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ESCOLHA DAS REGRAS DE OPERAÇÃO RACIONAL PARA SUBSISTEMA DE


RESERVATÓRIOS NO SEMIÁRIDO NORDESTINO

Allan Sarmento Vieira1; Valterlin da Silva Santos2; Wilson Fadlo Curi3

RESUMO
Na região Nordeste a maior parte dos reservatórios apresenta grandes taxas de evaporação, altas vazões vertidas
e má qualidade das suas águas. Isso ocorre, na maioria dos casos, devido às situações climáticas desfavoráveis,
por falta de um planejamento racional ou, até mesmo, pelo mau dimensionamento das estruturas hídricas.
Baseado neste contexto, o objetivo desta pesquisa é escolher e analisar a eficiência de quatro regras para
operação dos reservatórios Engenheiro Ávidos e São Gonçalo, considerando ou não a vazão advinda do rio São
Francisco. As regras de operação dos reservatórios foram avaliadas pela aplicação de um modelo de simulação
que utiliza técnicas de programação linear seqüencial, que tem como objetivos, minimizar as perdas por
evaporação e por vertimento e maximizar a satisfação de atendimento das demandas. Os resultados
demonstraram que a regra de operação de maior eficiência para o sistema foi a com o volume meta igual a 75%
da capacidade dos reservatórios, revelando que os reservatórios procuram armazenar água do período de chuva.
Considerando a vazão advinda da transposição do Rio São Francisco, podemos concluir que as regras de
operação mais adequadas foram aquelas que apresentaram os maiores ganhos sinergéticos.
Palavras-chave: regras de operação, indicadores, eficiência, sinergia.

CHOICE OF THE RULES OF RATIONAL OPERATION FOR SUBSYSTEM OF RESERVOIRS IN THE


SEMI-ÁRIDO NORDESTINO

ABSTRACT
In the northeastern Brazil great part of the reservoirs presents great taxes of evaporation, high shed outflows and
me the quality of its waters. This occurs, in the majority of the cases, had to the favorable climatic situations, due
to a rational planning or, even though, for the bad sizing of the water structures. Based in this context, the
objective of this research is to choose and to analyze the efficiency of four rules for operation of the reservoirs
Engenheiro Ávidos and São Gonçalo, considering or not it happened outflow of the river San Francisco. The
operation rules, had been evaluated way the application of a simulation model, that uses techniques of sequential
programming linear, that they minimize the losses for evaporation and vertimento and maximize the satisfaction
of attendance of the demands. The results had demonstrated that the operation rule more efficiency for the
system was with the volume the equal goal 75% of the capacity of the reservoirs, disclosing that the reservoirs
look for to store water of the period of rain. Considering the happened outflow of the transposition of the River
San Francisco, we can conclude that the adjusted rules of operation more, had been those that had presented the
biggest synergetic profits.
Keywords: rules of operation, pointers, efficiency, synergy.

_________________________________________________________________________________________
Trabalho recebido em 23/12/2009 e aceito para publicação em 15/04/2010.

1 Engenheiro Civil, Professor e Doutorando em Recursos Naturais - UACC/CCJS/UFCG, Campina Grande – PB, e-mail:
allansarmento@yahoo.com.br.
2 Engenheiro Civil, Doutorando Pós-graduação em Recursos Naturais, CTRN/UFCG, Campina Grande – PB, e-mail:
valterlin@yahoo.com.br
3 Engenheiro Elétrico, Professor Ph.D, Depto de Física, CCT/UFCG, Campina Grande – PB, email:
wfcuri@pesquisador.cnpq.br

En genh aria Amb ien tal - Esp írito San to do Pin hal, v. 7, n. 1, p. 037 -050 , jan./mar. 20 10
Vieira, A. S.; Santos, V. S; Curi, W. F.. / Escolhas das regras de operação racional para subsistema de reservatórios ... 38

1. INTRODUÇÃO ideais, para os reservatórios e que seja de


fácil utilização por parte do operador e
Nas regiões semi-áridas o problema ainda contemple os diferentes interesses da
da escassez de água é mais relevante e sociedade.
antigo do que em outras regiões, aonde Baseado neste contexto, este trabalho
falam até em transposição de bacias. propõe, como objetivo principal,
Contudo, a escassez hídrica deve ser desenvolver e analisar a eficiência e
qualificada e quantificada por tipo de sustentabilidade de regras de operação
usuário e espaço-temporalmente, para que ideais e integradas para os reservatórios
possamos entender o problema. Além Engenheiro Ávidos e São Gonçalo,
disso, devem-se analisar possíveis formas considerando ou não, o efeito da vazão
de gestões da oferta e demanda de água, exógena advinda do rio São Francisco.
que somente serão possíveis pelo uso de Estas regras de operação serão simuladas a
modelos matemáticos com concepções partir do modelo de simulação
próximas à realidade, dentro de uma visão desenvolvido por Vieira et. al. (2007), que
sistêmica que contemple os múltiplos possui como objetivos a maximização da
interesses dos diferentes setores da satisfação de atendimento dos usuários da
sociedade. Uma das saídas para minimizar água e minimização das possíveis perdas
ou eliminar o efeito da escassez hídrica é a por evaporação, por vertimento e por
construção de reservatórios, que tem por descarga de fundo para enfim promover
finalidade armazenar água do período uma política de operação ideal para o
chuvoso para ser usado no período de seca, subsistema em estudo da bacia do Alto-
sendo esta água usada para atender as Piranhas.
demandas consuntivas e não-consuntivas.
Porém alguns reservatórios não 2. MATERIAIS E MÉTODOS
foram bem dimensionados, gerando assim 2.1 Operação dos Reservatórios
problemas graves como altas taxas de A principal tarefa na operação de
evaporação, altos volumes vertidos e de reservatórios é determinar as melhores
qualidade de água. Esses problemas muitas alocações para diferentes usos, de forma a
vezes são agravados, também, devido à maximizar o beneficio geral entre
falta de um planejamento e gerenciamento diferentes usos múltiplos. Regras
adequado. A atenuação desse problema só operacionais são usualmente construídas a
vai ocorrer quando forem desenvolvidas partir de modelos de simulação que
políticas de operação integradas, ótimas ou

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simulam a operação do sistema de acordo As principais regras de operação


com os afluxos, características do sistema, conhecidas na literatura são os volumes
e políticas de operação pré-estabelecidas metas de acumulação, o zoneamento
(Yeh, 1985). As regras podem ser múltiplo e curvas guia. Os volumes meta
modificadas e aperfeiçoadas com uma série de acumulação tentam manter os volumes
de simulações até que resultados aceitáveis temporais dos reservatórios próximos das
sejam obtidos (Draper, 2001). Visto que metas desejadas, enquanto procura atender
freqüentemente existe um grande número as demandas. Entre as vantagens dessa
de políticas viáveis, a identificação da regra estão o aumento da confiabilidade de
melhor regra por um modelo de simulação atendimento e o atendimento de demandas
é uma tarefa de difícil realização. Técnicas como piscicultura e geração de energia de
matemáticas de otimização fornecem um forma relativamente simples. Com relação
meio de superar essa dificuldade já que à desvantagem, este não leva em
possuem a habilidade de examinar todas as consideração a variabilidade da vazão
alternativas possíveis e procurar a decisão afluente e demandas. Por outro lado, o
ótima (Yeh, 1985). zoneamento múltiplo subdivide o volume
Os trabalhos de Yeh (1985) e Wurbs do reservatório em zonas de alertas,
(2005) apresentam uma revisão extensa e estando à vantagem dessa regra na
detalhada sobre o gerenciamento de associação da demanda ao nível do
reservatórios e modelos de operação. Eles reservatório. Com relação à desvantagem
afirmam que a análise de sistemas está a não consideração das previsões de
complexos de recursos hídricos pode afluências, podendo deplecionar os
envolver um grande número de variáveis e reservatórios ou provocar inundações. Por
restrições e que não existe um fim, as curvas-guias condicionadas são
procedimento de solução universal para regras de operação definidas através do
todos os tipos de problemas. Simonovic volume armazenado e da vazão afluente.
(1992) afirma que a simulação e A desvantagem está em não prever a
otimização são ferramentas essenciais para variabilidade das demandas nas suas
o desenvolvimento de uma base prioridades de atendimento e na
quantitativa para diversas decisões em determinação das curvas guias. A
gerenciamento de reservatórios e que a vantagem está na consideração da previsão
utilização dessas técnicas no planejamento da vazão afluente.
e operações de projetos reais se encontra Optou-se neste trabalho pela regra
em constante crescimento. dos volumes metas de acumulação, já que

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o modelo de simulação utilizado incorpora, onde:


na modelagem matemática, esta ηs – Eficiência de uma regra de operação
metodologia. num determinado sistema;
ΣPrt – Somatório das perdas totais do
2.2 Sinergia subsistema no período simulado;
O conceito de sinergia (Sarmento, ΣQat - Somatório das vazões afluentes que
1996) é definido como um ganho de chega ao subsistema no período simulado.
volume de água ou de vazão regularizada
para o atendimento das demandas devido à
2.4 Indicadores de Sustentabilidade
redução de perdas por evaporação e/ou
Hídrica
vertimento, só existe sinergia quando
Tais índices, propostos por
ocorrer um reforço devido a outras fontes
Hashimoto et al. (1982), fornecem meios
(vazão exógena). Assim a sinergia pode ser
de avaliar os efeitos das várias regras de
calcula como:
operação, além de auxiliar na avaliação de
Sinergia = ∆Acum + ∆Vert + ∆Evap (1)
futuros projetos a serem implantados
onde:
(Vianna e Lanna, 2002). A Confiabilidade
∆Acum - Variação do volume de água
mede a probabilidade de uma série
armazenado no final da simulação.
temporal permanecer em estado
∆Vert - Variação da taxa de volume
satisfatório durante o horizonte de
evaporado.
operação, ou seja, a percentagem do tempo
∆Evap - Variação do volume total vertido.
em que o sistema funciona sem falhas. A
Resiliência mede a forma como o sistema
2.3 Cálculo da Eficiência de uma Regra de recupera-se de uma falha, uma vez que esta
Operação tenha ocorrido. É a probabilidade de haver
A eficiência de uma regra de um estado satisfatório no período t+1 dado
operação num determinado sistema será um valor insatisfatório no período t. A
definida por apresentar as menores perdas Vulnerabilidade mede a magnitude das
(evaporação, vertimento e descarga de falhas a que o sistema está sujeito.
fundo) de água com relação as afluências. Loucks (1997) (apud Kjeldsen e
E pode ser definida pela equação 2: Rosbjerg, 2001) ainda propôs um índice de
sustentabilidade geral definido por:
  ∑ Prt  Sustentabilidade=Confiabilidade*Resiliênc
ηS = 1 −    *100% (2)

  ∑ Qa t  ia*[1-Vulnerabilidade] (3)

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2.5 Área de estudo principal, o Rio do Alto-Piranhas, perfaz

A bacia do Alto-Piranhas (Figura 01) um total de 178 km, medido desde a sua

corresponde a uma das sub-bacias do Rio nascente na Serra da Arara no município

Piranhas abrangendo o seu alto curso. de Bonito de Santa Fé até o exutório da

Situa-se no extremo oeste do Estado da bacia no município de Pombal. Possui 5

Paraíba, localizando-se entre as latitudes 6° reservatórios (Engenheiro Ávidos, São


Gonçalo, São José de Piranhas, Galante e
36’ 47’’ e 7° 22’ 56’’ Sul e, entre as
Bom Jesus) monitorados pela AESA
longitudes 37° 48’ 15’’ e 38° 38’ 15’’
(Agencia Executiva de Gestão das Águas
Oeste no Sertão Paraibano.
do Estado da Paraíba). Os principais são o
Hidrograficamente limita-se com a bacia
açude Engenheiros Ávidos, que abastece a
do Rio Piancó ao Sul e Leste, com a bacia
cidade de Cajazeiras, e o açude de São
do Rio do Peixe ao Norte, com o Médio-
Gonçalo, que abastece a cidade de Sousa e
Piranhas a Nordeste e com o Estado do
perímetro irrigado de São Gonçalo com
Ceará a Oeste. O Rio Piranhas apresenta
uma área aproximadamente de 5.000 ha e
suas nascentes na Serra da Arara no
agroindústria. A forma da bacia é estreita e
município de Bonito de Santa Fé
alongada, influi fortemente no escoamento
recebendo contribuições significativas de
do seu curso d’água principal, por isso, na
quatro cursos d’água na sua margem
resposta da bacia aos impulsos ou
esquerda: Riacho do Juá, Riacho da
estímulos da chuva, o seu tempo de
Caiçara, Riacho Cajazeiras, Riacho
concentração será maior, ocorrendo o
Grande. Na sua margem direita recebe seis
inverso no caso de bacias compactas e de
contribuições, quais sejam, Riacho do
forma arredondada. Neste Trabalho levou-
Domingos, Riacho São Domingos, Riacho
se em consideração só o subsistema de
Mutuca, Riacho Logradouro, Riacho
reservatórios Engenheiro Ávidos e São
Catolé, Riacho Vazante, Riacho Bonfim. A
Gonçalo, por serem os principais
área da bacia do Alto Piranhas, delimitada
reservatórios da bacia e por receberem
a partir das cartas digitalizadas da
águas da transposição do rio São
SUDENE em escala 1:100.000 é de 2.518
Francisco. A vazão exógena considerada
km2. O seu perímetro, comprimento da
foi de 10 m³/s proposta pelo Plano
linha do divisor de águas que a delimita,
Estadual de Recursos Hídricos da Paraíba
medido na mesma base cartográfica é de
(2006).
318 km. O comprimento do curso d’água

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Figura 1. Subsistema de reservatórios na Bacia do Alto-Piranhas

2.6 Dados utilizados de Recursos Hídricos da Bacia do Alto-


Piranhas (1997) e do Cadastro de açudes
Os dados dos reservatórios
da Companhia de Água e Esgoto -
considerados no modelo de simulação,
CAGEPA.
tanto estruturais quanto operacionais,
dizem respeito às relações cota x área x A Tabela 01 mostra os dados de

volume, volumes de armazenamento, precipitação média mensal de cada

máximos e mínimos permitidos; reservatório.

características hidráulicas, descarga de Já Tabela 02 mostra os dados de


fundo e vertedouros, descargas mínimas e evaporação média mensais, em tanques
máximas permitidas e também os de vazão classe, instalados em cada reservatório.
afluente e foram extraídos do Plano Diretor

Tabela 1: Precipitação média mensal.


Açudes Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Totais
Eng. Ávidos 115,1 174,1 235,0 168,6 55,8 26,9 15,5 3,0 4,2 13,5 17,2 35,1 880,6
São Gonçalo 96,0 176,0 247,2 175,6 68,8 34,5 15,8 5,6 4,5 11,6 18,5 41,1 914,4
Fonte: SUDENE (1990).
Tabela 2: Evaporação média mensal.
Açudes Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Totais
Eng.
220,4 170,4 185,2 179,8 184,1 197,5 206,3 231,5 222,1 237,1 226,0 248,9 2509
Ávidos
São
182,6 157,2 141,6 136,0 144,8 144,9 168,6 200,1 223,2 216,2 216,2 205,9 2137
Gonçalo

Fonte: SUDENE (1990).

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2.7 Características do modelo utilizado não-linearidades foram aproximadas por


O modelo de simulação integrado segmentos lineares e resolvidas num
utilizado neste trabalho foi desenvolvido processo matemático seqüencial
na linguagem de programação do (programação linear separável e
MATLAB 6.5 sendo baseado na aplicação seqüencial) até a convergência, de acordo
da programação linear seqüencial, com com uma tolerância desejada para o erro
artifícios de linearização. Tem como relativo da função objetivo. A demanda
objetivo promover uma política ótima de hídrica para a agricultura irrigada foi
operação integrada de reservatórios, que obtida a partir do balanço hídrico no solo.
visa maximizar o atendimento das Para avaliar o desempenho do sistema, foi
demandas hídricas dos diferentes usos, incluído, no modelo, o cálculo de
segundo critérios de prioridades de indicadores de desempenho como a
atendimento. As limitações operacionais confiabilidade, vulnerabilidade, resiliência
foram incluídas no modelo através de e sustentabilidade. Assim foi possível
restrições lineares (balanço hídrico nos representar as constantes e variáveis do
nós, volumes metas, volumes mínimos, modelo de simulação para o sistema
limitações quanto à operação dos mostrado na Figura 2 e estabelecer as
componentes, etc.) e não-lineares (vazão possíveis regras de operação, utilizando o
vertida, vazão descarregada, área da volume meta.
superfície líquida do reservatório, etc.). As
SUBSISTEM A DE RESERVATÓRIOS ENGENHEIRO ÁVIDOS E SÃO GONÇALO

CIDA DE 01 – So usa
I1 N1 E1
P1 Perímetro Irrigad o CIDA DE 02 – Mariz ópolis
Público d e S ão
P erímetro Irrigado Go n çalo DISTRITO 01 – São G on çalo
Privado de Engenheiro
Ávido R1
Sp1
N2
Rf1
De1 D3
Qa1 D2
N3 N4
D1 P2
D e2 I2 E2 N6

Df1 Qa2
N5
CID ADE 04 – Cajazeiras
R2
R f2
N7
DIST RIT O 02 – Engenheiro Á vid o
Sp2 D e2

LEGENDA
R1 – Reservatór io Engenheiro Á vidos. De i – Vazão defluente. Ii – Vazão afluente a m ontante de Ri .

R2 – Reservatór io São G onç alo Qa i – Vazão Afluente a Jusante de R i. P i – Pr ec ipitaç ão.

Di – D em andas. N i – Nós. Rfi – Des carga de fundo.

E i – Evaporação. Dfi – Vazão a fio d’ água. Sp i – Vertim ento.

Figura 2. Configuração das variáveis e demandas do subsistema.

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2.8 Definição das demandas 4º Regra de operação – Os dois


As demandas analisadas foram reservatórios vão ser operados com um
obtidas no Plano Diretor de Recursos volume meta em 75% do volume útil.
Hídricos da Bacia do Alto-Piranhas (1997), As quatro regras foram simuladas,
onde foram considerados os usos para o considerando um horizonte de tempo de
abastecimento humano, a pecuária, os 360 meses, onde foram determinados os
perímetros privados e públicos e o indicadores de sustentabilidade para cada
consumo das indústrias para o ano de demanda e a eficiência para cada regra de
2013. operação, analisando uma a uma. A partir
destes dados foram calculadas as sinergias
2.9 Definição das regras de operação
de cada regra de operação, considerando a
Para definir a eficiência das regras de
situação da transposição, para enfim
operação para o subsistema de
definir as regras de operação para o
reservatórios Engenheiro Ávido e São
subsistema de reservatório em estudo.
Gonçalo, com ou sem a transposição do rio
São Francisco, foi necessária a criação de
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
quadro regras de operação baseada na
metodologia do volume meta. Esta
O efeito das regras de operação no
metodologia procura manter um volume
subsistema de reservatórios Engenheiro
armazenado próximo da meta em cada mês
Ávidos e São Gonçalo, levando em
para atender as demandas dos diferentes
consideração ou não a transposição do rio
setores. Assim ficaram definidas as
São Francisco, conforme as Figuras 3 e 4,
seguintes situações:
concluiu que a confiabilidade no
1º Regra de operação – Os dois
atendimento às demandas da irrigação e
reservatórios vão ser operados na sua cota
indústria, sem a transposição, foram, na
mínima, ou seja, todo volume útil será
maioria das vezes, inferiores a 90% e
liberado para atender as demandas;
crescentes com o aumento do volume
2º Regra de operação – Os dois
meta, mas o abastecimento humano teve
reservatórios vão ser operados com um
uma confiabilidade de 100%, já que possui
volume meta em 25% do volume útil;
a maior prioridade.
3º Regra de operação – Os dois
reservatórios vão ser operados com um
volume meta em 50% do volume útil;

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RESERVATÓRIO SÃO GONÇALO - SEM TRANSPOSIÇÃO RESERVATÓRIO ENGº ÁVIDOS - SEM TRANSPOSIÇÃO

100 100 100 100 100 100 100 100


91
84 82 89 88 89
74
81 78 81 82 78 81 82
73
66

ABASTECIMENTO IRRIGAÇÃO INDÚSTRIA ABASTECIMENTO IRRIGAÇÃO INDÚSTRIA

REGRA DE OPERAÇÃO 01 REGRA DE OPERAÇÃO 02 REGRA DE OPERAÇÃO 01 REGRA DE OPERAÇÃO 02


REGRA DE OPERAÇÃO 03 REGRA DE OPERAÇÃO 04 REGRA DE OPERAÇÃO 03 REGRA DE OPERAÇÃO 04

Figura 3. Confiabilidade. Figura 4. Confiabilidade.


Com a vinda da transposição todas as independente da regra de operação
demandas serão atendidas em 100%, estabelecida (Figuras 5 e 6).

RESERVATÓRIO ENGº ÁVIDOS - COM TRANSPOSIÇÃO RESERVATÓRIO SÃO GONÇALO - COM TRANSPOSIÇÃO

100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

ABASTECIMENTO IRRIGAÇÃO INDÚSTRIA ABASTECIMENTO IRRIGAÇÃO INDÚSTRIA

REGRA DE OPERAÇÃO 01 REGRA DE OPERAÇÃO 02 REGRA DE OPERAÇÃO 01 REGRA DE OPERAÇÃO 02


REGRA DE OPERAÇÃO 03 REGRA DE OPERAÇÃO 04 REGRA DE OPERAÇÃO 03 REGRA DE OPERAÇÃO 04

Figura 5. Confiabilidade. Figura 6. Confiabilidade.


A análise da resiliência (Figuras 7 e falha com relação ao açude Engenheiro
8), nos cenários sem transposição, mostra Ávidos, por ter uma geometria estrutural
que o açude de São Gonçalo possui uma menor.
maior capacidade de recuperar-se de uma

RESERVATÓRIO SÃO GONÇALO - SEM TRANSPOSIÇÃO RESERVATÓRIO ENGº ÁVIDOS - SEM TRANSPOSIÇÃO

100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

26
19 18 15 15 15 15 17 17 15 17
12

ABASTECIMENTO IRRIGAÇÃO INDÚSTRIA ABASTECIMENTO IRRIGAÇÃO INDÚSTRIA

REGRA DE OPERAÇÃO 01 REGRA DE OPERAÇÃO 02 REGRA DE OPERAÇÃO 01 REGRA DE OPERAÇÃO 02


REGRA DE OPERAÇÃO 03 REGRA DE OPERAÇÃO 04 REGRA DE OPERAÇÃO 03 REGRA DE OPERAÇÃO 04

Figura 7. Resiliência. Figura 8. Resiliência.

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Nos cenários com a transposição, os em nenhum mês entrou em processo de


reservatórios são 100% resilientes, já que falha (Figura 9 e 10).

RESERVATÓRIO ENGº ÁVIDOS - COM TRANSPOSIÇÃO RESERVATÓRIO SÃO GONÇALO - COM TRANSPOSIÇÃO

100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

ABASTECIMENTO IRRIGAÇÃO INDÚSTRIA ABASTECIMENTO IRRIGAÇÃO INDÚSTRIA

REGRA DE OPERAÇÃO 01 REGRA DE OPERAÇÃO 02 REGRA DE OPERAÇÃO 01 REGRA DE OPERAÇÃO 02


REGRA DE OPERAÇÃO 03 REGRA DE OPERAÇÃO 04 REGRA DE OPERAÇÃO 03 REGRA DE OPERAÇÃO 04

Figura 9. Resiliência. Figura 10 – Resiliência.


As Figuras 11 e 12, para os cenários da irrigação e indústria possuem em média
sem transposição, mostram que os setores déficits que podem chegar a 18%.

RESERVATÓRIO SÃO GONÇALO - SEM TRANSPOSIÇÃO RESERVATÓRIO ENGº ÁVIDOS - SEM TRANSPOSIÇÃO

94 98 98 100 100
89 91 85
83 86 85 83 85 84 82
63

0 0 0 0 0 0 0 0

ABASTECIMENTO IRRIGAÇÃO INDÚSTRIA ABASTECIMENTO IRRIGAÇÃO INDÚSTRIA

REGRA DE OPERAÇÃO 01 REGRA DE OPERAÇÃO 02 REGRA DE OPERAÇÃO 01 REGRA DE OPERAÇÃO 02


REGRA DE OPERAÇÃO 03 REGRA DE OPERAÇÃO 04 REGRA DE OPERAÇÃO 03 REGRA DE OPERAÇÃO 04

Figura 11 – Vulnerabilidade. Figura 12 – Vulnerabilidade.


Com a vazão da transposição, zero, oferecendo assim uma segurança
Figuras 13 e 14, a vulnerabilidade caiu à hídrica no atendimento.

RESERVATÓRIO ENGº ÁVIDOS - COM TRANSPOSIÇÃO RESERVATÓRIO SÃO GONÇALO - COM TRANSPOSIÇÃO

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

ABASTECIMENTO IRRIGAÇÃO INDÚSTRIA ABASTECIMENTO IRRIGAÇÃO INDÚSTRIA

REGRA DE OPERAÇÃO 01 REGRA DE OPERAÇÃO 02 REGRA DE OPERAÇÃO 01 REGRA DE OPERAÇÃO 02


REGRA DE OPERAÇÃO 03 REGRA DE OPERAÇÃO 04 REGRA DE OPERAÇÃO 03 REGRA DE OPERAÇÃO 04

Figura 13 – Vulnerabilidade. Figura 14 – Vulnerabilidade.

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A sustentabilidade hídrica do transposição, como é mostrado nas Figuras


subsistema em estudo é bastante 15 e 16, aonde a sustentabilidade chegou à
preocupante para os setores da irrigação e zero.
da indústria nos cenários sem a

RESERVATÓRIO SÃO GONÇALO - SEM TRANSPOSIÇÃO RESERVATÓRIO ENGº ÁVIDOS - SEM TRANSPOSIÇÃO

100 100 100 100 100 100 100 100

28
13
3 2 2 2 5 2 1 1 1 2 3 0 0 0

ABASTECIMENTO IRRIGAÇÃO INDÚSTRIA ABASTECIMENTO IRRIGAÇÃO INDÚSTRIA

REGRA DE OPERAÇÃO 01 REGRA DE OPERAÇÃO 02 REGRA DE OPERAÇÃO 01 REGRA DE OPERAÇÃO 02


REGRA DE OPERAÇÃO 03 REGRA DE OPERAÇÃO 04 REGRA DE OPERAÇÃO 03 REGRA DE OPERAÇÃO 04

Figura 15 – Sustentabilidade hídrica. Figura 16 – Sustentabilidade hídrica.


A situação é revertida com a transposição, como pode ser observado nas Figuras 17 e 18.

RESERVATÓRIO SÃO GONÇALO - COM TRANSPOSIÇÃO RESERVATÓRIO ENGº ÁVIDOS - COM TRANSPOSIÇÃO

100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

ABASTECIMENTO IRRIGAÇÃO INDÚSTRIA ABASTECIMENTO IRRIGAÇÃO INDÚSTRIA

REGRA DE OPERAÇÃO 01 REGRA DE OPERAÇÃO 02 REGRA DE OPERAÇÃO 01 REGRA DE OPERAÇÃO 02


REGRA DE OPERAÇÃO 03 REGRA DE OPERAÇÃO 04 REGRA DE OPERAÇÃO 03 REGRA DE OPERAÇÃO 04

Figura 17 – Sustentabilidade hídrica. Figura 18 – Sustentabilidade hídrica.

Na Figura 19 pode ser observada a assim a liberação por descarga de fundo e


eficiência de cada regra de operação, vertimento, onde possibilitou um aumento
levando em consideração ou não a claro na confiabilidade de atendimento das
transposição do rio São Francisco. No demandas de irrigação e indústria. Para os
cenário sem transposição, a regra de cenários onde foi considerada a
operação 04 mostrou-se a mais eficiente transposição do rio São Francisco, pode ser
para o subsistema em estudo, isso ocorreu observado que a eficiência é praticamente
porque os reservatórios, a cada mês, a mesma com aplicação de qualquer regra
procuraram armazenar água, diminuindo de operação para o subsistema em estudo,

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isso ocorreu porque a vazão que vai ser projeto. Será necessário, para o caso da
transposta é grande, comparativa aos transposição, um estudo mais detalhado de
afluxos naturais, e os reservatórios foram como vai ser usado água para que não
dimensionados para receber vazões ocorram desperdícios, situação constatada
afluentes naturais, conforme definidas em
com a queda da eficiência.

Figura 19 – Eficiência das regras de operação do subsistema de reservatório.

Analisando o ganho sinergético pode ser utilizadas para outras regiões


mostrado na Tabela 03, pode se observar onde haja insegurança hídrica ou então
que o valor da sinergia foi negativo, usada para aumentar os projetos de
indicando que o subsistema está perdendo desenvolvimento socio-econômico-
água por evaporação, vertimento e por ambiental da região.
descarga de fundo. Este superávit de águas

Tabela 3: Sinergia para cada regra de operação.


SITUAÇÕES SIMULADAS SINERGIA
Regra de operação 01 -4,06
Regra de operação 02 -4,06
Regra de operação 03 -4,23
Regra de operação 04 -4,31

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Washington, v. 20, n. 9, p. 1167-


1176, set. (1984).
Com base nos resultados da DRAPER, A. J. Implicit stochastic
confiabilidade, da sustentabilidade hídrica optimization with limited foresight
for reservoir systems. Davis,
e da eficiência das regras de operação, California, 164 f. Thesis in
podemos concluir que a situação ideal para Engineering – University of
California (2001).
o subsistema de reservatórios Engenheiro HASHIMOTO, T.; STEDINGER, J. R.;
Ávido e São Gonçalo, caso a transposição LOUCKS, D. P. Reliability,
resiliency and vulnerability criteria
do rio São Francisco não ocorra, é regra de for water resource system
operação 04, que tem como volumes meta performance evaluation. Water
Resources. Res., Washington, v.
75% a capacidade dos reservatórios, já que 18, n. 1, p. 14-20, (1982).
possui maior eficiência e apresentaram os LOUCKS, D. P. Sustainable water
resources management. Water
melhores resultados para os indicadores de International Resource
sustentabilidade. Para o cenário com a Association, v. 25, n. 1 p. 3-10,
mar. (2000).
transposição seria necessário levar em LOUCKS, D. P. Quantifying trends in
consideração o ganho sinergético para system sustainability. Hydrologic
Science J. v. 42, n. 4, p. 513-
definir a regra ou as regras de operação. 530, (1997).
Contudo as regras de operação escolhidas MATEUS, G. R.; LUNA, H. P. C.
Programação Não-Linear. Belo
foram a 01 ou 02, já que apresentaram um Horizonte UFMG, 1986. 289p.
maior ganho sinérgico em comparação PERH – Plano Estadual de
Recursos Hídrico da Paraíba,
com as outras regras. www.aesa.pb.gov.br/perh/relatorio
_final/Capitulo%205/pdf/5.11%20-
%20TranspAguasBacia
5. REFERÊNCIAS sHidrograficas.pdf (2006).
PDRH-PB - Plano Diretor de Recursos
Hídricos do Estado da Paraíba:
Diagnostico do Estado – estudo de
CELESTE, A. B.; SUZUKI, K.; base das bacias do rio Piancó e
KADOTA, A. A., deterministic- Alto-Piranhas, disponível em CD-
stochastic model for real-time ROM, Scientec, João Pessoa,
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SIMONOVIC, S. P., Reservoir system Alemanha, (1996)..


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multiobjetivo para análise de para sistemas de recursos hídricos.
sistemas de recursos hídricos. Dissertação (Mestrado em
Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil e Ambiental) -
Engenharia Civil e Ambiental) – Universidade Federal de Campina
Universidade Federal de Campina Grande. Orientador: Rosires Catão
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