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SIMULAÇÃO E ANÁLISE: EFEITO DE DISTORÇÃO OVERDRIVE DE SISTEMA


NÃO LINEAR PARA GUITARRAS

Article · November 2016

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Tatiane Costa
University of Campinas
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SIMULAÇÃO E ANÁLISE: EFEITO DE DISTORÇÃO OVERDRIVE DE
SISTEMA NÃO LINEAR PARA GUITARRAS
T. S. Costa1*; E.M.B. Farias1; C.P. Pilletti 2; M.R.P. Santos3
1
Universidade Federal do Oeste do Pará – Instituto de Engenharia e Geociências, Santarém – PA
2
Centro de Estudos Avançados de Promoção Social e Ambiental – LabMocorongo-Coorientadora, Santarém – PA
3
Universidade Federal do Oeste do Pará –Professor do Instituto de Engenharia e Geociências - Orientador,
Santarém – PA
*tati_costa@rocketmail.com

Resumo ressonância e harmonia (Crew e Salvio,


No final da década de 1960, distorções 1954). Seu pai era compositor, e estudava
tornaram-se uma necessidade dos teoria musical. Alguns creditam a ele a
guitarristas. Assim, diversos dispositivos descoberta da primeira lei física não linear
transistorizados foram criados para gerar da história, que seria a relação quadrática
mais distorção no sinal da guitarra elétrica. entre a tensão e frequência de vibração de
Com o avanço da tecnologia surgiram uma corda.
acessórios que ajudam na modificação da O uso da física no estudo de alguns
frequência sonora, conhecidos como instrumentos pode até levar a alguns
pedais. Este artigo descreve a simulação do sistemas dinâmicos não lineares
pedal de distorção sonora Overdrive, relativamente complexos e nos estudos de
descrevendo seu funcionamento e análises processamentos de sinais. Estes sistemas
gráficas. Os resultados demonstram exigem um pouco mais de conhecimento
graficamente a diferença entre as ondas de física do que os utilizados nas
sonoras antes e depois da modificação atividades mais rotineiras dentro da
causada pelo circuito. A simulação se engenharia.
comporta de acordo com a teoria, Os sistemas físicos podem ser
trabalhando em regime de voltage matematicamente modelados como
feedback com a utilização de dois sistemas lineares e não lineares. Em
transistores de Germânio, característica sistemas de amplificação, os circuitos
principal dos pedais transistorizados e um lineares correspondem aos filtros (malhas
diodo de silício achatando mais a onda e de resistores e capacitores) conhecidos
deixando o timbre mais agudo. Conclui-se como tonestack. Um sistema linear não
que, o projeto é eficaz e bastante útil na introduz frequências novas no sinal e é
aprendizagem de eletrônica, totalmente descrito por sua resposta ao
processamento de sinais e o uso de impulso, desde que o sistema também seja
softwares de simulação de distorções invariante no tempo (Oliveira et all.,
analógicas. 2013).
De acordo com De Carvalho (2009), o
Palavras-chave: Distorção; Pedais; processamento de sinais consiste na
Overdrive; Música; Simulação. redução de ruídos, segmentação,
compressão e análise. Vários dos
1. Introdução problemas mais interessantes da
O estudo da acústica é um dos mais engenharia atual estão na área de
antigos, e seus fenômenos de interesse processamento de sinais, e podem se
estão entre os primeiros estudados na relacionar ao estudo da música. É o caso
história da ciência. Pitágoras interessava-se da codificação digital de sinais,
pelas relações entre comprimento de equalização cega, separação de fontes e
cordas, a altura de suas notas e a harmonia. remoção de ruído. Esses processamentos
Galileu estudou problemas como a podem ser estudados através de análises
oscilação de pêndulos, resistência e numéricas com a utilização de Série e
elasticidade de fios, vibrações de cordas, Transformadas de Fourier, além de outros

1
métodos. Outros problemas envolvem 1.2. Surgimento dos pedais de efeito
ainda a inteligência computacional, como sonoro
o reconhecimento de instrumentos, Já existia desde o final do século XIX a
transcrição de músicas e composição noção de se usar a eletricidade para criar
automática. guitarras de maior intensidade sonora. Mas
Sabe-se que praticamente todos os somente entre 1920 e 1930 que
fenômenos físicos do cotidiano possuem engenheiros, construtores e músicos
algum limite de operação onde um modelo começaram a vencer os obstáculos
simplificado de seu funcionamento deixa característicos a este tipo de amplificação.
de valer devido a alguma não linearidade Em meados de 1931, George Beauchamp e
desconsiderada previamente. A lei de Adolph Rickenbacker produziram um
Hooke é um modelo linear para a captador magnético capaz de transformar
elasticidade de objetos que é quase sempre em tensão elétrica as vibrações mecânicas
válida para pequenas distorções. Quando das cordas de aço, gerando um grande
estas distorções se tornam muito grandes, avanço na eletrônica e consequentemente
geralmente encontramos algum tipo de na música. A primeira guitarra ficou
não-linearidade, como endurecimento da conhecida como “Frying pan” devido ao
constante de elasticidade, ou rompimento. protótipo ter ficado parecido a uma panela.
A guitarra é geralmente utilizada com Em 1940, o guitarrista e inventor Les Paul
circuitos de distorção que inserem não conseguiu driblar as dificuldades da época
linearidades no sistema, distorcendo o adaptando os captadores existentes em um
sinal entre a guitarra e a emissão do sinal instrumento sem caixa de ressonância e
pelas caixas acústicas de amplificadores ligados a amplificadores. Nesta mesma
(Werneck, 2007). década, Paul Bigsby e Leo Fender
Dentro deste contexto, existe pouca laboraram na construção de instrumentos
literatura cientifica a respeito do de corpo sólido com captadores
funcionamento de efeitos sonoros causados magnéticos e nascia assim a guitarra
por distorções de ondas, que podem ser elétrica (Castro, 2007).
encontrados na utilização de pedais para Os captadores magnéticos, conhecidos
guitarras e outros instrumentos de cordas também como pickups, têm um
de fácil acesso pela população em geral. funcionamento diferente de outros
Apenas poucos livros sobre a física geral e mecanismos de captação, como o
acústica dedicam trechos para explanar microfone. O dispositivo magnético
sobre o assunto. As outras referências são consiste de magnetos enrolados em fios
geralmente trabalhos para disciplinas finos sob a forma de uma bobina, que
universitárias, empresas da área com interagem com as cordas da guitarra que
patentes e materiais encontrados em normalmente são de aço ou níquel.
páginas na internet relacionadas à música, Segundo as leis de Faraday sobre
mas sem nenhuma teoria eletrônica eletromagnetismo, o movimento das
empregada. Assim, essa pesquisa visa cordas perto do magneto acarretam
corroborar na produção de material mudanças no fluxo magnético na bobina,
cientifico especifico a área, demonstrando produzindo uma variação de voltagem. A
o funcionamento, simulação e análise voltagem é amplificada para caixas
gráfica desse equipamento, além de ser acústicas ou amplificadores. Com o avanço
uma maneira simples de se aprender da tecnologia surgiram acessórios que
teoricamente um pouco sobre eletrônica, ajudam na distorção ou modificação da
simulações analógicas, processamento de frequência sonora, conhecidos como
sinais e sobre a evolução musical pedais (Costa e Romano, 2015).
acompanhada da tecnologia. Segundo Oliveira et all. (2013), Quando
se tornaram populares, nas décadas de

2
1950 e 60, os amplificadores para aos limites do componente de
instrumentos elétricos utilizavam válvulas amplificação.
termiônicas em seus circuitos, tal como o
amplificador. Os amplificadores
valvulados, quando operam além da sua
capacidade máxima de amplificação
(regime de Overdrive), promovem
distorções não lineares no sinal, reforçando
o conteúdo harmônico dos acordes e das
notas de um modo peculiar. A distorção
característica desses equipamentos tornou-
se um atrativo para os músicos nas décadas Fig. 2. Sinal original sofrendo achatamento
de 1960 e 70. À medida que a tecnologia por saturações. Fonte: Berni, 2013.
evoluiu em direção a dispositivos de
estado sólido, os novos amplificadores, Um dispositivo amplificador de sinais é
utilizando transistores em vez de válvulas, um sistema cuja relação entre a entrada e a
foram incapazes de reproduzir as saída não é linear. Dessa maneira, pode
características sonoras dos amplificadores gerar distorção não linear, mesmo em
à válvula. pequenas doses no sinal de saída, gerando
A partir do final da década de 1960, novas frequências ou harmônicos. Alguns
distorções adicionais tornaram-se uma exemplos de elementos de circuitos não
necessidade dos guitarristas. Assim, lineares: diodos, transistores,
diversos dispositivos transistorizados amplificadores operacionais e válvulas
foram criados para gerar mais distorção no termiônicas (Oliveira et all., 2013).
sinal da guitarra elétrica, tal como o pedal Para entender o funcionamento de
(Bussey, 1981). alguns pedais, como o simulado no
trabalho, é necessário um esquema de
2. Metodologia blocos para demonstração (Fig. 2). Este é
O circuito simulado é baseado no pedal um esquema genérico e não pode ser
Bazz Fuzz, sendo transistorizado e tendo o aplicado a todos os pedais. Seguindo as
clipping por diodo. Fácil montagem e ordens de entrada do som, estágio 1 e 2,
execução no simulador Proteus Isis. clipagem de onda, equalização e saída.

2.1. Distorções de Sinais


Distorção, segundos os dicionários é o
“ato de distorcer” e “distorcer” é definido
como “alterar a forma ou característica”,
ou seja, deformar. Existem alguns tipos de Fig. 2. Diagrama de bloco de um pedal
distorção de ondas e dentre elas está à Overdrive.
distorção de amplitude que geralmente
ocorre quando o componente ativo está  Etapa (estágios) de ganho:
saturado. A saturação acontece quando se É necessário saturar (exceder o limite),
excede os limites da amplificação da então é preciso primeiro aumentar a
válvula, por exemplo, gerando o clipping amplitude do sinal. Entende-se como
(achatamento) da onda como na Fig. 1. amplitude o ganho de tensão exercido nas
(Berni, 2013). A saturação, traduzindo-se etapas pré-amplificadoras. Aqui o sinal
livremente para o inglês significa que vem do captador da guitarra da ordem
Overdrive, ou seja, aquela distorção leve de alguns milivolts atingirá alguns volts
ocasionada por causa de não se obedecer saturando-se ao máximo para seguir para
próxima etapa.
 Etapa de clipagem (Clipping):

3
É aqui que o sinal é recebido da etapa Fig. 3. Circuito do pedal Overdrive
anterior já em amplitude suficiente para simulado.
sofrer o achatamento. A escolha do diodo
é fundamental para definir a quantidade e o No esquemático (Fig. 3) os transistores
timbre da distorção. A clipagem com Q1 e Q2 formam o circuito do Fuzz
LED’s (diodo emissor de luz), por Overdrive. Esta configuração é conhecida
exemplo, achata menos a onda e possui um por alguns como voltage feedback. O
timbre mais grave. Já um diodo de silício resistor de Q2 determina a corrente
achata mais e deixa o timbre mais agudo. contínua neste transistor.
 Etapa de equalização: A distorção ocorre devido à saturação e
Não é obrigatória a existência de controles corte no segundo transistor que estão na
de equalização, mas em geral, ela é configuração Darligton. Pode haver
desejada pela maioria dos guitarristas. saturação no primeiro estágio, mas antes
Nesta etapa, o sinal já distorcido sobre os disso ocorrer o segundo já entra em corte.
efeitos de filtros de frequência, que O ajuste dos ganhos e tensão dos coletores
permitem equalizar o sinal de acordo com determinam os pontos da onda a serem
a preferência do músico. cortados. O ganho do segundo estágio é
Os pedais de distorção aumentam o controlado através do resistor variável no
volume (ou através de clipagem de diodos) emissor de Q2. Este é o potenciômetro de
até ele chegar a distorcer e gerar o som controle de quantidade de distorção
conhecido em músicas de Rock e Heavy acessível pelo músico. A chave de ligação
Metal. DPDT produz um ruído quando acionada
(em função de carga no capacitor de
2.2. Circuito Overdrive Fuzz entrada) e para evitar tal ruído, um resistor
O circuito simulado reúne em si de 1M é anexado entre a entrada do
características do eficaz Fuzz Face que é circuito (antes do capacitor de entrada de
um dos primeiros pedais de distorção Fuzz 2,2µF) e o terra, como também existe um
comerciais, e cuja fama foi consolidada resistor na saída.
por Jimi Hendrix. O circuito original em si Depois de montado o circuito
é muito simples, e compõe-se de 1 chave computacionalmente, seguiu para
SPDT ou DPDT, 2 transistores, 2 simulação de áudio e extração de gráficos
potenciômetros, 2 “plugs” P-10 (1 estéreo do processamento.
e 1 mono), 3 capacitores e 4 resistores,
mais a placa do circuito e uma caixa 3. Resultados e Discussão
metálica em formato de “mini-pizza”. Na simulação o modelo de gráfico
Com base no circuito original, o pedal utilizado para análise é o de sinal aleatório
simulado é constituído por 1 chave DPDT, de processo estocástico que pode ser
2 resistores de 18k e 1M, diodo 1N4148, 2 definido como um fenômeno que dinamiza
transitores BC458, capacitores e uma fonte de forma imprevisível suas respostas, à
de 9V como pode ser visto no esquema medida que o tempo passa.
abaixo. O Proteus áudio realiza uma análise
transiente do circuito e gera o arquivo
wave para reproduzir o resultado em placa
de som.
Os gráficos gerados demonstram a
diferença entre a sonoridade antes e depois
da modificação causada pelo circuito,
sendo obtidos pelo próprio programa
simulador. A Fig. 4 apresenta os sinais de
um trecho de música antes da simulação.

4
distorção sonora Overdrive, baseando-se
no tradicional pedal de distorção analógico
Fuzz e a simulação por meio de software.
Onde, tal pesquisa se encaixa no ramo dos
efeitos eletrônicos analógicos virtuais e,
mais especificamente, a amplificadores
valvulados e efeitos analógicos de
distorção não lineares, geradores de sinais
estocásticos.
A escolha do pedal analisado fora
realizada levando em consideração os
Fig. 1 Gráfico sem distorção Overdrive. princípios básicos que pudessem auxiliar
Na imagem acima os sinais variam seus no estudo do funcionamento de distorções
picos entre 5mV a -6mV no intervalo de 10 musicais de maneira simples, abordando o
segundos. Em seguida fora inserido o assunto em um ambiente acadêmico,
mesmo arquivo de áudio para gerar os colaborando cientificamente nessa área
sinais distorcidos característicos do Fuzz que emprega pouco material para pesquisa
Overdrive. a cerca do assunto.
Conclui-se que, com as análises gráficas
obtidas que o projeto é eficaz e sua
simplicidade pode gerar uma futura
montagem deste equipamento. Além de ser
bastante útil na aprendizagem de
eletrônica, processamento de sinais e o uso
de softwares de simulação de distorções
analógicas, principalmente dentre os
cursos de engenharias e tecnologias.

Referências
BERNI. A. A. Entendendo os conceitos de Clipping
Figura 2 Gráfico com distorção overdrive nos efeitos de Distorção/Overdriver. São Paulo,
2013.
O circuito analógico do pedal clipa as
ondas senoidais emitidas através da BUSSEY, W. HAIGLER, R. Tubes versus
saturação dos componentes. Assim, os transistors in electric guitar amplifiers. Acoustics,
Speech, and Signal Processing, IEEE International
sinais observados na Figura 5 após a Conference on ICASSP 1981. pp. 800–803.
simulação são cortados para uma variação Atlanta, Georgia, E.U.A., Abril 1981.
de 450µV a -400µV dentro do intervalo de
10 segundos. CASTRO, G. A. S. Guitarra Elétrica: entre o
Facilmente percebe-se que a simulação instrumento e a interface. Belo Horizonte, 2007.
se comporta de acordo com a teoria, COSTA, T. S. ROMANO, M. A. A. Engenharia
trabalhando em regime de voltage Eletrônica: transição da guitarra acústica para a
feedback com a utilização de dois guitarra elétrica. XII Jornada de Iniciação e
transistores de Germânio, característica Pesquisa Científica e Tecnologia do Iespes -
principal dos pedais transistorizados e um Livro de Resumos; Instituto Esperança de Ensino
Superior. Santarém, 2014.
diodo de silício achatando mais a onda e
deixando o timbre mais agudo. CREW, H. SALVIO, A. Galileo Galilei. Dialogues
Concerning Two New Sciences, chapter First Day,
4. Conclusões pages 138–150. 1954.
O trabalhou apresentou o
DE CARVALHO, J. L. A. Processamento Digital
funcionamento e a análise de circuitos para de Sinais e Imagens. UNB-Gama, 2009.

5
LINDSAY, Robert Bruce. The Theory of Sound,
chapter Historical Introduction, pages v–xxxii.
Dover Publications, Inc., 1945.

OLIVEIRA, T. C. A. BARRETO, G. PASQUAL,


A. M.. Modelagem computacional de efeitos de
distorções não lineares para guitarra elétrica.
Revista Brasileira de Computação Aplicada
(ISSN 2176-6649), Passo Fundo, v. 5, n. 2, p. 69-
84, out. 2013.

WERNECK, Nicolau Leal. Análise da distorção


musical de guitarras elétricas. Campinas, SP: [s.n.],
2007.

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