O primeiro passo é obter a certificação da empresa que é emitida pelo órgão
responsável no município ou estado, dependendo da atividade prestada pela
empresa. E na hora da contratação do empregado é importante deixar explícita a relação de trabalho, ou seja, o vínculo jurídico por qual uma pessoa executará determinado serviço para outrem mediante o pagamento de uma contraprestação (SARAIVA, sd). Na relação de trabalho encontram-se as seguintes categorias: profissional autônomo, eventual, voluntário, institucional, estágio e relação de emprego. Ressalta-se a importância do conhecimento da constituição e direitos dos trabalhadores, sendo indispensável a regulamentação do trabalhador e o correto seguimento da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). As características da relação de emprego são: trabalho físico prestado por uma pessoa física, pessoalidade (o contratado deve prestar o serviço sem permitir que terceiros executem sua função), sem eventualidade (ao encontro da natureza para o serviço que foi contratado), onerosidade (referente ao pagamento), subordinação (economicamente) e alteridade (condição do que é outro). Inicialmente elabora-se o contrato de experiência, verificando se o empregado possui habilidade para designar determinada função, o empregado também pode verificar o ambiente e as perspectivas que a empresa fornece e se adaptar ao trabalho que será subordinado. O contrato não pode exceder 90 dias, conforme determina o artigo 455, parágrafo único da CLT. Após o contrato de experiência, inicia-se o Contrato Individual de Trabalho que é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. É um acordo de vontades, alguém quer trabalhar e a outra pessoa necessita da mão de obra. A relação de emprego corresponde à categoria fundamental sobre a qual se constrói o direito do trabalho. É importante a formalização do contrato para a garantia de direitos do trabalhador e legalidade da empresa, ressalta-se a preferência por contratos escritos, anotação na carteira de trabalho e Previdência Social. Segundo o artigo 59 parágrafo 1º, o pagamento de hora extra é o valor 50% superior ao da hora normal. O pagamento do total de horas extra no mês é dado pelo valor da hora extra mensal adicionada ao valor do descanso semanal remunerado. Logo, o pagamento da hora extra é calculado somando o valor da hora normal com adicional de 50%. No artigo 58 da CLT, a jornada de trabalho para funcionários dentro de uma empresa privada não deve ultrapassar 8 (oito) horas diárias e 44 horas semanais, com direito ao intervalo. Também é direito do empregado 30 dias de férias, após 12 meses trabalhados e horas extras ou compensação de horas que ultrapassarem a jornada estabelecida anteriormente e o 13º salário anual. A empresa deve atentar-se para os impostos referentes aos empregados, como por exemplo, INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) e FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Sendo o INSS e o IRPF descontados da remuneração bruta, esses impostos são capturados pela empresa e repassados aos órgãos responsáveis. O FGTS será de 8% sobre a remuneração bruta do empregado, deve-se ser depositado pela empresa O contrato também serve para deixar claro que as duas partes são independentes entre si. A interrupção do contrato ocorre quando o empregado suspende a realização dos serviços, mas continua recebendo sua remuneração, como por exemplo, licença maternidade, paternidade, acidente do trabalho, etc. A suspensão do contrato ocorre nas ocasiões em que o acidente de trabalho ou doença ultrapassem o 15º dia, aposentadoria por invalidez, prestação de serviço militar, etc. O artigo 391 da CLT explica que o estado de gravidez não é motivo para rescisão contratual. Sendo assim, é dado aos colaboradores o direito a Licença Maternidade e Paternidade, de acordo com a Lei 11.970 que regulamenta o Programa Empresa Cidadã, garantindo 180 dias de licença maternidade e 20 dias de licença paternidade com remuneração integral.