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OPERAÇÃO DE MOTOBOMBAS E ITENS DE CONTROLE

Autor Glauco Vitoria Pereira1

RESUMO
Buscamos ao elaborar este trabalho elucidar possíveis dúvidas existentes quanto da correta
utilização dos conjuntos motobomba submersos e fornecer subsídios para aumentar a vida útil dos
equipamentos. Estaremos demonstrado algumas das possíveis formas de utilização das
motobombas, quais itens podem ser controlados e quais os benefícios desta prática.

ABSTRACT
While elaborating this work we tried to clear possible doubts regarding the correct use of the
submersible pumps and to give instructions on how to increase the equipments lifetime. We will
demonstrate some possible ways to use the pump, which items can be controlled and which are the
benefits from this practice.
.

1
O autor é Consultor Técnico Comercial da empresa Ebara Indústrias Mecânicas e Comércio Ltda, situada na rua
Joaquim Marques de Figueiredo no. 2-31, Distrito Industrial – Bauru – SP CEP 17.034-290 fone (14) 4009-0020
fax (14) 4009-0011 e-mail glauco@ebara.com.br
XIV Encontro Nacional de Perfuradores de Poços 1
II Simpósio de Hidrogeologia do Sudeste
1 - INTRODUÇÃO
A operação de um conjunto motobomba submerso consiste no monitoramento das grandezas
passíveis de medição e controle da funcionabilidade do sistema, tomando o devido cuidado com
algumas especificações básicas. Diga-se sistema pois o conjunto motobomba submerso, além da
utilização fim, que é a transferência da água em que se tem acesso por meio da construção de um
poço tubular profundo ao ambiente externo, podendo este ambiente ser um armazenamento para
posterior distribuição, ou uma distribuição direta para consumo ou insumo de produção, ou
qualquer utilização se seja necessário a transferência d’água entre dois pontos.

2 - CUIDADOS NA OPERAÇÃO
O princípio de uma correta operação de um conjunto motobomba submerso está no
dimensionamento do equipamento mais adequado a ser instalado, levando em consideração
inicialmente a real necessidade de volume d’água a ser transferida entre a captação e a distribuição
ou armazenamento e, após esta definição checar as variáveis necessárias para se calcular a altura
manométrica em relação à necessidade identificada.
Na operação de um conjunto motobomba submerso, deve-se verificar o atendimento de
algumas especificações básicas recomendadas pelo fabricante, quanto ao limite de partidas por hora,
forma de acionamento em relação a potência e tensão do motor; controle do teor de produção de
material sólido e características físico e química da água do poço, bem como da vazão e níveis
estático e dinâmico; monitoramento dos parâmetros elétricos de tensão e variação de tensão entre
fases, corrente e oscilação de corrente entre fases, seqüência de fases, isolamento do motor e
potência consumida; a temperatura interna do motor; a pressão na rede e/ou nível do reservatório e
a forma de controle da operação (automação).
A periodicidade do monitoramento das grandezas acima vai depender do grau de dependência
e utilização da água transferida pelo conjunto motobomba, podendo ser desde semanal à on-line e é
esta necessidade que definirá os equipamentos necessários para suas medições e seu grau de
precisão.

3 - FORMAS DE OPERAÇÃO
3.1 – Poço
Como já dito, a operação de um conjunto motobomba em poço tubular profundo á a sua
utilização fim, e pode ser dividida em bombeamento convencional e bombeamento para
rebaixamento de aqüíferos.

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3.1.1 – Bombeamento Convencional
No bombemento convencional a construção do poço tubular profundo visa o acesso ao
aqüífero e a captação da água subterrânea de forma não predatória, onde o dimensionamento e a
operação do conjunto motobomba submerso visa a manutenção das características originais do
poço, não interferindo ao meio.
Neste caso a operação do equipamento tende a ser semelhante em todo o período de
funcionamento, com partidas e paradas conforme a necessidade da utilização, permanecendo o
equipamento operando com o mesmo ponto operacional no decorrer de sua vida útil.

3.1.2 – Bombeamento para Rebaixamento de Aqüíferos


No bombeamento para rebaixamento de aqüíferos, a construção do poço, ou dos poços, visa o
acesso ao aqüífero e captação da água subterrânea de forma a estabilizar um nível piezométrico, ou
o rebaixamento contínuo do nível piezométrico, ou ainda até exaurir uma determinada área.
Neste caso o funcionamento dos conjuntos motobombas submersos tendem a ser contínuos
com paradas apenas em momentos de manutenções ou quedas de energia.
No caso de rebaixamento para estabilizar um nível piezométrico, a operação do equipamento
tende a ser semelhante em todo o período de funcionamento, permanecendo o equipamento
operando com o mesmo ponto operacional no decorrer de sua vida útil.
No caso de rebaixamento contínuo do nível piezométrico, a operação do equipamento tende a
oscilar durante todo o seu funcionamento, uma vez que a necessidade neste caso é a de drenar
conforme a necessidade momentânea uma determinada área, ocorrendo assim o rebaixamento
constante do nível dinâmico do poço em que o conjunto motobomba submerso está operando.

3.2 – Captação de Águas Superficiais


Os conjuntos motobomba submersos podem ser utilizados para captação de águas superficiais
conforme mostra a figura 1. Nesta operação deve-se tomar os devidos cuidados para assegurar que o
motor tenha a devida refrigeração e que o equipamento não succione materiais inerentes ao meio
em que está operando como plantas, peixes, dentre outros.
As formas da captação poderão ser as mais diversas, não apenas conforme mostrado na figura
1, sendo necessário apenas os cuidados com as proteções já mencionadas e assegurar a
submergência necessária do equipamento dimensionado.

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II Simpósio de Hidrogeologia do Sudeste
Figura 1 – Captação por Barragem

3.3 – Drenagem
Na operação dos conjuntos motobomba submersos em sistemas de drenagem, estes funcionam
transferindo água de um reservatório de captação d’água de galerias de drenagem podendo chegar a
esgotá-lo. É necessário da mesma forma, assegurar a refrigeração adequada do motor e protegê-lo
contra funcionamento a seco.
As principais vantagens de se operar um sistema de esgotamento de água de drenagem com
conjuntos motobombas submersos são: operação sem ruídos provenientes do conjunto motobomba;
facilidade na manutenção; não agride o meio-ambiente por não necessitar de sistemas de
lubrificação; menor custo e menor consumo de energia.
Nas figuras 2 e 3 podemos ver exemplos de utilização do conjuntos motobomba submerso em
operação em poços de drenagem na vertical e horizontal, sucessivamente.

Figura 2 – Poço de Drenagem com Operação na Vertical

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II Simpósio de Hidrogeologia do Sudeste
Figura 3 – Poço de Drenagem com Operação na Horizontal

3.4 - Pressurização
Os conjuntos motobombas submersos podem ser utilizados em sistemas de pressurização de
redes (booster), tendo que se tomar os mesmos cuidados que em qualquer outra aplicação,
possuindo, da mesma forma que na utilização em sistemas de drenagem, grandes vantagens em
detrimento ao outros equipamentos, como por exemplo: reduz o espaço de instalação da bomba;
reduz o custo inicial da instalação do sistema, não sendo necessário a construção de nenhuma casa
de máquinas; não há necessidade de bases de concreto muito robustas; diminui a ocorrência de
vandalismo e destruição dos equipamentos por não se encontrarem expostos; melhoria do meio
ambiente da estação de bombeamento; redução do nível de ruído e vibração; redução da
temperatura da sala de bombeamento; facilidade de manutenção, não é necessário a refrigeração
com água para as gaxetas, nem a convivência com o vazamento da mesma.
Nas figuras 4 e 5 podemos ver exemplos de utilização do conjuntos motobomba submerso em
operação em sistemas de pressurização na vertical e horizontal, sucessivamente.

Figura 4 – Booster Vertical Semi-Enterrado

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II Simpósio de Hidrogeologia do Sudeste
Figura 5 – Booster Horizontal

4 – ITENS DE CONTROLE
Para se assegurar que o conjunto motobomba submerso opere corretamente e que venha a ser
retirado de operação em paradas programadas, é necessário o monitoramento do maior volume das
grandezas possível, como já citamos: a vazão e níveis estático e dinâmico; monitoramento dos
parâmetros elétricos de tensão e variação de tensão entre fases, corrente e oscilação de corrente
entre fases, seqüência de fases, isolação dielétrica do motor e potência consumida; a temperatura
interna do motor; a pressão na rede e/ou nível do reservatório.
No monitoramento das informações do poço como a vazão e níveis estático e dinâmico,
podemos identificar, caso haja alguma alteração em seus valores, uma possível incrustação
(colmatação) na região filtrante do poço, ou um possível rebaixamento de níveis, ou desgaste do
conjunto motobomba submerso, ou um vazamento em tubulação, ou ainda alguma obstrução
hidráulica e estes fatos, se não observados a tempo, poderão causar a queima do equipamento, ou
até, em uma situação extrema, levar a perda do poço.
No monitoramento dos parâmetros elétricos de tensão e variação de tensão entre fases,
corrente e oscilação de corrente entre fases, é possível identificar a ocorrência de problemas na rede
e prevenir a queima prematura do motor, protegendo-o contra estas situações. Mostramos nos
gráficos 1 e 2 leituras de tensão e correntes sucessivamente, tendo sido medidas de um equipamento
marca Ebara modelo BHS 813-5, 65HP, 440V com corrente nominal de 87A, com oscilações em
que os equipamentos podem operar sem colocar em risco o motor. Ressaltamos apenas que neste
caso o nível da tensão encontra-se elevado, sendo necessário sua correção para a tensão nominal do
motor, sendo 440V, com possibilidade de oscilação de +10% – 5% e o que podemos acompanhar é
que a tensão encontra-se com oscilações aceitáveis, mas sempre acima da tensão nominal.

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nominal de 137A.
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22:07:30'00 22:12:30'00
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Gráfico 2 - Corrente
05:45:00'00 05:26:30'00
06:15:30'00 05:57:30'00
06:28:30'00
Gráfico 1 – Tensão Entre Fases

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07:16:30'00 06:59:30'00
07:47:00'00 07:30:30'00
08:17:30'00 08:01:30'00
08:48:00'00 08:32:30'00
09:18:30'00 09:03:30'00
09:49:00'00 09:34:30'00
10:19:30'00 10:05:30'00
10:50:00'00 10:36:30'00
11:20:30'00 11:07:30'00
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altamente prejudiciais aos motores causando a queima prematura dos mesmos. Neste caso o
equipamento instalado no poço era um de marca Ebara modelo BHS 805-5, 100HP, 440V, corrente
Nos gráficos 3 e 4, veremos oscilações de tensão e consequentemente de corrente que são
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12:59:15'00 13:36:00'00
13:34:30'00
14:11:30'00
14:09:45'00
14:47:00'00
14:45:00'00
15:22:30'00

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15:55:30'00
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21:12:45'00 21:17:30'00
21:48:00'00 21:53:00'00
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01:54:45'00 01:26:00'00
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03:05:15'00 02:37:00'00
03:40:30'00 03:12:30'00
04:15:45'00 03:48:00'00

Gráfico 4 – Conseqüência da Oscilação de Tensão


Gráfico 3 – Oscilação de Tensão Prejudicial ao Motor

04:51:00'00 04:23:30'00
05:26:15'00 04:59:00'00
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07:56:30'00
08:32:00'00
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solicitado na ocasião da aquisição do conjunto motobomba submerso, ou quando de uma
possível é necessário a instalação de um sensor de temperatura interna do motor, que pode ser

manutenção preventiva ou corretiva. Com o monitoramento da temperatura interna do motor,


Outra grandeza passível de medição é a temperatura interna do motor. Para que isso seja
iremos controlar a operação do equipamento em temperaturas limites para que não venha a afetar as
características de isolação dielétrico dos grupos de bobina evitando assim a sua queima.
Citamos algumas das ocorrências passíveis de identificação em função do monitoramento da
temperatura interna do motor:
• redução da vazão bombeada por obstrução dos filtros do poço, inversão de sentido de rotação,
estrangulamento do registro, etc;
• excesso de partidas consecutivas; sobrecarga mecânica como bombeamento de material sólido e
travamento do bombeador;
• sub ou sobre-tensão por oscilação acima da tolerância;
• desequilíbrio entre fases e falta de fase;
• problemas com os cabos causados por sub-dimensionamento ou por falha na isolação tanto de
seu revestimento quanto da emenda;
• parametrização incorreta de “Soft Start” ou “Inversores de freqüência”.
O controle da temperatura interna do motor protege o equipamento contra todos os fatores que
causam aquecimento do motor, não protegendo-o contra descargas atmosféricas, picos e surtos de
tensão na rede de alimentação, pois tais situações causam danos no motor em tempo muito curto,
não possível de ser detectado por elevação de temperatura.
Demonstramos abaixo no gráfico 5 um monitoramento de vazão, corrente e temperatura
interna de motor efetuada em um conjunto motobomba submerso marca Ebara modelo BHS 804-4,
75HP, 220/380V, operando em 380V com corrente nominal de 126A, sendo simulado o fechamento
de registro. Este resultado também é obtido por vazamento na tubulação, falha no acoplamento
entre motor e bombeador, obstrução do crivo do bombeador, dentre outros em que o equipamento
permanece operando mas com vazão inferior a originalmente dimensionado.

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II Simpósio de Hidrogeologia do Sudeste
80 120
Temperatura (oC)
Q (L/s)
70 Corrente (A) 110

60 100
Vazão e Temperatura

Corrente do Motor
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40 80

30 70

20 60

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(minutos)

Gráfico 5 – Temperatura interna do motor em relação à queda de vazão

Podemos verificar que mesmo com a diminuição da corrente de trabalho do motor, a


temperatura interna do mesmo permanece em elevação, em função da diminuição da troca térmica
ocasionada pela diminuição da vazão, mesmo após a estabilização da corrente a temperatura
permanece em ascensão.
Como demonstrado é de suma importância para que se obtenha a vida útil desejada do
conjunto motobomba submerso, um correto dimensionamento e um acompanhamento dos
parâmetros operacionais, pois além de prolongar a operação do equipamento, isto fará com que o
usuário defina o momento correto para uma manutenção preventiva, tendo como principal benefício
o baixo custo nesta ocasião.

XIV Encontro Nacional de Perfuradores de Poços


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II Simpósio de Hidrogeologia do Sudeste

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