Anda di halaman 1dari 2

Universidade Federal do Maranhão

Curso de Graduação em Engenharia Química


Disciplina: Bioquímica de alimentos
Professora: Alexandra M. S. Soares
Aluno: Dyogo Mondego Moraes
Lipídeos: Estrutura, Importância e Degradação de Ácidos Graxos
Os lipídios constituem, juntamente com os carboidratos e proteínas outra classe de substâncias consideradas como
alimento. Os seus representantes são compostos bastante heterogêneos, das mais variadas funções químicas, que se
caracterizam pela insolubilidade em água e solubilidade em solventes orgânicos (éter, acetona, álcool, clorofórmio, etc.). Essa
natureza hidrofóbica é consequência da natureza química da molécula, que possui extensas cadeias de carbono e hidrogênio,
lembrando muito os hidrocarbonetos[1]. Os lipídeos são frequentemente classificados nos seguintes grupos Ácidos graxos e
seus derivados; Triacilgliceróis; Ceras; Fosfolipídeos (glicerofosfolipídeos e esf ingosinas); Esfingolipídeos (contêm moléculas
do aminoálcool esfingosina); Isoprenóides (moléculas formadas por unidades repetidas de isopreno, um hidrocarboneto
ramificado de cinco carbonos) constituem os esteróides, vitaminas lipídicas e terpenos[2]. É importante iniciar o estudo dos
lipídios abordando o conhecimento das estruturas químicas dos ácidos graxos. Portanto, os ácidos graxos são as unidades
básicas da maioria dos lipídios. São ácidos monocarboxílicos (contendo apenas um grupo carboxila - COOH). O grupo
carboxila se liga a uma longa cadeia hidrocarbonada, cujo número de carbono varia de 4 a 36 [3].

Os lipídios são os principais depósitos de energia. Constituem o combustível celular ideal, pois cada molécula carreia
grandes quantidades de energia por unidade de peso. Podem ser encontrados livres nas células como reserva energética e
são as moléculas mais eficientes como reserva energética[4]. Os ácidos graxos são as biomoléculas mais calóricas, apesar
dos carboidratos serem bem mais eficazes na produção de energia. O metabolismo energético dos lipídios acontece, portanto,
secundariamente ao dos carboidratos, o que torna os lipídios que contém ácidos graxos, notadamente os triacilgliceróis
(trigligerídeos), as principais biomoléculas de reserva energética. Um grama de gordura contém cerca de nove calorias de
energia, mais que o dobro da capacidade armazenadora de energia de uma quantidade igual de carboidratos e proteínas. A
maior parte dessa gordura fica disponível para a produção de energia, especialmente durante o exercício prolongado. Os
nutrientes em excesso, que não as gorduras, são transformados prontamente em gordura para serem armazenados. Dessa
forma, a gordura funciona como principal depósito do excesso de energia alimentar. À semelhança do que ocorre com os
carboidratos, a utilização de gorduras como combustível poupa proteínas para suas importantes funções de síntese e reparo
dos tecidos[5]. Apesar disso, os carboidratos são vistos como a principal e a mais eficiente fonte energética, já que necessitam
menos oxigênio para a sua oxidação quando comparados aos lipídios e proteínas. São os principais componentes das
membranas celulares; isto é especialmente importante porque as membranas são um dos maiores componentes estruturais
e organizados das células. Presentes na constituição de estruturas celulares (fosfolipídios e colesterol), como as membrana
plasmática, do retículo endoplasmático rugoso e liso em membranas dos organóides que as possuem (mitocôndrias,
cloroplastos, etc.)[6]. A gordura é fundamental para o desenvolvimento cerebral, porque é necessária para a mielinização e
crescimento dos neurônios e também para o desenvolvimento da retina. Definem um conjunto de substâncias químicas que,
ao contrário das outras classes de compostos orgânicos, não são caracterizadas por algum grupo funcional comum, e sim
pela sua alta solubilidade em solventes orgânicos[7]. Além dessas funções, os lipídeos, em quantidades significativamente
menores, são extremamente importantes para a constituição de cofatores; como é o caso da vitamina K; pigmentos; como o
retinol e o caroteno; transportadores; como dolicóis; hormônios, geralmente os derivados de vitamina D e os hormônios
sexuais; e mensageiros extracelulares e intracelulares [8].

O processo de obtenção de energia a partir de lipídeos decorre da degradação de ácidos graxos, talvez a mais
importante categoria dos lipídeos devido suas características energéticas, o que é um processo complexo e de extrema
importância realizado por grande parte dos organismos. A princípio, há a conversão das gorduras da dieta em micelas mistas
de sais biliares e tiacilgliceróis, o que é intercedido pelos sais biliares [9]. Os principais produtos da digestão de lipídios são o
glicerol e ácidos graxos. O glicerol é metabolizado na via glicolítica. Para isto ele precisa primeiro ser ativado pela enzima
glicerol-quinase, que utiliza uma molécula de ATP para converter o glicerol em L-glicerol-3-fosfato. Em seguida a enzima
glicerol3-fosfato-desidrogenase utiliza o NAD+ para converter o L-glicerol-3-fosfato em diidroxiacetona-fosfato. Por fim a
enzima triose-fosfato-isomerase converte a diidroxiacetona-fosfato em D-gliceraldeído-3-fosfato, que segue seu caminho na
via glicolítica[10]. O metabolismo dos ácidos graxos ocorre no interior da mitocôndria. Para que eles sejam metabolizados é
necessário primeiro ativa-los, transformando seu grupo carboxilato num tio-éster da CoASH. A enzima acilCoA sintetase
inicialmente ativa o ácido graxo com uma molécula de ATP. O oxigênio da carboxila ataca o fósforo-α do ATP, fornando acil-
AMP e pirofosfato. O pirofosfato é hidrolisado à dois fosfatos inorgânicos. Em seguida a CoASH ataca a carbonila da acil-
AMP, saindo o grupo abandonador AMP e formando acil-CoA. Os ácidos graxos com até 12 carbonos atravessam a
membrana mitocondrial sem problemas. Para ácidos graxos maiores entram em ação as enzimas carnitina-aciltransferase I
e carnitina aciltransferase II. A primeira catalisa a transesterificação da acil-CoA com a carnitina formando acilcarnitina e
CoASH. A acil-carnitina atravessa sem problemas a membrana mitocondrial, e do outro lado a segunda enzima catalisa a
transesterificação da acil-carnitina com a CoASH, formando acil-CoA e carnitina[11].
REFERENCIAS

[1] GILBERT, H. F. Basic concepts in Biochemistry – A student´s survival guide. 2nd. McGraw Hill: New York, 2000.

[2] MOTTA, V. T. Bioquímica, Editora EDUCS, 236p, 2005

[3] GILBERT, H. F. Basic concepts in Biochemistry – A student´s survival guide. 2nd. McGraw Hill: New York, 2000.

[4] FOOD INGREDIENTS BRASIL Nº 37 – 2016, 55p

[5] FOOD INGREDIENTS BRASIL Nº 37 – 2016, 56p

[6] FOOD INGREDIENTS BRASIL Nº 37 – 2016, 55p

[7] FOOD INGREDIENTS BRASIL Nº 37 – 2016, 56p

[8] Nelson, David L.; Cox, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger: 6.ed. São Paulo: Artmed, 2014. p. 833.

[9] Nelson, David L.; Cox, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger: 6.ed. São Paulo: Artmed, 2014. p. 668.

[10] LEHNINGER, A. L.; NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de Bioquímica, 4ª. Edição, Editora Sarvier, 2006, capítulo 7.

[11] LEHNINGER, A. L.; NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de Bioquímica, 4ª. Edição, Editora Sarvier, 2006, capítulo 7.

Anda mungkin juga menyukai