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ELETRODINÂMICA CLÁSSICA I

Luiz E. Oliveira, Instituto de Física


Universidade Estadual de Campinas - Unicamp
Campinas, São Paulo

oliveira@ifi.unicamp.br

Notas de Curso
10 semestre de 2019

1
TÓPICOS
1. Introdução (2 aulas)
2. Campos dependentes do tempo. Equações de Maxwell. Leis de
conservação (3 aulas)
3. Ondas eletromagnéticas planas e propagação de ondas (3 aulas)
4. Guias de onda e cavidades ressonantes (4 aulas + 1 exerc. + P1)
5. Teoria da relatividade restrita. Transformações de Lorentz. Covariância
da eletrodinâmica. Transformações de campos eletromagnéticos (3
aulas + 1 exerc.)
6. Radiação de cargas em movimento. Potenciais de Liénard-Wiechert (2
aulas + 1 exerc. + P2)
7. Radiação de sistemas simples. Radiação de dipolo elétrico, dipolo
magnético, quadrupolo elétrico. (2 aulas)
8. Dinâmica de partículas relativísticas. Lagrangeana e Hamiltoniana para
uma partícula carregada relativística em um campo eletromagnético.
Lagrangeana para o campo eletromagnético. (3 aulas + P3 + Exame)

2
Eletrodinâmica Clássica II
Tópicos
1. Introdução à Eletrostática
Lei de Coulomb. Massa do fóton. Campos vetoriais.
Lei de Gauss. Teorema de Green. Problemas de Contorno. Capacitancia.
2. Problemas de contorno em eletrostática: métodos para solucionar problemas
com potenciais
Método das imagens. Funções de Green. Método de separação de variáveis.
Equação de Laplace.
3. Problemas de contorno em eletrostática: 3 D
Equação de Laplace. Polinomios de Legendre. Funções de Bessel.
4. Meios macroscópicos e dielétricos
Expansão em multipolos. Problemas de contorno com dielétricos.
Polarizabilidade molecular e susceptibilidade elétrica.
5. Magnetostática
6. Função resposta dielétrica
7. Propriedades ópticas de sólidos
Interação da radiação com a matéria. Constantes ópticas. Relações de
Kramers-Kronig e regras de soma. Análise de Fourier das eqs. de Maxwell.
8. A taste of photonics, metamaterials, and plasmonics.
3
BIBLIOGRAFIA
• Classical electrodynamics, J.D. Jackson, 1st ed. (1962), 2nd ed. (1975), 3rd ed.
(1999)
• The classical theory of fields, L. Landau and E. Lifshitz, 2nd ed. (2004)
• Classical electromagnetic radiation, M. A. Heald and J. B. Marion, 3rd ed.
(1995)
• Classical electricity and magnetism, W. K. H. Panofsky and M. Phillips , 2nd ed.
(1962)
• Foundations of electromagnetic theory, J.R. Reitz, F. J. Milford, and R. W.
Christy, 4th ed. (1993)
• Introduction to electrodynamics, D. J. Griffiths, 3rd ed. (1999)
• The Feynman Lectures on Physics, R. P. Feynman, R. B. Leighton, and M.
Sands
• Electricity and Magnetism, E.M. Purcell (Berkeley Physics Course, vol. 2)
• From falling bodies to radio waves : classical physicists and their discoveries,
E. Segré (W.H. Freeman and Company, NY, 1984)
• QED (Quantum electrodynamics) – The strange theory of light and matter, R.
P. Feynman
• Ondas eletromagnéticas I : Propagação em meios homogêneos e isotrópicos.
Reflexão e refração, H. M. Nussenzweig, CBPF (1963)
• Notas de eletromagnetismo, H. S. Brandi, PUC/RJ (1983)
4
ELETRODINAMICA CLÁSSICA I – PÓS-GRADUAÇÃO, Prof. Luiz E. Oliveira – 2019-I, oliveira@ifi.unicamp.br, tel: 3521 5459
(35 aulas duplas, aulas: 3ª e 5a, 10-12 hs, IF-14) Total: 35 aulas duplas
AULAS:
Fevereiro (2 aulas)
terça quinta
26 28
Março (8 aulas)
terça quinta
5 7
12 14
19 21
26 28
Abril (9 aulas)
terça quinta
2 4
9 11
16 18-P1
23 25
30
Maio (9 aulas)
terça quinta
- 2
7 9
14 16
21 23-P2
28 30
Junho (7 aulas):
terça quinta
4 6
11 13
18 20-P3
- 27 - Exame

AVALIAÇÃO:
3 PROVAS (P1, P2, P3) MÉDIA M = (P1 + P2 + P3)/3
CONCEITOS: A (M ≥ 8.0), B (6.0 ≤ M < 8.0), C (5.0 ≤ M <6.0), D (M < 5.0)
NO CASO DO ESTUDANTE TIRAR C ou D, PODERÁ SOLICITAR FAZER UM EXAME E O CONCEITO FINAL SERÁ
M-FINAL = (M + EXAME)/2

5
1. Introdução
• Um pouco de história

• Equações de Maxwell (no vácuo e macroscópicas):


formas diferencial e integral

• Equação da continuidade

• Equação da força de Lorentz

• A lei do inverso dos quadrados ou a massa do fóton

• Superposição linear

• Limites de validade da eletrodinâmica clássica

• Equações constitutivas do meio

• Condições de contorno

• Sistemas de unidades 6
• Um pouco de história
“From falling bodies to radio waves: classical physicists and their discoveries”,
Emílio Segré (W.H. Freeman and Company, NY, 1984)
Em 1959, Segré e Owen Chamberlain dividiram o Nobel em Física pela descoberta
do antipróton (Segré: 1905-1989 ; Chamberlain: 1920-2006).

“eletromagnetismo”
gregos (antiguidade): friccionando um pedaço de âmbar (fóssil de resina de árvore)

 atraía pequenos pedaços de palha

palavra grega elektron: âmbar

Tales de Mileto (c. 625 - c. 546 A.C.) : alguns minérios de ferro tinham a propriedade
de atrair pequenos pedaços de ferro (segundo o grego Aristóteles, 384-322 A.C.).

“magnetita” (Fe3O4): imã permanente que se encontra em forma natural, capaz de


atrair fragmentos de ferro, niquel, cobalto, suas ligas e compostos.

“magnetismo”: o nome origina-se de Magnésia, distrito da Ásia menor onde se


situava a cidade de Mileto.
7
Navegadores chineses (sécs. 7 e 8): invenção da bússola com o mineral
descoberto por Tales; a descoberta pelos chineses é provàvelmente lendária,
mas há na literatura européia referencias à bússola já no século XII.

1820: Hans Christian Oersted (U. of Copenhagen, 1777-1851)


corrente elétrica num fio causava a deflexão da agulha imantada de uma bússola

nascimento do eletromagnetismo

1861: James Clerk Maxwell (1831-1879)


luz é uma onda eletromagnética
(óptica, eletricidade, magnetismo)

“Treatise on electricity and magnetism”


1st ed. 1873
2nd ed. 1881 editado por W.D. Niven/revisado em parte por Maxwell
3rd ed. 1891 editado por J.J. Thomson

Joseph John Thomson (1856-1940); 1897: descoberta do elétron e medida


de e/m
Nobel 1906 : investigações teóricas e experimentais na condução de eletricidade por
gases
8
Interações:
• Gravitacional (≈ 10-38)
• Eletromagnética-EM (≈ 10-2)
• Forte ou nuclear – ligação entre nucleons (protons, neutrons) (≈1)
• Fraca – responsável pelo decaimento β (≈ 10-5)
No processo de decaimento β, um núcleo instável de n0 atomico Z se
transforma espontaneamente em outro núcleo de n0 atomico (Z ± 1) e
emite um elétron (ou pósitron) e um neutrino:

Z  (Z ± 1) + e – (ou e+) + 

• unificação entre interações EM e fraca


1967: Weinberg e Salam independentemente (teoria originalmente
desenvolvida por Glashow)  “Glashow-Weinberg-Salam theory of the
electroweak interaction”
Sheldon Lee Glashow (1932- )
Abdus Salam (1926-1994) Nobel 1979
Steven Weinberg (1933-)

• descoberta das “field particles W and Z”, communicators of the weak interaction
Nobel 1984
Carlo Rubbia (1934- ) 9
Simon van der Meer (1925-2011)
• H. A. Lorentz (1853-1928), holandês
1895 e 1904 – introduced “Lorentz transformation”
Nobel 1902 com Pieter Zeeman (1865-1943)
“for their researches into the influence of magnetism upon radiation phenomena”

• A. Einstein (1879-1955): special relativity


1905 : “On the electrodynamics of moving bodies”
Nobel 1921 : “for his services to Theoretical Physics and specially for his
discovery of the law of the photoelectric effect”

• Heinrich Hertz (1857-1894)


1889: discovery of electromagnetic waves (radio waves)

•Nobel 1909: G. Marconi (1874-1937) + Carl F. Braun (1850-1918)


“for their contributions to the development of wireless telegraphy”

10
“QUANTUM ELECTRODYNAMICS” ou QED
QED – The strange theory of Light and Matter”
Richard P. Feynman (1918-1988) Princeton U. Press (1985)
Sin-Itiro Tomonaga (1906-1979)
Julian Schwinger (1918-1994)
Nobel 1965 – “for their fundamental work in QED” (1948)
QED desenvolvida por vários físicos em 1929
Paul A. M. Dirac (1902-1984) Nobel 1933
com Erwin Schrödinger (1887-1961)
Dirac, usando a teoria da relatividade, fêz uma teoria relativística do elétron
que não levava em conta os efeitos da interação do elétron com a luz

elétron com momento magnético = 1 (em certas unidades)


experiência : 1.00118 (incerteza de 3 no último dígito) (1948)
“old” QED : resultado: ∞
 e2 1
J. Schwinger : 1.00116  1    (fine - structure constant) 
2 c 137
(primeiro a calcular correção)
exp: 1.00115965221 (incerteza de 4 no último dígito)
QED: 1.00115965246 (incerteza 5 vêzes maior)
Feynman: “At the present time I can proudly say that there is
NO SIGNIFICANT DIFFERENCE between experiment and theory!
(1/100 núcleo  100 tamanho Terra) 10-15 cm  1011 cm 11
Joseph Priestly (1733-1804) : 1767  1/r2
1766: found that there was no electric force on a charge placed anywhere within a
hollow, charged conductor (expt suggested by Benjamin Franklin)
Priestley reported in 1767: “May we not infer from this experiment that the
attraction of electricity is subject to the same laws that of gravitation, and is
therefore according to the square of the distances”

John Robison (1739-1805), escocês 1769


prova experimental : F α 1/r2
(não publicou seus resultados por muitos anos...)

Charles Augustin Coulomb (1736-1806), engenheiro francês


1785 : F α 1/r2 (balança de torção)

Henry Cavendish (1731-1810), inglês (nascido em Nice)


1771
demonstrou F α 1/r2 pela ausência do campo elétrico no interior de um
condutor carregado (não publicou)
(Lord Kelvin publicou, em 1879, os manuscritos de Cavendish)

Luigi Galvani (1737-1798), Bologna


1791: “Commentary on the Forces of Electricity in Muscular Motions” 12
Alessandro Volta (1745-1827), “pilha voltaica” (1801)
Dominique François Arago (1786-1853)
1831: “...the most marvelous instrument ever invented by mankind.”
corrente ~ 10 A! power 10 kw! (aprox. 104 x power-potencia maq. eletrostática)

André Marie Ampère (1775-1836)


the “Newton of electricity” (Maxwell)

Michael Faraday (1791-1867)


The story is told that when a politician asked him what good were his
discoveries, he answered : “At present I do not know, but one day
you will be able to tax them”.

James Clerk Maxwell (1831-1879)


(1864): “A Dynamical Theory of the Electromagnetic Field”
“Treatise on electricity and magnetism”
1st ed. 1873
2nd ed. 1881 editado por W.D. Niven/revisado em parte por Maxwell
3rd ed. 1891 editado por J.J. Thomson

EQUAÇÕES DE MAXWELL (1873)  


Oliver Heaviside (1850-1925) apontou a simetria entre E e B nas
equações e as escreveu na forma em que as conhecemos (1884) 13
14
VÁCUO MACROSCOPIC MAXWELL
ou MICROSCOPIC EQUATIONS
MAXWELL equations

 
  .D  
.   /  0  
  .  0
.  0 SI / MKSA
  
        / t
     / t 
      
   H  J  D / t
    0 J  0 0   
 t D   0  P
com  e J sendo as fontes totais, ou
    
   micro; J  J micro H   / 0  M
     
micro (r )   qi  (r  ri )  (e) i* (r ) i (r )
i i  e J : carga e densidadeext de corrente
 ext
livres, ou    ; J  J J
 cond
   
J micro (r , t )   qi vi  (r  ri (t ))
i    
[ver Sec. (6.7) Jackson, 2nd ed.] f  q  qv x  15
VÁCUO MACROSCOPIC MAXWELL
ou MICROSCOPIC EQUATIONS
MAXWELL equations
   
.  4 .D  4
   
.  0 GAUSSIAN .  0
  1    1 
      / t       / t
c  c 
  4  1    4  1 D
  J  H  J
c c t c c t
  q    
F  q  v   D  E  4 P
 c   
com  e J sendo asfontes totais, ou
H  B  4 M

   micro; J  J micro

 e J : carga e densidade
 de
 corrente LIVRES,
ou  ;J J
ext ext
J cond

As equações de Maxwell são encontradas com


16
algumas mudanças no “Tratado” de 1873
 tot  ext  cond  pol  mag
J J J J J ,

 pol P  mag  
with J  ,J  c  M
t
     
D  E  4 P; H  B  4 M

F. Wooten, Optical properties of solids


Academic Press (1972)

 
  
tot ext pol
with  pol
 - . P

17
Ludwig Boltzmann (1844-1906)

Johan Wolfgang von Goethe (1749-1833)

Boltzman, citando Goethe (Faust):

“WAR ES EIN GOTT DER DIESE ZEICHEN SCHIEB?”

(WAS IT A GOD THAT WROTE THESE SIGNS?)


Faust is Goethe's most famous work and considered by many to be one of the
greatest works of German literature.
Fausto é o protagonista de uma popular lenda alemã de um pacto com o demônio,
baseada no médico, mágico e alquimista alemão Dr. Johannes Georg Faust (1480-
1540). O nome Fausto tem sido usado como base de diversos romances de ficção,
o mais famoso deles do autor Goethe, produzido em duas partes, tendo sido escrito
e reescrito ao longo de quase sessenta anos. A primeira parte - mais famosa - foi
publicada em 1806 e a segunda, em 1832 - às vésperas da morte do autor.
Considerado símbolo cultural da modernidade, Fausto é um poema de proporções
épicas que relata a tragédia do Dr. Fausto, homem das ciências que, desiludido com
o conhecimento de seu tempo, faz um pacto com o demônio Mefistófeles, que o
enche com a energia satânica insufladora da paixão pela técnica e pelo progresso.
18
TEOREMA DA DIVERGÊNCIA

  
 div FdV   F . n dS
V S

TEOREMA DO ROTACIONAL (STOKES)

   
 rot F . ndS   F . dl
S
c

19
EQUAÇÕES DE MAXWELL NA FORMA INTEGRAL

 
 D. n dS  qv
S
 
 B. n dS  0
S

SI/MKSA     B
C E. dl    t

  D 
C H . dl  iv  S t . n dS
 
iv é a intensidade da corrente verdadeira através de S iv   J . n dS
S
qv é a carga verdadeira contida dentro de V qv   dV
V  
 B é o fluxo de indução magnética através de S  B   B. n dS
S

20
 
 D. n dS  4 qv
S
 
 B. n dS  0
S
GAUSSIAN   1   B
C E. dl   c  t

  4 1 D 
C H . dl  c iv  c S t . n dS

(Volt / m) E  campo elétrico ou intensidade elétrica (statvolt/cm)

(C / m ) D  campo de deslocamento elétrico ou dielétrico (statvolt/cm)
2


(Tesla) B  campo magnético ou indução magnética ou densidade
de fluxo magnético (1 Gauss = 10-4 T)

( A / m) H  Intensidade magnética ou campo magnético (1 Oersted)

21
 
. E  4 (1.1)

  4  1 E
 B  J (1.2)
c c t
MICROSCOPIC 
MAXWELL equations   1 B (1.3)
 E  
c t
 
. B  0 (1.4)

   
(1.1) : . E  4
t t equação da
 continuidade
   4   1  E
(1.2) : .   B  . J  .
c c t
0
     dqv
t
 .J  0 S J . n dS  
dt
   
v
equação da força de Lorentz: F  qE  q  B 22
c
c  299792458 m/ s (exatamente)
(vácuo) (1983)
def

Experimentalmente, com uma precisão muito grande, a velocidade da luz


no vácuo é INDEPENDENTE da frequencia!

c
radio 108 Hz  10 20 Hz  10 14
frequency c
(~ eV ) (~ MeV )

c
visible 10 Hz  10 Hz
14 24
 10 5
light c
(~ eV ) (~ 10 GeV )

23
• carga é quantizada!

e  1.60217733  10 19 C
(incerteza experimental de 3 partes em 107)

(precisão experimental – melhor que 1 parte em 1020 –


com que se sabe que os múltiplos são inteiros)

QUARKS: não há evidências de quarks livres

carga (e)
UP +2/3
DOWN -1/3
STRANGE -1/3
CHARM +2/3
BOTTOM -1/3
TOP +2/3
• carga é conservada! experimentalmente, sem exceções

24
• ausência experimental de cargas magnéticas
e correntes magnéticas
note a falta de simetria das eqs. de Maxwell

com relação às fontes ρ e J !

1931: Paul Dirac


P. A. M. Dirac, Phys. Rev. 74, 817 (1948)
monopolo magnético
“carga magnética”

teorias recentes: m ~1016 mpróton

“Superheavy magnetic monopoles”, R.A. Carrigan, Jr. e W.P. Trower


Scientific American, April 82, p.106
Even though P. A. M. Dirac showed in 1931 that the existence of magnetic
monopoles could explain certain properties of electrically charged particles,
monopoles have never been detected. However, recent gauge theories of
elementary particles not only predict the existence of monopoles but
determine some of their properties.
25
P A M Dirac, Phys. Rev. 74, 817 (1948)

See Jackson, 2nd ed., Sects. 6.12 e 6.13;


J. J. Sakurai, “Modern Quantum Mechanics”, Sect. 2.6
26
Some condensed matter systems propose a structure
superficially similar to a magnetic monopole, known as a flux
tube. The ends of a flux tube form a magnetic dipole, but since
they move independently, they can be treated for many
purposes as independent magnetic monopole quasiparticles.
Since 2009, numerous news reports from the popular
media have incorrectly described these systems as the
long-awaited discovery of the magnetic monopoles, but
the two phenomena are only superficially related to one
another. These condensed-matter systems continue to be an
area of active research.

Magnetic monopoles in spin ice, C. Castelnovo, R. Moessner,


and S. L. Sondhi, Nature 451, 42–45 (2008)

(ver Wikipedia: magnetic monopoles) 27


A LEI DO INVERSO DOS QUADRADOS OU A MASSA DO FÓTON

1
F
r 2 
__________________________________________________________
Experimental Data
__________________________________________________________

Priestley 1767 1/r2
Robinson 1769 0.06
Cavendish 1772-73 0.02
Coulomb 1785 0.02
Maxwell 1873 4.9X10-5
Plimpton and Lawton 1936 2X10-9
Bartlett, Goldhagen, Phillips 1970 1.3X10-13
Williams, Faller, Hill 1971 <~1.0X10-16
__________________________________________________________

E.R. Williams, J.E. Faller and H.A. Hill, Phys. Rev. Lett. 26, 721 (1971)
28
E.R. Williams, J.E. Faller and H.A. Hill, Phys. Rev. Lett. 26, 721 (1971)

29
• Assuma que o potencial eletrostático tem a forma proposta por Yukawa

e r
r
e encontre um valor ou limite para μ ou μ-1
(Lagrangeana de Proca do campo eletromagnético)

cap. 12, Jackson, 2nd ed.

  m c / 
m = massa do fóton

geofísica : medidas do campo magnético da Terra


m  4  10 48 g

m e  9.110 28 g 
Williams, Faller and Hill (1971): m  1.6 10 47 g 30
Testes de laboratório e geofísicos :
1
F  2 : válido para distâncias da ordem de 1 a 109 cm
r
QED/QUANTUM ELECTRODYNAMICS:

(teoria relativística de elétrons pontuais interagindo com fótons sem massa)


válida para distâncias até 10-15cm

Conclusão : a massa do fóton pode ser tomada como zero  2 vale 


1
r 
para distâncias clássicas e no domínio quântico

Feynman (1985):
QED : 10-15 cm a 1011 cm

 1 
~ do núcleo  a ~ 100 tamanho da Terra 
 100 
“The theory of quantum electrodynamics has now lasted for more than fifty
years, and has been tested more and more accurately over a wider and
wider range of conditions. At the present time I can proudly say that there is
NO SIGNIFICANT DIFFERENCE 31
between experiment and theory!”
Classical electrodynamics
x
Quantum electrodynamics (QED)
Quantum electrodynamics (QED) is the relativistic quantum field theory of
electrodynamics. In essence, it describes how light and matter interact and is the first
theory where full agreement between quantum mechanics and special relativity is
achieved. QED mathematically describes all phenomena involving electrically charged
particles interacting by means of exchange of photons and represents the quantum
counterpart of classical electromagnetism giving a complete account of matter and
light interaction. One of the founding fathers of QED, Richard Feynman, has called it
"the jewel of physics" for its extremely accurate predictions of quantities like the
anomalous magnetic moment of the electron, and the Lamb shift of the energy levels
of hydrogen.

“photons”
Wave-particle duality postulates that light
exhibits both wave and particle properties 32
The Lamb shift, named after Willis Lamb (1913–2008), is a small difference in
energy between two energy levels and (in term symbol notation) of
the hydrogen atom in quantum electrodynamics (QED).
According to Dirac, the and orbitals should have the same energies.
However, the interaction between the electron and the vacuum causes a tiny
energy shift on . Lamb and Robert Retherford measured this shift in 1947,
and this measurement provided the stimulus for renormalization theory to handle
the divergences.
It was the harbinger of modern quantum electrodynamics developed by Julian
Schwinger, Richard Feynman, and Shinichiro Tomonaga.
Lamb won the Nobel Prize in Physics in 1955 for his discoveries related to the
Lamb shift (for more details, see Nobel Prize lecture by Lamb).

The Lamb shift currently provides a measurement of the fine-structure


constant α to better than one part in a million, allowing a precision test of
quantum electrodynamics. 33
SUPERPOSIÇÃO LINEAR:
 
As equações de Maxwell no vácuo são LINEARES nos campos E e B.
superposição linear

efeitos NÃO LINEARES ocorrem em materiais magnéticos, cristais sob lasers


intensos, etc

Para campos no vácuo ou campos microscópicos dentro de átomos e núcleos:

nível macroscópico e mesmo atômico: superposição linear é remarcavelmente


válida
(diferenças de níveis de energia em átomos leves como o hélio, calculados com
base em superposição linear de interações eletromagnéticas, estão em acordo
com a experiência com precisão de 1 parte em 106)

nível subatômico: quando partículas carregadas se aproximam entre si, campos


elétricos podem ser ENORMES
“QUANTUM-MECHANICAL NONLINEARITY”
[no limite clássico (  0) êstes efeitos não lineares são zero]
No vácuo, domínio clássico de tamanhos e valores de campos validade da
SUPERPOSIÇÃO LINEAR
34
LIMITES DE VALIDADE DA ELETRODINÂMICA CLÁSSICA
Em eletrodinâmica clássica (não quântica), a única coisa que conhecemos do
elétron é o valor de sua carga. Podemos imaginá-lo como uma pequena esfera
de raio r0, com a carga simétricamente distribuida em torno do centro.

A energia própria (energia potencial própria ou auto-energia) do elétron será


assim da ordem de
e2
U0 
r0
1
( U  U 0 ;   se a carga é superficial,
2
3 se volumétrica uniforme)
5
Se identificarmos a energia própria do elétron com sua energia de repouso
mc2  e2 / r0
e2 13
 r0  2
 2.82  10 cm
mc
este comprimento é conhecido como “raio clássico do elétron”. 35
elétron:  
clàssicamente como partícula elementar: r,v
duas possibilidades:
1. O elétron é puntiforme
2. O elétron tem dimensões finitas

No segundo caso, o elétron NÃO poderá se deformar, porque DEFORMAÇÃO


significa movimento independente das diversas partes, o que impediria sua
 
descrição por um único par r ,v  .

Logo, se seu raio é finito, o elétron é indeformável.

Mas a Relatividade proíbe a existência de corpos rígidos absolutos.


De fato, suponha que uma fôrça externa atua sobre um ponto de um corpo
sólido, num instante t . Se o corpo fosse absolutamente rígido, todos os seus
pontos entrariam em movimento no mesmo instante t (caso contrário, o corpo
se deformaria). Mas isso NÃO é permitido segundo a Relatividade, porque
implicaria na propagação instantânea de uma ação.

Conclusão: no contexto da teoria clássica, não quântica, o elétron deve ser


tratado como puntiforme!

36
 e2 
Mas, nesse caso, r0=0  r0  
2  e chegaríamos ao absurdo físico
 mc 
de que a massa do elétron tem de ser infinita!

OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ELETRODINÂMICA CLÁSSICA


(NÃO QUÂNTICA) TORNAM-SE AUTO-CONTRADITÓRIOS QUANDO
ATINGIMOS DISTÂNCIAS MENORES DO QUE UMA CERTA DISTÂNCIA
LIMITE.

Portanto a eletrodinamica clássica certamente falha a distâncias da ordem de

e2 13
r0  2
~ 2.8  10 cm
mc

r  r0

37
Efeitos relacionados com o campo de radiação produzido por um elétron
acelerado implicam em falha da eletrodinâmica clássica para tempos da
ordem de: 2
2e
e  3
~ 6.3  10  24
s
3mc
(forças)
(pulsos externos de duração T)

 T   e
Considerações quânticas restringem o limite de validade:

 1 e2 3 e2 1
Q  2   137  e com   ~
mc  mc 3
2 c 137

c  h / mc  2.43 x 1010 cm Compton wavelength of the electron

r  c  h / mc
eletrodinâmica clássica:
T   Q   / mc2
38
EQUAÇÕES DE MAXWELL EM MEIOS MACROSCÓPICOS

campos macroscópicos
fontes de carga e corrente macroscópicas

média do campo ou fonte num volume grande comparado ao


volume ocupado por um átomo ou molécula

 
.D  4

  4  1 D
 H  J
c c t

  1 B   
 E   D  E  4 P
c t   
   H  B  4 M
.B  0  e J : carga e densidade
 de
 corrente LIVRES,
ou  ;J J
ext ext
J cond

39
 Q´ 
D  E  4 P  4   ...,
 x
Q´ is the macroscopic quadrupole density
  
The first two terms are the familiar result D  E  4 P . The third and higher
terms are present in principle, but are “almost invariably” negligible.
(see Jackson, 2nd ed., Chapt. 6, Sect. 6.7, p. 232)

H   B  4 M   ...
 densidade de
, J : carga e corrente LIVRES
 
Sòmente P e M importam “normalmente”...

  
D  E  4 P
  
H  B  4 M
40
EQUAÇÕES CONSTITUTIVAS DO MEIO
transformada de Fourier:

 
  
F k ,    d 3r  dt F r , t  e ik .r it
(soluções MONOCROMÁTICAS, i.e., que oscilam harmônicamente no
tempo, com frequência angular ω )
Vamos nos limitar também a materiais não FERROELÉTRICOS e não
FERROMAGNÉTICOS; assumimos ainda que os meios estão em repouso
relativamente uns aos outros.

campos fracos (RESPOSTA DO MEIO É LINEAR)

  
D     E ou D   .E

  
H    ´ B ou H  ´.B


 : dielectric tensor ou electric permittivity

´: inverse magnetic permeability tensor 41
“cristais”
materiais isotrópicos (exclui materiais que não pertençam ao sistema
cristalino cúbico)
   
  1  D   E
    
´ ´1  H  ´B  B / 
em geral:
   
D r , t     d r´ dt´  r , r ´, t  t´ E r ´, t  t´
3

 
 
   
D k ,      k ,    k , 

[òbviamente, uma equação semelhante pode ser escrita ligando



 
H k , 

 
com   k ,  ]

42
 
  
luz visível
num sólido k 0
cristalino (isotrópico homogêneo)

em geral ,
 
 
 k ,  ; ou 
 G ,G ´
   

k , !

sólido periódico
  10  10 Hz
5 6
~

 
 0   k  0,   0 
constante dielétrica

diamagnetismo : M muito pequena e oposta ao campo magnético aplicado
´ 1
Bismuto : ´1 ~ 1.8 10 4
43
paramagnetismo : dipolos magnéticos do material se
´ 1 alinham ao campo aplicado à
temperatura ambiente
1  ´ ~ 10 2  10 5

• ferroeletricidade
• ferromagnetismo
• ferrimagnetismo
• antiferromagnetismo

• comportamento não linear (i.e., ótica não linear, por exemplo)

D    
(1)
E    
( 2)
E E  ...
  ,
44
CONDIÇÕES DE CONTÔRNO: (veja Sec. I.5, p.17-22, Jackson, 2nd edition)

 
 D. n dS  4 qv
S
 
 B. n dS  0
S

 
  
D2  D1 . n12  4

 
  
B2  B1 . n12  0

• componente normal de B é CONTÍNUA

• descontinuidade da componente normal de D  4 45
  1   B
C E. dl   c  t

  4 1 D 
C H . dl  c iv  c S t . n dS

 
  
n12  E2  E1  0

 
4 
  
n12  H 2  H1  K
c

• componente tangencial de E é contínua

• descontinuidade da componente tangencial de H nos dá a densidade
de corrente superficial

46
equações de Maxwell
teoria de
equações constitutivas Maxwell

condições de contôrno

(ver Jackson, Chap. 1, 2nd ed.)


47
Heald/Marion

48
Heald/Marion

49
50
ELETRODINÂMICA CLÁSSICA I Prof. Luiz E. Oliveira 1a Lista de Exercícios

Problema 1: Escreva as equações de Maxwell microscópicas nas formas


diferencial e integral. Descreva o significado de cada têrmo e interprete
fisicamente o significado de cada uma das equações.

Problema 2: Escreva as equações de Maxwell macroscópicas nas formas


diferencial e integral. Descreva o significado de cada têrmo e interprete
fisicamente o significado de cada uma das equações.

Problema 3: Encontre a equação da continuidade (na forma diferencial e


integral) a partir das equações de Maxwell microscópicas. Interprete fisicamente
o resultado.

Problema 4: Discuta a precisão experimental do fator 2 da lei de Coulomb do


inverso dos quadrados. Discuta, neste contexto, a precisão experimental com que
a massa do fóton pode ser tomada como zero.

Problema 5: Discuta a validade do uso da superposição linear de campos no


vácuo no domínio clássico.

Problema 6: Discuta os limites de validade da eletrodinâmica clássica.


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