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CONSELHO DA REPÚBLICA: UMA SOLUÇÃO


DISPONÍVEL

P O R E V A N D R O F. P O N T E S

Como é bom e agradável viverem irmãos juntos em harmonia

Salmo 133

A semana que passou foi agitada pela decisão do STF, que determinou a
competência da Justiça Eleitoral para julgar os chamados “casos conexos”, a

saber: todos os processos em que se identi que uma causa jurídica cujos
efeitos foram, diretamente ou indiretamente, de natureza eleitoral.

A Justiça ainda precisa modular os efeitos dessa decisão, a saber, veri car o
que esse entendimento interfere, na prática, em cada processo em que houver
crime eleitoral como consequência de um ato anterior de corrupção, lavagem
de dinheiro e outros delitos “não-eleitorais”.

Essa decisão causou grande comoção e contou com críticas pesadas na


sociedade e nos meios que apoiam as iniciativas da Operação Lava Jato, pois,
especulou-se que a decisão em tela do STF poderia interferir em muitas
decisões já tomadas. O próprio Ministro relator, em entrevista dada, declarou
que isso, ao seu ver, deverá ocorrer. Embora ele seja apenas um entre onze e
tenha dito isso “fora dos autos”, esse caminho pode ser facilmente
identi cado por exercícios corriqueiros de dedução simples.

O desagrado geral, entretanto, não é de hoje, nem de ontem.

Já há tempos que o STF vem modi cando o direito e isso, de certa forma, não
vem contando com a simpatia de inúmeros setores da sociedade, que estão
alijadas desse processo de modi cação.

Antes de se criticar ou elogiar a linha que vem sendo adotada pelo STF (e não
quero aqui cair na esparrela de debater o inquérito aberto pelo Presidente do
STF na mesma sessão em que o caso ora mencionado foi julgado), cumpre
aqui constatar um fato: há hoje uma crise institucional instalada no seio da
República. 
Identi car essa crise não é crítica nem elogio – é constatar um fato óbvio que
o próprio Ministro Barroso reconhece ao, ele mesmo, criticar a iniciativa da
investigação dos descontentes e, em passado recente e remoto, ter a rmado
que os desígnios da Corte não correspondem, muita vez, ao que pensa e deseja
a maioria do povo brasileiro. O próprio Ministro Barroso sabe que vem
mudando o direito brasileiro unilateralmente e que fazer isso sem enfrentar
descontentes seria explicitar que essas modi cações frequentam las de
motéis com o seu amante, o despotismo (a conclusão é do Ministro, embora a
metáfora, confesso, seja minha, já que metáfora não é crítica).

Essa a rmação do Ministro Barroso, em uma das vezes, voltou-se ao


problema do aborto – de acordo com a doutrina constitucional que ele
defende, o STF não estaria adstrito a uma vontade popular majoritária contra
a legalização do aborto, pois ao STF caberia fazer “justiça social”, sobretudo
contra uma maioria, haja vista que essa “justiça social” (ou, como bem
lembrou Sowell, essa “justiça cósmica”) é em si uma luta de uma certa
minoria contra essa maioria, que a Justiça institucionalizada tem o dever de
dar guarida. É, assim, uma justiça ativa (não apenas “ativista”) e que advoga
(literalmente) por certas causas que, em si, estão nesse moinho de
transformações ex catedra do direito brasileiro.

Não quero também entrar no mérito de suas teses nem debater legalização de
aborto (assunto do qual minha posição é aberta e radicalmente contra essa
barbárie humana) – a ideia é voltar a um arauto do pensamento jurídico, que
começou conservador e terminou na esquerda: Go redo Telles Junior.


Ao escrever que o direito justo é o direito legítimo, entendendo legítimo
aquele direito que corresponde a uma aspiração natural na sociedade,
Go redo, nos idos dos anos 1950 e em sua fase mais conservadora e
bergsoniana, a rmava que a falta de respaldo dessa maioria seria, de certa
forma, um núcleo de con ito entre o direito natural de um povo e de uma
nação contra o direito tecnocrático de minorias putativas. Mesmo em seu
momento pseudoprogressista (como na Cartas aos Brasileiros em 1977), o
tema da legitimidade foi central, mostrando que o velho mestre nunca
abandonou o seu peculiar jusnaturalismo.

A questão da legitimidade é central para se identi car uma crise, portanto.

Sob o ponto de vista técnico, as falas do Ministro Barroso (e isso não é uma
crítica, mas apenas a constatação de um fato) são o maior atestado de que o
STF vem agindo de forma ilegítima.

E essa ilegitimidade, ergo, é o combustível de uma crise que já está instalada na


República, conforme quisemos demonstrar.

Para solucionar essa crise republicana, é necessário reconduzir o exerício da


Jurisdição, sobretudo no âmbito do STF e do CNJ (sim, ele exerce sim
jurisdição, se você ainda não percebeu, leitor, leitora), ao eixo da legitimidade.

As decisões judiciais devem sim funcionar como um diapasão social, sob pena
de aprofundar uma crise de legitimidade do direito (coisa que até Habermas
falava, quando a legitimidade em questão lhe agradava debater ou simular).


A solução para essa crise instalada tem de necessariamente ser
suprainstitucional.

Quando a rmo suprainstitucional, quero dizer que ela deve ser constitucional e
ao mesmo tempo pairar acima das instituições; mas sempre abaixo e dentro dos
limites da Constituição Federal.

E neste pormenor, eu lhes apresento, leitor, leitora, o CONSELHO DA


REPÚBLICA.

Previsto na Constituição Federal em seus artigos 89 e 90, o CR tem como uma


de suas atribuições, “pronunciar-se sobre (…) as questões relevantes para a
estabilidade das instituições democráticas”.

E aqui volto a esse tema da crise institucional de legitimidade criada no seio


da cúpula do Judiciário, cuja solução parte da minha premissa assentada no
Salmo 133, que fala sobre harmonia, em combinação com o art. 90, II da
Constituição Federal de 1988, que fala de estabilidade das instituições
democráticas.

As palavras legitimidade, harmonia e estabilidade são a única solução viável


para resolver esse imbróglio todo e, pasmem, estão na Constituição
prontinhas para serem usadas, exatamente para momentos como este.

E cabe única e exclusivamente ao Presidente da República lançar mão desse


mecanismo.


Deixe-me entrar aqui um pouco no detalhe dessa solução que está tão a mão
– que coisa é essa de Conselho da República? O que signi ca? De onde vem?
Como funciona? Onde vive? Como se alimenta?

Voltemos à Constituição, portanto.

Como dito, a Constituição estabelece para que serve esse Conselho: além
dessa tarefa de pronunciar-se e possivelmente intervir para garantir a
estabilidade das instituições democráticas, o Conselho trata ainda de intervenção
federal, estado de defesa e estado de sítio.

Quero apenas lembrar que o Brasil está muito próximo de ter que veri car se
a situação na Venezuela já con gura estado de defesa nacional.

Portanto, se o STF não é assunto su ciente para a instalação e pleno


funcionamento do Conselho da República, o genocídio na Venezuela não
deixa mais margens para dúvidas. Basta ler os arts. 136 e seguintes da
Constituição Federal.

Voltando ao tema da harmonia, do equilíbrio e da estabilidade institucional,


devolvendo-lhe a legitimidade, cuja origem é exclusivamente o STF,
atentemos para o que diz o art. 89, que trata de sua composição: são quinze
membros e o conselho é che ado pelo Presidente da República.

Dentre os 15 membros temos: o vice-presidente (atualmente, o General


Mourão), o presidente da Câmara dos Deputados (dep. Rodrigo Maia), o
presidente do Senado Federal (o Sen. Davi Alcolumbre), o Ministro da Justiça

(atualmente, o Min. Sérgio F. Moro), os líderes da maioria e da minoria na
Câmara e no Senado e seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e
cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois
eleitos pelo Senado e dois eleitos pela Câmara, com mandato de 3 anos, sendo
vedada a reeleição ou recondução.

Os líderes no Senado hoje são, pela maioria, o Senador Eduardo Braga e pela
Minoria o Senado Randolfe Rodrigues.

Na Câmara, a liderança da minoria está vaga e a liderança da minoria está a


cargo da Deputada Jandira Feghali.

No dia 19 de fevereiro de 2018, o então presidente Michel Temer nomeou,


para um mandato de 3 anos, os Srs. Jorge Luiz Macedo Bastos (ex-diretor da
ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres) e Carlos Mário da Silva
Velloso (este, ex-Ministro do STF). A Câmara nomeou o Deputado José Carlos
Aleluia e o ex-Ministro da Justiça Eugênio Aragão e o Senado não fez
nomeações civis. Do que consta das informações o ciais disponíveis, não
chegaram a tomar posse e o Conselho da República de Temer não chegou a ser
instalado ou deliberar. As únicas vagas que caram em aberto foram as do
Senado e, atualmente, a da liderança da maioria da Câmara.  Estas nomeações
ocorreram de afogadilho por conta da intervenção no Rio de Janeiro, quando
resolveu-se lembrar a existência do Conselho da República e a obrigação
constitucional de consulta prévia em caso de intervenção federal. As pessoas
indicadas na forma do art. 89, VII da Constituição por conta da intervenção no
Rio de Janeiro teriam mandato até fevereiro de 2021 se tivessem tomado
posse e exercido o mandato em primeira reunião, que, ao que consta das

informações o ciais, jamais chegou a ocorrer.
Em obediência ao que diz a Lei 8.041, que regula o tema, entendo que a falta
de posse tenha levado tais nomeações a ter caducado. Novas nomeações
deveriam ser feitas para atender o que dispõe a lei.

Perceba assim que veio a tona então no ano passado que a constituição tinha
esse art. 90. Michel Temer, que se apresenta como professor de direito
constitucional e até tem um livrinho divertido sobre o assunto, desconhecia
por completo a questão. Continua sem entender para que serve o instituto.

E não é culpa dele. Nem como professor da matéria, nem como político, nem
como ex-Presidente.

Nenhum professor de direito de constitucional conhece ou estudou sobre o


tema.

O leitor e a leitora poderão trazer das estantes para a mesa todas as obras de
direito constitucional escritas, incluindo o best-seller do Professor Pedro
Lenza. Não há mais do que 2 parágrafos sobre o tema, isso quando resolvem
tratar do assunto.

Obras de Gilmar Mendes, Alexandre de Morais, Luis Roberto Barroso não


dedicam uma linha sequer ao tema.

Obras mais antigas como a de Manoel Gonçalves Ferreira Filho (o famoso


“Manual do Manecão”) ou ainda o intrincado “curso” do Professor José
A onso da Silva oscilam entre o nada e dois parágrafos.


Mas é com José A onso que os dois parágrafos cam interessantes. Ao longo
de suas quases 1000 páginas, é na de número 671 em sua última edição que o
“Curso do Zé A onso” vai tratar do tema em literalmente dois parágrafos
(dos quais 1 e meio são cópias do que dispõem os artigos da constituição). A
única parte em que lhe coube algum comentário está assim desde a primeira
edição até hoje: “revela-se, assim, como um conselho de consolidação
democrática, mas só a experiência vai con rmar a sua utilidade. Foi inspirado
no Conselho de Estado instituído nos arts. 144 a 149 da Constituição
portuguesa, e surgiu no bojo da proposta parlamentarista que, tendo caído, o
deixou de herança dentro do presidencialismo, com certeza para não merecer
a menor atenção do Presidente da República, que, no personalismo do sistema,
não costuma consultar senão os seus próprios botões (às vezes)” (os grifos são
meus).

Não só para ele, mas para a totalidade dos “juristas” esse Conselho é “inútil”.

Essa inutilidade saída da opinião da casta dos “constitucionalista” não


decorre dos fatos – decorre exclusivamente de uma preguiça reiterada de
geração para geração, que vai repetindo, em ato claro de corrupção da
inteligência jurídica, que o Conselho de nada serviria ou, como foi ad hoc
inventado no tempo da intervenção no Rio de Janeiro, seria um “conselho
meramente consultivo”, em interpretação absolutamente cafajeste do termo
“pronunciar-se” (como se alguém fosse convocado para “pronunciar-se”
sobre “estado de defesa” por mero dilentantismo ou diversão…).

Não quero aqui sugerir que o desinteresse dos juristas em face desse órgão

decorre de sua natureza eminentemente política, já que não conta com a
participação de membros do Poder Judiciário, nem mesmo de membros das FFAA:
creio que o desinteresse decorre mesmo de uma absoluta ignorância sobre o
instituto e não da impossibilidade de ter acesso a mais cargos (mesmo porque
a lei determina que o exercício das funções no Conselho da República “é
considerada atividade relevante e não remunerada” (grifei, para afastar
abutres).

E a ignorância é tanta que os poucos manuais que citam o Conselho da


República, quase nenhum chega a mencionar que o tema foi regulado por lei
no tempo de Fernando Collor.

Trata-se da Lei nr. 8.041, de 5 de junho de 1990.

É uma lei bastante chinfrim, feita as pressas, sem cuidado; mas é o que temos
para hoje.

Cumpre lembrar que desde a constituição de 1988 até essa lei de Collor, que
preencheu o Conselho da República a época, os presidentes Sarney, Collor,
FHC e Lula zeram nomeações esporádicas para esse Conselho sem nunca,
jamais tê-lo instalado ou usado. Essas nomeações todas caducaram por
evidente ausência de instalação do órgão e de efetivo exercício com
deliberações. A situação é tão caótica que nem sequer uma webpage em algum
“.gov” esse Conselho dispõe.

A história de maus tratos a esse Conselho anda junto com a história da tal
política de coalizão.


Foi no segundo mandato de Lula, governo que, hoje sabemos, foi anabolizado
pelas práticas do Mensalão e do Petrolão, que o Conselho da República foi
completamente jogado no ostracismo.

É absolutamente errôneo o que dizem esses poucos apaniguados do direito


constitucional de que a função do Conselho da República era um paliativo
para preencher um vácuo de poder caso o plebiscito de 1994 desaguasse em
um sistema parlamentarista. É gente que sabe de parlamentarismo por
apostila…

O Conselho da República é peça-chave nessa função de articulação política


entre Poderes da República com vistas à nossa estabilidade institucional. Toda
instituição conta com um conselho supraexecutivo e com funções essenciais de
natureza estatutária. Não há exceção.

Note que nem a Constituição, nem Montesquieu, nem os federalistas ou


founding fathers falam exclusivamente de independência dos poderes: a palavra
vem associada à harmonia e aqui, voltamos ao Salmo 133 – a independência
sem harmonia se transforma em tirania e a própria constituição estabelece
que é ao Conselho da República que cabe recobrar essa independência de
forma harmônica. Se você ainda não sabe o que é harmonia, pergunte a um
músico – ele vai te explicar isso melhor do que o faria um jurista.

Nesse caso do choque entre a legitimidade das decisões do STF e do CNJ, a


crise institucional instalada conta com uma única saída que a Constituição
oferece: acelerar uma ampla reforma do Poder Judiciário via Conselho da

República. Essa reforma poderia sim ocorrer em regime de urgência mas isso
dependeria de uma articulação política uniforme entre os Poderes Executivo e
Legislativo, cuja forma mais segura seria via Conselho da República.

A premissa básica dessa reforma deveria ter em testa que a Operação Lavajato
não é apenas um patrimônio histórico do Brasil, mas sim de toda a
humanidade. Demos um landmark ao mundo no combate à corrupção e na
forma justa, legítima, legal e até garantista de se colocar na cadeia um
número elevado de corruptos e de criminosos perigosos envolvidos em
organizações que realizaram atos de lavagem de dinheiro, em troca de uma
fraude absoluta ao princípio representativo.

Preservar a Operação Lavajato signi ca manter íntegro o princípio


representativo, assegurando ao cidadão que o deputado e senador que vota
em Brasília pelo resto do país, o faz seguindo as regras representativas e não
porque foi bene ciado pessoalmente a votar de uma forma ou de outra. Isso é
vital para a sobrevida da nossa democracia, interrompida nos tempos de
Lula/Dilma.

No paralelo, se a Operação Lavajato estiver ameaçada no curso da modulação


da decisão da semana passada, sinalizando-se o risco de voltarmos a modelos
da velha política, o Conselho da República tem o dever de intervir.

Entendo que o Conselho da República tem atribuições muito mais amplas do


que pensa a vã loso a do oligopólio editorial dos consititucionalistas –
estão todos errados em suas super ciais análises e desa o qualquer um a
debater sobre o tema comigo, a qualquer tempo.

Dentro desse entendimento, quando a constituição fala que o Conselho deve
pronunciar-se, entendo que a forma correta de pronunciar-se é por meio de
resoluções normativas.

Há certas situações que cabe ao Conselho da República dirimir.

Aqui a oportunidade para que o Conselho da República inter ra e reforme o


Judiciário em caráter de urgência, para impor-lhe limites institucionais que
dêem à República a sua tão querida estabilidade, é algo que não pode mais
demorar uma semana sequer.

A dúvida nal, eu sei, diz respeito a esse histórico obscuro dessa instituição
que foi sorrateiramente deixada à inanição por Lula e cruelmente sepultada
por Dilma – note-se ainda que há uma PEC para reformar esses artigos e
incluir como membros natos desse Conselho da República… ex-presidentes
eleitos, o que colocaria de volta em um órgão suprainstitucional não apenas a
mulher sapiens Dilma Rousse , mas também e sobretudo o meliante de Atibaia.

Note ainda que o embalsamamento do Conselho da República anda pari passu


com o sucesso do Petrolão e a explosão da corrupção representativa no Brasil:
uma está intimamente ligada a outra.

O Presidente da República precisa urgentemente organizar e usar, de forma


institucional esse verdadeiro Poder Moderador da República Brasileira, pois o
seu mandato está em risco se as coisas seguirem do jeito que estão.

Se você ainda não entendeu porque a morte do Conselho da República e o



renascimento da corrupção estão lado a lado, acompanhe a partir daqui meu
raciocínio.

Tempos atrás a funcionalidade desse Conselho foi substituída, como


dissemos, pelo esquema inventado por FHC e ACM denominado política de
coalizão, cuja vertente econômica chama-se, na feliz expressão do Professor
Sérgio Lazzarinni, capitalismo de laços.

FHC e ACM notaram que as funções políticas de um Conselho da República


poderia ocorrer nos bastidores, em união de partidos com mídia amiga, para
que temas de interesse do establishment ganhassem a aprovação sem que um
processo institucional desse conta de sua publicidade e satisfações à
sociedade. Sim, ao meu ver a ditadura do Mensalão implementada por Lula e
Zé Dirceu teve início em um golpe político que FHC e ACM deram nas
intituições brasileiras, em especial na letra constitucional do Conselho da
República.

Com Lula, a política de coalizão se so sticou e encontrou em políticas


econômicas típicas do capitalismo de laços (leia-se, economia fascista) uma
forte barreira de participação do povo, consolidando uma ditadura que era
administrada, no âmbito de suas articulações, a partir da Casa Civil da
Presidência da República.

FHC e ACM implementaram uma política de coalizão em que Presidente da


República e Presidente do Congresso Nacional administravam diretamente
essa coalizão.


Lula inovou e adaptou a política de coalizão a um sistema soviético, em que o
Secretário Geral da República iria controlar tais articulações. Esse secretário
geral da república era o então Ministro da Casa Civil e não por coincidência,
foi escalado Zé Dirceu para essa função.

A partir daí a função do Ministro da Casa Civil cresceu exponencialmente,


deixando à Presidência da República funções de articulação global junto ao
Foro de São Paulo.

É por essa razão que essa política de coalizão, também conhecida como
política do toma-lá-dá-cá (TLDC), criada por FHC e ACM e so sticada como
máquina de poder por Lula e Zé Dirceu, tem por obrigação matar o Conselho da
República.

Desta forma, o Presidente Jair Bolsonaro, ao nomear Onyx Lonrenzoni para


que exerça a função de principal articulador via Casa Civil, usa de um
mecanismo soviético sem saber que o faz!

Será impossível vencer o TLDC se o Presidente seguir usando um mecanismo


que serve exatamente para azeitar e louvar esse TLDC que ele diz querer
destruir mas não vem sabendo como fazê-lo.

O Presidente deveria abandonar imediatamente as funções de articulação que


hoje recaem sobre a Casa Civil e retransformá-la em um Ministério de
funções meramente secretariais e burocráticas (uma espécie de back o ce
presidencial com funções de organização das informações para o Diário
O cial – só, apenas e nada mais). 
Urge retirar as funções políticas da Casa Civil e exercê-las, com urgência,
direta e imediatamente dentro do Conselho da República, que precisa ser
reformado e remodelado, com a indicação de novos nomes, ante à caducidade
das anteriores nomeações ad hoc dos tempos de Temer.

Via Conselho da República o Presidente deverá exercer a sua liderança como


Comandante da nação a m de não só dirimir a crise institucional decorrente
de decisões ilegítimas do STF e do CNJ.

De quebra, poderá exercer a tão sonhada articulação política de forma direta e


sem intermediários, evitando assim o TLDC e a volta da política de coalizão e
o capitalismo de laços, comandando com inteligência e estratégia outros dois
pontos de fundamental retomada do equilíbrio institucional do Brasil: a crise de
fronteira na Venezuela, a reforma da previdência e o pacote do Ministro Moro
(membro nato do Conselho da República).

Presidente Jair Bolsonaro – instale agora o Conselho da República e mãos a


obra! O Brasil não pode esperar mais!

Não é apenas seu mandato que começa a entrar em jogo – é a estabilidade


democrática do Brasil.

Bem aventurado o homem que que não segue os conselhos dos ímpios e não trilha
o caminho dos pecadores e nem participa da reunião de insolentes

Salmo 1


Os pontos de vista expressos neste artigo são as opiniões do autor e não
refletem necessariamente a posição da RENOVA Mídia.

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