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Nº 110408
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1
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
IMPLEMENTAÇÃO DE ENGENHARIA DE
TRÁFEGO COM MPLS EM REDES WANS
Parecer do Orientador
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LUANDA
2016
2
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Dedicatória
Dedico esse trabalho aos meus pais, o Sr. José Correia "Pitra" e a Dona Lilí
Chico Correia.
i
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Agradecimentos
Primeiramente agradeço a Deus pai todo poderoso, por me conceder o dom da
vida e por permitir a conclusão do curso com saúde a cima de tudo. Agradeço
também a todos os professores da faculdade de ciências da engenharia e
tecnologias da Universidade Independente de Angola, especialmente o
Engenheiro Carlos Zinga por acreditar em mim e aceitar orientar esse trabalho.
ii
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Índice
Dedicatória ......................................................................................................... i
Agradecimentos ................................................................................................ ii
Resumo ............................................................................................................. ix
Abstract ............................................................................................................. x
Introdução ......................................................................................................... 1
Justificativa..................................................................................................... 2
Objectivos ...................................................................................................... 3
Metodologia.................................................................................................... 4
iii
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
2.9. GMPLS................................................................................................ 33
Conclusão ....................................................................................................... 47
Recomendações ............................................................................................. 48
Apêndice ......................................................................................................... 50
Configurações do P1 ........................................................................... 50
Configurações do P2 ........................................................................... 51
iv
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Índice de figuras
Figura 1. 1 - Cabeçalho MPLS [1] .................................................................... 10
Figura 1. 2 - Arquitectura MPLS [1] .................................................................. 12
Figura 1. 3 - Tabela de encaminhamento [1] .................................................... 13
Figura 1. 4 - Operação do MPLS [1] ................................................................. 16
Figura 1. 5 - Construção das tabelas de roteamento IP [1] .............................. 17
Figura 1. 6 - Inserção dos rótulos aos pacotes IPs [1] ..................................... 18
Figura 1. 7 - Pacotes encaminhados baseados nos rótulos[1] ......................... 18
Figura 2. 1 - Rede exigindo roteamento explicito [4] ........................................ 22
Figura 2. 2 - Roteamento convencional [1] ....................................................... 24
Figura 2. 3 - Balanceamento de carga [1] ........................................................ 25
Figura 2. 4 - Funcionamento do RSVP-TE [8] .................................................. 29
Figura 2. 5 - RSVP - MPLS-TE [4].................................................................... 30
Figura 2. 6 - Protecção de enlace e de nó [1]................................................... 32
Figura 3. 1 - Topologia para exibição do MPLS-TE.......................................... 36
Figura 3. 2 - Túneis de TE ................................................................................ 44
Figura 3. 3 - Parâmetros do túnel 0 .................................................................. 45
Figura 3. 4 - Opções de caminhos do túnel 0 ................................................... 46
v
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Índice de tabelas
Tabela 1. 1 Roteamento convencional vs baseado em rótulos .......................... 9
Tabela 3. 1 Equipamentos usados para simulação ......................................... 37
vi
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Lista de acrónimos
ATM – Assinchronous Transfer Mode
CE – Customer Edge
IP – Internet Protocol
P – Provider
PE – Provider Edge
TE – Traffic Engineering
viii
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Resumo
O presente trabalho, com o tema "Implementação de engenharia de tráfego
com MPLS em redes WANs", apresenta como a engenharia de tráfego ficou
facilitada com a utilização da tecnologia MPLS. A engenharia de tráfego é um
serviço que permite dinamicamente arranjar a distribuição de tráfego na rede,
minimizando/evitando congestionamentos, instabilidades ou comprometimento
da QoS já acordada. Essa implementação nas redes IPs convencionais possui
várias limitações (que serão citadas ao longo do trabalho). São citados os
benefícios desse importante serviço para as redes espalhadas
geograficamente (redes dos provedores de serviço).
Por ultimo, apresentou-se uma topologia básica, que permitiu exibir algumas
funcionalidades do MPLS-TE usando o software de emulação da Cisco, o GNS
3. Estão detalhadas as configurações básicas necessárias para a
implementação do MPLS-TE.
ix
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Abstract
This work, entitled "Traffic Engineering Deployment with MPLS WANs," features
such as traffic engineering was facilitated with the use of MPLS technology. The
traffic engineering is a service that dynamically allows arranging the distribution
of network traffic, minimizing / avoiding congestion, instability or impaired QoS
already agreed. This implementation in networks conventional IPs has several
limitations (which will be mentioned throughout the work). the benefits of this
important service are cited for geographically scattered networks (network
service providers).
Later, with basic theoretical support on the technology used, the approach
confined to the study of MPLS-TE. the limitations quoted the traffic engineering
using pure IP protocol and how MPLS solves these limitations, we present the
protocols that support MPLS-TE. also spoke to some attributes that TE tunnels
used to route traffic must have another aspect that was important to note,
because it is a very important technique to ensure continuity of service in case
of failure of some connections or devices, was the "fast reroute," because it
allows protection and circuit restoration, with fast convergence time.
x
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Introdução
O aumento da utilização da internet, assim como o aumento das exigências por
serviços de comunicação capazes de integrar dados, voz e imagem com
qualidade de serviço e segurança, faz com que surjam e aprimorem-se
tecnologias para atender a essas e outras necessidades.
1
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Justificativa
Esses protocolos possuem algumas limitações, uns pelo número de saltos que
podem suportar (Exemplo RIP), outros porque não levam em conta a largura de
banda disponível nas ligações ou seja, são capazes de enviar o tráfego por
uma ligação mesmo congestionada (Exemplo OSPF). Portanto, pensou-se em
abordar o tema "Engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs", pois, é
possível orientar o tráfego com base em critérios de recursos disponíveis na
rede.
2
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Objectivos
3
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Metodologia
Organização do Trabalho
A abordagem do tema ficou dividida em três capítulos.
4
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
CAPÍTULO
1
Tecnologia MPLS
5
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
1. Tecnologia MPLS
Esse capítulo é de extrema importância para que se perceba o ponto fulcral
desse trabalho (MPLS-TE), nele está descrito o surgimento da tecnologia
MPLS (Multiprotocol Label Switching), a diferença entre o roteamento IP e o
roteamento baseado em rótulos, o formato do cabeçalho MPLS, os
componentes de sua arquitectura, falou-se também, do funcionamento da
tecnologia e por fim, das suas vantagens e desvantagens.
1.1. Historial
Nessa mesma década surgiram pesquisas que levaram a uma quebra total de
paradigma e foram inicialmente chamadas de “comutação IP”. Alguns
fabricantes entendiam que pacotes IPs não precisavam ser roteados nos
núcleos das redes e que era possível adquirir a qualidade de serviço de redes
ATM por meio da comutação de pacotes IPs, essa comutação seria realizada
por rótulos (Labels) adicionados a cada pacote.
6
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
O MPLS é uma tecnologia aberta que foi apresentada como uma solução que
possibilitava melhorar o desempenho das redes IPs na função de
encaminhamento de pacotes IPs, combinando o processo de roteamento de
nível 3 com a comutação de nível 2 para realizar o encaminhamento de
datagramas através de pequenos rótulos de tamanho fixo. Tais rótulos são
números utilizados no protocolo MPLS e, através destes, a decisão de qual
interface se deve encaminhar os datagramas é tomada.
8
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Tipos de roteamento
Convencional Baseado em rótulos
Analise de Verificação dos pacotes a Verificação dos pacotes apenas
todo cada saldo em todo uma vez no ingresso do caminho
cabeçalho caminho da rede. virtual.
IP
Suporte Necessita de roteamento Necessita somente um algoritmo
para dados especial para multicast e de encaminhamento.
unicast e algoritmo de
multicast encaminhamento.
Decisão de Baseado no endereço Baseado em vários parâmetros:
roteamento destino do pacote IP. endereço de destino no cabeçalho
IP, QoS, tipo de dados e etc
9
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
10
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
A) ATM
B) ETHERNET
C) PPP
Assim, por ser uma camada de integração, é necessário que este esteja
compatível com diversos protocolos de nível 3, assim como tecnologias de
camada 2, o que justifica o termo “Multiprotocol”.
12
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
13
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
15
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Nesse tipo de redes os pacotes são rotulados assim que entram na rede e são
encaminhados apenas com base no conteúdo desses rótulos ao longo do
caminho. Os routers tomam decisão de encaminhamento com base nesses
mesmos rótulos, evitando assim o esquema de intenso processo de pesquisa
de dados utilizado no roteamento convencional. É possível também que, em
vez de um único rótulo, o MPLS permita que os pacotes de dados carreguem
uma pilha de rótulos, segundo a ordem de que o ultimo rótulo a ser colocado no
pacote deverá ser o primeiro a ser retirado.
Na figura 1.6 mostra-se a inserção dos rótulos aos pacotes IPs. Através do
protocolo LDP, essas associações são anunciadas para os routers vizinhos.
17
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Por exemplo vê-se que no router central o rótulo de saída para a rede 192.168
terá o valor 9 e o rótulo de saída para a rede 172.16 terá o valor 7. Já os
rótulos de entrada para tais redes serão 4 e 5, respectivamente.
18
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
19
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
20
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
CAPÍTULO
2
Engenharia de tráfego
com MPLS
21
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
22
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Observando a figura a cima ilustrada, vê-se que existem dois caminhos entre
os routers R1 e R5:
R1→R2→R5
R1→R3→R4→R5
O protocolo OSPF (um dos mais comuns utilizado em redes IPs puras), faz
balanceamento de carga entre rotas de custos iguais (métricas iguais) entre até
4 interfaces simultaneamente (Equal Cost Load Sharing). Já o protocolo EIGRP
24
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
O MPLS pode ser utilizado para criar túneis de engenharia de tráfego com base
na análise do tráfego e com objectivo de fornecer balanceamento de carga
entre caminhos de diferentes taxas de transmissão, como apresentado na
figura abaixo. A engenharia de tráfego está utilizando cada vez mais o MPLS
para atender as suas necessidades de "tunelamento".
O protocolo OSPF (Open Shortest Path First) foi criado pelo IETF (Internet
Engineering Task Force), ele é um protocolo de roteamento do tipo estado de
enlace, que envia anúncios sobre os estados da conexão a todos outros
routers em uma mesma área hierárquica e usa o algoritmo SPF (Shortest Path
First) para calcular o caminho mais curto para cada nó. Trata-se de um
protocolo IGP (Interior Gateway Protocol), de código aberto, foi projectado com
objectivo de substituir o protocolo RIP (Routing Information Protocol)
resolvendo diversas limitações que este apresenta e abordar as necessidades
das redes grandes e escaláveis, as quais não eram abrangidas pelo RIP. A
versão mais recente do protocolo para funcionalidade com o IPv4 é o OSPF
versão 2, sendo o OSPF versão 3 utilizado para o IPv6. Características do
protocolo OSPF:
25
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
26
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Os routers que não “entendem” os LSAs opacos não precisam examinar nem
os usar em seus cálculos de caminho. Eles apenas devem armazenar e
reencaminhar os LSAs recebidos. Isso provê um modo elegante de acrescentar
função a uma rede de maneira compatível e é usado para acrescentar
informações de engenharia de tráfego ao OSPF, de modo que os routers
cientes da engenharia de tráfego possam descobrir e actuar sobre a
informação de TE em cooperação com routers mais antigos, que continuam a
implementar o OSPF padrão. A RFC 3630 engloba apenas o LSA opaco tipo
10, ou seja, restringe a sua aplicabilidade ao interior de uma área OSPF.
27
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Para que o MPLS-TE funcione sobre uma rede com protocolo IS-IS
preexistente, é preciso actualiza-lo para uma nova versão de IS-IS, já com o
OSPF não é necessário.
28
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
29
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Para além de ser usado para optimizar a utilização dos recursos das redes com
enlaces redundantes e com velocidades diferentes, ele fornece mecanismos
para recuperação rápida (fast reroute) em caso de um enlace ou um router
entrar em falha. O MPLS-TE também pode ser combinado com outros
mecanismos de QoS para fornecer garantias de VPNs ou classes de tráfego.
30
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
31
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
No caso de falha da conexão R3→R5, o tráfego correrá pelo túnel 1 até que o
túnel principal seja restabelecido. Já em caso de falha do router R5, o tráfego
será transmitido através do túnel 2 até que o túnel principal seja restabelecido.
32
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
2.9. GMPLS
33
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
CAPÍTULO
3
Simulação do MPLS-TE
com o GNS 3
34
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
3.1. GNS3
35
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
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Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
PE 7200 c7200-adventerprisek9-
mz.152-4.S3
P 7200 c7200-adventerprisek9-
mz.152-4.S3
Os protocolos IGPs mais comuns para o uso do MPLS são o OSPF (Open
Shortest Path First) e o IS-IS (Intermediate System to Intermadiate System),
tanto um como o outro são excelentes protocolos de estado de enlace. Mas
para essa simulação escolheu-se o OSPF.
37
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
PE1#configure terminal
PE1 (config)#interface serial 1/0
PE1 (config-if)#ip add 192.168.0.13 255.255.255.252
PE1 (config-if)#no shut
PE1 (config-if)#exit
PE1 (config) #interface serial 1/1
PE1 (config-if)#ip add 192.168.0.17 255.255.255.252
PE1 (config-if)#no shut
PE1 (config-if)#exit
PE1 (config)interface serial 1/2
PE1 (config-if)ip add 150.1.1.1 255.255.255.252
PE1 (config-if)no shut
PE1 (config-if)exit
PE1 (config) #router ospf 1
PE1 (config-router)#network 192.168.0.12 0.0.0.3 area 0
PE1 (config-router)#network 192.168.0.16 0.0.0.255 area 0
PE1 (config-router)#network 192.168.0.20 0.0.0.255 area 0
PE1 (config-router)#network 192.168.0.24 0.0.0.255 area 0
PE1 (config-router)#network 192.168.0.28 0.0.0.255 area 0
Verificação
PE1#show ip route
C 192.168.0.12/30 is directly connected, Serial1/0
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Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
OBS: As rotas OSPF são exibidas com a letra "O" na tabela de roteamento
do router PE1 nesse caso, podendo ser verificada também nos outros
routers usando o mesmo comando "show ip route".
PE1#configure terminal
PE1 (config)#interface loopback 0
PE1 (config-if)#ip add 10.10.1.1 255.255.255.255
PE1 (config-if)#exit
PE1 (config)router ospf 1
PE1 (router-config)#network 10.10.1.1 0.0.0.0 area 0
PE1 (router-config)#exit
39
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
PE1#configure terminal
PE1 (config)#mpls label protocol ldp
PE1#configure terminal
PE1 (config)#interface serial 1/0
PE1 (config-if)#mpls ip
PE1 (config)#interface serial 1/1
PE1 (config-if)#mpls ip
PE1 (config-if)#exit
Do jeito que a rede está configurada, caso venha um tráfego do CE1 para o
PE1, o protocolo IGP nesse caso o OSPF, fará a escolha de um caminho para
encaminhar os pacotes, podendo ser PE1→P1→PE2 ou PE1→P2→PE2
(partindo do pressuposto que os dois caminhos têm custos iguais).
Caso não seja configurado nenhum serviço, o MPLS funciona como uma rede
IP convencional, apenas mais rápida no encaminhamento dos pacotes porque
os routers P1 e P2 não analisam o cabeçalho de rede (como já se fez
referência nos capítulos anteriores), eles preocupam-se apenas a fazer a
comutação de rótulos, tornando assim a rede muito ágil em termo de
encaminhamento.
40
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
7. Configurar o
IGP para suporte
ao MPLS-TE
PE1#configure terminal
PE1 (config)#mpls traffic-eng tunnels
PE1 (config)#interface serial 1/0
PE1 (config-if)#mpls traffic-eng tunnels
41
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
PE1#configure terminal
PE1 (config)#interface serial 1/0
PE1 (config-if)# ip rsvp bandwidth 512
PE1 (config-if)#mpls traffic-eng tunnels
PE1 (config-if)#interface serial 1/1
PE1 (config-if)# ip rsvp bandwidth 512
PE1 (config-if)#mpls traffic-eng tunnels
Esse passo trata das configurações dos parâmetros que serão usados pela
interface túnel. Nesse caso, se o caminho escolhido para o LSP é feito usando
o IGP, o path option (opção de caminho) pode ser escolhido para ser dinâmico
ou explicito, nesse caso especifico ele foi escolhido explicitamente.
42
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
PE1 (config-if)#exit
Passo 5 (Opcional): Configurar o caminho explicito que será usado pelo túnel
PE1#configure terminal
PE1 (config)# ip explicit-path name caminho1 enable
PE1 (cfg-ip-expl-path)#next-address 192.168.0.14
PE1 (cfg-ip-expl-path)#next-address 192.168.0.21
PE1 (cfg-ip-expl-path)#exit
PE1 (config)# ip explicit-path name caminho2 enable
PE1 (cfg-ip-expl-path)#next-address 192.168.0.18
PE1 (cfg-ip-expl-path)#next-address 192.168.0.25
PE1 (cfg-ip-expl-path)#exit
PE1 (config)# ip explicit-path name caminho3 enable
PE1 (cfg-ip-expl-path)#next-address 192.168.0.14
PE1 (cfg-ip-expl-path)#next-address 192.168.0.29
PE1 (cfg-ip-expl-path)#next-address 192.168.0.25
PE1 (cfg-ip-expl-path)#exit
Por padrão, à interface túnel não é anunciada no IGP para uso na tabela de
roteamento, sendo necessário a sua configuração explicitamente para que
possa ser utilizada como próximo salto na tabela de roteamento.
PE1#configure terminal
PE1 (config)#interface tunnel 0
PE1 (config-if)#tunnel mpls traffic-eng autoroute announce
43
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
O passo final consiste na configuração do IGP para suporte a TE, nesse caso
teremos o OSPF-TE.
PE1#configure terminal
PE1 (config)#router ospf process-id
PE1 (config-router)#network 192.168.0.12 0.0.0.3 area 0
PE1 (config-router)#network 192.168.0.16 0.0.0.255 area 0
PE1 (config-router)#network 192.168.0.20 0.0.0.255 area 0
PE1 (config-router)#network 192.168.0.24 0.0.0.255 area 0
PE1 (config-router)#network 192.168.0.28 0.0.0.255 area 0
PE1 (config-router)#no auto-cost
PE1 (config-router)#mpls traffic-eng area 0
PE1 (config-router)#mpls traffic-eng router-id interface number
Figura 3. 2 - Túneis de TE
Criou-se dois túneis, o túnel 0 e o túnel 1. O túnel 0 possui 200 Kbps e tem três
opções de caminho definidos explicitamente, isso permite a recuperação rápida
44
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
O balanceamento de carga pode ser feito nos dois túneis, quer por fluxo, quer
por pacotes dependo da necessidade.
Usando o comando "show mpls traffic-eng tunnels tunnel 0" (pode-se fazer o
mesmo para o túnel 1) é possível ver algumas informações relacionadas ao
túnel 0.
45
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
46
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Conclusão
Depois de algum tempo de investigação e estudos sobre o tema, diga-se por
abono da verdade, que o MPLS-TE é uma excelente forma de mapear os
recursos disponíveis numa rede, permitindo orientar o tráfego de forma a evitar
ou diminuir zonas com congestionamentos.
O MPLS-TE nos permite ter maior controlo do tráfego, pelo facto do roteamento
ser baseado na origem. Um bom controlo do tráfego permite dar prioridade no
encaminhamento de certos pacotes ou classes de tráfego sensíveis ao atraso,
pelo facto de os túneis de TE terem atributos de preempção.
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Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Recomendações
Pelo facto das redes dos provedores de serviço serem redes com grande
fluência de tráfego, é necessário que o MPLS-TE seja combinado com outras
técnicas, para disponibilizar aos clientes variados níveis de qualidade.
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Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Referências
[1] Redes MPLS, fundamentos e aplicações - José Mário Oliveira, Rafael
Dueire Lins e Roberto Mendonça. Editora BRASPORT Livros e Multimédia
Ltda.
[4] Cisco Press MPLS fundamentals - Luc de Ghein, CCIE no. 1897.
[7] Vídeo aulas sobre MPLS Traffic Engineering GNS 3 CISCO ( part 1
connect the GNS lap to the Host, part 2 configure interfaces, part 3 Create the
Tunnels and Explicit Path) [www.youtube.com] → Acedido em Janeiro de 2016.
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Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Apêndice
Como já foram apresentadas as configurações do PE1 com excessão da
configuração do túnel 1, logo, as configurações aqui apresentadas para o
router PE1 serão apenas as relacionadas ao túnel 1. Para os outros serão
apenas apresentadas as configurações básicas do MPLS-TE.
Configurações do PE1
PE1 (config)#interface tunnel 1
PE1 (config-if)#ip unnumbered loopback 0
PE1 (config-if)#tunnel mode mpls traffic-eng
PE1 (config-if)#tunnel destination 10.10.1.2
PE1 (config-if)#tunnel mpls traffic-eng path-option 1 explicit name principal
PE1 (config-if)#tunnel mpls traffic-eng path-option 2 explicit name secundario
PE1 (config-if)#tunnel mpls traffic-eng bandwidth 100 [kbps]
PE1 (config-if)#tunnel mpls traffic-eng fast-rerounte
PE1 (config-if)#exit
PE1#configure terminal
PE1 (config)# ip explicit-path name principal enable
PE1 (cfg-ip-expl-path)#next-address 192.168.0.18
PE1 (cfg-ip-expl-path)#next-address 192.168.0.25
PE1 (cfg-ip-expl-path)#exit
PE1 (config)# ip explicit-path name secundario enable
PE1 (cfg-ip-expl-path)#next-address 192.168.0.18
PE1 (cfg-ip-expl-path)#next-address 192.168.0.29
PE1 (cfg-ip-expl-path)#next-address 192.168.0.21
PE1 (cfg-ip-expl-path)#exit
Configurações do P1
P1#configure terminal
P1 (config)#mpls traffic-eng tunnels
P1 (config)#interface serial 1/0
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Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
Configurações do P2
P2#configure terminal
P2 (config)#mpls traffic-eng tunnels
P2 (config)#interface serial 1/0
P2 (config-if)# ip rsvp bandwidth 512
P2 (config-if)#mpls traffic-eng tunnels
P2 (config-if)#interface serial 1/1
P2 (config-if)# ip rsvp bandwidth 512
P2 (config-if)#mpls traffic-eng tunnels
P2 (config-if)#interface serial 1/2
PE2 (config-if)#mpls traffic-eng tunnels
P2 (config)#router ospf 1
P2 (config-router)#mpls traffic-eng area 0
P2 (config-router)#mpls traffic-eng router-id loopback 0
Configurações do PE2
PE2#configure terminal
PE2 (config)#mpls traffic-eng tunnels
PE2 (config)#interface serial 1/0
PE2 (config-if)# ip rsvp bandwidth 512
PE2 (config-if)#mpls traffic-eng tunnels
51
Implementação de engenharia de tráfego com MPLS em redes WANs
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