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Teoria social e geografia humana – Derek Gregory (Livro: Geografia

Humana).

Trata a teoria social como: “série de discursos sobrepostos argumentativos e


contraditórios que procuram de varias maneiras e, com vários propósitos,
ponderar explicitamente e mais ou menos sistematicamente sobre a
organização da vida social [...] [sobre] as práticas sociais e intervir em sua
conduta e consequências. [...] não limita a teoria social a uma disciplina”.

“Discurso” = todas as maneiras pelas quais nos comunicamos uns com os


outros: vasta rede de sinais, símbolos e práticas por meio das quais tornamos
nosso mundo significativo para nós mesmos e para os outros. O termo
[discurso] chama atenção para a integrabilidade da investigação intelectual na
vida social: chama atenção para os contextos e invólucros que dão a forma a
nossos conhecimentos locais – apesar de inevitavelmente, as pretensões da
ciência (da investigação intelectual) serem globais, de conhecer e compreender
o mundo.

Teoria social = não é um tratado expositivo SOBRE a vida social, é intervenção


NA vida social – não é abstrata e distante, ela está dentro da sociedade –
fundamentada em contextos locais - e, por isso, também se “mistura” a
poderes, ao conhecimento e à espacialidade.
A teoria não é fixa e imutável. Ela se adapta localmente. Suas ideias precisam
ser trabalhadas em cada lugar específico.

“Ciência” = termo abraçado ou criticado veementemente. Porém, as ciências


não se afastam (ou pelo menos não deveriam da vida social), elas têm muito
em comum com outras práticas sociais (para o bem ou para o mal). Por isso,
as ciências têm imbricações de poder e conhecimento com a vida social,
apesar de se guardar num manto de objetivismo. Por isso, deve-se desconfiar
de posições que sustentam uma suposta verdade única, suprema e universal,
já que todos os conhecimentos são situados (contextuais).
Implicações mais amplas do interesse contemporâneo na teoria social e
geografia humana: interesse nas categorias de lugar, espaço e paisagem que
costumavam estar apenas no âmbito da geografia humana, começaram a ser
discutidas nas ciências sociais e humanidades. Isso implica, PARA O AUTOR,
que o discurso da geografia se tornou mais amplo do que a disciplina. Meu ver:
as fronteiras da geografia se tornaram mais fluidas.

Ele usa como exemplo a ecologia política e as políticas culturais da “natureza”


– temas que não foram, com poucas exceções, discutidos pela teoria social,
apesar de terem implicações notáveis a ela. O autor, então, trata sobre a
divisão intelectual do trabalho (divisões de disciplinas e seus limites),
explicando que existem razões históricas para essa divisão e que, quando
esses limites são institucionalizados, o aparato acadêmico (academicamente
com professores, cursos, revistas, etc.) passa a demarcar e policiar esses
limites. Entretanto, a vida social não se organiza dessa maneira, portanto, há
mobilidade e fluidez das ideias. Ele se refere a esse “tráfego” de cruzamento
das fronteiras de DISCURSO.

Existem geografias populares (lugar, espaço e paisagem, por exemplo, são


utilizados corriqueiramente por todos – assim como história e biografia). Mas
pensar crítica e sistematicamente sobre a vida social e o espaço social requer
se afastar dos lugares-comuns (não excluí-los, mas coloca-los perante outros
questionamentos).

“Ciência espacial” > mostrou-se incapaz de dizer algo realmente significativo sobre
acontecimentos à medida que eles aconteciam no mundo > “trivialidade” do seu
objetivismo que era desinteressado pelo mundo.

Posteriormente > “geografia radical” economia continua no centro, mas socializando


(economia política) as geometrias abstratas da ciência espacial > passou a analisar
panoramas de acumulação de capital produzidos por processos sociais em espaços
concretos > crise e contradição foram conectadas a produção e reprodução do espaço
e transformações passam ser consideradas consequências de complexos processos
sociais e conflitos sociais > materialismo histórico se difunde nos estudos: entretanto,
costuma priorizar temporalidades (e esquecer a espacialidades).
Começa-se, então, a levar o foco para essas espacialidades do capitalismo > “paisagens
tensas e turbulentas de acumulação, cuja dinâmica é tão volátil e cujas economias-
espaços estão tão deslocadas que se pode vislumbrar por entre as fascinantes
sequências da desterritorialização e da reterritorialização uma nova e intensificada
fluidez nas estruturas político-econômicas do capitalismo; hipermobilidade do capital
financeiro; suposta abolição das distancias que torna quase impossível entender as
redes de comunicações” >>> MUITO do recentes trabalhos continuam interessados na
dinâmica global do capitalismo e nas novas divisões internacionais do trabalho e no
surgimentos de novos regimes de acumulação de capital.

POSTERIORMENTE: respostas críticas e contra-argumentos ao materialismo histórico.


Tabela é mais do que classificação, ela capta as dinâmicas político-intelectuais que
surgem e que estão em contínua transformação.

As pessoas fazem não só histórias, mas também geografias > as relações tempo-espaço
tem relevância na constituição das sociedades e na condução da vida social > crônica e
profundamente perturbadora mudança em nossa experiência diária de tempo e
espaço: os lugares se tornam “fantasmagóricos” > são infiltrados e configurados em
termos de influencias bastante distantes deles > acarreta em profunda crise de
representação (compressão tempo-espaço).

O desafio ambiental (Tim Bayliss-Smith e Susan Owen)

Significado do “ambiente”: duas interpretações > antropocêntrica e bioética.

Antropocêntrica: visão utilitária, ambiente como provedor e sustento para a vida, um


“recurso” para a humanidade que visa sobrevivência, satisfação estética, saúde e etc.
Essa visão carrega conotação tecnocêntrica, ou seja, postula a “administração” dos
recursos para que possam suprir ao máximo às necessidades humanas. Nesse visão, o
ambiente tem apenas “valor de uso” e não tem “valor de existência” (ou seja, mundo
não-humano tem interesses e relevância moral independentes da sua utilidade social).

Preocupação dos “ambientalistas” > pode, muitas vezes, ser restrito ao que é
considerado “natureza” (visão naturalista). Não considera que o AMBIENTE é mais do
que esse conceito de “natureza” e abarca também o mundo social, político e
econômico e material em que vivemos (descaso para as condições humanas).

Ambientalismo: movimento moderno com origens em 60/70; raízes no


conservacionismo e romantismo do século XIX com as preocupações relativas ao
industrialismo e urbanismo (visão da natureza selvagem que precisa ser protegida para
as populações urbano-industriais terem possibilidade de reconexão – natureza boa e
bela).

Movimento ambientalista: eclético > foi se formando em mais de um século > tem
diferenciações no tempo e no espaço (ocidental) > ampla gama de interesses e
objetivos > divisão ecocentrista/tecnocentrista: visão não utilitária do mundo natural,
com bioética, antimaterialismo, rejeição da ciência “objetiva” e pouca fé no dilema
técnico/acréscimo em riqueza material é desejável e possível com administração dos
recursos, mundo de ciência e tecnologia “neutras”, visão utilitária dos recursos
naturais.

Diz o texto que o movimento não é claramente alinhado a visões ideológicas e políticas
(direita-esquerda) > o ecocentrismo porque diz representar um paradigma totalmente
novo e o tecnocentrismo porque considera os problemas ambientais como
politicamente neutros.

Análise do movimento ecocentrista: proponente de mudança social radical;


progressista e considerado centro-esquerda; também acusado de elitista e reacionário
(interesses baseados em classes na preservação do status quo); raízes em comum com
anarco-comunismo e socialismo.

Neomalthusiano (anos 70): crescimento econômico e população zero e escassa


atenção para as implicações políticas para os pobres (“ecofascismo”) > visão foi
suplantada nos anos 80 pelo conceito de “desenvolvimento sustentável”.

“Desenvolvimento sustentável” > não pressupõe crescimento zero, mas sim, com
limites que são definidos pela necessidade de respeitar os ciclos biogeoquímicos (que
podem ser ampliados) > “sustentabilidade”: difícil de definir e mais difícil de alcançar;
mas o conceito contribui pra mudar a percepção de que ambiente era um luxo apenas
para os ricos, transitando para a ideia de que ambiente é uma necessidade para
sobrevivência e para o desenvolvimento econômico.

Fim do século XX > mundo como aldeia global > questão ambiental: fome e ameaças
de riscos > alimento como o mais fundamental recurso obtido do ambiente > grau de
suprimento adequado e garantido de alimentos representa relacionamentos
ecológicos de dada população.

Considera avanços tecnologias e Revolução Verde importantes para a “agricultura


tropical” > diz que número de pessoas que sofrem com a ingestão insuficiente é
crescente e não vê menor numero de países como um problema (fome mais
concentrada) > afirma que população que sofre com pobreza e desnutrição são
aquelas que estão em áreas vulneráveis aos riscos naturais – como se isso justificasse
que essa população se mantenha em pobreza e fome e não houvesse questões sociais,
politicas e econômicas envolvidas.

Texto traz 5 explicações midiáticas para as crises de escassez de alimentos:

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