A B C D E das
Hepatites Virais
para Agentes Comunitários
de Saúde
Brasília - DF
2009
©2009 Ministério da Saúde.
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Coordenação geral:
Ricardo Gadelha de Abreu
Coordenação e texto:
Ana Mônica de Mello
Evilene Lima Fernandes
Ricardo Gadelha de Abreu
Assessoria de conteúdo:
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Kátia Crestine Poças
Laura Souza
Polyanna Christine Bezerra Ribeiro
Sirlene de Fátima Pereira
Thiago Rodrigues de Amorim
Thaís Severino da Silva
Ilustrações:
Eduardo Dias
Diagramação:
Ademildo Coelho Mendes
Apoio:
Secretaria Municipal de Saúde de Luziânia − GO
Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
A B C D E das hepatites virais para agentes comunitários de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em
Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. − Brasília : Ministério da Saúde, 2009.
ISBN 978-85-334-1648-2
1. Hepatite viral. 2. Agravos à saúde. 3. Agente Comunitário de Saúde (ACS). I. Título. II. Série.
CDU 616.36
Apresentação...................................................................5
1 O que são as hepatites virais?........................................7
2 Como saber se a pessoa tem hepatites virais?...............8
3 Como as hepatites virais são transmitidas?....................9
4 Sinais e sintomas das hepatites virais...........................12
5 Como se proteger das hepatites A e E?.......................13
6 Como se proteger das hepatites B, C e D?..................19
7 Imunização.................................................................23
8 Quais são as atribuições do Agente
Comunitário de Saúde − ACS?....................................33
9 Tratamento.................................................................37
Referências.....................................................................39
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento Nacional de DST, Aids e Hepatites Virais
A B C D E das Hepatites Virais para Agentes Comunitários de Saúde
Apresentação
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento Nacional de DST, Aids e Hepatites Virais
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento Nacional de DST, Aids e Hepatites Virais
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A B C D E das Hepatites Virais para Agentes Comunitários de Saúde
Hepatite A
É uma doença viral aguda de transmissão
fecal-oral, ou seja, pode ser transmitida por
contato entre indivíduos, pela água ou por
alimentos contaminados, por mãos mal lavadas
ou sujas de fezes e por objetos que estejam
contaminados pelo vírus.
Geralmente, a infecção é benigna em
crianças e mais grave em adultos, mas podem
ocorrer formas fulminantes da doença, levando o
indivíduo a óbito.
ATENÇÃO!!!
Pessoas que já tiveram hepatite A apresentam
imunidade para a doença, mas não estão livres de
contrair as outras hepatites virais.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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Hepatite B
É uma doença sexualmente transmissível,
mas também pode ocorrer por meio do
compartilhamento de seringas e agulhas
contaminadas, colocação de piercing,
procedimentos de tatuagem e manicure/
pedicure com materiais não esterilizados,
compartilhamento de utensílios e objetos
de higiene contaminados com sangue
(escovas de dente, lâminas de barbear ou
de depilar), acupuntura, procedimentos
médico-odontológicos, transfusão de sangue,
hemoderivados e hemodiálise sem as adequadas
normas de biossegurança. A transmissão vertical
- de mãe para filho − do vírus da hepatite B
pode ocorrer durante o parto, pela exposição do
recém-nascido ao sangue.
Outros líquidos orgânicos, como sêmen e
secreção vaginal, podem constituir-se fonte de
infecção.
Ressalta-se que não há evidências de que
o aleitamento materno aumente o risco de
transmissão da hepatite B da mãe para o bebê.
Por isso, a amamentação não está contraindicada
em mães portadoras da doença, desde que
seu filho receba a vacina e a imunoglobulina,
preferencialmente, nas primeiras 12 horas de vida.
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Hepatite C
A transmissão da hepatite C ocorre
principalmente pelo sangue.
Indivíduos que receberam transfusão de
sangue e/ou hemoderivados antes de 1993,
quando ainda não era realizada a triagem
sorológica, podem ter a doença. Nesse caso,
recomenda-se que os indivíduos procurem
as Unidades Básicas de Saúde para maiores
esclarecimentos.
As outras formas de transmissão são
semelhantes às da hepatite B; porém, a via
sexual e a vertical são menos frequentes.
Hepatite D
Só terão hepatite D aquelas pessoas que já
estão infectadas pelo vírus da hepatite B.
Sua transmissão é igual à das hepatites B e C.
No Brasil, essa doença é mais comum na
Região Amazônica.
FIQUE LIGADO(A)!!!
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Hepatite E
Sua transmissão assemelha-se à da hepatite
A. É fecal-oral, ocorrendo principalmente pela
água e alimentos contaminados, por dejetos
humanos e de animais. A sua disseminação está
relacionada à infraestrutura de saneamento
básico e a aspectos ligados às condições de
higiene praticadas.
No Brasil, é uma doença rara, sendo
comumente encontrada em países da Ásia e
África.
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7 Imunização
Existem vacinas para a prevenção das
hepatites A e B.
O Ministério da Saúde oferece vacina contra
a hepatite B na rotina das salas de vacina e
contra a hepatite A nos Centros de Referência de
Imunobiológicos Especiais (CRIE).
Não existe vacina contra a hepatite C, o
que reforça a necessidade de um controle
adequado da cadeia de transmissão no domicílio
e na comunidade, bem como entre grupos
vulneráveis, por meio de políticas de redução de
danos.
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• doenças de depósito;
• fibrose cística;
• trissomias;
• imunodepressão terapêutica ou por
doença imunodepressora;
• candidatos a transplante de órgão
sólido, cadastrados em programas de
transplantes;
• transplantados de órgão sólido ou de
medula óssea;
• doadores de órgão sólido ou de medula
óssea, cadastrados em programas de
transplantes;
• hemoglobinopatias.
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ATENÇÃO!!!
Todo recém-nascido deve receber a primeira
dose da vacina logo após o nascimento,
preferencialmente nas primeiras 12 horas de
vida.
Se a gestante tiver hepatite B, o recém-
nascido deverá receber, além da vacina, a
imunoglobulina contra a hepatite B, nas
primeiras 12 horas de vida, para evitar a
transmissão vertical (de mãe para filho).
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• populações indígenas;
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• profissionais do sexo;
• portadores de DST até 30 anos de idade;
• hemofílicos;
• população de assentamentos e
acampamentos;
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9 Tratamento
Hepatite Aguda
Não existe tratamento específico para as formas
agudas das hepatites virais. As causadas pelos
vírus A e E podem evoluir para uma recuperação
completa. Na maioria dos casos, a doença é
autolimitada e de caráter benigno, sendo que a
insuficiência hepática aguda grave ocorre em pelo
menos 1% dos casos na hepatite A. A hepatite E
pode apresentar formas graves, principalmente em
gestantes.
O uso de medicações para vômitos e febre
deve ser realizado quando pertinente,
sendo sempre recomendado pelo
médico. Entretanto, faz-se necessária a
máxima atenção quanto às medicações
utilizadas. Os medicamentos não devem
ser administrados sem recomendação
médica, para não agravar o dano no
fígado.
O repouso é considerado medida
adequada. Como norma geral,
recomenda-se que seja orientado pelo
médico, pois o tempo de repouso
depende de exames que mostrem a
melhoria do dano no fígado, liberando-
se progressivamente o paciente para
atividades físicas.
A dieta pobre em gordura e rica
em carboidratos é de uso popular;
porém, seu maior benefício é ser
mais agradável para a pessoa que
apresenta perda de apetite. De forma
prática, recomenda-se que a dieta seja
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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Hepatite Crônica
É importante que, na atenção básica, os
profissionais estejam atentos para o diagnóstico,
reduzindo, dessa forma, a chance de progressão
de hepatite crônica para cirrose ou câncer de
fígado.
O diagnóstico precoce, o adequado
encaminhamento para a equipe de saúde
de referência e a orientação para evitar a
transmissão domiciliar e na comunidade
contribuem para evitar as formas mais graves e a
disseminação da doença.
A decisão para o tratamento depende de
análise do estado geral do paciente e de exames
específicos, definidos nos serviços de referência,
com base em protocolos clínicos publicados em
portarias. Os profissionais da atenção básica
devem estar atentos para o acompanhamento
dos pacientes que são portadores de hepatites
B, C ou D no seu território, como forma de
controlar a doença, impedir sua transmissão e
evitar mortes.
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A B C D E das Hepatites Virais para Agentes Comunitários de Saúde
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção
à Saúde. Departamento de Atenção Básica. HIV/
Aids, hepatites e outras DST. Brasília, 2006. (Cad-
erno de Atenção Básica, n. 18) (Série A. Normas e
Manuais Técnicos.)
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilân-
cia em Saúde. Departamento de Vigilância Epide-
miológica. Como ajudar no controle da hanseníase?
Brasília, 2008.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilân-
cia em Saúde. Departamento de Vigilância Epide-
miológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia
de bolso. 7. ed. rev. Brasília, 2008. (Série B. Textos
Básicos de Saúde).
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância
em Saúde. Departamento de Vigilância
Epidemiológica. Hepatites virais: o Brasil está atento.
3. ed. Brasília, 2008.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância
em Saúde. Material instrucional para capacitação em
vigilância epidemiológica das hepatites virais. Brasília,
2008. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
______. Ministério da Saúde. Secretaria de
Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST
e Aids. Manual de controle das doenças sexual-
mente transmissíveis. 4. ed. Brasília, 2006.
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