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Brasília, 9 a 13 de fevereiro de 1998 - Nº 99

Data (páginas internas): 19 de fevereiro de


1998.

Este Informativo, elaborado a partir de


notas tomadas nas sessões de julgamento das
Turmas e do Plenário, contém resumos não-
oficiais de decisões proferidas pelo Tribunal. A
fidelidade de tais resumos ao conteúdo efetivo
das decisões, embora seja uma das metas
perseguidas neste trabalho, somente poderá
ser aferida após a sua publicação no Diário da
Justiça.

ÍNDICE DE ASSUNTOS
ADC: Extensão dos Efeitos da Liminar
ADIn: Cabimento
ADIn: Ilegitimidade Ativa
Aposentadoria de Rurícola
Conflito de Competência: Inexistência
Estupro e Presunção de Violência
ICMS e Não-Cumulatividade
Legitimidade Ativa do Ministério Público
Mandado de Injunção Coletivo: Admissibilidade
Maus Antecedentes
Medida Liminar: Apreciação pelo Colegiado
Prescrição da Pretensão Punitiva Antecipada
Princípio da Reserva de Lei
Procurador-Geral de Justiça: Mandato
RE: Conhecimento
Reforma da Previdência: “Cláusulas Pétreas”
Representação de Inconstitucionalidade
Selo-Pedágio

PLENÁRIO
Medida Liminar: Apreciação pelo Colegiado
O Tribunal reconheceu a possibilidade de o relator,
em sede de mandado de segurança, submeter à apreciação do
Plenário o pedido de medida cautelar. Pautou-se a decisão no
que preconiza o RISTF em seus artigos 21, III e IV ("Art. 21
- São atribuições do Relator: ... III- Submeter ao Plenário ...
questões de ordem para o bom andamento dos processos;
IV- Submeter ao Plenário ... medidas cautelares necessárias
à proteção de direito suscetível de grave dano e de incerta
reparação ...") e 22, parágrafo único, b, que preceitua que o
relator submeterá o feito ao julgamento do Plenário quando,
em razão da relevância da questão jurídica, convier o seu
pronunciamento. Vencido o Min. Marco Aurélio, que atribuía
a decisão ao juízo monocrático do relator, à luz do que prevê
o § 1º do art. 203 do RISTF (“Quando relevante o
fundamento e do ato impugnado puder resultar ineficácia da
medida, caso deferida, o Relator determinar-lhe-á a
suspensão, salvo nos casos vedados em lei”). Precedente
citado: MS 22.864-DF (v. Informativo 74). MS 23.047-DF,
rel. Ministro Sepúlveda Pertence, 11.2.98.

Reforma da Previdência: “Cláusulas Pétreas”


Continuando o julgamento acima mencionado, o
Tribunal, examinando medida cautelar em mandado de
segurança impetrado por deputados federais, em que se
pretendia a suspensão da votação da chamada reforma da
Previdência Social na Câmara dos Deputados (Proposta de
Emenda à Constituição - PEC nº 33-I/95), indeferiu a liminar
pela inexistência, na referida Proposta, de qualquer preceito
tendente a abolir os direitos e garantias individuais ou a
forma federativa do Estado (CF, art. 60, § 4º, I e IV), de
modo a justificar a suspensão do processo legislativo por
ordem judicial. Vencido o Min. Marco Aurélio, que deferia o
pedido. MS 23.047-DF, rel. Ministro Sepúlveda Pertence,
11.2.98.

ADC: Extensão dos Efeitos da Liminar


Retomando o julgamento da ação declaratória de
constitucionalidade (v. Informativo 98), proposta pelo
Presidente da República, pela Mesa do Senado Federal e pela
Câmara dos Deputados, que tem por objeto o artigo 1º da Lei
9.494/97 (“Aplica-se à tutela antecipada prevista nos arts.
273 e 461 do Código de Processo Civil o disposto nos arts.
5º e seu parágrafo único e 7º da Lei 4.348, de 26 de junho
de 1964, no art. 1º e seu § 4º da Lei 5.021, de 9 de junho de
1966, e nos arts. 1º, 3º e 4º da Lei 8.347, de 30 de junho de
1992.”), o Tribunal, por votação majoritária, deferiu, em
parte, o pedido de medida cautelar, para suspender, com
eficácia ex nunc e com efeito vinculante, até final julgamento
da ação, a prolação de qualquer decisão sobre pedido de
tutela antecipada, contra a Fazenda Pública, que tenha por
pressuposto a constitucionalidade ou inconstitucionalidade
do art. 1º da Lei nº 9.494, de 10/9/97, sustando, ainda, com a
mesma eficácia, os efeitos futuros dessas decisões
antecipatórias de tutela já proferidas contra a Fazenda
Pública, vencidos, em parte, o Ministro Néri da Silveira, que
deferia a medida cautelar em menor extensão, e,
integralmente, os Ministros Ilmar Galvão e Marco Aurélio,
que a indeferiam” Precedente citado: ADInMC 1.576-DF
(acórdão pendente de publicação, v. Informativo 67).
ADC(MC) 4-UF, rel. Min. Sydney Sanches, 11.2.98.

ADIn: Ilegitimidade Ativa


Por falta de legitimidade ativa ad causam, o
Tribunal não conheceu de ação direta de
inconstitucionalidade ajuizada pela Federação das
Associações dos Engenheiros Agrônomos do Brasil -
FAEAB, tendo em vista que não se trata de entidade de
classe de âmbito nacional para efeito do art. 103, IX, 2ª
parte, da CF (“Podem propor a ação de
inconstitucionalidade: ...IX - confederação sindical ou
entidade de classe de âmbito nacional”), mas sim de
“associação de associações”. Vencidos os Ministros Marco
Aurélio e Sepúlveda Pertence, que dela conheciam.
Precedentes citados: ADInMC 1.621-RJ (acórdão pendente
de publicação, v. Informativo 84) e ADInMC 1.676-DF
(acórdão pendente de publicação, v. Informativo 86).
ADInMC 1.771-DF, rel. Min. Moreira Alves, 11.2.98.

Princípio da Reserva de Lei - 1


O Tribunal deferiu medida cautelar em ação direta
de inconstitucionalidade proposta pelo Procurador-Geral da
República para suspender, com eficácia ex tunc, a execução e
a aplicabilidade da deliberação administrativa tomada no
Processo GDG nº 353/97, pelo TRT da 15ª Região
(Campinas), que reconheceu a existência do direito ao
reajuste de 11,98%, a partir de abril de 1994, com os valores
corrigidos monetariamente, resultado da conversão em URV
dos vencimentos dos juízes togados, classistas e servidores
do referido TRT, determinando-se, ainda, a imediata
restituição dos valores eventualmente pagos.

Princípio da Reserva de Lei - 2


O Tribunal considerou relevante a argüição de
inconstitucionalidade sustentada com fundamento no art. 96,
II, c, da CF, que estabelece a competência privativa dos
Tribunais Superiores e dos Tribunais de Justiça para a
iniciativa de leis que disponham sobre a remuneração de
seus servidores. Salientou-se o desrespeito do TRT da 15ª
Região (Campinas) às decisões do STF proferidas na ADIn
1.244-SP (Medida Cautelar, RTJ 158/66; e Questão de
Ordem, julgada em 28.8.97, acórdão pendente de publicação,
v. Informativo 81), que suspenderam a eficácia de anterior
deliberação administrativa do mesmo TRT sobre matéria
idêntica, sendo diverso apenas o índice utilizado (10,94%).
ADInMC 1.781-SP, rel. Néri da Silveira, 11.2.98.

Procurador-Geral de Justiça: Mandato


O Tribunal deferiu medida cautelar em ação direta
ajuizada pelo Procurador-Geral da República atendendo
pedido formulado pela Confederação Nacional do Ministério
Público - CONAMP , para suspender, na Lei Orgânica do
Ministério Público do Estado da Bahia (LC estadual nº
11/96), as disposições que prevêem, no caso de vacância do
cargo de Procurador-Geral de Justiça, a eleição e nomeação
de novo Procurador-Geral para que complete o período
restante do mandato de seu antecessor. Considerou-se
juridicamente relevante a tese de ofensa ao § 3º, do art. 128,
da CF, que fixa em dois anos o mandato dos Procuradores-
Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito
Federal. ADInMC 1.783-BA, rel. Min. Sepúlveda
Pertence, 13.2.98.

Mandado de Injunção Coletivo: Admissibilidade


Por maioria de votos, o Tribunal reconheceu a
legitimidade ativa de entidades sindicais para a propositura
de mandado de injunção coletivo, quando a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício de direitos
constitucionais de seus membros. Vencido o Min. Marco
Aurélio, relator, que não admitia o mandado de injunção
coletivo do impetrante, Sindicato dos Trabalhadores Rurais
de Pombos-PE, por entender que a referida ação trata de
direitos individuais. Precedentes citados: MI 20-DF (DJU de
22.11.96), MI 73-DF (DJU de 19.12.94); MI 361-RJ (RTJ
158/375). Prosseguindo no julgamento, o Tribunal julgou
prejudicado o mandado de injunção pela superveniência de
medida provisória disciplinando o art. 7º, XI, da CF, objeto
da ação. Vencido, neste ponto, o Min. Sepúlveda Pertence.
MI 102-PE, rel. orig. Min. Marco Aurélio, rel. p/ acórdão,
Min. Carlos Velloso, 12.2.98.

Aposentadoria de Rurícola
Em virtude da existência de dissídio entre as
Turmas, o Tribunal julgou uma série de embargos de
divergência em recurso extraordinário reiterando a decisão
proferida no julgamento dos embargos de divergência no
recurso extraordinário nº 163.332-RS (sessão Plenária de
29.10.97, v. Informativo 90) , prevalecendo o entendimento
de que o art. 202, I, da CF, não é auto-aplicável [“É
assegurada aposentadoria, nos termos da lei, (...) e
obedecidas as seguintes condições: I - aos sessenta e cinco
anos de idade, para homem e aos sessenta, para mulher,
reduzido em cinco anos o limite de idade para os
trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que
exerçam suas atividades em regime de economia familiar,
neste incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador
artesanal;”]. Vencidos os Ministros Marco Aurélio, Carlos
Velloso e Néri da Silveira, que os rejeitavam. Precedente
citado: RE 193.456-RS (DJU de 7.11.97). RE
(EDv)160.061-SP, 163.462-RS, 163.370-RS, rel. Min.
Sydney Sanches, 12.2.98.

ADIn: Cabimento
Não se conhece de ação direta de
inconstitucionalidade contra atos normativos de conteúdo
meramente administrativo, ainda que estes sejam editados
sob a forma de lei. Com base nesse entendimento, o
Tribunal, resolvendo questão de ordem suscitada pelo Min.
Sydney Sanches, relator, não conheceu de ação direta
interposta por diversos partidos políticos (PT, PC do B, PDT,
PSB E PV), na qual se impugnava a Lei 9.438/97 (Lei
Orçamentária Anual), na parte em que disciplinava a
utilização de recursos da Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira - CPMF, por entender que a
norma atacada tem conteúdo administrativo de efeitos
concretos. Precedentes citados: Rp 1.160-SP (RTJ 108/505);
ADInMC 647-DF (RTJ 140/36); ADInMC 842-DF (RTJ
147/545). ADIn (QO) 1.640-UF, rel. Min. Sydney Sanches,
12.2.98.

Legitimidade Ativa do Ministério Público


O Ministério Público tem legitimidade ativa para
interpor recurso extraordinário contra decisão concessiva de
habeas corpus, uma vez que ele não intervém em habeas
corpus na condição de órgão acusador, mas sim na de custos
legis (v. Informativo 79). Vencido o Min. Marco Aurélio, que
não conhecia do recurso do Ministério Público Federal, por
entender que o recurso extraordinário pressupõe a existência
de causas decididas em única ou última instância, o que não
ocorre, em habeas corpus. Prosseguindo no julgamento do
mérito do recurso extraordinário em que se discute a
legitimidade da prisão civil do devedor, na alienação
fiduciária em garantia, caso o bem alienado não seja
encontrado ou não se ache sob sua posse , o julgamento foi
adiado em virtude do pedido de vista do Min. Carlos Velloso.
RE 206.482-DF, rel. Min. Maurício Corrêa, 12.2.98.

Conflito de Competência: Inexistência


Inexiste conflito de competência entre o STJ e os
Tribunais Regionais Federais, uma vez que este incidente
pressupõe decisões proferidas por órgãos entre os quais não
haja hierarquia jurisdicional. Com esse entendimento, o
Tribunal não conheceu de conflito negativo de competência
entre o TRF da 1ª Região e o STJ tendo em vista que as
decisões daquele são de competência recursal deste. Tratava-
se, na espécie, de inquérito instaurado perante o TRF que,
entendendo haver elementos que atraíam a competência do
STJ para o processamento e julgamento do feito, remetera os
autos ao STJ que, por sua vez, devolvera-os. Precedentes
citados: CC 6.996-RS (RTJ 143/543); CC 6.997-PR (RTJ
143/547); CC 7.002-MG (RTJ 143/550). CC 6.990-DF, rel.
Min. Maurício Corrêa, 12.2.98.

PRIMEIRA TURMA
RE: Conhecimento
A aplicação errônea de dispositivo constitucional
pelo acórdão recorrido não vincula o STF ao conhecimento
do recurso extraordinário, em que se discute sobre a
interpretação do dispositivo erroneamente aplicado. Com
esse entendimento, a Turma, por maioria, não conheceu de
recurso extraordinário em que se discutia a interpretação do
art. 7º, XXVIII, da CF que assegura ao trabalhador, no caso
de acidente do trabalho, o recebimento do valor do seguro e
de indenização do empregador, quando este incorrer em dolo
ou culpa , que fora aplicado, indevidamente, a fato ocorrido
antes da promulgação da CF/88. Tratava-se, na espécie, de
recurso extraordinário interposto por trabalhador contra
acórdão do Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais,
que condenara o empregador ao pagamento de indenização
por acidente de trabalho, ocorrido em 1985, com base no
referido dispositivo constitucional , no qual se pretendia
maior extensão do quantum indenizatório. Vencido o Min.
Sepúlveda Pertence, relator, que conhecia do recurso por
entender que a discussão sobre a aplicação, ou não, do
referido art. 7º, XXVIII, da CF, ao caso concreto, estaria
preclusa, já que esta matéria fora versada unicamente no
recurso extraordinário adesivo do empregador, que fora
indeferido na origem. RE 221.892-MG, rel. orig. Min.
Sepúlveda Pertence, rel. p/ o acórdão Min. Moreira
Alves, 3.2.98.

Prescrição da Pretensão Punitiva Antecipada


Não se admite a prescrição retroativa por
antecipação, uma vez que, além de inexistir previsão legal,
não se pode, antes da sentença condenatória, presumir a pena
frente às circunstâncias do caso concreto. Com esse
entendimento, a Turma negou provimento a recurso de
habeas corpus em que se pretendia o reconhecimento
antecipado da prescrição retroativa sob o argumento de que,
no caso de eventual condenação, a pena do paciente não
poderia exceder o mínimo legal, tendo em vista as regras de
fixação da pena (CP, art. 59). Precedente citado: RHC
66.913-DF (RTJ 135/590). RHC 76.153-SP, rel. Ilmar
Galvão, 10.2.98.

Maus Antecedentes
Ainda que as condenações anteriores do réu não
sejam consideradas para efeito de reincidência, nos termos
do art. 64, I , do CP [“Para efeito de reincidência: I - não
prevalece a condenação anterior, se entre a data do
cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior
tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco)
anos”], podem ser utilizadas como maus antecedentes na
fixação da pena-base pelo juiz. Precedente citado: HC
74.967-SP (DJU de 30.5.97). HC 75.965-MG, rel. Sydney
Sanches, 10.2.98.

SEGUNDA TURMA
ICMS e Não-Cumulatividade
Tendo em vista que o fato de a legislação estadual
não autorizar a correção monetária de créditos escriturais do
ICMS não ofende o princípio da não-cumulatividade, a
Turma, por maioria, conheceu de recurso extraordinário do
Estado de São Paulo e lhe deu provimento para denegar a
segurança concedida à empresa contribuinte pelo acórdão do
Tribunal de Justiça local, que admitira a correção monetária
do saldo credor do ICMS relativamente aos meses de agosto
de 1989 a novembro de 1993, período este em que a Lei
estadual nº 6.374/89 (art. 38, § 2º) autorizava tão-só a
escrituração dos créditos em seu valor nominal. Precedente
citado: AG (AgRg) 181.138-SP (DJU de 18.4.97). RE
215.470-SP, rel. Min. Maurício Corrêa, 10.2.98.

Representação de Inconstitucionalidade
Admite-se o ajuizamento de representação de
inconstitucionalidade perante tribunal de justiça estadual
contra lei municipal frente a dispositivos da Constituição
local (CF, art. 125, § 2º), ainda que estes dispositivos sejam
reprodução de normas da Constituição Federal.
Reconhecendo a eficácia jurídica das normas constitucionais
estaduais, a Turma conheceu e deu provimento a recurso
extraordinário contra acórdão do Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo que julgara extinto o processo de
representação de inconstitucionalidade sem julgamento de
mérito, a fim de que o referido Tribunal de Justiça julgue a
presente ação, quanto ao mérito, como entender. RE
176.483-SP e RE 169.863-SP, rel. Min. Maurício Corrêa,
10.2.98.

Estupro e Presunção de Violência


O consentimento da vítima menor de quatorze
anos e sua experiência sexual anterior não descaracterizam a
presunção de violência do crime de estupro (CP, art. 213 c/c
art. 224, a), conforme entendimento firmado pelo Plenário
no julgamento do HC 74.983-RS (DJU de 29.8.97, v.
Informativo 77). Habeas corpus indeferido, vencido o Min.
Marco Aurélio, que deferia a ordem, ao fundamento de que a
presunção de violência é relativa. Precedentes citados: HC
74.700-PR (DJU de 9.5.97); RE 108.267-PR (RTJ 130/802);
HC 74.286-SC (DJU de 4.4.97); HC 74.580-SP (DJU de
7.3.97); HC 69.084-RJ (RTJ 141/203) e HC 74.983-RS (DJU
de 29.08.97). HC 76.246-MG, Min. Carlos Velloso,
13.2.98.

Selo-Pedágio
Iniciado o julgamento de recursos extraordinários
em que se discute a constitucionalidade do selo-pedágio,
instituído pela Lei 7.712/88. Após o voto do Min. Carlos
Velloso, relator, dando pela constitucionalidade do referido
tributo, tendo em vista sua natureza jurídica de taxa, o
julgamento foi adiado em virtude do pedido de vista do Min.
Maurício Corrêa. RE 194.862-RS e 181.475-RS, rel. Min.
Carlos Velloso,13.2.98.

Sessões Ordinárias Extraordinárias Julgamentos

Pleno 11.2.98 12.2.98 33


1ª Turma 10.2.98 --------- 86
2ª Turma 10.2.98 13.2.98 228

CLIPPING DO DJ
13 de fevereiro de 1998

AÇÃO ORIGINÁRIA N. 331-8 - questão de ordem


RELATOR : MIN. OCTAVIO GALLOTTI
EMENTA: Para afastar a competência conferida, ao Supremo
Tribunal, pelo art. 102, I, n, da Constituição, basta a disponibilidade
de Desembargadores efetivos desimpedidos, capazes de formar a
maioria da Câmara competente para o julgamento podendo ser, para
tanto, convocados titulares pertencentes a outros órgãos do mesmo
Tribunal.

AÇÃO RESCISÓRIA N. 1.345-0


RELATOR : MIN. ILMAR GALVÃO
REVISOR : MIN. MAURÍCIO CORRÊA
EMENTA: ACÓRDÃO PELO QUAL FOI CASSADA DECISÃO
DO EXTINTO TFR, CONFIRMATÓRIA DE SENTENÇA QUE
TRANSFORMOU A APOSENTADORIA DE BENEFICIÁRIO DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL EM ESPECIAL. ALEGADA OFENSA
AO ART. 153, § 3º, DA EC 01/69.
Aposentadoria especial que, no caso, decorreu do fato de haver a lei
reconhecido como de natureza penosa a atividade cumprida pelo
filiado e não da aplicação retroativa da Lei nº 6.887/80, vedada pela
jurisprudência do STF, como inadvertidamente entendido pelo
acórdão impugnado. Manifesta ofensa ao dispositivo constitucional
sob enfoque.
Procedência da ação, com declaração de não-conhecimento do
recurso extraordinário.

EXTRADIÇÃO N. 545
RED. P/ O ACORDÃO: MIN. CELSO DE MELLO
E M E N T A: EXTRADIÇÃO - SÚDITO PORTUGUÊS -
EMISSÃO FRAUDULENTA DE CHEQUES - ALEGADA
CONFIGURAÇÃO DE GARANTIA DE DÉBITOS FUTUROS -
IMPOSSIBILIDADE DE O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
DISCUTIR MATÉRIA PROBATÓRIA NO ÂMBITO DO
PROCESSO EXTRADICIONAL - JUÍZO DE DELIBAÇÃO
INCOMPATÍVEL COM O JUÍZO DE REVISÃO - FATO QUE
ATENDE À EXIGÊNCIA DA DUPLA TIPICIDADE -
RESTRIÇÕES JURÍDICAS AO PODER DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL EM MATÉRIA EXTRADICIONAL -
EXTRADIÇÃO DEFERIDA.

EXTRADIÇÃO PASSIVA E SISTEMA DE CONTENCIOSIDADE


LIMITADA - INADMISSIBILIDADE DE DISCUSSÃO SOBRE A
PROVA PENAL PRODUZIDA PERANTE TRIBUNAL DO
ESTADO REQUERENTE.
O processo de extradição passiva não admite, entre as partes que
nele figuram, a instauração de contraditório destinado a questionar
os elementos probatórios produzidos na causa penal que motivou a
postulação extradicional deduzida por Governo estrangeiro perante o
Estado brasileiro.

O sistema de contenciosidade limitada, que caracteriza o regime


jurídico da extradição passiva no direito positivo brasileiro, não
permite qualquer indagação probatória pertinente ao ilícito criminal
cuja persecução no Exterior justificou o ajuizamento da demanda
extradicional perante o Supremo Tribunal Federal.

EXTRADIÇÃO PASSIVA E JUÍZO DE DELIBAÇÃO.

O Supremo Tribunal Federal, em tema de extradição passiva, profere


simples juízo de delibação que lhe permite unicamente examinar,
nos termos do ordenamento positivo nacional e dos tratados
bilaterais específicos eventualmente existentes, os pressupostos e as
condições necessárias ao atendimento da postulação extradicional. O
sistema de controle limitado que informa o modelo normativo que
rege, no Brasil, os processos de extradição passiva revela-se
incompatível com a formulação de qualquer juízo revisional que
tenha por objeto o exame da própria substância probatória pertinente
ao fato delituoso que motivou o pedido extradicional.

O sistema de delibação prevalecente no direito positivo brasileiro


não investe o Supremo Tribunal Federal de qualquer poder para
reexaminar a própria sentença penal condenatória emanada do
Estado estrangeiro (extradição executória) e nem defere a esta Corte
Suprema, tratando-se de extradição instrutória, competência para
apreciar os elementos de instrução ministrados pelas peças
consubstanciadoras da informatio delicti.

O Supremo Tribunal Federal, sob pena de atuar ultra vires em sede


extradicional, "não pode indagar dos pressupostos da persecução
penal no Estado requerente, nem cuidar da justiça ou injustiça da
condenação neste pronunciada" (JOSÉ FREDERICO MARQUES,
"Tratado de Direito Penal", vol. I/319, 2ª ed., 1964).

EXTRADIÇÃO E DUPLA TIPICIDADE.

- A exigência da dupla incriminação constitui requisito essencial ao


atendimento do pedido de extradição. O postulado da dupla
tipicidade impõe que o ilícito penal atribuído ao extraditando seja
juridicamente qualificado como crime tanto no Brasil quanto no
Estado requerente, sendo irrelevante, para esse específico efeito, a
eventual variação terminológica registrada nas leis penais em
confronto.

A possível diversidade formal concernente ao nomen juris das


entidades delituosas não atua como causa obstativa da extradição,
desde que o fato imputado constitua crime sob a dupla perspectiva
dos ordenamentos jurídicos vigentes no Brasil e no Estado
estrangeiro que requer a efetivação da medida extradicional.

O fato atribuído ao extraditando - emissão de cheque, sem provisão


de fundos, para pagamento de mercadorias - constitui, em tese,
infração penal, quer à luz da legislação portuguesa, quer em face do
que prescreve o ordenamento positivo brasileiro. Satisfaz-se, desse
modo, a exigência legal da dupla incriminação ou da dupla
tipicidade inscrita no Estatuto do Estrangeiro (art. 77, II).

HC N. 75.881
RELATOR : MIN. MAURÍCIO CORRÊA
EMENTA: "HABEAS CORPUS". ROUBO QUALIFICADO.
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE: CONDENADO NÃO
REINCIDENTE: REGIME SEMI-ABERTO.
1. Ainda que o Juiz ou o Tribunal não seja impedido de fixar,
conquanto o faça fundamentadamente, o regime inicial fechado para
o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro)
anos e não exceda a 8 (oito) anos, a regra para o início da execução
penal é o regime semi-aberto (art. 33, § 2º, alínea "b" do CP).
2. Reconhecido que o réu é primário e de bons antecedentes,
configura constrangimento ilegal a decisão que agravou o regime
inicial de cumprimento da pena, fundamentando-se na gravidade em
abstrato do tipo penal.
3. Habeas corpus deferido.

HC N. 75.945
RELATOR : MIN. SEPÚLVEDA PERTENCE
EMENTA: Crime contra a ordem tributária (L. 8.197/90, art. 1º, I):
infração material — ao contrário do que sucedia no tipo similar da
L. 4.729/65 —, à consumação da qual é essencial que, da omissão da
informação devida ou da prestação da informação falsa, haja
resultado efetiva supressão ou redução do tributo: circunstância
elementar, entretanto, em cuja verificação, duvidosa no caso, não se
detiveram as decisões condenatórias: nulidade.

HABEAS CORPUS N. 76.102


RELATOR : MIN. MAURÍCIO CORRÊA
EMENTA: HABEAS-CORPUS. ROUBO DUPLAMENTE
QUALIFICADO. PENA-BASE EXASPERADA DE 9 ANOS DE
RECLUSÃO, ACRESCIDA DE 6 ANOS POR DUAS
QUALIFICADORAS. ALEGAÇÃO DE NULIDADE DO
PROCESSO-CRIME PELA NÃO REALIZAÇÃO DE EXAME DE
CORPO DE DELITO E PELA EXISTÊNCIA DE QUATRO
TESTEMUNHAS, DAS QUAIS APENAS UMA PRESENCIOU
OS FATOS.
ORDEM DE HABEAS-CORPUS INDEFERIDA, MAS
CONCEDIDA EX-OFFÍCIO: GRAVAME PELAS
QUALIFICADORAS DE 2/3, ACIMA DO MÁXIMO LEGAL DE
1/2 (CP, art. 157, § 2º).
1. A não realização do exame de corpo de delito (CPP, art. 158) não
implica em nulidade (CPP, art. 564, III, b, e do CPP) quando o
crime, pela forma como realizado, não deixa vestígios ou quando
estes desaparecerem (CPP, art. 167).
2. A quantidade de testemunhas que comparece em juízo não é dado
relevante para o convencimento do juiz, nem para atender pedido de
anulação do processo.
3. Habeas-corpus conhecido, mas indeferido.
4. Ordem de habeas-corpus concedida ex-offício (CPP, 654, § 2º, e
RI-STF, art. 193, II) para anular a parte da sentença que exasperou a
pena, pela presença de duas qualificadoras, acima do máximo legal,
e determinar que outra seja lavrada, nesta parte, dentro dos limites
legais e devidamente fundamentada.

HC N. 76.209
RELATOR : MIN. ILMAR GALVÃO
EMENTA: HABEAS CORPUS. IMPUGNAÇÃO DIRIGIDA
CONTRA DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
QUE, PROCEDEU À REVISÃO DE JULGADO ANTERIOR.
Ao proferir a decisão exaure-se o poder jurisdicional do Órgão
julgador. Eventuais alterações na situação de fato da paciente
deverão ser apreciadas pelo Juízo da Execução, não mais pelo
Superior Tribunal de Justiça.
Habeas corpus deferido.

HABEAS CORPUS N. 76.320


RELATOR : MIN. SEPÚLVEDA PERTENCE
EMENTA: Sentença condenatória: validade: aplicação da causa
especial da pena - ser internacional o tráfico de entorpecentes (L.
6.368/76, art. 18, I) - que, embora não incluída na capitulação do
fato pela denúncia, nela vinha descrita com clareza: hipótese de
classificação jurídica de imputação (C.Pr.Penal, art. 383) e não de
decisão ultra petita (C.Pr.Penal, art. 384).

RE N. 164.750
RELATOR : MIN. SEPÚLVEDA PERTENCE
EMENTA: I. Vencimentos do servidor público: teto: validade de seu
estabelecimento, no regime constitucional anterior, de modo a
alcançar inclusive as vantagens pessoais: impertinência da invocação
da jurisprudência hoje firmada em sentido contrário, à vista, porém,
de preceitos da Constituição vigente.
II. Vencimentos de servidor público: inexistência de direito
adquirido a certo regime jurídico de composição e cálculo das
parcelas da remuneração, ainda quando incidente — o que não era o
caso — a garantia de irredutibilidade.
III. Recurso extraordinário: descabimento para interpretação de
direito local, do que se ressalva, contudo, conforme jurisprudência
vetusta, a hipótese em que, para solver a questão de direito
intertemporal, seja necessário fixar o sentido da lei local cuja
incidência se questiona.

RE N. 170.014
RELATOR : MIN. ILMAR GALVÃO
EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. ART. 37,
§ 6º, DA CONSTITUIÇÃO. PRESO ASSASSINADO NA CELA
POR OUTRO DETENTO.
Caso em que resultaram configurados não apenas a culpa dos
agentes públicos na custódia do preso —— posto que, além de o
terem recolhido à cela com excesso de lotação, não evitaram a
introdução de arma no recinto —— mas também o nexo de
causalidade entre a omissão culposa e o dano.
Descabida a alegação de ofensa ao art. 37, § 6º, da CF.
Recurso não conhecido.
* noticiado no Informativo 90

RE N. 181.406-3
RELATOR : MIN. ILMAR GALVÃO
EMENTA: ADMINISTRATIVO. MOTORISTAS DA
COORDENADORIA DOS ESTABELECIMENTOS
PENITENCIÁRIOS DE SÃO PAULO. PRETENDIDA
TRANSFORMAÇÃO DE SEUS CARGOS EM AGENTE
POLICIAL, SOB INVOCAÇÃO DO ART. 39, § 1º, DA
CONSTITUIÇÃO.
Providência insuscetível de ser concretizada senão por via de ato de
natureza legislativa. Subsistência da Súmula nº 339 do STF.
Recurso não conhecido.

RE N. 191.018-6
RELATOR : MIN. ILMAR GALVÃO
EMENTA: SERVIDORES INATIVOS. AUXÍLIO MORADIA.
VANTAGEM CONCEDIDA POR LEI PARA OS SERVIDORES
NO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE POLICIAL.
INEXTENSIBILIDADE AOS INATIVOS. ARTIGO 40, § 4º DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
A lei instituidora de vantagem funcional, que tem por pressuposto o
exercício da atividade policial, não se estende a quem já se
encontrava inativado.
O que a norma inscrita no § 4º do art. 40 da Constituição da
República deseja é que os benefícios ou vantagens de natureza geral
sejam estendidos aos aposentados, mas não aqueles que dependem
do atendimento de condição inscrita na lei.
Recurso conhecido e provido.

RE N. 192.271-1
RELATOR : MIN. ILMAR GALVÃO
EMENTA: SERVIDORES INATIVOS. LEI QUE CONCEDE
VANTAGEM FUNCIONAL PARA O EXERCÍCIO DE
ATIVIDADE DE MAGISTÉRIO. INEXTENSIBILIDADE AOS
INATIVOS.
A lei instituidora de vantagem funcional, que tem por pressuposto o
exercício de função de magistério, não se estende a quem já se
encontrava inativado.
O que a norma inscrita no § 4º do art. 40 da Constituição da
República deseja é que os benefícios ou vantagens de natureza geral
sejam estendidos aos aposentados, mas não aqueles que dependem
do atendimento de condição inscrita na lei.
Recurso não conhecido.

RE N. 196.079-5
RELATOR : MIN. ILMAR GALVÃO
EMENTA: SERVIDORES ESTADUAIS INATIVOS. ESTADO DE
MATO GROSSO. ADICIONAIS POR TEMPO DE SERVIÇO
CALCULADOS SOBRE GRATIFICAÇÃO DE
PRODUTIVIDADE. ALEGADA AFRONTA AOS ARTS. 37, XIII;
167, IV; 169 E INCISOS; E 37, XIV, DA CONSTITUIÇÃO. ART.
17 DO ADCT.
Ausência de preqüestionamento relativamente aos três primeiros
dispositivos indicados (Súmulas 282 e 356).
Inocorrência da alegada ofensa ao art. 37, XIV, da Constituição, e,
conseqüentemente, ao art. 17 do ADCT, dado tratar-se de vantagens
funcionais que contemplam circunstâncias diversas, seja, o resultado
do trabalho do servidor e o tempo de efetivo exercício no cargo ou
função pública.
Inconstitucionalidade não demonstrada.
Recurso não conhecido.

RE N. 197.050-2
RELATOR : MIN. ILMAR GALVÃO
EMENTA: ADMINISTRATIVO. ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.
SERVIDORES PÚBLICOS (AGENTES DE TRIBUTOS
ESTADUAIS). VANTAGENS PESSOAIS CALCULADAS SOBRE
VENCIMENTOS INTEGRADOS PELA GRATIFICAÇÃO DE
PRODUTIVIDADE. ALEGADA OFENSA AO ART. 37, XIV, DA
CF.
Recurso que não especifica as referidas vantagens que, por outro
lado não se acham discriminadas no acórdão, nem nos autos,
impossibilitando verificar se têm o mesmo título ou fundamento da
mencionada gratificação, única hipótese em que o cômputo ou
acúmulo, na forma indicada, é vedado pela norma invocada.
Não-conhecimento.

RE N. 209.218-5
RELATOR : MIN. ILMAR GALVÃO
EMENTA: ADMINISTRATIVO. MILITARES DO ESTADO DE
SÃO PAULO. ADICIONAL POR INSALUBRIDADE. LC Nº
432/85.
Vantagem funcional que contempla apenas servidores militares
enquanto no exercício de atividade insalubre, devidamente
comprovada por meio de laudo pericial, não beneficiando os que se
aposentaram antes de sua instituição nem, tampouco, os que não
serviram nas condições apontadas.
Inaplicabilidade, no caso, da norma do art. 40, § 4º, da Constituição,
que manda estender aos inativos "quaisquer benefícios ou vantagens
posteriormente concedidos aos servidores em atividade", hipótese
não configurada no caso.
Recurso conhecido e provido.
* noticiado no Informativo 96

RE N. 214.541
RELATOR : MIN. ILMAR GALVÃO
EMENTA: PENHORA. IMÓVEL RESIDENCIAL. LEI Nº 8.009,
DE 29.03.90. APLICAÇÃO NO TEMPO. ART. 5º, INC. XXXVI,
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
A incidência da Lei nº 8.009/90 às execuções em curso, invalidando
o ato executório constringente do imóvel residencial, ao torná-lo
impenhorável, não ofendeu direito adquirido do credor. Direito dessa
espécie é que não pode ser alcançado pela lei nova, não aqueles que,
por índole, são sujeitos às mutações, como o que, para o exeqüente,
resulta da penhora, que, verdade, é ato inicial da execução, sujeito a
modificações que podem resultar em sua ampliação ou redução, mas
também na substituição de seu objeto.
Precedentes do Plenário do Supremo Tribunal Federal.
Recurso extraordinário não conhecido.

RE N. 218.214
RELATOR : MIN. OCTAVIO GALLOTTI
EMENTA: Pneus usados. Proibição de sua importação (Portaria do
DECEX nº 08/91).
É legítima a restrição imposta, à importação de bens de consumo
usados, pelo Poder Executivo, ao qual foi claramente conferida, pela
Constituição, no art. 237, a competência para o controle do comércio
exterior, além de guardar perfeita correlação lógica e racional o
tratamento discriminatório, por ela instituído.
Recurso extraordinário conhecido e provido.

RMS N. 22.904-1
RELATOR : MIN. CARLOS VELLOSO
EMENTA: CONSTITUCIONAL. MANDADO DE SEGURANÇA.
ATO JURISDICIONAL PRATICADO PELO RELATOR: NÃO
CABIMENTO.
I. - A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sentido do
não cabimento de mandado de segurança impetrado contra decisão
do Plenário, de suas Turmas ou contra ato de conteúdo jurisdicional
emanado do Relator.
Precedentes.
II. - No caso, admitidos os embargos de divergência pelo Relator, no
STJ, cumpria à parte insatisfeita interpor agravo, o que, aliás,
ocorreu. Não obstante, foi impetrado, também, mandado de
segurança contra o despacho do Relator, segurança evidentemente
incabível.

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS DATA N. 24


RELATOR : MIN. MAURÍCIO CORRÊA
EMENTA: RECURSO DE HABEAS-DATA. CARÊNCIA DE
AÇÃO: INTERESSE DE AGIR.
1. A lei nº 9.507, de 12.11.97, que regula o direito de acesso a
informações e disciplina o rito processual do habeas-data, acolheu
os princípios gerais já proclamados por construção pretoriana.
2. É princípio axiomático do nosso direito que só pode postular em
juízo quem tem interesse de agir (CPC, arts. 3º e 267, VI), traduzido
pela exigência de que só se pode invocar a prestação da tutela
jurisdicional diante de uma pretensão resistida, salvo as exceções
expressamente previstas.
3. Recurso de habeas-data não provido.
* noticiado no Informativo 94

RMS N. 22.835-4
RELATOR : MIN. CARLOS VELLOSO
EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. ANISTIA.
SERVIDORES DO EXTINTO BANCO NACIONAL DE
CRÉDITO COOPERATIVO - BNCC: NÃO OCORRÊNCIA DA
ANISTIA DA LEI 8.878, de 1994.
I. - Servidores do extinto Banco Nacional de Crédito Cooperativo -
BNCC extinto por força da Lei 8.029/90: rescisão de seus contratos
de trabalho em razão dessa extinção: não estão esses servidores
abrangidos pela anistia da Lei 8.878/94.
II. - A administração pode anular seus próprios atos, quando ilegais,
deles não originando direitos: STF, Súmula 473.
1.- Recurso não provido.
* noticiado no Informativo 95

RE (AgRg) N. 213.247
RELATOR : MIN. CARLOS VELLOSO
EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR PÚBLICO. ESTADO DE SANTA CATARINA.
ESTABILIDADE FINANCEIRA. DIREITO ADQUIRIDO.
I. - A estabilidade financeira do servidor público, que não se
confunde com o instituto da agregação, não é ofensiva ao princípio
constitucional da vedação de vinculação ou equiparação de
vencimentos: ADIn 1.264-SC, Pertence; RE 88.896-MG, M. Alves,
RTJ 98/758.
II. - Os servidores, mediante a satisfação de requisitos inscritos em
lei, são titulares do direito à estabilidade financeira. Lei posterior
pode, é certo, extinguir ou transformar os cargos ou funções que
vinham sendo exercidos ou que foram exercidos pelos servidores,
não, entretanto, afrontar o direito destes.
III. - R.E. não admitido. Agravo não provido.

AG (AgRg) N. 185.257
RELATOR : MIN. SEPÚLVEDA PERTENCE
EMENTA: I. Ação rescisória: alegação de ofensa à coisa julgada por
contrariedade à cláusula de sentença normativa: descabimento.
Sentença normativa estabelece normas gerais; transitada
formalmente em julgado, põe fim ao processo de dissídio coletivo, e
impede, no período de sua vigência, que outro se instaure sobre o
mesmo objeto da norma nela estipulada.
Em relação a empregadores e trabalhadores compreendidos na esfera
do seu alcance subjetivo, o conteúdo da sentença normativa são
normas gerais, cuja contrariedade, em reclamações individuais, não
ofende a coisa julgada material, que pressupõe norma
individualizada que define a relação concreta objeto do processo.
II. Ação rescisória: descabimento se conforme a decisão rescindenda
à jurisprudência dominante ao tempo da sua prolação: aplicação a
fortiori da Súmula 343.

RE (AgRg) N. 183.120
RELATOR : MIN. NELSON JOBIM
EMENTA: CONSTITUCIONAL (2) TRIBUTÁRIO (3)
CONSTITUCIONALIDADE DA NOVA REDAÇÃO DO ART. 10
DA LEI 2145 DE 1953 DADA PELA LEI 8387/91 - não altera a
natureza jurídica do crédito remunerador da atividade estatal.(4)
RECURSO NÃO PROVIDO.

RE N. 168.038
RELATOR : MIN. ILMAR GALVÃO
EMENTA: RECURSO TRABALHISTA. SERVIDOR DO ESTADO
DE MINAS GERAIS, REGIDO PELA LEI LOCAL Nº 7.109/77,
EDITADA NA CONFORMIDADE DO ART. 106 DA EC 01/69.
Competência da Justiça Comum Estadual para o
processamento e julgamento das ações movidas por servidor contra a
referida unidade federativa, fundadas na relação de emprego.
Recurso conhecido e provido.

RE N. 179.557
RELATOR : MIN. ILMAR GALVÃO
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO
RECORRIDO QUE ADOTA OS FUNDAMENTOS DA
SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU. ALEGADA VIOLAÇÃO
AOS ARTS. 93, IX, DA CF/88 E 23, § 6º, DA EC Nº 01/69.
PREQÜESTIONAMENTO.
Não se pode dizer não fundamentado o acórdão que adota os
fundamentos da sentença de primeira instância, incorporados como
razão de decidir e, por isso, a confirma. Ademais, a regra do art. 93,
IX, da Constituição não permite que se declare anulável a decisão de
segunda instância que confirma a da primeira, pelos seus
fundamentos.
A alegação de violação ao art. 23, § 6º, da Carta anterior ficou sem
preqüestionamento no aresto recorrido (Súmulas 282 e 356). Com
efeito, se nada mais fez o julgado senão adotar os fundamentos da
sentença, cabia à recorrente, primeiramente, opor embargos de
declaração com vistas a obter o pronunciamento do Tribunal sobre o
aspecto constitucional nela implícito, para, só depois, suscitá-lo na
instância recursal extraordinária.
Recurso extraordinário não conhecido.

RE N. 171.833
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO -
CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA - CF, ART. 8º, IV - AUTO-
APLICABILIDADE - NECESSIDADE DE FILIAÇÃO À
ENTIDADE SINDICAL - PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO - RE EM PARTE CONHECIDO
E NELA PROVIDO.
- O preceito inscrito no art. 8º, IV, da Constituição - que versa o
tema da contribuição confederativa - dispõe de eficácia plena e
reveste-se de aplicabilidade direta, imediata e integral, não
dependendo, em conseqüência, para incidir juridicamente, de
qualquer complementação normativa ulterior. Precedentes.
- A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, tendo por
fundamento o postulado constitucional que garante a liberdade de
associação, consagrou o entendimento do que a contribuição
confederativa a que se refere o art. 8º, IV, da Carta Política -
precisamente por não se revestir da caráter tributário - somente se
revela exigível daqueles que se acham formalmente filiados à
entidade sindical. Precedentes.

RE N. 211.176
RELATOR : MIN. OCTAVIO GALLOTTI
EMENTA: - Quota de Contribuição sobre a exportação de café - DL
2.295/86. Inteligência do art. 25, I, do ADCT/88.
Entendeu a Primeira Turma do Supremo Tribunal que a regra do art.
25, I, do ADCT revogou tão-somente a delegação conferida ao IBC
para alteração de alíquota, mantendo-se a exigência fiscal
legitimamente instituída pelo Decreto-lei 2.295/86, recepcionado
pela nova Carta (RE 191229-SP, DJ 13.09.96).
Recurso extraordinário conhecido e em parte, provido.

Acórdãos publicados: 409

OUTRAS INFORMAÇÕES

Os interessados no acompanhamento de
processos no Supremo Tribunal Federal contam a
partir do dia 6 de fevereiro do corrente ano com o
STF - PUSH, um novo serviço que vai permitir a
qualquer pessoa ser informada automaticamente
por correio eletrônico sobre o andamento das
ações.
Para isso, é necessário apenas que a pessoa
interessada faça um cadastro na página do
Supremo na Internet (www.stf.gov.br) e tenha um
e-mail .
Para receber as informações, as pessoas
precisam informar o número dos processos e,
toda vez que houver andamento (como
despachos, juntadas, pedidos de informação), o
sistema enviará os dados atualizados aos usuários.
A lista pode ser alterada a qualquer momento pelo
usuário do STF- Push.
No cadastramento, a pessoa deverá informar
seu nome e e-mail, e se tem interesse em receber
o Informativo STF.
Assessora responsável pelo Informativo
Maria Ângela Santa Cruz Oliveira
informativo@stf.gov.br

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