REFLEXÃO
Basar é rico, mas não paga salário justo aos empregados. Empresta aos pobres, mas com
juros altos. Sem demora, quando não podem pagar, tira-lhes os bens ou vende-os como
escravos. Planta em muitos campos, mas nunca deixa nada para que os pobres possam
colher, como a Lei ordena.
Basar é uma palavra hebraica relativa ao ser humano no antigo testamento e descreve
aspecto da natureza humana. Basar ou se’er (“carne”). Esse homem rico, não tem atitudes
que condiz com a vontade de Deus expressa na Torá, pois percebe nitidamente a usura no
quesito empréstimo.
Percebe-se que o comportamento desse homem está ligado ao nome que lhe é conferido.
Conforme (Rezende 2011) Em Levítico está expresso a oferta pelo pecado de várias
classes sociais, vemos com isso que Deus não tem classe social. Para todas essas pessoas
se livrarem do pecado era necessário cumprirem todo ritual explicado na lei, só assim
poderiam, através da morte de um animal, ter o seu pecado perdoado.
1.10-15 — Deus deseja sacrifícios, mas não de quem lhe desobedece e maltrata o
próximo, ainda que o sacrifício apresentado seja o melhor. Eis que o obedecer é melhor
do que o sacrificar.
Deus julga não apenas os atos públicos de devoção realizados em público, mas também,
principalmente, o propósito de nosso coração.
Percebe com isso, que Deus tem reprovação item por item das festas sagradas observadas
como a festa da Lua Nova, os sábados e outras solenidades, festivais realizados debalde,
porque tem um sacrifício desprovido da justiça, ou seja, o maior mandamento de toda a
Bíblia, o amor. Basar em toda sua carnalidade, exercia a observância de forma externizada
sem um significado profundo. No versículo 15 do Capítulo 1 do profeta Isaias, percebe-
se que Deus não vê com bons olhos as mãos estendidas com fervor daqueles que oprimem
o próximo, assim como não ouve suas inúmeras orações.
Conforme Livro Jeremias 7.20-23 Deus ira julgar a idolatria por meio do fogo que não se
apagaria. A devastação do fogo atingiria homens, animais, campos e frutos.
Os profetas eram unanimes ao declarar que Deus exigia obediência em vez de sacrifício.
O sacrifício não promoveria a comunhão com Deus se não houvesse coração arrependido
e dedicado ao Deus.
O personagem Basar, por mais que oferecessem sacrifícios e contribuíssem com ofertas
adicionais, desenvolvia nos bastidores da sociedade em que vivia, a injustiça social. Ele
tinha esquecido do verdadeiro significado da adoração ao Senhor, poderia multiplicar
seus sacrifícios o quanto desejasse, pois não ira adiantar. Ele era carne e Deus o tinha
como carnal.
Basar poderia tirar lições para sua vida de como agradar a Deus, fazendo assim
observações dos sacrifícios apresentados no tabernáculo, essa verdade dever ser
compreendidas pelos cristãos do nosso tempo como reflexo de um verdadeiro culto a
Deus. As ofertas do tabernáculo eram uma terrível lembrança de que o pecado tem
terríveis consequências, e o único remédio para isso é o derramamento de sangue. Deus
estabeleceu um sistema de sacrifício de animais para os israelitas no Antigo Testamento.
Para impressionar-lhes a seriedade do pecado, Ele exigiu que a pessoa que oferecia o
sacrifício impusesse as mãos sobre o animal para simbolizá-lo.
Com base nos textos de Hebreus 7.26-28; 10.14,18 e Rm 3.25,26 pode perceber as
principais diferenças entre os sacrifícios da Antiga Aliança e o sacrifico de Cristo.
Como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios. Jesus, porém, ofereceu
sacrifício de si mesmo uma única vez, sacrifício não por pecado próprio, mas suficiente
e perfeito pelos pecados de todos nós. Por ser Ele perfeito, não precisou oferecer sacrifício
por pecado próprio. A natureza estável, permanente e eterna do sacerdócio de Jesus,
estabelecido por juramento de Deus, contrasta com a natureza frágil e temporal do
sacerdócio levítico. A oferenda única de Cristo na cruz e seu resultado (i.e.,salvação
perfeita) são eternamente eficazes. A Salvação perfeita em Cristo é outorgada a todos
quantos estão sendo santificados ao se chegarem a Deus por meio de Cristo. Note que a
palavra no grego “santificar”, são particípio presente que enfatizam a ação continua no
tempo presente. Para os cristãos, isso significa que a justiça de Deus moveu-se para fora,
ao ar livre, onde todos tem acesso; em cima de um monte, onde todos podem ver ;numa
cruz, onde todo o mundo pode ser ajoelhar ao seu pé.
A igreja deve exercer seu ministério sacerdotal de forma reconciliadora do mundo com
Deus, expressão máxima do amor de Deus. O exercício de sua função é resgatar a sua
essência e assumir, com total confiança na providência divina, a sua responsabilidade
num mundo em crise, onde o homem não tem identidade e o que ora pende para o místico
e para as fábulas, ora para o ceticismo e o desespero.
A Igreja deve ter o conselho de Paulo a Timóteo da sobriedade, para não cair no ridículo
e no fanatismo; Força, para suportar as aflições e perseguições; Unção, para pregar a
Palavra e evangelizar na autoridade do Espírito; Comunhão com Deus, para cumprir
aquilo que está em suas mãos, que Deus designou como seu ministério. Urge deixarmos
nossas confortáveis e inertes posições e abraçar a Cruz de Cristo com vigor e com ardor,
pois, se carregarmos a Cruz na nossa caminhada diária, quando chegar dia mau, será ela
que nos carregará.
BIBLIOGRAFIA