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PVCSJ - GEOGRAFIA

Professor Renan

A Globalização
A Globalização é um fenômeno sócio-espacial que representa a ideia de que diferentes lugares
do planeta estão diretamente conectados ente si. Esse fenômeno é recente e engloba a
perspectiva de que o mundo é reticulado, ou seja, interligado por diferentes redes que tocam
diferentes partes do planeta ao mesmo tempo, possibilitando assim diferentes tipos de fluxos e
trocas em nível global: troca de informação, de mercadorias, de pessoas e, principalmente, de
capital. Ou seja, a principal característica desse processo é a integração do mundo a um
sistema de trocas globais que consegue abraçar todo o planeta.

Quando se inicia esse processo denominado de globalização?


Não existe uma data certa ou mesmo um momento exato. O que devemos entender é que há
poucas décadas conseguimos chegar ao patamar de um mundo altamente globalizado, onde
diferentes partes do planeta conseguem podem trocar informações, capitais, mercadorias etc.
em um nível muito acelerado, como nunca antes ocorreu. A capacidade de conectar diferentes
partes do planeta e acelerar as trocas em nível global foi (e ainda é) alimentada pelo
desenvolvimento das técnicas, ou seja, diferentes tecnologias que permitem com que
possamos nos comunicar com diferentes partes do globo.

Além do desenvolvimento das técnicas, outro fator que mais recentemente vem alimentado o
processo de globalização é o capitalismo. Por este motivo muitos confundem a globalização
com o atual sistema financeiro capitalista predominante em grande parte do planeta.

A evolução da globalização
Segundo Milton Santos, o mundo pode ser dividido em 4 grandes momentos até chegar na
globalização que conhecemos hoje: o sistema natural, o sistema técnico, o sistema técnico
científico e o sistema técnico-científico-informacional.

No sistema natural a humanidade dependia diretamente da natureza e quase não ocorriam


trocas entre as diferentes partes do planeta, ou seja, não existiam redes ou mesmo fluxo. Aqui
falamos da humanidade em seu início, começando a descobrir a natureza e a trabalhar com a
mesma.

No sistema técnico, os seres humanos começam a construir seus próprios instrumentos de


trabalho, modificando a natureza e não dependendo diretamente dela para sobreviver. A
humanidade passa a ser sedentária e a produzir seus alimentos. Aqui as trocas começam entre
diferentes povos, seja por meio do comércio ou até mesmo para o conhecimento de novas
culturas.

No sistema técnico científico a humanidade descobre a ciência e passa a utilizar dela para
sobreviver. Novos instrumentos são utilizados para o deslocamento de pessoas e para se
comunicar com outras partes do mundo. Assim, há o início de uma possível globalização, já
que a ciência permite a construção de máquinas como o trem e o barco a vapor, essenciais
para deslocar pessoas, mercadorias e capital para diferentes partes do mundo.

O sistema técnico científico informacional é o que conhecemos hoje e onde a globalização de


fato ocorre. Os transportes se tornaram mais rápidos, permitindo uma maior troca de
informações, mercadorias, pessoas, capital e demais tipos de fluxos. As redes de
telecomunicações permitem com que possamos não somente nos conectar com todas as partes
do planeta como também trocar “coisas”: mercadorias, capital etc. Esse é patamar atual da
humanidade. Nunca antes o planeta conseguiu estar completamente comunicável.

Com a globalização atual temos a invasão de produtos, capitais, multinacionais e informação


em praticamente todos os cantos do mundo ao mesmo tempo. O fluxo de pessoas também se
torna maior, já que houve o avanço nos meios de transporte de grandes distâncias com os
investimentos em aviões, trens de alta velocidade, automóveis mais rápidos capazes de
carregar grandes cargas e mercadorias de forma mais rápida, encurtando as distâncias e o
“tempo” para a circulação.

A Globalização econômica do mundo


Conseguimos ver o avanço da globalização por meio do avanço do capitalismo. Na verdade, o
próprio capitalismo alimentou diversas vezes o processo de globalização que conhecemos
hoje. Dessa forma, podemos identificar, por meio das 4 fases do capitalismo, a consolidação
do que hoje conhecemos como Globalização. Vejamos:

Fase 1 – Capitalismo Comercial: entre o final do século XV até o século XVIII. Essa fase do
é marcada pelo surgimento das grandes redes de trocas de especiarias entre a Europa e o
Oriente. Além deste fato, há também a era das grandes navegações. Os países desejavam se
conectar com oriente de diferentes formas para obter mercadorias mais baratas. Nesse sentido
novos elementos surgem para ligar Europa as Indias: as caravelas e demais tipos de
embarcações. Como consequência tivemos a exploração e dominação de “novos” territórios,
além do início de uma maior circulação de pessoas e mercadorias pelo mundo.

Fase 2 – Capitalismo Industrial: com as revoluções industriais durante os séculos XVIII e


XIX surgem novos meios de transporte mais rápidos, capazes de alimentar as fábricas e
industrias europeias existentes na Europa. Esses meios de transporte visavam diminuir o
tempo de deslocamento entre diferentes localidades, principalmente de pessoas, matérias
primas e mercadorias. Isso fez com que as distâncias fossem encurtadas de tal forma que o
mundo passou a ser mais conectado. Surgem aqui as ferrovias e os barcos a vapor.

Fase 3 – Capitalismo Financeiro: esta fase do capitalismo surge no fim do século XIX e
início do XX. O capitalismo precisa obter maiores lucros em menor tempo. Para isso muitos
governos e empresas passaram a investir em meios de transporte e de comunicação mais
rápidos ainda. Surgem os aviões, transportes de grande carga, telégrafos, telefones, sinais de
rádio etc. tudo para fazer com que possamos nos comunicar e trocar mercadorias, materiais
primas, capital, etc. o mais rápido possível.

Fase 4 – Capitalismo Informacional (globalização propriamente dita): esta fase se inicia


após a segunda guerra mundial com o início da Terceira Revolução Industrial, e durando até
os dias atuais. Neste momento as empresas e os países passaram a investir mais em
equipamentos tecnológicos que aumentaram ainda mais a produtividade e a circulação de
pessoas, capitais, informações e mercadorias, o que potencializou a produção industrial e o
mercado financeiro, que passou a atuar sem o uso de dinheiro físico. Agora a informação se
torna essencial, já que os produtos possuem um alto valor agregado de conhecimento. Desta
forma, os países passam a agregar em seus territórios produtos e infraestruturas agregadoras
de conhecimento, permitindo assim auxiliar no maior fluxo de informações, mercadorias,
capital e pessoas entre os países. Assim o capitalismo atinge seu estágio planetário, a fase da
globalização.

Para finalizar
A ideia da globalização teoricamente é esta: integrar o mundo. Não obstante, essa ainda é uma
realidade impossível já que a globalização é um processo excludente, que visa mais os
diferentes fluxos globais por causa do lucro obtido nos mesmos, do que o benefício em ligar
diferentes culturas e pessoas em determinadas partes do planeta. Ou seja, como diz o geógrafo
Milton Santos, reconhecido internacionalmente por defender uma globalização mais social e
menos lucrativa, é preciso tornar o mundo integrado de fato e não dar para as pessoas a falsa
ideia de uma “aldeia global” (onde todos estariam conectados no mundo e se beneficiando
desta conexão) que não existe.

Nas próximas aulas veremos os efeitos da globalização na cultura, críticas à globalização e os


movimentos antiglobalização.

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