2015)
1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
53
A descentralização pode ser analisada do ponto de vista político e administrativo.
30
Conforme Maria Sylvia Zanella Di Pietro, no aspecto POLÍTICO, temos descentralização quando
69
“(...) o ente descentralizado exerce atribuições próprias que não decorrem do ente central;
57
é a situação dos Estados-membros da federação e, no Brasil, também dos Municípios. Cada
um desses entes locais detém competência legislativa própria que não decorre da União nem
80
a ela se subordina, mas encontra seu fundamento na própria Constituição Federal. As
atividades jurídicas que exercem não constituem delegação ou concessão do governo central,
-9
pois delas são titulares de maneira originária”.
jurídico que lhes empresta o ente central; suas atribuições não decorrem, com força
própria, da Constituição, mas do poder central. É o tipo de descentralização própria dos
Pi
Estados unitários, em que há um centro único de poder; do qual se destacam, com relação de
subordinação, os poderes das pessoas jurídicas locais”.
io
ab
CRFB/88
30
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
57
Constituição.
b) OUTORGA / SERVIÇOS / FUNCIONAL / TÉCNICA: quando o Poder Público, através de lei, cria uma
pessoa jurídica integrante da Administração Indireta. Entende-se que são transferidas tanto a execução como a
oli
titularidade do serviço, com a criação de entidades com capacidade administrativa específica. Como exemplo,
cc
Pi
1
bio
Fa
autarquias (inclusive os consórcios públicos), fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia
mista.
Há descentralização por serviços tanto para pessoas jurídicas de direito público (autarquias) como
para pessoas jurídicas de direito privado (empresas públicas / sociedades de economia mista). A diferença está no
fato de que, no segundo caso, os privilégios e prerrogativas são menores, pois o regime é de direito privado!
Ainda, também se manifesta com a criação de consórcios públicos, nos termos da Lei 11.107/2005 e
com fundamento no artigo 241 da CRFB/88.
53
Motivos para a descentralização por serviços: razões de ordem técnico-administrativa, tendo em
30
vista que, no Estado do bem-estar social, é aconselhável a descentralização de atividades que não poderiam ser
executadas a contento se mantidas nas mãos de uma única pessoa jurídica.
69
c) DELEGAÇÃO / COLABORAÇÃO: quando o Poder Público, via contrato ou ato administrativo
57
unilateral, transfere somente a execução de determinado serviço público a pessoa jurídica de direito privado. Aqui
entram as concessionárias /permissionárias / autorizatárias de serviços públicos e as empresas sob controle
80
acionário do poder público.
-9
Como aqui o Poder Público mantém a titularidade do serviço, é possível que ele disponha de maior
liberdade na modificação unilateral das condições de sua execução, cabendo ainda retomada antes do prazo
oli
estabelecido (encampação). Logo, acaba por resultar num controle mais amplo do que o exercido na
cc
***OBSERVAÇÃO***: Di Pietro alerta que as entidades da administração indireta não devem ser
tratadas como autônomas, mas sim com capacidade de autoadministração. Isso porque o
io
vocábulo autonomia deve ficar reservado às entidades políticas, as quais têm a possibilidade de
criação da lei. A palavra tem origem no Grego antigo, significando “aquele que estabelece suas
ab
próprias leis”.
-F
contrato de direito privado (mandato). Críticas: o Estado não possui vontade própria. Logo, não pode ser mandante.
69
C) Teoria do órgão: adotada no Brasil. A pessoa jurídica manifesta-se por órgãos que integram sua
-9
estrutura. Elaborada por Otto Gierke. Imputação volitiva – o agente público é o próprio Estado.
1.3.2) Conceito: unidade integrante da estrutura de uma pessoa jurídica da Administração Pública. Ou seja, há
oli
2
bio
Fa
Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal
direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins
da Administração.
53
1.3.4) Classificação dos órgãos públicos.
30
A) Quanto à estrutura. Simples: apenas um centro de competências. Exercício de atribuições
69
de maneira concentrada. Compostos: aqueles que, em sua estrutura, possuem outros órgãos, resultado este obtido
através do processo de “desconcentração administrativa”. Ex: Ministérios.
57
B) Quanto à atuação funcional. Singulares: decisões concentradas em apenas um agente. Ex:
80
Presidência da República. Colegiados: decisões resultantes da manifestação conjunta de seus membros. Ex: Conselho
de contribuintes.
-9
Cuidado!!! No caso de mandado de segurança em face de ato praticado por órgão colegiado, quem tem legitimidade
oli
passiva para responder em juízo por suas decisões é o seu presidente! Veja:
cc
STJ
Pi
1. O Presidente do órgão colegiado, por ser representante externo do órgão que preside, tem legitimidade passiva
para responder em juízo pelas decisões do órgão colegiado.
-F
2. "Em se tratando de órgãos colegiados, o seu Presidente, além de responder por atos de sua competência própria
(oportunidade em que se manifestará, se for o caso, como agente individual), tem também a representação externa
53
do próprio órgão que preside. Assim, quando o mandado de segurança visa a atacar ato praticado pelo colegiado, o
30
Presidente é chamado a falar, não como agente individual, mas em nome e em representação da instituição" (RMS
32880/SP, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/09/2011, Dje 26/09/2011).
69
RMS 40.367/MG, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe de 06.08.2013.
80
C) Quanto à esfera de atuação. Centrais: são os órgãos que exercem suas atribuições em
-9
todo o território do ente político (União, Estados, DF e Municípios). Por exemplo, a Secretaria de Segurança Pública.
Locais: são os órgãos que atuam sobre uma parte do território. Por exemplo, a Delegacia de Polícia.
oli
3
bio
Fa
exemplo, o Conselho de Defesa Nacional. Controle: aqueles que efetuam controle sobre a atividade de outros
órgãos/entidades. Por exemplo, Tribunais de Contas.
Autônomos: hierarquicamente logo abaixo dos órgãos independentes, possuem ampla autonomia administrativa,
financeira e técnica. Ex: Ministério da Justiça.
Superiores: possuem atribuições de direção, controle e decisão. Reduzida autonomia administrativa e financeira. Ex:
53
Departamento de Polícia Federal.
30
Subalternos: exercem atribuições de mera execução, com poder decisório reduzido ou ausente. Ex: Setor de
almoxarifado da Polícia Federal.
69
57
80
1.3.5 Criação e extinção de entidades da Administração Indireta.
CRFB/88 -9
oli
Art. 37.
cc
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
Pi
instituição e a extinção.
30
Lei 11.182/2005
69
Art. 1o Fica criada a Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, entidade integrante da Administração Pública Federal
indireta, submetida a regime autárquico especial, vinculada ao Ministério da Defesa, com prazo de duração
57
indeterminado.
80
Lei 12.404/2011
-9
Art. 2o Fica o Poder Executivo autorizado a criar empresa pública denominada Empresa de Transporte Ferroviário de
Alta Velocidade S.A. - ETAV, vinculada ao Ministério dos Transportes, com prazo de duração indeterminado.
oli
Administração Indireta é competência privativa do Presidente da República (art. 61, §1º, II, “e”).
Pi
4
bio
Fa
CRFB/88
Art. 61.
II - disponham sobre:
(...)
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI
E a criação de subsidiárias?
53
CRFB/88
30
Art. 37.
69
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso
anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;
57
A autorização não precisa ser específica. Ou seja, não precisa ser editada uma nova lei para cada
80
subsidiária a ser criada. Basta uma autorização genérica na lei de criação da entidade da Administração Indireta (STF,
ADI 1.649). Vejamos:
Lei 9.478/99 -9
oli
Art. 61. A Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRÁS é uma sociedade de economia mista vinculada ao Ministério de Minas
cc
e Energia, que tem como objeto a pesquisa, a lavra, a refinação, o processamento, o comércio e o transporte de
petróleo proveniente de poço, de xisto ou de outras rochas, de seus derivados, de gás natural e de outros
Pi
hidrocarbonetos fluidos, bem como quaisquer outras atividades correlatas ou afins, conforme definidas em lei.
io
Art. 65. A PETROBRÁS deverá constituir uma subsidiária com atribuições específicas de operar e construir seus dutos,
ab
terminais marítimos e embarcações para transporte de petróleo, seus derivados e gás natural, ficando facultado a
essa subsidiária associar-se, majoritária ou minoritariamente, a outras empresas.
-F
CRFB/88
30
Art. 37.
69
tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
80
5
bio
Fa
1.3.7 Entidades da Administração Indireta
A) Autarquia.
1 – Criada por lei. Pessoa jurídica de direito público. Desempenha atividades TÍPICAS de
Estado, despidas de caráter econômico! Regida pelo PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE – só pode exercer aquelas
atividades especificamente previstas em lei!
2.1 – A comum é aquela que se encaixa no regime jurídico geral das autarquias (DL
200/67).
2.2 – A ESPECIAL é aquela que possui características além do regime jurídico geral,
53
como, por exemplo, processo especial de nomeação de dirigentes (ex: agências reguladoras, Lei 9.986/00, art. 5º).
30
OBS: O tema agências reguladoras é muito cobrado nas provas! Seguem algumas características importantes do
69
regime especial dessas agências:
57
- Poder normativo das Agências: tais entidades, ao regulamentar determinado setor, NÃO PODEM INOVAR no
ordenamento jurídico; sua atuação se restringe à área técnica, no esclarecimento de conceitos jurídicos
80
indeterminados, mas desde que tenha fundamento EM LEI para tanto! Di Pietro defende que duas Agências, em
virtude de possuírem previsão constitucional, teriam função normativa mais ampla – ANATEL e ANP. Entretanto,
-9
mesmo nesses dois casos, diz que tais entidades não exercem função normativa legislativa propriamente dita, sem
possibilidade de inovação na ordem jurídica!
oli
- Nomeação da Diretoria através de sabatina do Legislativo: indicação do nome pelo Presidente da República com
cc
- Mandato fixo dos dirigentes: o prazo é definido na lei de criação da Agência (art. 6º, Lei 9.986/00).
io
*** Celso Antônio Bandeira de Mello defende que o prazo fixo do mandato dos dirigentes não pode se estender
ab
além de um mesmo período governamental. Ou seja, encerrado esse período, independentemente do prazo restante
do mandato do dirigente, o novo governo poderia destituir os diretores nomeados pelo governo anterior.
-F
- Perda do mandato de dirigente somente em hipóteses específicas: renúncia / condenação judicial transitada em
julgado / processo administrativo disciplinar. Mas a lei de criação da Agência pode prever outras condições para a
53
- Quarentena dos diretores – tema que vai gerar polêmica! Vejamos o art. 8º da Lei 9.986/00 (Lei de recursos
humanos das Agências Reguladoras):
69
Art. 8o O ex-dirigente fica impedido para o exercício de atividades ou de prestar qualquer serviço no setor regulado
57
pela respectiva agência, por um período de quatro meses, contados da exoneração ou do término do seu mandato.
80
A novíssima Lei 12.813/13, reguladora das situações de conflitos de interesses no Poder Executivo federal, publicada
no D.O.U. de 17.05.2013, trouxe os seguintes artigos:
oli
Art. 2o Submetem-se ao regime desta Lei os ocupantes dos seguintes cargos e empregos:
cc
I - de ministro de Estado;
Pi
6
bio
Fa
II - de natureza especial ou equivalentes;
III - de presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de autarquias, fundações públicas, empresas públicas
ou sociedades de economia mista; e (LEMBRANDO QUE AS AGÊNCIAS REGULADORAS BRASILEIRAS, APESAR DE NÃO
SER OBRIGATÓRIA A CONSTITUIÇÃO DESTA FORMA, SÃO TODAS AUTARQUIAS!!!)
Art. 6o Configura conflito de interesses após o exercício de cargo ou emprego no âmbito do Poder Executivo federal:
I - a qualquer tempo, divulgar ou fazer uso de informação privilegiada obtida em razão das atividades exercidas; e
II - no período de 6 (seis) meses, contado da data da dispensa, exoneração, destituição, demissão ou aposentadoria,
salvo quando expressamente autorizado, conforme o caso, pela Comissão de Ética Pública ou pela Controladoria-
53
Geral da União:
30
a) prestar, direta ou indiretamente, qualquer tipo de serviço a pessoa física ou jurídica com quem tenha estabelecido
69
relacionamento relevante em razão do exercício do cargo ou emprego;
57
b) aceitar cargo de administrador ou conselheiro ou estabelecer vínculo profissional com pessoa física ou jurídica que
desempenhe atividade relacionada à área de competência do cargo ou emprego ocupado;
80
c) celebrar com órgãos ou entidades do Poder Executivo federal contratos de serviço, consultoria, assessoramento ou
-9
atividades similares, vinculados, ainda que indiretamente, ao órgão ou entidade em que tenha ocupado o cargo ou
emprego; ou
oli
d) intervir, direta ou indiretamente, em favor de interesse privado perante órgão ou entidade em que haja ocupado
cc
cargo ou emprego ou com o qual tenha estabelecido relacionamento relevante em razão do exercício do cargo ou
emprego.
Pi
Tudo estaria resolvido, se não fosse o veto ao art. 15, que trazia a seguinte redação:
ab
Art. 15. Ficam revogados o art. 8º da Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000, o art. 16 da Medida Provisória nº 2.216-
-F
Ou seja, o prazo de quarentena seria, em todos os casos, de SEIS MESES! Entretanto, com o veto, haverá muita
discussão aqui!
30
Para a sua prova: olhe para o enunciado da questão. Se perguntar sobre a quarentena “nos termos da Lei 9.986”,
69
responda quatro meses. Se perguntar “nos termos da Lei 12.813”, responda seis meses!
57
Cumpre ressaltar que, para uma autarquia ser qualificada como agência reguladora, não é essencial a presença do
nome “agência”, mas sim que possua um regime jurídico diferenciado! EX: CVM – Comissão de Valores Mobiliários.
80
2.3 – A fundacional nada mais é que uma autarquia com nome de fundação (Ex: A
-9
UFRJ é uma autarquia; a UNIRIO é uma fundação pública. Logo, a UNIRIO é considerada uma autarquia
fundacional/fundação autárquica).
oli
público (CRFB/88, art. 241 c/c Lei 11.107/05, art. 6º, §1º).
Pi
7
bio
Fa
CRFB/88
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e
os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem
como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços
transferidos.
Lei 11.107/2005
I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do
protocolo de intenções;
53
II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.
30
3 – Patrimônio: bens públicos.
69
Impenhoráveis – a execução contra a Autarquia segue o art. 100 da CRFB/88 (precatório).
57
Imprescritíveis – não cabe aquisição dos bens da autarquia por usucapião.
Alienação condicionada – os bens só podem ser alienados se observados os critérios
80
previstos em lei (no caso, Lei 8.666/93), após o respecttivo processo de DESAFETAÇÃO.
-9
4 – Regime de pessoal: RJU (Regime Jurídico Único). No âmbito da União, o RJU é o
estatutário. Art. 39, CRFB/88. OBS: STF, ADI 2135.
oli
5 – Nomeação e exoneração de dirigentes: a forma está prevista na lei instituidora, que pode
cc
estabelecer a aprovação prévia do Senado Federal do nome escolhido pelo Presidente da República (CRFB/88, art.
84, XIV c/c art. 52, III, “f”). OBS: a lei NUNCA pode prever que a exoneração dependa de aprovação legislativa!
Pi
6 – Foro competente. Se autarquia federal, Justiça Federal (CRFB/88, art. 109, I). Se for
io
mandado de segurança contra autoridade da autarquia federal, também competência da Justiça Federal (art. 109,
ab
7 – Privilégios processuais:
7.1 – prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer (Lei 5.869/73, art.
53
188);
30
Art. 488. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais do art. 282, devendo o autor:
80
II - depositar a importância de 5% (cinco por cento) sobre o valor da causa, a título de multa, caso a ação seja, por
oli
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no no II à União, ao Estado, ao Município e ao Ministério Público.
Pi
8
bio
Fa
Ou seja, não houver lei garantindo o benefício acima, a Autarquia deve realizar o
depósito prévio! OBS: Salvo o INSS, que já possui dispensa do depósito prevista em lei! Há súmula do STJ:
Súmula 175: DESCABE O DEPOSITO PRÉVIO NAS AÇÕES RESCISÓRIAS PROPOSTAS PELO INSS.
Súmula 644/ STF: AO TITULAR DO CARGO DE PROCURADOR DE AUTARQUIA NÃO SE EXIGE A APRESENTAÇÃO DE
INSTRUMENTO DE MANDATO PARA REPRESENTÁ-LA EM JUÍZO.
8 – Prescrição quinquenal.
Decreto 20.910/32
53
Art. 1º - As Dividas Passivas Da União, Dos Estados E Dos Municípios, Bem Assim Todo E Qualquer Direito Ou Ação
30
Contra A Fazenda Federal, Estadual Ou Municipal, Seja Qual For A Sua Natureza, Prescrevem Em Cinco Anos
Contados Da Data Do Ato Ou Fato Do Qual Se Originarem.
69
Decreto-Lei 4.597/42
57
Art. 2º O Decreto nº 20.910, de 6 de janeiro de 1932, que regula a prescrição qüinqüenal, abrange as dívidas
80
passivas das autarquias, ou entidades e órgãos paraestatais, criados por lei e mantidos mediante impostos, taxas ou
quaisquer contribuições, exigidas em virtude de lei federal, estadual ou municipal, bem como a todo e qualquer
direito e ação contra os mesmos. -9
oli
9 – Imunidade tributária.
cc
CRFB/88
Pi
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:
io
ab
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
53
no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas
decorrentes.
30
OBS: esta garantia afasta a cobrança de impostos, mas não de outros tributos, como taxas e
69
contribuições!
57
10 – Responsabilidade civil.
80
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
oli
9
bio
Fa
Consagração da teoria do risco administrativo – responsabilidade objetiva. Aqui são alcançados somente os
danos causados por ação. Eventual responsabilidade por omissão administrativa será, em regra, regulada pela teoria
da culpa administrativa.
OBS1: a questão da ausência de responsabilidade das prestadoras de serviços públicos a terceiros não-
usuários do serviço já foi superada pelo STF. Vejamos:
EMENTA: CONSTITUCIONAL. RESPONSABILIDADE DO ESTADO. ART. 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO. PESSOAS JURÍDICAS
DE DIREITO PRIVADO PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO. CONCESSIONÁRIO OU PERMISSIONÁRIO DO SERVIÇO DE
TRANSPORTE COLETIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA EM RELAÇÃO A TERCEIROS NÃO-USUÁRIOS DO SERVIÇO.
RECURSO DESPROVIDO. I - A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço
público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º, da
Constituição Federal. II - A inequívoca presença do nexo de causalidade entre o ato administrativo e o dano causado
53
ao terceiro não-usuário do serviço público, é condição suficiente para estabelecer a responsabilidade objetiva da
30
pessoa jurídica de direito privado. III - Recurso extraordinário desprovido. STF, RE 591.874/MS, Tribunal Pleno,
julgamento 26.08.2009.
69
OBS2: a responsabilidade civil da autarquia não exclui o dever subsidiário do Estado que a instituiu de
57
reparar os danos! Vejamos o STJ:
80
ADMINISTRATIVO – RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO – ACIDENTE DE TRÂNSITO – DANO MATERIAL –
RESPONSABILIDADE DA AUTARQUIA – RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ESTADO. A Jurisprudência desta Corte
-9
considera a autarquia responsável pela conservação das rodovias e pelos danos causados a terceiros em decorrência
da má conservação, contudo remanesce ao Estado a responsabilidade subsidiária. STJ, REsp 875.604, Segunda
oli
Turma, julgamento 09.06.2009.
cc
11 – Agências Executivas
Pi
Lei 9.649/98
io
Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido
ab
os seguintes requisitos:
-F
§ 2o O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa específicas para as Agências Executivas,
69
visando assegurar a sua autonomia de gestão, bem como a disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros
para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos Contratos de Gestão.
57
B) Fundação Pública.
80
1 – Se Fundação Pública de Direito Público, lei cria – neste caso, é chamada de FUNDAÇÃO
-9
AUTÁRQUICA.
Se Fundação Pública de Direito Privado, lei autoriza criação – neste caso, é chamada de
oli
FUNDAÇÃO GOVERNAMENTAL.
cc
Decreto-Lei 200/67
Pi
10
bio
Fa
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em
virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou
entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de
direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
§ 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura
pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do
Código Civil concernentes às fundações. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)
53
3 – Quando a CRFB/88 fala “fundação pública”, a regra é aplicada tanto para a fundação
30
pública de direito público como para a fundação pública de direito privado.
69
4 – Às Fundações Públicas, sejam de direito público ou de direito privado, não se aplica o
controle exercido pelo Ministério Público, como ocorre em relação às fundações privadas.
57
5 – Foro competente: fundação pública de direito público federal – como possui natureza de
80
autarquia, não há dúvidas: aplica-se a regra do art. 109, I, CRFB/88. Se fundação pública de direito privado, conforme
entendimento do STJ, também Justiça Federal.
-9
STJ – Súmula 324 – Compete à Justiça Federal processar e julgar ações de que participa a Fundação Habitacional do
oli
Exército, equiparada à entidade autárquica federal, supervisionada pelo Ministério do Exército (publicada em
16.05.2006.
cc
(...)
-F
5. É assente nesta Corte que a fundação pública federal, que atende à previsão do art. 5º, IV, do Decreto-lei nº
200/67, equipara-se às autarquias federais para efeito da competência da Justiça Federal (CF, art. 109, I).
53
(...)
30
formais. Não há diferença quanto ao objeto ou área de atuação. São instituídas para exploração de atividade
econômica (CRFB/88, art. 173) ou para a exploração de serviços públicos (CRFB/88, art. 175).
oli
2 – Regime jurídico: são entidades de natureza híbrida. Formalmente, são pessoas jurídicas
cc
de direito privado, mas recebem a influência de normas de direito público. Se exploram atividade econômica em
Pi
11
bio
Fa
regime de concorrência, há predominância de normas de direito privado (Ex: Petrobrás, CEF, BB). Se exploram
serviços públicos, há predominância de normas de direito público (Ex: ECT, Infraero).
Em ambos os casos, na ausência de derrogação do regime pelo direito comum, não haverá
EP/SEM, mas apenas empresa com participação acionária do Estado.
3 – Benefícios fiscais.
CRFB/88
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado
só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo,
conforme definidos em lei.
53
§ 2º - As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não
30
extensivos às do setor privado.
69
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre
através de licitação, a prestação de serviços públicos.
57
Ou seja, se for empresa pública ou sociedade de economia mista exploradora de atividade
80
econômica em regime de concorrência (CRFB/88, art. 173), não cabe a estipulação de benefícios fiscais. O mesmo
não ocorre para aquelas que exploram serviços públicos (CRFB/88, art. 175).
-9
Quanto ao tema, os ensinamentos de Maria Sylvia Zanella Di Pietro:
oli
Uma primeira ilação que se tira do artigo 173, §1 é a de que, quando o Estado, por
intermédio dessas empresas, exerce atividade econômica, reservada preferencialmente ao
cc
particular pelo caput do dispositivo, ele obedece, no silêncio da lei, a normas de direito
Pi
privado. Estas normas são a regra; o direito público é exceção e, como tal, deve ser
interpretado restritivamente.
io
privado, as derrogações a esse regime somente são admissíveis quando delas decorrem
implícita ou explicitamente. A lei ordinária não pode derrogar o direito comum, se não
-F
(...)
69
Quando, porém, o Estado fizer a gestão privada do serviço público, ainda que de natureza
comercial ou industrial, aplicam-se, no silêncio da lei, os princípios de direito público,
57
inerentes ao regime jurídico administrativo. Nem poderia ser diferente, já que alguns desses
princípios são inseparáveis da noção de serviço público, tais como o da predominância do
80
o das limitações ao direito de greve, o da obrigatoriedade de sua execução pelo Estado, ainda
que por meio de concessionários e permissionários, daí resultando o direito do usuário à
oli
prestação do serviço.
cc
Pi
12
bio
Fa
4 – Imunidade tributária recíproca: STF entende que se for empresa pública ou sociedade de
economia mista prestadora de serviços públicos há incidência de imunidade recíproca. A questão foi resolvida pelo
STF em 2014, sendo noticiada em dois informativos – 769, 767 e 763. Vejamos:
INFORMATIVO 769
São imunes à incidência do IPVA os veículos automotores pertencentes à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos -
ECT (CF, art. 150, VI, a). Esse o entendimento do Plenário, que, por maioria, julgou procedente pleito formulado em ação
cível originária na qual a referida empresa pública buscava o afastamento da exigibilidade do IPVA cobrado por Estado-
membro, bem como das sanções decorrentes do não pagamento do tributo, tendo em conta o alegado desempenho de
atividades típicas de serviço público obrigatório e exclusivo. A Corte reafirmou sua jurisprudência no sentido de ser
aplicável a imunidade tributária recíproca em favor da ECT, inclusive em relação ao IPVA, reiterado o quanto decidido no
RE 601.392/PR (DJe de 5.6.2013), na ACO 819 AgR/SE (DJe de 5.12.2011) e na ACO 803 AgR/SP (acórdão pendente de
53
publicação).
30
INFORMATIVO 767
69
Não incide o ICMS sobre o serviço de transporte de bens e mercadorias realizado pela Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos - ECT. Esse o entendimento do Plenário, que, por maioria, deu provimento a recurso extraordinário em que se
57
discutia o alcance da imunidade tributária recíproca (CF, art. 150, VI, a) relativamente ao referido imposto, incidente sobre
específica modalidade de serviço postal realizado pela ECT. A Corte afastou, inicialmente, questão posta no acórdão
80
recorrido no sentido de que a ECT, quando da realização do transporte de mercadoria, e tendo em conta a natureza
jurídica de direito privado daquela entidade, não estaria albergada pela proteção da imunidade tributária recíproca.
-9
Segundo esse entendimento, tratar-se-ia, na espécie, de contrato oneroso de transporte, ausente norma legal a amparar o
tratamento diferenciado. O Colegiado asseverou que o fluxo de atividade dos Correios, no que diz com o serviço postal,
oli
estaria previsto no art. 7º, “caput”, e § 3º, da Lei 6.538/1978 (“Constitui serviço postal o recebimento, expedição,
transporte e entrega de objetos de correspondência, valores e encomendas, conforme definido em regulamento. ... § 3º -
cc
Constitui serviço postal relativo a encomendas a remessa e entrega de objetos, com ou sem valor mercantil, por via
Pi
postal”). O transporte de encomendas, portanto, também estaria inserido no rol das atividades desempenhadas pela
entidade em comento, e esta, como assentado no RE 601.392/PR (DJe de 5.6.2013), deveria cumprir o encargo de alcançar
io
todos os lugares do Brasil, sem a possibilidade de recusa, diferentemente das empresas privadas. Além disso, haveria, para
ab
os Correios, a possibilidade de terceirizar o serviço, mediante licitação, e as empresas eventualmente contratadas seriam
contribuintes do ICMS sobre a prestação dos serviços de transporte. Esse transporte, que se daria entre unidades próprias
-F
da ECT, em nenhum momento ensejaria à empresa terceirizada a atividade de receber ou entregar as correspondências ou
encomendas diretamente ao usuário do serviço postal. Por outro lado, sendo obrigatórias a regularidade do serviço postal
e a garantia de sua continuidade, não seria despropositado que a ECT aproveitasse espaços ociosos nos veículos que
53
utilizasse para exercer atividades afins. Não se estaria, assim, a criar determinada estrutura exclusivamente para competir
30
com particulares, mas, meramente a aproveitar meios já disponíveis e utilizados, necessários ao serviço postal. Ademais,
as atividades exercidas sob regime concorrencial existiriam para custear aquela exercida sob o regime constitucional de
69
monopólio. Se assim não fosse, frustrar-se-ia o objetivo do legislador de viabilizar a integração nacional e dar
exequibilidade à fruição do direito básico do indivíduo de se comunicar com outras pessoas ou instituições e de exercer
57
outros direitos, com esse relacionados, fundados na própria Constituição. Outrossim, seria impossível separar
topicamente as atividades concorrenciais para que se verificasse a tributação. Além disso, o desempenho daquelas
80
atividades não descaracterizaria o viés essencialmente público das finalidades institucionais da empresa pública em
comento. Por fim, a ECT não poderia nem deveria ser equiparada a empresa de transporte privado — cuja atividade fim
-9
fosse o transporte de mercadorias —, na medida em que, não apenas o recebimento e a entrega de correspondências e
encomendas, mas, notadamente, o próprio transporte, seriam todas fases indissociáveis de um serviço postal que se
oli
qualificaria pela incindibilidade, tendo em vista a sua última destinação e sua própria função. RE 627051/PE, rel. Min. Dias
Toffoli, 12.11.2014. (RE-627051)
cc
Pi
13
bio
Fa
INFORMATIVO 763
A imunidade tributária recíproca reconhecida à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT alcança o IPTU
incidente sobre imóveis de sua propriedade, bem assim os por ela utilizados. No entanto, se houver dúvida acerca de
quais imóveis estariam afetados ao serviço público, cabe à administração fazendária produzir prova em contrário, haja
vista militar em favor do contribuinte a presunção de imunidade anteriormente conferida em benefício dele. Com base
nesse entendimento, o Plenário, por maioria, desproveu recurso extraordinário no qual se discutia o alcance da imunidade
tributária recíproca relativa ao IPTU, incidente sobre imóveis de propriedade da ECT. O Tribunal salientou que, embora a
interpretação literal da Constituição reconhecesse a imunidade recíproca apenas às pessoas políticas, autarquias e
fundações, a jurisprudência do STF estendera o beneplácito às empresas públicas e às sociedades de economia mista,
desde que prestadoras de serviço público. Assentou que essas entidades poderiam figurar como instrumentalidades das
pessoas políticas, de modo a ocupar-se dos serviços públicos atribuídos aos entes federativos aos quais estariam
vinculadas, franqueado o regime tributário próprio das autarquias e das fundações públicas. Frisou, no tocante aos
53
tributos incidentes sobre o patrimônio das empresas públicas e das sociedades de economia mista, a necessidade de se
analisar a capacidade contributiva, para fins de imunidade, a partir da materialidade do tributo. Distinguiu os institutos da
30
isenção — que seria uma benesse decorrente da lei — e da imunidade — que decorreria diretamente do texto
69
constitucional. Deduziu que, no primeiro caso, incumbiria ao contribuinte que pretendesse a fruição da benesse o ônus de
demonstrar seu enquadramento na situação contemplada, enquanto, no segundo, as presunções sobre o enquadramento
57
originalmente conferido deveriam militar a favor do contribuinte. Constatou, a partir desse cenário, que se a imunidade já
houvesse sido deferida o seu afastamento só poderia ocorrer mediante a constituição de prova em contrário produzida
80
pelo Fisco. Sublinhou que o oposto ocorreria com a isenção, que constituiria mero benefício fiscal concedido pelo legislador
ordinário, presunção que militaria em favor da Fazenda Pública. RE 773992/BA, rel. Min. Dias Toffoli, 15.10.2014. (RE-
773992)
-9
oli
Informe-se, ainda, que o STF já reconheceu a imunidade tributária recíproca para a INFRAERO
(Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) e para a CODESP (Companhia Docas do Estado de São Paulo),
cc
RECURSO. Extraordinário. Imunidade tributária recíproca. Extensão. Empresas públicas prestadoras de serviços públicos.
Repercussão geral reconhecida. Precedentes. Reafirmação da jurisprudência. Recurso improvido. É compatível com a
io
INFRAERO, na qualidade de empresa pública prestadora de serviço público. STF, ARE 638.315, Rel. Min Presidente,
julgamento em 09.06.2011.
-F
EMENTA: TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE RECÍPROCA. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA CONTROLADA POR ENTE FEDERADO.
CONDIÇÕES PARA APLICABILIDADE DA PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL. ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA. COMPANHIA DOCAS
53
DO ESTADO DE SÃO PAULO (CODESP). INSTRUMENTALIDADE ESTATAL. ARTS. 21, XII, f, 22, X, e 150, VI, a DA
CONSTITUIÇÃO. DECRETO FEDERAL 85.309/1980. 1. IMUNIDADE RECÍPROCA. CARACTERIZAÇÃO. STF, RE 253.772, Rel.
30
8666/93). Já aquelas que exercem atividade econômica podem ter um regime especial – ainda não instituído até
hoje – conforme previsão da CRFB/88. Vejamos:
-9
oli
cc
Pi
14
bio
Fa
Art. 173.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias
que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração
pública;
CRFB/88
53
Art. 37.
30
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão
69
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.
57
7 – Regime de pessoal: emprego público; necessidade de concurso público (CRFB/88, art. 37,
80
II); não há estabilidade (CRFB/88, art. 41); teto remuneratório (CRFB/88, art. 37, XI) – só para empresa pública e
sociedade de economia mista que receba dinheiro do orçamento para custeio do pessoal (CRFB/88, art. 37, §9º);
-9
conflitos da relação de trabalho são julgados pela Justiça do Trabalho (CRFB/88, art. 114, I).
OBS: conforme recente julgado do STF, a dispensa dos empregados deve ser motivada!
oli
Vejamos:
cc
que regem a admissão por concurso público a dispensa do empregado de empresas públicas e sociedades de
economia mista que prestam serviços públicos deve ser motivada, assegurando-se, assim, que tais princípios,
-F
observados no momento daquela admissão, sejam também respeitados por ocasião da dispensa. III – A motivação do
ato de dispensa, assim, visa a resguardar o empregado de uma possível quebra do postulado da impessoalidade por
53
parte do agente estatal investido do poder de demitir. IV - Recurso extraordinário parcialmente provido para afastar
a aplicação, ao caso, do art. 41 da CF, exigindo-se, entretanto, a motivação para legitimar a rescisão unilateral do
30
contrato de trabalho. STF, RE 589.998, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 20.03.2013.
69
8 – Dirigentes: nomeação compete ao Chefe do Executivo. STF já disse que não cabe exigir
aprovação do Legislativo, mesmo que a empresa pública ou a sociedade de economia mista preste serviços públicos.
57
público, são impenhoráveis, pela incidência do princípio da continuidade dos serviços públicos.
-9
15
bio
Fa
Não cabe contra os chamados “atos de gestão comercial” – Lei 12.016/09, art. 1º, §2º: Não
cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas
públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público.
11 – EP/SEM não estão sujeitas à falência! Lei 11.101, art. 2º, I: Art. 2o Esta Lei não se aplica
a: I – empresa pública e sociedade de economia mista;
12 – Criação das empresas públicas / sociedades de economia mista. Podem resultar de: a)
transformação de ógãos públicos/autarquias; desapropriação de ações de socieade privada; subscrição de ações de
uma sociedade anônima já constituída por capital particular. Em todos os casos, necessidade de LEI!!! Na ausência
de lei teremos apenas uma empresa estatal sob controle acionáro do Estado.
13 – Diferenças:
53
Empresa Pública Sociedade de Economia Mista
30
Qualquer uma admitida em
Forma Jurídica Direito. OBS: Empresa Somente Sociedade Anônima
69
Pública UNIPESSOAL
Só estatal. OBS: DL 900/69, Público + Privado, com controle
57
Composição do capital
Art5º estatal.
Se federal, Justiça Federal
80
(CRFB/88, art. 109, I). Se Federal, estadual e municipal: Justiça
Foro processual
estadual ou municipal, Estadual
Justiça Estadual
-9
oli
Decreto-Lei 900/69
cc
Art. 5º Desde que a maioria do capital volante permaneça de propriedade da União, será admitida, no capital da
Pi
Empresa Pública (artigo 5º inciso II, do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967), a participação de outras
pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da Administração Indireta da União, dos Estados
io
***OBSERVAÇÃO***: Não basta a participação majoritária do Poder Público na entidade para que
-F
ela seja sociedade de economia mista; exige-se a efetiva GESTÃO na empresa, sob pena de se
configurar apenas empresa estatal com participação societária do Estado.
53
Na esfera federal admite-se a criação de empresa pública com formas inéditas. Vejamos:
30
1 – Sociedade unipessoal. Possui assembleia geral, apesar de ter como única sócia a UNIÃO
(p. ex. Cia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco). Além de assembleia geral há conselho diretor,diretoria
69
executiva e conselho fiscal. A existência da assembleia geral se justifica por uma futura participação, em aumentos
de capital, de outras pessoas jurídicas de direito público, desde que a maioria do capital continue com a União.
57
2 – Empresa Pública unipessoal. Não possui assembleia geral. É o caso da Caixa Econômica
80
Federal. Seus órgãos são a diretoria e o conselho fiscal. Em verdade, assemelham-se à empresa individual do direito
-9
***OBSERVAÇÃO***: Não é possível a instituição das formas societárias acima nos Estados e
oli
Municípios, visto que essas entidades políticas não têm competência para legislar sobre Direito
Comercial/Direito Civil.
cc
Pi
16
bio
Fa
D) Empresa sob controle acionário do Estado: é pessoa jurídica de direito privado, que presta
atividade econômica (pública ou privada), mas a que falta um dos requisitos essenciais para que seja considerada
empresa pública ou sociedade de economia mista (por exemplo, não houve autorização legislativa quando a União
adquiriu a participação acionária majoritária em determinada empresa privada). Esta entidade NÃO INTEGRA A
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA. Di Pietro ensina que, normalmente, atua como empresa concessionária de serviços
públicos, nos termos do artigo 175 da CRFB/88.
QUESTÕES DE CONCURSOS
(CESPE_ANTAQ_2014_Especialista) Os órgãos administrativos são pessoas jurídicas de direito público que compõem
tanto a administração pública direta quanto a indireta.
(CESPE_TCE-ES_2012_Auditor) De acordo com a teoria do órgão, a atuação da pessoa jurídica deve ser imputada ao
53
agente — pessoa natural — integrante de sua estrutura.
30
(CESPE_TJ-DF_2013_AJAJ) Os órgãos públicos classificam-se, quanto à estrutura, em órgãos singulares, formados por
um único agente, e coletivos, integrados por mais de um agente ou órgão.
69
(CESPE_TJ-BA _2014_Delegação de Serventias - Remoção) Acerca dos órgãos públicos, assinale a opção correta.
57
(A) Embora não tenham personalidade jurídica própria e resultem da desconcentração, os órgãos públicos possuem
80
patrimônio próprio e podem firmar contrato de gestão nos termos constitucionais.
-9
(B) O presidente do órgão colegiado, embora seja representante externo do órgão que preside, não tem legitimidade
passiva para responder em juízo pelas decisões desse órgão.
oli
(C) São órgãos públicos independentes, segundo a CF, as secretarias de estados e municípios.
cc
(D) O Ministério da Fazenda, nos termos da legislação vigente, integra a Presidência da República, estando sua
Pi
competência relacionada a assuntos de moeda, crédito, instituições financeiras, capitalização, poupança popular,
seguros privados e previdência privada aberta.
io
ab
(E) O Ministério da Fazenda e a PGFN são órgãos autônomos, entretanto as funções de consultoria jurídica daquele
são exercidas por esta.
-F
(CESPE_MS_2013_Analista) A criação de uma sociedade de economia mista pode ser autorizada, genericamente, por
meio de dispositivo de lei cujo conteúdo específico seja a autorização para a criação de uma empresa pública.
53
(CESPE_ANTAQ_2014_Analista) O poder normativo das agências reguladoras, cujo objetivo é atender à necessidade
30
crescente de normatividade baseada em questões técnicas com mínima influência política, deve estar amparado em
fundamento legal.
69
pública direta, seus bens são impenhoráveis e seus servidores estão sujeitos à vedação de acumulação de cargos e
80
funções públicas.
-9
(FCC_TRT-20_2012_Juiz) De acordo com a normatização federal que disciplina a matéria, agência executiva é
(A) fundação pública, constituída por lei sob regime especial que lhe confere autonomia administrativa, orçamentária
oli
e financeira.
cc
(B) entidade criada por lei, com autonomia administrativa, orçamentária e financeira, para exercer poder de polícia.
Pi
17
bio
Fa
(C) autarquia de regime especial, estabelecido na lei instituidora, com competência institucional para regular
atividade econômica ou serviço público prestado sob regime de concessão ou permissão.
(D) a qualificação conferida, por decreto governamental, a empresas públicas ou fundações governamentais, para
ampliação da autonomia administrativa, orçamentária e financeira.
(E) a qualificação dada à autarquia ou fundação que celebre contrato de gestão com o respectivo Ministério
supervisor e que tenha plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional para melhoria da
qualidade de gestão e redução de custos.
53
(A) as concessionárias e permissionárias para as quais são transferidas a execução e titularidade de serviços públicos,
na forma do artigo 175 da CF.
30
(B) as autarquias, as fundações governamentais e os consórcios públicos, que, no entanto, não detém a gestão dos
69
serviços, mas apenas estão autorizados a executá-los.
57
(C) as autarquias e os consórcios públicos, instituídos para gestão associada de serviços públicos de que trata o artigo
241 da Constituição Federal, na forma da Lei nº 11.107/2005.
80
(D) as entidades de direito público criadas pelos entes estatais, excluindo-se dessa forma de distribuição de
-9
competências as entidades com personalidade de direito privado, instituídas pelo Poder Público, porque a elas não se
pode transferir a titularidade e a execução de serviços públicos.
oli
(E) as sociedades de economia mista e as empresas públicas criadas por lei com personalidade de direito privado.
cc
presença do nome “agência” em sua denominação, a exemplo da Agência Brasileira de Inteligência e da Agência
Brasileira de Desenvolvimento Industrial.
io
ab
(CESPE_AGU_2013_Procurador) As autarquias, que adquirem personalidade jurídica com a publicação da lei que as
institui, são dispensadas do registro de seus atos constitutivos em cartório e possuem as prerrogativas especiais da
-F
fazenda pública, como os prazos em dobro para recorrer e a desnecessidade de anexar, nas ações judiciais,
procuração do seu representante legal.
53
(CESPE_DEPEN_2013_Agente Penitenciário) As fundações públicas poderão ser criadas para exercerem atividades
69
de fins lucrativos.
57
(CESPE_MC_2013_Direito) O Ministério Público deverá realizar o controle sobre as atividades das fundações
80
(CESPE_MC_2013_Direito) Fundação pública é a pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de
autoadministração, para o desempenho de serviço público descentralizado, mediante controle administrativo
exercido nos limites da lei.
oli
cc
Pi
18
bio
Fa
(CESPE_CPRM_2013_Direito) A figura do instituidor, que faz a doação patrimonial; o objeto, consistente em
atividades de interesse social; e a ausência de fins lucrativos constituem elementos essenciais no conceito de
fundação pública.
(A) seus agentes não ocupam cargo público e não há responsabilidade objetiva por danos causados a terceiros.
(B) seus contratos administrativos devem ser precedidos de procedimento licitatório, na forma da lei.
(C) seus atos constitutivos devem ser inscritos junto ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, definindo as áreas de sua
atuação.
53
(D) seus atos administrativos não gozam de presunção de legitimidade e não possuem executoriedade.
30
(E) seu regime tributário é comum sobre o patrimônio, a renda e os serviços relacionados às suas finalidades
69
essenciais.
57
(CESPE_MI_2013_Analista) Nas empresas públicas e sociedades de economia mista, não existem cargos públicos,
mas somente empregos públicos.
80
(CESPE_AGU_2013_Procurador) Caso um particular ajuíze ação sob o rito ordinário perante a justiça estadual contra
-9
o Banco do Brasil S.A., na qual, embora ausente interesse da União, seja arguida a incompetência do juízo para
processar e julgar a demanda, por se tratar de sociedade de economia mista federal, a alegação de incompetência
deverá ser rejeitada, mantendo-se a competência da justiça estadual.
oli
cc
atividade econômica.
io
(CESPE_DEPEN_2013_Agente Penitenciário) Sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado,
ab
instituídas pelo Poder Público, sob qualquer forma jurídica, para exploração de atividades de natureza econômica ou
execução de serviços públicos.
-F
(CESPE_MC_2013_Direito) O Poder Executivo não poderá, por ato de sua exclusiva competência, extinguir uma
empresa pública.
53
(CESPE_DPF_2013_Delegado de Polícia) A sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito privado que
30
pode tanto executar atividade econômica própria da iniciativa privada quanto prestar serviço público.
69
(CESPE_ANS_2013_Técnico) As empresas públicas, por serem pessoas jurídicas de direito privado, estão sujeitas à
80
falência.
-9
força de lei.
cc
Pi
19
bio
Fa
(CESPE_TRT-10_2013_AJEM) As empresas públicas devem ser constituídas obrigatoriamente sob a forma de
sociedade anônima.
(A) A chamada centralização desconcentrada é a atribuição administrativa cometida a uma única pessoa jurídica
dividida internamente em diversos órgãos.
(B) A estrutura básica da administração direta na esfera estadual é composta pelo chefe do Poder Executivo, que tem
como auxiliares os ministros de Estado.
(C) Sociedade de economia mista, empresa pública e fundação pública de direito público são categorias abrangidas
53
pelo termo empresa estatal ou empresa governamental.
30
(D) A criação de uma diretoria no âmbito interno de um tribunal regional eleitoral (TRE) configura exemplo de
descentralização administrativa.
69
(E) A administração direta é composta de pessoas jurídicas, também denominadas entidades, e a administração
57
indireta, de órgãos internos do Estado.
80
(CESPE_TRE-MS_2013_TJAA) Ainda com relação à administração direta e indireta, centralizada e descentralizada,
assinale a opção correta.
-9
(A) A responsabilidade pelos atos lesivos praticados pelas autarquias contra terceiros é de índole diversa da
responsabilidade civil do Estado, que só abrange as pessoas políticas.
oli
cc
(B) As sociedades de economia mista não se sujeitam ao controle do Tribunal de Contas da União, já que apenas
parte de seu capital votante é público.
Pi
(C) Compõem a administração pública indireta as entidades autárquicas e fundacionais, mas não as empresas
io
(D) Caracteriza as agências reguladoras federais o fato de ter mandado fixo e proteção contra o desligamento
-F
imotivado.
(E) Para a criação e a extinção de empresa pública, exige-se a edição de lei específica, não sendo necessário o registro
53
públicas, cujo capital é exclusivamente público; e outro grupo, constituído pelas sociedades de economia mista e
empresas públicas, cujo capital é formado pela conjugação de capital público e privado.
57
(CESPE_MPU_2013_Analista) A empresa pública federal caracteriza-se, entre outros aspectos, pelo fato de ser
80
constituída de capital exclusivo da União, não se admitindo, portanto, a participação de outras pessoas jurídicas na
-9
(CESPE_TJ-DF_2013_OJAF) Pertence à justiça federal a competência para julgar as causas de interesse das empresas
oli
públicas, dado o fato de elas prestarem serviço público, ainda que detenham personalidade jurídica de direito
privado.
cc
Pi
20
bio
Fa
(FCC_TRT-11_2012_AJEM) Considere as seguintes assertivas:
I. Pode adotar uma das modalidades de sociedade disciplinadas pela legislação comercial.
II. Seja de âmbito federal, estadual ou municipal, tem capital inteiramente público, ou seja, dele somente podem
participar pessoas jurídicas de direito público.
IV. Se for de âmbito federal, terá seus litígios processados e julgados obrigatoriamente na Justiça Federal.
(A) I, II e IV.
53
(B) I e III.
30
(C) I e IV.
69
(D) II e III.
57
(E) III e IV.
80
(CESPE_ANTAQ_2014_Analista) As entidades que compõem o serviço social autônomo prestam serviço público e, por
-9
isso, integram a administração pública indireta, estando sujeitas ao controle do tribunal de contas.
princípio fundamental da administração pública federal, pressupõe duas pessoas jurídicas distintas, o Estado e a
entidade que executará o serviço.
io
(CESPE_DPF_2014_Administrador) São características das sociedades de economia mista: criação autorizada por lei;
ab
personalidade jurídica de direito privado; sujeição ao controle estatal; estruturação sob a forma de sociedade
-F
anônima.
ratificado por lei, salvo se o ente federativo, no momento do protocolo, já tiver editado lei disciplinadora sobre sua
participação no consórcio.
cc
Pi
21
bio
Fa
(CESPE_TJSE_2014_CEBRASPE) Com relação à descentralização e à administração indireta, assinale a opção correta.
(A) A descentralização por colaboração ocorre quando se transfere a execução de um serviço público a pessoa
jurídica de direito privado já existente, conservando o poder público a titularidade desse serviço.
(B) Os consórcios públicos são considerados entidades da administração indireta, dotados de personalidade jurídica
de direito público, integrantes de todos os entes da Federação consorciados.
(C) As empresas públicas exploradoras de atividade econômica sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas
privadas, com exceção do que for concernente às obrigações comerciais.
(D) As autarquias são entidades integrantes da administração indireta não sujeitas à tutela, tendo em vista a sua
capacidade de autoadministração.
53
(E) A descentralização pressupõe a existência de, pelo menos, dois órgãos ou pessoas jurídicas entre os quais se
30
repartem as competências.
69
(CESPE_TJ-CE_2014_Analista Judiciário – Área Judiciária) A respeito de organização administrativa, assinale a opção
correta.
57
(A) Os consórcios públicos sob o regime jurídico de direito público são associações públicas sem personalidade
80
jurídica criadas para a gestão associada de serviços públicos de interesse de mais de um ente federativo.
-9
(B) Tratando-se de órgão público, a competência é irrenunciável e intransferível.
(C) As autarquias são entidades criadas pelos entes federativos para a execução atividades que requeiram gestão
oli
administrativa e financeira descentralizada, porém, o ente federativo continuará titular do serviço, sendo
cc
(D) As organizações sociais são pessoas jurídicas de direito público que celebram contrato de gestão com o poder
público para a prestação de serviços públicos de natureza social.
io
(E) São consideradas agências executivas as autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia
ab
mista que apresentam regime jurídico especial que lhes concede maior autonomia em relação ao ente federativo que
-F
as criou.
(A) qualificação, mediante aprovação de plano de metas pelo Ministério Supervisor, de autarquias como agências
69
(B) celebração, por autarquias e fundações, de contrato de gestão fixando metas de desempenho para a entidade,
qualificada, por ato do Chefe do Executivo, como agência executiva.
80
(C) criação, por lei específica, de organizações sociais, para gestão descentralizada e mais flexível de serviços públicos
-9
não exclusivos.
oli
(D) qualificação de fundações como organizações sociais, por ato do Chefe do Executivo, com base em plano de
metas aprovado pelo Ministério Supervisor.
cc
Pi
22
bio
Fa
(E) criação, por lei específica, de agências executivas, na forma de autarquias de regime especial, dotadas de
autonomia orçamentária e financeira.
(FCC_TRT-01_2014_Juiz) Lei federal que autorizasse a instituição de empresa pública para exploração dos serviços de
transporte rodoviário interestadual de passageiros
(A) não poderia estabelecer exceções ao regime de direito privado que lhe seria aplicável, como a impenhorabilidade
de bens.
(D) somente seria constitucional se a exploração do serviço fosse necessária aos imperativos de segurança nacional,
53
devidamente definidos na lei.
30
(E) poderia estabelecer que a empresa em questão gozasse de privilégios fiscais, ainda que não extensivos a
69
empresas privadas prestadoras do mesmo serviço sob o regime de concessão ou permissão.
57
(FCC_TRT18_2014_Juiz do Trabalho) Ao criar uma entidade da Administração indireta, o ente político pode optar por
constituí-la sob regime de direito privado. Dentre as entidades que podem ser instituídas sob tal regime, estão
80
(A) as autarquias, as fundações e as agências executivas.
-9
(B) as sociedades de economia mista, os consórcios públicos e as fundações.
oli
(C) as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as agências reguladoras.
cc
(FCC_TRT18_2014_Juiz do Trabalho) O status de “agência executiva” constitui uma qualificação criada pela
ab
chamada “reforma gerencial” da Administração pública federal. NÃO é característica típica de tal figura jurídica,
-F
(B) a ampliação da autonomia gerencial, orçamentária e financeira do órgão ou entidade assim qualificado.
30
(D) a exigência de prévia celebração de contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor, para obtenção da
qualificação.
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(E) a previsão de mandato fixo aos seus dirigentes, vedada a sua exoneração ad nutum.
80
(FCC_TRT18_2014_Juiz do Trabalho) No tocante ao regime legal dos bens das entidades pertencentes à
-9
(A) Os bens pertencentes a autarquia são impenhoráveis, mesmo para satisfação de obrigações decorrentes de
oli
(B) Os bens pertencentes às entidades da Administração indireta são bens privados e, portanto, passíveis de penhora.
Pi
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Fa
(C) A imprescritibilidade é característica que se aplica tão somente aos bens públicos de uso comum e especial, não
atingindo os bens dominicais.
(D) Em face da não aplicação do art. 730 do Código de Processo Civil às lides trabalhistas, os bens públicos podem ser
penhorados para satisfação de débitos reconhecidos pela Justiça Laboral.
(E) A regra da imprescritibilidade dos bens públicos, por ter origem legal, não se aplica ao instituto da usucapião
especial urbana, de status constitucional.
A Câmara dos Deputados classifica-se, quanto à posição estatal, como órgão independente. Isto porque, dentre
outras características, não possui qualquer subordinação hierárquica ou funcional, estando sujeita apenas a controle
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constitucional.A assertiva em questão está
30
(A) correta, pois trata-se de órgão independente e autônomo, expressões sinônimas quanto à classificação dos
órgãos públicos.
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(B) incorreta, pois não se trata de órgão independente e sim autônomo.
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(C) correta, pois trata-se de órgão independente, estando a fundamentação também correta.
80
(D) incorreta, pois embora seja órgão independente, ele está sujeito à subordinação hierárquica e funcional.
-9
(E) incorreta, pois trata-se de órgão autônomo e sujeito à subordinação hierárquica e funcional.
oli
(FCC_TCEPI_2014_Assessor Jurídico) A Administração indireta é composta por diversos entes, com personalidade
jurídica própria e características próprias. Sobre eles, é correto afirmar que
cc
(A) as autarquias tanto desempenham funções sob regime jurídico de direito público, quanto de direito privado,
Pi
(B) o desempenho de funções próprias do estado, que não se amoldam à realização sob regime de direito privado, é
ab
(C) o desempenho de funções próprias do estado, que não se amoldam à realização sob regime de direito privado, é
típico das fundações.
53
(D) as empresas estatais são dotadas de autonomia ou autoadministração, qualidades que não podem ser atribuídas
às autarquias em razão do regime jurídico de direito público a que estão submetidas.
30
(E) as empresas estatais, quando criadas por lei, podem exercer funções típicas de Estado, por delegação,
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(FCC_TCEPI_2014_Assessor Jurídico) Determinada empresa estatal que desempenha serviços na área de informática
80
mesmo segmento. Essa empresa, deficitária, está sendo acionada judicialmente por diversos credores, em especial
por dívidas trabalhistas. Em um desses processos, foi requerida a penhora de dois terrenos vagos. O pedido
oli
(A) não pode ser deferido, tendo em vista que os bens públicos são impenhoráveis e inalienáveis.
cc
Pi
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Fa
(B) não pode ser deferido, porque a execução dos débitos das empresas estatais deve ser feita por meio de expedição
de precatórios.
(C) pode ser deferido, tendo em vista que os terrenos pertencem a pessoa jurídica submetida a regime jurídico típico
das empresas privadas, e sequer estão afetados a prestação de serviço público.
(D) pode ser deferido em grau de subsidiariedade, ou seja, uma vez demonstrado que já se tentou atingir os bens
públicos não afetados da empresa.
(E) pode ser deferido, mas não pode ser determinada a hasta pública para venda dos bens, tendo em vista que as
empresas estatais se submetem à lei de licitações para alienação de seus bens.
(FCC_PGMRecife_2014_Procurador) Considere:
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I. É característica recorrente nas agências reguladoras estabelecidas no Brasil a partir da década de 90 a definição de
30
mandato aos seus dirigentes, com duração fixada em suas respectivas leis instituidoras.
69
II. Para as empresas públicas, a Constituição Federal prevê uma espécie de investidura especial aos seus diretores,
que dependerá de prévia aprovação do poder legislativo respectivo.
57
III. Nas sociedades de economia mista, desde que se preservem o capital social exclusivamente público e a maioria do
80
capital votante nas mãos da União, é possível a transferência das demais ações a outros entes federados.
(A) I, II e III.
-9
oli
(B) I, apenas.
cc
II. a contratação de seus servidores deve ser feita por concurso público, porém, eles não titularizam cargo público e
tampouco fazem jus à estabilidade prevista no art. 41 da Constituição Federal de 1988.
69
III. seus servidores estão sujeitos à proibição de acumulação de cargos, empregos e funções públicas, com as
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exceções admitidas pela Constituição; porém, nem sempre é aplicável a essas entidades a regra do teto
remuneratório.
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Fa
(D) sociedades de economia mista e aos consórcios públicos.
SABATINA
4 – Conforme Maria Sylvia Zanella Di Pietro, quais são os motivos para o Estado promover descentralização por
serviços?
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5 – Qual é a característica marcante que diferencia a descentralização territorial da descentralização por serviços?
30
6 – Conforme Maria Sylvia Zanella Di Pietro, qual atributo deve ser evitado em relação às entidades da
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Administração Indireta?
57
7 – Quais são as três teorias que explicam a relação do Estado com seus agentes? Qual prevalece?
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8 – Só existem órgãos públicos na Administração Indireta?
-9
9 – Explique as seguintes classificações dos órgãos públicos: quanto à estrutura; quanto à atuação funcional; quanto
à posição estatal.
oli
10 – Órgão público possui capacidade processual?
cc
12 – A quem pertence a iniciativa de projeto de lei para criação/extinção das entidades da Administração Indireta?
io
Explique-o.
15 – Quanto à autarquia, responda rápido: criada através de...? Natureza jurídica? Desempenha atividades...? Regida
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pelo princípio...?
30
17 – Quanto ao tema agências reguladoras, fale sobre: poder normativo; nomeação da Diretoria; mandato dos
dirigentes; perda do mandato dos dirigentes; quarentena dos dirigentes.
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18 – Quanto aos consórcios públicos, fale sobre: fundamento legal e constitucional; natureza jurídica.
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23 – Cite quatro privilégios processuais referentes às autarquias.
26 – Fale sobre: responsabilidade civil das autarquias – terceiros não-usuários do serviço – responsabilidade da
entidade política criadora da autarquia.
27 – No que tange às agências executivas, responda. Quem qualifica? Quem pode receber tal qualificação? Quais são
os dois requisitos?
53
29 – Fale sobre fiscalização do Ministério Público x fundações públicas.
30
30 – Fale sobre foro competente x fundação pública.
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31 – No que tange às empresas públicas e sociedades de economia mista:
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Há diferença quanto ao objeto? – Regime jurídico? – Benefícios fiscais? – Imunidade tributária? – Licitação? –
Responsabilidade civil? – Regime de pessoal? – Nomeação/exoneração de dirigentes? – Patrimônio? – Cabimento de
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mandado de segurança? – Sujeição à falência? – Atos específicos de criação? – Diferenças? – Formas inéditas de
criação de empresa pública?
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