Introdução
Este trabalho tem por objetivo revisar alguns conceitos de cadeia de custódia, analisar
sua importância por meio de seus elementos essenciais e propor um método de
documentação para tal.
O que é cadeia de custódia? Muitos autores definiram o termo. Eis algumas dessas
definições e alguns comentários acerca delas. Não é o objetivo descrever
cronologicamente tais definições, mas apresentá-las em ordem de complexidade, da
mais simples à mais completa.
Segundo Saferstein (2004), cadeia de custódia é "uma lista de todas as pessoas que
estiveram de posse de um item de evidência". Para este autor, a cadeia de custódia
parece reduzida a uma lista, um documento contendo a identificação dos indivíduos que
custodiaram um item. A documentação é parte integrante da cadeia de custódia e talvez
seja a mais importante delas. Tanto assim o é que alguns autores chamam o documento
propriamente dito, contendo tais informações, de "cadeia de custódia". O documentar
dos procedimentos de custódia é o que garante a responsabilização e a rastreabilidade
da prova, daí sua grande importância. Entretanto, os procedimentos de custódia não
devem se resumir a um documento.
Brenner (2004) ainda sugere uma resposta ao questionamento sobre o ponto inicial da
obtenção de um vestígio. Depreende-se de suas palavras que a cadeia de custódia tem
início com a coleta do "espécime ou amostra". Também notável é o que o autor expressa
sobre seu fim. Não há um ponto preciso de término, mas uma região difusa no tempo,
expresso por ele como até "sua disposição final".
"Estatuto de que a evidência, como encontrada in situ, foi acompanhada desde sua
descoberta, e de que existe uma sucessão segura desta até a corte. Questões referentes
à cadeia de custódia relacionam-se não apenas à documentação de transferências e
manuseio, mas também à segurança das áreas de armazenamento em que a evidência é
mantida."
Mais uma vez a integridade do vestígio foi ressaltada. Mas, apesar de a ela relacionada,
não é esta a novidade que este conceito traz a tona, e sim a citação de uma área de
armazenamento segura. Tais áreas são frequentemente denominadas centro de custódia
de provas e desempenham papel preponderante, não apenas na manutenção da
integridade e autenticidade do vestígio, mas também na segurança e excelência da
prática forense (Bonaccorso e Perioli, 2002).
Outro conceito bastante completo de cadeia de custódia, mas não isento de reparos, foi
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dado por Alice Aparecida da Matta Chasin, segundo o qual o vocábulo se refere a "um
conjunto de procedimentos documentados que possibilitam o rastreamento de todas as
operações realizadas em cada amostra, desde sua coleta até o descarte. Registro
administrativo de todos os passos visando fornecer evidências defensáveis quanto à
preservação da amostra, garantia da confidencialidade e validade dos resultados".
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Norma Bonaccorso questionou este conceito no que se refere ao "descarte" de
amostra. A autora defende que a palavra "descarte" não expressa exatamente o que se
espera do encerrar da cadeia de custódia em âmbito criminal, uma vez que a legislação
brasileira não prevê o descarte da prova.
Assim, Bonaccorso (2007) propõe que se entenda por cadeia de custódia "o conjunto de
procedimentos que visa garantir a autenticidade dos materiais que serão submetidos a
exames, desde a coleta até o final da perícia realizada". Este conceito, tal qual o de
Giannelli (1996), não faz menção ao registro documental das etapas seqüenciais que
compõe a cadeia de custódia de forma clara, citando-as apenas com um "conjunto de
procedimentos".
Ao chamar uma coisa qualquer de vestígio, se está admitindo que sua situação foi
originada por um agente ou um evento que a promoveu. Um vestígio, portanto, seria o
produto de um agente ou evento provocador. Nesta dinâmica, pressupõe-se que algo
provocou uma modificação no estado das coisas de forma a alterar a localização e o
posicionamento de um corpo no espaço em relação a uma ou várias referências fora e ao
redor do dele. O correto e adequado levantamento de local de crime, por exemplo,
revela uma série de vestígios. Estes são submetidos a processos objetivos de triagem e
apuração analítica dos quais resultam diversas informações. Uma informação de
relevância primordial é aquela que atesta ou não o vínculo de tal vestígio com o delito
em questão. Uma vez confirmado objetivamente este liame, o vestígio adquire a
denominação de evidência. Nas palavras de Mallmith (2007), "as evidências, por
decorrerem dos vestígios, são elementos exclusivamente materiais e, por conseguinte,
de natureza puramente objetiva". Portanto, evidência é o vestígio que, após avaliações
de cunho objetivo, mostrou vinculação direta e inequívoca com o evento delituoso.
Processualmente, a evidência também pode ser denominada prova material.
Assim como ocorre com o vestígio, a origem da palavra indício também vem do latim:
indicium, cuja semântica é "sinal, indicação, revelação, denúncia, descoberta, acusação,
indício, prova". O próprio radical latino index, por si só, tem sentido de "aquilo que
indica" (Mazzilli, 2003). Porém, ao contrário do vestígio e da evidência, o indício
apresenta uma conceituação legal prevista no Código de Processo Penal (LGL\1941\8)
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brasileiro. Neste sentido, indício seria uma circunstância conhecida, provada e
necessariamente relacionada com o fato investigado, e que, como tal, permite a
inferência de outra(s) circunstância(s). O termo "circunstância" é aqui utilizado como
expressão próxima, semanticamente, de "conjuntura", como a combinação ou
concorrência de elementos em situações, acontecimentos ou condições de tempo, lugar
ou modo.
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TRÂNSITO EM JULGADO; DO VESTÍGIO À EVIDÊNCIA
Como visto, os vestígios são coletados, examinados e, depois de provado seu vínculo
com o fato, classificados em evidências. Estas, por sua vez, são somadas aos autos de
inquérito policial e, ao seu término, são interpretadas como indícios em fase processual.
Mas qual o procedimento que mantém as etapas consecutivas desta dinâmica coesas e
confiáveis? A resposta a esta pergunta é cadeia de custódia.
sobre as provas materiais passa a ser exercida pelo fórum ou, eventualmente, por um
centro de custódia, e nesta situação permanecem até transitar em julgado a sentença
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final, quando dos efeitos da condenação poderão resultar em perda de instrumentos e
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produtos do crime em prol da União ou em destinações diversas.
Conclui-se que a prova material presente na corte judiciária deve estar revestida de
idoneidade e licitude, ainda que submetida a uma série de procedimentos técnicos ou
pelas mãos de algumas pessoas. Genericamente, tais características são presumidas no
processo, quando deveriam ser documentadas. Eis o primeiro elemento da cadeia de
custódia: o registro documental.
Mediante um registro documental nos moldes citados, é possível refazer todos os passos
da cadeia de custódia de cada item apresentado como prova material em um tribunal.
Essa característica confere outro elemento aos procedimentos de custódia, a
rastreabilidade. Ao rastrear cada etapa pela qual esteve a prova, preenchem-se as
condições necessárias para a responsabilização das pessoas que mantiveram contato
com ela na medida de suas responsabilidades. Isso credencia tais pessoas a
testemunhar nos tribunais a fim de validar a integridade e a idoneidade da prova
material quando necessário (Nascimento e Santos, 2005), vez que a segurança da prova
(em termos de integridade) é responsabilidade de todas as pessoas que participaram
dos processos de identificação, coleta, empacotamento, armazenamento, transporte e
exame das evidências (SWGMAT, 1999).
A credibilidade dos exames periciais depende não somente da qualidade dos exames
realizados ou das habilidades investigativas e analíticas do perito responsável por sua
condução. A guarda do item também faz parte dos conceitos de qualidade ligados à
cadeia de custódia. Emerge daí um terceiro elemento: a integridade da prova. Por
integridade entende-se o caráter daquilo que está inteiro, ileso, que não sofreu
alteração, incólume, idôneo. Por este motivo, a Integridade da Prova é o elemento que
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5. Proposição de um conceito
Conceituar é fazer uma proposta ajuizada e pertinente a algo sob suas diversas faces e
promover, sob uma ótica cognoscível, seu entendimento de forma íntegra, consciente e
válida no momento da propositura. O conceito transcende o tempo, mas sua validade
não. As palavras e os verbetes, com a evolução da língua, tomam outras dimensões,
apresentando novas semânticas com o avançar cronológico.
Este capítulo não possui a audácia, nem a arrogância, de apresentar um conceito eterno
e irrevogável. Tampouco insuperável ou isento de críticas. Afinal, como qualquer
proposta, todo conceito é passível de ser revisto; o que se segue inclusive. Entretanto,
de forma muito mais modesta, este capítulo visa simplesmente propor um conceito que
entrelace os aspectos basilares dos processos de certificação e qualificação da perícia
criminal.
Considerando o que já foi exposto, penso que um conceito de cadeia de custódia deve
incorporar seus três elementos básicos (registro documental, rastreabilidade e
integridade), sua dimensão temporal e sua finalidade. Ao mesmo tempo, seria apreciável
que o conceito abrangesse a semântica dos dois termos que constituem o objeto
conceituado: "cadeia" e "custódia".
Existiu um tempo em que ciência e justiça tiveram seus atritos. Ou até consideradas
incompatíveis. Aliás, a própria ciência já foi a júri no famoso episódio do julgamento de
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Galileu Galilei, no século VII. Na ocasião, Galileu era questionado pela sua teoria de que
a Terra não era o centro do universo, mas que se movimentava ao redor do Sol. Há
quem diga que foi um litígio entre ciência e religião. No entanto, foi um julgamento com
juízes, advogados e todos os ritos de um processo legal.
Hoje é inegável a contribuição que a ciência fornece à sociedade e à justiça. A prova pelo
DNA talvez seja a contribuição de grande repercussão mais recente, porém muitas
outras têm sido colocadas a prova tribunais afora.
Essa relação entre ciência e justiça tem se estreitado e se tornado cada vez mais coesa.
Mas poucos podem consignar de forma precisa como essa relação se exprime. A maioria
citaria os frutos da ciência como fomento ao meio jurídico, e não a ciência por si só.
Entretanto, basta definirmos ciência para emergir a robustez da ligação com o meio
judicial.
Para efeito deste texto, será adotada a visão de ciência que cabe ao paralelo que se está
construindo, e não a proposta mais recente das mudanças de paradigma de Thomas
Kuhn ou a mais antiga de um observador desinteressado de Francis Bacon. Ciência não é
apenas um amontoado de conhecimento acumulado acerca da natureza. Ciência é, em
sua essência, um processo, um meio de examinar o mundo natural e descobrir
importantes verdades a seu respeito. Logo, ciência e método científico se confundem em
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uma semântica reducionista em que o segundo é a própria síntese do primeiro.
Sob a ótica popperiana, o método científico tem por base a assimetria de um processo
de falseabilidade, no qual uma hipótese nunca será provada verdadeira por meio da
concordância com as observações experimentais, mas será provada falsa se em
desacordo com as mesmas observações. No cume desse processo se aceita ou se rejeita
uma hipótese inicialmente proposta. Essa hipótese, segundo Popper (2002), tem origem
desconhecida e, por ser este o fator de criatividade da ciência, não pode ser analisado
por qualquer arcabouço filosófico. Mas sua proposição visa explicar fenômenos naturais
previamente observados.
Muito antes de Karl Popper, Galileu Galilei já havia criado um método experimental que
postulava que "para que um conjunto de proposições científicas (...) seja válido, deve
ser verificado" (Vera, 1976). Do enlace da experimentação de Galilei e da falseabilidade
de Popper, extraímos uma sucessão de eventos que sumariamente conhecemos como
método científico, qual seja: observação de um fenômeno, proposição de hipótese, teste
de hipótese (verificação) e aceitação ou rejeição da hipótese (validação). Ressalta-se
que uma hipótese só pode ser verificada se sua falseabilidade for possível e sua
validação deve decorrer, necessariamente, dessa verificação. Portanto, em termos
teóricos, não deve existir hipótese aceita ou rejeitada previamente à experimentação.
Emerge daqui o paralelo com a cadeia de custódia da qual trata este artigo. De acordo
com o conceito proposto, cadeia de custódia é um processo, uma sucessão de eventos
tanto quanto a ciência expressa pelo método científico. Neste último, a observação
viabiliza a proposição de uma hipótese, que, por sua vez, permite a experimentação e,
consequentemente, sua validação. É notório o paralelismo com o conceito de cadeia de
custódia proposto, já que este foi aqui documentado como "uma sucessão de eventos
concatenados em que cada um proporciona a viabilidade ao desenvolvimento do
seguinte (...)".
7. Ponderações finais
Almeja-se que a leitura atenta deste artigo revele da importância de uma cadeia de
custódia adequada para função processual de uma evidência: prestar-se como prova
material de um evento de relevância penal. Como visto, a custódia legítima e idônea
confere robustez ao conjunto probatório, o que deveria, de alguma forma, sensibilizar a
tão importante apreciação da prova por parte daqueles que julgam, seja um juiz, seja
um júri.
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A reforma do Código de Processo Penal (LGL\1941\8) brasileiro contemplou a inclusão
de aspectos referentes à cadeia de custódia da prova que recaem sobre o terceiro
elemento aqui descrito: a Integridade da Prova. As alterações dizem respeito a onde a
prova será custodiada (em órgão oficial) e à conservação e disponibilidade das provas às
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partes, o que é, indubitavelmente, um avanço em nossa processualística penal.
Porém, não contribuiu com novidades em outras frentes, em especial sobre a
obrigatoriedade de um registro de custódia.
Interessante notar que referida reforma retoma o inc. LVI do artigo 5.º da CF/1988
(LGL\1988\3), que dispõe sobre a inadmissibilidade das provas ilícitas, conceituando-as
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como aquelas "obtidas em violação a normas constitucionais ou legais". Além disso,
enxertou-se expressamente a inadmissibilidade das provas ilícitas por derivação pela
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teoria dos frutos da árvore envenenada, isto é, quando de uma prova ilícita derivam
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outras provas, estas últimas ilícitas serão.
8. Agradecimentos - Bibliografia
Bibliografia
BRENNER, John C. Forensic science: an illustrated dictionary. Boca Raton: CRC Press,
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MAZZILLI, Hugo NIGRO. O papel dos indícios nas investigações do Ministério Público.
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2002.
VERA, Armando Asti. Metodologia da pesquisa científica. Porto Alegre: Globo, 1976.
5. Art. 564 do CPP (LGL\1941\8): "A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: (...) III -
por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: (...) b) o exame de corpo de delito nos
crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no art. 167".
7. Art. 6.º do CPP (LGL\1941\8): "Logo que tiver conhecimento da prática da infração
penal, a autoridade policial deverá: I - dirigir-se ao local, providenciando para que não
se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais".
8. Art. 160 do CPP (LGL\1941\8): "Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde
descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos
formulados".
9. Art. 6.º, II, do CPP (LGL\1941\8): "apreender os objetos que tiverem relação com o
fato, após liberados pelos peritos criminais".
10. Art. 10, §1.º, do CPP (LGL\1941\8): "A autoridade fará minucioso relatório do que
tiver sido apurado e enviará os autos ao juiz competente".
11. Art. 11 do CPP (LGL\1941\8): "Os instrumentos do crime, bem como os objetos que
interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito".
12. Art. 118 do CPP (LGL\1941\8): "Antes de transitar em julgado a sentença final, as
coisas apreendidas não poderão ser restituídas enquanto interessarem ao processo".
14. O Capítulo V (Da restituição das coisas apreendidas) do Título VI (Das questões e
processos incidentes) do Livro I (Do processo em geral) do Código de Processo Penal
(LGL\1941\8) brasileiro dispõe sobre destinações possíveis dos objetos apreendidos após
o transito em julgado.
16. "Toda amostra deve ser documentada, desde seu nascimento no local de crime até
sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer um histórico completo e fiel de
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CADEIA DE CUSTÓDIA: DO LOCAL DE CRIME AO
TRÂNSITO EM JULGADO; DO VESTÍGIO À EVIDÊNCIA
sua origem".
17. A lógica aqui explicitada se traduz no que tange às ciências empíricas naturais.
19. Art. 159, § 6.º, do CPP (LGL\1941\8): "Havendo requerimento das partes, o material
probatório que serviu de base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial,
que manterá sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos
assistentes, salvo se for impossível a sua conservação".
20. Art. 157 do CPP (LGL\1941\8): "São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do
processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas
constitucionais ou legais".
22. Art. 157, § 1.º, do CPP (LGL\1941\8): "São também inadmissíveis as provas
derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e
outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das
primeiras".
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