INSTITUTO DE QUÍMICA
QUÍMICA AMBIENTAL E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
www.iq.ufrj.br
Dicas para reduzir suas emissões de CO2
O BICHO
“Vi ontem um bicho na imundície do pátio catando comida entre os
detritos.
Quando encontrava alguma coisa, não examinava, nem cheirava,
engolia com voracidade.
O bicho não era um cão, não era um gato, não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.”
(Poema de Manuel Bandeira, em Obras Poéticas, 1956)
ÍNDICE GERAL
Capítulo 1 Introdução
Capítulo 4 Os metais
INTRODUÇÃO
Está muito claro hoje que a solução dos problemas ambientais está acima do conceito
de países. Os testes atômicos em diferentes regiões do planeta, as queimadas das florestas
brasileiras, o destino de lixo químico e nuclear da Europa, a exploração das plataformas
continentais e da Antártida são problemas que afetam a todos nós. Mais cedo ou mais tarde
todos sentiremos seus efeitos. Por isso é importante prevení-los. Governos de todo o mundo,
principalmente nos países sub-desenvolvidos, se encontram hoje com o dramático dilema de
decidir onde aplicar os poucos recursos disponíveis para solução de problemas cruciais da
população; saúde, educação, transporte, alimentação, moradia, e agora, recuperação do meio
ambiente e prevenção de desastres ecológicos. No Brasil, falta ainda uma política ambiental
clara, sem oportunismos, que atue a partir de uma esfera federal. Nestes últimos vinte anos foi
observado apenas o fortalecimento de órgãos estaduais, responsáveis pelo controle e manejo do
meio ambiente, os quais refletem, nas suas rotinas de operação, os grandes abismos
econômicos característicos das várias regiões do país. Enquanto governos e políticos decidem
sobre onde aplicar as verbas, é fundamental que cada homem, mulher e criança se conscientize
destes problemas que estão destruindo a vida no planeta e reformulem seus hábitos,
principalmente os de consumo. Na cidade ou no campo, no mundo desenvolvido ou
subdesenvolvido, todos seremos vítimas se não tratarmos a natureza com respeito e
responsabilidade. Isto implica numa mudança de estilo menos individualista para outro mais
compromissado com toda a sociedade.
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1.2 - A Química ambiental
Em química ambiental, todos estes sistemas devem ser estudados como partes de um
todo.
A pesquisa em Química Ambiental no Brasil, até o início dos anos 80, dedicava-se à
poluição ambiental e consistia, principalmente, no monitoramento de espécies químicas
consideradas poluentes, num dos três compartimentos ambientais: atmosfera, litosfera e
hidrosfera, com ênfase para este último. Existia uma acentuada e preocupante escassez de
atividades de pesquisa em termos de reatividade química e comportamento físico de poluentes
nos três compartimentos e em suas interfaces. Durante a década de 80 muitos eventos, entre
eles reuniões científicas dedicadas exclusivamente à discussão da química ambiental,
propiciaram a discussão dos rumos da Química no Brasil e contribuíram de forma significativa
para a mudança deste cenário.
Certas substâncias, frequentemente tóxicas, muitas vezes têm efeito cumulativo nos
seres vivos e são persistentes, acumulando-se no ambiente onde são lançadas.
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encontrados em locais onde foram lançados após anos ou mesmo décadas da sua aplicação.
c) poluição do ar
O zoneamento não criterioso das regiões urbanas tem provocado problemas de poluição
das águas e, principalmente, da atmosfera.
A preocupação com a extinção das espécies justifica-se, principalmente, pelo direito que
todos têm à existência e pela possibilidade de que plantas e animais extintos, ou em vias de
extinção, por causa da atividade humana, pudessem ser recursos naturais ou elos controladores
de outras espécies.
Devemos estar atentos a problemas ambientais como os citados acima pois toda a
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humanidade sofre os seus efeitos.
A era da eutrofização foi substituída pela era dos metais pesados, dos organoclorados,
da chuva ácida. A década de oitenta foi caracterizada pelo esforço devotado à preservação do
sistema aquático subterrâneo e superficial e pela minimização dos poluentes atmosféricos. Isto
não significou o esquecimento ou eliminação dos velhos poluentes; simplesmente foi atingido
um estágio de desenvolvimento que permitiu tanto a avaliação mais precisa do potencial tóxico
de certos compostos, como também a otimização de processos para o manejo e controle dos
primeiros poluentes.
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Referências
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Capítulo 2
A vida se manifesta numa faixa delgada, quase que superficial de nosso planeta, onde
três requisitos essenciais são satisfeitos:
a) existência de água;
Estes fatores determinam a composição dessa faixa conhecida como biosfera. Nela
predominam elementos mais leves, como o hidrogênio (H), carbono (C), nitrogênio (N),
oxigênio (O) e fósforo (P), na extensão de 1 a 60%, seguidos por sódio (Na), potássio (K),
magnésio (Mg), cálcio (Ca), enxofre (S) e cloro (Cl), no intervalo de 0,01 a 1%. Os metais de
transição vanádio (V), crômio (Cr), manganês (Mn), ferro (Fe), cobalto (Co), cobre (Cu) e
zinco (Zn) comparecem na escala de traços (< 0,01%), porém são essenciais para a vida, o
mesmo acontecendo com os não metais boro (B), silício (Si) e selênio (Se). Acima do
elemento de número atômico 34, apenas o molibdênio (Mo, Z = 42) e iôdo (I, Z = 53) são
considerados essenciais.
Por que a vida se teria organizado com base nesses elementos? Em primeiro lugar,
devemos observar que cada elemento na biosfera desempenha uma função necessária, como
constituinte estrutural de sistemas biológicos, como cofator e centro ativo de enzimas, ou como
transportador de elétrons, íons, O2 e CO2. Ao lado da eficiência de cada elemento em sua
função biológica,deve-se pensar ainda em sua abundância relativa no ambiente geoquímico
onde se insere o círculo da vida. Este aspecto pode ser melhor apreciado na Tabela 2.1.
Apesar de constituir 78% da atmosfera, o nitrogênio molecular nem sempre pode ser
considerado disponível, por ser pouco reativo. Sua transformação em produtos mais úteis,
como a amônia, NH3, envolve apreciável gasto de energia, necessitando de catalisadores, além
de pressões e temperaturas elevadas. Esse obstáculo foi superado em sistemas biológicos que
sintetizam enzimas nitrogenases. Tais enzimas contêm ferro (Fe) e molibdênio (Mo), e são
capazes de converter nitrogênio molecular em amônia, em condições ambientes, utilizando
energia produzida pelo metabolismo. São encontradas em microorganismos que vivem livres,
ou associados a raízes de plantas, como as leguminosas. Dessa maneira, tornam o nitrogênio
atmosférico disponível à biosfera.
Os elementos metálicos, assim como os íons haletos, fosfato, sulfato e nitrato, são
fornecidos à biosfera, continuamente, pela hidrosfera e litosfera. Mecanismos desenvolvidos
de incorporação permitem a acumulação seletiva dessas espécies nso seres vivos, distribuindo-
as segundo um padrão incrivelmente complexo pelas diversas partes do organismo.
Todos os elementos que se encontram no meio ambiente e que, de alguma forma, são
aproveitados pelos seres vivos fazem parte de um reservatório permanente. Sofrem uma série
de transformações bioquímicas, retornam ao seu estado original e, por fim, são devolvidos ao
meio ambiente. Isso é necessário, pois, mesmo quando abundantes, os elementos
indispensáveis à vida existem em quantidade limitada. Caso não fossem continuamente
reciclados, se esgotariam em pouco tempo.
Os compostos orgânicos, além do seu papel estrutural, são consumidos pelos sistemas
vivos como ciclos de energia. Ao fim dos mecanismos respiratórios, que visam a liberação da
energia contida nas moléculas orgânicas, o CO2 reaparece como um dos produtos finais, sendo
então devolvido ao meio ambiente para reiniciar o ciclo.
2 H2O → O2 + 4 H+ + 4 e-
Qualquer molécula que absorva luz e alcance um estado excitado que dure o bastante
para sofrer oxidação ou redução, é capaz de iniciar processos fotoquímicos. Clorofilas e outros
pigmentos acessórios, presentes nos vegetais fotossintetisantes, preenchem este requisito. No
entanto, nos vegetais fotossintetisantes, a energia absorvida por estes pigmentos é,
aparentemente, transferida para uma molécula especial de clorofila, capaz de promover
processos de óxido-redução com a ajuda de enzimas e outras moléculas transportadoras de
energia.
As características de pelo menos dois parâmetros, permitem que tais situações aconteçam:
1- Fixação do nitrogênio
2- Nitrificação
3- Assimilação
4- Produção de amônia
5- Desnitrificação
1- Fixação do nitrogênio
O primeiro passo no ciclo do nitrogênio é chamado de fixação do nitrogênio. Este
corresponde à conversão do nitrogênio gasoso (N2) em amônia (NH3). O processo recebe este
nome pelo fato de que o nitrogênio é fixado numa forma que permite sua utilização pelos seres
vivos. A outra parte da fixação natural produz NO e acontece na atmosfera somente em certas
situações, envolvendo suficiente energia para quebrar a molécula de N2. Destacam-se, por
exemplo, a ação vulcânica, quedas de meteoros e ocorrência de relâmpagos. Nestes casos são
alcançadas altas temperaturas e a oxidação do N2 (N2 + O2 → 2 NO) se torna possível.
Nos processos de combustão é produzido NO pelo mesmo motivo exposto acima.
Atualmente a quantidade de NO emitido anualmente pelas indústrias e pelos veículos é pelo
menos o dobro daquela produzida naturalmente na atmosfera no mesmo período. Porém esta
não é a forma mais importante com o homem tem competido com a natureza na fixação do
nitrogênio.
700 - 900 K
3H2 + N2 ----------------------------------→ 2NH3
100 - 150 atm
Este é um processo energeticamente muito caro, mas fornece uma alternativa para a
disponibilidade de compostos nitrogenados, cujas reservas já eram escassas à época de Haber e
Bosch.
Os pouco organismos com capacidade de fixar nitrogênio, ainda que a distinção possa
não ser muito precisa, são divididos em organismos de “vida livre” e organismos que vivem
em associação simbiótica com vegetais superiores.
2- Nitrificação
NO2- + 2 O2 → NO3-
3- Assimilação
4- Produção de amônia
Organismos vivos produzem resíduos que contêm nitrogênio, tais como uréia e ácido
úrico. Estas substâncias, mais os compostos de nitrogênio que ocorrem em organismos sem
vida, são decompostos, liberando o nitrogênio para o ambiente abiótico na forma de amônia
(NH3). Esta amônia entra no ciclo do nitrogênio, tornando-se disponível para os processos de
nitrificação e assimilação.
5- Desnitrificação
O fósforo na biosfera não segue um ciclo no sentido absoluto do termo, sendo que
naturalmente existe uma perda apreciável de fósforo para os sedimentos profundos do mar.
Uma outra característica é que, ao contrário do carbono, do oxigênio e do nitrogênio, o fósforo
não se encontra acumulado num grande reservatório, sendo encontrado em baixíssima
concentração nas águas ou disperso na litosfera. De qualquer forma, é um elemento raro,
mesmo no último caso.
A maior parte da água da atmosfera está na forma gasosa, ou seja, de vapor. E quando
ela se acumula em grande quantidade, ao sofrer um resfriamento, condensa-se, dando lugar à
formação das nuvens. Nessa fase, há uma enorme mobilidade das reservas de água em função
dos ventos. Isso faz com que uma nuvem formada em um determinado ponto venha a se
precipitar na forma de chuva, a uma longa distância do ponto de origem.
Essa quantidade de água existente na atmosfera não é muito grande. Se todo o vapor
de água fosse condensado e espalhado na superfície da Terra, resultaria uma camada de apenas
3 centímetros de espessura. Mesmo assim, todo o ciclo da água está fundamentado nesse
pequeno volume.
Com a precipitação na forma de chuvas, grande parte da água que estava na atmosfera
cai diretamente nos oceanos. A outra parcela vai para os continentes. Dessa parcela, uma
parte substancial é infiltrada no solo. O restante escoa superficialmente em direção aos
pontos baixos. Isso contribui para a formação de córregos, rios e lagos que, por sua vez,
escoam para o oceano. Já a porção infiltrada renova as águas subterrâneas, ou seja, o lençol
freático, um depósito de água disponível para a vegetação. O excedente de água dos lençóis
pode retornar à superfície na forma de nascentes ou rios.
O retorno da água dos oceanos, rios e lagos (ou mesmo diretamente do solo) para a
atmosfera dá-se por evaporação. Além da evaporação, grande parte dessa água volta à
atmosfera através da transpiração das folhas dos vegetais. Como a superfície total das folhas
de uma árvore é muitas vezes superior à área do solo que ela ocupa, os vegetais têm um
importante papel multiplicador do fenômeno de evaporação da água. Além disso, eles exercem
enorme influência na manutenção da umidade do ar e nas precipitações pluviométricas. À
soma da evaporação direta do solo, da água, e da transpiração vegetal dá-se o nome de
evapotranspiração.
Referências
[1] H. E. Toma, Química Bioinorgânica, Programa regional de desenvolvimento científico
e tecnológico, Washington (1984).
[2] J. C. Kotz e K. F. Purcell, Chemistry and Chemical Reactivity, Saunders College
Publishing (1990).
[3] N. N. Greenwood e A. Earnshaw, Chemistry of the Elements, Pergamon Press (1986).
[4] B. M. Vieira, Ciências do ambiente para o curso de engenharia, Departamento de
Química - Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA, São José dos Campos, SP.
[5] P. H. Raven, L. R. Berg, G. B. Johnson, Environment, Saunders College Publishing,
(1995).
[6] S. M. Branco, E. Murgel, Poluição do ar, Editora Moderna, (1995).
3.1.2- Composição
O ar natural seco ao nível do mar compõe-se, essencialmente, dos gases nitrogênio (N2)
e oxigênio (O2):
ι Nitrogênio, 78,08% ι Oxigênio, 20,95%
(composição em volume)
3.1.3- Estrutura
II- Com base na variação da temperatura, a atmosfera pode ser dividida nas seguintes
regiões:
___________________________________________________________________________
Região Faixa de Altitude (km) Espécies químicas
o
temperatura ( C) mais importantes
___________________________________________________________________________
Troposfera 15 a -56 0 a 11 N2, O2, CO2, H2O
Estratosfera -56 a -2 11 a 50 O3
Quando a radiação solar que chega à Terra, sob a forma de luz visível, atinge o solo,
esta é convertida em outras formas de energia, inclusive a radiação infravermelha que está
associada ao calor. Se a Terra absorvesse toda a energia solar que recebe, sua temperatura
alcançaria níveis insuportáveis. Todavia, existe um ciclo envolvendo todo esse processo e que
permite um equilíbrio entre a energia recebida, absorvida e refletida de volta para o espaço.
Neste processo, dever ser estabelecido um equilíbrio, e parte desse calor, sob a forma
de radiação infravermelha, deve ser reemitida para o espaço. Para sair da ação da Terra, essa
radiação deve atravessar a atmosfera. Entretanto, esta que era praticamente transparente à luz
solar, retém a maior parte da radiação infravermelha, pois moléculas de CO2, H2O, O3, CH4,
entre outras, têm uma estrutura que permite a elas vibrarem nas frequências correspondentes a
da radiação infravermelha. Isso provoca uma maior absorção de calor pela atmosfera e,
consequentemente, maior reflexão de calor para o solo. Apesar destas moléculas existirem em
número relativamente pequeno, apresentam a concentração adequada para manutenção do
equilíbrio da temperatura terrestre. Na ausência destas, a radiação infravermelha emitida pelo
solo retornaria para o espaço, provocando muito frio à noite.
O mesmo ocorre nos automóveis fechados, sob a ação da luz solar: a radiação solar
penetra no veículo através dos vidros, provocando o aquecimento interno. Ao tentar devolver
parte desta energia, sob a forma de radiação infravermelha, esta é retida pois só uma pequena
parte consegue atravessar o vidro, que é isolante térmico. Deste modo, a temperatura interna
torna-se bem maior que a externa. Este efeito corresponde ao que ocorre numa estufa e por
isso é denominado de EFEITO ESTUFA.
Pode-se dizer então que o efeito estufa existe como um processo natural, e é benéfico.
A temperatura do planeta seria da ordem de - 18oC na sua ausência. No entanto, o equilíbrio
térmico do ambiente pode ser alterado em função da mudança da concentração dos gases
estufa. Desde meados do século passado, devido ao desenvolvimento tecnológico e a
destruição de florestas, verificou-se um aumento na quantidade de dióxido de carbono, metano,
óxido nitroso, clorofluorcarbonetos (CFC), ozônio e outros gases de origem natural e
antrópica. Só a emissão de CO2 , causada pela queima de combustíveis fósseis, foi avaliada
em 5 bilhões de toneladas anuais em todo o mundo e mais 0,4 a 2,5 bilhões provocados pelo
desflorestamento.
O aumento da pressão parcial do CO2 é preocupante, pois este gás é fundamental para
processos como a fotossíntese, regulagem da alcalinidade da água do mar, etc. Um aumento na
concentração do CO2 pode favorecer algumas culturas de alimentos e fibras, mas pode
prejudicar o rendimento de outras. Mesmo nos casos com possibilidade de aumento na
produção, existirá, simultaneamente, um maior consumo de nutrientes, cuja reposição se
constituirá em sério problema para alguns países, pois forçaria o uso de adubos artificiais.
Os demais gases, ainda que presentes em concentrações bem menores, também são
importantes devido às propriedades que apresentam: enquanto o CO2 tem uma vida
aproximada na atmosfera de 500 anos, a do CH4 é 7 - 10 anos, porém a sua capacidade de
acumular calor é 20 vezes maior do que este gás; a molécula de um CFC dura cerca de 75 - 100
anos e retém 20000 vezes mais calor do que o dióxido de carbono.
O aumento de temperatura causado pelo efeito estufa não seria uniforme, mas os seus
efeitos afetariam todas as áreas do globo terrestre. Calcula-se que um aumento de 1 a 2oC
seriam suficientes para provocar enormes danos. As consequências mais sérias que podem ser
previstas são:
a) degelo das calotas polares, provocando um aumento no nível do mar, com inundação
de muitas áreas costeiras e cidades;
Medidas visando a minimização dos riscos provocados pelo efeito estufa e por outros
problemas ambientais já começam a ser introduzidas nas atividades de planejamento
econômico e social de diversos países. Representantes dos países participantes da Conferência
das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em
1992, deram o primeiro passo ao assinarem a Convenção sobre Mudanças Climáticas, que
entrou em vigor em 21 de março de 1994 e já foi ratificada por mais de 170 países. No
entanto, só agora, ainda que de forma tímida, foram estabelecidas as metas para a redução das
emissões dos gases-estufa e definidos os prazos para cumpri-las. A 3a Conferência das partes
da convenção sobre mudanças climáticas, realizada em Kyoto, Japão, em dezembro de 1997,
reuniu cerca de 160 países e resultou no chamado Protocolo de Kyoto.
O Protocolo de Kyoto prevê, nos próximos 15 anos, uma redução global das emissões
dos principais gases causadores do efeito estufa de 5,2 % sobre o nível de 1990 (para os gases
dióxido de carbono, metano, óxido nitroso) e de 1995 (para os gases hidrofluorcarbono,
perfluorcarbono e hexafluoreto de enxofre). O compromisso foi assumido por 38 países
industrializados e as quotas fixadas para cada um deles incluem um corte de 8% para a União
Européia, 7% para os Estados Unidos e o Canadá, 6% para o Japão, a Rússia, a Nova Zelândia
e a Ucrânia. Os países em desenvolvimento ficaram de fora, uma vez que o nível de emissão
de gases-estufa neles observados é consideravelmente menor que nos países desenvolvidos,
tendo sido, porém, convidados a aderirem voluntariamente, fazendo cortes. As sanções aos
países que violarem o Protocolo de Kyoto também não foram estipuladas desta vez. E
tampouco foram detalhadas as medidas para que tais objetivos sejam alcançados.
♦ construir projetos de energia nuclear, solar ou eólica, que não produzem gases
estufa;
O ozônio, O3, é uma das formas naturais de associação dos átomos de oxigênio. No
estado líquido, o ozônio adquire propriedades explosivas. Sua alta reatividade o transforma
em elemento tóxico, capaz de destruir microorganismos (proteínas) e prejudicar o crescimento
de plantas. No estado puro e livre na estratosfera, esse gás participa de interações essenciais
para a defesa da vida. Lá, os raios ultravioleta oriundos do Sol são suficientemente intensos
para separar os dois átomos que compõem a molécula de oxigênio, O2, produzindo o chamado
oxigênio atômico, O. A equação química deste processo é dada por:
O2 + hν → O + O
O + O2 + M → O3 + M
A radiação ultravioleta também pode dissociar o ozônio. O O3, através desta reação,
absorve a radiação ultravioleta, sem a qual a superfície terrestre seria atingida por esta
radiação, provocando assim danos nas formas de vida e contribuindo para o aquecimento
global do planeta. Este processo pode ser representado por:
O3 + hν → O2 + O
Este fenômeno foi reconhecido pela primeira vez em 1974 por M. J. Molina, professor
de ciências ambientais no MIT, e F. S. Rowland, professor de química na Universidade da
Califórnia, Irvine. A partir de experiências em laboratório, os dois pesquisadores previram que
o uso continuado dos CFC levaria à destruição significativa da camada de ozônio que envolve
a Terra. Os dois pesquisadores receberam o prêmio Nobel de química de 1995 pelo trabalho
pioneiro que publicaram.
H2CO3 → H+ + HCO3-
Vários compostos químicos têm grande influência na acidez da chuva. Dentre eles
destacam-se o SO2, os óxidos de nitrogênio e os ácidos inorgânicos voláteis. O SO 2
atmosférico pode sofrer oxidação catalítica, através H2O2, O3 e/ou radicais OH., resultando na
produção de ácido sulfúrico. A reação pode ocorrer em fase gasosa ou em fase líquida quando
o SO2 está dissolvido em microgotas de chuva, nuvens ou neblinas. Inúmeros metais podem
agir como catalisadores.
OH., H2O2, O3
SO2 -----------------------→ H2SO4
Fe, Mn, V
Os óxidos de nitrogênio (NO, NO2 e N2O5) participam de uma série de reações que
produzem ácido nítrico. A presença ou não de radiação solar pode determinar a predominância
de algumas reações:
O3 hν
- durante o dia NO ------------→ NO2 -------------→ HNO3
OH.
H2 O
- durante a noite N2O5 -----------→ HNO3
Por outro lado, a amônia, produzida naturalmente por algas e bactérias através de
processos biológicos, quando presente na atmosfera age como neutralizante dos ácidos fortes.
A partir das reações químicas equacionadas acima verifica-se que o dióxido de enxofre
(fonte original do ácido sulfúrico), o ácido nítrico e a amônia (NH3) presente na atmosfera sob
a forma de gás, são os principais controladores do pH da chuva. Se os ácidos nítrico e
sulfúrico acarretam o aumento da acidez na chuva com a liberação de íons hidrogênio, a
amônia contribui de forma contrária. Isto porque, para cada molécula de amônia que se
hidrolisa na formação dos íons amônio (NH4+), um íon hidrogênio é consumido. Por outro
lado, a acidez da água da chuva não é aumentada pela presença de todo e qualquer sulfato, mas
só daquele que se forma a partir do dióxido de enxofre atmosférico.
Muitos danos são causados pela chuva ácida. Nos Estados Unidos, Suécia e Canadá
verificou-se que para valores de pH menores do que 5, o número de peixes nos lagos diminui
sensivelmente. No Canadá, estudos recentes em lagos, aos quais foi adicionado ácido,
revelaram que, após 4 anos, devido ao aumento da acidez, o camarão desapareceu e as trutas
apresentaram alterações morfológicas.
Nas florestas, o efeito da acidez da chuva nas árvores através do solo é maior do que
aquela que atinge a copa. No solo, as folhas e detritos vegetais oxidam o SO2 (aquoso)
depositado, o qual é somado aos aerossóis depositados na copa das árvores, que são arrastados
para o solo pela chuva, contribuindo assim para o aumento da acidez. Esta, por sua vez,
provoca uma diminuição na produção de humos, aumenta a produção de compostos de
nitrogênio (que gera mais acidez) e lixivia o alumínio que é tóxico para as plantas.
Apesar de não serem conhecidos efeitos diretos sobre a saúde humana, vários
pesquisadores têm chamado a atenção para a possibilidade do surgimento de problemas
mentais causados por determinadas concentrações de alumínio e outros metais na água potável,
como também a existência de problemas respiratórios e cardíacos causados pela presença de
aerossóis contendo ácido sulfúrico.
calor
O2 + N2 -------------→ 2 NO (óxido nítrico)
A molécula de NO2 é capaz de absorver fótons com tanta eficiência que a molécula se
parte:
NO2 + hν ------------→ NO + O
As moléculas de NO, por sua vez, reagem com mais O2, gerando mais NO2. Os átomos
de oxigênio liberados pela reação fotoquímica podem reagir com moléculas de O2, formando
ozônio:
O2 + O ------------→ O3
Outro tipo de smog foi constatado na cidade de Londres, onde, devido a condições
especiais, como proximidade do litoral, baixas temperaturas, etc., pode ocorrer normalmente a
presença de nevoeiros. Quando ao nevoeiro se junta uma grande quantidade de SO2, este pode
reagir com o oxigênio do ar, formando SO4, que se decompõe:
A espécie O oxida outra molécula de SO2 a SO3 que, por sua vez, reage com o vapor
dágua, formando o ácido sulfúrico. Um smog deste tipo é praticamente um aerossol de ácido
sulfúrico.
Em cidades como Los Angeles, em que a maior poluição é causada por automóveis,
verifica-se que há uma variação na concentração dos diversos poluentes. Assim, CO e NO
atingem seus níveis máximos às 7:00 horas da manhã, quando é maior a intensidade do tráfego.
Um pico menor é observado no período da noite. Os hidrocarbonetos também apresentam o
mesmo perfil. O pico de NO2 pela manhã se estende por 3 horas, enquanto o do O3 dura cerca
de 5 horas. À noite o pico de NO2 é pouco discernível e não há qualquer pico para o O3.
A explicação para este fato reside em que o NO2 e o O3 não são emissões primárias e
sim produtos formados fotoquimicamente na atmosfera. A produção destes gases só se dá
quando há forte incidência de irradiação solar. À noite, mesmo com tráfego intenso, não há
praticamente formação de smog.
Como o smog pode ser redutor ou oxidante e pode também conter um número variado
de substâncias em suspensão, os efeitos causados nos organismos vivos dependem da sua
constituição. Por exemplo, em Londres (1952) morreram cerca de 4000 pessoas, durante um
episódio de smog, devido à presença do SO2 no ar (1,344 ppm), pois, apesar de estar abaixo
dos limites prescritos, o gás se associou às partículas de poeira do ar e penetrou até os alvéolos
pulmonares, ao invés de ficar retido nas mucosas úmidas das vias respiratórias superiores,
como normalmente ocorre. Nos alvéolos houve uma ação corrosiva, provocando edema
pulmonar, levando à morte.
2 NO → N2 + O2 + calor
O estado da Califórnia, EUA, determinou que em 2003, 10% dos veículos registrados
devem ser veículos de emissão nula. Um caminho é o de conseguir motores a gasolina ou
diesel livre de emissões, o que é um complicado problema de engenharia. Outra via é usar
veículos elétricos, ativados por baterias ou pilhas de combustíveis. Os motores a gasolina
usados nos carros modernos resultaram do produto de anos de desenvolvimento de engenharia.
Para que se desenvolva, num prazo relativamente curto, um sistema de propulsão eficiente e
prático, com emissão nula, será necessário esforço significativo de muitos químicos e
engenheiros nas universidades e na indústria.
Referências
[1] J. C. Kotz e K. F. Purcell, Chemistry and Chemical Reactivity, Saunders College
Publishing (1990).
[11] J. C. Kotz e P. Treichel Jr., Chemistry and Chemical Reactivity, Saunders College
Publishing, 3th edition, (1996).
OS METAIS
Os quelatos são mais estáveis que complexos semelhantes com ligantes monodentados,
pois a dissociação do complexo envolve a ruptura de mais de uma ligação. Quanto maior o
número de anéis formados, mais estável será o complexo. Agentes quelantes com três, quatro
e seis átomos doadores de elétrons são chamados de ligantes tri, tetra e hexadentados. Um
importante exemplo deste último é o íon etilenodiaminotetra-acético (EDTA 4-), que se liga ao
metal através de dois átomos de nitrogênio e quatro átomos de oxigênio, formando assim cinco
anéis. Nestas condições, mesmo íons grandes como o Ca 2+ podem formar complexos estáveis.
A assimilação de metais pelos sistemas biológicos ocorre por diversas vias; nas plantas
por meio das raízes e folhas; e nos animais, mediante ingestão de alimentos e pela via
respiratória. Os metais alcalinos e alcalinos-terrosos encontram-se livres nas águas e nos
fluidos biológicos. Sua captura pela célula é possível pela interação com grupos existentes na
superfície da membrana. Outros íons são extraídos na forma de complexos que podem ser
absorvidos ou transportados através da membrana.
A eficiência com que os íons são retirados depende de sua abundância, da forma em
que se encontram e dos mecanismos de captura. No caso de elementos traços, como Zn, Cu,
Fe, Co e Mn, a extração requer agentes complexantes com constantes de estabilidade elevadas,
capazes de discriminá-los dos íons alcalinos e alcalino-terrosos, mais abundantes.
CRÔMIO ANOMALIA NO
METABOLISMO DA
GLUCOSE
CHUMBO ANEMIA
IODO BÓCIO
ZINCO ANANISMO
CÁDMIO NEFRITE
O caráter essencial do vanádio ficou demonstrado no caso de ratos mantidos sob dieta
controlada; contudo, sua importância no ser humano é ainda discutível. É encontrado em
alimentos como o leite, cereais e vegetais, frutos do mar, além de óleos e gorduras. A maior
parte ingerida é excretada na urina. Têm sido constatadas doenças no sistema respiratório de
trabalhadores expostos a compostos de vanádio.
O crômio parece ser útil no metabolismo da glucose; contudo, sua função ainda não é
bem conhecida. Uma quantidade diária, ao redor de 250 µg de crômio, é considerada
suficiente na alimentação. É encontrado na carne, laticínios, cereais integrais e levedura de
cerveja.
O manganês é essencial na formação da estrutura óssea e no funcionamento do sistema
nervoso central. Participa como cofator de grande número de enzimas, como as fosfatases
ósseas e sanguíneas, e outras encontradas no fígado e intestino, ou em arginases, carboxilases e
colinesterases. A maior parte do manganês concentra-se nas mitocôndrias, principalmente no
fígado e no rim. Nas células vegetais, o manganês é necessário na fotodecomposição da água
pela clorofila. As fontes principais desse elemento são os vegetais, as frutas e os cereais
integrais. Exposição muito intensa e excesso de manganês afeta o sistema nervoso,
provocando uma doença degenerativa, conhecida como doença de Parkinson, cuja
característica é a perda de coordenação.
O cobalto deve sua importância biológica à vitamina B12, que tem papel fundamental
na formação do sangue. Apesar de os sais de cobalto serem de fácil absorção pelo organismo,
eles não se acumulam, pois são eliminados na urina e nas fezes. A carência de cobalto produz
sintomas de anemia. A ingestão excessiva conduz ao aparecimento de policitemia,
caracterizada pelo aumento exagerado de glóbulos vermelhos.
O níquel não tem função biológica conhecida até o momento, apesar de se encontrar em
vegetais e legumes, e de existir em pequena quantidade no organismo.
O cádmio é um poluente bastante sério. Sua natureza tóxica foi responsável pelo
envenenamento crônico ocorrido há 40 anos, no Japão, numa população que se alimentava de
cereais contaminados. As características químicas do cádmio são semelhantes às do zinco,
inibindo enzimas. Em alguns casos, contudo, a substituição do zinco pelo cádmio leva ao
aumento na atividade catalítica. O acúmulo desse metal é observado no fígado e
principalmente nos rins, produzindo nefrite. A ingestão prolongada, associada à disfunção
renal, conduz à excreção de proteínas, glucose e fosfato. Nos casos agudos, como os ocorridos
no Japão, as vítimas experimentaram dores intensas causadas pela degeneração óssea.
METABOLISMO
1- MERCÚRIO ELEMENTAR
→ vapores de mercúrio atravessam facilmente as membranas celulares, sendo
prontamente absorvido pelos pulmões, onde é oxidado a íon mercúrico (Hg 2+)
→ parte do mercúrio penetra no cérebro antes de ser oxidada. No cérebro, é oxidado a
mercúrio II, causando danos irreversíveis às células do sistema nervoso, com redução dos
neurônios e células granulares do cérebro.
Do mesmo modo que o Hg(II) e o Cd (II), o chumbo inibe enzimas que contêm grupos
SH, porém menos fortemente.
[5] J. C. Kotz e P. Treichel Jr., Chemistry and Chemical Reactivity, Saunders College
Publishing, 3th edition, (1996).
Capítulo 5
QUÍMICA ORGÂNICA
A maioria dos compostos que constituem as coisas do nosso cotidiano são formados de moléculas que
contêm carbono e (geralmente) hidrogênio, e são classificados como compostos orgânicos. Estes
compostos têm destaque nas nossas vidas, pois são responsáveis pelas cores e odores das flores e da
vegetação,e pelo gosto da comida. De fato, virtualmente todo o mundo natural,exceto as rochas e
oceanos, consiste de compostos orgânicos.
Foram necessários cerca de 4,5 bilhões de anos de luz solar e compostos de carbono para formar a vida
atualmente existente na Terra. O ser humano existe na Terra há apenas alguns milhões de anos e, no
espaço de somente cem anos, aprendeu a transformar compostos de carbono em medicamentos,
combustíveis, produtos de higiene e limpeza e, notavelmente, em materiais plásticos.
A indústria da química orgânica mudou o nosso mundo para melhor e para pior. Poluição e
superpopulação são problemas sérios que estão se tornando ainda mais sérios. São problemas
científicos e políticos. A parte científica tem solução, embora dispendiosa. A parte política é menos
clara. É uma questão de como utilizar nossas riquezas – uma questão de prioridades.
A qualidade de vida, talvez a própria vida, depende de sua ligação e respeito para com a Terra.
Aqueles que têm algum conhecimento de química orgânica terão uma oportunidade de trabalhar para tal
e a obrigação de fazêlo.
OS COMPOSTOS DE CARBONO
As plantas já existiam há mais de 400 milhões de anos quando surgiu o primeiro ser humano no planeta,
o que aconteceu cerca de 50 mil anos atrás.
Desde então, o homem provavelmente já passou a utilizar as plantas como medicamento. Esta avaliação
é baseada em registros antigos, como desenhos em cavernas, escritos e símbolos, que revelam uma
ligação muito íntima do homem com a natureza, principalmente com as plantas.
Assim, ao longo do tempo, as civilizações, em todo o mundo, foram reunindo suas experiências de
forma única, deixando acumular até nossos dias um vasto e inestimável conhecimento sobre as ervas e
plantas, em grande parte comprovada pela ciência moderna.
Portanto, toda a história da Medicina está intimamente ligada às plantas, pois foi somente em 1828 que
Friedrich Wohler sintetizou a uréia (substância orgânica) a partir de cianato de amônio (substância
inorgânica), fato que causou uma revolução no conhecimento da época. Isto porque, até este momento,
havia uma concepção de que uma substância orgânica só poderia ser sintetizada a partir de substâncias
extraídas de animais ou vegetais.
Química orgânica é a química dos compostos do carbono.
Histórico
Berzelius
Teoria da força vital. Nos organismos vivos, há uma força especial
indispensável à síntese dos compostos orgânicos. Por isso, esses compostos
não podem ser sintetizados fora dos organismos vivos (in vitro).
Wöhler (1828)
Síntese de uréia in vitro. Começa a ser abandonada a teoria da força vital.
Berthellot
Sintetiza muitos compostos orgânicos em laboratório e "enterra" a teoria da
força vital.
• Composição (C, H, O, N)
• Número de compostos
• Freqüência do fenômeno de isomeria e polimeria
• Natureza dos compostos
• PF e PE
• Condutividade elétrica
• Solubilidade
• Resistência ao aquecimento (sem decomposição)
• Inflamabilidade dos compostos
C ABERTA ou • Quanto à natureza
A ACÍCLICA ou
D ALIFÁTICA o Homogênea
E
o Heterogênea
I
A • Quanto à disposição dos C
·
C o Normal ou reta
A o Ramificada ou arborescente
R
B • Quanto à saturação
Ô
o Saturada
N
I o Insaturada ou não-saturada
C
A FECHADA ou Alicíclica • Quanto à natureza
CÍCLICA ou não-
aromática o Homogênea ou homocíclica
o Heterogênea ou heterocíclica
• Quanto à saturação
o Saturada
o Insaturada ou não-saturada
o Policíclica ou polinuclear
Condensada
Não-condensada
o Policíclica ou polinuclear
Condensada
Não-condensada
Hidrocarbonetos
Tipo de cadeia
Classe Exemplo
carbônica
ALCANO ou alifática saturada CH3⎯CH2⎯CH2⎯CH3
PARAFINA butano
ALCENO ou alifática insaturada CH3⎯CH=CH⎯CH3
ALQUENO ou etênica com um 2-buteno
OLEFINA
H2C=CH⎯CH2⎯CH3
1-buteno
ALCADIENO ou alifática insaturada H2C=C=CH⎯CH3
DIOLEFINA etênica com 2 1,2-butadieno
H2C=CH⎯CH=CH2
1,3-butadieno
ALCINO ou alifática insaturada H3C⎯C≡C⎯CH3
ALQUINO etínica com um 2-butino
H⎯C≡C⎯CH2⎯CH3
1-butino
ALCENINO ou alifática insaturada H2C=CH⎯C≡C⎯H
ALQUENINO etenínica com um butenino
e um
CICLOALCANO ou alicíclica saturada H2 C ⎯ C H2
CICLANO ou | |
CICLOPARAFINA H2 C ⎯ C H2
ciclobutano
CICLOALQUENO ou alicíclica insaturada H2 C ⎯ C H2
CICLOALCENO ou etênica com um | |
CICLENO ou HC=CH
CICLOOLEFINA
ciclobuteno
ARENO ou cadeia aromática
HIDROCARBONETO
AROMÁTICO
benzeno
|
H3C⎯ H3C⎯CH2⎯ H3C⎯CH2⎯ CH2⎯ H⎯CH
H3C⎯ C
metil etil n.propil 3
isopropil
|
H3C⎯CH2⎯CH2⎯CH2⎯ H3C⎯CH2 H⎯CH
C
n.butil ⎯ 3
sec.butil
H⎯CH2 |
H3C⎯ C
⎯ H3C⎯ C ⎯CH3
| |
C H3 C H3
isobutil terciobutil benzil
H2 C ⎯ H2 C ⎯ C H2 H3C⎯ C H⎯
| | | |
nome de
FENOL Ar ⎯ OH hidroxi +
Ar ⎯ H OH
hidroxibenzeno
nome de nome de
R⎯O⎯
+
R1 ⎯ H CH3 ⎯ O ⎯ CH2 ⎯ CH3
ÉTER R ⎯ O ⎯ R1
metoxietano
R ≤ R1
O
O ||
|| CH3 ⎯ CH2
ALDEÍD nome de − o C
R ⎯C ⎯
O R ⎯ CH3 + al
| |
H H
propanal
O O
|| −o ||
nome de
CETONA R ⎯C + CH3 ⎯ C
R ⎯ CH2 ⎯ R1
| ona |
R1 CH3
propanona
O
O ||
|| CH3 ⎯ CH2
ÁCIDO C
R⎯ C nome de − o ⎯
CARBO- ácido
| R ⎯ CH3 + oico |
XÍLICO
O O
H H
ácido propanóico
nome de O
O O − ácido ||
|| || − ico CH3 ⎯ CH2
C
ÉSTER R⎯ C R⎯ C + ato ⎯
| | + nome de |
O⎯ R1 O R1 O⎯ CH3
H propanoato de metila
AMINA H
H
|
|
CH3 ⎯ CH2 ⎯ CH2
R⎯ N N
nome de R + amina ⎯
|
|
H
H
primária
propilamina
CH3
R1
|
|
CH3 ⎯ CH2
R⎯ N nome de R N
+ amina ⎯
| nome de R1
|
H
H
secundária
metiletilamina
R1 CH2−CH3
| |
nome de R
R⎯ N CH3−CH2−CH2− N
nome de R1 + amina
| |
nome de R2
R2 CH3
terciária metiletilpropilamina
nome de O
O
O ||
||
|| − ácido CH3 ⎯ CH2
R⎯ C C
⎯
AMIDA | R ⎯ C − ico
|
NH | + amida NH
2 O 2
primária H propanoamida
− ácido
nome de CH3 ⎯ CH2 ⎯ C ≡ N
NITRILO R⎯C≡N − ico
R ⎯ COOH propanonitrilo
+ nitrilo
HALETO
R⎯X nome de nome de CH3 ⎯ CH2 ⎯ CH2 ⎯ Cl
ORGÂ- +
(F, Cl, Br, I) X R⎯H 1-cloro propano
NICO
Xisto betuminoso