma, síndrome de Reye Crianças com varicela ou GI, comprometimento da função renal, hipotrombinemia,
Tratamento das síndromes Zumbido, dispepsia, sangramento síndromes semelhantes à gripe deficiência de vitamina K, púrpura trombocitopênica trombótica
coronarianas agudas oculto, prolongamento do tempo de Deficiência de G6PD ou comprometimento hepático
Prevenção da reoclusão nos sangramento, exantema Distúrbios hemorrágicos, como A co-administração com aminoglicosídios, bumetanida,
procedimentos de revascularização hemofilia, doença de von capreomicina, cisplatina, eritromicina, ácido etacrínico,
coronariana e implantação de stent Willebrand ou trombocitopenia furosemida ou vancomicina pode potencializar os efeitos
Artrite, artrite juvenil, febre imune ototóxicos
reumática A co-administração com cloreto de amônio ou outros
Dor leve ou febre acidificantes da urina pode levar à toxicidade da aspirina
A aspirina antagoniza os efeitos uricosúricos da fenilbutazona,
probenecid e sulfimpirazona; evitar a co-administração com
esses fármacos
Inibidores da Fosfodiesterase
Mecanismo — Inibem a degradação do cAMP das plaquetas e, portanto, diminuem a agregabilidade das plaquetas
Dipiridamol Profilaxia contra distúrbios Exacerbação da angina (via IV), Hipersensibilidade ao dipiridamol Efeito antiplaquetário fraco
tromboembólicos raramente infarto do miocárdio, Habitualmente administrado em associação com varfarina ou
Alternativa na imagem de perfusão arritmias ventriculares e broncoespasmo aspirina
do miocárdio com tálio Anormalidade do ECG, hipotensão (via Possui propriedades vasodilatadoras; paradoxalmente, pode
IV), desconforto abdominal (via oral), induzir angina ao produzir o fenômeno do seqüestro coronário
tonteira, cefaléia
Inibidores da Via do Receptor de ADP
Mecanismo — Modificam de forma covalente o receptor de ADP das plaquetas, impedindo assim a sinalização e inibindo irreversivelmente a via de ativação das plaquetas dependente de ADP
Ticlopidina Prevenção secundária de acidente Anemia aplásica, neutropenia, púrpura Distúrbio hemorrágico ativo Seu uso é limitado pela mielotoxicidade associada
vascular cerebral trombótico em trombocitopênica trombótica Neutropenia, trombocitopenia É necessária uma dose de ataque para obter um efeito
pacientes que não toleram a aspirina Prurido, exantema, dispepsia, provas Disfunção hepática grave antiplaquetário imediato
Prevenção da trombose do stent (em anormais de função hepática, tonteira
associação com aspirina)
Clopidogrel Prevenção secundária de eventos Fibrilação atrial, insuficiência cardíaca, Distúrbio hemorrágico ativo Perfil de efeitos adversos mais favorável que a ticlopidina;
ateroscleróticos em pacientes com eritema multiforme, hemorragia GI significativamente menos mielotóxico do que a ticlopidina
infarto do miocárdio, acidente (em associação com aspirina), anemia É necessária uma dose de ataque para obter um efeito
vascular cerebral ou doença vascular ou neutropenia muito raramente, antiplaquetário imediato
periférica recentes hemorragia intracraniana raramente,
Síndromes coronarianas agudas anormalidades da função renal
Prevenção da trombose do stent (em Dor torácica, edema, hipertensão,
associação com aspirina) púrpura, raramente anormalidades das
provas de função hepática, desconforto
Farmacologia da Hemostasia e Trombose
(Continua)
379
Resumo Farmacológico Capítulo 22 Farmacologia da Hemostasia e Trombose (Continuação)
380
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
Antagonistas da GPIIb-IIIa
Mecanismo — Ligam-se ao receptor GPIIb-IIIa das plaquetas e, assim, impedem a ligação do fibrinogênio e de outros ligantes de aderência
Eptifibatide Síndromes coronarianas agudas Sangramento significativo, hemorragia História de diátese hemorrágica Evitar a co-administração com um segundo antagonista da
Intervenção coronária percutânea intracerebral, trombocitopenia ou sangramento anormal recente GPIIb-IIIa
Hipotensão, sangramento Administração concomitante Minimizar o uso de punções arteriais e venosas, cateteres
de um segundo antagonista da urinários e sondas nasotraqueais e nasogástricas
glicoproteína IIb-IIIa O eptifibatide é um peptídio sintético administrado por via
Cirurgia de grande porte recente parenteral
Capítulo Vinte e Dois
(Continua)
Farmacologia da Hemostasia e Trombose
|
381
Resumo Farmacológico Capítulo 22 Farmacologia da Hemostasia e Trombose (Continuação)
382
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
Hipertensão, edema
periférico, parestesias,
|
tontura
(Continua)
445
Resumo Farmacológico Capítulo 25 Farmacologia do Hipotálamo e da Hipófise (Continuação)
446
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
Efeitos Adversos
|
tumor (nodulectomia) anormal, secreção vaginal superam os riscos de doença tromboembólica Habitualmente administrado por um período que não deve
recorrente ultrapassar 5 anos, a fim de minimizar o risco de câncer
|
(Continua)
489
Resumo Farmacológico Capítulo 28 Farmacologia da Reprodução (Continuação)
490
Efeitos Adversos
|
emergência
(Continua)
491
Resumo Farmacológico Capítulo 28 Farmacologia da Reprodução (Continuação)
492
Efeitos Adversos
|
redução da glicose
(Continua)
Resumo Farmacológico Capítulo 29 Farmacologia do Pâncreas Endócrino (Continuação)
508
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
Meglitinidas: Diabetes melito Tipo 2 Hipoglicemia Cetoacitose diabética As meglitinidas apresentam considerações terapêuticas
Nateglinida Diarréia, náusea, infecção Diabetes melito Tipo 1 semelhantes às das sulfoniluréias
Repaglinida das vias respiratórias
superiores
SENSIBILIZADORES DA INSULINA: TIAZOLIDINEDIONAS (TZD)
Mecanismo — Ligam-se ao receptor nuclear de hormônio, o receptor ␥ ativado por proliferador peroxissômico (PPAR␥), e o estimulam, aumentando, assim, a sensibilidade da insulina no tecido adiposo, no fígado e no
músculo
Pioglitazona Diabetes melito Tipo 2 Insuficiência cardíaca, Hipersensibilidade à pioglitazona ou As TZD não aumentam os níveis de insulina e, portanto, não
Capítulo Vinte e Nove
Antiácido
Sevelâmer Doença renal crônica Trombose Hipofosfatemia Reduz também os níveis séricos de colesterol através de sua
|
(Continua)
525
Resumo Farmacológico Capítulo 30 Farmacologia da Homeostasia do Mineral Ósseo (Continuação)
526
Efeitos Adversos
|
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
Sulfaleno (Ver Capítulo inguinal, otite média aguda Distúrbio gastrintestinal, diidropteroato sintase
35) (sulfametoxazol/trimetoprim) exantema
Sulfonas: Hanseníase Anemia hemolítica, Deficiência de glicose-6-fosfato Dapsona e trimetoprim ou pirimetamina podem ser utilizados como
Dapsona Dermatite herpetiforme metemoglobinemia, necrólise desidrogenase (G6PD) associação sinérgica de fármacos
Pneumonia por Pneumocystis carinii epidérmica tóxica, eritema Os pacientes suscetíveis a anemia hemolítica e metemoglobinemia
nodoso, pancreatite, hepatite tipicamente apresentam deficiência da enzima eritrocitária G6PD
tóxica, neuropatia periférica
Dor abdominal
INIBIDORES ANTIMICROBIANOS DA DIIDROFOLATO REDUTASE
Mecanismo — Análogos do folato que inibem competitivamente a diidrofolato redutase (DHFR) microbiana e que, portanto, impedem a regeneração do tetraidrofolato a partir do diidrofolato
Trimetoprim Infecção do trato urinário Síndrome de Stevens- Anemia megaloblástica devido à Inibe seletivamente a DHFR bacteriana
Ver acima para aplicações da Johnson, leucopenia, anemia deficiência de folato O trimetoprim é bacteriostático e pode ser utilizado como único agente no
terapia de combinação com o megaloblástica tratamento da infecção não-complicada do trato urinário
sulfametoxazol/trimetoprim Exantema, prurido Tipicamente utilizado em associação com sulfametoxazol
Pirimetamina Toxoplasmose Síndrome de Stevens- Anemia megaloblástica devido à Inibe seletivamente a DHFR dos parasitas
Malária Johnson, leucopenia, anemia deficiência de folato Tipicamente utilizada em combinação com sulfadiazina no tratamento da
megaloblástica toxoplasmose
Exantema O ácido fólico pode interferir na eficácia da pirimetamina
INIBIDOR ANTINEOPLÁSICO DA DIIDROFOLATO REDUTASE
Mecanismo — Análogo do folato que inibe competitivamente a DHFR dos mamíferos e que, portanto, impede a regeneração do tetraidrofolato a partir do diidrofolato
Metotrexato Muitos tipos de tumores, incluindo Mielossupressão, Gravidez O uso do metotrexato em altas doses na quimioterapia do câncer foi
carcinomas de mama, pulmão, cabeça insuficiência hepática, Aleitamento ampliado pela aplicação do ácido folínico como resgate
e pescoço; leucemia linfoblástica hemorragia gastrintestinal, Pacientes com psoríase/artrite A toxicidade do metotrexato para a mucosa gastrintestinal e a medula
aguda; coriocarcinoma inflamação das membranas reumatóide que também óssea é geralmente reversível após interrupção da terapia
Doenças auto-imunes, incluindo mucosas, cirrose hepática, apresentam alcoolismo, Extremamente tóxico para o feto, visto que o ácido fólico é essencial para
psoríase, artrite reumatóide doença renal, doença hepatopatia alcoólica, doença a diferenciação das células fetais e para o fechamento do tubo neural
Estágio inicial da gravidez ectópica pulmonar intersticial, hepática crônica, discrasia Em fase de investigação como agente indutor de aborto, isoladamente ou
hiperuricemia sangüínea preexistente ou em associação com o análogo da prostaglandina, misoprostol
Distúrbio gastrintestinal, evidências laboratoriais de Evitar a co-administração de vacina contra poliomielite em pacientes
estomatite, alopecia, síndrome de imunodeficiência imunossuprimidos em uso de metotrexato como componente da
fotossensibilidade, exantema quimioterapia
Evitar o consumo concomitante de álcool
Utilizar cautela extrema com a co-administração de naproxeno e de
fenilbutazona, devido a relatos de casos esporádicos de morte
A co-administração com trimetoprim pode resultar em grave toxicidade do
metotrexato
A absorção oral do metotrexato pode ser diminuída em até 50% em
pacientes em uso de misturas de antibióticos orais contendo paromomicina,
neomicina, nistatina e vancomicina
Resumo Farmacológico Capítulo 32 Farmacologia das Infecções Bacterianas: Replicação, Transcrição e Tradução do DNA
560
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
Efeitos Adversos
|
da vitamina K na comunidade
O cefotetan e a cefoxitina são primariamente utilizados no
|
(Continua)
577
Resumo Farmacológico Capítulo 33 Farmacologia das Infecções Bacterianas: Síntese da Parede Celular (Continuação)
578
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
(Continua)
|
587
Resumo Farmacológico Capítulo 34 Farmacologia das Infecções Fúngicas (Continuação)
588
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
Miconazol Infecções fúngicas superficiais (butoconazol, clotrimazol, O butoconazol, o clotrimazol, o econazol, o miconazol,
Oxiconazol do estrato córneo, da mucosa econazol, miconazol, o oxiconazol, o sertaconazol e o sulconazol são agentes
Sertaconazol escamosa e da córnea (butoconazol, oxiconazol, sertaconazol, antifúngicos imidazólicos tópicos
Sulconazol clotrimazol, econazol, miconazol, sulconazol) Os azólicos tópicos devem ser aplicados à pele 2 vezes ao dia
oxiconazol, sertaconazol, sulconazol) durante 3 a 6 semanas, enquanto as preparações vaginais devem
ser utilizadas 1 vez ao dia, ao deitar, durante 1 a 7 dias
Antifúngicos triazólicos: Aspergilose, blastomicose, Toxicidade hepática, Co-administração com dofetilida, midazolam A dose de itraconazol para onicomicose é de 400 mg 2 vezes
Fluconazol candidíase, histoplasmose, síndrome de Stevens-Johnson oral, pimozida, levacetilmetadol, quinidina, ao dia, durante 1 semana por mês, sendo o ciclo repetido até
Itraconazol onicomicose (itraconazol) Distúrbio gatrintestinal, lovastatina, simvastatina ou triazolam completar 3 meses para as infecções das unhas dos dedos das
Posaconazol Candidíase, meningite criptocócica exantema (itraconazol e fluconazol) mãos ou 4 meses para infecções das unhas dos dedos dos pés
Terconazol (fluconazol) Hipocalemia, hipertensão, Co-administração com alcalóides do esporão O fluconazol e o itraconazol inibem a 3A4 do P450
Voriconazol Aspergilose, candidíase, Fusarium, edema, cefaléia (itraconazol) do centeio metabolizados pela 3A4 do O creme de terconazol a 0,4% é utilizado durante 7 dias,
Monosporium apiospermum P450, como diidroergotamina, ergotamina, enquanto o creme a 0,8% é utilizado durante 3 dias para a
1(voriconazol) ergonovina e metilergonovina (itraconazol e candidíase vulvovaginal
Candidíase vulvovaginal (terconazol) fluconazol) O ravuconazol encontra-se em fase de estudos clínicos
Gravidez
Hipersensibilidade ao fluconazol, itraconazol,
posaconazol, terconazol ou voriconazol
INIBIDORES DA ESTABILIDADE DA MEMBRANA DOS FUNGOS: POLIENOS
Mecanismo — Ligam-se ao ergosterol e formam poros que alteram a permeabilidade e a instabilidade da membrana dos fungos
Anfotericina B Aspergilose potencialmente fatal, Toxicidade renal (acidose Hipersensibilidade à anfotericina B A anfotericina B é suprida na forma de suspensão coloidal de
criptococose, blastomicose da tubular renal, cilindrúria, desoxicolato tamponada, que deve ser administrada por via
América do Norte, candidíase hipocalemia), tempestade de intravenosa; pode ser necessária a terapia intratecal para a
sistêmica, coccidioidomicose, citocinas (febre, calafrios, doença meníngea grave
histoplasmose, candidíase sistêmica, hipotensão), anemia As formulações lipídicas de anfotericina B foram planejadas
zigomicose Perda de peso, distúrbio para reduzir a exposição do fármaco ao túbulo proximal do
gastrintestinal néfron, minimizando, assim, a nefrotoxicidade
Amphotec®, Abelcet® e AmBisome® são todas preparações de
anfotericina B contendo lipídios, aprovadas pela FDA
Nistatina Candidíase mucocutânea Dermatite de contato rara Hipersensibilidade à nistatina A nistatina não sofre absorção sistêmica a partir da pele, da
vagina ou do trato gastrintestinal
A nistatina é utilizada clinicamente para tratamento tópico da
candidíase que acomete a pele, a mucosa vaginal ou a mucosa
oral
INIBIDORES DA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR DOS FUNGOS: EQUINOCANDINAS
Mecanismo — Inibem de modo não-competitivo a síntese de -(1,3)-D-glicanos, levando à ruptura da integridade da parede celular
Caspofungina Candidíase esofágica, candidemia, Prurido, exantema, distúrbio Hipersensibilidade à caspofungina, Todas as três equinocandinas são fungicidas contra espécias
Micafungina terapia de recuperação de infecções gastrintestinal, aumento micafungina ou anidulafungina de Candida, incluindo Candida glabrata e Candida krusei,
Anidulafungina por Aspergillus, terapia empírica da das enzimas hepáticas, enquanto são fungistáticas contra espécies de Aspergillus
neutropenia febril (caspofungina) tromboflebite, cefaléia, febre A co-administração de ciclosporina com caspofungina aumenta
Candidíase esofágica, profilaxia significativamente a concentração plasmática de caspofungina e
antifúngica para receptores de eleva as enzimas de função hepática
transplantes de células-tronco A dose de caspofungina deve ser ajustada para pacientes com
hematopoéticas (micafungina) disfunção hepática moderada
Candidíase esofágica, candidemia
(anidulafungina)
Farmacologia das Infecções Fúngicas
|
589
Resumo Farmacológico Capítulo 35 Farmacologia das Infecções e Infestações Parasitárias
Aplicações Efeitos Adversos
Fármaco Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
AGENTES ANTIMALÁRICOS: INIBIDORES DO METABOLISMO DO HEME
Mecanismo — Diminuem o metabolismo e/ou a remoção dos produtos tóxicos do heme, resultando em aumento da toxicidade para os plasmódios
Cloroquina Malária, todas as Retinopatia, prolongamento do Alterações dos campos visuais A cloroquina protonada acumula-se no interior do vacúolo alimentar
espécies intervalo QT, metemoglobinemia, do parasita, onde se liga à ferriprotoporfirina IX (heme), inibindo
amnésia, morte (em doses a sua polimerização; o acúmulo da ferriprotoporfirina IX não-
supraterapêuticas) polimerizada resulta em lesão oxidativa da membrana
Prurido, fraqueza muscular, A maioria das cepas de P. falciparum na África, na Ásia e na América
agravamento da psoríase e porfiria do Sul desenvolveu resistência à cloroquina
Mata apenas os plasmódios no estágio eritrocitário
Utilizada terapêutica e profilaticamente
Quinina Malária, Cinchonismo (zumbido, surdez, Deficiência de glicose-6-fosfato Mecanismo semelhante ao da cloroquina; além disso, a quinina
Quinidina (Ver Cap. 18) particularmente por cefaléias, náusea, vômitos e distúrbios desidrogenase (G6PD) intercala-se no DNA
P. falciparum visuais), prolongamento do intervalo Miastenia grave Utilizada no tratamento da malária aguda no estágio eritrocitário; não
QT, coagulação intravascular é utilizada de modo profilático
disseminada, trombocitopenia,
hepatotoxicidade, síndrome hemolítico-
urêmica, nefrite intersticial
Exantema, hipoglicemia, distúrbio
gastrintestinal, cefaléia
Mefloquina Malária resistente à Convulsões, sintomas Depressão Parece interromper a polimerização do heme a hemozoína no interior
cloroquina neuropsiquiátricos (sonhos vívidos, Transtorno de ansiedade generalizada dos parasitas da malária no estágio intra-eritrocitário
insônia, depressão, alucinações, Psicose Utilizada terapêutica e profilaticamente
psicose), anormalidades da condução Esquizofrenia
cardíaca (bradicardia, prolongamento Convulsões
do intervalo QT, arritmia)
Distúrbio gastrintestinal, tonteira
Artemisinina Malária, todas as Anemia hemolítica, bradicardia, Hipersensibilidade à artemisinina e seus Formam radicais livres com centro de carbono, que alquilam o heme
Artesunato espécies efeitos neurotóxicos potenciais derivados Terapia de primeira linha para a malária não-complicada e
Artemeter complicada, em associação com um segundo agente antimalárico na
Artemotil África e, com freqüência, na Ásia
Diidroartemisinina Não são utilizados profilaticamente
Atualmente não disponíveis nos Estados Unidos
Atovaquona P. falciparum Desconforto gastrintestinal, cefaléia, Hipersensibilidade à atovaquona Inibe a interação entre a ubiquinona reduzida e o complexo do
Toxoplasmose elevação das enzimas hepáticas citocromo bc1
Babesiose Utilizada em combinação com proguanil ou doxiciclina
605
(Continua)
Resumo Farmacológico Capítulo 35 Farmacologia das Infecções e Infestações Parasitárias (Continuação)
606
(Continua)
607
Resumo Farmacológico Capítulo 35 Farmacologia das Infecções e Infestações Parasitárias (Continuação)
608
AGENTES ANTI-HELMÍNTICOS
Mecanismo — Todos os mecanismos levam à paralisia e morte dos vermes; ver cada fármaco individualmente para os mecanismos específicos
Ivermectina Oncocercíase Convulsões Hipersensibilidade à ivermectina Potencializa tanto os canais de cloreto regulados pelo glutamato nas
Filaríase linfática Respostas inflamatórias ou alérgicas membranas celulares dos nematódios quanto a liberação de GABA
Estrongiloidíase às microfilárias que estão morrendo das terminações pré-sinápticas → hiperpolarização das células
Escabiose (“reação do tipo Mazzotti”), incluindo neuromusculares e paralisia da faringe
Larva migrans prurido, febre, tonteira, cefaléia Não mata as filárias adultas e, por conseguinte, é incapaz de curar o
cutânea hospedeiro humano com infecção por O. volvulus
A ivermectina não atravessa a barreira hematoencefálica; todavia, o
Capítulo Trinta e Cinco
Efeitos Adversos
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conjuntivite
INIBIDORES DO DESNUDAMENTO VIRAL
Mecanismo — Inibem o desnudamento do vírus da influenza A através do bloqueio de M2, um canal de prótons que acidifica o interior do vírus; a acidificação é necessária para que a proteína da matriz viral seja
dissociada da ribonucleoproteína viral
Amantadina Influenza A Síndrome maligna Hipersensibilidade à amantadina ou à A rimantadina provoca menos efeitos neurológicos do que a
Rimantadina Parkinsonismo (amantadina) neuroléptica, exacerbação rimantadina amantadina
de transtorno mental
Hipotensão ortostática,
edema periférico,
distúrbio gastrintestinal,
confusão, tonteira, insônia,
irritabilidade, alucinação
ANÁLOGOS NUCLEOSÍDIOS E NUCLEOTÍDIOS ANTI-HERPESVÍRUS
Mecanismo — A fosforilação do fármaco por cinases virais leva à inibição da síntese de DNA nas células infectadas por vírus. O aciclovir, o valaciclovir, o fanciclovir, o penciclovir, o ganciclovir e o valganciclovir são
fosforilados por cinases virais e, a seguir, inibem a DNA polimerase viral. O cidofovir é fosforilado por enzimas celulares, porém inibe, a seguir, a DNA polimerase do CMV
Aciclovir Herpesvírus simples (HSV) Insuficiência renal Hipersensibilidade ao aciclovir ou ao O valaciclovir é um pró-fármaco do aciclovir, com melhor
Valaciclovir Vírus varicela-zoster (VZV) (administração valaciclovir biodisponibilidade oral
intravenosa), púrpura
trombocitopênica
trombótica em pacientes
imunocomprometidos,
alterações encefalopáticas,
síndrome hemolítico-
urêmica
Distúrbio gastrintestinal,
agitação, tontura
Fanciclovir HSV Eritema multiforme Hipersensibilidade ao fanciclovir ou ao O fanciclovir é um pró-fármaco diacetil 6-desoxi análogo do
Penciclovir VZV Distúrbio gastrintestinal, penciclovir penciclovir, a forma ativa do fármaco
cefaléia
Ganciclovir Citomegalovírus (CMV) Neutropenia, Neutropenia grave O valganciclovir é um pró-fármaco do ganciclovir, com
Valganciclovir trombocitopenia, anemia, Trombocitopenia grave melhor biodisponibilidade oral
febre, flebite
Cidofovir Retinite por CMV Nefrotoxicidade, Insuficiência renal Deve ser co-administrado com probenecid
neutropenia, acidose Agentes nefrotóxicos concomitantes Meia-vida longa, exigindo apenas uma dose semanalmente
metabólica, diminuição da Injeção intra-ocular direta
pressão intra-ocular
Distúrbio gastrintestinal,
cefaléia, exantema
Vidarabina Ceratite por HSV Irritação ocular, Hipersensibilidade à vidarabina, idoxuridina Os primeiros fármacos anti-HSV, pois apresentam maior
Idoxuridina Raramente vidarabina para infecção lacrimejamento, intolerância ou trifluridina toxicidade em comparação com outros agentes
Trifluridina grave por HSV ou VZV à luz A trifluridina é utilizada em preparação oftálmica
ANÁLOGOS NUCLEOSÍDIOS E NUCLEOTÍDIOS ANTI-HIV E ANTI-HBV
Mecanismo — Os análogos nucleosídios anti-HIV são fosforilados por cinases celulares e, a seguir, inibem a transcriptase reversa viral. Os análogos nucleosídios anti-HBV também são fosforilados por enzimas
celulares, porém inibem, a seguir, a HBV polimerase
Zidovudina (AZT) HIV Neutropenia, anemia, Hipersensibilidade à zidovudina, A maior parte da toxicidade deve-se à inibição da DNA
Estavudina (d4T) Vírus da hepatite B (HBV) pancreatite, acidose estavudina, zalcitabina, lamivudina, polimerase mitocondrial pelas formas trifosfato dos fármacos
Zalcitabina (ddC) (lamivudina) lática, hepatomegalia com entricitabina, didanosina ou abacavir A lamivudina é a menos tóxica, possivelmente devido à
Lamivudina (3TC) esteatose, neurite óptica, estrutura de L-estereoisômero
Entricitabina (FTC) neuropatia periférica, A entricitabina é administrada uma vez ao dia
Didanosina (ddI) hipersensibilidade fatal
Abacavir (abacavir)
Tenofovir HIV (tenofovir) Acidose lática, Hipersensibilidade ao tenofovir, adefovir ou A dose de entecavir deve ser ajustada para pacientes com
Adefovir HBV (adefovir, entecavir) hepatotoxicidade entecavir insuficiência renal moderada
Entecavir (tenofovir), toxicidade renal
(adefovir)
INIBIDORES NÃO–NUCLEOSÍDIOS DA DNA POLIMERASE
Mecanismo — Inibem diretamente a DNA polimerase viral ao imitar o produto de pirofosfato da reação da DNA polimerase
Foscarnet HSV Comprometimento renal, Administração concomitante de trióxido de O comprometimento renal constitui a principal toxicidade que
CMV desequilíbrio eletrolítico, arsênio, bepridil, levometadil, mesoridazina, limita a dose administrada
convulsões pimozina, probucol, tioridazina,
Anemia, febre, distúrbio ziprasidona, pentamidina intravenosa
gastrintestinal
INIBIDORES NÃO-NUCLEOSÍDIOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA (INNTR)
Mecanismo — Ligam-se próximo ao sítio catalítico da transcriptase reversa e, portanto, inibem a ação da enzima de unir os desoxirribonucleosídios com a fita iniciadora-modelo
Efavirenz HIV Exantema, efeitos A administração concomitante de fármacos Verifica-se o rápido desenvolvimento de resistência, exigindo
Nevirapina psiquiátricos (depressão, metabolizados pela 3A4 do citocromo P450 o uso desses fármacos em associação com outros agentes anti-
Delavirdina ideação suicida), tontura, está contra-indicada para todos os INNTR HIV
insônia — é preciso verificar o metabolismo
dos medicamentos administrados
concomitantemente antes de prescrever
INNTR
INIBIDORES DA MATURAÇÃO VIRAL
Mecanismo — Inibem a protease do HIV necessária para a maturação viral; os vírions do HIV sofrem replicação e brotamento a partir da célula, porém essas partículas não são infecciosas
Saquinavir HIV Dislipidemia (↑ colesterol, Comprometimento hepático grave O lopinavir é administrado em associação com o ritonavir; o
Ritonavir ↑ triglicerídios), Administração concomitante de substratos ritonavir inibe a 3A4 do citocromo P450, aumentando, assim,
Amprenavir lipodistrofia, hiperglicemia da 3A4 do citocromo P450 com baixos os níveis plasmáticos de lopinavir
Indinavir índices terapêuticos, incluindo derivados do Muitos inibidores da protease são indutores e/ou inibidores das
Nelfinavir esporão do centeio, pimozida, midazolam, enzimas P450, particularmente a 3A4 do citocromo P450, com
Lopinavir triazolam numerosas interações medicamentosas farmacocinéticas
Atazanavir
Tipranavir
Darunavir
Farmacologia das Infecções Virais
(Continua)
|
629
Resumo Farmacológico Capítulo 36 Farmacologia das Infecções Virais (Continuação)
630
Efeitos Adversos
|
Fomivirseno Retinite por CMV (segunda linha) Distúrbios inflamatórios do Terapia com cidofovir IV ou intravítrea O fomivirseno foi planejado como nucleotídio anti-sentido,
olho, elevação transitória da dentro de 2-4 semanas devido ao risco de porém o seu verdadeiro mecanismo de ação permanece incerto
pressão intra-ocular inflamação ocular exagerada Administração intravítrea
Ribavirina Vírus sincicial respiratório (RSV) Bradiarritmia, hipotensão, Gravidez ou mulheres com potencial de A ribavirina pode inibir a monofosfato de inosina
Vírus da hepatite C (em associação pancreatite, anemia engravidar (inalação) desidrogenase, resultando em níveis celulares mais baixos de
com interferonas) hemolítica, púrpura Depuração da creatinina inferior à 50 mL/ GTP; a ribavirina também pode inibir RNA polimerases virais
trombocitopênica min (oral) ou tornar as polimerases mais sujeitas a erros
trombótica, Cardiopatia significativa (oral) Administração na forma de aerossol para tratamento da
hepatotoxicidade, infecção Hemoglobinopatias (oral) infecção por RSV
bacteriana, suicídio Hepatite auto-imune (oral, em associação
Exantema, distúrbio com peginterferona alfa-2a)
gastrintestinal, cefaléia, Descompensação hepática grave
conjuntivite, fadiga
AGENTES ANTIVIRAIS QUE MODULAM O SISTEMA IMUNE
Mecanismo — As interferonas ativam cascatas de sinalização que levam à produção de proteínas antivirais, incluindo a proteinocinase R, que impede o mecanismo de tradução do hospedeiro nas células infectadas por
vírus. O imiquimode interage com receptores semelhantes a Toll para reforçar a imunidade inata, incluindo a secreção de interferonas
Interferona-␣ HCV Hemorragia gástrica, Hipersensibilidade à interferona- Modificada com polietilenoglicol para melhorar o perfil
HBV anemia aplásica, farmacocinético
Sarcoma de Kaposi neutropenia,
Leucemia mielóide crônica trombocitopenia, aumento
Leucemia de células pilosas das enzimas hepáticas,
Melanoma maligno doenças auto-imunes,
Carcinoma de células renais transtorno psicótico
Depressão, alteração do
estado mental, sintomas
semelhantes à gripe
Interferona- Esclerose múltipla Iguais aos da interferona- Hipersensibilidade à interferona- ou
produtos de albumina humana
Imiquimode Papilomavírus humano (HPV) Irritação da pele, incluindo Hipersensibilidade ao imiquimode Lavar as mãos antes e depois da aplicação
Carcinoma de células basais eritema, erosão superficial
Ceratose actínica e formação de crostas e
sensação de queimação
Resumo Farmacológico Capítulo 37 Farmacologia do Câncer: Síntese, Estabilidade e Manutenção do Genoma
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
INIBIDORES DA TIMIDILATO SINTASE
Mecanismo — Inibem a timidilato sintase, diminuindo, assim, a disponibilidade celular de dTMP e causando morte celular por “falta de timina”
Fluoruracila (5-FU) Câncer de mama Aterosclerose coronariana, tromboflebite, Depressão grave da medula A 5-FU é um análogo da uracila que, após modificação
Câncer gastrintestinal úlcera gastrintestinal, mielossupressão, óssea intracelular, inibe a timidilato sintase através de sua ligação ao
Câncer de pele (aplicação tópica) síndrome cerebelar, alterações visuais, Estado nutricional deficiente sítio de desoxiuridilato (substrato) na enzima
estenose do sistema lacrimal Infecção grave Além de inibir a timidilato sintase, a 5-FU interfere na síntese
Alopecia, exantema, prurido, Deficiência de de proteína após incorporação do metabólito do fármaco FUTP
fotossensibilidade, distúrbio gastrintestinal, diidropirimidina ao mRNA
estomatite, cefaléia desidrogenase Pode-se utilizar o ácido folínico para potencializar a ação da
Gravidez 5-FU
Capecitabina Câncer colorretal metastático Iguais aos da fluoruracila Deficiência de Pró-fármaco da 5-FU disponível por via oral
Câncer de mama diidropirimidina
desidrogenase
Comprometimento renal
grave
Pemetrexede Câncer de pulmão de células não- Mielossupressão, angina, infarto do Hipersensibilidade ao O pemetrexede é um análogo do folato que, após modificação
pequenas miocárdio, acidente vascular cerebral, pemetrexede intracelular, inibe a timidilato sintase através de sua ligação ao
Mesotelioma pleural maligno (em tromboflebite, lesão hepática, exantema Comprometimento renal sítio do metilenotetraidrofolato (co-fator) na enzima
associação com cisplatina) cutâneo bolhoso grave Co-administrado com ácido fólico e vitamina B12 para reduzir
Fadiga, náusea, vômitos, diarréia, a toxicidade hematológica e gastrintestinal
estomatite
INIBIDORES DO METABOLISMO DAS PURINAS
Mecanismo — Os metabólitos inibem a IMPDH e outras enzimas sintéticas, interferindo, assim, na síntese de AMP e GMP
6-Mercaptopurina Leucemia linfóide aguda, leucemia Pancreatite, mielossupressão, Gravidez Aumento da eficiência e toxicidade pelo alopurinol
(6-MP) mielóide aguda, doença de Crohn hepatotoxicidade, infecção A azatioprina é um pró-fármaco menos tóxico que a 6-MP
Azatioprina (6-MP) Gastrite A azatioprina é utilizada para imunossupressão de doenças
Imunossupressão no transplante auto-imunes
renal, artrite reumatóide, doença
intestinal inflamatória (azatioprina)
Pentostatina Leucemia de células pilosas Arritmia cardíaca, insuficiência cardíaca, Hipersensibilidade à Inibidor seletivo da adenosina desaminase (ADA)
Linfoma de células T mielossupressão, hepatotoxicidade, pentostatina
neurotoxicidade, nefrotoxicidade,
toxicidade pulmonar
Exantemas, calafrios com tremores,
vômitos, mialgia, infecção das vias
respiratórias superiores, febre
INIBIDORES RIBONUCLEOTÍDIO REDUTASE
Mecanismo — Inibem a ribonucleotídio redutase, a enzima que converte ribonucleotídios em desoxirribonucleotídios
Hidroxiuréia Neoplasias malignas hematológicas Mielossupressão, leucemia secundária Depressão grave da medula Diminui os radicais livres de tirosina críticos para o
Farmacologia do Câncer: Síntese, Estabilidade e Manutenção do Genoma
Câncer de cabeça e pescoço com uso a longo prazo óssea mecanismo de ação da ribonucleotídio redutase
Melanoma Toxicidade gastrintestinal, úlcera de pele Na anemia falciforme, acredita-se que a hidroxiuréia atua
Carcinoma ovariano através de aumento da hemoglogina F
|
(Continua)
651
Resumo Farmacológico Capítulo 37 Farmacologia do Câncer: Síntese, Estabilidade e Manutenção do Genoma (Continuação)
652
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
(Continua)
Farmacologia do Câncer: Síntese, Estabilidade e Manutenção do Genoma
|
653
Resumo Farmacológico Capítulo 37 Farmacologia do Câncer: Síntese, Estabilidade e Manutenção do Genoma (Continuação)
654
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
Doxorrubicina Leucemias, linfomas, câncer de Insuficiência cardíaca (particularmente Insuficiência cardíaca A doxorrubicina, a daunorrubicina e epirrubicina são
Daunorrubicina mama, câncer de bexiga, câncer da doxorrubicina), mielossupressão preexistente antraciclinas que inibem a topoisomerase II
Epirrubicina tireóide, câncer GI, nefroblastoma, Alopecia, exantema, distúrbio gastrintestinal Depressão grave da medula Excretadas na bile (reduzir a dose em pacientes com
osteossarcoma, câncer ovariano, óssea disfunção hepática)
carcinoma de células pequenas do Disfunção hepática grave A ação é específica para a fase G2
pulmão, sarcoma de tecido mole (epirrubicina)
(doxorrubicina)
Leucemia linfóide aguda e leucemia
mielóide aguda (daunorrubicina)
Capítulo Trinta e Sete
(Continua)
669
Resumo Farmacológico Capítulo 38 Farmacologia do Câncer: Transdução de Sinais (Continuação)
670
Efeitos Adversos
|
GI, gastrintestinal.
Resumo Farmacológico Capítulo 41 Farmacologia dos Eicosanóides
716
Efeitos Adversos
|
(Continua)
717
Resumo Farmacológico Capítulo 41 Farmacologia dos Eicosanóides (Continuação)
718
Efeitos Adversos
|
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
Piperazinas: Prurido, abstinência do álcool, Iguais aos da difenidramina Hidroxizina: início da gravidez A hidroxizina é um potente agente antipruriginoso
Hidroxizina ansiedade, vômitos (hidroxizina) Ciclizina: hipersensibilidade à ciclizina
Ciclizina Cinetose, vertigem (ciclizina, Meclizina: hipersensibilidade à meclizina
Meclizina meclizina)
Dibenzoxepinas Ansiedade Hipertensão, hipotensão, Glaucoma O doxepin é um antidepressivo tricíclico; é mais bem
tricíclicas: Depressão agranulocitose, Retenção urinária utilizado em pacientes com depressão, visto que até mesmo
Doxepin Prurido trombocitopenia, a administração de pequenas doses pode causar confusão e
agravamento da depressão, desorientação em pacientes não-deprimidos
pensamentos suicidas
Capítulo Quarenta e Dois
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
cefaléia, fadiga
AGENTES QUE INDUZEM A HEMOGLOBINA FETAL
Mecanismo — A 5-azacitidina pode reverter a metilação do gene da gamaglobulina, levando à expressão aumentada da HbF; a hidroxiuréia pode bloquear a divisão dos precursores eritróides que expressam a HbS,
levando a um aumento na expressão de HbF
5-Azacitidina Ver Cap. 37
Hidroxiuréia Anemia falciforme Mielossupressão, úlcera Depressão grave da medula óssea O mecanismo do efeito terapêutico no tratamento do câncer
Leucemia mielóide crônica refratária cutânea, leucemia Vacina de rotavírus vivo parece envolver a inibição da ribonucleotídio redutase
Câncer de cabeça e pescoço secundária com uso a longo O mecanismo do efeito terapêutico na anemia falciforme
Melanoma maligno prazo permanece incerto
Carcinoma ovariano
AGENTES QUE ESTIMULAM A PRODUÇÃO DE LEUCÓCITOS
Mecanismo — Fatores de crescimento de linhagens múltiplas (GM-CSF) ou específicos de linhagem (G-CSF) que estimulam a mielopoiese. O principal efeito do GM-CSF e do G-CSF consiste em elevar as contagens
de neutrófilos; o GM-CSF também aumenta as contagens de eosinófilos
Filgrastim (rhG-CSF) Neutropenia Doença da hemoglobina Hipersensibilidade a proteínas derivadas de O PEG-filgrastim é uma formulação pegilada com meia-vida
PEG-filgrastim Coleta de células-tronco do sangue S com crises, vasculite da E. coli ou ao filgrastim mais longa
periférico pele, síndrome de angústia O G-CSF e o GM-CSF intensificam a atividade microbicida dos
respiratória aguda, ruptura neutrófilos, além de estimular sua produção
esplênica
Dor óssea, doença
semelhante à influenza,
náusea e vômitos
Sargramostim Neutropenia Reação alérgica, hipotensão, Quimioterapia ou radioterapia concomitantes O GM-CSF também produz um aumento leve e dependente da
(rhGM-CSF) Coleta de células-tronco do sangue taquicardia, dispnéia (ou dentro de 24 horas antes ou depois) dose no número de eosinófilos
periférico Dor óssea, febre, artralgia, Blastos mielóides leucêmicos em excesso
edema, derrame pleural e (>10%) no sangue ou na medula óssea
pericárdico Hipersensibilidade ao GM-CSF ou a
produtos derivados de levedura
AGENTES QUE ESTIMULAM A PRODUÇÃO DE PLAQUETAS
Mecanismo — Ver fármaco específico
Análogos da Agentes em fase de investigação Em fase de investigação; Em fase de investigação Tanto a rhTPO quanto o PEG-rHuMGDF ligam-se ao Mpl, o
trombopoietina para a prevenção da trombocitopenia risco teórico de trombose receptor endógeno de trombopoietina, ativando-o
rhTPO grave induzida por quimioterapia A rhTPO é um análogo glicosilado de comprimento total da
PEG-rHuMGDF trombopoietina
O PEG-rHuMGDF consiste nos 163 aminoácidos N-terminais
da trombopoietina, conjugados com polietileno glicol (PEG)
Oprelvecina (rhIL-11) Prevenção da trombocitopenia grave Retenção hídrica, fibrilação Hipersensibilidade à oprelvecina Difere da IL-11 natural pela ausência do resíduo de prolina
induzida por quimioterapia atrial N-terminal
Candidíase oral, hiperemia A rhIL-11 produz aumento dependente da dose na contagem de
da conjuntiva, fadiga plaquetas e no número de megacariócitos na medula óssea
AGENTES IMUNOMODULADORES COM APLICAÇÕES ANTINEOPLÁSICAS
Mecanismo — Ver fármaco específico
Interferonas Ver Resumo Farmacológico: Cap. 36
Levamisol Câncer de cólon (em associação com Leucopenia, neutropenia, Hipersensibilidade ao levamisol Acredita-se que induz os macrófagos e as células T a secretar
5-fluoruracila) trombocitopenia, convulsões, citocinas (como a IL-1) e outros fatores que suprimem o
dermatite esfoliativa crescimento de tumores
Distúrbio gastrintestinal,
artralgia, tontura
IL-2 Ver Resumo Farmacológico: Cap. 44
Tretinoína Leucemia pró-mielocítica aguda Síndrome do ATRA (febre, Hipersensibilidade à tretinoína e aos A tretinoína é um ácido retinóico todo-trans (ATRA) que
Acne vulgar angústia respiratória aguda parabenos propicia a diferenciação das células pró-mielocíticas em
Rugas finas na face (aplicação com infiltrados pulmonares, granulócitos mais normais
tópica) edema e ganho ponderal É também utilizada amplamente no tratamento da acne vulgar
e falência de múltiplos moderada a grave
sistemas orgânicos),
leucocitose, pseudotumor
cerebral, febre, dor óssea,
arritmias cardíacas
Ressecamento intenso
da pele e das mucosas,
hiperlipidemia, aumento nas
provas de função hepática,
fadiga
Farmacologia da Hematopoiese e Imunomodulação
|
741
Resumo Farmacológico Capítulo 44 Farmacologia da Imunossupressão
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
INIBIDORES DA EXPRESSÃO GÊNICA
Mecanismo — Inibem a expressão da COX-2; induzem as lipocortinas e ativam as vias antiinflamatórias endógenas
Prednisona Ver Resumo Farmacológico: Cap. 27
Prednisolona
Metilprednisolona
Dexametasona
AGENTES CITOTÓXICOS
Mecanismo — Ver fármaco específico
Ácido micofenólico Transplante de órgãos sólidos Hipertensão, edema Hipersensibilidade ao micofenolato mofetila Inibidor da monofosfato de inosina desidrogenase (IMPDH), a
Micofenolato mofetila Nefrite do lúpus periférico, hemorragia ou ao ácido micofenólico enzima que limita a velocidade na formação da guanosina
Artrite reumatóide gastrintestinal, leucopenia, Hipersensibilidade ao polissorbato 80 Evitar a administração concomitante de ferro oral, visto
Pênfigo mielossupressão, (formulação IV) que ele reduz acentuadamente a biodisponibilidade do
neutropenia, risco micofenolato mofetila
aumentado de infecção,
linfoma
Distúrbio gastrintestinal,
cefaléia
Leflunomida Artrite reumatóide Hipertensão, Gravidez Inibe a diidroorotato desidrogenase (DHOD), resultando em
hepatotoxicidade, doença inibição da síntese de pirimidinas
pulmonar intersticial A leflunomida sofre circulação êntero-hepática significativa,
Alopécia, diarréia, resultando em efeito farmacológico prolongado
exantema
Azatioprina Ver Resumo Farmacológico: Cap. 37
Metotrexato
Ciclofosfamida
INIBIDORES ESPECÍFICOS DA SINALIZAÇÃO DOS LINFÓCITOS
Mecanismo — Ver fármaco específico
Ciclosporina Ceratoconjuntivite seca Nefrotoxicidade, Infecção ocular ativa (ciclosporina tópica) A ciclosporina liga-se à ciclofilina, e o complexo resultante
(ciclosporina tópica) hipertensão, inibe a atividade da fosfatase da calcineurina, uma proteína de
neurotoxicidade, sinalização celular que medeia a ativação das células T
hepatotoxicidade, infecção A ciclosporina inibe a produção de IL-2 pelas células T
Hiperplasia gengival, ativadas
hiperlipidemia, hirsutismo, O danazol e outros androgênios podem aumentar os níveis
distúrbio gastrintestinal séricos de ciclosporina
A rifampicina e a erva-de-são-joão reduzem os níveis séricos
de ciclosporina
Tacrolimo Transplante de órgãos Nefrotoxicidade, Hipersensibilidade ao óleo de rícino O tacrolimo liga-se à proteína de ligação de FK (FKBP) e o
Dermatite atópica (tacrolimo tópico) hipertensão, prolongamento hidrogenado (formulação IV do tacrolimo) complexo tacrolimo-FKBP inibe a calcineurina
do intervalo QT, O tacrolimo tópico é amplamente utilizado no tratamento da
hiperglicemia, linfoma, dermatite atópica e outras dermatites eczematosas
infecção A erva-de-são-joão reduz acentuadamente os níveis séricos de
Farmacologia da Imunossupressão
trombocitopenia, cefaléia,
insônia, parestesias, tremor,
irritação da pele (aplicação
tópica)
755
(Continua)
Resumo Farmacológico Capítulo 44 Farmacologia da Imunossupressão (Continuação)
756
Efeitos Adversos
Fármaco Aplicações Clínicas Graves e Comuns Contra-Indicações Considerações Terapêuticas
|
Mecanismo — O etanercept é um dímero solúvel do receptor de TNF, enquanto o infliximab e o adalimumab são anticorpos anti-TNF
Etanercept Artrite reumatóide Mielossupressão, Sepse Todos os pacientes devem ser submetidos a triagem para
Artrite reumatóide juvenil insuficiência cardíaca, Insuficiência cardíaca tuberculose antes de iniciar o tratamento com um inibidor
Psoríase neurite óptica, reativação do TNF, devido a um risco acentuadamente aumentado de
Artrite psoríatica da tuberculose, risco reativação de tuberculose latente
Espondilite anquilosante aumentado de infecção, Todo paciente que adquire infecção enquanto está sendo
doença desmielinizante do tratado com um inibidor de TNF deve ser submetido a
sistema nervoso central avaliação e a antibioticoterapia agressiva
Reação no local de O etanercept liga-se ao TNF-alfa e ao TNF-beta, enquanto o
injeção, infecção das vias infliximab e o adalimumab são específicos para o TNF-alfa
respiratórias superiores, dor
abdominal, vômitos
Infliximab Artrite reumatóide Iguais aos do etanercept Sepse O infliximab é um anticorpo murino parcialmente imunizado,
Adalimumab Doença de Crohn (infliximab) Insuficiência cardíaca dirigido contra o TNF-alfa humano; o adalimumab é um
Colite ulcerativa (infliximab) anticorpo IgG1 totalmente imunizado contra o TNF-alfa
Espondilite anquilosante O certolizumab pegol, um anticorpo anti-TNF-alfa pegilado,
(infliximab) está atualmente em estudos clínicos de fase final
Artrite psoriática (adalimumab)
INIBIDORES DA INTERLEUCINA-1
Mecanismo — Antagonista recombinante do receptor de IL-1
Anacinra Artrite reumatóide Neutropenia, risco Hipersensibilidade à anacinra ou a proteínas Diminui as erosões ósseas, possivelmente ao reduzir a
aumentado de infecção derivadas de E. coli liberação de metaloproteinase das células sinoviais
DEPLEÇÃO DE CÉLULAS IMUNES ESPECÍFICAS
Mecanismo — Ver fármaco específico
Globulina antitimócito Transplante de órgãos Síndrome de liberação Doença viral aguda Anticorpos policlonais contra epítopos de células T humanas
de citocinas (febre, História de alergia ou anafilaxia a proteínas O tratamento com ATG pode resultar em ampla
calafrios, mialgia, do coelho imunossupressão, que pode levar à infecção
cefaléia), hipertensão,
anemia, leucopenia,
trombocitopenia, risco
aumentado de infecção
OKT3 Transplante de órgãos Iguais aos da globulina Títulos de anticorpos antimurinos Anticorpo anticlonal murino dirigido contra a CD3 humana,
antitimócito superiores a 1:1.000 uma molécula de sinalização importante para a ativação celular
Insuficiência cardíaca mediada pelo receptor de células T
Convulsões O tratamento pode resultar na produção de anticorpos dirigidos
Gravidez ou lactação contra as regiões murinas específicas de OKT3
Hipertensão não-controlada
Daclizumab Transplante de órgãos Iguais aos da globulina Hipersensibilidade ao daclizumab ou ao Anticorpos contra CD25, o receptor de IL-2 de alta afinidade
Basiliximab antitimócito basiliximab
Alentuzumab Leucemia linfocítica crônica de Iguais aos da globulina Infecção sistêmica ativa Anticorpo contra Campath-1 (CD52), um antígeno expresso na
células B antitimócito Imunodeficiência subjacente maioria dos linfócitos maduros e em alguns precursores dos
linfócitos
Alefacept Psoríase Iguais aos da globulina Infecção pelo HIV Proteína de fusão LFA-3/Fc que interrompe a sinalização
antitimócito Baixa contagem de células T CD4 de CD2/LFA-3 através de sua ligação à CD2 das células T,
resultando em inibição da ativação das células T
INIBIÇÃO DA CO-ESTIMULAÇÃO
Mecanismo — Análogos de CTLA-4 fundidos com uma região constante da IgG1; através da formação de um complexo com moléculas B7 da superfície celular, o fármaco impede a liberação de um sinal
co-estimulador, e a célula T desenvolve anergia ou sofre apoptose
Abatacept Artrite reumatóide refratária ao Exacerbação da doença Hipersensibilidade ao abatacept O abatacept não deve ser administrado concomitantemente
metotrexato ou a inibidores do pulmonar obstrutiva com inibidores do TNF-␣ ou com anacinra, devido ao risco
TNF-alfa crônica (DPOC), aumentado de infecção
suscetibilidade aumentada
à infecção
Náusea, cefaléia, infecção
do trato urinário (ITU)
Belatacept Em fase de investigação
Congênere estrutural estreito do abatacept, que possui afinidade aumentada por B7-1 e B7-2
BLOQUEIO DA ADESÃO CELULAR
Mecanismo — Ver fármaco específico
Efalizumab Psoríase em placas crônica Risco aumentado Hipersensibilidade ao efalizumab Anticorpo monoclonal dirigido contra LFA-1, que inibe a
de infecção grave, interação LFA-1/ICAM-1 e, portanto, que limita a adesão,
trombocitopenia a ativação e a migração das células T para os locais de
imunologicamente mediada, inflamação
anemia hemolítica
imunologicamente mediada,
sintomas semelhantes aos
da gripe
Acne, linfocitose, fosfatase
alcalina elevada, formação
de anticorpos contra o
efalizumab
Natalizumab Esclerose múltipla Colelitíase, História de leucoencefalopatia multifocal Anticorpo monoclonal dirigido contra a integrina alfa-4
leucoencefalopatia progressiva (LMP) ou presença de LMP que inibe a interação das células imunes com células que
multifocal progressiva, expressam VCAM-1 e MAdCAM-1
depressão, pneumonia
Exantema, artralgia,
cefaléia, fadiga, ITU,
infecção das vias
respiratórias inferiores
INIBIDOR DA ATIVAÇÃO DO COMPLEMENTO
Mecanismo — Anticorpo humanizado contra C5, uma proteína do complemento que medeia as etapas finais na ativação do complemento e montagem do complexo de ataque da membrana
Eculizumab Em fase de investigação
Farmacologia da Imunossupressão
Diarréia
Carbonato de cálcio Alívio sintomático da dispepsia Hipercalcemia, náusea, Insuficiência renal grave Iguais às do hidróxido de alumínio
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Osteoporose vômitos, anorexia Além disso, pode ocorrer hipercalcemia em pacientes com
comprometimento da função renal
(Continua)
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Resumo Farmacológico Capítulo 45 Farmacologia Integrativa da Inflamação: Doença Ulcerosa Péptica (Continuação)
770
Efeitos Adversos
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Efeitos Adversos
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Rasburicase Síndrome de lise tumoral Hemólise, Deficiência de glicose-6-fosfato A rasburicase é uma forma recombinante da uricase do
metemoglobinemia, desidrogenase (G6PD) Aspergillus, que converte o urato pouco solúvel em alantoína
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gastrintestinal, febre