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Ação Monitória (CPC/15) -

cheque prescrito
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Publicado por Andre Sgotti

há 2 anos

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE


DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE _/_.
Nome, (qualificação), portador da cédula de identidade nº
xxxx, xx/xx, cadastrado no CPF sob o nº xxxx, residente e
domiciliado na xxx, nº xx, bairro xxx, cidade/Estado, CEP
xxxx, por seu advogado infra-assinado, com instrumento de
procuração em anexo, vem, mui respeitosamente, à augusta
presença de Vossa Excelência, embasado no art. 700, I,
do Código de Processo Civil, propor AÇÃO MONITÓRIA em
face de Nome, (qualificação), (endereço), pelas razões a seguir
aduzidas.
PRELIMINARMENTE
Requer o autor os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, por ser
pobre na acepção jurídica do termo, conforme declaração
anexa, não podendo arcar com as despesas processuais sem
prejuízo do seu próprio sustento, em consonância com o que
preceitua a Lei nº 1060/50 e demais consectários legais.
DOS FATOS
O Autor forneceu materiais de construção civil para o
Requerido, sendo que este, por sua vez, para pagamento do
débito, emitiu no dia 28 de janeiro de 2015 os cheques nº
00000, nº 00001, nº 00002 e nº 00004, no importe de
R$396,00 (trezentos e noventa e seis reais) cada um, com
vencimento respectivamente nos dias 10/03/2015,
30/03/2015, 30/04/2015 e 30/05/2015, perfazendo o valor
total de R$1.584,00 (mil quinhentos e oitenta e quatro reais),
sacados contra o Banco do Brasil, Agência nº xxx, Conta nº
xxxx de titularidade do Requerido, desde já carreados como
prova (em anexo).

Não obstante, todas as cártulas de cheque foram devolvidas


pela instituição financeira por ausência de fundos suficientes
para pagamento da dívida.

Sempre procurando respeitar as inúmeras promessas de


pagamento por parte da parte Promovida, o Autor fora
penalizado com a prescrição do título para fins de execução.
Malgrado a mora do Postulado (CC, art. 394), por diversas
vezes o Promovente pleiteou em caráter amigável a liquidação
do débito, contudo sem lograr êxito. Ademais, conforme se
verifica nas próprias cártulas, por mais de uma vez o Autor
apresentou o cheque ao Banco na esperança de satisfazer seu
crédito sem a necessidade de recorrer às vias judiciais, o que
restou infrutífero.
Sendo assim, o Autor almeja o recebimento da dívida, desta
feita por intermédio da presente ação monitória.

DO DIREITO
Nos termos do art. 784, inciso I, do CPC/15, o cheque é tido
como título executivo extrajudicial. O prazo prescricional para
a execução de cheque, emitido na mesma praça de pagamento
é de 06 (seis) meses contados, nesse caso, do término do prazo
de 30 dias para apresentação (Lei 7.357/85, art. 33 c/c art. 59).
Na hipótese em comento, dispondo o Autor de prova escrita
sem eficácia de título executivo extrajudicial, pertinente o
manejo da ação monitória.

Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que
afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título
executivo, ter direito de exigir do devedor capaz:

I - o pagamento de quantia em dinheiro;


Inegável que os cheques representam provas escritas, eis que
esta expressão na verdade traduz o documento do qual procede
ao crédito.

“Por prova escrita se entende, em suma, todo escrito que,


emanado da pessoa contra quem se faz o pedido, ou de quem a
represente, o torna verossímil ou suficientemente provável e
possível."(Procedimento Monitório, 1º Edição, 1995, Ed. Juruá,
p. 62 e 66).

Dito isto, e conforme elucida a Súmula 299 do STJ, é


perfeitamente viável que o credor de um cheque prescrito se
utilize da via monitória para recebimento da quantia.

Ademais, cumpre destacar que, tratando-se de ação monitória,


prescindível que o Autor comprove os fatos constitutivos de
seu direito, ou seja, uma vez que se colacionou os cheques
prescritos devidamente assinados pelo Requerido, torna-se
desnecessária a demonstração da causa debendi que originou o
documento. E, muito embora possa o Promovido instaurar
contraditório com a discussão da causa subjacente, cabe a ele o
ônus de sua demonstração.
Nesse sentido, vale transcrever a seguinte decisão do STJ:

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL


REPRESENTATIVO DECONTROVÉRSIA. ART. 543-
C DO CPC. AÇAO MONITÓRIA APARELHADA EM CHEQUE
PRESCRITO. DISPENSA DA MENÇAO À ORIGEM DA
DÍVIDA.
1. Para fins do art. 543-C do CPC: Em ação monitória fundada
em cheque prescrito, ajuizada em face do emitente, é
dispensável menção ao negócio jurídico subjacente à
emissão da cártula. (RESP 1.094.571/SP, Min. Luis Felipe
Salomão, segunda seção, julgado em 04/02/2013, DJE
14/02/2013) (grifei)
Visto e provado que o Requerido se recusa a pagar o valor
prescrito nos cheques, deixando assim de honrar o seu
compromisso com o Requerente, incorrendo na prática de ato
ilícito, deverá ser compelido ao pagamento do crédito corrigido
monetariamente e juros de mora desde a data de seu
vencimento.

Dos juros de mora


No tocante aos juros moratórios, esses devem incidir a partir
do vencimento da dívida, uma vez que nesse exato momento a
obrigação líquida e certa passou a ser exigível, constituindo em
mora o devedor, conforme dispõe o art. 397, CC, visto que
restou interpelado no dia determinado para o cumprimento.
Ressalte-se que a regra insculpida no art. 52, II, da
Lei 7.357/85, permite ao portador exigir do demandado os
juros legais desde o dia da apresentação da cártula à câmara de
compensação.
Destarte, a data a ser considerada não é a do vencimento
(disposta no anverso do título), mas sim aquela insculpida no
verso do cheque, junto ao carimbo de devolução, isso porque a
apresentação do cheque à câmara de compensação equivale à
apresentação a pagamento, nos termos do art. 34 da
Lei 7.357/85.
Tal entendimento pode ser confirmado através dos inúmeros
julgados do STJ: REsp 1357857/MS, Terceira Turma, DJe
04/11/2014; REsp 1354934/RS, Quarta Turma, DJe
04/11/2014; AgRg no REsp 1389717/SP, Quarta Turma,
DJe 20/03/2015.
Ainda acerca do tema, pinça-se os seguintes julgados:

MONITÓRIA – título de crédito – cheque – embargos


monitórios que não contestaram a dívida em si mesma, mas
sim o cálculo dos juros moratórios e correção monetária –
alegação de que a atualização só poderia incidir a partir da
citação e da distribuição, respectivamente – impossibilidade –
artigo 397do CC – obrigação positiva e líquida – jurisprudência
consolidada do C. STJ – precedentes da Câmara – juros de
mora incidentes a partir da primeira apresentação e
correção incidente a partir da emissão do título –
recurso parcialmente provido.
(TJ-SP - APL: 10106121320148260576 SP 1010612-
13.2014.8.26.0576, Relator: Achile Alesina, Data de
Julgamento: 08/06/2016, 38ª Câmara de Direito Privado,
Data de Publicação: 09/06/2016) - grifei
RECURSO ESPECIAL. Direito cambiário. Ação monitória
embasada em cheques. Correção monetária. Termo inicial.
Data de emissão. No tocante ao termo inicial para incidência
dos juros de mora, não merece melhor sorte o recurso, pois os
juros relativos à cobrança de crédito estampado em
cheque é disciplinado pela Lei do cheque, que veda a
cobrança de juros compensatórios (art. 10º) e
estabelece que a incidência dos juros de mora é a
contar da primeira apresentação da cártula (art. 52,
ii). Recurso Especial a que se nega seguimento. (STJ - RESP:
1261463, Relator: LUÍS FELIPE SALOMÃO, QUARTA
TURMA, Data de Publicação: 17/06/2015) - grifei
Segue abaixo a tabela com os valores já atualizados
monetariamente e acrescidos dos juros moratórios:

[OBS: Tabela deve especificar: -ítem, -data de apresentação no


banco, -valor do cheque, -índice correspondente à data de
apresentação, -percentual de juros moratórios (1% a. M.),
-total. Ao valor obtido devem ser somados os honorários, nos
termos do art. 701, CPC.]
Por todo o exposto, estando a inicial devidamente instruída e
sendo evidente o direito do Promovente (art. 701, do NCPC),
existindo legitimidade ad causame interesse processual, é de
rigor o reconhecimento da qualidade de credor do Requerente
e de devedor do Requerido, assim como a validade dos
documentos atrelados à presente demanda, visto que dotados
de liquidez e certeza do crédito.
DO PEDIDO
Ante o exposto requer:

a) A expedição do competente MANDADO DE PAGAMENTO,


visando instar o réu que pague, no prazo de 15 (quinze) dias, a
quantia reclamada de R$ xxxx (valor por extenso) – corrigida
monetariamente, acrescida dos encargos moratórios e
honorários advocatícios de 5% sobre o valor da causa
(art. 701, CPC)– consoante memorial acima detalhado,
declinando ao requerido, nesse mesmo mandado, que ele
poderá ofertar Embargos no prazo mencionado
(art. 702, NCPC);
b) Que sejam concedidos os benefícios da gratuidade de
Justiça, uma vez que o requerente não tem condições de pagar
as custas do processo, sem prejuízo do sustento próprio e de
sua família.

c) Por fim, apesar de o Requerente entender que o resultado da


demanda prescinde da produção de provas, ressalva que, caso
este não seja o entendimento de Vossa Excelência, protesta
provar o alegado por todos os meios de prova em direito
admitidos.

Atribui-se à causa, o valor de R$ xxxx (valor por extenso).

Respeitosamente,

Pede deferimento.

Cidade/Estado, data.

Advogaodo

nº OAB

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