D IR E IT O P R O C E SSU A L C O N STITU C IO N A L
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106 V TEORIA GERAL DO PROCESSO
Essa garantia não é infringida pela Lei da Arbitragem, que não mais
submete o laudo arbitrai à homologação pelo Poder Judiciário, produzin-
do ele os mesmos efeitos da sentença judicial (arts. 18 e 31). A eficácia
dà sentença arbitrai é legitimada pela vontade das partes, manifestada ao
optarem por esse modo de solução de seus conflitos e assim renunciando
à;Solução pela via judicial; e, se uma delas não quiser cumprir a cláusula
compromissória, a outra deverá recorrer ao Judiciário para o suprimento
da vontade de quem se recusa (LA, art. 7a). Além disso, a lei contempla
o acesso aos tribunais para a decretação da nulidade da sentença arbitrai,
nos casos nela previstos (arts. 32-33).
Essa garantia tampouco é infringida pela utilização dos chamados
meios alternativos de solução de conflitos (mediação e conciliação)
que a Resolução n. 125 do Conselho Nacional de Justiça equiparou aos
meios estatais de acesso à Justiça (supra, n. 11)
Por força dessa garantia vêm a cair, já de lege lata, a prisão admi
nistrativa e, de lege ferenda, qualquer possibilidade de prisão policjal
para averiguações, frequentemente preconizada para a legislação futura.
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“a) direito do acusado de ser assistido gratuitamente por tradutor
ou intérprete, se não compreender ou não falar o idioma do juízo ou
tribunal;
“b) comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação
formulada;
“c) concessão ao acusado do tempo e dos meios adequados para a
preparação de sua defesa; d
“d) direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser
assistido por um defensor de sua escolha e de comunicar-se, livre e em
particular, com seu defensor;
“e) direito irrenunciável de ser assistido por um defensor propor !
cionado pelo Estado, remunerado ou não, segundo a legislação interna,
se o acusado não se defender ele próprio ou não nomear defensor dentro
do prazo estabelecido por lei;
“f) direito da defesa de inquirir as testemunhas presentes no tri
bunal e de obter o comparecimento, como testemunhas ou peritos, de
outras pessoas que possam lançar luz sobre os fatos;
“g) direito de não ser obrigado a depor contra si mesmo, nem a
declarar-se culpado;
“h) direito de recorrer da sentença para juiz ou tribunal superior.
“3. A confissão do acusado só é válida se feita sem coação de ne
nhuma natureza.
“4. O acusado absolvido por sentença passada em julgado não po
derá ser submetido a novo processo pelos nr.esmos fatos.
112 TEORIA GERAL DO PROCESSO
“5. O processo penal deve ser público, salvo no que for necessário
para preservar os interesses da justiça.”