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S A L A DE A U L A .

émática é vida
Aspectos do dia-a-dia servem como conteúdos a serem explorados

' LÚCIA E L I Z A B E T H R A S i A DA C U N H A gestação, passamos por transfor-


como a Matemática está inserida
Licenciada em Pedagogia c o m mações e, uma vez por mês, a mãe
em nosso quotidiano, muito antes
Especialização em Administração Escolar.
Porto Aleare/RS. gestante consulta o ginecologista
de aparecer na escola como con-
teúdo curricular. para prevenção, cuidados, exames
Muitas vezes, quando ques- referentes ao período pré-natal.
tionamos O que é Matemática?, • Matemática e vida Nove meses depois, nascemos.
temos por resposta que eia é uma A Matemática entra em nos- O fator tempo está presente
ciência exata. sa vida no momento da concep- em nossas vidas. Tomemos alguns
Na prática, porém, podemos ç ã o : somos resultado de uma exemplos: somos concebidos em
observar que nem sempre é assim. soma de frações, onde parte dos questão de segundos e, a partir daí,
Quando analisamos somas ou pro- gens paternos combinados com nossa vida começa a ser contada a
dutos que apresentam resultados parte dos gens m.aternos (sendo cada minuto; a cada 24 horas (1
finitos, é ciência exata, mas, em parte, é fracionário) resulta no dia), passamos por muitas trans-
certas divisões, como 10 : 3 não novo ser (inteiro). formações. No período de gesta-
encontramos essa exatidão. O pró- Isso pode ser representado na ção, a mãe deve visitar o gineco-
prio valor do TI (pi) é infinito. Por seguinte fórmula: logista, mensalmente, até o nasci-
convenção, adotam-se apenas as mento do bebé, quase sempre nove
duas primeiras casas decimais meses depois da concepção. Te-
n n
( c e n t é s i m o s ) , arredondando-se + 1 mos aqui algumas medidas de tem-
para 3,J4, o que faz com que per- X y po: segundo, minuto, hora, dia,
camos muito de sua essência, de mês, ano, em que os valores de
seu real valor cada um são 'obtidos tomando-se
O exemplo apresentado faz o anterior como referência, a par-
cair por terra a ideia tradicional de tir do valor do segundo: 1 minuto
que Matemática é uma ciência exa- + = 60 segundos, I h o r a = 60 minu-
ta. E preferível, então, defini-la tos, 1 dia = 24 horas, 1 mês = 30
como a ciência dos niímeros. (novo ser) dias (ou 31, 28 ou 29 dias, con-
E de fundamental importân- forme o caso), 1 ano = 365 dias
cia que o professor se dê conta de A cada hora, no período de (ou 366, nos anos bissextos).

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Para chegar ao hospital, a vas como, por exemplo, uma con- Em casa, vemos armários (cu-
m ã e precisa de táxi ou carro p r ó - sulta mensal ao pediatra feita até bos ou prismas), portas e janelas
prio ou a m b u l â n c i a ou, até mes- o 1° ano de vida (12 consultas nos (quadriláteros), alimentos guarda-
mo, ônibus, que percorre x dis- 365 dias após seu nascimento). dos em recipientes (cilindros ou
tância, que é medida em quiló- Numa a n á l i s e m a t e m á t i c a prismas), funil (cone) etc.
metros (km). Caso a opção seja desse 1° ano de vida, verificamos Verificamos, com isso, que
táxi, temos, ainda, que pagar a que tanto o espaço em que habita as formas g e o m é t r i c a s n ã o são
corrida, ou a passagem do ôni- como a Igreja em que for batiza- apenas para brinquedos de criança
bus, quando precisamos, então, da têm uma determinada forma (blocos lógicos, equipamentos de
do conhecimento da moeda cor- geométrica, comumente, a fornia praças de recreação, entre outros).
rente usada no p a í s , valor intei- de quadriláteros. Elas estão presentes em nossas v i -
ro e valor decimal (por-exemplo: Nos cuidados mantidos com das onde quer que estejamos, den-
R$ 10,00 ou R$ 0,70). a criança, observamos: tro oij fora de casa.
Chegando à maternidade, a a) hora do banho e hora de dormir À medida que passa o tem-
mãe é levada à sala de partos, quan- que envolvem medidas de tempo; po, a confecção da alimentação,
do é necessário conhecer os nu- ao dormir, lembramos que o ber- agora j á sólida, envolverá gramas
merais. Exemplo: ço no qual é colocada tem a for- e litros até o f i m de sua vida. Ao
- cardinais - sala 508; ma de um prisma; irem à mesa para serem servidos,
- ordinais - 5° andar. b) horários e medidas de sopas os alimentos trazem consigo as
Na l o c a l i z a ç ã o do m é d i c o , que envolvem gramas e litros; noções de frações, visto poder-
precisamos ter presente a ideia de c) os remédios que são dados em mos comer parte de algo que está
sequência a ser seguida, pois seu ml/lrora (medidas de capacidade e sendo oferecido.
telefone (ou bip) n ã o será aciona- tempo);
do, se mudarmos a ordem de um d) as mamadeiras que têm a for- • Fator tempo
que seja dos numerais que com- ma cilíndrica e servem para dar- O tempo é presença constan-
põem seu código numérico. Ihe leite, suco, chá, água (medida te em nossas vidas:
No momento em que a crian- de capacidade - l/ml). • ao nascermos, os adultos têm
ça nasce, caso tenha sido neces- Essas situações se repetem cuidados extremos com a nos-
sário um alargamento do canal de em seu cotidiano. Passados 365 sa hora de dormir e a hora de
passagem ou caso tenha nascido dias (1 ano), comemora-se seu acordar;
através de cesariana, a m ã e rece- primeiro ano de vida. Na festa, • à medida que crescemos, o tem-
be X pontos, para recompor-se do para cada doce ou salgado a ser po é dividido com o brincar e, nes-
parto. confeccionado, pomos em evidên- ta ação, ele tem grande relevância
Chegando ao m u n d o , a c r i - cia os gramas e os litros dos in- - a princípio, tudo é brincadeira; a
ança: gredientes utilizados. Devemos partir do ingresso na escola, au-
" o faz numa detenninada hora, mi- também ter presente quantos do- mentam as responsabilidades e o
nuto, de um certo dia, m ê s e ano, ces são confeccionados com uma brincar diminui. O lúdico cede lu-
inseridos num século. As medidas receita e quantas vezes devemos gar às atividades escolares, redu-
de tempo estão presentes e a re- repeti-la (multiplicá-la), para que zindo-se mais ainda na época de
ferência a século nos aponta a ne- resulte em quantidade suficiente avaliações;
cessidade de conhecermos os nu- a todos. O cálculo também está » quem nos cuida p õ e bastante
merais romanos. Fazem parte da presente nos refrigerantes: quan- atenção à hora do banho e das
História da Humanidade e não de- tos devemos comprar, sabendo-se refeições;
vem ser perdidos; que cada garrafa (x litros) dá para • nossos pais exercem papel im-
• é a\'aliada de acordo com a esca- X copos? portante no momento de decidir
la APGAR, recebendo um valor No dia-a-dia da criança, ob- nosso ingresso na escola: qual a
que exprime a sua situação de saú- servamos seus brinquedos, quer melhor idade?
de ao nascer; em casa, quer na praça, na creche, Alguns aspectos do tempo
• é pesada e medida, o que já en- ou na escola, que envolvem círcu- e s t ã o relacionados à distância
\olve medidas de massa (kg) e los, quadrados, triângulos... As (km/hora), quando precisamos nos
comprimento (cm). formas geométricas estão inseri- dirigir à escola, ao local de traba-
A cada dia, a criança passa por das no niundo infantil e no dos lho, à festa, ao médico... Estamos
mudanças e vivência situações no- adultos. próximos ou distantes do local a

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que pretendemos ir? Conforme a preciso resgatar a i m p o r t â n c i a
distância a ser percorrida, o tem- do estudo de tal c o n t e ú d o , de
po sofre alterações. modo a estabelecer a r e l a ç ã o
Exemplificando: dados dois com a p r á t i c a diária:
compromissos num mesmo horá- a) mostremos, inicialmente, ao
rio (em dias diferentes), um a duas aluno que, no local em que mora-
quadras de nossa residência e ou- mos, os conjuntos estão presen-
tro num bairro distante, as distân- tes - a sala e o quarto têm m ó -
cias de um e outro farão com que veis específicos e características
saiamos bem cedo para o segundo pertinentes a cada um e diferen-
compromisso, porque a distância tes entre si;
a ser percorrida é maior. b) na escola, conjuntos passam por
Essas relações, que parecem todos os componentes curricula-
banais, são puramente matemáti- res, como nos exemplos descri-
cas. Nós as fazemos todos os dias tos a seguir.
sem percebermos a existência de • Na alfabetização, as vogais, o al-
um cálculo m a t e m á t i c o ou que fabeto, que têm elementos com
estejamos nos utilizando da ciên- caracteres semelhantes, diferentes
cia matemática. dos numerais;
• na língua portuguesa, as classes
• No mundo da criança gramaticais (artigo, substantivo, Quadriláteros e outras formas-planas no
Brincando com objetos di- verbo, pronome); jogo da amarelinha
ferentes, a criança os separa por • nas ciências, os animais verte-
cor, forma, tamanho. brados, invertebrados, as plantas • identifica cubos, que admitem
Estabelece r e l a ç õ e s entre aquáticas, terrestres, aéreas e ou- três dimensões, as quais estão pre-
semelhantes, chegando ao concei- tros conteúdos; sentes na sala de aula, no lugar
to de diferente. A separação por »na história e na geografia, os aci- onde mora etc.
caracteres iguais Piaget identifi- dentes geográficos, as regiões ,
cou como classificação. os países de um continente; as Relacionando quantidades
E muitos professores de Me- descobertas, as causas e conse- descobre:
todologia da M a t e m á t i c a , como qiiências de eventos históricos, a) que um numeral é a expressão
constatamos, desconhecem a uti- datas etc; de uma quantidade e indica o
lização dos blocos lógicos, sem • na matemática, os numerais, o acréscimo de uma unidade em re-
saber para que servem nem como princípio introdutório às quatro lação à quantidade imediatamente
trabalhar com eles. o p e r a ç õ e s fundamentais, entre anterior;
Analisando: outros;
Quando solicitado à crian- • no ensino religioso, os Doze
ça que separe os blocos l ó g i - Apóstolos etc.
cos por d e t e r m i n a d o c r i t é r i o Estes são apenas alguns e-
(cor, forma, espessura, tama- xemplos de como e em que mo-
nho), estamos nos detendo em mento a classificação auxilia a
algo c o m c a r a c t e r í s t i c a s co- criança.
muns que, se bem trabalhado, Junto a essas noções de se-
serve de p r é - r e q u i s i t o para o melhanças, diferenças, classifica-
estudo dos conjuntos. Os con- ção surgem as primeiras noções
juntos m a n t ê m juiuos elemen- de seriação, ordenando objetos
tos com c a r a c t e r í s t i c a s seme- por tamanho, do menor ao maior
lhantes (mesmo c r i t é r i o usado e vice-versa, embasando o princí-
nos blocos l ó g i c o s ) . Por sua pio do sistema de numeração.
vez, n ã o devemos fazer do tra- Crescendo, a criança descobre
balho com blocos l ó g i c o s uma que ocupa um lugar no espaço:
mesmice constante como m u i - • estabelece relações com o plano,
tos livros d i d á t i c o s apontam. E pulando amarelinha, por exemplo;

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b) que existem quantidades maio-
res que; d) que existem quantidades iguais a;

Esses conceitos lhe permitem chegar à ideia de diferente.

A criança também estabelece relações entre conjuntos de ele-


mentos com características semelhantes. Quantifica os elementos
desses conjuntos em numerais:

a) unindo conjuntos, preparamos o aluno para adição;

c) que há quantidades menores


que;

b) a intersecção prepara para a subtração;


Aplicamos conjuntos à ini-
ciação das operações matemáti-
cas. Utilizando os numerais nes-
Elemento sas operações serão intensificadas
comum as noções de valor posicionai, re-
aos dois posição, reserva.
conjuntos Partimos da unidade para a
formação da dezena (inteira e de-
zena/unidade), da centena, do mi-
Assim, no conjunto A , ao retirarmos o pato ficamos apenas com
a coruja; lhar, seguindo sucessivamente.
Porém, nem sempre a vida nos
proporcionará cálculos com valo-
res inteiros, pois em nosso cotidia-
Retiramos no é fundamental o uso da moeda
o pato e do país. A moeda se apresenta a nós
ficamos
em valores inteiros, mas também
com
em decimais, como ocorre quan-
a coruja
do em certa ocasião pagamos R$
1,29 por uma margarina. Precisa-
mos unir o conhecimento dos de-
cimais ao das quatro operações dia-
riamente, por exemplo:
• para a aquisição de alguns ali-
mentos usamos a adição;
Daí, 2 - 1 = 1 ; • caso paguemos a compra com
valor superior ao indicado recebe-
c) a repetição de conjuntos com mesma quantidade é pré-requisito mos troco, ou seja, a diferença en-
para multiplicação; tre o valor a ser pago e o que foi
dado a mais. Está aí a subtração;
• para aquisição de várias coisas
iguais, basta multipUcarmos o valor
da compra pela quantidade adquirida;
• quando o valor da compra for
muito alto, parcelamos em pres-
tações, ou seja, dividimos. Aqui
teríamos também o cálculo de j u -
ros, que não será explorado por
não ser conteúdo apresentado as
d) a partilha em quantidades iguais proporciona a noção de divisão.
nossas crianças de 1'' a 4" séries.
Todas estas situações vão nos
acompanhar em nosso dia-a-dia
pelo resto de nossas vidas: é a Ma-
temática presente a cada minuto.
É essa relação com o mundo
que devemos resgatar ao trabalhar-
mos com a Matemática, desde a
educação infantil. Somente enten-
dendo o porquê, descobrindo o vín-
culo que mantém com nossa vida
diária, é que, desde os primeiros
momentos escolares, a criança se
dará conta de que Matemática é pre-
sença constante em nossas vidas.e

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