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PL 944/1956 – Tramitação (Continuação do trabalho feito manualmente)

12/02/1957 – Plenário (PLEN) – Leitura do parecer do Relator, dep. Oscar Correa. Adiada a
votação. DCN1 15 02 57. [p. 582, col. 4] [não descarregado]
O que consta no Diário do Congresso Nacional indicado é o texto da Ata da reunião da Comissão
de Economia onde o relator lê seu parecer, que foi publicado anteriormente, mas que foi redigido
ainda no ano de 1956. Nele consta a data exata. Na ata, o secretário informa que foi interpelado o
relator quando lia seu parecer pelos deputados Adolfo Gentil, Dagoberto Sales, Gabriel Passos e
Renato Archer. Informa ainda que o teor da leitura foi taquigrafado e que será publicado
oportunamente.
13/02/1957 - COMISSÃO DE ECONOMIA (CE) - Apresentação de substitutivo pelo relator,
dep. OSCAR CORREA. DCN1 19 02 5. [p. 637, col. 3] [não descarregado]
No DCN consta a ata da reunião da CE. Apresentação sumária, portanto. A reunião propiciou a
continuação da leitura do parecer do relator. Informa que este termina com um substitutivo.
Houve debate, e pela ata, percebe-se que o presidente da CE procurou direcionar os debates. “O
Sr. Presidente sugeriu então que o debate se fixasse, inicialmente, sobre três pontos
fundamentais, ou seja: 1) – os objetivos da política brasileira de energia atômica; 2) – a questão
do monopólio; 3) – o órgão incumbido de dar execução à política que fosse traçada.
Concordando a Comissão, passou-se ao debate do primeiro ponto. Sugeriu o Presidente que se
desse a seguinte formulação provisória para os objetivos para apolítica brasileira de energia
atômica. O aproveitamento da energia atômica, com o máximo de eficiência e no menor prazo
possível, quer para fins econômicos, quer para fins de defesa nacional. O Sr. Dep. Dagoberto
Sales propôs o acréscimo da seguinte expressão: ‘resguardando, com inteligência, as reservas
nacionais dos materiais utilizáveis’. Passou-se a seguir ao debate sobre a questão do monopólio.
Às 17,50 horas foi encerrada a reunião, antes havendo o Sr. Presidente convocado extraordinária
para a próxima segunda-feira, dia 18, às 15 horas, a fim de prosseguir o estudo da matéria”.
No DCN de 21/02/57, p. 771, col. 1, encontra-se reproduzida ata da 73ª. reunião ordinária da CE,
realizada em 19/02/1957, em que se dá prosseguimento às discussões acerca do projeto
944/1956. Trata-se da reunião que fora convocada para o dia 18/02. O assunto discutido foi o
monopólio, usando a apalavra o relator. “usaram a palavra também os Srs. Deputados Gabriel
passos, Dagoberto Sales, Adolfo Gentil, Renato Archer”. Essa reunião foi taquigrafada e foi
supostamente publicada posteriormente. Essa reunião não consta como passo da tramitação do
projeto no site da CD.
21/02/1957 - COMISSÃO DE ECONOMIA (CE) - VISTA AO DEP LEOBERTO LEAL.
(PARECER DO RELATOR). DCN1 27 02 57. [p. 921, col. 1] [Descarregado: debate de Vieira
de Melo] [DCD27FEV1957]
Ata da reunião da CE. Informa que o presidente da comissão deu continuidade ao estudo do
projeto, “havendo falado todos os presentes” [o que significa essa frase?]. Informa que Leoberto
Leal “pediu e obteve vista do projeto”.
PEOPLE: Leoberto Leal é um dos seis vice-líderes da Maioria da CD. Era filiado ao PSD-SC,
partido do governo. Pelo visto o pedido de vista foi uma manobra para parar a tramitação do
projeto, pois este só voltará a ser apreciado em 1959, quando o dep. Manoel de almeida pede o
seu desarquivamento. No CPDOC: “Elegeu-se deputado federal por Santa Catarina na legenda
do PSD no pleito de outubro de 1950, assumindo o mandato em fevereiro do ano seguinte. Nesse
ano apresentou à Câmara projeto relativo à criação do Plano Nacional do Trigo e conseguiu ao
longo do mandato auxílio federal para diversas obras realizadas em Santa Catarina. Durante esse
período, manteve ainda concorrido escritório de advocacia no Rio de Janeiro, ao qual recorriam
os catarinenses em trânsito pela cidade.
Reeleito em outubro de 1954 na legenda da Aliança Social Trabalhista, coligação formada pelo
PSD e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), desfrutou de grande prestígio junto ao presidente
Juscelino Kubitschek, que o designou para diversas comissões no exterior. Foi também vice-líder
da maioria na Câmara dos Deputados a partir de julho do mesmo ano”. Pelo visto, JK não tinha
nenhum apreço pelo projeto de Dagoberto Sales.
ATENÇÃO: NO MESMO DCN há um discurso do deputado Vieira de Melo que começa à
página 944 e se estende até a página 949. Neste discurso, trata, com muitos apartes de Afonso
Arinos – a cujo discurso o líder da maioria faz referência –, da questão da participação do
parlamento nas relações internacionais, com foco na questão da aprovação dos tratados. Há uma
discussão em que a diferença entre os diversos tipos de atos internacionais é levantada.
11/04/1957 - PLENÁRIO (PLEN) - Discurso do Dep. Renato Archer. DCN1 12 04 57 PÁG
1990 COL 04. [descarregado] [DCD12ABR1957]
Uma Comunicação. Archer ocupa a tribuna para defender-se de uma acusação do dep. Deixas
Dória, segundo a qual “teria apresentado emenda ao Projeto de Dagoberto Sales, permitindo a
exportação de minerais radioativos”. O que fez e que foi confundido por Dória: “O que fiz foi
submeter à apreciação da Comissão de Inquérito de energia Atômica, para debate, pelos homens
que estudavam o assunto do anteprojeto da mensagem presidencial a esta Câmara que regulará o
problema da energia atômica no Brasil”.
Seixas Dória fala logo depois para afirmar que não duvida da posição de Archer.
29/05/1957 - PLENÁRIO (PLEN) – Discurso do Autor (Dagoberto Sales) - DCN1 30 05 57
PÁG 3432 COL 01. [descarregado] [DCD30MAI1957]
Discurso de Dagoberto Sales que visa, em suma, defender o nacionalismo e também a Frente
Parlamentar Nacionalista, da qual faz parte, de ataques “de uma certa imprensa” que acusa a
Frente de sofrer de “uma mania, uma espécie de loucura coletiva” que é “em extremo danosa e
prejudicial aos interesses nacionais: é o que denomina jacobinismo, chauvinismo, extremismo,
falso nacionalismo” (p. 3432, col. 1). Há vários apartes, a maioria de apoio, mas pelo menos dois
deputados contestam ou insinuam leituras diversas da que Sales faz.
É curioso como Sales, após dizer que apenas faz uma defesa objetiva dos interesses nacionais,
faz pelo menos duas leituras curiosas. A primeira diz respeito a quem internamente (agentes
domésticos) os criticam. Diz: “Assim, aquilo que, de acordo com nosso pensamento, é defesa
inteligente, objetiva do nosso futuro, do nosso desenvolvimento econômico, do nosso progresso,
constitui, aos olhos de interessados diretos, economicamente, atentado violento e reprovável
àquilo que eles falsamente proclamam como interesse nacional” (idem). Ainda que não tenha
“dado nome aos bois”, fica claro não identifica o interesse nacional com o dos economicamente
interessados diretos.
Há no discurso, uma boa definição de como os nacionalistas entendiam suas posturas. [Essa
passagem lembra muito as posturas assumidas por Archer] Diz o deputado: “Devemos penetrar
os problemas analisando-lhes as minúcias, para, desse exame, desse estudo, tirarmos, então, as
condições que mais nos convenham, sem que isso signifique desapreço, animosidade ou
inimizade para com qualquer nação do mundo” [Claro que se refere veladamente aos EUA e as
Acordos de compra de minério brasileiro. Lembra Archer porque reconhece como legítimos os
interesses americanos, mas reconhece que os há aqui também]. Continua: “Porque amigos nossos
serão aqueles que nos auxiliam e que mantiverem conosco relações mutuamente proveitosas.
Não podemos aceitar esse título de amigo quando ele tem a sustentá-lo apenas razões históricas
ou geográficas sem ligação com aspectos de interesse atual. Esse interesse atual é que deve ser o
crivo, o gabarito que permite proclamar relações de amizade do Brasil com qualquer outra nação
da terra”. (idem, col. 2) [aqui um aparte de Adahil Barreto (UDN/CE), com apoio] [aparteado
por Seixas Dória, que, ao que tudo indica, faz parte do mesmo grupo nacionalista, pois fala na
primeira pessoa do plural. Reforça, ao reconhecer, que há uma oposição forte ao grupo, mas
minimiza: a oposição é indicação de são fortes os nacionalistas] [aparteado por Drault Ernani,
com elogios. Archer o classifica como “mestre e pioneiro do nacionalismo e pioneiro das
campanhas petrolíferas”] No que se segue, Dagoberto Sales critica os “nacionalistas de ocasião”
que seriam os políticos que, percebendo o apoio às teses nacionalistas por parte “do povo”,
apresentam-se como tal nas eleições, mas que pouco comprometimento tem com a questão.
Digno de nota é o aparte de Tenório Cavalcanti, que expõe a opinião que circulava contra os
nacionalistas (especialmente no Correio da Manhã), segundo a qual eles seriam controlados pelo
PCB. Diz isso para questionar as teses, mas finda por concordar com estes em meio ao debate
que se instala, com veemente rechaço de tais acusações.
PEOPLE: DRUALT ERNANI (PSD/PB), (ou Drault Ernanny) foi eleito pela PB, muito embora
exercesse suas atividades empresariais e políticas no DF (cidade do Rio de Janeiro,
posteriormente Estado da Guanabara). Cito a parte do CPDOC em que se fala de sua militância
nacionalista em relação ao petróleo: “Defensor da independência energética do Brasil, na década
de 1940 iniciou sua cruzada no sentido de que fossem instaladas refinarias de petróleo no país.
Conforme narra em seu livro de memórias, seu empenho em defesa do monopólio estatal do
petróleo o fez vítima de uma tentativa de suborno por parte de um americano chamado Paul
Schoppel, que, em nome das grandes empresas petrolíferas americanas, viera ao Brasil com a
missão de tentar modificar importantes itens que seriam votados pela Assembléia Nacional
Constituinte (ANC) de 1946, a fim de facilitar a ação das empresas estrangeiras na exploração do
petróleo. O americano chegou a lhe oferecer quatrocentos mil contos para que desistisse da luta
pelo monopólio. Além disso, posteriormente, tentou obter sua ajuda para modificar um artigo da
Constituição, já aprovado, relativo ao aproveitamento dos recursos minerais. Ele queria que fosse
incluído nesse artigo um adendo no qual constasse que, além das empresas brasileiras, também
as “sociedades organizadas no país” recebessem concessões para exploração de petróleo, pois as
companhias estrangeiras que aqui operavam no ramo já se haviam “transformado” em empresas
organizadas no país, com testas-de-ferro brasileiros. Drault, apoiado por Juarez Távora, Juraci
Magalhães, Pedro Aurélio de Góis Monteiro e outros nacionalistas, não aceitou as propostas do
americano e o artigo 153 da Constituição, no qual Schoppel pretendia incluir o seu adendo, fora
aprovado com a redação original. Porém, ainda de acordo com o seu livro de memórias, um
golpe articulado no serviço de datilografia do Diário Oficial da União incluíra a alteração
pretendida pelo emissário americano e sua publicação acabou ocorrendo com texto diferente do
que havia sido aprovado no Congresso. Para resolver o problema, foi feito um acordo para que
esse artigo não fosse regulamentado através de leis adjetivas e, dessa forma, o assunto passou a
ser regulamentado pela legislação do Conselho Nacional do Petróleo (CNP)”. Claro que a citação
está aqui por conta do golpe da taquigrafia tentado. Sobre seu posicionamento quando deputado
diz o CPDOC: “Suas posições foram sempre próximas às da Frente Parlamentar Nacionalista,
entidade interpartidária formada em 1956, que tinha como metas o combate ao capital
estrangeiro, a remessa de lucros e a defesa de uma política de desenvolvimento autônomo da
economia nacional”. Curioso como dá a entender que ele não fazia parte da tal Frente
parlamentar.
NOTA: Passados três meses desde o pedido de vista de seu projeto de lei, Sales faz apenas uma
referência lateral à questão nuclear. Ele se centra mesmo é na questão do petróleo. Penso aqui em
minhas reflexões matinais acerca do assunto. Leoberto leal morreu em 16 de junho de 1958.
19/09/1957 - PLENÁRIO ( PLEN ) - Fala o autor para uma comunicação - DCN1 20 09 57 PÁG
7425 COL 01 [descarregado] [ DCD20SET1957]
A comunicação é para comentar uma nota publicada em O Globo, segundo a qual a Associação
nacional de Planejamento de Washington afirma que o Brasil só terá energia por meios nucleares
por volta de 1975 e 1980. A estranheza de Sales, obviamente, é com o fato de uma agência
estrangeira estar decidindo sobre o que seria mais conveniente para o país. Mas isso não é o mais
importante. Após reafirmar a viabilidade econômica da energia nuclear, ele lembra que há na
Casa o seu projeto a tramitar: “Faço essas considerações Sr. Presidente porque existe na Casa, há
cerca de dois anos, um projeto de minha autoria, o de no. 944 de 1956, criando uma Comissão de
Energia Atômica, com autoridade, com autonomia, com recursos suficientes para estudar e
encaminhar a solução do problema. No entanto, essa proposição, apesar de dois pedidos de
urgência, um deles há cerca de 20 dias, assinado pelos líderes do Bloca da Maioria, da Minoria e
da Oposição, ainda não conseguiu andamento e discussão em plenário estando até o momento na
Comissão de Economia” (7426, col. 1). A ressaltar aqui é que se trata de uma reclamação formal
sobre o andamento do projeto, o que lança aos ratos minha pobre hipóteses matutina. Não havia
uma mancomunação do deputado com o governo. Note-se ainda, a posição de veto, que segura o
andamento do projeto na CD.
Segue-se uma crítica à CNEN: “O governo apresentou um substitutivo, um ersatz, criando a
Comissão Nacional de Energia Nuclear. Porém, essa Comissão não tem autoridade, não tem
existência legal, não tem recursos e não pode, de forma alguma, ter capacidade e facilidades
necessárias à orientação de modo conveniente, desse gravíssimo problema, de grande
importância para o destino do país” (idem). A crítica é séria. A maior é que afirma não ter a
CNEN “existência legal”. O que quer dizer com isso? Ela não poderia ter sido criada da maneira
como foi criada, por decreto presidencial?
Faz um apelo para que seja dado andamento à tramitação do projeto.
Por fim, uma acusação direta aos EUA: “(...)Das declarações prestadas pelos depoentes, homens
que tiveram contato com os bastidores de nossa política de energia atômica nos últimos 12 anos,
gravou-se-nos a convicção de que não há conveniência, não há mesmo interesse ou, por outra,
talvez existam várias objeções por parte da grande nação americana quanto ao desenvolvimento
da energia nuclear nos países da América Latina. Essa convicção nos ficou bem marcada ...”
(idem). O motivo que vê para isso: “É que não se pode separar o uso da energia atômica para fins
pacíficos daqueles mesmos usos para fins bélicos. O país que possuir reator atômico de potência
poderá fabricar bombas atômicas” (idem, col. 2). O desencorajamento americano de tal uso se
deve, portanto, “a tais circunstâncias de caráter estratégico e bélico” (idem). A motivação
identificada está correta. Mas existe uma novidade aqui: não disfarça a posição americana. Liga-
a mesmo à possível posição relativa mais favorável dos países que detenham a tecnologia nuclear
no cenário internacional (relativa quanto à posição de nação com poder bélico).
09/10/1957 - PLENÁRIO (PLEN) - FALA O AUTOR PARA UM RECLAMAÇÃO - DCN1 10
10 57 PÁG 8182 COL 03 [não descarregado]
Trata-se de uma reclamação a respeito do pedido de urgência que “há cerca de mês e meio” foi
apresentado e assinado pelos líderes da maioria, da Minoria e da Oposição. Queixa-se de que não
há posição da mesa sobre o assunto. Pede que seja submetido à consideração da Mesa.
27/11/1957 - PLENÁRIO (PLEN) - DISCURSO DO DEP GABRIEL PASSOS. - DCN1 28 11
57 PÁG 10125 COL 01 [na verdade Col. 4] [não descarregado]
Trata-se de uma reclamação. Informado de que JK encaminhou ao Congresso a Mensagem 383,
de 1957 [a Mensagem tem o número de 388, de 1957], sobre acordo de cooperação para usos
civis da energia atômica e que a referida mensagem foi encaminhada a um dos órgãos técnicos
da casa, Passos (presidente da CPI) pede que seja encaminha também a mensagem presidencial à
CPI para que tomar dele conhecimento, “conjugando-o com outros que lá foram apreciados” (p.
10125, col. 4). Há o registro de um “muito bem” ao término da breve fala do deputado. Sinal de
que a manifestação do deputado tinha um objetivo já previamente determinado. Ele faz
referência a um trabalho conjunto da CPI com CE. O que isso quer dizer?
NOTA: A Mensagem 388, de 1957, é de autoria do Poder Executivo, e tem a seguinte ementa:
“Submete à apreciação do Congresso Nacional o acordo de cooperação para usos civis da energia
atômica entre o governo dos Estados Unidos do Brasil e o governo dos Estados Unidos da
América.” – Basta isso para saber porque os tais “muito bem” do plenário da CD. A tramitação
dessa mensagem é no mínimo esquisito. Há um ponto inicial, quando é lida no plenário e um
ponto final, quando é retirado pelo autor, em 1966.
10/04/1959 - PLENÁRIO (PLEN) - DEFERIDO REQUERIMENTO DO DEP MANOEL DE
ALMEIDA SOLICITANDO O DESARQUIVAMENTO DO PROJETO. DCN1 11 04 59 PÁG
1387 COL 01. [não descarregado]
Trata-se de um requerimento como entregue pelo deputado, dirigido ao presidente da CD. O
texto integral: “O deputado abaixo assinado requer a V. Exa. nos termos do art. 91, § 2º do
regimento interno o desar-(quivamento) [?] de autoria do deputado Dagoberto Sales, dispondo
sobre a Política Nacional de Energia Atômica e propondo a criação da Comissão Nacional de
Energia Atômica.//Sala de Sessões, em 7 de abril de 1959 – Manoel de Almeida”.
“desar-(quivamento) [?]” – há aqui na publicação do Diário do Congresso Nacional um claro
erro de impressão. Apenas complementei a palavra que estava incompleta. Mas, deve haver
mais: deve haver o número do projeto. Em suma, faltou uma linha inteira com as informações
pertinentes. O deputado Manoel de Almeida é do PSD/MG. Como se escreve afinal o nome do
sujeito? É Manoel de Almeida ou Manuel Almeida?
No artigo biográfico do CPDOC é apresentado como Manuel [José] de Almeida (PSD/MG),
militar, chegou a comandar a PM mineira, e elegeu-se deputado estadual após uma iniciativa
relacionada à construção de escolas Caio Martins (hoje Fundação Caio Martins - FUCAM).
Elegeu-se em 1958 deputado federal pelo PSD, com várias reeleições para a CD, inicialmente no
PSD, posteriormente na ARENA. No período em que pediu o desarquivamento do projeto de
Sales, participou do chamado Bloco Mudancista, formado pelos partidários da mudança da
Capital Federal do Rio de Janeiro para Brasília. No site da Câmara, que dá conta dos discursos
dos deputados, ele aparece como Manoel de Almeida.
Não há como saber porque fez o requerimento de desarquivamento. O projeto foi provavelmente
arquivado porque Dagoberto Sales não se elegeu como titular para 41ª legislatura (1959-1963), o
que significou o seu arquivamento nos termos do regimento interno. O artigo do RI da CD de
1959 em que se apoia é o seguinte:
“Art. 91. Finda uma legislatura, arquivar-se-ão todas as proposições que no seu decurso tenham
sido submetidas à deliberação da Câmara, salvo as:
I emendas à Constituição;
II oferecidas pelo Poder Executivo, ou Judiciário;
III com parecer favorável da Comissão específica para apreciação do seu mérito;
IV já aprovadas em primeira discussão;
V - que tenham transitado pelo Senado ou dele originárias.
§ 1º. O arquivamento a que se refere este artigo não significará rejeição, para os efeitos do art. 72
da Constituição.
§ 2º. O desarquivamento de qualquer proposição, em nova legislatura, será feito por expressa
determinação da Mesa :
I - Quando requerido, dentro dos primeiro 30 dias da primeira sessão legislativa ordinária, por
qualquer Deputado;
II - Quando requerido em qualquer época:
a) pelo Autor da proposição;
b) pelos Líderes da Maioria, ou da Minoria, ou do Bloco Parlamentar, ou de Partidos, ou grupos
de Partidos que representem, pelo menos, a décima parte da totalidade de Deputados;
c) por qualquer Comissão permanente ou especial.”
22/05/1959 - COMISSÃO DE ECONOMIA (CE) - deferimento do desarquivamento deste
projeto pela comissão. DCN1 28 05 59 PÁG 2397 COL 01. [não descarregado]
“A comissão deliberou ainda, na forma do art. 91, § 2º, II, letra “c”, do Regimento Interno
requerer o desarquivamento do projeto no. 944/1956, que “dispõe sobre a política nacional de
energia atômica e cria a Comissão de Energia Atômica, e dá outras providências”.
Trata-se de um outro pedido de desarquivamento, sem nenhuma relação como o deputado
Manuel de Almeida, do ponto anterior. Por esse motivo se refere à letra “c”, pois nesta diz o RI
“c) por qualquer Comissão permanente ou especial”.
27/05/1959 - Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA) - Deferido requerimento do dep.
Daniel Faraco solicitando o desarquivamento deste projeto. DCN1 28 05 59 PÁG 2441 COL 01.
[não descarregado]
Trata-se de Oficio [Of. No. 11/59] da CE à Mesa da CD pedindo o desarquivamento do projeto.
24/06/1959 - COMISSÃO DE ECONOMIA ( CE ) - Deferido OF. da CE, solicitando a
reconstituição do projeto. DCN1 25 06 59 PÁG 3433 COL 01. [não descarregado]
Correspondência dirigida ao presidente da CD para que “seja complementada e autenticada a
reconstituição do incluso processo relativo ao projeto 944, de 1956”. Trâmites burocráticos,
portanto.
07/07/1959 - COMISSÃO DE ECONOMIA ( CE ) - Relator dep. Oscar Correa. DCN1 11 07 59
PÁG 4084 COL 03. [não descarregado]
Ata de reunião de Comissão (CE). Relatoria distribuída ao dep. Oscar Correa, o mesmo deputado
que já havia relatado e dado parecer em 1956 (publicado apenas em 1957)
20/08/1959 - COMISSÃO DE ECONOMIA ( CE ) - Apresentação de substitutivo pelo relator,
dep. Oscar Correa. DCN1 26 08 59 PÁG 5599 COL 02. [descarregado] [DCD26AGO1959]
No DCN há apenas a ata da reunião da CE. Para a apresentação do substitutivo, foi convidado à
comissão o presidente da CNEN, Otacílio Cunha. Há debate, mas até o momento sem chance de
acessar.
29/10/1959 - COMISSÃO DE ECONOMIA ( CE ) -

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