MATERIAL DE APOIO
A EMPRESA MODERNA
1-INTRODUÇÃO
Nas primeiras décadas da revolução industrial a produção ocorria praticamente de
forma artesanal, o mercado inexplorado e expansionista levava as empresas a
mecanizarem suas produções que passavam a atingir um grande aumento de
produtividade e uma posição confortável como empresa emergente neste novo
cenário que se formava.
Na segunda década do século XX, com a administração científica de TAYLOR
e da linha de produção da FORD, a lógica da produção capitalista causa melhorias
na produtividade industrial devido principalmente a ESPECIALIZAÇÃO DO
TRABALHO e PADRONIZAÇÃO DOS PRODUTOS E PEÇAS. (Isso foi possível
porque a demanda do mercado era superior a produção).
Inicia-se um novo cenário, a oferta de produtos começou a superar a procura,
o aumento da concorrência fez com que a padronização dos produtos fossem
diminuindo cada vez mais e novos modelos foram introduzidos de forma rápida,
diminuindo a vida útil dos produtos. Observa-se neste momento uma flexibilização
na introdução de novos modelos e freqüente alteração nos produtos.Outro fator
relevante foi a redução contínua dos preços de venda, mostrando que as
imperfeições e ineficiências deveriam ser reduzidas, pois, os clientes agora podiam
escolher não aceitando ineficiências e imperfeições devido concorrência, preços
mais baixos devido abundância de oferta de produtos e melhor qualidade com
variedade de modelos do mesmo produto e marcas diferentes.
Neste contexto o cenário atual é de mercado competitivo, produtos de baixo
preço, boa qualidade, freqüentes modificações de projetos, curta vida útil dos
produtos (ciclo de vida) e muitos modelos diferentes. O Controle efetivo das
atividades produtivas é condição indispensável para que qualquer empresa possa
competir em igualdade de condições com seus concorrentes.
Existem também, atividades que não agregam valor ao produto, mas que são
necessárias para a fabricação dos produtos recebendo tratamento análogo ao
dispensado aos desperdícios.
Ex. Preparação de máquinas e movimentação de materiais.
3 - OS DESPERDÍCIOS DA EMPRESA
3.1.Tipos de Desperdícios
4.1-Contabilidade Financeira
A Contabilidade Financeira sinteticamente analisando objetiva controlar o Patrimônio
e Apurar o resultado de determinado período de tempo e propõe gerar informações
aos usuários externos. È também chamada como Contabilidade Fiscal, pois, seu
foco principal é atender as leis e está ancorada na exigibilidade dos princípios
contábeis geralmente aceitos que padroniza a ação dos contadores no Brasil.
Lógica:
CONTABILIDADE FINANCEIRA
Portanto se: EI LB e se EF LB
4.2-CONTABILIDADE DE CUSTOS
Problemas de Apuração:
1-Artesanal
2- Processo com Matéria Prima e Fatores de Produção
O item Compras foi substituído pelos fatores (MP, MO, Energia, Combustível, etc.),
melhor definindo custos de Produção.
DRE
RECEITA LÍQUIDA
(-) CPV
=RESULTDO BRUTO INDUSTRIAL
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
=RESULTADO LÍQUIDO
Princípio do Registro pelo Valor Original- (estoques são avaliados pelo custo
histórico, não havendo correção no preço dos fatores de produção).
Princípio da Competência - todos os gastos do período com a produção que não
tiveram correspondência com receitas obtidas devem ser incorporados ao valor dos
estoques (daí Custeio Por Absorção).
4.3-CONTABILIDADE GERENCIAL
HOJE:
Custos São Usados
Obs: Neste Caso os Estoques Finais não incorporarão todos os gastos efetivos na
produção e serão avaliados por um valor menor que o custeio por absorção, e
fazendo com que o Lucro bruto seja menor.
11
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
5-TERMINOLOGIA CONTÁBIL
(Classificações e Nomenclaturas de Custos)
Ex.: gasto com mão de obra (salários e encargos sociais) = aquisição de serviços de
MO.
Gastos com aquisição de mercadoria para revenda; aquisição de matéria primas
para industrialização; gastos com aquisição de imobilizados (máquinas e
equipamentos); gastos com energia elétrica (aquisição de serviços de fornecimento
de energia); gasto com aluguel de edifício e galpões; gasto com reorganização
administrativa (serviço).
GANHO - Podemos também ter ganhado que é bastante aleatório. Lucro que
independe da atividade operacional da empresa Ex; ganhos monetários (ganhos
com a inflação); venda de um imobilizado por valor acima do seu custo; recebimento
de seguros por um bem perdido.
13
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
A VISTA
COMPRAS DESEMBOLSO
CONTRATAÇÕES A PRAZO PGTO DO
TÍTULO
4-Representa gasto:
a) O pagamento de dividendos;
b) A contratação de um financiamento em longo prazo;
c) O pagamento de compra efetuada a prazo;
d) O aumento de capital da empresa;
e) A aquisição de máquinas;
5-Desembolso representa:
a) Pagamento pela aquisição de um bem ou pela obtenção de um serviço;
b) Aquisição a prazo de móveis e utensílios;
c) Depreciação de equipamentos da fábrica;
d) A apropriação dos gastos de mão de obra;
e) Constituição de provisão.
6-Investimento representa:
a) Qualquer desembolso para aquisição de um serviço;
b) Um gasto com bem ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de
benefícios atribuíveis a períodos futuros;
c) Gasto com bens e serviços consumidos com a finalidade de obter receitas;
d) Gasto de salários e encargos sociais do pessoal de vendas; Gasto não
intencional, decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade produtiva
normal da empresa.
17
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
Os Custos Diretos (CD) – São todos os custos que podem ser alocados
(apropriados) diretamente ao produto, porque há uma medida objetiva de seu
consumo nesta fabricação.
Ex: Matéria Prima- Geralmente a empresa sabe a quantidade exata de matéria
prima que está sendo utilizada para fabricação de uma unidade do produto, portanto,
sabendo o preço da matéria prima o custo fica facilmente identificado por cada
produto
Mão-de-Obra Direta - Trata-se dos custos com os trabalhadores, utilizados
diretamente na produção. Sabendo-se quanto tempo cada um trabalhou em cada
produto e o preço da mão de obra, é possível apropria-los diretamente ao produto.
Material de embalagem; Depreciação de equipamento (quando este é utilizado para
produzir apenas um tipo de produto); Energia elétrica das máquinas (quando é
possível saber quanto foi consumido na fabricação de cada produto)
Os Custo Indiretos (CI) - São todos os custos que dependem de cálculos, rateios
ou estimativas para serem apropriados aos diferentes produtos, portanto, são
custos apropriados indiretamente aos produtos. O parâmetro utilizado para as
estimativas e chamado de base ou critério de rateio.
Obs: se a empresa produz apenas um produto, todos os seus custos são diretos.
Às vezes, o custo é direto por natureza, mas é de tão pequeno, valor que não
compensa o trabalho de associá-lo a cada produto, sendo tratado como.
Indireto. (Relação custos/benefícios). Ex: gastos com verniz e cola na fabricação de
móveis
Custos Fixos- São aqueles cujos valores são o mesmo qualquer que seja o volume
de produção da empresa.
Podemos alertar neste item que os custos fixos podem vir de valor no decorrer do
tempo. O aluguel da fábrica sofre reajustes em determinado mês, mas não deixa de
ser considerado um custo fixo, uma vez que terá o mesmo valor qualquer que seja a
produção do mês. Ex: imposto predial, depreciação dos equipamentos (método
linear) salários de segurança e porteiros da empresa, prêmios de seguros.
18
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
Custo semifixos ou Custos por degraus – são fixos numa determinada faixa de
produção mais que variam se houver mudança dessa faixa de produção. Ex:
necessidade de supervisores de produção da Cia.
CVU= CV
Qtd. Produzida
19
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
Por outro lado, o custo fixo (CF), pela sua própria definição é constante qualquer que
seja o volume de produção. Entretanto, o custo fixo unitário (Cfu), custo fixo dividido
pela quantidade produzida é sempre decrescente.
Exemplo:
O Custo Fixo (CF) é sempre constante. Neste caso R$100,00 qualquer que seja o
volume de produção.
O Custo Fixo unitário (CFu) é sempre decrescente uma vez que seu resultado se
origina da divisão de um valor fixo por quantidades produzidas cada vez maiores.
O Custo Variável (CV) é sempre crescente com o volume de produção. Se a
empresa produz maior quantidade de um determinado produto, é lógico que ela vai
gastar, por exemplo, mais matéria prima.
O Custo Variável Unitário (CVu) é sempre constante, qualquer que seja o volume
de produção (isto implica dizer que se dobrarmos a produção dobraremos também o
custo com matéria –prima. (Esta é uma análise gerencial de grau de
comparabilidade entre os diversos custos que melhoraremos através dos gráficos
descritos abaixo e da demonstração matemática dos custos até aqui explanados).
Gráfico 01
CT
CF,CV e
CT (R$)
250,00 CV
200,00
150,00
100,00 CF
10 15 QTD
Gráfico 02
CFu,CVu
e CMe
(R$) CMe
20,00
CFu
16,67
10,00 CVu
6,67
10 15
21
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
CF=100
CV=CVu. Q Cv=10.Q então CT=CF +CV = 100 + 10Q
CF=100
CV=10 X 10 =100 E CT= CF + CV = 100 + 100 =200
CF=100
CV=10 x 15= 150 E CT= CF + CV = 100 + 150=250
CFu=CF/Q
CVu=CV/Q
CMe=CT/Q = CF + CV = CF + CV = CFu + CVu
Q Q Q
Sendo assim;
CFu=100/10=10 CFu=100/15=6,67
CVu=100/10=10 CVu=150/15=10
CMe=10 + 10=20 CMe=6,67 + 10 = 16,67
Exercício de fixação:
Material Direto (MD) + Mão-de-Obra Direta (MOD) + Custo Indiretos de Fabricação (CIF) =
CUSTO DE PRODUÇÃO DO PERÍODO
CPP=MD+MOD+CIF
Material direto (MD) = Matéria prima; Materiais secundários cujo valor compense
apropria-los diretamente ao produto; Material de embalagem.
Mão de Obra Direta (MOD) = Gastos com mão de obra que são diretamente
apropriáveis ao produto.
CIF= Demais gastos de fabricação
23
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
Custo de transformação
Custo primário ou direto
DRE MOMENTO 1
VENDAS 800 X 20 R$16.000
(-) CPV (800 X 9) (R$7.200)
= LUCRO BRUTO R$8.800
(-) DESPESAS OPERACIONAIS (R$3.000)
= LUCRO LÍQUIDO R$5.800
DRE MOMENTO 2
VENDAS 800 X 20 R$16.000
(-) CPV (800 X 8) (R$6.400)
= LUCRO BRUTO R$9.600
(-) DESPESAS OPERACIONAIS (R$4.000)
= LUCRO LÍQUIDO R$5.600
25
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
6.6.2-CUSTEIO VARIÁVEL
Os custos são apropriados à produção não pelo seu valor efetivo (ou real)
mas sim por uma estimativa do que deveriam ser (custo-padrão). Podem ser
utilizados mesmo que a empresa adote o Custeio por Absorção ou o custeio
Variável.
As diferenças entre o custo-padrão e o custo real são objeto de análise da
contabilidade de custos, com objetivo de controle de gastos e medida de eficiência.
26
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
6.8-SISTEMAS DE CUSTOS
TESTE DE FIXAÇÃO:
CONTAS R$
Matéria prima 2.100.000,00
Encargos de depreciação (M.linear) 27.000,00
Material de embalagem 30.000,00
Aluguéis de fábrica 80.000,00
Administração da fábrica 100.000,00
Comissão sobre vendas 1.500.000,00
Energia elétrica (fábrica) 50.000,00
a) 80.000,00
b) 207.000,00
c) 180.000,00
d) 237.000,00
e) 287.000,00
28
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
Pede-se o valor do Material Direto (MD), da mão de obra (MOD) e do Custo Indireto
de Fabricação (CIF), em R$:
a) MD=125000,00;MOD=124000,00 E CIF=47000,00
b) MD=100000,00;MOD=147000,00 E CIF=49000,00
c) MD=110000,00;MOD=123000,00 E CIF=63000,00
d) MD=107000,00;MOD=120000,00 E CIF=69000,00
e) MD=123000,00;MOD=27000,00 E CIF=146000,00
a) 540.000,00
b) 800.000,00
c) 760.000,00
d) 940.000,00
e) 960.000,00
a) 280.000,00
b) 420.000,00
c) 460.000,00
d) 500.000,00
e) 540.000,00
a) 100.000,00 e 960.000,00
b) 140.000,00 e 920.000,00
c) 160.000,00 e 940.000,00
d) 160.000,00 e 900.000,00
e) 300.000,00 e 900.000,00
31
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
16- O custo total de produção de X (CT) pode ser representado pela função (Q
significa a quantidade produzida e vendida):
a) CT=50 + 40.000,00Q
b) CT=50Q
c) CT=40.000,00 + 50Q
d) CT=40.000,00
e) CT=40.000,00 + 90Q
17- O custo fixo unitário e o custo variável unitário de se produzir a milésima unidade
de x são, respectivamente, em R$:
a) 40.000,00 e 50,00
b) 40.000,00 e 50.000,00
c) 40,00 e 90,00
d) 40,00 e 50,00
e) 90,00 e 40.000,00
CONTABILIDADE DE CUSTOS
Exercícios de Aprendizagem Acadêmica:
03. A fábrica de sorvetes sabor gelado Ltda. Apresenta custos e despesas fixas
iguais a R$40.000,00. Seus custos variáveis são iguais a R$13,50 por caixa.
Comumente o preço de venda médio é iguala R$22,00. Supondo produções de
10.000,00 e 20.000,00 caixas, calcule: (a) as receitas totais; (b) O custo total e
unitário; (c) o custo fixo total e unitário;(d) O custo variável total e unitário.
Balanço Patrimonial
Estoques
(-) Custos do DRE
Materiais Diretos = MD
Produtos em Elaboração =PEE CMV
Produtos Acabados =PA CPV CF
CSP CV
= Lucro Bruto
Apuração:
Abaixo segue o esquema básico do custeio por absorção:
1-Separação de Custos e Despesas.
2-Apropriação dos custos diretos e indiretos à produção realizada no
período.
3-Apuração do custo da produção acabada.
4-Apuração do custo dos produtos vendidos.
5-Apuração do resultado.
35
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
EFMD EFPE
PRODUTOS ACABADOS
EI PA SAÍDAS DE PRODUTOS
EFPA
36
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
Materiais
Saldo
Folha de Pagamento
Do pessoal da
Fábrica
Demais gastos de
fabricação:
1.Energia
2.Combustível MÃO DE OBRA DIRETA
3.Limpeza
4.Manutenção
5.Aluguéis
Salários e encargos
etc
do pessoal
diretamente ligado a
produção
DESPESAS ANTECIPADAS
Mão de Obra
Indireta
(Não diretamente
ligada à produção)
Demais Gastos
CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS
Seguros da Fábrica
Depreciação do
Prédio, Maquinas e
Equipamentos da
Fábrica
PRODUTOS ACABADOS
37
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
O restante da folha (MOI) Mão de Obra Indireta e os demais gastos que não constitui
MOD E Materiais Diretos são Chamados de CIF – Custos Indiretos de Fabricação.
Ex: Materiais Indiretos, Mão de obra Indireta, energia elétrica, combustíveis, manutenção
de máquinas, conta telefone da fábrica, aluguel da fábrica ou de equipamentos,
Depreciação e seguros da fábrica, imposto predial.
A conta Custo dos Produtos Vendidos recebe a seu débito o valor do custo dos
produtos comercializados pela empresa. Por se tratar de conta de resultado, será
encerrada no final do período contra a conta de apuração de Resultado. Seu valor
deduzido das Vendas líquidas corresponde ao lucro bruto da empresa ou
Resultado Industrial.
38
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
EXERCÍCIO PILOTO:
Sabendo que as vendas líquidas neste mês totalizaram R$800,00 o estoque Final de
Material Direto foi de R$150,00; O estoque final de Produtos em elaboração foi de R$50,00
e o Estoque Final de Produtos Acabados foi de R$30,00 calcular o Lucro Operacional
Líquido.
MATERIAL DIRETO
EIMD=100,00
? =300,00 –150,00=150,00
+ Compras= 200,00
MD= EI + C - EF
TOT=300,00 SAÍDA P/ PRODUÇÃO=150,00
(MATERIAL DIRETO CONSUMIDO) ?
- EFMD=150,00
39
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
PRODUTOS EM ELABORAÇÃO
EIPE=120,00
MD=150,00
MOD=42,00 ? =400,00 –50,00=350,00
CIF=88,00
TOT=400,00 CPA=350,00 ?
EFPE=50,00
PRODUTOS ACABADOS
EIPA= 80,00
CPA= 350,00 ? =430,00 –30,00=400,00
TOT=430,00 CPV=400,00 ?
EFPA= 30,00
APURAÇÃO DO CPV
01 Estoque inicial de material direto EIMD 100,00
02 + Compras de material direto CMD 200,00
03 - Estoque final de material direto EFMD (150,00)
04 = Material direto consumido MD 150,00
05 + Mão de obra direta MOD 42,00
06 + Custo indireto de fabricação CIF 88,00
07 = Custo de produção do período CPP 280,00
08 + Estoque inicial de produtos em Elaboração EIPE 120,00
09 - Estoque final de produtos em Elaboração EFPE (50,00)
10 = Custo da produção acabada do período CPA 350,00
11 + Estoque inicial de produtos acabados EIPA 80,00
12 - Estoque final de produtos acabados EFPA (30,00)
13 = Custo dos Produtos vendidos no Período CPV 400,00
APURAÇÃO DO RESULTADO
01 Vendas Líquidas VL 800,00
02 - Custo dos Produtos Vendidos CPV (400,00)
03 = Lucro Operacional Bruto LB=RI 400,00
04 - Despesas Operacionais DO (75,00)
05 +/- Outras Despesas e receitas operacionais ODO 0,00
06 = Lucro Operacional Líquido LOL 325,00
07 +/- Resultado não operacional RNO
08 = Lucro Líquido antes do IR LAIR
09 - Contribuição Social sobre o Lucro líquido CSLL
10 - Imposto de renda das Pessoas Jurídicas IRPJ
11 - Participações PART
12 = Lucro Líquido do Exercício LLE
40
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
CUSTO DE
PRODUÇÃO DO
PERÍODO (CPP)
CUSTO DOS
PRODUTOS
ACABADOS NO
PERÍODO (CPA)
EQUAÇÃO DO EQUILÍBRIO
EIPE+EIPA+CPP = EFPE+EFPA+CPV
A equação mostra que todos os custos incorridos no período mais os custos do passado e
incorporados aos estoques iniciais de produtos em elaboração e acabados terão 02
análises:
1- Estarão contidos nos estoques finais dos produtos ainda não acabados e nos
produtos acabados e ainda não vendidos.
2- Estão como parte do custo dos produtos vendidos.
Exemplo desenvolvido:
(=) É IGUAL A:
Somando todos os Gastos acima e mais o lucro desejado (custo do capital), teremos
o preço final do produto. O preço final de um produto deverá estar de acordo com o preço
dos concorrentes, pois se ele for superior aos produtos similares postos no mercado, a
empresa não conseguirá vendê-lo ou ter volume vendas menor. Quando isso acontece, os
administradores da empresa deverão tomar algumas providências, tais como: verificar
quais os custos que provocam a elevação demasiada do preço final e controlar com
mais rigor as despesas.
43
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
O objetivo neste tópico é analisar os elementos que fazem parte do Custo de Produção do
Período. (Material Direto, Mão de Obra Direta e os Custos Indiretos de Fabricação) e a
forma de apropriá-los aos estoques existentes e ao Custo dos Produtos Vendidos.
7.1-MATERAIS DIRETOS
7.1.1-CUSTO DE AQUISIÇÃO
Compras Brutas- valor de aquisição dos materiais deve estar incluso todos os impostos
incidentes sobre compras e excluídos os recuperáveis.
RESUMO:
Compras Brutas
(+) Fretes e Seguros sobre compras
(-) Abatimentos e descontos incondicionais sobre compras
(-) devoluções de compras
(=) Custo de aquisição dos materiais
COMPRAS BRUTAS
CUSTO DE AQUISIÇÃO
Compras Brutas 24.000,00
(+) Fretes e Seguros sobre compras 1.000,00
(-) Abatimentos e descontos incondicionais sobre compras 0,00
(-) devoluções de compras 0,00
(=) Custo de aquisição dos materiais 25.000,00
Lançamento Contábil.
Diversos
a Banco conta movimento 32.000,00
Material direto 25.000,00
ICMS a recuperar 4.600,00
IPI a recuperar 2.400,00
Será o preço específico de aquisição se o material direto for adquirido para uso
de determinada ordem de produção ou encomenda.
Se diversos materiais iguais forem comprados por preços diferentes e forem
intercambiáveis entre si, qual será o preço que deverá ser tomado por base para
avaliar o valor da saída.
1) PEPS OU FIFO
A saída de materiais será avaliada pelo custo das aquisições mais antigas e,
portanto, o estoque final remanescente estará avaliado pelo custo das aquisições
mais recentes.
2) UEPS OU LIFO
“Último que entra é o primeiro que sai” ou “Last in, First out”
A saída do material será avaliado pelo custo das aquisições mais recentes
e o estoque final, pelo custo das aquisições das mais antigas.
Avalia tanto a saída como os estoques finais do material pelo custo médio
ponderado de aquisição
45
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
Saíram 16 unidades
10 unidades x R$1000,00 R$10.000,00
06 unidades x R$1.300,00 R$ 7.800,00
VALOR SAÍDA R$17.800,00
PELO UEPS
Avaliação da saída para a produção:
Saíram 16 unidades
Saíram 16 unidades
16 unidades x R$1200,00 R$19.200,00
VALOR SAÍDA R$19.200,00
CASO PRÁTICO:
Utilizando os dados a seguir elabore as fichas de controle de estoque pelos
métodos: PEPS; UEPS; PMP (preço médio ponderado) e PMF (preço médio fixo).
DADOS
DESCRIÇÃO PREÇOS
DATA OPERAÇÃO QUANTIDADE UNITÁRIO TOTAL
20X2
10-01 COMPRA 100 2,00 200,00
12-01 COMPRA 100 2,20 220,00
15-01 REQUISIÇÃO 150
18-01 COMPRA 100 2,30 230,00
30-01 REQUISIÇÃO 120
“Hoje O Mercado mundial é feito com um nível maior de tecnologia, e isso é bom na
medida em que tira o funcionário dos trabalhos braçais e substitui por máquinas.
Assim, o ser humano tem maior tempo para refletir sobre o trabalho, criar soluções
eficientes e aumentar a produtividade”
Domenico De Mais.
A mão de obra direta ou MOI corresponde aos esforços produtivos das equipes
relacionadas à produção dos bens comercializados ou serviços prestados. Refere-se
apenas ao pessoal que trabalha diretamente ao produto em elaboração, desde que
seja possível a mensuração do tempo despendido e a identificação de quem
executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação indireta ou rateio.
As análises de custos de mão de obra direta no Brasil devem
considerar fundamentalmente os gastos associados aos encargos trabalhistas
sociais, que incidem sobre as folhas de pagamento. É comum dizer que no Brasil o
trabalhador ganha muito pouco, porém custa muito caro.
A soma de cada uma das parcelas anteriores, acrescida das contribuições obrigatórias,
fornece o custo total de salários por ano. Veja o resumo abaixo:
Subtotal R$
a) salários 201.666,67
b) repousos semanais remunerados 35.200,00
c) Férias 22.000,00
d) adicional constitucional de férias 7.333,33
e)13º salário 22.000,00
f) Feriados 8.800,00
Subtotal 297.000,00
Acréscimo legal de outras contribuições 36,80%
Total com Contribuições 406.296,00
Número de horas trabalhadas por ano 2.016,67
Total Geral por hora 201,47
Assim, um salário básico de R$100,00 por hora mostra que, após serem acrescidas todas
as contribuições e encargos, resultará um total igual a R$201,47. Portanto, um acréscimo
de 101,47% ao valor original.
Obs.: Não estão computados acima outros gastos como:
Faltas abonadas por licença nojo, licença gala, licença paternidade e outros itens.
É importante observar que embora a mão de obra direta seja tratada como variável
já que está associada aos volumes produzidos, no Brasil, em função das restrições
legais, os salários e encargos devem ser considerados como fixos. A eventual
diferença entre o gasto total com mão de obra e mão de obra direta, alocado ao
produto, representa a ociosidade ou a perda do trabalho pago, porém não
utilizado, podendo ser agrupado genericamente na categoria de mão de obra
indireta.
Outros gastos relacionados com a mão de obra – Há inúmeros gastos que são
incorridos pela empresa em função da mão de obra utilizada ¸tais como: aquisição
de vestuário adequado; vale-refeição ou gastos com restaurante próprio da
empresa; Transporte do pessoal; Assistência médica e outros.
51
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
Estes gastos, por serem de natureza fixa e guardarem pouca relação com o
volume de produção, não são classificados como Mão de obra direta e geralmente
são debitados a conta Custos Indiretos de Fabricação para fins de posterior rateio
aos produtos.
Todos os gastos que a empresa incorre para a produção e que não estejam
enquadrados como gastos com material direto ou mão de obra direta são
denominados Custos Indiretos de Fabricação (CIF).
Há outras denominações tais como: despesas gerais de
produção, despesas gerais de fabricação, despesas indiretas de fabricação, gastos
gerais de produção, Custos gerais de fabricação, custos gerais de produção e
outras. Em nosso entender, a denominação mais correta é mesmo GGF (as
expressões custos gerais de produção ou custos gerais de fabricação estão
corretas). Sendo gastos na produção não devem ser chamados de despesas; por
outro lado, há GGF que são diretos e, por isso, não é coerente denominá-los de
custos indiretos.
É o caso, por exemplo, da energia elétrica despendida numa máquina que possui
um medidor e na qual a empresa faz verificações de quanto foi consumido em cada
produto.
Entretanto, a grande maioria dos GGF não são diretamente atribuíveis aos produtos,
e precisam de critérios de rateio para sua alocação a cada um deles.
Neste nosso texto, usaremos a expressão CIF (custo indireto de fabricação), pelo
fato de estar consagrado na prática.
Exemplos de CIF: Material Indireto; Mão de obra indireta; Seguro de fábrica; energia
elétrica; depreciação de máquinas e aluguel de fábrica.
PRODUTO MATÉRIA-PRIMA
A R$50.000,00
B R$125.000,00
C R$75.000,00
TOTAL R$250.000,00
52
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
Há mais uma maneira de efetuar a distribuição dos custos indiretos. Toma-se o valor
do mesmo e divide-se pelo valor total do parâmetro de rateio. Multiplica-se a seguir
pelo valor do parâmetro correspondente a cada produto.
Assim:
Valor do custo indireto R$20.000,00
(Dividido pelo)
Valor total do gasto com matéria prima R$250.000,00
(=) R$ de Custo indireto por R$ de Matéria Prima R$0,08
PRODUTO A R$50.000,00 X 0,08 = R$4.000,00
PRODUTO B R$125.000,00 X 0,08 = R$10.000,00
PRODUTO C R$75.000,00 X 0,08 = R$6.000,00
TOTAL R$20.000,00
53
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
a) 264.000,00 e 588.000,00
b) 240.000,00 e 560.000,00
c) 252.000,00 e 600.000,00
d) 258.000,00 e 620.000,00
e) 278.000,00 e 616.000,00
a) R$ 5,7831 / hora;
b) R$ 5,9123 / hora;
c) R$ 4,4343 / hora;
d) R$ 6,0218 / hora;
e) R$ 5,9351 / hora;
54
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
Assinale, com base nos dados fornecidos acima, a alternativa que contém o saldo
final da conta Produtos Acabados (em R$):
a) 200.000,00
b) 150.000,00
c) 0,00
d) 50.000,00
e) 250.000,0
3. Foram os seguintes os gastos feitos por uma empresa num determinado período:
Matéria prima consumida R$100.000,00
Mão de obra direta R$60.000,00
Energia elétrica da Fabrica R$20.000,00
Salário da Administração R$30.000,00
Depreciação de máquinas e equipamentos R$10.000,00
Despesa de entrega R$40.000,00
55
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
09. O Lucro Operacional Líquido da companhia, supondo-se que não houve outras
receitas e despesas operacionais além das mencionadas, foi de (R$):
a) 160.000,00
b) 182.000,00
c) 302.000,00
d) Não é possível ser determinado, pois faltam informações.
e) 152.000,00
57
Contabilidade de Custos I – Material de apoio
Prof. Vallim - UFES 2019
ESTUDO DE CASO Nº 03
Nº Descrição Valor em R$
1Receitas (Vendas) R$ 95.000,00
2Mão de Obra Direta R$ 25.000,00
3Mão de Obra Indireta R$ 18.500,00
4Materiais Diversos - Fábrica R$ 500,00
5Depreciação de Máquinas -Fábrica R$ 2.500,00
6Salários do Pessoal do Escritório R$ 400,00
7Salário de Vendedores R$ 800,00
8Compra de Material de Embalagens R$400,00
9Gastos com Viagens de Vendedores R$800,00
10Propaganda e Publicidade R$300,00
11Outros gastos no Escritório da Administração R$100,00
12Compra de Matéria Prima ?
13Energia Elétrica - Fábrica R$500,00
14Seguros - Fábrica R$1.000,00
15Resultado Líquido (lucro) _ R$6.200,00
ESTUDO DE CASO Nº 04
Nº Descrição Valor em R$
1 Receitas (Vendas) R$ 125.000,00
2 Mão de Obra Direta R$ 38.000,00
3 Mão de Obra de Vigilantes e Conservação e Limpeza R$ 11.500,00
4 Materiais Diversos - Fábrica R$ 12.000,00
5 Depreciação de Máquinas -Fábrica R$ 3.100,00
6 Salários do Pessoal do Departamento Pessoal R$ 850,00
7 Salário de Vendedores R$ 1.650,00
8 Compra de Materiais Secundários R$650,00
9 Despesas de Viagens de Vendedores R$950,00
10 Propaganda e Publicidade R$380,00
11 Outros gastos do Escritório administrativo R$250,00
12 Compra de Matéria Prima ?
13 Energia Elétrica - Fábrica R$1.250,00
14 Aluguel - Fábrica R$1.340,00
15 Resultado Líquido (lucro) _ R$5.000,00