Anda di halaman 1dari 36

Prof.Dr. Oldecir F.O.

Silva
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
Vitimologia
• Guglielmo Gulotta define a Vitimologia como “uma disciplina que tem
por objeto o estudo da vítima, de sua personalidade, de suas características,
de suas relações com o delinqüente e do papel que assumiu na gênese do
delito” (PIEDADE JÚNIOR, 1993, p. 83).

• Lola Aniyar Castro, famosa criminóloga venezuelana, entende a


Vitimologia como “estudo da personalidade da vítima (de um delinqüente ou
de outros fatores), com o descobrimento dos elementos psíquicos que compõem
a dupla penal, definindo a proximidade entre vítima e criminoso”.

• Zvonimir Separovic entendeu que Vitimologia tem por objetivo aumentar o


interesse da sociedade pelo problema da vítima, compreender o papel que a vítima
desempenha, além de criar tipologias. Este autor também sustenta que a Vitimologia
deve explicar as causas da vitimização, desenvolvendo um sistema de medidas para
reduzir tal fenômeno e dar assistência às vítimas.

Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva


VITIMOLOGIA

A VITIMOLOGIA É A CIÊNCIA QUE SE OCUPA


DA VÍTIMA E DA VITIMIZAÇÃO, CUJO
OBJETO É A EXISTENCIA DE MENOS VÍTIMAS
NA SOCIEDADE, QUANDO ESTA TIVER REAL
INTERESSE NISSO.
(BENJAMIM MENDELSOHN)

Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva


CONCEITO DE VÍTIMA
• Vítima tem sua origem no latim victima ou victimae, cujo significado
é “pessoa ou animal sacrificado ou que se destina a um sacrifício”
(PIEDADE JÚNIOR, 1993, p. 86)

• Mendelsohn define vítima como “a personalidade do indivíduo ou da


Coletividade na medida em que está afetada pelas conseqüências
sociais de seu sofrimento determinado por fatores de origem muito
diversificada”. Tais fatores seriam físico, psíquico, econômico, político ou
social, assim como do ambiente natural ou técnico. (PIEDADE JÚNIOR, 1993, p. 88).

• Separovic entende que vítima é “qualquer pessoa, física ou moral,


que sofre como resultado de um desapiedado desígnio, incidental ou
acidentalmente”(PIEDADE JÚNIOR, 1993, p. 89).
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
Fases da História da Vitima
Ocorre em três fases:
• A primeira foi a fase da vingança privada e da justiça privada, também conhecida como
“idade de ouro” da vítima,.

• Tal período marcou profundamente a civilização, pois foi neste momento em que o
vitimizado deteve em suas mãos a garantia de escolher a forma que seria solucionado o
problema decorrente do delito, ou seja, lhe era facultado o direito de vingança ou de
compensação em relação ao seu agressor .

• Considerando essa vingança como uma forma de resposta à agressão, estava baseada em
impor ao algoz punições físicas, retirada de seus bens materiais, podendo chegar até à sua
morte. Esses direitos concedidos às vítimas nos primórdios da existência do direito tinham,
além da finalidade de proporcionar ao ofendido uma satisfação pessoal, o propósito primário
de fazer que voltasse a prevalecer a paz originária da coletividade que fora conturbada em
decorrência da prática do fato criminoso.

Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva


• Após o surgimento das organizações sociais através da evolução social e
política, se compreendeu que não era mais de interesse a vingança ilimitada,
havendo, portanto, o desaparecimento do instituto da vingança privada.
• Nasce nesse momento o Direito Penal como matéria de ordem pública, sendo
que a partir de então, o Estado traz para si a responsabilidade da
administração da justiça, passando a ser o único possuidor da persecutio
criminis.

• Nesta segunda fase da história da vítima, momento em que a mesma,


marginalizada, passou a ficar em segundo plano decaindo de sua até então
posição central para uma posição periférica, ocorreu a sua neutralização e
inevitável enfraquecimento

Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva


• Já a terceira, e atual fase da vítima, denominada como a fase do
redescobrimento, teve seu início com o fim da II Guerra Mundial,
momento em que a nação mundial presenciou perplexa, um dos
maiores atos de atrocidades já praticados que foi o martírio de
seis milhões de judeus em campos de concentração nazistas sob o
comando de Adolf Hitler.

• Nesta fase, portanto, surge a Vitimologia, que neste momento


estava encarregada de realizar a referida redescoberta, pois
passou a estudar qual o motivo do esquecimento do sistema
penal em relação à vítima e qual era a razão da mesma não poder
se enquadrar no rol dos sujeitos de direitos, pois tal prerrogativa
era concedida aos acusados. Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
VITIMIZAÇÃO
• Vitimização ou processo vitimizatório, diz respeito à ação ou efeito de alguém se
autovitimar ou vitimar terceiro. É o processo em que, ao final, o indivíduo ou o
grupo torna-se vítima. Pode ser decorrente de ação ou omissão, advindas de um
único indivíduo ou de uma coletividade, ou do meio. Na vitimização, com exceção
da autovitimização, sempre incorrerá na existência da parelha penal vitimizador
e vítima. (Heitor Piedade Júnior (1993, p. 107)

✓ Sobre esse tópico, vale salientar a participação consciente ou não da Vítima.


✓ Este processo é complexo na formação da dupla vítima-vitimizador. Tal
complexidade está ligada aos níveis de participação tanto da vítima como do
vitimizador nas relações de causa e efeito.

• Portanto, vitimização pode ser decorrente de ação ou omissão, advindas de um único


indivíduo ou de uma coletividade, ou do meio. Na vitimização, com exceção da
autovitimização, sempre incorrerá na existência da parelha penal vitimizador e vítima.

Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva


PAPEL DA VÍTIMA EM SUA VITIMIZAÇÃO
a) Vítima Provocadora
➢ A vítima provocadora, apesar do nome, deve ser vista como pessoa que acaba por
contribuir de alguma forma para o crime.
➢ Assim, é possível identificar dois tipos de vítimas provocadoras: a que contribui
conscientemente e a que contribui inconscientemente.

vítima provocadora consciente


• é considerada como a mulher, vítima comum de crimes sexuais. É aquela que, de
alguma forma ou através de algum tipo de interação com o potencial vitimizador, inicia
ou influencia os atos deste. O vitimizador neste caso é o homem mediano que, por uma
situação ou determinado ato da vítima, não teve como evitar a consumação do ato. A
vítima torna-se um estereótipo de mulher predadora, quer dizer, a mulher desinibida e
portadora de forte desejo sexual que tenta equilibrar sua vida com relacionamentos
que a satisfaçam física e emocionalmente.

• vale ressaltar que as pessoas tendem a passar por um ritual de acasalamento, de


aproximação, no intuito de conseguir sexo. A má interpretação por parte do agente
induz ao entendimento de que a vítima, apesar da aproximação inicial, realmente
deseja consumar o ato. Contudo, em sua aproximação inicial, a vítima tenta demonstrar
que apesar da afinidade ela não consumará o ato com aquele sujeito. Com base nessa
interpretação errônea, o agente agirá sob a convicção de que há desejo de consumar o
ato, apesar da resistência da vítima.
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
PAPEL DA VÍTIMA EM SUA VITIMIZAÇÃO
Vítima provocadora inconsciente
➢ constitui um caso a parte, uma vez que sua participação no crime será regulada
geralmente pelo seu instinto de sobrevivência. Ocorrerá a diminuição de sua
resistência durante o ato, no intuito de sobreviver. Deste modo, entende-se que o
tipo mais comum de vítima provocadora será a consciente.

➢ Muitos dos autores tratam vítimas de crimes sexuais puramente como


mulheres, pensamento equivocado. É preciso entender que tanto homens quanto
mulheres têm impulsos e desejos sexuais que em certas situações levam à
necessidade de satisfazê-los. Na maioria dos casos, a vitimização decorre de
avanços de natureza sexual inadequados ou desproporcionais, o que resulta em má
interpretação da situação e, conseqüentemente, em crime.

Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva


PAPEL DA VÍTIMA EM SUA VITIMIZAÇÃO
b) Vítima não provocadora
➢ é aquela sem qualquer contato com o agente. Este tipo de vítima, na maioria dos
casos aleatória, tem uma participação mínima em sua vitimização. A vitimização
decorre puramente da vontade direta do autor que, aproveitando-se de um momento,
comete o crime. Na maioria dos casos, a vítima é escolhida aleatoriamente ou teve
mínimo contato com o agente, mas sem criar qualquer afinidade com este

➢ Essa característica da vítima impossibilita a criação de um vínculo direto com o


autor, dado que seus atos não têm relação direta com os atos deste e suas
conseqüências. Todavia, para determinação do caráter provocador ou não da
vítima, é indispensável observar se o seu comportamento foi adverso aos atos e
vontade/finalidade do autor.

Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva


TIPOLOGIA
(Benjamin Mendelsohn)

a) Vítima completamente inocente: ocorrência de uma fatalidade a


qual não teria como se furtar. Ex. vítima de sequestro, roubo
qualificado, terrorismo, vítima de bala perdida, infanticídio, etc.

b) Vítima menos culpada que o vitimizador: atrai o criminoso ao se


comportar de maneira diferenciada, chamando a atenção para si. Ex.
pessoas que andam exibindo jóias em locais onde há grande fluxo de
dependentes químicos em ativa ou na fissura.

Fernandes e Fernandes (1995, p. 460) conceituam como: “ vítima


autêntica”. O indivíduo que se expõe, inconscientemente, para
fazer o papel de vítima – e, com isso, atinge o objetivo.

Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva


c) Vítima tão culpada quanto o delinquente: o cidadão que se submete
ao estelionato; indivíduo que adquire mercadorias contrabandeadas.
Ex: corrupção, sedução, rixa, etc.

d) Vítima mais culpada que o delinquente: o assaltante invade a


residência, porém, encontra resistência e acaba morto pela vítima.
Ex: lesões corporais e homicídios privilegiados cometidos após injusta
provocação da vítima.

e) Vítima unicamente culpada: Nestes casos a vítima constitui-se a


única pessoa culpada do evento criminoso. Comum nos crimes
culposos. Ex: falsa vítima, que “esconde” o carro para receber o
dinheiro do seguro; que se machuca para dizer que foi agredida pelo
cônjuge; indivíduo embriagado que atravessa avenida movimentada,
ou também no caso da legítima defesa.
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
SÍNDROME DE ESTOCOLMO
• O criminólogo e psicólogo, Nils Bejerot, foi o responsável pela criação da
nomenclatura “Síndrome de Estocolmo”.

"A partir da perspectiva psicológica, essa síndrome é


considerada uma das muitas respostas emocionais que podem
ter o refém a raiz da vulnerabilidade e de extremo
desamparo que ocorre no cativeiro, e embora seja uma
resposta pouco usual, é importante para compreende-la e
saber quando se apresenta e quando não"

• A síndrome de Estocolmo é um estado psicológico particular desenvolvida por


uma vítima de sequestro.

Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva


O nome desse distúrbio é oriundo do famoso
assalto de Norrmalmstorg do Kredibanken em
Norrmalmstorg, em Estocolmo, que durou do
dia 23 a 28 de agosto de 1973. Nesse assalto, as
vítimas normalmente defendiam os
sequestradores, mesmo após os seis dias de
sequestro terem chegado ao fim e
apresentaram comportamento reservado
durante os processos judiciais do caso.

Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva


Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
Fim!!!!!!!!!!
huhuhu
Boa Noite!
32
Bibliografia
• LEAL, César Barros; PIEDADE JR., Heitor. Violência e Vitimização:
a face sombria do cotidiano. Belo Horizonte: Del Rey, 2001.
• PIEDADE JR., Heitor. Vitimologia: evolução no espaço e no
tempo. Rio de Janeiro: Biblioteca Jurídica Freitas Bastos, 1993.
• Artigo: VITIMOLOGIA: CONCEITUAÇÃO E NOVOS CAMINHOS.
Fernando Massami HAMADA; Aluno do curso de Direito das
Faculdades Integradas “Antônio Eufrásio de Toledo” Presidente
Prudente e José Hamilton do AMARAL, Docente da Faculdade De
Direito das Faculdades Integradas “Antônio Eufrásio de Toledo” de
Presidente Prudente

Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva


Responder
1. O comportamento inadequado da vítima que de certo modo facilita, instiga
ou provoca a ação de seu verdugo é denominado

a) vitimização terciária.
b) vitimização secundária.
c) periculosidade vitimal.
d) vitimização primária.
e) vitimologia.

2. De acordo com Benjamim Mendelsohn, as vítimas são classificadas em:

a) vítimas primárias, vítimas secundárias e vítimas terciárias.


b) vítimas ideais, vítimas menos culpadas que os criminosos, vítimas tão
culpadas quanto os criminosos, vítimas mais culpadas que os criminosos e
vítimas como únicas culpadas.
c) vítimas desatentas, vítimas desinformadas, vítimas descuidadas, vítimas
inocentes, vítimas provocativas e vítimas participativas.
d) vítimas perfeitas, vítimas participativas, vítimas concorrentes, vítimas
imperfeitas e vítimas contumazes.
e) vítimas inocentes, vítimas conscientes e vítimas culpadas.
Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva
3. O estudo da vitimologia atual, baseada numa tendência política
criminal eficiente, privilegia

a) a assistência social ao delinquente, bem como um atendimento


eficiente do poder público.

b) a assistência psicológica à vítima e tratamento adequado ao


delinquente, para sua recuperação.

c) uma pena que recupere o delinquente, sociabilizando-o, com trabalho


e educação.

d) uma punição exemplar para o delinquente, de forma que se cumpra a


função retributiva da pena.

e) a reparação dos danos e indenização dos prejuízos da vítima.

Prof.Dr. Oldecir F.O. Silva


4.Assinale a alternativa correta, a respeito da Vitimologia.

a) O comportamento da vítima em nada contribui para a


ocorrência do crime contra si praticado.
b) A Vitimologia estuda o papel da vítima no episódio
danoso, o modo pelo qual participa, bem como sua
contribuição na ocorrência do delito.
c) A Vitimologia nasceu como ramo das ciências jurídicas,
por conta das observações feitas pelos estudiosos a
respeito do comportamento da vítima perante o
ordenamento jurídico em vigor.
d) A Vitimologia surgiu, como ramo da Criminologia, em
1876, por meio da obra “O Homem Delinquente”, de
Cesare Lombroso.
e) O comportamento da vítima sempre contribui para a
ocorrência do crime contraProf.Dr.si praticado.
Oldecir F.O. Silva

Anda mungkin juga menyukai