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Feminicídio – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.m.wikipedia.

org/wiki/Feminicídio

Memorial para uma mulher morta no


Chile em 2007

Femicídio ou feminicídio é um termo de crime de ódio baseado no gênero, amplamente definido como
o assassinato de mulheres, mas as definições variam dependendo do contexto cultural.[1] A autora
feminista Diana E. H. Russell foi uma das primeiras a usar o termo e atualmente define a palavra como
"a matança de mulheres por homens, porque elas são mulheres". Outras feministas colocam ênfase na
intenção ou propósito do ato que está sendo dirigido às mulheres especificamente porque são
mulheres; Outros incluem a morte de mulheres por outras mulheres.[2]

Muitas vezes, a necessidade de definir o assassinato de mulheres separadamente do homicídio em


geral é questionada. Os críticos argumentam que mais de 80% de todos os assassinatos são de
homens, então o termo coloca demasiada ênfase no assassinato menos prevalente de mulheres. Além
disso, o estudo do femicídio é um desafio social.[3]

Um termo alternativo oferecido é generocídio que é mais ambíguo e inclusivo. No entanto, algumas
feministas argumentam que o termo perpetra o tabu do sujeito do assassinato de mulheres. Feministas
também argumentam que os motivos para femicídio são muito diferentes do androcídio, que vai além da
misoginia, criando um clima de terror que gera a perseguição e morte da mulher a partir de agressões
físicas e psicológicas dos mais variados tipos, como abuso físico e verbal, estupro, tortura, escravidão
sexual, espancamentos, assédio sexual, mutilação genital e cirurgias ginecológicas desnecessárias,
proibição do aborto e da contracepção, cirurgias cosméticas, negação da alimentação, maternidade e
esterilização forçadas. Em vez estarem centrados na violência nas ruas, grande parte dos feminicídios
acontece em casa.

Há autoras e autores que se baseiam na terminologia usada por Jill Radford e Diana Russel, em
Femicide: The Politics of Woman Killing, de 1992.[4] Marcela Lagarde, antropóloga e feminista
mexicana, utiliza a categoria feminicídio, que significa assassinato de mulheres (termo homólogo ao
homicídio), mas acrescentando a ele uma significação política: a de genocídio contra as mulheres.[5]

O feminicídio constitui uma categoria sociológica claramente distinguível e que tem adquirido
especificidade normativa a partir da Convenção de Belém do Pará, a Convenção Interamericana para
Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, adotada pela Assembleia Geral da Organização
dos Estados Americanos (OEA) em 09 de junho de 1994 e ratificada pelo Brasil em 27 de novembro de
1995.

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Segundo Rita Laura Segato, a tentativa de Marcela Lagarde de separar as duas definições não foi
efetiva, tendo em vista que os dois termos são usados indistintamente nos trabalhos sobre o tema. De
maneira política, as duas categorias, femicídio e feminicídio, têm sido utilizadas para descrever e
denunciar mortes de mulheres em diferentes contextos sociais e políticos.[6] Há autores que consideram
“feminicídio” como uma variante de “femicídio”, tendo em vista que a definição inicial é bastante
abrangente.

Empalamento de uma mulher


valdense em Piemonte em
1655

A expressão femicídio – ou femicide como formulada originalmente em inglês – é atribuída a Diana


Russell, que a teria utilizado pela primeira vez em 1976, durante um depoimento perante o Tribunal
Internacional de Crimes contra Mulheres, em Bruxelas. Posteriormente, Diana Russel e Jill Radford
escreveram o livro Femicide: the politics of woman killing que se tornou uma das principais referências
para os estudiosos do tema.[4]

A categoria “femicídio” ou “feminicídio” ganhou espaço no debate latino-americano a partir das


denúncias de assassinatos de mulheres em Ciudad Juarez – México, onde, desde o início dos anos
1990, práticas de violência sexual, tortura, desaparecimentos e assassinatos de mulheres têm se
repetido em um contexto de omissão do Estado e consequente impunidade para os criminosos,
conforme denúncia de ativistas políticas.[7]

Em relação à bibliografia disponível sobre a temática do feminicídio, grande parte do material é


composta de relatórios feitos por ONGs feministas e agências internacionais de defesa dos direitos
humanos, como a Anistia Internacional, e outras. São trabalhos cujo objetivo é dar visibilidade a essas
mortes e cobrar dos Estados o cumprimento dos deveres assumidos na assinatura e ratificação de
convenções e tratados internacionais para a defesa dos direitos das mulheres. Na América Latina, as
duas principais convenções são a Convenção de Belém do Pará (OEA, 1994) e a Convenção sobre a
eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres (1979).[carece de fontes]

Brasil

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Em solenidade no Palácio do Planalto,


a ex-presidente Dilma Rousseff
sanciona a Lei do Feminicídio

O Feminicídio é crime previsto no Código Penal Brasileiro, inciso VI, § 2º, do Art. 121, quando cometido
"contra a mulher por razões da condição de sexo feminino".[8] O §2º-A, do art. 121, do referido código,
complementa o supracitado inciso ao preceituar que há razões de condição de sexo feminino quando o
crime envolve: I - violência doméstica e familiar (o art. 5º da Lei nº 11.340/06 enumera o que é
considerado pela lei violência doméstica);[9] II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. O
feminicídio foi incluído na legislação brasileira através da Lei nº 13.104, de 2015.

São mortes intencionais e violentas de mulheres em decorrência de seu sexo;

Não são eventos isolados na vida das mulheres, porque são resultado das diferenças de poder entre
homens e mulheres nos diferentes contextos socioeconômicos em que se apresentam e, ao mesmo
tempo, condição para a manutenção dessas diferenças.

Para a qualificação de femicídios é necessária a superação de duas dificuldades: a equiparação entre


os femicídios e os popularmente chamados de crimes passionais e a demonstração de que as mortes
de mulheres são diferentes das mortes que decorrem da criminalidade comum, em particular das
mortes provocadas por gangues e quadrilhas.

Uma das grandes dificuldades para se qualificar os crimes de gênero é a falta de dados oficiais que
permita se conhecer o número de mortes de mulheres e os contextos em que elas ocorrem. Outra
dificuldade é a ausência da figura jurídica “femicídio” na grande maioria dos países, inclusive no
Brasil.[7]

Femicídios ou feminicídios devem ser distinguidos dos crimes de gênero que são praticados contra a
mulher em ambientes privados, por abusadores conhecidos de suas vítimas. A exploração das causas e
dos contextos em que são cometidos esses crimes e a identificação das relações de poder que levam
ao seu acontecimento.

Tipos
Feminicídio íntimo: aqueles crimes cometidos por homens com os quais a vítima tem ou teve uma
relação íntima, familiar, de convivência ou afins. Incluem os crimes cometidos por parceiros sexuais
ou homens com quem tiveram outras relações interpessoais tais como maridos, companheiros,
namorados, sejam em relações atuais ou passadas.

Feminicídio não íntimo: são aqueles cometidos por homens com os quais a vítima não tinha

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relações íntimas, familiares ou de convivência, mas com os quais havia uma relação de confiança,
hierarquia ou amizade, tais como amigos ou colegas de trabalho, trabalhadores da saúde,
empregadores. Os crimes classificados nesse grupo podem ser desagregados em dois subgrupos,
segundo tenha ocorrido a prática de violência sexual ou não.[7]

Feminicídio por conexão: são aqueles em que as mulheres foram assassinadas porque se
encontravam na “linha de fogo” de um homem que tentava matar outra mulher, ou seja, são casos em
que as mulheres adultas ou meninas tentam intervir para impedir a prática de um crime contra outra
mulher e acabam morrendo. Independem do tipo de vínculo entre a vítima e o agressor, que podem
inclusive ser desconhecidos.[7]

Transfeminicídio: também chamado de transfemicídio e travesticídio, se enquadra dentro do termo


transgenerocídio, que se caracteriza como uma política disseminada, intencional e sistemática de
eliminação da população trans, mulheres trans e travestis, motivada pelo ódio e nojo.[10][11]

Infanticídio feminino na China

Feminismo

Misoginia

Machismo

Crimes de ódio

Violência contra a mulher

Operação Cronos

Generocídio

Uxoricídio

1. http://www.femicide.net

2. Corradi, C., Marcuello-Servos, C., Boira, S. and Weil, S. 2016 'Theories of femicide and their
significance for social research', Current Sociology 64(7): 975-995. Special Issue on Femicide.
DOI:10.1177/0011392115622256.

3. Marcuello-Servós, C, Corradi, C., Weil, S. and Boira, S. 2016a ‘Femicide: a Social Challenge’,
Current Sociology 64(7):967-974. Special Issue on Femicide. DOI: 10.1177/0011392116639358.

4. RADFORD, Jill, and RUSSELL, Diana E. H. (Eds.) (1992). «Femicide: The Politics of Woman
Killing» (PDF). New York: Twayne Publishers. 379 páginas. Consultado em 29 de agosto de 2013

5. CARIBONI, Diana (2010). «¿Femicidio, feminicidio? El genocidio necesita un nombre en América


Latina» . Consultado em 29 de agosto de 2013

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6. SEGATO, Rita Laura (2011). «Femigenocidio y feminicidio: una propuesta de tipificación» . Revista
Herramienta. Consultado em 29 de agosto de 2013

7. PASINATO, Wânia (2011). « "Femicídios" e as mortes de mulheres no Brasil» (PDF). Cadernos


Pagu. pp. 219–246. Consultado em 29 de agosto de 2013

8. «Código Penal»

9. «Feminicídio: entenda as questões controvertidas da Lei 13.104/2015»

10. «Transfeminicídio: quando vidas são passíveis de apagamento» . Transfeminismo. 31 de


dezembro de 2016. Consultado em 9 de março de 2019

11. «Brasil: o país do transfeminicídio» . Revista Fórum. 9 de junho de 2014. Consultado em 9 de


março de 2019

Violência Contra as Mulheres, Violência Estrutural e Violência Urbana: conexões perversas. Artigo de
Ana Paula Portella, disponível no site da ONG CFEMEA.

Qué es un feminicídio? Notas para un debate emergente (em castelhano) Texto científico publicado
na Revista do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (Série Antropologia) sobre a
questão do assassinato de mulheres.

Território, soberania e crimes de segundo Estado: a escritura nos corpos das mulheres de Ciudad
Juarez (em português) Texto científico publicado na Revista Estudos Feministas sobre a questão do
assassinato de mulheres no México.

(em castelhano) Monitoreo sobre Feminicidio/Femicidio en el Salvador, Guatemala, Honduras,


México, Nicaragua y Panamá (2007, CLADEM) [1] Investigação realizada pelo Comité de América
Latina y el Caribe para la Defensa de los Derechos de la Mujer - CLADEM sobre a violência de
gênero contra as mulheres e sua manifestação mais extrema: o femicídio/feminicídio em países da
América Latina.

Crime de feminicídio poderá ser incluído no Código Penal brasileiro (em português) Notícia da
Agência Senado sobre a violência e o assassinato de mulheres no Brasil.

Feminicídio: como uma cidade mexicana ajudou a batizar a violência contra mulheres (BBC Brasil +
Lais Modelli, 10/12/2016)
(inclusive respectivo archiving, no Wayback Machine)
Mapa da violência 2015:Homicídio de mulheres no Brasil (em português)

Última modificação há 12 horas por Chronus

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