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SUBSTANTIVO

Seu objetivo: Entender o que é substantivo e como ele pode ser classificado.
Substantivo: é a palavra que nomeia os seres. É a palavra que dá nome para tudo o que existe
ou não no mundo real.
Classificação dos Substantivos: os substantivos podem ser classificados
em: próprio ou comum, abstrato ou concreto, composto ou simples, primitivo ou derivado. Além
desses, o substantivo também pode ser classificado como coletivo.
Substantivo Próprio: é aquele que nomeia algo único (individual) e é escrito com letra maiúscula.
Exemplo: Inglaterra, Avenida Brasil, Palácio do Planalto, Monalisa, Titanic, Primeira Guerra Mundial,
Código da Vinci, João, etc.
Substantivo Comum: é aquele que nomeia algo que não é único (é geral) e é escrito com letra
minúscula. Exemplos: lápis, mesa, computador, geladeira, cachorro, ônibus, cidade, livro, etc.
Substantivo Abstrato: é aquele que depende de outros seres para existir. Por exemplo, o
substantivo “fome” só existe se alguém sentir fome; o substantivo “tristeza” só existe se alguém sentir
tristeza.
De um modo geral, os substantivos abstratos englobam: os sentimentos (amor, ódio, tristeza), as
virtudes e qualidades (justiça, paz, bondade, fé), sensações (fome, sede, calor), verbos
substantivados (“o canto”, do verbo cantar; “a venda”, do verbo vender, etc).
Substantivo Concreto: é aquele que depende por si só (não depende de outros seres) e pode
fazer parte do mundo real ou não (pode ser fictício). Exemplos: pedra, carro, rua, Deus, fada, gnomo,
Papai Noel.
Substantivo Composto: é formado por dois ou mais radicais. Exemplos: pé de moleque, couve-
flor, girassol.
Substantivo Simples: é formado por apenas um radical. Exemplo: moleque, pé, flor, sol.
Substantivo Derivado: é aquele que é criado (derivado) a partir de outra palavra. Exemplos:
livraria (vem de “livro”), ferreiro (vem de “ferro”).
Substantivo Primitivo: é aquele que está em sua forma mais primitiva (sem afixos) e que pode
originar novas palavras (derivadas). Exemplos: ferro (dele aparece “ferreiro”, “ferrugem”), livro (dele
aparece “livreiro”, “livraria”, “livrinho”).
Substantivo Coletivo: é o substantivo que representa um grupo, uma coletividade. Exemplo:
“esquadra” é um substantivo que representa um grupo de navios. Portanto, “esquadra” é um
substantivo coletivo de navios. Outros exemplos: atlas (coletivo de mapas), arquipélago (coletivo de
ilhas), constelação (coletivo de estrelas).
Observação: veja que um mesmo substantivo pode ter várias classificações ao mesmo tempo. O
substantivo “livro”, por exemplo, pode ser classificado como: comum, concreto, simples e primitivo.
Flexão: é o modo que uma palavra pode se flexionar, ou seja, se transformar em outra palavra. Os
substantivos se flexionam quanto ao gênero, número e grau (vou explicar ainda).
Exemplo: o substantivo “menino” é uma palavra masculina e pode se flexionar (variar, mudar)
para o feminino, se transformando no substantivo “menina”. Além disso, a palavra “menino” está no
singular e pode se flexionar (variar) para o plural, virando “meninos”. A palavra “menino” também
pode aumentar de grau para “meninão” ou diminuir de grau para “menininho”. Ou seja: um
substantivo pode se transformar em outros substantivos. Veremos mais detalhes sobre as flexões
nos próximos artigos.
Flexão de Gênero: indica se um substantivo está no masculino ou no feminino. Por exemplo, o
substantivo “menino” é uma palavra do gênero masculino e esse substantivo pode se flexionar no
gênero feminino se transformando em “menina”. Portanto, de modo geral, quando o substantivo
termina em “o” ele é do gênero masculino e quando termina em “a” ele é do gênero feminino. Porém,
alguns tipos de substantivos não seguem essa regra. Veja:
Substantivo Comum de dois Gêneros: é aquele que se escreve do mesmo modo tanto no
masculino quanto no feminino. Então como descobrimos o gênero? Resposta: pelo artigo que
aparece antes dele (o, a, um, uma)
Exemplo: o estudante (masculino), a estudante (feminino), um jovem (masculino), uma
jovem(feminino). Outros exemplos adolescente, colega, artista, intérprete, amante.
Substantivo Sobrecomum: é aquele que se escreve do mesmo modo tanto no masculino quanto
no feminino e que, além disso, só admite um tipo de artigo: masculino (o, um) ou feminino (a, uma).
Então como descobrimos o gênero? Resposta: somente pelo contexto (só descobrindo onde a
palavra está sendo usada).
Exemplo: a criança, uma criança (não existe “o criança”, “um criança”). Como sabemos se a
criança é uma menina ou um menino? Resposta: só sabendo sobre o que está se falando da criança
(contexto). Outros exemplos: a testemunha, o monstro, o cônjuge, a vítima, a pessoa.
Substantivo Epiceno: se comporta como o substantivo sobrecomum (é escrito de uma só
maneira aceita só um tipo de artigo), mas é usado especificamente no caso dos animais e precisamos
usar as palavras “macho” ou “fêmea” para podermos distinguir o gênero.
Exemplo: o jacaré (macho ou fêmea). Outros exemplos: a borboleta, o tigre, a minhoca, a barata,
o besouro.
Substantivo Heterônimo: é aquele que tem a versão masculina completamente diferente da
versão feminina porque o radical da palavra se altera. Exemplos: boi/vaca, homem/mulher,
genro/nora, zangão/abelha, pai/mãe.
Casos que geram dúvidas: existem dois casos que costumam confundir o feminino e o masculino
dos substantivos, dando muitas dúvidas. Para esses casos, não existem regras: você precisa
simplesmente decorar as palavras (é por isso que confundem). Então, organizamos uma maneira de
você estudá-los:
Primeiro Caso: dúvidas comuns entre feminino e masculino. Exemplo: “a alface” (e não “o
alface”), “a couve-flor” (e não “o couve-flor”).
Segundo caso: dúvidas comuns na hora de descobrir o feminino ou o masculino de certos
substantivos. Exemplo: feminino de frei (é sóror), feminino de bispo (é episcopisa), feminino de judeu
(é judia).
Você viu que os substantivos podem se flexionar (se transformar) em relação ao gênero
(masculino e feminino). Os substantivos masculinos terminam com a letra “o” e os femininos
terminam com a letra “a”. Porém, existem quatro tipos de substantivos que isso não acontece:
comuns de dois gêneros, sobrecomuns, epicenos e heterônimos.
Flexão de Grau: o substantivo pode se flexionar em relação ao seu grau (aumentativo ou
diminutivo), que tem relação ao tamanho (maior ou menor). O substantivo “menino”, por exemplo,
pode se flexionar no aumentativo, se transformando em “meninão”, ou então ele pode se flexionar
no diminutivo, se transformando em “menininho”. Veja que a flexão do aumentativo termina em “ão”
e a flexão do diminutivo termina em “inho”, mas nem sempre será assim.
Outros Exemplos: faca (faquinha e facão), mulher (mulherzinha e mulherão), gato (gatinho e
gatão).
Grau Analítico: o substantivo precisa estar acompanhado de outra palavra para indicar o seu
grau. Exemplo: pé grande (grau analítico aumentativo), pé pequeno (grau analítico diminutivo).
Grau Sintético: o substantivo não precisa estar acompanhado de outra palavra para indicar o seu
grau. Exemplo: pezão (grau sintético aumentativo), pezinho (grau sintético diminutivo).
Grau Normal: é o substantivo sem estar no grau aumentativo ou diminutivo. Exemplo: pé.
Vamos ver, agora, alguns substantivos flexionados no grau aumentativo e diminutivo (analítico)
que geram dúvidas.
Flexão no Grau Aumentativo: bala (balázio), beiço (beiçorra), boca (bocarra), cabeça
(cabeçorra), cão (canzarrão), copo (copázio), corpo (corpanzil), cruz (cruzeiro), fatia (fatacaz), forno
(fornalha), fumo (fumaça), ladrão (ladravaz), lenço (lençalho), mão (manzorra), povo (povaréu), prato
(pratarraz), ramo (ramalho), voz (vozeirão).
Flexão no Grau Diminutivo: asa (aselha), banco (banqueta), barraca (barraquim), capa (capuz),
carro (carreta), cavalo (cavalete), cela (célula), corda (cordel), corpo (corpúsculo), febre (febrícula),
flauta (flautim), forma (fórmula), globo (glóbulo), homem (homúnculo), lobo (lobato), moça (moçoila),
núcleo (nucléolo), palácio (palacete), pele (película), rabo (rabicho), rei (régulo), riso (risota), verão
(veranico), verso (versículo), via (viela), vidro (vidrilho).
Flexão de Número: com ele é possível saber se um substantivo está no singular ou no plural. Por
exemplo, o substantivo “menino” está no singular e pode ser flexionado para o plural, mudando para
“meninos”. Observe que o que muda do singular para o plural é o acréscimo da letra “s”. Porém, nem
sempre será assim. Vamos ver, agora, as regras gerais do plural dos substantivos simples.
Regras:
1) Acrescenta S – substantivos terminados em vogais (maioria dos casos) ou em EN.
Exemplos: carro (carros), lei (leis), ideia (ideias), órfão (órfãos), hífen (hifens), pólen (pólens).
Observação: geralmente o plural dos substantivos terminados em EN pode ser também
terminado em ES. Exemplo: hífen (hifens ou hifenes).
2) Tira o L e acrescenta IS– substantivos terminados em AL, OL, UL.
Exemplos: jornal (jornais), farol (faróis), azul (azuis)
3) Tira o L e acrescenta EIS – substantivos terminados em EL.
Exemplos: anel (anéis), papel (papéis),
4) Troca IL por EIS – substantivos terminados em IL átono (sílaba fraca).
Exemplos: fóssil (fósseis). A sílaba forte é “fó”, então IL está na sílaba fraca (sil).
5) Troca L por S – substantivos terminados em IL tônico (sílaba forte)
Exemplo: fuzil – fuzis. A sílaba forte é “zil” e IL está nela.
6) Tira o M e acrescenta ENS – substantivos terminados em EM.
Exemplo: homem (homens).
7) Não faz nada – substantivos terminados em X ou em S (nesse caso, exceto os oxítonos).
Exemplos: o lápis (os lápis), o ônibus (os ônibus), o tórax (os tórax).
8) Acrescenta ES – substantivos oxítonos terminados em S ou em Z e substantivos terminados
em R.
Exemplos: francês (franceses), rapaz (rapazes), caráter (caracteres).
Veja que, de modo geral, essas regras não são complicadas, já que nós as aplicamos no cotidiano
desde que começamos a aprender a ler e a escrever. Agora, vamos ver os casos que geram mais
dúvida.
Casos Especiais: aval (avais ou avales), cal (cales ou cais), gol (goles, gols ou gois), mal (males),
cônsul (cônsules), mel (meles, méis).
Plural dos substantivos terminados em ÃO: os substantivos terminados em ÃO são os que
geram mais dúvidas no momento de serem flexionados para o plural e alguns deles até aceitam mais
de um plural. Vamos, então, ver os exemplos principais para nos familiarizarmos com eles:
Plural terminado em ÕES (é a maioria dos casos):
Balão (balões), botão (botões), canção (canções), confissão (confissões), coração (corações),
cordão (cordões), eleição (eleições), estação (estações), fração (frações), gavão (gaviões), limão
(limões), mamão (mamões), nação (nações), operação (operações), paixão (paixões), questão
(questões), tubarão (tubarões), visão (visões), razão (razões).
Plural terminado em ÃES:
Alemão (alemães), cão (cães), capelão (capelães), capitão (capitães), catalão (catalães),
charlatão (charlatães), escrivão (escrivães), guardião (guardiães), pão (pães), sacristão (sacristães),
tabelião (tabeliães).
Plural terminado em ÃOS:
Bênção (bênçãos), cidadão (cidadãos), cristão (cristãos), irmão (irmãos), mão (mãos), órfão
(órfãos), órgão (órgãos), sótão (sótãos), vão (vãos).
Mais de um plural:
Alazão (alazães, alazões), aldeão ( aldeões, aldeãos, aldeães),anão (anões, anãos), ancião
(anciãos, anciães, anciões),artesão (artesães, artesãos), cirurgião (cirurgiões, cirurgiães), corrimão
(corrimãos, corrimões),ermitão (ermitãos, ermitães, ermitões), guardião ( guardiães, guardiões),
refrão (refrães, refrãos), sacristão (sacristães, sacristãos), sultão (sultões, sultãos, sultães),
verão (verões, verãos), vilão (vilãos, vilões), vulcão (vulcãos, vulcões), zangão (zangões, zangãos).
ARTIGO
Artigo: é a palavra que define ou que indefine um substantivo. Portanto, pode ser classificado
como artigo definido ou artigo indefinido (você vai entender melhor com os exemplos).
Artigo Definido: são aqueles que definem o substantivo. São eles: o, a, os, as.
Exemplos: o carro, a casa, os livros, as encomendas.
Artigo Indefinido: são aqueles que indefinem o substantivo. São eles: um, uma, uns, umas.
Exemplos: um carro, uma casa, uns livros, umas encomendas.
O que isso significa?
Usamos os artigos definidos para nos referirmos a algo específico. Exemplo: “pegue o livro da
mesa”. Ao usar o artigo definido “o”, eu estou definindo e especificando o que eu quero: eu quero
exatamente o livro que está na mesa (não serve outro; precisa ser o que está em cima da mesa).
Agora, se eu falar “pegue um livro de cima da mesa”, eu estou dizendo para você pegar qualquer
livro que esteja em cima da mesa: pode ser qualquer um que esteja lá. Ou seja: não estou definindo
nem especificando o livro que eu quero.
Sutileza
Agora você já sabe qual é a diferença entre “João é um amigo de Paulo” e “João é o amigo de
Paulo”. Ao falar “um amigo”, estamos dizendo que João é apenas um amigo entre todos os amigos
que Paulo tem. Agora, ao falar “o amigo”, eu estou definindo e especificando que João é o único ou
é o principal amigo de Paulo. Perceba a sutileza que existe entre o uso de um artigo e outro.
Interjeição: são palavras ou expressões que indicam emoções e sensações (susto, espanto,
surpresa, admiração, perplexidade, etc).
Exemplos: Puxa vida! Caramba! Quê?! Hummm... Ah...
Numeral: é a palavra que representa os números. O numeral é classificado em: cardinal, ordinal,
multiplicativo e fracionário.
Numeral Cardinal: é o nome dos números.
Exemplos: um, dois, três, quatro, cinco, etc...
Numeral Ordinal: representa os números que são usados para expressar ordem.
Exemplos: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto, etc...
Numeral Multiplicativo: representa os números múltiplos (aqueles que são multiplicados por
outros números).
Exemplos: dobro, triplo, quádruplo.
Numeral Fracionário: representa os números fracionários.
Exemplos: meio, terço, quarto.
Observação: uma mesma palavra pode ter diferentes classificações. A palavra “quarto”, por
exemplo, pode um substantivo simples, concreto e comum (estou dentro do meu quarto), pode ser
numeral ordinal (ele chegou em quarto lugar) ou pode ser numeral fracionário (ele pagou
um quarto do valor total). Porém, como você deve ter percebido, só saberemos a classificação de
acordo com o contexto, ou seja: vendo onde a palavra está sendo usada.
ADJETIVO
Adjetivo: é a palavra que caracteriza os seres.
Exemplo: “cachorro feio”. A palavra “feio” caracteriza substantivo “cachorro”. Portanto, “feio” é
um adjetivo.
Locução Adjetiva: duas ou mais palavras que, juntas, passam a funcionar como um adjetivo.

Exemplo: “cachorro de coragem”, a expressão “de coragem” equivale ao adjetivo “corajoso”.


Portanto, “de coragem” é uma locução adjetiva.
Adjetivo Pátrio: é aquele que indica a nacionalidade ou o local de origem de alguém.
Exemplos: norte-americano (dos Estados Unidos), amazonense (do Amazonas), curitibano (de
Curitiba).
Flexão dos Adjetivos: os adjetivos, assim como os substantivos, podem se flexionar quanto ao
gênero, número e grau.
Flexão de Gênero: um adjetivo pode ser flexionado no feminino ou no masculino.
Exemplo 1: “casa pequena” – o adjetivo “pequena” está flexionado no feminino.
Exemplo 2: “livro pequeno” – o adjetivo “pequeno” está flexionado no masculino.
Porém, existem adjetivos que não se flexionam quanto ao gênero. Exemplo: podemos dizer
“a casa é grande” e “o livro é grande”. O adjetivo “grande” é usado tanto com palavras femininas
quanto com palavras masculinas, sem sofrer flexões de gênero.
Flexão de Número: os adjetivos também podem se flexionar quanto ao número (singular ou
plural).
Exemplo 1: “casa pequena” – o adjetivo “pequena” está flexionado no singular.
Exemplo 2: “casas pequenas” – o adjetivo “pequenas” está flexionado no plural.
Flexão de Grau: os adjetivos podem ser flexionados no grau comparativo ou superlativo.
Grau Comparativo: ocorre quando comparamos uma característica (o adjetivo) de dois seres
específicos.
Grau Comparativo de Superioridade: ocorre quando algo ou alguém é superior ao outro em
relação a um mesmo adjetivo. Geralmente, usamos “mais do que”.
Exemplo: Pedro é mais alto do que Chico ou Pedro é maior do que Chico.
Observação: ao falar “mais alto” nós estamos usando duas palavras (o adjetivo, então, está
flexionado no modo analítico). Ao dizer “maior” nós estamos usando apenas uma palavra (o adjetivo,
então, está flexionado no modo sintético). Ou seja: no modo analítico nós precisamos usar duas
palavras (mais alto, mais baixo, etc) e no modo sintético nós só usamos uma única palavra
(maior, menor, etc).
Grau Comparativo de Inferioridade: ocorre quando algo ou alguém é inferior ao outro em relação
a um mesmo adjetivo. Geralmente usamos “menos do que”.
Exemplo: Chico é menos alto do que Pedro ou Chico é menor do que Pedro.
Observação: note que “menos alto” está no modo analítico e “menor” está no modo sintético.
Grau Comparativo de Igualdade: ocorre quando comparamos algo ou alguém que equivale ao
outro (sem ser maior ou menor). Geralmente usamos “tão... quanto”.
Exemplo: Raul é tão alto quanto Pedro (os dois têm a mesma altura).
Grau Superlativo: pode ser relativo ou absoluto.
Grau Superlativo Relativo: ocorre quando se compara algo ou alguém com o todo (o conjunto
inteiro). Pode ser de dois tipos: de superioridade ou de inferioridade.
Grau Superlativo Relativo de Superioridade: ocorre quando algo ou alguém possui uma
característica superior ao grupo inteiro. Exemplo: Mário é o mais alto da sua turma ou Mário é
o maior da sua turma.
Grau Superlativo Relativo de Inferioridade: ocorre quando algo ou alguém possui uma
característica inferior ao grupo inteiro. Exemplo: José é o menos alto da sua turma ou José é
o menor de sua turma.
Grau Superlativo Absoluto: ocorre quando queremos indicar uma característica exagerada de
algo ou de alguém (ou seja: não estamos fazendo nenhum tipo de comparação). Exemplo: Jonas
é muito alto (modo analítico) ou Jonas é altíssimo (modo sintético)
Observação: Veja mais uma vez que o modo sintético ocorre quando usamos uma única palavra
(altíssimo, belíssimo, inteligentíssimo), enquanto que o modo analítico ocorre quando usamos mais
de uma palavra (muito alto, alto pra caramba, alto à beça).
REVISÃO
Alfredo é mais rico do que Carlos (Grau Comparativo de Superioridade)
Carlos é menos rico do que Alfredo (Grau Comparativo de Inferioridade)
Hugo é tão rico quanto Alfredo (Grau Comparativo de Igualdade)
Carlos é o mais pobre da turma (Grau Superlativo Relativo de Superioridade)
Carlos é o menos rico da turma (Grau Superlativo Relativo de Inferioridade)
Carlos é muito pobre (Grau Superlativo Absoluto Analítico)
Carlos é paupérrimo (Grau Superlativo Absoluto Sintético)
Verbo: é a palavra que expressa ações, fenômenos ou estados.
Exemplos: correr, nadar, pensar, escrever, pular, falar, ser, estar, ficar, anoitecer, chover.
Formas Nominais: é a forma que o verbo termina. As formas nominais do verbo são as
seguintes: infinitivo, gerúndio e particípio
Infinitivo: O verbo estará no infinitivo se terminar em AR, ER ou IR.
Exemplos: nadar, calar, cantar, beber, correr, esquecer, cair, dirigir, sorrir.
Os terminados em AR são verbos de primeira conjugação (cantar, nadar, roubar, falar, etc), os
terminados em ER são verbos de segunda conjugação (vender, correr, beber, esquecer, etc) e os
terminados em IR são verbos de terceira conjugação (partir, cair, rir, mentir, sorrir, etc).
Observação: O verbo “pôr” e seus derivados (compor, depor, repor, etc) são verbos considerados
de segunda conjugação (terminado em ER), pois a forma antiga do verbo “pôr” é “poer” (segunda
conjugação).
Gerúndio: O verbo estará no gerúndio se ele terminar em ANDO, ENDO ou INDO.
Exemplos: nadando, viajando, correndo, escrevendo, sorrindo, partindo.
Particípio: o verbo estará no particípio se ele terminar em ADO ou IDO.
Exemplos: dançado, cantado, viajado, soluçado, vendido, bebido, caído, rido, sorrido.
Existem também os particípios irregulares, que fogem dessa regra e alguns verbos aceitam as
duas formas (particípio regular e irregular). Exemplo: o verbo “imprimir” aceita dois particípio. O
particípio regular é “imprimido” (o documento foi imprimido) e o particípio irregular é “impresso” (o
documento foi impresso).
Número e Pessoa
“Algo” ou “alguém” realiza a ação descrita pelo verbo, ou seja: algo ou alguém realiza a ação de
cantar, de nadar, de vender, etc. Esse algo ou alguém é chamado de pessoa. Ao todo, existem três
pessoas:
Primeira Pessoa: EU no singular ou no plural. O plural de EU é NÓS,
Segunda Pessoa: TU o plural de TU é VÓS e o plural de ELE é ELES.
Terceira Pessoa: ELE Sendo assim:
Essas pessoas podem variar quanto
ao número, ou seja: podem variar
Primeira Pessoa do Singular: EU Primeira Pessoa do Plural: NÓS
Segunda Pessoa do Singular: TU Segunda Pessoa do Plural: VÓS
Terceira Pessoa do Singular: ELE Terceira Pessoa do Plural: ELE
Conjugação
As pessoas do discurso conjugam os verbos, ou seja: para cada pessoa, o verbo é escrito (é
conjugado) de um modo diferente.
Exemplo: o verbo CORRER pode ser conjugado da seguinte maneira: Eu corro, tu corres, ele
corre, nós corremos, vós correis, eles correm.
Tempo
A conjugação pode variar no tempo, ou seja: a ação pode ser expressa no passado, no momento
atual ou no futuro. O passado é chamado de “pretérito” e o momento atual é chamado de “presente”.
Exemplo: o verbo CANTAR pode ser uma ação expressa no pretérito (CANTOU), no pretérito
(CANTA) ou então no futuro (CANTARÁ).
Modo
A conjugação também pode variar de acordo com o modo. Existem três
modos: indicativo, subjuntivo e imperativo.
Modo indicativo: é uma afirmação concreta. Exemplo: eu ando, eu cantarei, eu disse.
Modo Subjuntivo: a afirmação é expressa com dúvida. Exemplo: Talvez eu ande, se eu cantar,
talvez eu diga.
Modo Imperativo: a afirmação é expressa como uma ordem ou um pedido. Exemplo: abra, anda,
diga, fala.
Conclusão
Um verbo pode ser escrito de inúmeras maneiras. Para cada pessoa (eu, tu, ele, nós, vós, eles)
de cada tempo (pretérito, presente, futuro) de cada modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) um verbo
pode ser escrito de um jeito. Ou seja: um único verbo pode ser escrito de dezenas de maneiras
diferentes. Porém, essas maneiras seguem um padrão, um modelo que pode ser aplicado à maioria
dos verbos. Agora nós vamos estudar esses modelos, que são os modelos de conjugação.
Vimos na parte anterior que para cada pessoa (eu, tu, ele, nós, vós, eles) de cada tempo (pretérito,
presente, futuro) de cada modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) um verbo pode ser escrito de um
jeito. Isso significa que os verbos podem ser escritos de dezenas de maneiras diferentes, mas eles
seguem um padrão. Hoje nós vamos falar do padrão de conjugação do Modo Indicativo.
No Modo Indicativo, os verbos podem ser conjugados em seis tempos: pretérito imperfeito,
pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, presente, futuro do presente e futuro do pretérito.
Presente: indica um hábito ou um fato atual. Exemplo: “eu administro um restaurante”, “ele lê o
jornal todos os dias”, “nós moramos num apartamento de três quartos”, “eles estão de férias”.
O modelo de conjugação é o seguinte (usando o verbo “cantar”):
Eu canto Ele canta Vós cantais
Tu cantas Nós cantamos Eles canta

Pretérito Perfeito: indica um fato passado pontual (começou e acabou no passado). Exemplo: “eu
tropecei na rua ontem”, “semana passada, ele faltou duas aulas”, “nós almoçamos no restaurante
há três dias”, “eles foram ao cinema”.
O modelo de conjugação é o
seguinte:
Eu cantei Ele cantou Vós cantastes
Tu cantaste Nós cantamos Eles cantaram

Pretérito Imperfeito: indica um hábito antigo, algo que se fazia regularmente no passado (e que não
é feito mais). Exemplo: “aos 12 anos, eu nadada três vezes por semana”, “ele assinava a revista”,
“nós viajávamos bastante para a Europa”, “eles jogavam Super Nintendo aos sábados”.

O modelo de conjugação é o
seguinte:
Eu cantava Ele cantava Vós cantáveis
Tu cantavas Nós cantávamos Eles cantavaM

Pretérito mais-que-perfeito: indica uma ação que aconteceu antes de outra ação
passada. Exemplo: “quando eu tropecei na escada, ela já saíra de casa”. Ou seja: ela saiu de casa
(fato passado) antes de eu tropeçar na escada (outro fato passado). Como “sair de casa” é um fato
passado que aconteceu antes de outro fato passado, então devemos usar o pretérito mais-que-
perfeito: saíra.
Modelo de conjugação:
Eu cantara Ele cantara Vós cantareis
Tu cantaras Nós cantáramos Eles cantaram
Futuro do Presente: indica uma ação futura em relação ao momento
presente. Exemplos: “eu sairei amanhã de casa”, “ele verá o filme amanhã”, “nós faremos uma
torna daqui a pouco”, “eles jogarão bola amanhã de tarde”.
Modelo de conjugação:
Eu cantarei Ele cantará Vós cantareis
Tu cantarás Nós cantaremos Eles cantarão

Futuro do Pretérito: indica uma ação futura alternativa que não vai acontecer, ou seja: indica uma
ação futura que poderia ocorrer se uma ação passada fosse diferente. Exemplo: “eu dançaria se eu
não tivesse quebrado a perna”. “Dançar” é uma ação futura alternativa que aconteceria se eu não
quebrasse a perna.
Modelo de conjugação:
Eu cantaria Ele cantaria Vós cantaríeis
Tu cantarias Nós cantaríamos Eles cantariam

Portanto, no modo indicativo, o verbo pode ser conjugado em 36 formas, cada uma com uma pessoa
em um tempo diferente. Para conjugá-los, basta pegar o modelo de conjugação de cada tempo.
Tempo Composto
Os verbos podem ser conjugados no tempo composto. Para tanto, nós devemos transformá-los
numa locução verbal, que é a expressão formada por dois verbos: o verbo auxiliar e o verbo principal.
O verbo auxiliar funciona com os verbos “ter” e “haver”. Já o verbo principal será escolhido por nós
e deverá estar no modo particípio (termina em ADO ou IDO).
Exemplo: ao invés de falar “eu caminho todos os dias”, eu posso falar “eu tenho caminhado todos
os dias”. A expressão “tenho caminhado” é formada por dois verbos: “tenho” (verbo "ter") é auxiliar e
“caminhado” (verbo "caminhar") é o principal.
Vimos na parte anterior a conjugação dos verbos no Modo Indicativo. Hoje vamos falar da
conjugação no Modo Subjuntivo, que é o modo que expressa as afirmações de um jeito duvidoso.
Exemplo: “Talvez eu estude mais amanhã”.
O Modo Subjuntivo possui três tempos: o presente, o pretérito imperfeito e o futuro.
Presente: expressa uma possibilidade ou dúvida no momento atual. Exemplos: “talvez eu faça a
minha matrícula no curso de inglês”, “talvez ele se esqueça da promessa”, “talvez nós ”, “talvez
eles expliquem a matéria para nós”.
Modelo de conjugação:
Talvez eu cante Talvez ele cante Talvez vós canteis
Talvez tu cantes Talvez nós cantemos Talvez eles cantem

Pretérito Imperfeito: indica uma possibilidade que poderia ter ocorrido no passado. Exemplos: “se
eles fizessem o acordo, nada disso teria acontecido”, “se ele cumprisse a lei, tudo se resolveria”,
“se nós soubéssemos antes, nada disso teria acontecido”, “se eles não faltassem à reunião, eles
saberiam o que tinha acontecido”.
Modelo de Conjugação
Se eu cantasse Se ele cantasse Se vós cantásseis
Se tu cantasses Se nós cantássemos Se eles cantassem

Futuro: indica uma possibilidade futura. Exemplos: “se eu aceitar o cargo, todos ficarão satisfeitos”,
“se ele estudar, ele vai passar de ano”, “se nós comprarmos um novo carro, nós vamos ficar sem
dinheiro”, “se eles quiserem vender o carro, nós poderemos comprá-lo”.
Modelo de Conjugação:
Se eu cantar Se ele cantar Se vós cantardes
Se tu cantares Se nós cantarmos Se eles cantarem
Vimos na parte anterior a conjugação dos verbos no Modo Subjuntivo. Hoje nós vamos falar da
conjugação no Modo Imperativo, que é o modo que expressa as ideias com o sentido de ordem,
conselho ou pedido. Exemplos: “Por favor, fecha a porta” (pedido), “varre o chão!” (ordem),
“pensabem antes de decidir” (conselho).
Como uma pessoa não pode dar uma ordem, fazer um pedido ou então dar um conselho para ela
própria, então não existe conjugação do modo imperativo na primeira pessoa (eu). Portanto, a
conjugação começa a partir da segunda pessoa do singular (tu).
O Modo Imperativo só é conjugado em um tempo: presente.
Formação do Imperativo Afirmativo
O Imperativo Afirmativo só tem forma própria para a segunda pessoa (TU e VÓS). As outras pessoas
são copiadas do Modo Subjuntivo.
Para formar a conjugação do TU e do VÓS do Modo Imperativo, você precisa pegar a conjugação
deles no Modo Indicativo e tirar a letra S do final da palavra.
Primeiro, pegamos a conjugação do TU e do VÓS no Modo Indicativo:
Eu canto Ele canta Vós cantais
Tu cantas Nós cantamos Eles cantam
Agora, tiramos a letra “s”:
Eu canto Ele canta Vós cantai
Tu canta Nós cantamos Eles cantam

Pronto: a conjugação do modo imperativo afirmativo da segunda pessoa é: CANTA TU e CANTAI


VÓS.
As outras pessoas são
tiradas do presente do Modo
Subjuntivo:
Talvez eu cante Talvez ele cante Talvez vós canteis
Talvez tu cantes Talvez nós cantemos Talvez eles cantem
Então, o modo Imperativo
Afirmativo fica assim:
xxxxxx eu (não tem) Cante ele Cantai nós
Canta tu Cantemos nós Cantem ele

Observe que a conjugação da primeira pessoa (EU) não existe, a conjugação da segunda pessoa
(TU e VÓS) vem do Presente do Indicativo e as outras pessoas são do Presente do Subjuntivo.
Modo Imperativo Negativo
Ao contrário dos outros modos, onde basta colocar um “não” na frente do verbo, o Modo Imperativo
Negativo é criado de outro jeito: ele é uma cópia do Modo Subjuntivo.
Modo Subjuntivo:
Talvez eu cante Talvez ele cante Talvez vós canteis
Talvez tu cantes Talvez nós cantemos Talvez eles cantem
Agora, coloque o “não”:
Não cantes tu Não cantemos nós Não cantem eles
Não cante ele Não canteis vós

Os verbos podem ser conjugados pelos tempos compostos. Isso ocorre quando, ao invés de
usarmos um verbo, nós usamos uma locução verbal. A locução verbal é uma expressão formada por
dois verbos: um verbo auxiliar (que será o verbo “ter” ou “haver) e um verbo principal (que fica no
modo particípio e é escolhido por mim). Os tempos compostos estão presentes no Modo Indicativo
e no Modo Subjuntivo.
Tempos Compostos do Modo Indicativo
Pretérito Perfeito Composto: o verbo auxiliar fica no presente do indicativo (eu tenho, tu tens, ele
tem, etc)
Eu tenho cantado Ele tem cantado Vós tendes cantado
Tu tens cantado Nós temos cantado Eles têm cantad

Antes que você pergunte: o verbo “ter” possui acento diferencial ao ser conjugado no plural.
Portanto, devemos escrever “eles têm” (com acento) e “ele tem” (sem acento).
Pretérito mais-que-perfeito: o verbo auxiliar fica no pretérito imperfeito (eu tinha, tu tinhas, ele
tinha, etc).
Eu tinha cantado Ele tinha cantado Vós tínheis cantado
Tu tinhas cantado Nós tínhamos cantado Eles tinham cantado

Antes que você pergunte: o verbo auxiliar do pretérito perfeito composto é conjugado no presente
e o verbo auxiliar do pretérito mais-que-perfeito composto é conjugado no pretérito imperfeito
mesmo.
Futuro do Presente: o verbo auxiliar fica conjugado no futuro do presente (eu terei, tu terás, ele terá,
etc).
Eu terei cantado Ele terá cantado Vós tereis cantado
Tu terás cantado Nós teremos cantado Eles terão cantado

Futuro do Pretérito: o verbo auxiliar fica conjugado no futuro do pretérito (eu teria, tu terias, ele teria,
etc).
Eu teria cantado Ele teria cantado Vós teríeis cantado
Tu terias cantado Nós teríamos cantado Eles teriam cantado

Tempos Compostos do Modo Subjuntivo


Pretérito Perfeito: o verbo auxiliar é conjugado no presente do subjuntivo (talvez eu tenha, talvez
tu tenhas, etc).
Talvez eu tenha cantado Talvez nós tenhamos Talvez eles tenham cantado
Talvez tu tenhas cantado cantado
Talvez ele tenha cantado Talvez vós tenhais cantado

Pretérito mais-que-perfeito: o verbo auxiliar é conjugado no pretérito imperfeito (talvez eu tivesse,


talvez tu tivesses, etc).
Talvez eu tivesse cantado Talvez nós tivéssemos Talvez eles tivessem
Talvez tu tivesses cantado cantado cantado
Talvez ele tivesse cantado Talvez vós tivésseis cantado
Futuro: o verbo auxiliar é conjugado no futuro do subjuntivo (se eu tiver, se tu tiveres, etc).
Se eu tiver cantado Se ele tiver cantado Se vós tiverdes cantado
Se tu tiveres cantado Se nós tivermos cantado Se eles tiverem cantad

Verbos Regulares: são aqueles que seguem rigorosamente o modelo de conjugação, sem sofrerem
alterações no radical.
Exemplo:
Eu canto Ele canta Vós cantais
Tu cantas Nós cantamos Eles cantam

Observe que o verbo cantar é um verbo regular porque segue o padrão de conjugação.
Outros exemplos: nadar, vender, viajar, escrever, digitar, lembrar.
Verbos Irregulares: são aqueles que não seguem o modelo de conjugação, podendo sofrer
alterações no radical ou nas desinências. Porém, eles ainda guardam características do verbo
original.
Exemplo: verbo “haver”
Eu hei Ele há Vós haveis
Tu hás Nós havemos Eles hão

O verbo “haver”, de segunda conjugação (terminado em ER), não segue rigorosamente o modelo de
conjugação dos verbos regulares. Se o verbo “haver” fosse regular, nós deveríamos dizer “eu havo”,
“tu haves”, “ele have”, etc.
Outros Exemplos: estar, ver, vir, ter, pôr, crer, rir, sorrir, medir, caber, fazer, dizer, saber, trazer,
poder, valer.
Verbos Anômalos: são aqueles que possuem conjugações completamente diferentes do verbo
original.
Exemplo: verbo “ser” Eu sou Tu és
Ele é Vós sois
Nós somos Eles são

Observe a conjugação da segunda e da terceira pessoa do singular: “tu és” e “ele é”. “És” e “é” são
bem diferentes da palavra “ser”.
Agora, veja o pretérito
perfeito:
Eu fui Ele foi Vós fostes
Tu foste Nós fomos Eles foram

Note que, agora, as conjugações do verbo “ser” começam com a letra “f” e não com a letra “s”, se
diferenciando totalmente do verbo original.
Outro Exemplo: verbo “ir”.
Eu vou (presente), eu fui (pretérito perfeito), eu ia (pretérito imperfeito), etc.
Verbos Defectivos: são aqueles que não possuem todas as pessoas em sua conjugação.
Exemplo: verbo colorir Ele colore Eles colorem
Eu - Nós colorimos
Tu colores Vós coloris

Observe que o verbo “colorir” não tem conjugação na primeira pessoa (não existe “eu coloro”).
Portanto, o verbo “colorir” é defectivo.
Outros Exemplos: abolir, banir, colorir, demolir, exaurir, explodir, extorquir, falir, acontecer, suceder,
ocorrer, doer.
Verbos Impessoais: são aqueles que não especificam pessoas (eu, tu, ele, nós, vós, eles), ou seja:
não possuem algo ou alguém realizando a ação verbal.
São verbos impessoais:
1) aqueles que indicam fenômenos da natureza. Exemplos: chover, anoitecer, nevar, ventar,
relampear, trovejar, etc).
2) Verbo HAVER indicando tempo decorrido ou existência. Exemplos: “estou esperando aqui há mais
de uma hora” (tempo decorrido), “havia vinte pessoas na fila” (existência).
3) Verbo FAZER indicando tempo decorrido. Exemplo: “estou esperando aqui faz mais de uma hora”.
4) Verbo BASTAR e CHEGAR com o sentido do verbo PARAR. Exemplos: “Chega de palhaçada”,
“basta de palhaça”.
Verbos de Ligação: são aqueles que não indicam ação, mas sim estado ou mudança de estado,
ligando algo ou alguém à sua característica. Exemplo: “eu sou bonito”. “Ser bonito” não é uma ação,
mas sim um estado, uma característica. Portanto, o verbo “ser” é um verbo de ligação que faz a
ligação entre “eu” e “bonito”, sua característica.
Outros Exemplos: estar, parecer, permanecer, ficar, continuar, andar.
Verbos Auxiliares: são aqueles que, ao lado de outro verbo, formam os tempos compostos e as
locuções verbais e indicam o tempo, o número e a pessoa.
Verbos Principais: são aqueles que ficam ao lado dos verbos auxiliares e são expressos em uma
das formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio)
Exemplo: Vou correr atrás do ônibus. A locução verbal “vou correr” é formada pelo verbo auxiliar
(“vou”), que indica o tempo, o número e a pessoa, e é formada pelo verbo principal (“correr”), que
está no infinitivo (uma das três formas nominais).
Antes que você pergunte: as locuções verbais são expressões formadas por um verbo auxiliar e
por um verbo principal. Os tempos compostos são as locuções verbais construídas pelos verbos
auxiliares TER e HAVER.
Você aprendeu que o adjetivo altera o significado de um substantivo, dando uma característica a
ele. Exemplo: “carro bonito”. Os advérbios fazem a mesma coisa, porém eles caracterizam os
verbos, os adjetivos e os advérbios.
Advérbio: é a palavra que altera o sentido dos verbos e também dos adjetivos e dos próprios
advérbios.
Exemplo 1: Ele fala certo, ele fala errado, ele fala devagar, ele fala rápido: todas as palavras
negritadas são advérbios que alteram o sentido do verbo “falar”, indicando uma característica ao
verbo.
Exemplo 2: Ela é muito linda. A palavra “muito” é um advérbio que intensifica o sentido do adjetivo
“linda”.
Exemplo 3: Ele jogou bem. A palavra “bem” é um advérbio que indica uma característica do verbo
“jogar”.
Exemplo 4: Ele jogou muito bem. A palavra “muito” é um advérbio que intensifica o sentido do
advérbio “bem”.
Conclusão: advérbios alteram o sentido de verbos, de adjetivos e até mesmo dos próprios advérbios.
Circunstâncias dos Advérbios
Lugar: ele está aqui. Outros exemplos: lá, aí.
Tempo: Ontem nós saímos. Outros exemplos: agora, já, tarde, amanhã, jamais, nunca.
Modo: Ele fala de modo correto. Outros exemplos: depressa, alto, baixo, errado, tranquilo.
Intensidade: Está muito calor. Outros exemplos: pouco, demais, bastante, bem.
Dúvida: Talvez eu compre. Outros exemplos: possivelmente, provavelmente.
Negação: Não farei isso.
Afirmação: Certamente farei isso.
Advérbios Interrogativos
Lugar: Onde ele está?
Tempo: Quando ele foi?
Modo: Como ele foi?
Causa: Por que ele foi? Ele foi por quê?
Valor: Quanto custa a camisa?
Antes que você pergunte: devemos escrever o advérbio “por que” no início das perguntas (por
queele está aqui?) ou nas perguntas indiretas (diga-me por que ele está aqui), enquanto que o
advérbio “por quê” deve ser usado ao final das perguntas ( ele está aqui por quê?) ou isolado numa
pergunta (Ele está aqui? Por quê?). A palavra “porque” é uma conjunção explicativa (ele está
aqui porque ele quer falar com você) e a palavra “porquê” é um substantivo que deve aparecer com
um artigo (não sei o porquê de ele estar aqui).
Antes que você pergunte: “onde” é diferente de “aonde”. A palavra “aonde” expressa movimento
(aonde você está indo?), enquanto que “onde” não expressa movimento, mas sim posição fixa (onde
você está?).
Graus do Advérbio
Comparativo: comparação entre dois seres
Comparativo de Superioridade: João gritou mais alto do que Paulo.
Comparativo de Inferioridade: Paulo gritou menos alto do que João
Comparativo de Igualdade: José gritou tão alto quanto João
Superlativo: não compara. É em relação a algo ou alguém específico.
Superlativo Sintético: João gritou altíssimo.
Superlativo Analítico: João gritou muito alto
Antes que você pergunte: veja que a diferença entre o sintético e o analítico é que no sintético nós
usamos apenas uma palavra (altíssimo), enquanto que no analítico nós usamos mais de uma (muito
alto).
Locução Adverbial: ocorre quando duas ou mais palavras passam a funcionar como um advérbio.
Exemplo: Ele saiu às pressas. A expressão “às pressas” indica uma circunstância ao verbo “sair”,
funcionando como um advérbio. Portanto, “às pressas” é uma locução adverbial.
Outros Exemplos:
Conversaram sobre futebol (assunto) Andou mais rápido (intensidade)
Morreu de causas naturais (causa) Passeou pela cidade (lugar)
Saiu com a mãe (companhia) Cortou-se com a tesoura (instrumento)
Etapa 1: Frase é qualquer tipo de mensagem que tenha sentido e Oração é qualquer frase que
tenha verbo. Portanto, “Ai meu Deus” é uma frase (não tem verbo), mas “eu fui ao cinema” é uma
oração (é uma frase com verbo).
Etapa 2: O sujeito de uma oração é o termo que expressa a ação do verbo. Exemplo:
“Joãocomprou um carro”. Quem fez a ação de comprar um carro? Resposta: João. Logo, João é o
sujeito.
Etapa 3: Além do sujeito e do verbo, as orações geralmente precisam de um complemento.
Exemplo: “Paulo vendeu”. Essa oração está incompleta, ou seja: ela precisa de um complemento.
Podemos dizer: “Paulo vendeu a casa”. Pronto: o termo “a casa” é o complemento da oração.
Etapa 4: Duas orações ou mais formam um período. Exemplo: “João acordou cedo, arrumou a
cama e tomou café”. Esse é um período composto por três orações porque existem três verbos
(acordou, arrumou, tomou) até o ponto-final. Cada oração é composta por um verbo e é por isso que
ao contarmos o número de verbos nós estamos contando o número de orações. Primeira oração:
“João acordou cedo”. Segunda oração: “arrumou a cama”. Terceira oração: “ tomou café”.
Pronome: é a palavra que substitui outras palavras.
Exemplo: Paulo quebrou o pé. Ele quebrou o pé. A palavra “ele” é um pronome que substitui
Paulo, um substantivo próprio.
Tipos de Pronomes (Resumo)
Existem vários tipos de pronomes. Vamos ver a classificação completa dos pronomes e seus
exemplos para, então, explicá-los com mais detalhes.
Pronomes Pessoais Retos: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas.
Pronomes Pessoais Oblíquos: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, consigo, nos, conosco,
vos, convosco, o, a, os, as, lhe, lhes.
Pronomes Possessivos: meu, minha, teu, tua, seu, vosso, vossa, etc.
Pronomes Demonstrativos: aquele, aquela, isso, isto, este, esse, etc.
Pronomes Indefinidos: algum, alguém, tudo, nada, nenhum, ninguém, pouco, muito, etc.
Pronomes Relativos: cujo, cuja, o qual, que, quem, onde, como, quanto, quando.
Pronomes Interrogativos: que?, quem?, quanto?, qual?
Também existem as formas pronominais de tratamento, que são formas de nos referirmos a
alguém de acordo com os seus atributos ou cargo ocupado: Vossa Alteza, Vossa Majestade, Senhor,
etc.
Explicações
Pronomes Pessoais: para entender de verdade o que é Pronome Pessoal, você precisa entender
os conceitos básicos de Sintaxe (sujeito, verbo, complemento).
Pronome Pessoal Reto: os pronomes pessoais retos são aqueles que funcionam
como sujeitos das orações, ou seja: são aqueles que conjugam os verbos (eu, tu, ele, nós, vós,
eles). Exemplo: “João foi à praia”. Posso substituir o sujeito (“João”, um substantivo) por um pronome
pessoal reto: “ele foi à praia”.
Pronome Pessoal Oblíquo: os pronomes pessoais oblíquos funcionam
como complementos das orações. São eles: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, consigo, nos,
conosco, vos, convosco, o, a, os, as, lhe, lhes. Exemplo: “Eu entreguei o relatório a ele”. A expressão
“a ele” é um complemento da oração e pode ser substituído por um pronome pessoal oblíquo:
“Eu lhe entreguei o relatório”.
Pronome Pessoal Oblíquo Reflexivo: quando o pronome pessoal oblíquo é complemento e
também é sujeito, ele passa a ser chamado de pronome oblíquo reflexivo, ou seja: o sujeito realiza
e recebe a ação ao mesmo tempo. Exemplo: “Ana se vestiu” (Ana vestiu Ana), “Eu me cortei” (Eu
cortei a mim mesmo).
Pronome Pessoal Oblíquo Reflexivo Recíproco: quando algo ou alguém realiza a ação para
algo ou alguém de modo recíproco, então nós usamos o pronome oblíquo reflexivo recíproco.
Exemplo: “Eu e Ana nos casamos” (Eu me casei com Ana e Ana se casou comigo),
“Eles se cumprimentaram” (um cumprimentou o outro).
Pronomes Possessivos: como o nome indica, os pronomes possessivos são aqueles que
expressam posse (meu, minha, etc).
Pronomes Demonstrativos: são aqueles usados para se referir a algo ou alguém no espaço
(aquele, aquela, isto, isso, etc). Esses pronomes também podem se combinar com
preposições. Exemplos: “de” + “isso” = “disso”, “em” + “aquele” = “naquele”.
Pronomes Indefinidos: são os pronomes vagos, que não definem e não especificam nenhuma
ideia. Exemplos: algum, alguns, alguma, algumas, alguém, algo, bastante, bastantes, cada, demais,
mais, menos, muito, muita, muitos, muitas, nenhum, nenhuns, nenhuma, outro, outra, outros, outras,
poucos, poucas, quanto, quanta, quantos, quantas, que, quem, tanto, tanta, tantos, tantas, todo,
todos, toda, todas, tudo, um, uma, uns, umas, vários, várias.
Pronome Indefinido X Advérbio
Não confunda pronome indefinido com advérbio. A principal diferença entre os dois é que o
advérbio é uma palavra invariável (fixa, não varia, não se flexiona), enquanto que o pronome
indefinido é variável (pode se flexionar, pode variar, pode ir para o plural).
Exemplo:
Nós estamos muito confiantes. A palavra “muito” é um advérbio que intensifica o verbo “estar”.
Perceba que o advérbio é invariável, é fixo (não podemos falar “estamos muitos confiantes”).
Nós compramos muitos presentes. A palavra “muitos” é um pronome indefinido que tem o
mesmo sentido de “vários”. É indefinido porque não sabemos, ao certo, quantos presentes foram
comprados. Foram dez? Foram vinte? Foram trinta? Quantos foram?
Pronomes Relativos: são os pronomes que ajudam a evitar a repetição de palavras ou de
expressões. São eles: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cujos, cuja, cujas, que, onde e outros
termos que podem ser substituídos por eles.
Exemplo: Ao invés de escrever “Pedro pintou o quarto. O quarto tem carpete”, podemos empregar
um pronome relativo e evitar a repetição da palavra “quarto”: “Pedro pintou o quarto que tem
carpete”.
Pronomes Interrogativos: são os pronomes indefinidos quem, que, qual e quanto usados para
fazer perguntas diretas (com ?) ou indiretas (sem ?). Exemplo: O que você quis dizer? (pergunta
direta). Diga-me o que você quis dizer (pergunta indireta).
Formas Pronominais de Tratamento: você, senhor, senhora, Vossa Alteza (príncipes), Vossa
Eminência (cardeais), Vossa Majestade (reis, imperadores), Vossa Onipotência (Deus), Vossa
Santidade (papa), Vossa Magnificência (reitores), Vossa Excelência (pessoas com altos cargos,
ministros, Presidente da República, bispos e arcebispos).
Você x Tu
A palavra “você” é um pronome de tratamento, enquanto que “tu” é um pronome pessoal reto.
Assim como as demais formas de tratamento, ao usarmos “você” nós devemos conjugar o verbo na
terceira pessoa do singular (ele) e ao usarmos “vocês” nós devemos conjugar o verbo na terceira
pessoa do plural (eles). Exemplo: Tu comes alface. Você (ele) come alface.
Para entender preposições e conjunções você precisa entender alguns conceitos básicos de Sintaxe
(sujeito, verbo, complemento).
Preposição: é a palavra que liga os termos que estão dentro de uma oração.
Conjunção: é a palavra que liga orações entre si.
Exemplo: “Eu gosto de brócolis”. A palavra “de” é uma preposição que liga o verbo “gosto” ao
substantivo “brócolis”.
Preposições Essenciais: são as palavras que só atuam como preposições. Exemplos: a, ante,
após, até, com, contra, de, desde, em, entre, por, para, sem, sob, sobre, trás.
Preposições Acidentais: são palavras de outras classes gramaticais que podem funcionar como
preposições. Exemplos: durante, salvo, segundo, como, senão, exceto, fora, visto.
Locuções Prepositivas: duas ou mais palavras que funcionam como uma
preposição. Exemplos: acerca de, acima de, em cima de, por cima de, por trás de, embaixo de, em
frente a, ao lado de, a respeito de, graças a, perto de, por causa de.
Regência Verbal: alguns verbos exigem preposições para se ligarem a outras palavras. Exemplo:
“Eu gosto de laranja”. O verbo “gostar” exige a preposição “de” para ligá-lo a outra palavra. Não
posso falar “eu gosto laranja”.
Combinação: as preposições podem se juntar com outras classes gramaticais. A preposição “a”
pode, por exemplo, se combinar com o artigo “o”, formando “ao”. Exemplo: “Vou a + o teatro = vou
ao teatro”.
Contração: ocorre quando uma preposição, ao se juntar com outra palavra, acaba se alterando.
Exemplo: “gosto de + a laranja = gosto da laranja”. A união da preposição “de” com o artigo “a” alterou
a preposição “de” para “da” (a letra “e” sumiu, dando lugar para a letra “a”).
Antes que você pergunte: a crase é a união de uma preposição “a” com o artigo “a” e essa união
é representada pelo acento grave (à). Isso também pode acontecer entre a preposição “a” e
pronomes demonstrativos (àquele, àquela).
Conjunção: é a palavra que liga orações entre si.
Exemplo: “Eu gosto de brócolis e eu também gosto de alface”. A palavra “e” liga duas orações: a
primeira é “eu gosto de brócolis” e a segunda é “eu também gosto de alface”. Portanto, a palavra “e”
é uma conjunção.
Conjunção Coordenativa: é aquela que liga orações coordenadas, ou seja, orações que são
independentes entre si. Exemplo: “Acordei e levantei da cama”. As conjunções coordenativas podem
ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.
Aditiva: expressa a ideia de acréscimo ou de adição de eventos. Exemplos: e, nem, tampouco.
Adversativa: expressa oposição, contradição, adversidade. Exemplos: mas, porém, contudo,
todavia, entretanto.
Alternativa: expressa uma ideia de alternância ou de opção. Exemplos: ou...ou, ora...ora,
seja...seja, quer...quer.
Conclusiva: expressa ideia de conclusão. Exemplos: portanto, então, logo, assim.
Explicativa: mostra uma explicação. Exemplos: porque, pois, visto que, tendo em vista, dado que,
uma vez que, porquanto, como, que.
Conjunção Subordinativa: é aquela que liga orações subordinadas, ou seja: uma oração
(subordinada) depende da outra (principal). As conjunções subordinativas podem ser: causais,
concessivas, condicionais, conformativas, temporais, consecutivas, finais, proporcionais,
comparativas, integrantes.
Causal: a conjunção causal introduz a oração que explica a causa (o motivo, a razão) da ideia da
oração principal.
Exemplo: “Como não havia estudado, João não foi bem na prova”. A conjunção “como” introduz
a oração “não havia estudado”, que é o motivo de João não ter ido bem na prova (oração principal).
Outras conjunções causais: visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que.
Concessiva: a conjunção concessiva introduz a oração que expressa a ideia de que algum
obstáculo não é capaz de impedir ou modificar a ideia da oração principal.
Exemplo: “Embora João não tenha estudado para a prova, ele conseguiu tirar uma boa nota”. A
conjunção “embora” introduz uma oração que não altera nem impede a ideia da oração principal, ou
seja: o fato de João não estudar (oração introduzida pela conjunção) não impediu que ele tirasse
uma boa nota (oração principal).
Outras conjunções concessivas: ainda, apesar, mesmo que, por mais que, conquanto.
Condicional: a conjunção condicional expressa uma ideia de condição.
Exemplo: “Se você não estudar, você vai tirar uma nota ruim”.
Outras conjunções condicionais: caso, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que.
Conformativa: expressa conformidade.
Exemplo: “Conforme eu disse, você foi mal na prova porque não estudou”.
Outras conjunções conformativas: segundo, consoante, como.
Temporal: a conjunção expressa tempo.
Exemplo: “Eu mal cheguei ao escritório e ela veio reclamar”.
Outras conjunções temporais: assim que, logo que, desde, apenas, quando, enquanto, depois
que, todas as vezes que, sempre que.
Consecutiva: a conjunção consecutiva expressa uma consequência.
Exemplo: “Comeu tanto que passou mal”.
Outras conjunções consecutivas: de forma que, tal...que, tão...que, tanto...que, tamanho...que.
Final: a conjunção final expressa finalidade.
Exemplo: “Estou estudando para me sair bem na prova”.
Outras conjunções finais: a fim de, para que.
Proporcional: a conjunção proporcional expressa proporção.
Exemplo: “À medida que eu estudava, mais eu aprendia”.
Outras conjunções proporcionais: à proporção que, ao passo que, quanto mais...mais, quanto
menos... menos, quanto menos... mais, quanto mais...menos.
Comparativa: a conjunção comparativa estabelece uma comparação.
Exemplo: “Mandarim é mais difícil do que inglês”.
Outras conjunções comparativas: como, assim como, tal que, tanto quanto, tal qual, tanto como,
que nem.
Integrante: a conjunção integrante introduz orações subordinadas (que completam o sentido da
oração principal), introduzindo orações que equivalem a substantivos. Portanto, um macete é pensar
que as conjunções integrantes introduzem orações que podem ser substituídas pela palavra ISSO.
Existem duas conjunções integrantes: SE e QUE.
Exemplo: “Espero que você viaje bem”. Podemos substituir a oração introduzida pela conjunção
por ISSO. Fica assim: “Espero isso”.
Frase: é qualquer enunciado que transmita alguma mensagem, isto é, que tenha algum
sentido. Exemplos: “Ai meu Deus”, “Comprei um carro”, “Socorro!”, “Nós vamos viajar para Brasília”,
“Anoiteceu”.
Oração: é o nome dado à frase que possui um verbo (ou uma locução verbal). Exemplos:
“Compreium carro”, “Nós vamos viajar para Brasília”.
Período: é formado por uma ou mais orações até aparecer o primeiro ponto-final. O período será
classificado como simples se for formado apenas por uma oração e ele será classificado como
composto se tiver duas ou mais orações até o ponto-final.
Exemplo 1: “Eu fui ao cinema” é um período simples (composto por apenas uma oração).
Exemplo 2: “Eu fui ao cinema, depois eu voltei para casa e fui dormir” é um período composto que
tem três orações. Se cada oração possui um verbo, então basta contar o número de verbos (ou de
locuções verbais) para saber o número de orações (“fui”, “voltei”, “fui dormir”).
Seu objetivo: entender o que é sujeito e também os tipos de sujeito.
Sujeito: é o responsável pela ação descrita pelo verbo da oração.
Exemplo 1: “Eu dancei ontem”. Quem realizou a ação de dançar? Resposta: eu. Portanto, o pronome
“eu” é o sujeito da oração.
Exemplo 2: “João e Maria viajaram para longe”. Quem realizou a ação de viajar para longe?
Resposta: “João e Maria”. Portanto, “João e Maria” é o sujeito da oração.
Exemplo 3: “O dono do Fusca azul está pedindo ajuda”. Quem realizou a ação de pedir ajuda?
Resposta: “o dono do Fusca azul”. Portanto, “o dono do Fusca azul” é o sujeito da oração.
Exemplo 4: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante”.
Quem foi que ouviu o brado retumbante de um povo heroico? Resposta: as margens do Ipiranga.
Portanto, “as margens do Ipiranga” é o sujeito da oração.
Núcleo do Sujeito: é a principal palavra do sujeito (aquela que guarda todo o seu significado).
Exemplo 1: O sujeito da oração “o dono do Fusca azul está pedindo ajuda” é “o dono do Fusca azul”
e o núcleo desse sujeito é “dono”. As outras palavras apenas são características do “dono” (doFusca
azul). O núcleo é aquela palavra capaz de substituir o sujeito inteiro. Não podemos entender que “o
Fusca está pedindo ajuda” nem que “o azul está pedindo ajuda”, mas podemos entender que “o dono
está pedindo ajuda”. Portanto, “dono” é o núcleo do sujeito.
Exemplo 2: Se o sujeito for “João e Maria”, então o sujeito possui dois núcleos: “João” e “Maria”, já
que ambos são centrais e decisivos para o significado do sujeito.
Exemplo 3: Na oração “os atores profissionais e algumas pessoas da plateia pediram silêncio”, o
sujeito é “os atores profissionais e algumas pessoas da plateia”. Esse sujeito tem dois
núcleos: atores e pessoas. As outras palavras apenas os caracterizam.
Classificação dos Sujeitos: o sujeito pode ser classificado em: simples, composto, implícito,
indeterminado, inexistente.
Sujeito Simples: é aquele que possui apenas um núcleo. Exemplos: “o dono do Fusca azul está
pedindo ajuda”, “João está perdido”, “a plateia aplaudiu forte”.
Sujeito Composto: é aquele que possui dois ou mais núcleos. Exemplos: “Paulo e Ana estão
perdidos”, “o apresentador e os telespectadores estão ansiosos pela chegada do convidado”.
Sujeito Implícito: é aquele que foi omitido da oração, mas pode ser encontrado pela conjugação do
verbo. Exemplo: “Comprei um par de camisas”. Quem comprou um par de camisas? Resposta: “eu”,
porque o pronome “eu” é o único que conjuga o verbo “comprar” como “comprei”.
Outros nomes para o sujeito implícito: sujeito desinencial, sujeito oculto, sujeito elíptico, sujeito
subentendido (é tudo a mesma coisa, não se preocupe).
Observação: se o verbo estiver conjugado na 3ª pessoa do plural (disseram, viram, falaram,
dançaram, etc) e o sujeito não aparecer, então o sujeito não será classificado como implícito, mas
sim como indeterminado (veremos mais adiante).
O sujeito simples, o sujeito composto e o sujeito oculto são sujeitos determinados, já que eles
existem e podem ser identificados.
Sujeito Indeterminado: é aquele que existe, mas não pode ser identificado. Ele ocorre em dois
casos:
1) Verbos conjugados na terceira pessoa do plural. Exemplo: “Falaram mal de você”. Quem é que
falou mal de você? Resposta: não sabemos. O sujeito existe, mas não pode ser identificado porque
o verbo “falar” está conjugado na terceira pessoa e o sujeito que o conjuga não aparece na oração.
Antes que você pergunte: Não é pelo fato de aparecer o verbo conjugado na 3ª pessoa do plural
que o sujeito será sempre indeterminado. Não esqueça que o sujeito não pode aparecer (apenas o
verbo aparece). Exemplo: “Os vizinhos falaram mal de você”. O sujeito é “os vizinhos”, mesmo o
verbo estando conjugado na 3ª pessoa. Para o sujeito ser indeterminado, o sujeito não pode aparecer
com o verbo (somente o verbo aparece). Exemplo: “falaram mal de você” (sujeito indeterminado).
2) Verbos conjugados na terceira pessoa do singular acompanhados do “SE” (antes ou depois do
verbo). Exemplos: “precisa-se de cozinheiros”, “aluga-se”, “aqui se vive bem”. Em todos esses
exemplos, os verbos estão conjugados na terceira pessoa do singular (ele precisa, ele aluga, ele
vive) e estão acompanhados do SE, indeterminando o sujeito das orações. Portanto, em cada uma
dessas orações o sujeito é indeterminado.
Observação: nesses casos, o pronome “SE” é chamado de índice de indeterminação do sujeito.
Sujeito Inexistente: o sujeito não existe na oração, provocando a oração sem sujeito. Isso acontece
nos seguintes casos:
1) O sujeito é inexistente quando o verbo expressa fenômenos da natureza. Exemplos: “Anoiteceu
ontem”, “está chovendo muito”, “nevará amanhã”, “ventou muito durante a noite”.
Antes que você pergunte: se esse tipo de verbo for usado em outro sentido (ao invés do sentido
original), então poderemos determinar o sujeito. Exemplo: “Choveram relatórios em minha mesa”. O
sentido da palavra “chover” foi alterado (não caiu água em cima da mesa, mas sim relatórios). Então,
o sujeito é “relatórios” (relatórios choveram em minha mesa). Sujeito simples.
2) Verbo FAZER indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz duas horas que eu estou na fila”. O
sujeito da primeira oração (Faz duas horas) é inexistente.
3) Verbo HAVER indicando tempo decorrido ou então indicando existência. Exemplo 1: “Estou na
fila há duas horas” (o sujeito da oração “há duas horas” é inexistente). Exemplo 2: “Há vinte alunos
na sala”. O verbo “haver” tem o mesmo sentido de “existir”. Por isso, o sujeito é inexistente (oração
sem sujeito).
Vozes Verbais: é a forma com que o verbo se relaciona ao seu sujeito quanto à passividade ou
atividade. A oração pode estar em três vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva, sendo que a reflexiva
também pode se transformar na voz reflexiva recíproca.
Voz Ativa: ocorre quando o sujeito pratica ativamente a ação expressa pelo verbo.
Exemplo: “João fez o trabalho de matemática”. O sujeito (eu) realiza a ação de fazer o trabalho
de matemática.
Voz Passiva: ocorre quando o sujeito recebe a ação expressa pelo verbo.
Exemplo: “O trabalho foi feito por João”. Dessa vez, o sujeito é “o trabalho” e ele recebe a ação
expressa pelo verbo (“foi feito”). A expressão “por João” é chamada de “agente da passiva”, porque
João se transforma no sujeito se a oração passar para a voz ativa (“João fez o trabalho”).
A voz passiva será do tipo analítica se ela não usar o pronome “se”. Exemplo: “casas estão sendo
vendidas”.
A voz passiva será do tipo sintética se ela usar o pronome “se”. Exemplo: “vendem-se casas” ou
“casas se vendem”. Nesse caso, o pronome “se” é chamado de pronome apassivador.
Observação: não confunda pronome apassivador com o índice de indeterminação do sujeito. O
pronome apassivador ocorre quando o verbo está empregado na terceira pessoa do plural(vendem-
se casas), enquanto que o índice de indeterminação do sujeito ocorre quando o verbo está
empregado na terceira pessoa do singular (vende-se casas). No primeiro caso (vendem-se casas),
o sujeito é “casas” e ele está na voz passiva (é sujeito paciente). No segundo caso (vende-se casas),
o sujeito é indeterminado (como você viu aqui, nos tipos de sujeitos).
Voz Reflexiva: ocorre quando o sujeito pratica e recebe a ação ao mesmo tempo, ou seja: o sujeito
faz algo para ele mesmo.
Exemplo: Paulo se machucou com a faca. Nesse caso, Paulo é o sujeito e ele faz a ação de
machucar e recebe essa ação, sendo machucado por ele mesmo.
Voz Reflexiva Recíproca: ocorre quando algo ou alguém realiza e recebe a ação um para o outro,
de modo recíproco.
Exemplo: "Paulo e Letícia se casaram". Nesse caso, Paulo se casa com Letícia e Letícia se casa
com Paulo, ou seja: o casamento é algo recíproco (um se casa com o outro).
Seu objetivo: entender os tipos de objetos (direto e indireto) e compreender a transitividade
verbal.
Já vimos que o sujeito é o responsável por realizar a ação verbal. Porém, isso geralmente não é
o suficiente para construir uma oração, porque o sentido do verbo pode ficar incompleto.
Na oração “João comprou”, o sujeito é “João” e o verbo é “comprou”. Porém, a oração não está
completa porque o sentido do verbo está incompleto. Para completar o sentido do verbo, nós
precisamos explicar o que João comprou.
Então nós precisamos de um complemento verbal, que poderia ser: “João comprou um tênis”.
Pronto: agora a oração está com o seu sentido completo graças à expressão “um tênis”, que está
completando o sentido do verbo “comprar”. Essa expressão é chamada de Objeto.
Objeto: é o termo da oração que completa o sentido do verbo e pode ser classificado em: objeto
direto e objeto indireto.
Objeto Direto: ocorre quando não existe nenhuma preposição entre o verbo e o objeto. Exemplo:
“Roberto vendeu o carro”, “Eles limparam o quarto”.
Objeto Indireto: ocorre quando existe uma preposição entre o verbo e o objeto. Exemplo: “Laura
gosta de maçã”, “Fernando foi ao cinema”.
Antes que você pergunte: “ao” é a união da preposição “a” com o artigo “o”. Logo, o objeto é
indireto por causa da preposição "a" (que se une ao artigo "o"). A preposição “a” também pode se
unir com o artigo “a”, formando a crase (à). Se eu falar que "Laura gosta da laranja", a preposição
"de"se juntou com o artigo "a", formando "da". As preposições podem se combinar com outras
palavras.
Transitividade Verbal: é a análise da transitividade dos verbos. Os verbos podem ser: transitivos
diretos, transitivos indiretos, transitivos diretos e indiretos ou intransitivos.
Verbo Transitivo Direto: é aquele que exige um objeto direto. Exemplo: “Compramos o livro”.
Verbo Transitivo Indireto: é aquele que exige um objeto indireto. Exemplo: “Eu gosto de filmes
de ação”.
Verbo Transitivo Direto e Indireto: é aquele que exige dois objetos (um objeto direto e um objeto
indireto). Exemplo: “Entreguei o relatório ao chefe”. O verbo “entregar” é transitivo direto e indireto,
pois ele exige um objeto direto (o relatório) e um objeto indireto (ao chefe).
Observação: os objetos podem ser representados por pronomes (que são as palavras que
substituem outras palavras). Ao invés de falar que “eu entreguei o relatório ao chefe”, eu posso dizer
“eu entreguei-lhe os relatórios”. O pronome “lhe” equivale “ao chefe”. Logo, “ao “João” (da primeira
oração) e “lhe” (segunda oração) são objetos indiretos.
Verbo Intransitivo: é aquele que não precisa de nenhum objeto para fazer a oração ter sentido.
Exemplo: “Arnaldo morreu”.
Vimos que o objeto é o termo que completa o sentido dos verbos e é, portanto, um complemento
verbal. Agora, nós vamos ver outro tipo de complemento, que é o complemento nominal.
Complemento Nominal: é o termo que completa o sentido dos substantivos abstratos, dos
adjetivos e dos advérbios.
Veja o seguinte exemplo: “Eu tenho interesse”. Temos aí o sujeito (“eu”), o verbo (“tenho”) e o objeto
direto (“interesse”). Porém, mesmo com o objeto completando o sentido do verbo, a oração continua
incompleta. Fica uma pergunta no ar: interesse em quê?
A solução é completar o sentido da palavra “interesse” com algum tipo de complemento. Como
“interesse” é um substantivo abstrato, o complemento será chamado de complemento nominal.
Poderíamos, então, dizer: “Eu tenho interesse em Língua Portuguesa”. A expressão “em Língua
Portuguesa” completa o sentido de um substantivo abstrato (“interesse”). Portanto, “em Língua
Portuguesa” é um complemento nominal.
Observação: o complemento nominal sempre será acompanhado de uma preposição. No
exemplo anterior, a preposição usada foi “em”.
Exemplo 1: “Eu tenho necessidade de dinheiro”. A expressão “de dinheiro” é o complemento
nominal que completa o sentido da palavra “necessidade” (substantivo abstrato), que por sua vez
completa o sentido do verbo “ter” (verbo transitivo direto).
Exemplo 2: “Sou contrário ao regulamento”. A expressão “ao regulamento” é o complemento
nominal que completa o sentido da palavra “contrário” (adjetivo), que por sua vez completa o sentido
do verbo “ser”.
Exemplo 3: “Moramos perto da empresa”. A expressão “da empresa” é o complemento nominal
que completa o sentido da palavra “perto” (advérbio), que por sua vez completa o sentido do verbo
“morar”.
Seu objetivo: entender o que é um adjunto adnominal e o que é um adjunto adverbial.
Adjunto: é um termo acessório da oração, ou seja, é um termo que “enfeita” a oração e se for retirado
dela ele não vai fazer falta a ponto de atrapalhar o sentido da oração.
Observe a seguinte oração: O homem comprou um livro.
Com tudo o que você estudou até aqui, você sabe que o sujeito da oração é “o homem”, o verbo
“comprar” é transitivo direto e “um livro” é o objeto direto.
Agora, veja: “O homem careca comprou um livro”.
Observe que eu acrescentei a palavra “careca”, que caracteriza o substantivo “homem”. A palavra
“careca” não faz falta na oração (você não deixa de entender o sentido da oração se tirar “careca”).
Logo, “careca” é um adjunto (é um termo acessório). Como “careca” é uma palavra que está ligada
a um substantivo (homem), então “careca” é um adjunto adnominal.
Adjunto Adnominal: é o termo acessório que está ligado a um substantivo.
Tudo o que estiver ligado ao substantivo e atuando como termo acessório será um adjunto
adnominal. Portanto, na oração “o homem careca comprou um livro”, nós temos três adjuntos
adnominais: “o”, “careca” e “um”. O artigo “o” e o adjetivo “careca” estão ligados ao substantivo
“homem”, enquanto que o artigo “um” está ligado ao substantivo “livro”.
Exemplo 1: Na oração “O vendedor caiu na escada velha”, os adjuntos adnominais são: “o” (ligado
ao substantivo “vendedor”) e “velha” (ligada ao substantivo “escada”).
Exemplo 2: Na oração “O vendedor de galinhas caiu na escada velha e torta”, os adjuntos
adnominais são: “o”, “de”, “galinhas” (ligados ao “vendedor”) e “velha”, “e”, “torta” (ligados à escada).
Observação: para provar que os adjuntos são termos acessórios (ou seja: apenas enfeitam a
oração), observe que se eu retirá-los da oração ela continuará tendo sentido: “Vendedor caiu na
escada”. Você não sabe que a escada é velha e torta e também não sabe que o vendedor vende
galinhas, mas você entende a ideia principal da oração: você entende que o vendedor caiu na escada
e é isso que importa. Os adjuntos apenas “enfeitam” a oração, dando alguns detalhes. Esse
mecanismo é muito comum em manchetes de jornal (para economizar palavras). Exemplos: “Homem
assalta banco”, “Mulher é sequestrada”, “Criança cai no buraco”, etc (só tragédia).
Agora, veja esta oração: “O homem rapidamente comprou um livro”.
Observe, mais uma vez, que a palavra “rapidamente” é um adjunto, ou seja, é um termo acessório.
Se você tirá-lo da oração, você continua entendendo a mensagem da oração (o homem comprou o
livro). Porém, ao contrário do adjunto adnominal, a palavra “rapidamente” não está ligada ao
“homem”, mas sim ao verbo “comprar” (“rapidamente” é um advérbio). Portanto, a palavra
“rapidamente” é o adjunto adverbial da oração.
Adjunto Adverbial: é o termo acessório que se liga a um verbo, a um adjetivo ou a um advérbio.
Os adjuntos adverbiais expressam diversas circunstâncias. Veja alguns exemplos:
Modo: O homem rapidamente comprou um livro.
Finalidade: O homem comprou um livro para estudar.
Companhia: O homem comprou um livro com a mulher.
Lugar: O homem comprou um livro na livraria.
Dúvida: O homem provavelmente comprou um livro.
Afirmação: O homem certamente comprou um livro.
Tempo: O homem comprou um livro ontem.
Assunto: O homem comprou um livro sobre política.
Meio: O homem foi de carro comprar um livro.
Condição: Se o homem não comprar o livro, ele levará uma bronca.
Conformidade: O homem comprou o livro conforme as recomendações.
Instrumento: O homem comprou o livro com cartão de crédito.
Seu objetivo: aprender a diferenciar o Adjunto Adnominal do Complemento Nominal.
É comum termos confusão com Adjunto Adnominal e Complemento Nominal. Vamos,
primeiramente, relembrar as definições de cada um:
Complemento Nominal: é o termo que completa o sentido dos substantivos abstratos, dos
adjetivos e dos advérbios.
Adjunto Adnominal: é o termo acessório que está ligado a um substantivo.
1ª Diferença: termo acessório x complemento
Observe que o adjunto adnominal é um termo acessório (que enfeita a oração) que se liga a um
substantivo (concreto ou abstrato), enquanto que o complemento nominal é um termo que completa
o sentido do substantivo abstrato. Portanto, o adjunto adnominal apenas “enfeita” a oração e pode
ser omitido sem dar problema de sentido, enquanto que o complemento nominal é fundamental para
a oração (a oração não pode ficar sem o complemento nominal, já que ele completa o seu sentido).
Exemplo 1: “Vendemos cadeiras de madeira”. A expressão “de madeira” é um termo que está
ligado à palavra “cadeiras”, um substantivo concreto. Porém, nós podemos ignorar “de madeira” sem
interferir no sentido da oração e ficamos com: “vendemos cadeiras”. Portanto, “de madeira” é um
termo acessório (pode ser excluído da oração) e, por isso, é um adjunto adnominal.
Exemplo 2: “Temos certeza da vitória”. A expressão “da vitória” é um termo que está ligado à
palavra “certeza”, um substantivo abstrato. Se essa expressão for ignorada da oração, ficamos com:
“temos certeza”. A oração ficou incompleta (é preciso dizer o que se tem certeza). Portanto, “da
vitória” é um termo que completa o sentido da palavra “certeza” e, portanto, não pode ser ignorada.
Logo, “de vitória” não é adjunto, mas sim é um complemento. Portanto “de vitória” é um Complemento
Nominal.
2ª Diferença: concreto x abstrato
O complemento nominal completa o sentido de substantivos abstratos. Portanto, se o substantivo
for concreto, então o termo ligado a ele só poderá ser um adjunto adnominal.
Exemplo: Comprei um relógio de prata. Como “relógio” é um substantivo concreto, então a
expressão “de prata” não pode ser complemento nominal. Logo, “de prata” é um adjunto adnominal.
Se essas diferenças não ajudarem a indicar se o termo é um complemento ou um adjunto, então
teste a terceira diferença:
3ª Diferença: passivo x ativo
O complemento nominal é passivo, enquanto que o adjunto adnominal é ativo.
Exemplo 1: A invenção do avião surpreendeu o mundo inteiro. Sabemos que o avião foi
inventado (recebeu a ação: é passivo). O avião não inventou nada, mas sim foi inventado. Então, “do
avião” é um complemento nominal (expressa passividade, recebimento de ação).
Exemplo 2: A invenção de Santos Dumont surpreendeu o mundo inteiro. Santos Dumont
inventou (realizou a ação). Então, “de Santos Dumont” é um adjunto adnominal (expressa ação).
Exemplo 3: A organização dos relatórios é importante. Qual é o certo: “os relatórios organizam”
(ativo) ou “os relatórios são organizados” (passivo)? Resposta: “os relatórios são organizados”
(passivo). Portanto, “dos relatórios” é um complemento nominal.
Exemplo 4: Maria tem amor de mãe. Qual é o certo: “a mãe ama” (ativo) ou “a mãe é amada”
(passivo)? Resposta: “a mãe ama” (amor “de mãe” significa que a mãe ama, não que a mãe é
amada). Logo, pelo caráter ativo, “de mãe” é um adjunto adnominal.
Seu objetivo: entender o que é um predicativo e também os seus tipos.
Antes de entender o que é predicativo, você precisa entender o que é um verbo de ligação.
Verbo de Ligação: é o verbo que não expressa ação, mas sim um estado (uma característica) ou
então uma mudança de estado. Exemplos: ser, estar, continuar, permanecer.
Exemplo1 : “Eu sou bonito”. “Ser bonito” não é ação, mas sim é um estado. Ninguém pratica a
ação de “ser bonito”. Portanto, o verbo “ser” é um verbo de ligação
Exemplo 2: “Sandra continua cansada”. A palavra “continua” também está expressando um
estado: o estado de “cansaço”. Veja que os verbos de ligação geralmente podem ser substituídos
pelos verbos “ser” ou “estar” sem deixar a oração estranha. Veja: “Sandra está cansada”, “Sandra é
cansada”.
Predicativo: é o complemento que aparece depois do verbo de ligação e, por conta disso, atribui
um estado, uma característica ou uma qualidade ao sujeito ou ao objeto.
Exemplo 1: “Eu sou bonito”. A palavra “bonito” não é objeto direto, mas sim é um predicativo,
porque ele está aparecendo depois do verbo “ser”, que é um verbo de ligação. Portanto, “bonito” está
atribuindo uma característica ao sujeito (eu).
Observação: Se depois do sujeito viesse um verbo que não fosse de ligação, então o
complemento seria um objeto. Exemplo: “Eu comprei um sapato”. O termo “um sapato” é objeto e o
verbo “comprar” é transitivo direto.
Exemplo 2: “Sandra continua cansada”. A palavra “cansada” está atribuindo um estado ou uma
característica ao sujeito (Sandra) por intermédio do verbo de ligação (continua). Logo, “cansada” é
um predicativo.
Perceba que em cada um desses exemplos anteriores o predicativo, por intermédio de um verbo
de ligação, atribuiu uma característica ao sujeito da oração (“eu” no primeiro exemplo e “Sandra” no
segundo exemplo). Então, esse tipo de predicativo é chamado de predicativo do sujeito.
Predicativo do Sujeito: é o predicativo que atribui ao sujeito um estado ou uma característica por
intermédio do verbo de ligação (veja os exemplos anteriores).
Predicativo do Sujeito x Objeto: Como você já viu, o predicativo do sujeito aparece depois de
um verbo de ligação, enquanto que o objeto aparece depois de um verbo transitivo (objeto direto
para o verbo transitivo direto e objeto indireto para o verbo transitivo indireto). O verbo de ligação
expressa uma qualidade ou um estado. Já o verbo transitivo expressa uma ação.
Agora, o predicativo também pode atribuir um estado ou uma característica aos objetos. Porém,
quando isso acontece, o verbo de ligação fica implícito (não aparece). O verbo que aparece na
oração é o verbo transitivo do objeto.
Exemplo 1: “Fábio xingou José de chato”. O sujeito é “Fábio”, o verbo “xingar” é transitivo direto
e “ José” é objeto direto. O termo “de chato” é um termo que dá ao objeto (José) uma característica,
uma qualidade, como se estivéssemos dizendo que “José é chato”. Ou seja: o verbo de ligação “é”
fica implícito, não aparece na oração original. Fábio xingou José de chato (José é chato).
Exemplo 2: “Eu o considero uma pessoa sábia”. O sujeito é o pronome “eu”, o verbo é
“considero” (transitivo direto) e o objeto direto é “o”. O termo “uma pessoa sábia” está atribuindo uma
característica (sábia) ao objeto direto. Então, “uma pessoa sábia” é o predicativo do objeto. É como
dizer “eu considero ele uma pessoa sábia”. Implicitamente, temos a ideia de que “ele é uma pessoa
sábia” (só que “ele” é representado pelo “o”).
Predicativo do Objeto: é o termo que atribui uma característica ou uma qualidade ao objeto da
oração sem o verbo de ligação aparecer. O verbo de ligação, nesse caso, fica implícito (veja os
exemplos anteriores).
Seu objetivo: saber diferenciar o predicativo do objeto do adjunto adnominal e do complemento
nominal.
Você já viu a diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal em outra postagem. Você
viu que para diferenciar os dois você precisa analisar três fatores: termo acessório x
complemento, concreto x abstrato e passivo x ativo. Clique aqui caso queira rever isso novamente.
Agora, vamos diferenciar cada um deles do predicativo do objeto.
Predicativo do Objeto x Adjunto Adnominal
O adjunto adnominal é um termo acessório, ou seja: que “enfeita” a oração dando uma
característica a mais (relembre a postagem sobre adjunto adnominal clicando aqui). Logo, o adjunto
adnominal (assim como o adjunto adverbial) pode ser retirado da oração sem prejudicar o sentido
original. Já o predicativo do objeto não é um termo acessório: ele não pode ser retirado da oração
porque ela precisa dele para ter sentido.
Exemplo 1: “Eu considero o curso excelente”. O sujeito é o pronome “eu”, o verbo “considerar” é
transitivo direto e o termo “o curso” é o seu objeto direto. Se eu tirar “excelente” da oração, então ela
ficará incompleta: “eu considero o curso...”. Logo, “excelente” não pode ser adjunto, porque a oração
precisa desse termo para poder ter sentido. Portanto, “excelente” só pode ser predicativo do objeto,
pois a oração precisa de “excelente” para poder ter sentido e “excelente” dá um característica ao
objeto “o curso” (o curso é excelente).
Exemplo 2: “Eu considero o curso de inglês excelente”. Esse exemplo é igual ao anterior, sendo
que nós acrescentamos o termo “de inglês”. Se tirarmos o termo “de inglês”, ficamos com: “eu
considero o curso excelente”. Ou seja: a oração continua fazendo sentido; o sentido original não foi
afetado. Logo, o termo “de inglês” é um termo acessório, que pode ser retirado da oração sem causar
prejuízo. Portanto, “de inglês” é um adjunto adnominal.
Predicativo do Objeto x Complemento Nominal
A diferença entre os dois é que o predicativo do objeto dá uma característica ao objeto, do tipo “o
objeto é + predicativo do objeto”. O complemento nominal completa o sentido do objeto.
Exemplo 1: “Eu considero o curso excelente”. O sujeito é o pronome “eu”, o verbo “considero” é
transitivo direto e “o curso” é o objeto. O termo “excelente” caracteriza o objeto “o curso” (o curso é
excelente). Logo, “excelente” é o predicativo do objeto.
Exemplo 2: “Nós temos necessidade de água”. O sujeito é o pronome “nós”, o verbo “temos” é
transitivo direto e “necessidade” é o objeto. O termo “de água” completa o sentido do objeto,
respondendo a pergunta “necessidade de quê?”.
Seu objetivo: entender o que é aposto (e seus tipos) e entender o que é vocativo.
Aposto: é uma expressão que esclarece o sentido de algum termo que apareceu anteriormente,
ou então retoma os termos anteriores resumindo-os numa única expressão. O aposto geralmente
aparece entre vírgulas ou depois de dois-pontos.
Exemplo 1: “Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, fica às margens do rio Guaíba”. A
expressão que está entre vírgulas esclarece o termo anterior (Porto Alegre), dando um detalhe a
mais, acrescentando uma nova informação que tem o caráter explicativo (é um aposto explicativo).
Exemplo 2: “Ele só queria saber de uma coisa: férias”. A palavra “férias”, que aparece depois dos
dois-pontos, tem o sentido explicativo, ou seja: é um termo que explica o sentido do que foi dito
anteriormente. Logo, é um aposto explicativo.
Exemplo 3: “Ele foi à papelaria e comprou: lápis, borracha, papel, apontador e caneta”. Tudo
o que aparece depois dos dois-pontos tem o objetivo de explicar o que foi dito anteriormente. Porém,
essa explicação é na forma de enumeração de termos. Então, é um aposto enumerativo.
Exemplo 4: “Chocolate, bombom, doces, salgadinhos, enfim, tudo isso engorda”. A expressão
“tudo isso” resume tudo o que foi dito anteriormente, resumindo todos os termos anteriores numa
expressão só. Logo, é um aposto resumitivo.
Aposto Especificativo: também chamado de “apelativo” ou “denominativo”, é o tipo de aposto
que não aparece entre vírgulas e é muito parecido com o adjunto adnominal. A diferença é que o
aposto especificativo especifica o nome de algo ou de alguém.
Exemplo 1: “A cidade do Rio de Janeiro é boa”. Nesse caso, a expressão “do Rio de janeiro”
está indicando o nome da cidade. Logo, é um aposto especificativo.
Exemplo 2: “O clima do Rio de Janeiro é bom”. Nesse caso, a expressão “do Rio de Janeiro”
não é o nome do “clima”. Portanto, “do Rio de Janeiro” não é aposto, mas sim é um adjunto
adnominal.
Vocativo: é o termo que indica um “chamamento”, ou seja, se refere à pessoa com que se fala e
sempre aparece com vírgula.
Exemplo 1: “João, sente-se aqui”. Alguém está se dirigindo ao João. Logo, João é o vocativo
(observe que usamos vírgula).
Exemplo 2: “É você que está aí, Ronaldo?” Alguém está se dirigindo ao Ronaldo, fazendo uma
pergunta a ele. Logo, Ronaldo é o vocativo (veja que ele aparece depois da vírgula).
Exemplo 3: “Veja, minha linda, como a lua está bonita!”. Alguém está falando com a “minha
linda”. Logo, “minha linda” (entre vírgulas) é um vocativo. Cuidado para não confundir com o aposto
(que também aparece entre vírgulas).
Predicado: é tudo o que é falado do sujeito. Portanto, é o que sobra na oração se tirando o sujeito
(para sobrar o que se fala sobre o sujeito) e o vocativo (porque o vocativo não faz parte do predicado).
Exemplo 1: “Eu comprei dois livros”. Tirando-se o sujeito (eu), sobra o predicado: “comprei dois
livros”.
Exemplo 2: “Roberto, eu comprei dois livros”. Tirando-se o sujeito (eu) e o vocativo (Roberto),
sobra o predicado: “comprei dois livros para você”.
Antes que você pergunte: predicado é diferente de predicativo. Apesar de as duas palavras serem
parecidas, os conceitos são bem diferentes. Você precisa saber o que é predicativo para entender
melhor o predicado.
Existem três tipos de predicado: predicado verbal, predicado nominal e predicado verbo-nominal.
Predicado Verbal: é aquele que expressa somente ação. Isso significa que o verbo do predicado
precisa ser transitivo (não pode ser verbo de ligação). Logo, a oração não tem nenhum tipo de
predicativo (porque o predicativo não expressa ação, mas sim estado ou característica).
Exemplo: João viajou para Paris. O predicado é: “viajou para Paris”. Como o verbo é transitivo
(viajou) e a oração apenas expressa ação, o predicado é verbal.
Predicado Nominal: é aquele que não expressa ação, mas sim somente estado ou característica.
Isso significa que o verbo do predicado precisa ser um verbo de ligação (indica estado). Então, isso
significa que o predicado nominal ocorre sempre quando a oração possuir predicativo do sujeito.
Como o verbo não pode ser transitivo, a oração não terá objeto e, por isso, também não pode
ter predicativo do objeto. Resumindo: o predicado nominal ocorre quando a oração possui predicativo
do sujeito.
Exemplo: João está cansado. O predicado é “está cansado”. Como ele indica estado, então o
predicado é nominal. Veja que o verbo (está) é um verbo de ligação e que “cansado” é o predicativo
do sujeito. Ou seja: a oração só expressa estado ou característica (ela não expressa ação; “estar
cansado” não é ação, mas sim um estado, uma característica).
Predicado Verbo-Nominal: é aquele que expressa ação e estado ao mesmo tempo. Logo, a
oração precisa ter um verbo transitivo (para indicar ação) e também algum predicativo (para
expressar estado), que pode ser predicativo do sujeito ou do objeto.
Exemplo 1: “João chegou cansado”. Essa oração expressa ação (“João chegou”) e expressa
estado (“João estava cansado”). Logo, o predicado “chegou cansado” é um predicado verbo-nominal.
Observe que “cansado” é o predicativo do sujeito (expressa o estado).
Exemplo 2: “Eu considero este livro interessante”. Essa oração expressa ação (eu considero) e
expressa estado ou característica (o livro é interessante). Logo, o predicado “considero esse livro
interessante” é um predicado verbo-nominal (indica a ação de “considerar” e a característica de o
livro ser interessante).
Oração Coordenada: é a oração que não depende de outra para poder ser entendida. Ou seja: é
uma oração independente.
Exemplo 1: “Acordei cedo hoje”. Essa é uma oração coordenada porque não depende de outra para
ser entendida. Não precisamos de outra oração para entender que o sujeito acordou cedo.
Exemplo 2: “Acordei cedo, arrumei a cama, tomei café”. Esse é um período composto por três
orações coordenadas. A primeira oração é “acordei cedo”, a segunda oração é “arrumei a cama” e a
terceira oração é “tomei café”. Uma independe da outra para ser entendida. Por exemplo: ao ler
“tomei café”, não precisamos saber que o sujeito acordou cedo e arrumou a cama para entendermos
que ele tomou café.
Agora, vamos ver os tipos de orações coordenadas. Primeiramente, as orações coordenadas podem
ser divididas em dois grupos: orações coordenadas assindéticas e orações coordenadas sindéticas.
Oração Coordenada Assindética (OCA): é aquela que não usa elemento de conexão para se ligar
a outra oração coordenada.
Exemplo: “Roberto chegou ao apartamento, ligou a televisão, trocou de canal, adormeceu”. Veja que
esse período é composto por orações coordenadas assindéticas porque elas não são ligadas por
nenhum elemento conector. Elas estão separadas pelas vírgulas.
Oração Coordenada Sindética (OCS): é aquela que se conecta a outra oração por meio de um
elemento de conexão.
Exemplo: “Roberto chegou ao apartamento e ligou a televisão”. Observe que esse período é
composto por duas orações coordenadas que estão ligadas pela conjunção “e”, que é um elemento
de conexão entre as duas orações.
As orações coordenadas sindéticas são classificadas conforme a característica do elemento de
conexão que as conectam. Na próxima postagem, nós vamos falar a respeito da classificação das
orações coordenadas sindéticas.
Seu objetivo: entender os tipos de orações coordenadas sindéticas.
No artigo anterior, você viu que a oração coordenada sindética é aquela que se conecta a outra
oração por meio de um elemento de conexão. Vamos ver, agora, a sua classificação:
OCS Aditiva: o elemento de conexão expressa acréscimo.
Exemplo: “Corrigiu as provas e foi dormir”. Nessa oração, o elemento de conexão “e” faz a segunda
oração se acrescentar à primeira, do tipo “corrigir + dormir”.
Exemplos de conectores aditivos: e, mas também, como também.
OCS Explicativa: o elemento de conexão expressa explicação.
Exemplo: “João caiu no chão porque ele se desequilibrou”. O conectivo “porque” faz a segunda
oração explicar a primeira.
Exemplos de conectores explicativos: pois, tendo em vista que, já que, visto que, pelo fato de,
que, porquanto.
Antes que você pergunte: as duas orações continuam sendo coordenadas, ou seja: independentes.
A primeira diz que João caiu e a segunda diz que João tropeçou. Essas duas orações podem ser
entendidas separadamente.
OCS Adversativa: o elemento de conexão expressa uma oposição entre ideias.
Exemplo: “Frederico lavou o carro, mas o carro continuou sujo”.
Exemplos de conectores explicativos: porém, entretanto, no entanto, contudo, todavia.
Observação: um mesmo elemento conector pode expressar mais de uma circunstância. Exemplo:
“Rafaela não só escreveu o trabalho, como também organizou a apresentação”. O conector “mas”,
nesse período, não está ligando ideias opostas, mas sim está fazendo um acréscimo de ações do
tipo “escreveu o trabalho + organizou a apresentação”. Portanto, nesse caso, a conjunção “mas” é
um conector aditivo. Sendo assim, sempre fique atento ao sentido que os conectores dão às orações.
OCS Conclusiva: o elemento de conexão expressa conclusão.
Exemplo: “Eu estudei muito, então eu devo tirar uma boa nota na prova”.
Exemplos de conectores conclusivos: logo, portanto, sendo assim.
OCS Alternativa: os elementos conectores expressam alternância ou opção de escolha.
Exemplo 1 (alternância): “Ora você grita, ora você se cala”.
Exemplo 2 (opção de escolha): “Ou eu assisto ao filme, ou eu assisto ao jornal”.
Exemplos de conectores alternativos: ora... ora, quer... quer, ou... ou.
Seu objetivo: entender o conceito de oração coordenada e sua classificação.
Oração Subordinada: é aquela que funciona como termo sintático de outra oração (que é chamada
de principal). Sendo assim, ela é classificada de acordo com a função sintática que ela desempenha
na oração principal.
Observação: você só vai conseguir entender esse assunto se você entendeu os assuntos do Módulo
I. Afinal, a classificação das orações subordinadas funciona de acordo com os assuntos do Módulo
I.
Exemplo 1: Na oração “eu necessito de sua ajuda”, o termo “de sua ajuda” é o objeto indireto da
oração. Agora, se eu transformar esse objeto indireto numa outra oração, essa nova oração estará
funcionando como o objeto indireto da primeira oração. Veja: “eu necessito que você me ajude”.
Agora, com dois verbos, nós temos duas orações: “eu necessito” (o verbo é “necessito”) e “que você
me ajude” (o verbo é “me ajude”, verbo pronominal). A segunda oração (que você me ajude) funciona
como o objeto indireto da primeira (eu necessito). Logo, a primeira oração (eu necessito) é
chamada de oração principal e a segunda oração (que você me ajude) é a oração subordinada.
Exemplo 2: Na oração “Roberto foi trabalhar pela manhã”, a expressão “pela manhã” é um adjunto
adverbial temporal. Se eu trocar esse adjunto adverbial por uma oração, então essa nova oração
estará subordinada à primeira oração. Veja: “Roberto foi trabalhar quando o dia nasceu”. A oração
“quando o dia nasceu” está funcionando como adjunto adverbial temporal da oração “Roberto foi
trabalhar”. Então a segunda oração (quando o dia nasceu) está subordinada à oração principal
(Roberto foi trabalhar).
Classificação das Orações Subordinadas: as orações subordinadas se classificam de acordo com
as funções que eles desempenham na oração principal.Orações Subordinadas Substantivas: são
aquelas que completam o sentido dos outros termos da função principal, funcionando como
substantivos. Podem fazer o papel do sujeito, dos objetos, do complemento nominal, do predicativo,
do aposto ou do agente da passiva de uma oração principal.
Orações Subordinadas Adjetivas: são aquelas que funcionam como adjuntos adnominais da
oração principal.
Orações Subordinadas Adverbiais: são aquelas que funcionam como adjuntos adverbiais da
oração principal.
Seu objetivo: entender os tipos de orações subordinadas substantivas.
Orações Subordinadas Substantivas (OSS): são aquelas que funcionam como sujeito, objeto,
complemento nominal, predicativo ou aposto da oração principal. Elas recebem o nome de acordo
com uma dessas funções sintáticas.
OSS Subjetiva: é aquela que funciona como sujeito da oração principal.
Exemplo: Na oração “Jarbas fará a prova de novo”, o sujeito é “Jarbas”. Se eu trocá-lo por uma
oração (acrescentar mais um verbo), então a nova oração será o sujeito da primeira oração. Veja:
“Quem tirou nota ruim no primeiro bimestre fará a prova de novo”. A oração “quem tirou nota ruim
no primeiro bimestre” está funcionando como o sujeito da oração “fará a prova de novo” (o novo
verbo é “tirou”). Então, a oração “quem tirou nota ruim no primeiro bimestre” é uma oração
subordinada substantiva subjetiva.
Outro Exemplo: É necessário que você compre um presente para a sua sogra. A oração sublinhada
está funcionando como o sujeito da oração principal (“isso é necessário”).
OSS Objetiva Direta: é aquela que funciona como objeto direto da oração principal.
Exemplo: “Eu estou vendo o cachorro perto do meu pé”. A expressão “o cachorro” é um objeto direto.
Se no lugar dele nós tivermos uma oração, então essa oração será uma oração subordinada
substantiva objetiva direta. Veja: “eu estou vendo que o cachorro está mordendo o meu sapato”.
OSS Objetiva Indireta: é aquela que funciona como objeto indireto da oração principal.
Exemplo: “Eu preciso que você me ajude”. A oração “que você me ajude” está funcionando como
objeto indireto da oração principal. Portanto, “que você me ajude” é uma oração subordinada
substantiva objetiva indireta.
OSS Completiva Nominal: é aquela que funciona como complemento nominal da oração principal.
Exemplo: “Ele tem medo que a sogra descubra o seu segredo”. A expressão “que a sogra
descubra o seu segredo” é um complemento nominal (completa o sentido de “medo”). Logo, é
uma oração subordinada substantiva completiva nominal.
OSS Predicativa: é aquela que funciona como o predicativo da oração principal.
Exemplo: “A regra do jogo é que você não pode me vencer”. A expressão “que você não pode me
vencer” está funcionando como predicativo (observe o verbo de ligação). Então, essa oração é uma
oração subordinada substantiva predicativa.
OSS Apositiva: é aquela que funciona como aposto da oração principal.
Exemplo: “Só sei de uma coisa: que o Flamengo vai ganhar do Fluminense”. A expressão que
aparece depois dos dois-pontos está funcionando como aposto e é uma oração. Logo, a expressão
“que o Flamengo vai ganhar do Fluminense”, além de ser uma grande verdade, é uma oração
subordinada substantiva apositiva.
Seu objetivo: entender os tipos de orações subordinadas adjetivas.
Orações Subordinadas Adjetivas: são aquelas que funcionam como adjunto adnominal da oração
principal.
Exemplo: “A manteiga sobre a mesa está vencida”. A expressão “sobre a mesa” é um adjunto
adnominal, ou seja: é um termo acessório. Se você retirá-lo da oração, você continuará entendendo
a mensagem principal: “a manteiga está vencida”. Agora, se eu trocar “sobre a mesa” por uma oração
qualquer, então essa oração será uma oração subordinada adjetiva, já que ela passará a funcionar
como adjunto adnominal. Ela poderia ser: “a manteiga que você está comendo agora está
vencida”. A oração “que você está comendo agora” está funcionando como um adjunto adnominal
da oração principal. Logo, “que você está comendo agora” é uma oração subordinada adjetiva.
As orações subordinadas adjetivas podem ser classificadas como restritivas ou explicativas.
OSA Restritiva: é aquela que restringe o sentido e, portanto, não vem separada por vírgula e por
nenhum outro sinal de pontuação (ela se liga diretamente à oração principal).
Exemplo 1: “Estudei numa escola de muros azuis”. A expressão “de muros azuis” é um adjunto
adnominal. Se eu usar uma oração no lugar da expressão “de muros azuis”, então essa oração será
do tipo subordinada adjetiva, como por exemplo: “estudei numa escola que tinha muros azuis”.
Como a oração restringe o sentido da escola (ou seja: eu não estudei em qualquer escola, eu estudei
especificamente na escola que tinha muros azuis), essa oração será subordinada adjetiva restritiva.
Exemplo 2: “O cachorro comeu o trabalho que João fez”. A expressão “que João fez” funciona como
um adjunto adnominal e restringe o sentido da oração principal: o cachorro comeu especificamente
o trabalho que o João fez; não foi qualquer outro trabalho. Então, a oração “que João fez” é
uma oração subordinada adjetiva restritiva.
Exemplo 3: “A caneta que você me vendeu está sem tinta, seu desgraçado”. A expressão “que
você me vendeu” é uma oração subordinada adjetiva restritiva (seguindo a explicação dos exemplos
anteriores).
OSA Explicativa: é aquela que explica algum termo que foi usado antes e, por isso, vem separada
por vírgula (ou parênteses, ou travessão).
Exemplo: “O cachorro, que é considerado o melhor amigo do homem, mordeu de novo o pé de
Jarbas”. A expressão “que é considerado o melhor amigo do homem” explica o termo anterior
(“cachorro”), funcionando como adjunto adnominal. Portanto, essa oração é uma oração subordinada
adjetiva explicativa, já que todo cachorro é considerado o melhor amigo do homem. Veja que, por
isso, a oração aparece entre vírgulas.
Importante: o principal aspecto na questão da classificação das orações subordinadas adjetivas é
interpretar o impacto da ausência ou da presença de pontuação no sentido da oração. Se a oração
substantiva adjetiva não for pontuada, então ela será explicativa. Caso contrário, ela será restritiva.
Exemplo 1: “Os alunos que fizeram bagunça na aula foram reprovados”. A oração não está
destacada por vírgulas ou por outro tipo de pontuação. Então ela é uma oração subordinada adjetiva
restritiva. Isso significa dizer que ela restringe o sentido da oração principal, ou seja: estou dizendo
que quem foi reprovado foram os alunos que fizeram bagunça.
Exemplo 2: “Os alunos, que fizeram bagunça na aula, foram reprovados”. Agora, com o uso da
vírgula, a oração é classificada como subordinada adjetiva explicativa. Isso quer dizer que todos os
alunos fizeram bagunça e que todos os alunos foram reprovados.
Exemplo 3: “Os candidatos que foram aprovados serão entrevistados”. A oração substantiva
adjetiva é restritiva (não usa vírgula), portanto entendemos que somente os candidatos aprovados
serão entrevistados.
Exemplo 4: “Os candidatos, que foram aprovados, serão entrevistados”. A oração substantiva
adjetiva é explicativa (usa vírgula), portanto entendemos que todos os candidatos foram aprovados
e todos os candidatos serão entrevistados.
Seu objetivo: entender os tipos de orações subordinadas adverbiais.
Orações Subordinadas Adverbiais: são aquelas que funcionam como adjunto adverbial da oração
principal.
Exemplo: “Eu fui ao cinema ontem”. A palavra “ontem” é um adjunto adverbial temporal. Se no lugar
de “ontem” eu puser uma oração, então essa nova oração será classificada como oração
subordinada adverbial. Poderia ser: “eu fui ao cinema quando anoiteceu”.
As orações subordinadas adverbiais são classificadas conforme as circunstâncias que elas
expressam: tempo, espaço, comparação, causa, consequência, etc. Elas recebem o nome de acordo
com o tipo de circunstância expressada.
Temporal: expressa ideia de tempo.
Exemplo: “João comprou um iate assim que ele ficou rico”.
Conjunções típicas: quando, depois que, antes que, logo que.
Causal: expressa a causa de algum fato.
Exemplo: “Como o sol está forte, você deve levar protetor”.
Conjunções típicas: já que, uma vez que, como.
Concessiva: expressa um fato que não altera outro fato apesar de ter potencial para alterá-lo.
Exemplo: “Mesmo que o chefe apareça no escritório, João vai continuar dormindo no trabalho”.
Conjunções típicas: apesar de, embora, mesmo que, ainda que.
Conformativa: expressa a ideia de conformidade, de agir de acordo ou agir conforme.
Exemplo: Falei conforme me mandaram falar.
Conjunções típicas: conforme, segundo, consoante, de acordo com, como.
Condicional: expressa condição.
Exemplo: “Eu só vou embora se o chefe me mandar sair”.
Conjunções típicas: se, caso.
Consecutiva: expressa uma consequência.
Exemplo: “Gritou tanto que ficou rouco”.
Conjunções típicas: tanto, tal que, tão...que, tamanho...que.
Proporcional: expressa proporção.
Exemplo: “Quanto mais você trabalha aqui, mais você ganha dinheiro”.
Conjunções típicas: à medida que, à proporção que, quanto mais...mais, quanto menos...menos.
Final: expressa finalidade.
Exemplo: “Abriu a porta para que Antônio pudesse entrar”.
Conjunções típicas: a fim de que, para que.
Comparativa: estabelece uma comparação.
Exemplo: “Ele é mais rico do que eu”.
Conjunções típicas: do que, que, como.
Seu objetivo: entender como as orações subordinadas podem ser reduzidas.Observação: para
entender esse assunto, você precisa saber as formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e
particípio).
As orações subordinadas são introduzidas na oração principal por meio de um elemento conector
que as ligam à oração principal. Porém, as orações subordinadas podem aparecer sem esse
conector. Veja o exemplo abaixo:
Exemplo: “É fundamental que você fale a verdade”. A oração subordinada começa com o conector
“que”. Você pode tirar o “que” e reduzir o tamanho da oração escrevendo o seguinte: “é
fundamental você falar a verdade”. Veja que o verbo se transformou (“fale” se transformou em
“falar”, indo para a forma infinitiva). Sempre que você tirar o elemento conector, o verbo se
transformará no infinitivo, no gerúndio ou no particípio (formas nominais).
Oração Subordinada Reduzida: ocorre quando retiramos o elemento conector da oração e
mudamos o verbo da oração subordinada para uma das três formas nominais (infinitivo, gerúndio ou
particípio). Então, a nova oração será chamada conforme a forma nominal do novo verbo (reduzida
de infinitivo, reduzida de gerúndio ou reduzida de particípio).
Exemplo 1: “Os estudantes que vieram de Manaus gostaram de Porto Alegre”. A oração “que
vieram de Manaus” é uma oração subordinada adjetiva restritiva. Você pode reescrevê-la da seguinte
maneira: “os estudantes vindos de Manaus gostaram de Porto Alegre”. Agora, a oração
subordinada se transformou numa oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de particípio,
já que o verbo (vieram) se flexionou no particípio (vindos), permitindo a saída da conjunção “que” e
reduzindo, assim, o tamanho da oração.
Exemplo 2: “Quando a aposentadoria chegar, ele vai viajar para Acapulco”. A oração subordinada
é do tipo adverbial temporal. Podemos reduzi-la da seguinte maneira: “Chegando a aposentadoria,
ele vai viajar para Acapulco”. Como o verbo “chegar” se transformou em “chegando” (gerúndio), então
a oração “chegando a aposentadoria” é uma oração subordinada adverbial temporal reduzida de
gerúndio.
Exemplo 3: “É importante que você leia este livro”. A oração subordinada substantiva subjetiva
pode se reduzir do seguinte modo: “é importante ler este livro”. Como o verbo mudou de “leia” para
“ler” (que está no modo infinitivo), então a nova oração será classificada como oração subordinada
subjetiva reduzida de infinitivo.
Seu objetivo: entender o que é radical, vogal temática, tema e afixos.
Observação: É importante que você leia todos os exemplos porque eles foram criados de modo
a evitar confusões e dúvidas futuras.
Hoje nós vamos começar a estudar a estrutura das palavras, ou seja: vamos entender como as
palavras são formadas e criadas. As palavras são formadas por letras e as letras formam sílabas.
Porém, as letras também formam outras estruturas chamadas de morfemas. Vamos, então, estudar
os morfemas.
Radical: é a parte da palavra que guarda o significado original da palavra.
Exemplo 1: Nas palavras FERRO, FERREIRO e FERRUGEM, o termo FERR guarda o
significado original das palavras. Portanto, FERR é o radical.
Exemplo 2: O radical de LINDA é LIND, assim como em LINDÍSSIMA e LINDO. Todas essas
palavras estão associadas ao significado do radical LIND.
Exemplo 3: Na palavra PEDRA, o radical é PEDR (é o termo que guarda o significado da palavra).
Outras palavras que tenham esse radical também estarão associadas a esse
significado: PEDRADA, PEDREIRA. Porém, o radical pode sofrer pequenas variações de uma
palavra para outra. É o caso de PETRIFICAR (o radical mudou de PEDR para PETR).

Vogal temática: ela aparece logo depois do radical desde que a palavra não seja atemática, ou
seja: desde que não seja oxítona ou termine com consoante. Ela pode ser verbal ou nominal. Será
verbal se a palavra for um verbo e será nominal se a palavra for um nome (ou seja: se não for verbo).
Exemplo 1: Na palavra FERRO, o radical é FERR e a vogal temática é O, que aparece logo depois
do radical. Como “ferro” é um nome (não é verbo), então a vogal temática é nominal.
Exemplo 2: Na palavra FERREIRO, o radical é FERR e a vogal temática é E (aparece logo depois
do radical). Como “ferreiro” é um nome (não é verbo), então a vogal temática é nominal.
Exemplo 3: Na palavra CAFEZAL, o radical é CAFE e a vogal temática é A.
Exemplo 4: Na palavra CAFÉ, o radical é CAFE e como a palavra é oxítona (a última sílaba é
tônica) ela não tem vogal temática (só tem radical). Portanto, como CAFÉ não tem vogal temática,
CAFÉ é uma palavra atemática.
Exemplo 5: A palavra BÔNUS termina em consoante, portanto é uma palavra atemática (não tem
vogal temática). Outros exemplos: lápis, fêmur.
Exemplo 6: Na palavra CANTAR, o radical é CANT e a vogal temática é A (aparece logo depois
do radical). Como “cantar” é um verbo, a vogal temática é verbal.
Observação: A vogal temática verbal indica a conjugação do verbo, ou seja: se o verbo é de
primeira conjugação (termina em AR e a vogal temática é o A), segunda conjugação (termina em ER
e a vogal temática é o E) ou de terceira conjugação (termina em IR e a vogal temática é o I).
Exemplo: Em “eles CANTARAM”, o radical do verbo é CANT e a vogal temática é A. Essa vogal
temática indica que o verbo (CANTARAM) é uma conjugação de um verbo (CANTAR) que pertence
à primeira conjugação (CANTAR – termina em AR).
Agora que você entendeu o que é radical e vogal temática, vai ser muito simples entender o que
é tema.
Tema: é simplesmente a união do radical com a vogal temática.
Exemplo: O tema de FERREIRO é FERRE (FERR + E = radical + vogal temática).
Afixos: são elementos que se juntam ao radical e eles podem ser de dois tipos: prefixos
(aparecem antes do radical) e sufixos (aparecem depois do radical).
Exemplo 1: Na palavra BISNETO, o radical é NET e o prefixo é BIS (porque aparece antes do
radical).
Exemplo 2: Na palavra BELEZA, o radical é BEL e o sufixo é EZA. (porque aparece depois do
radical).
REVISÃO
O radical é a parte da palavra responsável pelo seu sgnificado.
A vogal temática é aquela que aparece depois do radical (quando a palavra não varia quanto ao
gênero masculino ou feminino).
O tema é a união do radical com a vogal temática.
Os afixos são elementos que se juntam aos radicais e podem ser prefixos (quando aparecem
antes dos radicais) ou sufixos (quando aparecem depois dos radicais).
Seu objetivo: entender o que é desinência nominal e saber diferenciá-la da vogal temática.
No artigo anterior você aprendeu o que é radical, vogal temática, tema e afixos (ver artigo
anterior). Agora nós vamos continuar o nosso estudo e vamos começar a falar das desinências.
Desinências: podem ser nominais (presentes nos nomes, ou seja: nas palavras que não são
verbos) ou podem ser verbais (presentes nos verbos). Hoje nós vamos falar sobre as desinências
nominais.
Desinência Nominal de Gênero: é o elemento que indicam o gênero (masculino ou feminino) das
palavras. Portanto, essa desinência só existe para indicar quando a palavra é feminina ou masculina.
Logo, se a palavra não tiver variações de gênero (se não tiver uma versão feminina ou uma versão
masculina) então essa palavra não terá desinência nominal de gênero. Tome cuidado para não
confundir essa desinência com vogal temática.
Exemplo 1: Na palavra MENINA, a letra A é uma desinência nominal de gênero que indica que a
palavra MENINA é feminina.
Exemplo 2: Na palavra MENINO, a letra O é uma desinência nominal de gênero que indica que a
palavra MENINO é do gênero masculino.
Exemplo 3: Na palavra MESA, a letra A não é desinência nominal, já que a palavra MESA não
tem a sua versão masculina (não existe “MESO”). A vogal A é apenas uma vogal que se junta ao
radical MES. Portanto, a vogal A é uma vogal temática (como visto no artigo anterior).
Desinência X Vogal Temática: como visto no Exemplo 3 no tópico anterior, palavras que
possuem um único gênero (isto é: só podem ser femininas ou só podem ser masculinas) não terão
desinência nominal de gênero (elas podem ter vogal temática).
Exemplo 1: A palavra POEIRA não tem desinência nominal de gênero porque não existe “POEIRO”.
Essa palavra possui um radical (POEIR) e uma vogal temática (A).
Exemplo 2: A palavra PATO tem desinência nominal do gênero masculino (O) e a palavra PATA
tem desinência nominal do gênero feminino (A). O radical é PAT.
Desinência Nominal de Número: é o elemento que indica o número da palavra, ou seja: indica
se a palavra está no singular ou no plural.
Exemplo 1: Na palavra MENINOS, a letra S indica que a palavra está no plural. Portanto, a letra
S é uma desinência nominal de número.
Exemplo 2: Na palavra MARES, a letra S é uma desinência nominal de número (que indica que
a palavra está no plural). Observe que a letra E é uma vogal temática.
Observação: da mesma forma que existem palavras que não têm desinência nominal de gênero
por não variarem quanto ao gênero (masculino e feminino), existem palavras que não têm desinência
nominal de número por não variarem quanto ao número (só existirem no singular ou no plural).
Exemplo: lápis, ônibus, vírus, pires. Nessas palavras, o “s” não está indicando o plural das palavras
e, por isso, não pode ser desinência nominal de número.
REVISÃO (de tudo o que você viu até agora)
O radical é a parte da palavra responsável pelo seu significado.
A vogal temática é aquela que aparece depois do radical (quando a palavra não varia quanto ao
gênero masculino ou feminino).
O tema é a união do radical com a vogal temática.
Os afixos são elementos que se juntam aos radicais e podem ser prefixos (quando aparecem
antes dos radicais) ou sufixos (quando aparecem depois dos radicais).
A desinência nominal de gênero existe para diferenciar uma palavra masculina da sua versão
feminina (e vice-versa). Para tanto, a palavra precisa ter duas versões (“o cachorro” e “a cachorra”).
Caso contrário (ex: “mesa” – não existe “meso”), não confunda com vogal temática (“mesa” – a letra
“a” é vogal temática).
A desinência nominal de número indica se uma palavra está no plural ou no singular. Exemplo:
pássaros (o “s” é a desinência que indica que a palavra está no plural). Cuidado que algumas
palavras terminam em “s” sem estarem no plural (lápis, ônibus, pires). Nesses casos, o “s” não é
desinência de número.
Seu objetivo: saber identificar a desinência verbal e revisar os verbos.
Desinência Verbal: é o elemento que indica o número, a pessoa, o tempo e o modo da
conjugação do verbo. Portanto, para entender esse assunto, você precisa saber os conceitos básicos
de conjugação verbal.
A desinência verbal pode ser de dois tipos: número-pessoal (indica o número e a pessoa do verbo
conjugado) e modo-temporal (indica o modo e o tempo do verbo conjugado).
Revisão de Verbos: número e pessoa (pule esse tópico se considerá-lo desnecessário)
Os verbos são conjugados de acordo com as pessoas do discurso. “Eu” é a primeira pessoa, “tu”
é a segunda pessoa e “ele” é a terceira pessoa. Essas pessoas podem estar no singular (eu, tu, ele)
ou então no plural (nós, vós, eles). Portanto, temos: primeira pessoa do singular (eu), primeira pessoa
do plural (nós), segunda pessoa do singular (tu), segunda pessoa do plural (vós), terceira pessoa do
singular (ele), terceira pessoa do plural (eles).
Desinência Verbal Número-Pessoal: como foi dito antes, essa desinência indica somente o
número (singular ou plural) e a pessoa (eu, tu ou ele) da conjugação de algum verbo. Ela não indica
qual é o modo nem o tempo (pode ser futuro, presente ou pretérito).
Exemplo: A letra “o” ao final dos verbos indica que o verbo está conjugado na primeira pessoa do
singular (eu): eu canto, eu parto, eu viajo, eu compro, eu vendo, etc. Portanto, essa letra “o” é
uma desinência verbal número-pessoal (indica o número e a pessoa).
A letra “s” ao final dos verbos indica que o verbo está conjugado na segunda pessoa do singular
(tu): tu cantas, tu partes, tu viajas, tu compras, tu vendes, etc. Nesses casos, a letra “s” é uma
desinência verbal número-pessoal.
A desinência “mos” indica a conjugação na primeira pessoa do plural (nós): nós cantamos, nós
partimos, nós viajamos, etc. A desinência “is” indica a conjugação na segunda pessoa do plural
(vós): vós cantais, vós partis, vós viajais, etc. A desinência “m” indica a conjugação na terceira
pessoa do plural (eles): eles cantam, eles vendem, etc.
Observação: a desinência número-pessoal não indica o tempo nem o modo que o verbo está
conjugado.
Exemplo: vimos que a desinência “m” indica que o verbo está sendo conjugado na terceira pessoa
do plural (eles cantam, eles viajam). Isso pode acontecer no tempo presente do modo indicativo (eles
cantam) ou no futuro do pretérito do modo subjuntivo (eles cantariam). Ou seja: o “m” não indica o
tempo nem o modo: só indica que o verbo está sendo conjugado por “eles”, indicando, assim, o
número e a pessoa (terceira pessoa do plural).
Revisão de Verbos: Tempo e Modo (pule esse tópico se considerá-lo desnecessário)
Os verbos, além do número (singular ou plural) e da pessoa (eu, tu, ele), também podem variar
quanto ao tempo ou quanto ao modo. O tempo pode determinar uma ação no futuro (cantarei), no
presente (canto) ou no passado (cantei), sendo que o passado é chamado de “pretérito”. Já o modo
indica o modo em que a ação verbal está sendo executada: pode ser uma ordem ou um pedido no
modo imperativo (canta tu), pode ser uma dúvida (se eu cantar) ou então uma afirmação (eu canto).
Desinência Verbal Modo-Temporal: é a desinência verbal que indica o modo e o tempo da
conjugação do verbo.
Exemplo1: o verbo CANTAVA está conjugado no pretérito imperfeito do modo indicativo e
sabemos disso por causa do VA (desinência que existe nos verbos conjugados no pretérito imperfeito
do modo indicativo). Portanto, o VA é uma desinência verbal que indica que o verbo CANTAR está
conjugado no modo indicativo do pretérito imperfeito (CANTAVA). Entretanto, não é possível saber
o número e a pessoa: “ele cantava” ou “eu cantava”?
Exemplo 2: “Se eu cantar” ou “se ele chegar”: o “r” não indica o número e a pessoa (“eu” ou
“ele”?), mas ele indica a conjugação do verbo no futuro do subjuntivo. Portanto, é uma desinência
verbal modo-temporal.
Vogais e Consoantes de Ligação: são elementos que apenas ligam os morfemas entre si para
facilitar a pronunciada palavra.
Exemplo: gasômetro, pontiagudo, cafezinho,
REVISÃO (de tudo o que você viu até agora)
O radical é a parte da palavra responsável pelo seu significado.
A vogal temática é aquela que aparece depois do radical (quando a palavra não varia quanto ao
gênero masculino ou feminino).
O tema é a união do radical com a vogal temática.
Os afixos são elementos que se juntam aos radicais e podem ser prefixos (quando aparecem
antes dos radicais) ou sufixos (quando aparecem depois dos radicais).
A desinência nominal de gênero existe para diferenciar uma palavra masculina da sua versão
feminina (e vice-versa). Para tanto, a palavra precisa ter duas versões (“o cachorro” e “a cachorra”).
Caso contrário (ex: “mesa” – não existe “meso”), não confunda com vogal temática (“mesa” – a letra
“a” é vogal temática).
A desinência nominal de número indica se uma palavra está no plural ou no singular. Exemplo:
pássaros (o “s” é a desinência que indica que a palavra está no plural). Cuidado que algumas
palavras terminam em “s” sem estarem no plural (lápis, ônibus, pires). Nesses casos, o “s” não é
desinência de número.
A desinência verbal está presente nos verbos e indica o número e a pessoa que eles foram
conjugados (desinência número-pessoal) ou então o modo e o tempo da conjugação (desinência
modo-temporal).
As vogais e consoantes de ligação são elementos que apenas ligam os morfemas entre si para
facilitar a pronunciada palavra. Exemplo: gasômetro.
Seu objetivo: entender todos os processos de formação de palavras.
Formação por Composição: é a formação das palavras compostas, ou seja, das palavras que
possuem mais de um radical (couve-flor, passatempo, beija-flor, etc). A formação da palavra
composta pode ser por justaposição ou por aglutinação.
Composição por Justaposição: a palavra é formada por dois ou mais elementos e não ocorre
alterações na pronúncia. Exemplo: couve-flor (couve + flor), girassol (gira + sol), pé de moleque (pé
+ de + moleque), bem-me-quer (bem + me + quer). Note que, nesses exemplos, não ocorre alteração
na pronúncia dos elementos “somados”.
Composição por Aglutinação: a palavra é formada por dois ou mais radicais e ocorre alterações
na pronúncia. Exemplo: planalto (plano + alto). Note que a pronúncia foi alterada (o “plano” se
aglutinou ao “alto”, formando “planalto”, mudando a pronúncia de “plano”). Outros exemplos: petróleo
(pedra + óleo), cabisbaixo (cabeça + baixo).
Formação por Derivação: é a formação das palavras simples (que possuem apenas um radical).
A Derivação pode ser dos seguintes tipos:
Derivação Prefixal: ocorre com o acréscimo de prefixos à palavra. Exemplo: injustiça (in + justiça),
reescrever (re + escrever).
Derivação Sufixal: ocorre com o acréscimo de sufixos à palavra. Exemplo: lealdade (leal + dade),
principalmente (principal + mente).
Derivação Prefixal e Sufixal: ocorre o acréscimo de prefixo e de sufixo ao mesmo tempo (e se
um dos dois for retirado então uma nova palavra será formada). Exemplo: infelizmente (in + feliz +
mente). Note que, se você tirar somente o prefixo ou somente o sufixo a palavra se transformará em
outra palavra (felizmente, infeliz).
Derivação Parassintética: ocorre o acréscimo de prefixo e de sufixo ao mesmo tempo e a palavra
só existe com os dois ao mesmo tempo. Exemplo: empobrecer (em + pobre + cer). Se tirarmos
apenas o prefixo ou apenas o sufixo a palavra deixa de ter sentido (não existe “empobre” nem
“pobrecer”). Essa é a diferença entre a Derivação Parassintética e a Derivação Prefixal e Sufixal.
Derivação Regressiva: geralmente ocorre quando um verbo se transforma num substantivo.
Exemplos: o canto (de cantar), a dança (de dançar), o nado (de nadar), a venda (de vender).
Outros Processos de Formação de Palavras:
Reduplicação: a palavra é composta por radicais repetidos (ou semelhantes). Exemplo: tico-tico,
tique-taque, papai.
Conversão: de acordo com o contexto, a palavra se converte em outra classe
gramatical. Exemplo: “O nome do meu cachorro é Coragem (substantivo)”, “eu
tenho coragem (adjetivo)”.
Abreviação: a palavra é reduzida a uma ou duas sílabas. Exemplo: foto (de fotografia), moto (de
motocicleta), pneu (de pneumático).
Sigla: a palavra é representada pelas suas iniciais. Exemplo: PSDB (Partido Social Democrata
Brasileiro).
Hibridismo: a palavra é formada por elementos de diferentes origens. Exemplo: Sociologia (latim
e grego), automóvel (grego e latim), burocracia (francês e grego).
Seu objetivo: entender o que é semivogal e o que é ditongo.
Você já sabe que existem dois tipos de letras: as vogais (a,e,i,o,u) e as consoantes (que formam o
resto do alfabeto). Porém, em determinadas situações, uma vogal pode se transformar
numa semivogal. Vamos ver, agora, o que é isso.
Semivogal: é a vogal que tem som de “i” ou de “u” quando ela aparece ao lado de outra vogal numa
mesma palavra (leia isso até entender bem porque esse conceito é muito importante).

Exemplo 1: Na palavra REI, a vogal “I” aparece ao lado da vogal “E”. Então, o “I” é, na verdade, uma
semivogal.
Exemplo 2: Na palavra ÁGUA, a vogal “U” aparece ao lado da vogal “A”. Logo, a vogal “U” é, na
verdade, uma semivogal.
Exemplo 3: Na palavra CAOS, a vogal “O” está ao lado da vogal “A”. Como a vogal “O” tem o som de
“U” (“CAUS”), então a semivogal é a vogal “O”.
Se você realmente entendeu o que é uma semivogal, então o próximo assunto vai ser muito fácil.
Ditongo: é o encontro de uma vogal com uma semivogal na mesma sílaba. Exemplos: rei, água,
céu, boi, pátria, pai, baixo, etc.
Ditongo Crescente: a semivogal aparece antes da vogal. Ex: água.
Ditongo Decrescente: a semivogal aparece depois da vogal. Ex: pai.
Ditongo Nasal: o som passa pelas narinas (e se você tapá-las o som se altera). Ex: mãe
Ditongo Oral: o som não passa pelas narinas (vai direto pela boca). Ex: boi.
Os ditongos orais podem ser fechados (boi, doido) quando o som é fechado (“bôi”, “dôido”) ou abertos
(pai, ideia) quando o som é aberto (“pái”, “idéia”).
Seu objetivo: entender o que é tritongo, hiato, encontros vocálicos, encontros
consonantais, dígrafos e nasalizações.
Vimos que o ditongo é o encontro de uma vogal e de uma semivogal na mesma sílaba. Hoje nós
vamos falar a respeito de outros conceitos importantes e terminar a matéria.
Hiato: é o encontro de duas vogais em sílabas separadas. Ex: saída (sa-í-da), hiato (hi-a-to).
Tritongo: é o encontro entre duas semivogais e uma vogal (a vogal fica entre as duas semivogais).
Ex: Uruguai, Paraguai, saguão.
Encontros Vocálicos: são os encontros de vogais (ou de vogais com semivogais) numa palavra.
Portanto, os ditongos, os tritongos e os hiatos são encontros vocálicos.
Dígrafo: ocorre quando duas letras passam a ter um único fonema. São elas: RR, SS, CH, LH, NH,
GU, QU, SC, XC, SÇ. Ex: carroça, passarinho, chato, alho, foguete, nascer.
Encontros Consonantais: são os encontros entre consoantes numa mesma palavra (na mesma
sílaba ou não). Ex: praia, pneu, advogado, ritmo, digno.
Observação 1: quando a letra X tem som de “CS” (como em “táxi” ou “tórax”) ele também passa a
ser um encontro consonantal.
Observação 2: RR, SS, CH, LH, NH, SC, SÇ, XC não são encontros consonantais, mas sim são
dígrafos.
Nasalizações: as letras M e N nasalizam a letra anterior, alterando, assim, os fonemas, podendo
formar ditongos (encontro entre uma vogal e uma semivogal) ou dígrafos (duas letras formando um
único fonema). Vamos ver, agora, esses dois casos.
Caso 1 – “AM” e “EM”, em final de palavra, formam ditongos. Ex: CANTAVAM (pois se entende
“CANTAVÃU”, com o A nasalizado), BEM (pois se entende “BÊI”, com o E nasalizado).
Caso 2 – “M” e “N” formam dígrafos quando nasalizam a vogal anterior (vogal nasal). Ex: A palavra
TONTO tem cinco letras, porém tem quatro fonemas, porque entendemos “TÕTO”, ou seja: o “N”
nasaliza a vogal “O”. Isso quer dizer que o som de “ON” é um só. Duas letras (ON) com um som (Õ)
formam um dígrafo.
Seu objetivo: estudar a regência verbal dos principais verbos.
Regência Verbal: é o estudo da transitividade verbal. Em outras palavras, a regência verbal ajuda a
descobrir se um verbo é transitivo, intransitivo ou de ligação.
Explicando Melhor: os verbos podem ser transitivos diretos (quando exigem um complemento sem
o uso da preposição), transitivos indiretos (quando exigem um complemento com o uso da
preposição), intransitivos (quando não exigem nenhum complemento) ou podem ser verbos de
ligação (quando expressam estado ao invés de expressarem ação).
Exemplo 1: Comprei um livro. O verbo “comprar” é transitivo porque exige um complemento (“um
livro”) sem o uso de nenhuma preposição.
Exemplo 2: Nós precisamos de livros. O verbo “precisar” é transitivo porque exige um complemento
(“livros”) com o uso de uma preposição (“de”).
Exemplo 3: Joãozinho morreu. O verbo “morrer” é intransitivo porque não precisa de complemento.
Exemplo 4: Joãozinho está feliz. O verbo “estar” é um verbo de ligação porque não expressa ação,
mas sim estado. Outros exemplos de verbos de ligação: “ser”, “permanecer”, “continuar”.
Agora, vamos ver a regência de alguns verbos. Não estranhe porque alguns verbos podem ter
significados que você desconhecia.
Agradar: se o verbo tiver o sentido de “dar agrado”, ele será transitivo indireto. Porém, esse verbo
também pode ter o sentido de “acariciar” e, nesse caso, ele será transitivo direto.
Exemplo 1: A mãe agradou o filho. Nesse caso, o verbo é transitivo indireto (“dar agrado”).
Exemplo 2: A mãe agradou aos cabelos do filho. Nesse caso, o verbo é transitivo direto (a mãe
acariciou os cabelos do filho, ou seja: “fez carinho” nos cabelos).
Aspirar: se significar “inspirar” (ou “cheirar”) o verbo será transitivo direto. Se significar “desejar” (ou
“almejar”), o verbo será transitivo indireto.
Exemplo 1: Ronaldo aspirou o perfume (verbo transitivo direto).
Exemplo 2: Ronaldo aspira ao cargo de diretor (verbo transitivo indireto).
Assistir: se significar “ver” ou “presenciar”, o verbo será transitivo indireto. Se significar “dar
assistência”, o verbo pode ser transitivo direto ou indireto. Se significar “morar”, será intransitivo,
porém exigirá a preposição “em” para o adjunto adverbial de lugar. Se significar “caber” (com o
sentido de “competir”), o verbo será transitivo indireto.
Exemplo 1: Joãozinho assistiu ao jogo. Nesse caso, assistir é transitivo indireto porque tem o
mesmo sentido de “ver”.
Exemplo 2: A enfermeira assistiu ao paciente ou a enfermeira assistiu o paciente. Nesse caso,
“assistir” significa “dar assistência” e, portanto, pode ser transitivo direto ou indireto. Tanto faz.
Exemplo 3: Eu assisto em Porto Alegre. Como assistir, nesse caso, tem o mesmo sentido de
“morar”, o verbo é intransitivo e exige a preposição “em” para o adjunto adverbial de lugar (Porto
Alegre).
Exemplo 4: Esse assunto assiste ao João. Nesse caso, assistir tem o mesmo sentido de “competir”
ou de “caber” (esse assunto cabe ou compete ao João). Logo, o verbo é transitivo indireto.
Atender: se esse verbo significar “deferir” (ou seja: “ser favorável”), esse verbo será transitivo direto.
Agora, se “atender” significar “dar atenção”, o verbo pode ser transitivo direto ou indireto.
Exemplo 1: O chefe atendeu o pedido do funcionário. Nesse caso, “atender” significa “ser favorável”
e o verbo é transitivo direto (não há preposição).
Exemplo 2: A recepcionista atendeu ao cliente ou a recepcionista atendeu o cliente. Nesse caso,
“atender” significa “dar atenção” e, portanto, o verbo pode ser transitivo direto ou indireto.
Avisar, informar, certificar, alertar, alarmar, advertir... : esses tipos de verbos são transitivos
diretos e indiretos (em qualquer ordem). Ou seja: eles exigem um objeto direto e outro indireto e
esses objetos podem aparecer em qualquer ordem.
Exemplos: Avisei o João do problema ou avisei ao João o problema. No primeiro exemplo, o objeto
direto apareceu antes do indireto. No segundo, ocorreu o contrário.
Chamar: no sentido de “mandar vir”, será transitivo direto. Porém, no sentido de “dar apelido”, poderá
ser transitivo direto ou indireto.
Exemplo 1: Chamei o João para a festa, mas ele não veio (transitivo direto).
Exemplo 2: Chamei o João de narigudo ou chamei ao João de narigudo (transitivo direto ou
transitivo indireto).
Chegar: o correto é dizer “chegar a” (é errado dizer “chegar em”).
Exemplo 1: Cheguei a casa (é errado dizer “cheguei em casa”).
Exemplo 2: Depois de chegar ao banheiro, ela se maquiou (é errado dizer “chegar no banheiro”).
Exemplo 3: Depois de chegar à mansão, ele foi barrado pelos seguranças (a crase é a união da
preposição “a” com o artigo “a”, como se fosse a “versão feminina” do “ao”, ou seja: depois de chegar
a + a mansão).
Custar: se o verbo significar “valor” (custo), o verbo será intransitivo (o termo que aparece depois é
um adjunto adverbial “de valor” ou “de preço”). Se o verbo tiver o sentido de “dificuldade”, então ele
será transitivo indireto.
Exemplo 1: O livro custa duzentos reais (intransitivo, ou seja: o verbo não precisa de complemento
e “duzentos reais” é um adjunto adverbial “de valor” ou “de preço”).
Exemplo 2: Custou ao aluno encontrar a resposta da questão. Nesse caso, o verbo “custar” tem o
sentido de “dificuldade” (foi difícil ao aluno encontrar a resposta). Logo, o verbo é transitivo indireto.
Observação: o verbo “custar”, no sentido do exemplo 2, deve ser conjugado na terceira pessoa
(custou a ele, custou-lhe, custou a mim, custou-me, custou a nós, custou-nos, custou a eles, etc).
Não podemos dizer “eu custei a encontrar” ou “nós custamos a encontrar”, por exemplo.
Lembrar, Esquecer: esses dois verbos serão transitivos indiretos se forem pronominais. Caso
contrário, eles serão transitivos diretos.
Exemplo: Podemos dizer “João esqueceu a resposta” ou “João se esqueceu da resposta”. Se
usarmos algum pronome (se esqueceu, nos esqueceu, esquecer-te, esquecemo-nos, etc) nós
devemos usar a preposição “de”. Com o verbo lembrar ocorre a mesma coisa (“João lembrou a
resposta” ou “João selembrou da resposta”).
Observação: o verbo “lembrar” também pode ter o mesmo sentido de “avisar”, “informar”, “certificar”
e, nesse sentido, ele segue a regência desses verbos (que já foi vista anteriormente).
Namorar: o verbo “namorar” é transitivo direto.
Exemplo: Pedro namora Paula (é errado dizer “João namora com Paula”).
Obedecer, desobedecer: esses verbos são transitivos indiretos.
Exemplos: Os filhos devem obedecer aos pais. Os alunos não podem desobedecer às regras.
Pagar, perdoar: esses dois verbos exigem dois objetos (um direto e outro indireto). O objeto direto
é usado para a coisa que é pagada (ou perdoada) e o objeto indireto é usado para a pessoa a quem
se paga (ou se perdoa).
Exemplo: Paguei um cachorro-quente ao meu amigo.
Preferir: não podemos usar a expressão “do que” com o verbo “preferir” (mesmo que esse uso seja
comum no dia a dia). Esse verbo é transitivo indireto e exige a preposição “a”.
Exemplos: Prefiro inverno ao verão. Prefiro português à matemática (é errado dizer “prefiro
inverno do que verão” ou “prefiro português do que matemática”).
Querer: no sentido de “desejar algo ou alguém”, será transitivo direto. Porém, esse verbo também
pode ter o sentido de “amar” ou de “gostar”. Nesse sentido, o verbo “querer” será transitivo indireto.
Exemplo 1: Eu quero um computador novo (transitivo direto).
Exemplo 2: Eu quero aos meus irmãos (transitivo indireto, com o sentido de “eu gosto de meus
irmãos” ou “eu amo os meus irmãos”).
Responder: pode ser transitivo indireto se tiver o sentido de “responder a alguma coisa”, pode ser
transitivo direto e indireto se tiver o sentido de “responder alguma coisa a alguém” ou pode ser
transitivo direto se estiver no sentido de “responder a resposta”.
Exemplo 1: Pedro respondeu a todas as questões da prova (transitivo indireto).
Exemplo 2: Pedro respondeu essa pergunta ao amigo (transitivo direto e indireto).
Exemplo 3: Pedro respondeu que não poderá entregar o trabalho (transitivo direto).
Simpatizar: o verbo exige a preposição “com” (transitivo indireto).
Exemplo: João simpatiza com Pedro.
Visar: se tiver o sentido de “mirar” ou de “dar o visto”, o verbo será transitivo direto. Se tiver o sentido
de “desejar”, o verbo poderá ser transitivo direto ou indireto (segundo Celso Cunha), sendo que
outras gramáticas afirmam que o verbo só pode ser transitivo indireto.
Exemplo 1: Eu visei o alvo (eu “mirei” o alvo). Nesse sentido, o verbo é transitivo direto.
Exemplo 2: O funcionário visou os documentos (o funcionário “deu o visto”). Nesse sentido, o verbo
também é transitivo direto.
Exemplo 3: João visa um novo emprego ou João visa ao novo emprego. Segundo Celso Cunha,
“visar” no sentido de “desejar” pode ser transitivo direto ou indireto.
Seu objetivo: estudar os principais casos de concordância verbal.
Concordância Verbal: é a concordância estabelecida entre o verbo e o seu sujeito ou predicativo.
1) Sujeito Composto: com o sujeito composto (aquele que tem mais de um núcleo), a concordância
é feita no plural.
Exemplo: O professor e os alunos estão em férias. Nesse caso, o sujeito é composto (tem dois
núcleos: “professor” e “alunos”) e, portanto, a concordância é feita no plural (estão).
Observação 1: caso o sujeito composto apareça depois do verbo, a concordância, além do plural,
também pode ser por aproximação (o verbo pode concordar com a palavra mais próxima). Exemplos:
“fui eu e ela ao teatro”, “foi ela e eu ao teatro” ou ”fomos eu e ela ao teatro”.
Observação 2: caso o sujeito composto tenha núcleos semelhantes, sinônimos ou em gradação, a
concordância poderá ser no singular. Exemplo: “a alegria e a felicidade faz bem”.
2) “Que”: o verbo concorda com o termo que aparece antes do pronome “que”.
Exemplo: Fui eu que quebrei a janela.
Observação: cuidado para não falar “foi eu que quebrei”. A conjugação correta é “eu fui” (e não “eu
foi”). Portanto, devemos dizer “fui eu”.
3) “Quem”: o verbo poderá concordar com o pronome “quem” ou com o termo que aparece antes
do pronome “quem”.
Exemplos: “fui eu quem quebrou a janela” ou “fui eu quem quebrei a janela”.
4) Verbo “Haver”: o verbo “haver” é invariável se estiver significando “tempo decorrido” ou
“existência”. Nesses caso, ele também é considerado um verbo impessoal.
Exemplo 1: Eu viajei para a Europa há dois anos. Eu viajei para a Europa há um ano. Nesse caso,
o verbo “haver” expressa tempo decorrido e, portanto, permanece invariável (tanto para palavras no
plural quanto para palavras no singular).
Exemplo 2: Há uma pessoa na sala. Há duas pessoas na sala. Nesse caso, o verbo “haver”
expressa existência (existem duas pessoas na sala) e, por isso, permanece invariável,
independentemente se houver apenas uma ou mais pessoas na sala.
Observação: se o verbo “haver” for o verbo principal de uma locução verbal e estiver em um desses
casos de invariabilidade (tempo decorrido ou existência), o verbo auxiliar também será invariável.
Exemplo: “deve haver muitas pessoas na sala”. Nesse caso, o verbo “deve”, que acompanha o verbo
“haver”, também não varia.
5) Verbo “Fazer”: o verbo “fazer” é invariável quando ele indica tempo. Nesse caso, ele é
considerado um verbo impessoal.
Exemplo: Faz um ano que eu viajei. Faz dois anos que eu viajei. Nesses casos, o verbo “fazer”
indica tempo e, por causa disso, permanece no singular (é errado dizer “fazem dois anos”).
Observação: do mesmo modo do verbo “haver”, o verbo “fazer”, se estiver numa locução, também
deixa o verbo auxiliar invariável. Exemplo: “deve fazer vinte dias que eu não viajo”.
6) Verbo “Ser” (tempo ou data): o verbo “ser”, quando for usado para expressar tempo ou data,
deve concordar com o numeral.
Exemplos: É uma hora. São duas horas. Hoje são dois de janeiro.
Observação: para indicar o horário, os verbos “dar”, “bater”, “tocar” e “soar” também concordam com
o numeral. Exemplos: já deram duas horas da tarde. Porém, tome cuidado: “o relógio deu duas
horas” (o sujeito é “o relógio”, logo é errado dizer “o relógio deram duas horas”)
7) Verbo “Ser” (concordância com o predicativo): o verbo “ser” concorda com o predicativo se o
sujeito for os pronomes interrogativos (“quem”, “que”, “qual”) ou então os pronomes “isso”, “isso”,
“aquilo”, “o” ou “tudo”.
Exemplos: Quem era o vendedor? Quem eram os vendedores? Tudo é difícil. Tudo são flores.
Isso éerrado. Isso são casos de polícia.
8) Verbo “Ser” (concordância com o sujeito): se o sujeito do verbo “ser” for um substantivo ou
um pronome pessoal, então o verbo concorda com o sujeito.
Exemplos: Os professores são o segredo daquela escola.
9) Verbo “Ser” (invariável): o verbo “ser” é invariável em expressões do tipo “é pouco”, “é muito”,
“é o suficiente”, “é o preço”, etc.
Exemplos: Gritar com elas é pouco. Seis horas de prova é muito.
10) “Se” (partícula apassivadora): o “se” é uma partícula apassivadora quando ela se liga a um
verbo transitivo direto (verbo que não exige preposição), característica da oração que se encontra
na voz passiva (veja mais sobre vozes verbais clicando aqui). Quando isso acontece, o verbo faz a
concordância normalmente, flexionando-se no singular ou no plural.
Exemplos: Alugam-se apartamentos. Aluga-se apartamento. Observe que o verbo “alugar”
concorda normalmente com “apartamento”, concordando com ele no plural ou no singular.
11) “Se” (índice de indeterminação do sujeito): o “se” é um índice de indeterminação do
sujeitoquando ele se liga a um verbo que não seja transitivo direto. Nesse caso, o verbo não concorda
com ninguém: ele fica invariável, sempre flexionado na terceira pessoa do singular.
Exemplos: Precisa-se de um voluntário. Precisa-se de vários voluntários. Observe que, nesse
caso, o verbo não é transitivo direto (o verbo “precisar” exige a preposição “de”). Portanto, o “se” que
se liga a esse verbo é um índice de indeterminação do sujeito. Logo, o verbo “precisar” permanece
na terceira pessoa do singular (“ele” precisa), independente de “voluntário” estar no singular ou no
plural.
12) Fração: quando o sujeito for expresso por fração, a concordância será feita com o número que
indica a parte inteira da fração.
Exemplos: Um centésimo dos políticos é honesto. Dois centésimos dos políticos são honestos.
13) Porcentagem: a concordância com porcentagens é feita com o termo expresso pela
porcentagem. Caso contrário, a concordância será feita com o número da porcentagem.
Exemplo 1: Noventa por cento da turma está aprovada. Nesse caso, devemos concordar o verbo
com “turma”.
Exemplo 2: Noventa por cento dos alunos estão aprovados. Nesse caso, devemos concordar o
verbo com “alunos”.
Exemplo 3: Noventa por cento estão aprovados. Nesse caso, como não há nenhum termo definido
pela porcentagem, nós devemos fazer a concordância com o número da porcentagem (noventa estão
aprovados).
14) Expressões de dupla concordância: algumas expressões podem ter duas concordâncias (no
singular ou no plural). São elas: a maioria, a minoria, grande parte, a maior parte (e outras expressões
semelhantes a essas).
Exemplo 1: A maioria dos alunos faltou ou a maioria dos alunos faltaram.
Exemplo 2: A maior parte dos políticos é corrupta ou a maior parte dos políticos são corruptos.
Observe que, nesse exemplo, nós devemos escrever “é corrupta” (concordando com “a maior parte”)
ou “são corruptos” (concordando com “políticos”). Na verdade, o mais ideal seria escrever que os
políticos são honestos, mas isso é uma mentira.
15) Expressões Aproximadas: em expressões que expressam aproximações (do tipo “cerca de”,
“perto de”, “mais de”, “menos de”), os verbos concordam com o numeral.
Exemplos: Mais de um aluno reprovou. Mais de dois alunos reprovaram. Cerca
de oitenta pessoas foram à festa.
16) Nomes Próprios no Plural: se um nome próprio aparecer no plural, o verbo concordará no plural
caso esse nome apareça com um artigo no plural.
Exemplo 1: Os Estados Unidos assinaram o novo decreto. Nesse caso, o verbo vai para o plural
por causa do artigo “os” (que está no plural).
Exemplo 2: Estados Unidos fica na América do Norte. Nesse caso, o verbo permanece no singular
porque não foi usado nenhum artigo no plural antes do nome próprio.
Observação 1: o professor Evanildo Bechara considera essa regra facultativa se usarmos o verbo
“ser” (podemos usar o verbo “ser” tanto no singular quanto no plural, independente de ter artigo ou
não). Portanto, podemos dizer: “Estados Unidos ficam na América do Norte” ou “Estados Unidos fica
na América do Norte”.
Observação 2: em se tratando do nome de alguma obra (livro, pintura, etc), podemos fazer sempre
a concordância no singular por causa da palavra “obra” (que fica omitida). Exemplo: (a obra)
Memórias Póstumas de Brás Cubas marcou a literatura brasileira.
17) Coletivos: a concordância é feita com o coletivo.
Exemplos: O grupo de alunos ficou perdido no passeio. Os grupos de alunos ficaram perdidos no
passeio.
18) Pronome de Tratamento: quando usamos os pronomes de tratamento, o verbo é conjugado na
terceira pessoa (ele).
Exemplos: Vossa Excelência precisa assinar o documento. O senhor pode me dar um
aumento? Você anda muito estressado.
19) Pessoas do Discurso: se as três pessoas do discurso (eu, tu, ele) se misturarem no sujeito, o
verbo concordará com a pessoa mais adiantada (eu = primeira pessoa, tu = segunda pessoa, ele =
terceira pessoa). A primeira pessoa (eu) é mais adiantada que a segunda (tu), que é mais adiantada
que a terceira (ele). Como a concordância é estabelecida com duas ou mais pessoas, a concordância
será feita no plural.
Exemplo 1: Em “ele e eu”, a pessoa mais adiantada é a primeira pessoa (“eu”), já que “ele” é terceira
pessoa. Então, o verbo concordará com a primeira pessoa do plural, ou seja: “ele e eu = nós”.
Portanto, devemos concordar o verbo com “nós”, como por exemplo: “ele e eu fizemos o trabalho
da escola (nós fizemos)”.
Exemplo 2: Em “tu e ela”, a pessoa mais adianta entre as duas é a segunda pessoa (“tu”), já que
“ela” é terceira pessoa. Então, a concordância será com a segunda pessoa do plural (“vós”), como
por exemplo: “Tu e ela ireis à reunião (vós ireis)”. Observação: como o uso do “vós” é pouco usual
em nossa língua, nós podemos usar a terceira pessoa do plural (eles). Ou seja: “Tu e ela irão à
reunião (eles irão)”.
Exemplo 3: Em “nós e eles”, a pessoa mais adiantada entre as duas é a segunda pessoa (“nós”),
já que “eles” é terceira pessoa (do plural). Então, a concordância será com a segunda pessoa (“nós”),
como por exemplo: “Nós e eles iremos à reunião (nós iremos à reunião)”.
Exemplo 4: Em “ela e eles”, o pronome “ela” é terceira pessoa e o pronome “eles” também é terceira
pessoa (do plural). Então, a concordância será com a terceira pessoa, como por exemplo: “ela e
eles irão à reunião (eles foram)”.
Seu objetivo: estudar os principais casos de concordância nominal.
Concordância Nominal: é a concordância estabelecida entre o substantivo e as palavras ligadas a
ele (artigo, numeral, pronome, adjetivo).
Regra Geral: as palavras ligadas ao substantivo concordam em gênero (masculino e feminino) e
número (plural e singular) com o ele.
Exemplo: Homem alto, homens altos, mulher alta, mulheres altas.
Vamos ver, agora, os principais casos de Concordância Nominal.
1) Substantivos antes do adjetivo
Quando dois ou mais substantivos aparecem antes de um adjetivo, nós podemos fazer a
concordância de duas maneiras: podemos concordar por proximidade (concordar o adjetivo com o
substantivo mais próximo) ou então podemos concordar no plural (plural masculino se pelo menos
um dos substantivos for masculino).
Exemplo 1: Professora e professor dedicado (concordância por proximidade).
Exemplo 2: Professor e professora dedicada (concordância por proximidade).
Exemplo 3: Professora e professor dedicados (concordância no plural masculino, já que pelo
menos um dos substantivos é masculino).
Exemplo 4: Professora e aluna dedicadas (concordância no plural feminino, já que todos os
substantivos são femininos).
Reforçando: esse tipo de concordância é válido para dois, três ou mais substantivos.
2) Substantivos depois do adjetivo
Se os substantivos (dois ou mais) aparecerem depois do adjetivo, então o adjetivo vai concordar com
o substantivo mais próximo.
Exemplo 1: O mendigo tinha longa barba e cabelo.
Exemplo 2: Comi uma saborosa gelatina e fruta.
Observação: Se o adjetivo estiver funcionando como predicativo, então ele também poderá
concordar no plural.
Exemplo: É carismático o prefeito e a sua esposa ou são carismáticos o prefeito e a sua esposa.
Antes que você pergunte: o predicativo ocorre quando usamos verbo de ligação (ou seja: verbos
que expressam estado ao invés de ação, como os verbos “ser”, “continuar”, “estar”, “permanecer”,
entre outros).
3) “Alerta” e “Menos”: são palavras invariáveis (sempre concordam com o substantivo sem se
flexionarem em número ou gênero).
Exemplos: Ele está alerta, eles estão alerta, ele está com menos dinheiro, eles estão com menos
dinheiro.
Observação: se “alerta” for uma palavra substantivada por algum artigo então ele se tornará um
substantivo e, portanto, poderá ficar no plural. Exemplos: ele ouviu os alertas, ele ouviu uns alertas.
4) “Anexo”, “obrigado”, “incluso”, “quite”, “mesmo”, “próprio”, “todo”: essas palavras são
variáveis (concordam com a palavra a quem se referem).
Exemplos: Os relatórios estão anexos, os relatórios estão inclusos, eles estão quites, a mulher disse
“muito obrigada”, a mulher falou com ela mesma, a mulher falou com ela própria, elas
ficaram todas encharcadas com a chuva.
Observação: a expressão “em anexo” é invariável. Exemplo: os relatórios estão em anexo.
5) “Um e outro”, “nem um, nem outro”: depois dessas expressões o substantivo deve ficar no
singular.
Exemplo: Um ou outro aluno se esqueceu de entregar o trabalho.
6) Verbo “ser”: os adjetivos só variam com o verbo “ser” se o sujeito estiver determinado por algum
artigo.
Exemplos: É proibido entrada de pessoas não autorizadas, é proibida a entrada de pessoas não
autorizadas, maçã é bom, a maçã é boa, sua opinião é necessário, a sua opinião é necessária.
7) “Bastante”, “meio”, “caro”, “barato”: se estiverem funcionando como advérbio então eles serão
invariáveis.
Exemplo 1: Eles estão bastante animados. Nesse caso, “bastante” está funcionando como advérbio
de intensidade (eles estão muito animados) e, portanto, não varia (continua no singular).
Exemplo 2: Eles compraram bastantes coisas. Nesse caso, “bastantes” não está funcionando como
advérbio, mas sim está funcionando como pronome indefinido (eles compraram várias coisas) e,
portanto, varia (vai para o plural, concordado com “eles”).
Exemplo 3: Ela está meio triste. Nesse caso, “meio” está funcionando como advérbio (ela está um
pouco triste) e, portanto, não varia (continua no masculino, sem concordar com “ela”).
Exemplo 4: Comprei meia melancia. Nesse caso, “meia” não está funcionando como advérbio.
Portanto, a palavra varia (nesse caso, para concordar com “melancia”, devemos escrever “meia”).
Exemplo 5: Paguei caro pelos livros. Os livros não custam barato. Nesses casos, as palavras “caro”
e “barato” estão funcionando como advérbios e, portanto, são invariáveis.
Exemplo 6: Os livros estão caros. Os livros não são baratos. Nesses casos, as palavras “caros” e
“baratos” não funcionam como advérbios (funcionam como adjetivos) e, portanto, são palavras
variáveis (vão para o plural para concordarem com “livros”).
8) “Só”: essa palavra será invariável quando tiver o mesmo significado de “somente”.
Exemplo 1: Só eles jogaram o lixo na lixeira. Nesse caso, “só” tem o mesmo sentido de “somente”
e, por isso, é invariável.
Exemplo 2: Eles ficaram a sós. Nesse caso, “só” não tem o mesmo sentido de “somente” e, portanto,
varia (para o plural para concordar com “eles”).
9) “Tal”, “qual”: “tal” concorda com o termo que aparece antes dele e “qual” concorda com o termo
que aparece depois.
Exemplo: O filho é tal qual o pai, os filhos são tais qual o pai, os filhos são tais quais os primos.
10) “Possível”: é variável e concorda com o artigo.
Exemplos: A pior situação possível, as piores situações possíveis.
Seu objetivo: entender o significado da crase.
Crase: é a fusão da preposição “a” com o artigo “a” ou também com os pronomes demonstrativos e
relativos iniciados com a letra “a” (àquele, àquela, à qual, às quais, etc).
Explicação
Quando uma preposição “a” (exigida por algum verbo) se encontra com o artigo “a” (que está diante
de um nome feminino), a união da preposição com o artigo forma a crase (à). Portanto, para
sabermos se nós devemos usar a crase ou não, nós precisamos analisar se ocorre essa união ou
não.
Veja os exemplos:
Exemplo 1: “Eu vou a + o teatro = Eu vou ao teatro”. Nesse caso, a preposição “a” (exigida pelo
verbo “ir”) se junta com o artigo “o” (da palavra “teatro”), formando “ao”.
Exemplo 2: “Eu vou a + a praia = eu vou à praia”. Nesse caso, a preposição “a” (exigida pelo verbo
“ir”) se encontra com o artigo “a” (da palavra “praia”). Como não existe “aa”, usamos a crase (à) para
indicar o encontro dessas duas letras iguais. Em outras palavras, é como se a crase fosse a versão
feminina do “ao”, ou seja: é o “ao” usado em palavras femininas (“o” vira “a”, formando a crase).
Exemplo 3: “Dei a notícia a + a mulher = dei a notícia à mulher”. Nesse caso, a preposição “a”
(exigida pelo verbo “dar”) se junta com o artigo “a” (da palavra “mulher”), formando, assim, a crase.
Exemplo 4: “Dei a notícia a + ele = dei a notícia a ele”. Nesse caso, só existe a preposição “a”: não
existe artigo (“ele” está sozinho). Logo, a preposição fica sozinha, sem se juntar com ninguém.
Portanto, não há crase.
Exemplo 5: “Dei a notícia a + você = dei a notícia a você”. Esse é o mesmo caso do exemplo
anterior.
Existem algumas regras que nos ajudam a usar a crase e nós veremos essas regras no próximo
post. Clique no link abaixo para continuar o seu estudo.
Seu objetivo: estudar as regras gerais do uso do hífen.
Para usarmos a Regra Geral do hífen nas palavras compostas, precisamos saber, primeiramente,
qual é o tipo de palavra composta.
Palavra Composta por Prefixo: É a palavra que é composta por um prefixo. Os prefixos são as
partes que ficam no início das palavras, ou seja: os prefixos são usados junto com as palavras (eles
não podem ficar sozinhos). Exemplos de prefixos: micro, mini, auto, anti, socio, eco, pré.
Regra Geral: nas palavras compostas por prefixos, nós usamos o hífen para separar vogais iguais
(micro-ondas) ou para separar o prefixo das palavras iniciadas com a letra “h” (pré-história). Além
disso, se as letras “r” e “s” vierem depois de alguma vogal elas são misteriosamente duplicadas
(semirreta, minissaia).
Exceções: essa regra não funciona se usarmos os prefixos “re” seguido por “e” ou “co” seguido por
“o”. Nesses casos, os prefixos apenas se juntam às palavras, repetindo as vogais (esquece a ideia
de separar vogais iguais). Exemplos: reescrever, cooperar. Caso o prefixo “co” se junte a uma
palavra iniciada com a letra “h”, a letra “h” some misteriosamente. Exemplo: co + habitar = coabitar.
Observação: Com os prefixos inter, super e hiper (que terminam com a letra “r”), vale a mesma regra
da separação de vogais iguais. Portanto, nós devemos usar hífen caso a palavra comece com “r”.
Exemplo: “inter-regional”.
Palavra Composta por Palavras Independentes: é aquela que é composta por palavras
autônomas ou independentes (que podem ficar sozinhas, ao contrário dos prefixos). Exemplo: beija-
flor (beija + flor). Tanto “beija” quanto “flor” são palavras independentes.
Regra Geral: nas palavras compostas por outras palavras, nós devemos usar hífen caso não haja
algum elemento de ligação as ligando. Exemplos: não usamos hífen em “pé de moleque” porque a
preposição “de” está ligando as duas palavras (pé e moleque). Por outro lado devemos usar vírgula
em “couve-flor”, já que as duas palavras (couve e flor) estão ligadas diretamente, sem elemento de
ligação.
Exceções: água-de-colônia, cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-meia.
Exemplos das Regras Gerais (palavras compostas por prefixos)
Exemplo 1: Escrevemos “micro-ondas” para separar as vogais iguais (já que a palavra é formada
pelo prefixo “micro” e pela palavra “ondas”).
Exemplo 2: Escrevemos “autoescola”, já que as vogais são diferentes (é o exemplo inverso do
exemplo anterior).
Exemplo 3: Escrevemos “super-homem” com hífen para separar o prefixo (super) da palavra que
começa com a letra “h”.
Exemplo 4: Escrevemos “minissaia” sem hífen e com a letra “s” repetida porque essa letra aparece
depois de uma vogal (vogal “i”).
Exemplos das Regras Gerais (palavras compostas por outras palavras)
Exemplo 1: Escrevemos “guarda-roupa” com hífen porque não existe elemento de ligação unindo as
duas palavras (“guarda” e “roupa”).
Exemplo 2: Escrevemos “maria vai com as outras” sem hífen porque existem elementos de ligação
entre as palavras (“maria”, “vai”, “outras”).
Claro que o que vimos foram as Regras Gerais. Existem algumas regras específicas do hífen que
nós vamos estudar no próximo post.
Seu objetivo: estudar as regras de acentuação segundo a Nova Ortografia.
Revisão de Sílabas Tônica
As palavras oxítonas são aquelas que possuem a última sílaba como a tônica.
As palavras paroxítonas são aquelas que possuem a penúltima sílaba como a tônica.
As palavras proparoxítonas são aquelas que possuem a antepenúltima sílaba como a tônica.
Regras de Acentuação
As regras de acentuação foram feitas para acentuarem o menor número possível de palavras sem
causar confusão na pronúncia (tanto que apenas 20% das palavras da Língua Portuguesa são
acentuadas). Essas regras se baseiam na quantidade de palavras oxítonas, paroxítonas e
proparoxítonas que existem, bem como as suas terminações.
A maior parte das palavras paroxítonas da Língua Portuguesa termina em A, E, O, EM (ou plurais:
as, es, os, ens). Logo, para economizar acento (já que a maioria tem uma dessas terminações), não
acentuamos as palavras paroxítonas terminadas em A(S), E(S), O(S), EM ou ENS. Portanto, para
diferenciarmos as paroxítonas das oxítonas, nós devemos acentuar as palavras oxítonas
terminadas em A(S), E(S), O(S), EM ou ENS.
Ou seja:
Oxítonas: são acentuadas se terminarem em A(S), E(S), O(S), EM ou ENS.
Exemplos: jacaré, você, armazéns, alguém, paletó, vovô, sofás, ninguém, etc.
Paroxítonas: não são acentuadas se terminarem em A(S), E(S), O(S), EM ou ENS.
Exemplos: hifens, polens, barata, dente, bolo, jovem.
Reforçando: se a palavra paroxítona tiver outra terminação, nós devemos acentuá-la: lápis, câncer,
órgão, amável, hífen, álbum, pônei, colégio, vírus, bônus, táxi, revólver, pólen, túnel, bíceps, etc.
Outras regras:
Proparoxítonas: todas são acentuadas, independentemente de suas terminações.
Exemplos: ônibus, lâmpada.
Monossílabos Tônicos: são acentuados se terminarem em A(S), E(S) ou O(S).
Exemplos: pá, pé, pós.
Ditongo Tônico: devemos acentuar os ditongos abertos (éi, éis, éu, éus, ói, óis) nas oxítonas ou nos
monossílabos tônicos.
Exemplos: troféus, herói, céu, réu, dói.
Reforçando: caso o ditongo tônico não esteja na última sílaba da palavra, então não o
acentuaremos. Exemplos: ideia, heroico, assembleia.
Ênclise e Mesóclise: nas ênclises e nas mesóclises (quando usamos o hífen com um pronome ao
final do verbo ou no meio do verbo) nós devemos usar a regra de acentuação desconsiderando o
pronome átono.
Exemplos: vendê-lo (“vendê” é uma palavra oxítona terminada em E e, portanto deve ser
acentuada), parti-la (“partir” é uma palavra oxítona terminada em I e, portanto, não deve ser
acentuada).
Hiato Tônico: devemos acentuar as vogais I e U se elas forem tônicas, se forem a segunda letra de
um hiato (encontro de duas vogais em sílabas separadas) e se estiverem sozinhas na sílaba ou então
acompanhadas da letra S.
Exemplos: saúde, faísca, saída.
Cuidado 1: a vogal I não será acentuada se depois dela aparecer NH. Exemplo: moinho.
Cuidado 2: não acentuamos o hiato tônico se ele aparecer depois de um ditongo numa palavra
paroxítona. Exemplo: feiura.
Pegadinha 1: juiz (a letra “i” é a segunda vogal do hiato “ui”, mas está acompanhada pela letra “z”
e, portanto não é acentuada), juíza (a letra “i” é a segunda vogal do hiato “ui” e está sozinha na
sílaba, então a palavra é acentuada). Outros exemplos: raiz e raízes.
Pegadinha 2: Piauí é uma palavra oxítona terminada com a letra I. Portanto, não podemos acentuá-
la por causa da regra das oxítonas, porém a acentuamos por causa da regra do hiato (a letra “I” é
tônica, é a segunda letra de um hiato e está sozinha na sílaba). Ou seja: se pelo menos uma regra
de acentuação justificar o acento, então a palavra será acentuada.
Acento Diferencial: usamos o acento diferencial para diferenciar algumas palavras que são escritas
iguais em contextos diferentes. Vamos ver cada caso:
Verbo Ter: o verbo “ter” e seus derivados (deter, conter, etc) recebem o acento circunflexo para
diferenciar a conjugação da 3ª pessoa do singular (ele) da 3ª pessoa do plural (eles). Exemplos: “ele
tem” e “eles têm”, “ele detém” e “eles detém”, “ele contém” e “eles contêm”
Verbo Vir: o verbo “vir” e seus derivados recebem o acento diferencial pelo mesmo motivo do verbo
“ter”. Exemplos: “ele vem” e “eles vêm”, “ele convém” e “eles convêm”.
Verbo Pôr: o verbo “pôr” recebe acento diferencial para diferenciá-lo da preposição “por”. Exemplos:
“quero pôr (verbo) seu nome no trabalho”, “venha por (preposição) aqui”.
Verbo Poder: o verbo “poder” recebe acento diferencial para diferenciar a conjugação do pretérito
perfeito do presente. Exemplos: “ele pôde jogar na semana passada (pretérito perfeito)” e “ele pode
jogar agora (presente)”.
Substantivo Forma: o substantivo “forma” pode receber acento diferencial para distinguir seus dois
significados. Exemplos: “ponha a massa dentro da fôrma” e “fez a escultura em forma de pássaro”.
Nesse caso, o acento é facultativo (você pode usá-lo só se quiser).
Trema: o trema (os dois pontinhos colocados em cima da letra “u”) foi banido. Isso significa que nós
devemos escrever “linguiça”, “tranquilo”, “aguentar” (veja que coisa horrível). Os poucos tremas que
sobreviveram ao extermínio podem ser encontrado em nomes estrangeiros (ou derivados desses),
como Müller ou Hübner, por exemplo.
Vogais Repetidas: não acentuamos vogais repetidas (não importa se isso ocorra com ditongos ou
com hiatos).
Exemplos: voo, enjoo, leem, vadiice (sim, essa palavra existe).
Seu objetivo: aprender as principais regras de pontuação.
Observação: para aprender as regras de uso da vírgula,
Seu objetivo: aprender as principais regras do uso da vírgula.
Regra Geral: de modo geral, não usamos a vírgula quando a oração está na ordem direta (sujeito,
verbo, complementos, adjuntos).
Exemplo: Nós compramos duas camisas na semana passada.
Trocando de Lugar: Se o termo “na semana passada” (um adjunto adverbial de tempo) for trocado
de lugar, então a vírgula será usada para sinalizar essa troca.
Exemplos: Na semana passada, nós compramos duas camisas ou nós, na semana passada,
compramos duas camisas.
Reforçando: usamos a vírgula para sinalizar que algum adjunto adverbial trocou de lugar, saindo de
sua posição original na ordem direta.
Aposto e Vocativo: a vírgula também é usada para isolar o vocativo ou o aposto. Lembre que o
vocativo é a expressão usada para nos referirmos a alguém, enquanto que o aposto é um tipo de
explicação ou detalhamento adicional.
Exemplo com Vocativo: Mãe, eu comprei duas camisas ou eu comprei duas camisas, mãe.
Exemplo com Aposto: eu, um simples jovem de 23 anos, comprei duas camisas.
Enumeração: usamos a vírgula para separar elementos de mesma função sintática, como se nós
estivéssemos as enumerando. Entre o último e o penúltimo elemento nós usamos a conjunção “e”
ao invés da vírgula.
Exemplo: eu comprei duas camisas, duas calças, um óculos e um par de tênis.
Orações Coordenadas Assindéticas: se os elementos enumerados (caso anterior) forem orações
coordenadas assindéticas (orações independentes sem elementos de ligação entre elas), nós
também as separamos com vírgulas.
Exemplo 1: Eu acordei, me levantei da cama, tomei café, me arrumei e fui trabalhar.
Conjunções Adversativas ou Conclusivas: usamos vírgula antes de conjunções adversativas (mas,
porém, todavia, contudo, entretanto) ou antes de locuções ou conjunções conclusivas (sendo assim,
portanto, desse modo).
Exemplo 1: Estudei muito, portanto espero me sair bem na prova.
Exemplo 2: Estudei muito, mas não fui bem na prova.
Conjunção “e”: usamos vírgula antes da conjunção “e” caso as orações envolvidas tenham sujeitos
diferentes.
Exemplo Coreto: João tropeçou, e Maria escorregou. Nesse caso, a conjunção “e” liga orações com
sujeitos diferentes (o sujeito da primeira oração é “João” e o sujeito da segunda oração é “Maria”).
Exemplo Errado: João tropeçou, e escorregou. Nesse caso, a conjunção “e” liga duas orações que
possuem o mesmo sujeito (João). Logo, é errado usarmos a vírgula.
Não Separe o Verbo: não podemos separar o verbo de seu sujeito ou de seu complemento.
Exemplo Correto: Patrícia comprou um biscoito.
Exemplo Errado: Patrícia, comprou um biscoito ou Patrícia comprou, um biscoito.
Observação: o verbo pode se separar do seu complemento ou do seu sujeito caso algum termo seja
intercalado. Exemplo: Patrícia, a filha do padeiro, comprou um biscoito.
Supressão do Verbo: usamos a vírgula (junto com o ponto e vírgula) quando omitimos um verbo para
evitar a repetição dele.
Exemplo: Eu fui comprar sapatos; Ana, botas. Nesse caso, a vírgula depois de “Ana” foi usada para
evitar a repetição do verbo “comprar”.
Ponto e Vírgula
1) Empregamos o ponto e vírgula para separar termos e expressões coordenadas (independentes).
Exemplo: Eu fui à churrascaria e depois voltei para casa; eles foram à pizzaria e depois foram ao
cinema.
2) Empregamos o ponto e vírgula nas listagens e nas enumerações.
Exemplo:
Para organizarmos o estudo, devemos seguir as seguintes etapas:
a) definir o objetivo do estudo;
b) definir o local e o material de estudo;
c) definir a duração do estudo.
3) Usamos ponto e vírgula quando omitimos o verbo (para não repeti-lo).
Exemplo: Ela prefere gatos; eu, cães. Nesse caso, o ponto e vírgula (juntamente com a vírgula)
evitam a repetição do verbo “preferir”.
Dois-Pontos: é usado para apresentar uma nova informação, que pode ser um exemplo (por
exemplo: blá-blá-blá), uma fala (Ronaldo disse: “blá-blá-blá”), uma observação (observação: blá-blá-
blá) ou qualquer outro tipo de informação.
Ponto: o ponto é usado no final de uma frase, de uma oração, de um período ou no final de uma
abreviatura (exceto nas abreviaturas técnicas, como de distância, que pode ser “cm”, “m”, “km”, por
exemplo, ou então de tempo, que pode ser “s”, “h”, por exemplo, entre outros).
Reticências: as reticências são três pontos juntos (...) que podem indicar: hesitação, interrupção de
uma ideia ou continuidade de alguma ideia (como se fosse um “suspiro”).
Exemplo 1: Eu pensei que você era... (interrupção)
Exemplo 2: Eu... eh... pensei que... você estava solteira (hesitação)
Exemplo 3: Ah... O tempo Passa. Tudo passa...
Aspas: as aspas são usadas em citações (quando usamos alguma expressão dita por outra pessoa)
e também são usadas para destacar expressões ou palavras estrangeiras, além de gírias,
informalidades ou neologismos (palavras inventadas que não existem oficialmente). As aspas
também são usadas em erros gramaticais propositais (ex: O garotinho disse “chielo” ao invés de
chinelo).
Travessão: é usado para indicar a mudança de interlocutor em algum diálogo (―Quem é você? ―
perguntou Manoel). Além disso, também é usado para destacar alguma palavra ou expressão,
podendo, assim, funcionar como vírgula ou parêntesis.
Exemplo: O dono da empresa ― um excelente empreendedor ― revelou-me os seus planos. Nesse
caso, a expressão “um excelente empreendedor”, que está entre dois travessões, é uma expressão
explicativa que está intercalada e ela poderia estar entre vírgulas ou dentro de parênteses.
Par de Parênteses (ou um parêntesis): os parênteses são usados para acrescentar palavras ou
expressões.
Observação: um parêntesis é um par de parênteses. Portanto, podemos dizer “entre parêntesis”
(entre um parêntesis) ou “entre parênteses” (entre dois parênteses).
Ponto de Exclamação e Ponto de Interrogação: usamos o ponto de exclamação em expressões
exclamativas (Meu Deus!) e usamos o ponto de interrogação em perguntas diretas (Você vem hoje?).

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