Introdução ........................................................................................................................................... 2
Estado .................................................................................................................................................. 3
Origem e Formação do Estado ........................................................................................................ 3
Conceitos ......................................................................................................................................... 3
Evolução histórica do Estado .......................................................................................................... 4
Elementos do estado ........................................................................................................................ 5
Governo ............................................................................................................................................... 6
Formas de governo .......................................................................................................................... 6
Sistemas de governo ........................................................................................................................ 7
Partido Político .................................................................................................................................... 7
Origem histórica dos partidos políticos e sua evolução no tempo .................................................. 8
Conceitos ......................................................................................................................................... 8
Sistemas Partidários ........................................................................................................................ 9
Diferença entre Estado, Governo e Partido ......................................................................................... 9
Conclusão .......................................................................................................................................... 11
Referências ........................................................................................................................................ 12
Introdução
Todos conhecem o “dogma” dos chamados elementos do estado. Sempre têm sido
apresentados como sendo População, território e Governo (poder político). Proponho-me
aqui começar uma indagação sobre o Governo, não detendo-me, falo em prol do Estado sem,
todavia, esquecer do Partido. Far-se-á, outrossim, sucinta abordagem acerca da questão
referente aos elementos do Estado.
É comum haver confusão entre os conceitos de Estado e Governo. Muitas pessoas acreditam
que tais expressões possuem o mesmo significado, entretanto, trata-se de assuntos bem
diferentes.
Por Estado, entende-se a unidade administrativa de um território. Não existe Estado sem
território. O Estado é formado pelo conjunto de instituições públicas que representam,
organizam e atendem (ao menos em tese) os anseios da população que habita o seu território.
Dessa forma, o Governo seria apenas uma das instituições que compõem o Estado, com a
função de administrá-lo. Os governos são transitórios e apresentam diferentes formas, que
variam de um lugar para outro, enquanto os Estados são permanentes.
Partido é a organização burocrática que tem por objectivo conquistar e exercer o poder
político.
Por derradeiro, será objecto do presente trabalho a perquirição sobre a diferença entre Estado,
Governo e Partido.
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Estado
Origem e Formação do Estado
A palavra “Estado” deriva do latim “status”, que significa estar firme. Estado é a situação
permanente de convivência, o modo de ser de uma sociedade politicamente organizada.
O Estado nem sempre foi usado para determinar uma sociedade politica. O responsável por
determinar Estado como uma sociedade política foi Maquiavel, em sua obra “O príncipe”
publicado em 1531, no trecho: “todos os estados, todos os domínios que tiveram e tem poder
sobre os homens, são estados e são repúblicas ou principados”. Em relação a época do
aparecimento do Estado temos três posicionamentos fundamentais:
Para alguns autores o Estado sempre existiu nas sociedades, pois o homem é integrado
a uma organização social com poder e autoridade para determinar o comportamento
de um grupo, é um elemento universal na organização social humana.
A maioria dos autores, afirma que, a sociedade existiu por um período sem o Estado,
este foi constituído para atender as necessidades de grupos sociais.
Para outros, Estado só é admitido a sociedade política dotada de certas características
muito bem definidas.
Conceitos
De acordo com António de Sousa Lara (2007), o Estado é o conjunto da população de
nacionais que se encontra fixa num determinado território, no qual uma autoridade dotada de
soberania, cuja principal função é a de satisfazer as necessidades colectivas.
Para Karl Schmidt Estado é conceito histórico concreto que surge com a ideia e a prática da
soberania.
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Origem familiar: a família é o núcleo, o elemento inicial do Estado. A família se
expande aparecendo como sociedade política.
Origem em atos de força: é onde um grupo mais forte domina o mais fraco. O
Estado surge para regular as relações entre dominantes e dominados.
Origem em causas econômicas ou patrimoniais: o Estado surge para regular
relações patrimoniais, a exemplo da propriedade e relações econômicas.
Estado Antigo: Não existia uma diferença entre o Estado, a religião, a família e a
organização econômica, formavam um conjunto confuso. O Estado Antigo aparece
como unidade geral, não havendo divisão interior, territorial e de funções. A principal
influencia no Estado foi religiosa, tudo era justificado em uma vontade divina.
Estado Grego: A principal característica é a cidade-Estado (polis), a cidade era
independente visando a autossuficiência económica. Era uma sociedade política de
maior expressão, existe uma elite que compõem a chamada classe política, essa
participa das decisões em assuntos de carácter público.
Estado Romano: A característica da organização do Estado Romano é a base
familiar, toda estrutura de Estado era pensada na estrutura familiar. O povo participa
das decisões do governo, porém, a noção de povo era restrita, apenas uma pequena
parte da população. Os governantes supremos eram os magistrados, ou seja, as
famílias patrícias. Com uma evolução lenta e um sólido núcleo de poder politico, a
instituição era mais forte que a sociedade.
Estado Medieval: marcado pelo cristianismo, as invasões dos bárbaros e o
feudalismo. No plano do Estado a Idade Média se trata de um dos períodos mais
instáveis e difíceis. Pretendia-se uma grande unidade politica, livre da influencia de
fatores tradicionais. O cristianismo afirma a unidade da Igreja, ideia de igualdade aos
homens, visava a universalidade cristã como ideia de Estado universal, com os
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mesmos princípios e as mesmas normas de comportamento. A igreja estimulava o
Império como unidade politica, porém, haviam vários centros de poder, todos com
autoridade e o Imperador não se submetia a Igreja. Assim, formalmente o Império era
o poder supremo, mas na prática não existia uma autoridade de fato, nem uma ordem
correspondente a este poder supremo. Com a invasão dos bárbaros, houve uma grave
perturbação e fortes transformações na ordem estabelecida, introduziram novos
costumes, as regiões invadidas formaram unidades politicas independentes,
resultando em numerosos Estados. No feudalismo o poder derivava do elemento
patrimonial, valoriza-se a posse da terra, o senhor feudal detinha o poder sobre os
servos.
Estado Moderno: O principal motivo para a criação do Estado Moderno é a
necessidade de ordem e autoridade, pois como vimos no Estado Medieval existia uma
enorme instabilidade politica, econômica e social. Este processo de um estado
ocorreu em diferentes momentos e de formas distintas na Europa Ocidental. A
principal característica é a centralização politica, o poder do Estado centralizado.
Existia uma independência da autoridade estatal, o poder tem como titular o Estado,
o Estado se torna um ente publico, não é propriedade de um senhor.
Elementos do estado
População: todas as pessoas presentes no território do estado, num determinado momento,
inclusive estrageiros e apátridas, fazem parte da população. É, por conseguinte, a população
sob esse aspecto um dado essencialmente quantitativo, que independe de qualquer laço
jurídico de sujeição ao poder estatal. Marcelo Caetano opta por usar o termo “Povo” que
designa colectividade de pessoas que partilha valores, cultura entre outras características,
destacando-se a questão da nacionalidade.
Território: espaço geográfico, limitado por fronteira, onde decorre a vida social da
população do Estado
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Governo
Formas de governo
As formas de governo, nas palavras de Darcy Azambuja, são “formas de vida do Estado que
revelam o caráter coletivo do seu elemento humano, representam a reação psicológica da
sociedade às diversas e complexas influências de natureza moral, intelectual, geográfica,
económica e política através da História”. Sob um viés semelhante, Paulo Bonavides
esclarece: “Como formas de Governo, temos a organização e o funcionamento do poder
estatal, consoante a critérios adotados para a determinação de sua natureza” segundo essas
duas concepções encontramos as seguintes formas de governo:
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Sistemas de governo
Presidencialismo: Modelo de sistema em que há concentração do chefe de governo
e o chefe de Estado na figura de uma só pessoa, o Presidente, mas não deve jamais
ser confundido com monarquia ou algo do gênero, pois neste sistema os governantes
devem ser escolhidos pelo povo, pressupondo assim, a democracia (regime de
governo).
Partido Político
Muito já se discutiu sobre os partidos políticos, sendo que, ainda actualmente, questiona-se
qual o verdadeiro papel destas organizações na sociedade. Etimologicamente, a palavra
“partido” vem do latim “partire”, que significa dividir ou partir, sendo que na Grécia antiga
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este termo ainda não possuía nenhuma conotação política. Primeiramente, é necessário que
se faça uma abordagem histórica da origem e consolidação dos partidos políticos.
Em âmbito mundial, é pacífico que o berço dos partidos políticos foi a Inglaterra, bem como
na sociedade europeia em geral, com o marco inicial no reinado liberal de Isabel, por volta
de 1558-1603. Todavia, é somente em 1680 que surgem efetivamente dois grupos de
formação definidamente política, que eram os “Tories”, que representavam o remanescente
do feudalismo agrário inglês e os “Whigs”, representando as novas forças urbanas e
capitalistas. Destes dois grupos, tempos mais tarde, surgiriam dois grandes e tradicionais
grupos políticos: os conservadores e os liberais.
Os partidos tidos como de esquerda surgiram muito tempo depois, somente no fim do século
XIX e início do século XX, quando as massas proletárias se organizaram para a conquista do
poder político e para reivindicar direitos positivados, dentre estes os direitos trabalhistas.
Conceitos
O estudo amplo realizado por toda a doutrina mundial fez com que surgissem inúmeras
definições sobre o que seria efetivamente um partido político. Neste ponto, serão
apresentadas as definições que mais se relacionam com o tema ora tratado.
Gerhard Leicholz, citado por João Pedro Galvão de Sousa, diz que “os partidos vêm a ser o
‘microfone’ do qual se serve o povo para articular os seus pronunciamentos”.
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Orides Mezzaroba expõe os ensinamentos de Marx, Engels e Gramsci sobre partidos
políticos. A partir das lições de Marx, partidos são um movimento proletário que a cada etapa
se modifica e forma uma nova organização partidária. Assim: “o partido passa, então, a ser
visualizado como uma organização transitória, com objetivos específicos e, quando
alcançados, a estratégia deve ser alterada, como forma de se adequar a um novo momento.
Para melhor compreensão, foi retirada a ideia principal de cada conceito, assim sendo,
Partido Político é um grupo de pessoas que se unem para promover, num processo de
cooperação, o interesse nacional. Dotados de uma ideologia, ainda que ténue, o partido é uma
organização que defende o interesse de uma parcela da população, e buscando promovê-la,
organiza-se para disputar eleições, conquistar cargos e assim fazer valer seus projectos.
Sistemas Partidários
O Estado partidário contemporâneo adopta três sistemas principais de partidos:
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Estado é uma forma de organização política dotada de poder soberano e independente,
integra a população de um determinado território. Está ligado com a organização política,
social e econômica de um país, constituído por um conjunto de instituições com poder de
regular a vida em sociedade. Designa todo aquele país soberano reconhecido como tal perante
a ordem internacional, além do conjunto de poderes e órgãos de governo que compõem esse
país.
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Conclusão
Ao longo do trabalho são entregues vários conceitos de Estado, Governo e Partido, essa
escolha foi feita devido ao crescente número de pessoas mesclando tais conceitos.
O Estado, disse um autor francês, Maurice Hauriou, é a instituição das instituições. Citando
António de Sousa, Estado é o conjunto da população de nacionais que se encontra fixa num
determinado território, no qual uma autoridade dotada de soberania, cuja principal função é
a de satisfazer as necessidades colectivas.
Governo, por outro lado, pode se dizer que é o conjunto de actores políticos, tanto indivíduos,
grupos ou partidos, que ocupam os postos oficiais de comando do Poder Executivo.
É importante assimilar que o Estado está no topo dessa hierarquia, tendo como um dos seus
elementos o Governo, por sua vez, o governo é constituído por um partido ou partido.
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Referências
CAETANO, Marcelo. Manual de Ciência Política e Direito Constitucional. Coimbra:
Almedina, 1996.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos da Teoria Geral do Estado, Rio de Janeiro: Saraiva,
1998, p. 122.
Lara, António de Sousa (2007) Ciência Política – Estudo da Ordem e da Subversão. ISCSP
–UTL
https://www.passeidireito.com/arquivo/2100462/ciencia-politica---regimes-e-sistemas-de-
governo Acesso: 15/03/19 às 11:28
https://www.monografias.com/pt/trabalhos915/governo-estado/governo-estado.shtml
Acesso: 15/03/19 às 10:41
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