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Lei o fragmento de texto retirado da tese: (Referência: MENDES, Henrique Manoel Riani et al.

Análise de experiências internacionais com a logística reversa de eletroeletrônicos: comparação com a


realidade brasileira e recomendações. 2017.)

Ordenamento para o Retorno e Disposição de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos

A Suíça é um país comprometido com as questões ambientais. Conforme aponta o


ranking da universidade de Yale, denominado Environmental Performance Index (EPI), em
2015 a Suíça figurou na posição de número 16, sendo que em 2014 era a líder do ranking
(segundo a universidade, houve uma alteração na metodologia para métrica de avaliação). O
Brasil é também um dos países avaliados neste ranking, aparecendo (em 2015) na posição de
número 46. O EPI classifica os países de acordo com seu desempenho ambiental em duas áreas
prioritárias: proteção da saúde humana e proteção dos ecossistemas (Hsu et al., 2016).
Mesmo antes de haver uma regulamentação específica, a Suíça já contava com um
sistema formal para coleta e reciclagem de REEE*, o qual foi o primeiro no mundo a
ser estruturado de forma sistêmica. O país passou a ter uma legislação específica para tratar da
LR de REEE em janeiro de 1998, com a publicação da Ordinance on The Return, the Take
Back and the Disposal of Electrical and Electronic Equipment (ORDEE). Este ordenamento
governa todo o retorno, coleta e disposição final de REEE no país, tendo como objetivos
principais garantir que este resíduo não entre no fluxo de resíduo municipal e que seja
disposto de forma ambientalmente adequada (Sinha-Khetriwal et al., 2005).
Segundo o ordenamento Suíço, é obrigação da pessoa que descarta seu REEE, devolve-
lo a um comerciante, fabricante ou importador do produto, sendo também permitida a devolução
em pontos públicos de coleta de REEE ou diretamente no local de disposição final. O ORDEE
também especifica que cabe aos distribuidores receber os REEE do tipo que comercializam sem
cobrar por este serviço, assim como os comerciantes, os quais devem receber os produtos
descartados pelos consumidores finais sem cobrar a mais por isto. Já os fabricantes e
importadores devem receber os produtos da marca que colocaram no mercado, também sem

custos. Cabe aos responsáveis pela recepção destes produtos descartados, providenciar sua
destinação final, podendo esta ser feita por uma terceira parte comissionada (FOEN, 2015).
O responsável pela destinação final do REEE pode optar então por contratar uma empresa
privada ou contribuir financeiramente com uma organização profissional (Entidade Gestora),
que assegure a disposição final de seus aparelhos. As empresas podem ainda operar todo este
sistema de forma de forma individual, devendo neste caso: a) garantir a disposição final a suas
próprias custas; b) indicar, de forma clara, em seus pontos de venda, que recebem REEE; e c)
manter um inventário do total de equipamento vendidos e coletados, assim como recibos que
comprovem a destinação final correta, os quais deverão permanecer à disposição da agência
ambiental Suíça e dos Cantões pelo período de cinco anos (Conselho Federal Suíço, 2005).

*Reverse Logistic of Electrical and Electronic Equipment (REEE)


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Segundo o Conselho Federal Suíço (2005), os responsáveis pela destinação final devem
garantir que este procedimento seja feito de modo ambientalmente correto e seguindo as
melhores tecnologias disponíveis para tal. Em especial devem seguir orientações quanto a
certos grupos de substâncias que estão presentes em partes e componentes dos REEE, tais
como: baterias, capacitores, tubos de raio catódico, placas de circuito impresso e plásticos
contendo compostos orgânicos químicos. O ordenamento traz ainda uma lista dos tipos de
equipamentos (incluindo seus componentes) que são cobertos pela legislação, conforme
demonstrado na Figura 19.
Equipamentos elétricos cobertos pelo ordenamento suíço:
a) Equipamentos eletrônicos de consumo;
b) Equipamentos de escritório e TICs;
c) Eletrodomésticos;
d) Equipamentos de iluminação;
e) Lâmpadas (excluíndo as incandescentes);
f) Ferramentas (exceto ferramentas industriais estacionárias de grande porte);
g) Aparelhos de esporte e laser, assim como brinquedos;

Figura 19: Categorias de equipamentos elétricos e eletrônicos cobertos pela ORDEE


O Manual disponibilizado pela agência ambiental suíça traz em seus anexos uma lista de
quais produtos, dentro de cada categoria, devem implementar a LR, deixando claro que tal lista
não pretende ser exaustiva. O Manual apresenta também, uma lista dos aparelhos que não estão
contemplados no ORDEE e, por isso, não necessitam implementar um sistema para LR; mas,
independente disto, a destinação ambientalmente adequada continua a ser um imperativo
também para estes aparelhos (SAEFL, 2000). Estas listas encontram-se disponíveis nos Anexos
1 e 2 deste trabalho.
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O Manual traz ainda em seus anexos, fichas técnicas que demonstram as melhores
práticas e tecnologias disponíveis para garantir o tratamento ambientalmente adequado de cada
categoria de EEE abrangido pela legislação, identificando as principais características de cada
família de produto além de apresentar as seguintes informações: a) materiais constituintes e
componentes especiais; b) objetivos e requisitos para disposição final; c) exemplos de descarte
do equipamento; d) desmontagem; e) separação e remoção dos componentes especiais; f)
manejo dos componentes principais; e g) reciclagem e disposição dos componentes residuais
(SAEFL, 2000). O processamento mais especializado dos metais presentes nestes equipamentos
é realizado em outros países, uma vez que as plantas que detêm esta tecnologia não estão
sediadas na Suíça (FOEN, 2016a).
Durante o processo de desmontagem de EEE, vários tipos de resíduos são produzidos. De
acordo com o Manual do ORDEE, todos os componentes contendo substâncias poluentes
devem ser removidos e tratados de forma separada, garantindo sua disposição final adequada.
Devido ao fato de os REEE gerarem outros tipos de resíduos, com classificações e tratamentos
próprios, outras legislações devem ser observadas. Neste mesmo Manual existe uma tabela que
classifica os resíduos gerados na etapa de desmontagem e indica quais legislações melhor se
aplicam ao tratamento e transporte destes resíduos (SAEFL, 2000).
De acordo com a Ordinance on Movements of Waste (ordenamento sobre movimentação
de resíduos), os EEE são classificados como “outros resíduos controlados”. Por conta disto,
todas as pessoas, empresas ou organizações que tratem da disposição final dos REEE na Suíça
necessitam uma autorização do Cantão em que se encontra, para operar, sejam eles
transportadores, armazenadores, recicladores, empresas ou ONGs que trabalhem com a
desmontagem e triagem dos materiais. Caso a opção seja a exportação dos REEE para
disposição final, faz-se necessário uma autorização da SAEFL, sendo que para países não
membros da OCDE ou UE, a exportação de REEE é proibida (SAEFL, 2000; FOEN, 2016a).

Atividade:
Escolha um produto e planeje a logística reversa, considerando que você é o
fabricante. Use recursos visuais para explicar sua proposta, como fluxogramas,
gráficos, tabelas, vídeos, fotos, etc.

Trabalho em dupla.
Data de entrega:__/__/___

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