UBERLÂNDIA/MG
2016/01
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UBERLÂNDIA/MG
2016
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Prof. Eurípedes Venâncio da Silva
Orientador
UBERLÂNDIA/MG
2016
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DEDICATÓRIA
Minha formação profissional não seria concretizada sem o essencial apoio de meus
pais Francisco Messias Martins e Eleuza Maria Santos Martins, que sempre estiveram comigo
em toda minha trajetória e me ajudaram a concluir mais esse objetivo de vida. Sempre com
honestidade e comprometimento me ensinaram a persistir e lutar por meus objetivos,
buscando força maior em Deus que é o pai te todos nós. Por esta razão, dedico e reconheço á
vocês minha enorme gratidão.
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AGRADECIMENTOS
EPÍGRAFE
“Para ter um negócio de sucesso, alguém, algum dia, teve que tomar uma atitude de
coragem. ” Peter Drucker
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RESUMO
Este trabalho tem por objetivo tratar sobre a importância da auditoria interna dentro de
uma organização e suas ferramentas de controle que auxiliam os gestores a identificar a
eficácia e a eficiência das atividades operacionais da empresa. Destaca-se que a Auditoria
Interna é indispensável para alcançar o sucesso empresarial, visto que as empresas necessitam
de ferramentas que as auxiliem no seu processo de gestão, detectando e prevenindo possíveis
falhas, bem como avaliando e examinando as atividades desempenhadas pela mesma. A
implantação do controle interno contribuirá com a identificação, prevenção e correção de
perdas que venham a comprometer a empresa. Um sistema eficiente de controle interno
quando bem aplicado, tende a harmonizar o processo de gestão. Através deste estudo foram
abordados alguns temas sobre o conceito de auditoria, objetivos da auditoria interna,
avaliação dos controles internos, a importância dos sistemas de controles e objetivos,
aplicação e análise dos controles no setor financeiro.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 9
1. AUDITORIA ....................................................................................................... 10
1.1. ORIGEM E EVOLUÇÃO ........................................................................................ 10
1.1.1. História da Contabilidade e Origem da Auditoria ............................................ 10
1.1.2. A Origem da Auditoria nos Países Desenvolvidos ........................................... 11
1.1.3. A Origem da Auditoria no Brasil ..................................................................... 12
1.1.4. Evolução Histórica da Auditoria ...................................................................... 13
1.1.5. A Auditoria na Era da informação .................................................................... 13
1.2. ASPECTOS GERAIS DA AUDITORIA ................................................................. 14
1.2.1. O que leva uma empresa a contratar um auditor .............................................. 14
1.2.2. O papel da Auditoria......................................................................................... 15
1.2.3. O Papel do Auditor ........................................................................................... 16
1.2.3.1. Características necessárias para ser um auditor ............................................ 16
1.2.3.2. Formação necessária para ser um auditor ..................................................... 17
1.2.3.3. Principais atividades do Auditor................................................................... 17
1.2.3.4. Áreas de atuação e especialidades ................................................................ 17
1.2.4. Ferramentas de auditoria .................................................................................. 18
1.2.4.1. Ferramentas generalistas............................................................................... 18
1.2.4.2. Ferramentas especializadas........................................................................... 18
1.2.4.3. Ferramentas de utilidade geral ...................................................................... 19
1.2.5. Controles Internos ............................................................................................ 19
1.2.5.1. Aspectos relevantes do controle interno ....................................................... 22
1.2.5.2. Tipos de Controle Interno existente.............................................................. 22
1.2.6. Testes de Auditoria ........................................................................................... 24
1.2.6.1. Testes de Observância .................................................................................. 24
1.2.6.2. Testes Substantivos ...................................................................................... 25
2. AUDITORIA INTERNA ................................................................................... 26
2.1. ORIGEM E CAUSA DO SURGIMENTO DA AUDITORIA INTERNA .............. 26
2.2. CARACTERÍSTICAS DO AUDITOR INTERNO ................................................. 27
2.2.1. Avaliação de Perfil ........................................................................................... 28
2.2.2. Conhecimentos do Auditor Interno .................................................................. 28
2.2.3. Características Específicas do Auditor Interno ................................................ 29
2.3. AUDITORIA E CONTROLE INTERNO................................................................ 30
3. CONTROLE INTERNO NO SETOR FINANCEIRO ................................... 32
3.1. SETOR FINANCEIRO ............................................................................................ 32
3.1.1. Funções do Setor Financeiro ............................................................................ 33
3.1.1.1. Planejamento ................................................................................................ 33
3.1.1.2. Aquisição e controle de recursos .................................................................. 34
3.1.1.3. Distribuição de recursos ............................................................................... 35
3.2. DIVISÕES INTERNAS DE UM SETOR FINANCEIRO ...................................... 35
3.2.1. Controladoria .................................................................................................... 36
3.2.2. Tesouraria ......................................................................................................... 36
3.2.3. Contabilidade .................................................................................................... 36
3.3. APLICAÇÃO DO CONTROLE INTERNO NO SETOR FINANCEIRO .............. 37
3.3.1. Controle no recebimento de numerários ........................................................... 38
3.3.2. Controle no pagamento de numerários ............................................................. 38
3.3.3. Controle das disponibilidades ........................................................................... 38
3.3.3.1. Controle de caixa .......................................................................................... 39
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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo de demonstrar a importância de uma auditoria interna
dentro de uma organização. As empresas estão cada vez mais obrigadas a tornarem seus
processos com custos mais baixos, a concorrência acirrada e consequentemente, a redução de
suas margens de lucros exige que as empresas tomem medidas para viabilizar os processos,
reduzindo, não somente os custos de produção, mas, também os custos de gestão e
operacionais.
Estamos vivendo um momento em que gerir recursos com economia, eficiência e
eficácia é muito importante para a sobrevivência de uma empresa. Desta maneira, exige se
cada vez mais profissionais capacitados que tenham facilidade para se adaptar as constantes
mudanças da legislação e economia brasileira.
Diante dessa mudança, um grande número de empresas está cada vez mais optando
pelo controle interno, que graças à globalização e a tecnologia oferecerem números precisos e
controles eficientes que auxiliam em uma tomada de decisão frente ao mercado, cada vez
mais disputado. Os chamados controles de gestão asseguram que os planos traçados pelos
gestores sejam executados como o planejado.
Após uma avaliação feita com a aplicação e análise do controle interno no setor
financeiro de uma empresa comercial ficou ainda mais evidenciado que o controle interno tem
a função de dar suporte ao trabalho de auditoria, corrigindo os problemas encontrados e
prevenindo que surja ocorrências futuras que distorcem os dados para a gestão da
organização.
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1. AUDITORIA
Fonte: Scriptcase
1.1.ORIGEM E EVOLUÇÃO
antes de cristo, entre os antigos criadores de ovelhas, surge uma idéia. Havendo um pequeno
monte de pedras ao seu lado, o homem separa uma pedra para cada cabeça de ovelha,
executando assim o que o contabilista chamaria hoje de inventário.
Desde o período primitivo a contabilidade se desenvolveu, sempre em função das
modificações das relações econômicas ocorridas no mundo, marcadas por períodos definidos.
Há mais de 6.000 anos o comércio já era intenso, o controle religioso sobre o Estado já era
grande e poderoso, daí derivando grande quantidade de fatos a registrar. Motivando, também
o desenvolvimento da escrita contábil.
Em cada período da história, as relações entre homem e sua disponibilidade de
recursos sempre foi fonte para evolução dos conceitos contábeis, que sempre procurou
quebrar os paradigmas proporcionados por cada um destes períodos, e hoje volta a enfrentar
um novo desafio, em função do nascimento de uma nova sociedade, cuja economia está
baseada no conhecimento.
somente, séculos depois, em seguida a crise do ano de 1929, a auditoria, neste país, começou
a prosperar.
Já a origem da auditoria no Brasil, surgiu na época colonial, quando o juiz era a pessoa
de confiança do rei, designada pela Coroa portuguesa para conferir o recolhimento dos
tributos ao tesouro, reprimindo e punindo fraudes. E no decorrer do sistema capitalista, a
expansão comercial e a forte concorrência, despertaram nas empresas, antes familiares, a
necessidade de aumentar suas instalações, investir em tecnologia e aperfeiçoar os controles e
procedimentos internos, como por exemplo, a redução de custos, com a intenção de tornar
seus produtos mais competitivos no mercado.
Para a realização desses objetivos, tornou-se necessário atrair recursos de terceiros,
por meio de empréstimos em longo prazo e abertura do capital social a novos acionistas. Os
investidores precisavam obter informativos sobre a situação financeira e patrimonial e a
gestão dos recursos da empresa para avaliar a segurança, o grau de liquidez e a rentabilidade.
Assim, as demonstrações contábeis tornaram-se os informativos mais importantes, e
para maior segurança, os investidores passaram a exigir que as demonstrações fossem
examinadas por profissionais independentes e de capacidade técnica reconhecida, a exemplo
do que já era realizado nos Estados Unidos da América, na Inglaterra e em outros países
desenvolvidos.
No ano de 1931, através do Decreto nº 20.158, a profissão de guardador de livros
passou a ser regulamentada, no que se incluía a função de auditor. E no ano de 1945, por
ocasião da lei nº 7.988, foi criado o curso de Ciências Contábeis, de nível superior, e de
Técnico, de nível médio, tomando a Auditoria uma prerrogativa daquele profissional. Até
então, os trabalhos de auditoria, no Brasil, eram escassos e necessários apenas para o controle
administrativo e à formulação de pareceres sobre balanços, ainda como atos formais.
Com o final da segunda guerra mundial, os escritórios estrangeiros, acompanhando as
instalações de empresas no país, convenceram o empresariado nacional sobre a importância
do trabalho de auditoria, e no ano de 1976, com o advento da Lei nº 6.404, o parecer do
auditor independente nas demonstrações contábeis das companhias abertas tornou-se
obrigatório e impulsionou a auditoria brasileira.
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Neste segundo sub tópico do capítulo um, contempla os fatores que levam uma
empresa a contratar um auditor, o papel da auditoria, o papel do auditor, ferramentas da
auditoria, controles internos e os testes da auditoria.
A auditoria pode ser definida como um conjunto de ações usadas para assessorar e
prestar consultoria para a organização. Os procedimentos são verificados através de controles
internos que dão margem para o auditor opinar e aconselhar visando à melhoria da empresa.
A auditoria compreende todos os processos internos e não apenas o setor financeiro da
organização. Ela funciona como uma consultoria que atende às necessidades dos sócios
investidores, dos acionistas ou, mesmo, do Estado, a fim de que a empresa evolua e cumpra as
normas legais.
Ao fim do processo, o auditor emite o Parecer da Auditoria, junto às Demonstrações
Financeiras ou Contábeis. Normalmente, a auditoria acontece durante um período,
aproximadamente entre três meses a um ano, de acordo com a exigência da avaliação a que a
empresa se submete ou da própria legislação.
A auditoria pode ser realizada de acordo com o conhecimento do auditor e sua
confiança nos controles internos e contábeis, abrangendo todas as unidades operacionais,
apenas parte delas ou ainda apenas as áreas de risco.
Também pode ser feita em profundidade, sendo esta desde o início das negociações ou
apenas auditando os riscos embutidos nesse processo, contando com todos os documentos,
registros e sistemas utilizados no desenvolvimento. E pode ser feita de forma permanente, em
períodos sazonais durante o exercício social, o que reduz os custos, ou de forma eventual, que
não tem uma periodicidade fixa e, portanto, precisa sempre de ambientação e planejamento
dos auditores.
O trabalho de auditoria contábil é fundamental, pois é através dele que a empresa
elimina os riscos de fraudes e garante a efetividade dos controles organizacionais. É também
por meio desta que se controla o que está sendo feito em cada segmento da empresa,
mantendo uma boa postura perante o Estado e a própria organização.
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O auditor pode atuar tanto no setor público como no privado, principalmente nas
multinacionais. Suas especializações são:
• Contador geral;
• Controlador;
• Contador judicial;
• Contador de Prefeituras e outros órgãos da administração indireta;
• Oficial contador;
• Auditor independente ou externo: profissionais da mais alta importância por
exercerem o papel de controladores externos;
• Auditor trabalhista;
• Auditor fiscal (ICMS e IPI);
• Auditor tributário (IRPJ, CSSL, PIS, Cofins e outros impostos);
• Auditor gerencial (controles internos e área financeira);
• Auditor ambiental.
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As ferramentas de auditoria são instrumentos que o auditor possui para atingir suas
metas, definidas no planejamento de auditoria, independentemente do tipo de auditoria
praticada.
As ferramentas de auditoria podem ser classificadas em generalistas, especializadas e
de utilidade geral. Essas categorias são apresentadas a seguir.
1.2.4.1.Ferramentas generalistas
• As desvantagens são:
o Como o processamento das aplicações envolve gravação de dados em separado
para serem analisados em ambientes distintos, poucas aplicações poderiam ser
feitas em ambiente online;
o Se o auditor precisar rodar cálculos complexos, o software não poderá dar esse
apoio, pois tal sistema, para dar assistência generalista a todos os auditores,
evita aprofundar as lógicas e matemáticas muito complexas.
1.2.4.2.Ferramentas especializadas
A principal vantagem do uso desse tipo de ferramenta é que ela atende a demandas
mais específicas, como crédito imobiliário, leasing, cartão de crédito e outras funções que
exijam tarefas especializadas no segmento de mercado. Outra vantagem, é que o auditor que
consegue desenvolver um software especializado numa área muito complexa, podendo utilizar
isso como uma vantagem competitiva.
• As principais desvantagens dessas ferramentas são:
o Pode ser muito caro, uma vez que seu uso será limitado ou restrito a apenas um
cliente;
o As atualizações deste software podem transformar-se em um problema.
Outros softwares, embora não específicos para a atividade de auditoria, também vêm
sendo utilizados com esse propósito, sendo possível citar como exemplos as planilhas
eletrônicas, como Excel, softwares de gerenciamento de banco de dados, como Access e
MySQL, ferramentas de Business Intelligence, como Business Objects e softwares
estatísticos.
As ferramentas de utilidade geral são softwares utilitários utilizados para executar
algumas funções muito comuns de processamento, como sortear arquivos, sumarizar,
concatenar, gerar relatórios, etc. Esses programas não foram desenvolvidos para executar
trabalhos de auditoria, portanto, não tem recursos tais como verificação de totais de controles,
ou gravação das trilhas de auditoria.
A grande vantagem desse tipo de ferramenta é que elas podem ser utilizadas como
“quebra-galho” na ausência de outros recursos.
empresas. A maioria dos procedimentos ilegais ou fraudes são detectadas pelos próprios
funcionários da empresa no momento em que realiza suas funções habituais. Outras vezes,
faz-se necessário que haja uma auditoria, a fim de detectar as mesmas.
Sendo assim, um sistema de contabilidade, que não esteja apoiado por adequado
controle interno, poderá fornecer informações distorcidas aos seus gestores, podendo levar ao
gestor a tomar decisões erradas para as empresas.
O controle interno deve ser adequado à empresa, trazendo uma boa relação
custo/benefício, e, para isto, deve este ser estruturado pela administração da empresa, de
forma a propiciar uma razoável margem de segurança, garantindo que os objetivos e metas
sejam alcançados ao menor custo possível, sendo então eficaz e eficiente.
Controles internos eficientes permitem cumprir os objetivos da empresa de maneira
correta e em tempo certo, utilizando o mínimo de recursos, pois são capazes de realizar a
interligação de diversos setores, prestando assim, grande auxílio aos gestores no controle e
fiscalização.
A utilização do controle interno nas empresas vem possibilitando que estas cheguem a
um maior desenvolvimento, tendo uma nova realidade, a difícil missão de permanecer ativa
no mercado, que, a cada dia, torna-se mais competitivo, devido à abertura dos mercados,
realizada pela revolução digital. Os empresários de maior visão percebem que o Controle
Interno é uma ferramenta de extrema relevância para a alavancagem de seus negócios,
trazendo consigo auxílio direto à administração destas empresas.
Os benefícios dos controles internos são ainda mais amplos, pois diante da eficiência e
eficácia alcançada pelo uso dos controles, podem auxiliar uma empresa a se lançar em novos
mercados, de forma mais competitiva e arrojada, pois ao obter um melhor controle, poderá
fornecer um melhor serviço a seus clientes.
Para que o controle interno venha a realizar o seu objetivo maior se faz necessário que
haja um ambiente de controle favorável, ou seja, deve ser realizada a implantação de um
sistema de controle interno, e para isto, devem ser seguidos alguns princípios conhecidos
como “princípios de controles internos”, nos quais rezam conceitos e diretrizes básicas para a
implantação dos mesmos.
A implantação de um sistema de controle ou mesmo a revisão e o aprimoramento de
um sistema já existente é uma atividade complexa, que requer a observância de algumas
diretrizes básicas:
• Primeira: Cada empresa deverá desenvolver seu próprio sistema de controles;
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• Segunda: Por melhor que seja, nenhum sistema de controles poderá compensar ou
neutralizar as incompetências dos executivos da empresa;
• Terceira: Complexidade dos sistemas de controles internos não representa garantia de
eficácia e eficiência;
• Quarta: Devem ser fixados prazos realistas e exequíveis no processo de implantação
do sistema de controles;
• Quinta: É decisiva a participação das pessoas na implantação ou aprimoramento dos
controles internos e na futura manutenção e operacionalização sistêmica;
• Sexta: Sistemas complexos e impraticáveis são inúteis;
• Sétima: No processo de implantação ou reformulação devem ser consideradas
também as perspectivas futuras da empresa.
Somente após a realização destes passos o auditor poderá avaliar se o tipo de controle
utilizado pode servir de base para a realização dos trabalhos de auditoria. Podendo com isto,
tornar a auditoria mais rápida e eficiente, pois pode se beneficiar de um custo menor na
realização da auditoria.
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1.2.6.1.Testes de Observância
1.2.6.2.Testes Substantivos
Os testes substantivos são aqueles empregados pelo auditor, com a finalidade de obter
provas suficientes e convincentes sobre as transações, saldo e divulgações nas demonstrações
financeiras, que lhe proporcionem fundamentação razoável para a emissão do relatório,
dividindo-se em:
• Testes dos detalhes das transações e saldos: por esse modelo de testes pode-se
verificar as contas do razão. O auditor se interessa principalmente em averiguar se
existe documentação adequada em relação ás partidas incluídas nas demonstrações
financeiras e se estas estão devidamente avaliadas;
• E procedimentos de revisão analítica: Correspondem a uma modalidade de testes
substantivos de elemento econômico-financeiros por meio de análise e comparação do
relacionamento entre eles.
2. AUDITORIA INTERNA
Presidência
Auditoria Interna
membros para examinar suas contas e o desempenho dos demais na extração, transporte e
venda de minério.
Já em 1923 nos EUA, o saudoso auditor interno Bradford Cadmus iniciava sua longa
carreira, mas só em 1941 a auditoria interna, passou a vigorar efetivamente naquele país.
Naquele ano, 24 auditores internos fundaram em New York, o “THE INSTITUTE OF
INTERNAL AUDITORS”, convictos de que a profissão de auditor interno fazia parte de um
trabalho à parte e diferente e que uma organização formal era capaz de promover uma
aplicação mais efetiva da auditoria interna aos problemas da administração de negócios.
Já no Brasil em 1967 o Instituto dos Auditores internos do Brasil em São Paulo, SP,
adotou a versão em português do lema “Progresso pelo intercâmbio”.
Com o desenvolvimento da indústria e do comércio, verificou-se que os auditores
internos tinham, na realidade, funções mais amplas, além da conferência de valores e
documentos. Desta maneira transformando-se em conferentes e revisores da Administração,
de força atuante para obter controles internos funcionais, análise de contas de despesas e
rendas e até nos setores de produção, colaborando com a Administração para um melhor
desempenho em todos os setores da entidade.
Além de facilitarem as tarefas dos auditores públicos, os auditores internos são
indispensáveis para as organizações de médio e grande porte, pois não representa “luxo” para
estas entidades e sim uma necessidade.
• Coordenar suas atividades com a de outros, de modo a atingir com mais facilidade os
objetivos da auditoria em benefício das atividades da empresa.
Para avaliação do perfil do auditor interno, o método que se sugere consiste em avaliar
tanto o perfil psicológico do candidato, quanto seus conhecimentos técnicos, mediante a
aplicação de testes e entrevistas.
Neste sentido, o setor de recursos humanos da empresa pode prestar valiosa ajuda pelo
que se recomenda discutir em detalhes, o perfil do profissional desejado.
As condições básicas em que o candidato deve ser avaliado são:
• Inteligência;
• Habilidades para tratar com pessoas de todos os níveis;
• Competência Técnica.
O sistema de controle interno funciona como se fosse um “filtro” para deter erros e/ou
irregularidades. A qualidade do sistema de controle interno é que vai determinar o volume de
teste que o auditor vai aplicar.
Esta definição se aplica na tabela e gráfico abaixo que por sua vez significa que:
Quanto mais forte for o sistema de controle interno menor o volume de testes. Quanto mais
fraco for o sistema de controle interno maior o volume de testes.
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A
Volume x avaliação
V 10
9
A
8
L 7
I 6
A 5
4
Ç
3
à 2
O 1
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
VOLUME
Fonte: Elaboração Própria
A terceira etapa, capítulo três, aborda um estudo de caso fictício aplicado ao setor
financeiro. Neste estudo, será demonstrado as funções, divisões de um Setor financeiro e por
fim a aplicação dos controles internos neste setor. A imagem abaixo denota o tipo de trabalho
que será realizado nesta subárea da organização.
Fonte: TRT
3.1.SETOR FINANCEIRO
Por lidar com dinheiro, o setor financeiro é sempre visto com respeito. Em uma
empresa de pequeno porte, geralmente quem controla o dinheiro é o dono do negócio. Em
uma organização de grande porte, a direção financeira é responsável pela política financeira e,
portanto, fica diretamente vinculada à direção geral.
Em uma empresa de maior porte, o setor financeiro costuma ter uma divisão interna,
criada em função da variedade dos serviços que precisa realizar. Logicamente, há variações de
estrutura de uma empresa para outra. No entanto, de modo geral, as atividades são
praticamente as mesmas, pois todas precisam movimentar dinheiro, controlar entradas e
saídas, cobrar de quem está devendo e não se esquecer de pagar suas obrigações.
Neste aspecto, o setor financeiro é responsável pela administração dos recursos
financeiros da empresa. Isso significa assessorar a empresa como um todo, no sentido de fazer
com que os ganhos por ela obtidos sejam suficientes não só para cobrir todos os gastos do dia-
a-dia, mas também para gerar lucros e assim garantir o seu desenvolvimento no futuro.
Por isso o setor financeiro é um setor fundamental para qualquer empresa, seja ela
grande ou pequena pública ou privada e tenha ou não fins lucrativos.
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3.1.1.1.Planejamento
O planejamento no setor financeiro tem como objetivo, de modo geral, fazer com que
as metas estabelecidas pela direção de uma empresa sejam alcançadas. Para que isso aconteça,
é preciso definir:
• Como realizar as ações necessárias;
• Quando elas precisarão ser executadas;
• Por quem serão feitas;
• Quanto isso vai custar.
• Dispor de mais dinheiro por parte dos sócios. Dependendo da sua importância para o
crescimento do negócio, seria possível que os sócios se interessassem em empregar
mais dinheiro no negócio;
• Vender algum bem de seu patrimônio. Nesse caso, seria importante analisar se a venda
desse bem não iria trazer algum prejuízo à realização das atividades da empresa. Por
exemplo, não seria interessante a empresa vender o automóvel que faz a entrega dos
produtos nos domicílios dos clientes, se ela não tiver outro veículo para realizar o
trabalho.
Qualquer empresa, seja grande e com muitas filiais ou mesmo uma unidade de menor
porte, realiza rotineiramente operações que visam manter o seu negócio em dia. São
pagamentos de contas, impostos, compras de mercadorias e produtos. Portanto, cabe à
administração financeira não deixar que faltem recursos para as atividades rotineiras.
No entanto, uma organização não pode se contentar em pensar somente no agora. Ela
precisa ter uma visão também de longo prazo. Neste sentido, o processo de aquisição e
controle de recursos deve considerar a questão do tempo. Se uma empresa pretende ampliar
suas instalações, ela precisa destinar parte dos seus recursos do dia-a-dia para viabilizar essa
intenção.
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3.1.1.3.Distribuição de recursos
Todos os setors de uma empresa necessitam de recursos. Sendo assim, para que o setor
comercial possa vender, é necessário ter mercadorias no estoque. Contudo, para que elas
estejam no estoque, é preciso compra-las. E, para que as compras sejam efetuadas, é preciso
pagar por elas.
Existe uma palavra muito utilizada na área financeira: otimizar. Esse termo significa
“tornar ótimo". Otimizar os recursos financeiros consiste em aplicá-los de modo eficaz.
Nesta perspectiva, não se pode esquecer que em cada setor da empresa há pessoas que
precisam fazer o seu trabalho direito, da maneira correta e obedecendo aos prazos
estabelecidos. Se isso não ocorrer, prejuízos podem surgir. Nesse caso, muitas vezes é preciso
realizar treinamentos e elaborar regras claras para que não haja confusão entre os setores ou
setors sobre a responsabilidade de cada um.
Setor Financeiro
3.2.1. Controladoria
3.2.2. Tesouraria
3.2.3. Contabilidade
3.3.3.1.Controle de caixa
O valor que foi fechado o caixa do dia anterior é o saldo inicial do caixa do dia, ou
seja, a abertura do caixa do dia é realizada com o saldo final do dia anterior. A contagem
física do caixa é realizada pela conferência do dinheiro comparando com o saldo apresentado
pelo programa, verificando todas as entradas e saídas realizadas.
Na hipótese de não fechar o valor constante no caixa com o valor apresentado pelo
programa, o funcionário pega todos os documentos relacionados às entradas e saídas do dia e
verifica onde está o erro. Não achando o erro, o funcionário faz um adiantamento em seu
nome no valor correspondente para cobrir o valor que está faltando e sanar o erro cometido.
O funcionário faz o lançamento de todas as entradas e saídas de recursos financeiros
que ocorrem diariamente no caixa. A conferência do valor, constante no documento com o
valor lançado, é realizada pelo próprio funcionário do setor, com o intuito de evitar o extravio
de documentos.
3.3.3.2.Controle de bancos
3.3.3.3.Controle de clientes
Em função da empresa não emitir fatura, o controle dos clientes é realizado através
dos lançamentos feitos no programa e também através das notas fiscais. Por ser um cenário de
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pequena empresa acaba levando vantagem a seu tamanho, pois, consegue manter um
relacionamento íntimo e de fidelização com sua clientela mais facilmente.
O funcionário do setor financeiro verifica, diariamente, quais as notas fiscais vencidas
e que não foram pagas e as repassa para serem cobradas. As cobranças dos clientes são
realizadas pelos sócios e por um funcionário do atendimento.
Além disso, recomenda-se também, que o controle interno do setor fique sob a
responsabilidade dos sócios e que eles fiquem responsáveis de fazer a conferência de todos os
lançamentos de entradas e saídas com os documentos comprobatórios e com o que realmente
foi efetuado.
ser preenchido na hora por um dos sócios. Além disto, é conveniente que se faça por um dos
sócios à conferência do valor pago com o que foi preenchido no cheque. Não se recomenda
deixar cheques em branco assinados, ainda mais sem conferir quais foram os seus destinos,
mesmo que o funcionário seja de extrema confiança.
Por fim, sugere-se que um dos sócios da empresa realize o pagamento da folha dos
funcionários, juntamente com o funcionário do setor, realizando a conferência do que está
sendo pago com o que é devido pagar.
No caso de não fechar o valor constante no caixa com o valor que deveria constar no
caixa, deverá ser realizada novamente a contagem física juntamente com a verificação da
documentação correspondente. Se, mesmo assim, o valor do caixa continuar faltando deverá
ser feito um adiantamento em nome do funcionário do setor no valor correspondente para
sanar a falta existente.
No controle de clientes ficou claro que as cobranças da empresa são realizadas pelos
sócios, além de um funcionário do atendimento. Para uma melhor organização, recomenda-se
que as cobranças sejam realizadas apenas pelo funcionário do atendimento. Dessa forma, o
funcionário do setor repassará as cobranças para apenas uma pessoa, não correndo o risco de
por engano pedir para duas pessoas cobrarem o mesmo cliente.
O cliente a ser cobrado duas vezes por pessoas diferentes poderá ficar com a
impressão de desorganização por parte da empresa e falta de comunicação entre seus
funcionários. As cobranças até podem ficar sob a responsabilidade de três pessoas, desde que
o controle dessas cobranças seja consolidado num único sistema e haja a comunicação entre
as pessoas envolvidas nas cobranças.
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Por fim, no contas a pagar foi mapeado que apesar do funcionário do setor ter um bom
controle das contas a pagar, a falta de um controle maior e um planejamento do caixa faz,
muitas vezes, no vencimento da conta não haver o dinheiro suficiente para o seu
cumprimento. Essa falta de planejamento traz a preocupação por parte dos sócios e até mesmo
por parte do funcionário do setor em buscar alternativas para poder pagar as contas vencidas.
Sugere-se que além do controle que é realizado das contas a pagar da empresa, seja
realizado um planejamento do caixa. Este planejamento deverá ser feito pelo funcionário
através da comparação das contas a pagar com as contas a receber de clientes. Dessa forma,
ficará uma situação mais organizada e tranquila, não tendo o risco de no vencimento das
contas não haja disponibilidades suficientes para o pagamento.
A empresa, ao adotar um sistema de controle adequado ao setor, terá uma maior
segurança e credibilidade nas informações geradas e obtidas.
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CONCLUSÃO
de controle, pois é através de sua avaliação que se visualiza se os objetivos e metas propostos
estão sendo seguidos.
Diante do que foi exposto, verificou-se que para uma empresa obter o seu sucesso é
preciso que todos trabalhem em equipe na busca da concretização das metas traçadas. Os
resultados positivos vêm com mais facilidade quando todos os membros da empresa
trabalham com os mesmos objetivos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Livros
ATTIE, William. Auditoria: Conceitos e Aplicações; 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1998.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil Teoria e Prática. São Paulo, Editora
Atlas, 2002.
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil: 4ª ed. atual. São Paulo: Atlas,
2009.
Sites
XAVIER, Maria Regina Pereira; OLIVEIRA, Mauriza Batista Pinheiro de; SILVA, Esliane
Carecho Borges da. Auditoria e a detecção de fraudes e erros: 2006. (Artigo). Disponível
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