TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
Teoria do espelho
É a teoria mais antiga e responde que as notícias são como são porque a realidade assim
as determina. Central à teoria é a noção-chave de que o jornalista é um comunicador
desinteressado, isto é, um agente que não tem interesses específicos a defender e que o
desviam da sua missão de informar, procurar a verdade, contar o que aconteceu, doa a
quem doer.
Assim, numa teoria que Schusdon (1989) designa de ação pessoal, as notícias são
explicadas como um produto das pessoas e das suas intenções.
Agenda setting
Direcionamento da atenção dos leitores e espectadores. A mídia aponta quais temas
serão considerados de interesse coletivo (Walter Lippman)
Usos
1) O destinatário (audiência)
2) Fatores ligados a mensagem
Esses dois itens foram destrinchados em alguns princípios que, segundo a teoria, pode
garantir o sucesso da campanha persuasiva.
Marshall McLuhan
Criação do tétrade
A criação dessa ferramenta exige que o usuário busque o equilíbrio mental
entre o espaço acústico e visual. Exigindo o poder cognitivo de ambos os hemisférios
direito e esquerdo do cérebro. O tétrade é obtido através de um processo de
questionamento, com base no conhecimento do desenvolvimento histórico, social e
tecnológico. São utilizadas quatro perguntas para analisar qualquer meio:
Teorias
ESCOLA CANADENSE
Início: anos 50
Campo de estudos:
- Primeira escola a refletir sobre o impacto das tecnologias sobre a comunicação
massificada.
- Primeiras ideias sobre a transformação do comportamento do receptor em função da
introdução do computador e suas possibilidades interativas (McLuhan).
Principal teórico:
- McLuhan: filósofo e educador (aldeia global, impacto sensorial, o meio é a
mensagem).
- Foco de interesse não são os efeitos ideológicos dos meios de comunicação, mas a
interferência deles sobre as sensações humanas.
Obras: A Galáxia de Gutenberg / Os meios de comunicação como extensões do homem
/ O meio é a mensagem / Guerra e paz na aldeia global / Do clichê ao arquétipo.
Conceitos – McLuhan:
1) “O meio é a mensagem”:
- O meio não é simples canal de passagem de conteúdo. É elemento determinante da
comunicação.
- Infere na percepção de conteúdos.
- O meio é capaz de modificar a mensagem.
Meios quentes e frios (classificação de acordo com o uso dos sentidos):
*Quentes:
- Prolongam um único sentido.
- Alta definição (alta saturação de dados).
- Grande volume de informação. Quanto maior é o volume de informação transmitido
pelo meio, mais quente ele é.
- Menor participação dos receptores: receptores participam menos, pois a quantidade de
dados que chegam a eles é suficiente para que eles entendam.
Ex: Fotografia, jornal, revista, rádio e cinema.
*Frios:
- Envolvem todos os sentidos.
- Baixa definição.
- Conduzem menos informação, conteúdo apresenta lacunas de sentido.
- Permitem maior participação dos receptores, para que eles completem essa lacuna.
Ex: Telefone (exige resposta do interlocutor), TV, diálogo e caricatura.
OBS: - Participar não é interagir, e sim, completar informações na mente.
- Um meio frio, como a TV, superestimula o receptor, que perde partes do conteúdo em
meio aos vastos estímulos aos sentidos. Acontece o contrário com os meios quentes.
2) Os meios como extensões dos sentidos humanos:
- Meio é o que serve para ligar um homem ao outro, é um prolongamento dos sentidos
humanos.
- Assim, o rádio seria a extensão dos ouvidos, a TV, extensão do olhar.
- Cada nova tecnologia cria um ambiente novo (adaptação), afetando nosso corpo e
mente. A emergência de uma nova tecnologia é uma reprogramação sensorial, pois as
tecnologias forjam as formas de ver o mundo, representar as coisas e perceber a nossa
própria vida.
3) Aldeia global:
- Termo criado em 1960.
- É o mundo ligado pelos meios de comunicação eletrônicos, que permitem a volta à
oralidade, à visão e à lógica não-linear.
- Mundo interligado.
- Progresso tecnológico estaria reduzindo o planeta à mesma situação que ocorre em
uma aldeia.
- Elegeu a TV como paradigma da aldeia global – ou seja, o conceito precedeu a criação
da Internet. Esqueceu, entretanto, que as formas de comunicação em uma aldeia são
essencialmente bidirecionais e entre dois indivíduos. Somente agora, com o celular e a
internet, é que o conceito começa a se concretizar.
- Críticas ao conceito: é utópico (muitos são excluídos do acesso aos meios).
MODELOS DE COMUNICAÇÃO
Primeiro modelo de comunicação: Shanon e Weaver (1949) – atribui ao emissor a
autoria da mensagem que transita por um canal em um código até o receptor.
Modelo comunicação George Gerbner (1956) – estabelece a prioridade dessa função
de representar subjetivamente a realidade antes de transmiti-la. A percepção da
realidade, sua transformação em modelos mentais e depois em proposições lingüísticas,
fotografias ou imagens editadas em movimento, não é tarefa de um só homem. Ela
começa na fonte, que formula uma primeira representação que será levada adiante. Cada
indivíduo da cadeia informativa entende a realidade conforme seu próprio contexto e
seu próprio estoque de memória.
Teoria dos modelos de Philip Johnson-Laird, aborda perceber a realidade é construir
um modelo mental dela. Refletem crenças das pessoas, adquiridas por observação,
informação ou inferência.
Teoria da Cognição – modelos mentais são concebidos como entidades computáveis e
finitas, construídas e partir de elementos que representam objetos e de relações. Esse é o
objeto essencial ou básico a que se reportam as mensagens da fonte ao repórter.
GÊNEROS JORNALÍSTICOS
Gêneros jornalísticos
Características do Jornalismo
1. Atualidade;
2. Periodicidade;
3. Universalidade (variedade);
4. Difusão coletiva.
MATERIAL JORNALÍSTICO caracteriza-se, em tese, por sua atualidade,
universalidade, periodicidade e difusão, mas o que mais o identifica é a estruturação
retórica em torno de pontos de interesse jornalístico.
Repórter hoje: modelo Toitista.
Taylorismo (divisão de funções) X Toiotismo (visão geral do processo +
responsabilidades diversas).
O jornal
- Código escrito + código visual.
- É temporal e redundante (repete informações básicas já divulgadas e acrescenta fatos
novos).
A notícia
- Matéria-prima do Jornalismo.
Hard news X Soft news
- Hard news: política nacional e internacional; ciência e economia.
- Spot news: acontecimentos imprevistos.
- Hot news: acontecimentos muito recentes.
- Running stories: notícias em desenvolvimento (casos de investigação, por exemplo)
- Soft news (jornalismo rosa): temas de entretenimento, como esportes e espetáculos.
Notícia x Informação
Informação: maior número possível de dados, formando um todo compreensível e
abrangente.
Espaço privilegiado da reportagem especializada.
Notícia: Mudança na ocorrência normal dos fatos. Apresentação sintética e
fragmentada.
- Notícia trata de fatos novos, a informação trata de um assunto.
- A notícia é mais breve, mais urgente, a informação é mais completa e extensa.
- A notícia independe da intenção do jornalista, a informação decorre da intenção, de
uma visão jornalística dos fatos.
Notícia trata de um fato, acontecimento que contém elementos de ineditismo,
intensidade, atualidade, proximidade e identificação que o tornam relevante. Já
informação trata de um assunto, determinado ou não por fato gerador de interesse.
Linguagem jornalística
- O jornalismo é um discurso datado: cada texto parte de um contínuo que reflete os
interesses de quem manda e as angústias de quem obedece (governo X povo; médicos X
pacientes; escolas X estudantes).
Características básicas do texto jornalístico:
- Frases leves e palavras curtas;
- Períodos mais curtos do que no uso formal (e ainda mais curtos em rádio e TV);
- Linguagem entre a formalidade e a coloquialidade – coloquial, mas fiel à norma culta
(coloquialismo tenso);
- Texto deve ser redigido em nível intermediário: meio termo entre a língua falada e
escrita;
- Preferência da próclise em lugar da ênclise (uso é mais coloquial);
- Forma analítica (Os manifestos foram escritos) em lugar da sintética (Escreveram-se
os manifestos);
- Verbos de ação;
- Estilo direto;
- Eliminação de estrangeirismos;
- Eliminação de advérbios que expressem juízos de valor ou que sejam uma suposição
(ex: possivelmente, supostamente);
- Tempos verbais mais utilizados: passado perfeito (eu venci), futuro [do indicativo] (eu
vencerei) e futuro do presente (eu venderei, eles venderão);
- O texto jornalístico utilizado um léxico simplificado (léxico = acervo de palavras);
- A informação e a notícia são axiomáticas (incontestáveis, dispensam estratégias de
convencimento);
- Textos são expositivos (dados + versões, explana/explica um assunto, com objetivo de
informar) e narrativos (sequências adicionadas umas às outras).
Texto jornalístico
Pauta Apuração Redação Edição Título
- Uso de verbo (preferência ao tempo presente);
- Eliminação de artigos;
- Não usar pontos;
- Evitar vírgulas e aspas;
- Uso de siglas: deve ser cuidadoso.
* Muletas: palavras usadas para “esticar” o título (um, seu, já).
Lead
- Lead = guia/ conduzir, liderar.
- Diário Carioca na década de 50: introdução do lead no Brasil.
- Década de 70: modernização do jornalismo brasileiro.
- Sua origem tem conexões com a oralidade. Pirâmide invertida
Documentação do lead
Introdução: pontos principais.
Explanação: ordem de acontecimentos detalhada.
Ampliação: cruzamento de informações, análises e opinião de especialistas.
Conclusão (pé): fechamento da notícia.
LEAD
Lead clássico
Esse é que nem farinha na feira, é fácil de ser encontrado [risos]. Na verdade, é o
primeiro que a gente aprende na universidade. Se você não sabia, pode deixar o curso de
jornalismo! Brincadeirinha!!!!
O lead clássico apresenta todos os elementos essenciais, mas sem preocupação com a
hierarquização dos dados entre si, de modo a envolver o destinatário. Há muitos e bons
jornalistas que passam a vida usando apenas esse. Entretanto, como produto de
consumo, tal limitação além de atender monotonamente ás expectativas dos
destinatários, reflete a acomodação do autor. (PENA, 2007, p. 44).
Nas reportagens da Folha de S. Paulo, uma delas que trouxe a resposta do lead clássico
foi a de 31 de março, de 2008, página C7 que diz:
“A menina Isabella Oliveira Nardoni, 5, morreu na noite de anteontem após cair do
sexto andar de um prédio de classe média na região do Carandiru, na zona norte de São
Paulo. A polícia trabalha com a hipótese de homicídio”.
Neste caso as respostas das seis perguntas são: quem? A menina Isabella Oliveira
Nardoni, o que? Morreu; quando? Na noite de anteontem; como? após cair do sexto
andar de um prédio de classe média; Onde? Na região do Carandiru, na zona norte de
São Paulo; por quê? A polícia trabalha com a hipótese de homicídio. Neste caso o por
que ela morreu é porque ela foi assassinada.
Lead de citação
Esse é o lead que não vejo dificuldade nenhuma de assimilação! Você sabe o que é uma
citação né? Na verdade, opinião minha, vejo o lead de citação como sensacionalista ao
extremo.
O Diário de S. Paulo, por exemplo, apresentou esse tipo de lead com o caso Isabela. No
lead usaram aquelas palavras que os vizinhos disseram ouvir da menina, “Para, pai!
Para, pai”! No momento em que aconteceu o crime. Ele também foi utilizado pela Folha
nas suas reportagens.
Esse exemplo abaixo foi encontrado na edição de 29 de abril, 2008, p. C3:
Exemplo: “Meio ridículo”. “Foi assim que o advogado Antônio Nardoni, avô paterno de
Isabella, classificou as cenas a que assistiu pela TV da simulação do assassinato da
menina feita ontem pela polícia”.
Resumindo, o lead de citação é iniciado com a transcrição de uma fala ou depoimento
expressivos de um personagem da história a ser relatada, seguida dos demais elementos
constitutivos.
Exemplo: “Saio da Vida para entrar na História. Com esta expressão o presidente
Getúlio Vargas registrou num bilhete suas esperanças de ajudas o país com seu suicídio,
no Palácio do catete, com um tiro fatal no peito esquerdo ontem...” (PENA, 2007, p.44).
Se você não entendeu ainda, o problema não é a falta de exemplos. [risos]
Lead circunstancial
No lead circunstancial o texto é aberto pela apresentação do elemento “como” ou
circunstância, tão original que justifique a prioridade de iniciar o discurso.
Exemplo: “Vascaíno desde criança, Vanderlei de Oliveira se surpreendeu, ontem, ao
levar a esposa para o Maracanã. Em plena torcida do seu clube, quase foi linchado ao
proteger a mulher, que inevitavelmente se levantou e vibrou com o gol do Flamengo, no
primeiro tempo da partida... na Delegacia de Polícia ela apresentou queixa contra o
marido...”. (PENA, 2007, p. 44).
Quando a matéria usa uma linguagem mais informal, sem a necessidade de fazer uma
construção totalmente clássica. Os jornalistas podem usar esse tipo de lead para deixar a
matéria mais leve ou até mesmo para ironizar determinadas situações ou pessoas,
utilizando chavões que são comuns na linguagem popular.
Lead clichê
Desculpe-me, mas esse tipo de lead é muito "fuleira" [risos]. O lead clichê trata-se de
um ditado ou chavão responsável pelo início da matéria, desde que associado aos fatos
que serão apresentados a seguir;
Exemplo: “Filho de peixe, peixinho é. O jornalista Gustavo Loio – filho da ex-campeã
brasileira Vera Loio e colunista deste jornal - ganhou o título do I torneio Sênior de
Tênis na categoria ‘profissionais de jornalismo’, ao derrotar o subeditor e professor José
Laranjo, por 2 X 1, na partida final, ontem, no Clube Novo Rio.” (PENA, 2007, p. 45).
Observação.: não deve ser confundido com o lide “de citação”, que só apresenta
expressões usadas por um agente do fato apurado.
Lead composto
O lead composto é muito utilizado em coberturas chamadas de suite, que precisam de
continuações.
Exemplo: Dois dias depois do terremoto que atingiu 20 cidades turcas, o número de
mortos elevou-se a sete mil e o de feridos a 30 mil. Uma grande refinaria explodiu e
cresce o temor de que o caos dos transportes e serviços cause fomes e epidemias. Há
dez mil desaparecidos e cem mil desabrigados.Os vários incidentes neste lide composto
são:Terremoto atinge 20 cidades turcas, 7 mil pessoas morreram e 30 mil ficaram
feridas;Refinaria explode;Temor que o caos dos transportes e serviços públicos cause
fome e epidemias; Há dez mil desaparecidos e cem mil desabrigados.
Lead apelativo
O lead apelativo aproveita a possível ambigüidade dos dados para narrar
maliciosamente, com um tempero falso, insinuado, fatos que não têm esse teor.
Exemplo: “A Secretaria de Controle Urbano foi impedida de atender ao público, ontem,
em conseqüência de verdadeiro bloqueio organizado nas proximidades da Cinelândia
por um grupo de cidadãos de sexualidade ambígua, em protesto contra a decisão da
juíza Maria da Glória, que não autoriza a retirada manifestação... Aos gritos de
‘queremos homem’, os manifestantes se recusaram a ser atendidos pela juíza...”.
(PENA, 2007, p. 47).
Lead flash
O lead flash também é conhecido como "relâmpago"[não confunda-o com o Relâmpado
Mcqueen]. O lead/lide na "velocidade da luz". Brincadeiras à parte, esse é o tipo de
lead/lide que dramatiza, buscando maior impacto no resto da matéria.
Exemplo: O antropólogo Claude Lévi-Strauss, um dos intelectuais mais importantes do
século 20, (frase de abertura com teor dramatizante) morreu no sábado passado aos 100
anos, informou hoje a editora Plon. [Fonte: Folha de S.Paulo]
Lead interrogativo
De acordo com o trabalho de conclusão de curso de Maria Carissa Duarte Cruz,
apresentado à Faculdade 7 de Setembro como requisito parcial para obtenção do título
de Bacharel em Comunicação Social – Habilitação Jornalismo, o lead interrogativo
inicia-se geralmente com uma questão em que remeta o leitor a instância da curiosidade,
na maioria das vezes é uma questão perturbadora e sem solução imediata.
Exemplo: “Sambista loura, de olhos azuis e pele européia pode representar o Brasil no
Festival Internacional do Carnaval em Veneza?” (PENA, 2008, p.46).
Além desses exemplos de lead destacados acima, existem outros que devemos tomar
conhecimento. Veja;
A reportagem
Modelos de reportagem:
1. De fatos (fact story): relato objetivo – pirâmide invertida.
2. De ação (action story): relato mais movimentado, começa pelo fato mais atraente. O
importante é o desenrolar dos acontecimentos.
3. Documental (quote story): Apóia em dados que lhe conferem fundamentação. É
habitual em documentários de TV/cinema e comum no jornalismo escrito.
Tipos de reportagem:
1. Reportagem-conto: personagem atua durante toda a narrativa, ilustrando o tema.
Começa por particularizar a ação através do personagem. Tem características do conto:
força, clareza, condensação, tensão, novidade.
2. Reportagem-crônica: detém-se em situações fortuitas. Relato de natureza
impressionista. Personagens são acidentes na narrativa. Reportagem com caráter mais
circunstancial e ambiental.
3. Livro-reportagem.
4. Reportagem perfil: enfoque à pessoa.
Fontes
As máximas de Grice: respondem por que as fontes prestam informações / por que não
mentem.
1) Máxima da quantidade: contribuição deve tão informativa quanto necessária.
2) Máxima da qualidade (verdade): não diga o que acredita ser falso, não fale sobre o
que não pode provar.
3) Máxima da maneira: clareza.
4) Máxima da relação: seja relevante.
Grice – toda conversação depende do que um dos envolvidos imagina que o outro
pretende.
a) Lacônico, nem contará mais do que lhe for perguntado (Máxima da quantidade)
b) Deliberadamente falso, ou afirmará meras suspeitas (Máxima da qualidade)
c) Excessivamente minucioso (Máxima da relevância)
d) Vago, ambíguo, ou construirá de maneira desordenada seu discurso (Máximo da
clareza).
Ordem de abordagem:
Menor importância => Maior importância
(as de menor importância dão subsídio técnico para ampliar as abordagens posteriores).
Fontes desfavoráveis Fontes neutras e técnicas Fontes favoráveis
(construção de um cenário crítico, municia jornalista com argumentos).
Lei das três fontes: se três pessoas que não se conhecem contam a mesma versão de um
fato, então essa versão é tomada como verdadeira.
Entrevista
- Procedimento clássico de apuração e é também um gênero jornalístico.
Tipos de entrevista:
1) Quanto aos OBJETIVOS:
1.1. Ritual – ponto de interesse: figura do entrevistado, e não tanto o que ele tem a dizer.
Jogadores de futebol após jogo, visitantes ilustres após chegada.
1.2. Temática – aborda um tema. Busca de versões/interpretações de um fato.
1.3. Testemunhal – ponto de vista particular.
1.4. Em profundidade – Objetivo da entrevista é a figura do entrevistado (perfil).
2) Quanto às CIRCUNSTÂNCIAS:
2.1. Ocasional – não é combinada previamente. Respostas podem ser mais espontâneas.
2.2. Confronto – repórter assume papel de inquisidor.
2.3. Coletiva – principal limitação: bloqueio do diálogo.
OBS: Entrevista coletiva em conferência (perguntas passadas por escrito, com
antecedência) /
Entrevista em pool (veículos se associam para cobrir a entrevista coletiva. Utilizada
quando o local não é suficiente para acomodar todos os jornalistas interessados na
cobertura da matéria. Os participantes escrevem suas reportagens ou gravam o evento e
disponibilizam o material para seus colegas. O material é dado a todos no mesmo
momento; ninguém pode usá-lo até que todos o tenham recebido).
2.4. Dialogal – é a entrevista por excelência, em que entrevistado e jornalista constroem
o tom da conversa.
PAUTA
Não é o produto final, mas o começo de tudo; Não usa parágrafos; Linguagem
informal/coloquial; Mínimo de 20 linhas; A pressa das redações atrapalha a produção de
pautas jornalísticas; Não existe um esquema determinado de cumprimento de pauta
1. Resumo do Fato;
2. Direcionamento (perguntas/hipóteses)
3. Relação das Fontes (nomes, endereços, telefones, e-mails)
4. Principais Fontes: Pesquisa de Campo (Entrevistas) e Pesquisa Documental
Tipos de Pauta
Em ambos os casos deve-se ter endereço, telefone, e-mail e outros dados gerais
O Pauteiro
Atribuições do Pauteiro
Fase 1 - Elaboração
Fase 2 – Pré-Produção
Durante o processo de avaliação estratégica das fontes, não pode sair do horizonte a
obviedade de que as fontes defendem seus interesses acima de tudo. Os jornalistas,
algumas vezes, usam de determinados critérios para avaliar as fontes, a fim de que se
evitem dúvidas e “furos”
Fase 3 – A Produção
Trata-se do contato com as fontes. É a oportunidade de defesa daquele que foi citado na
notícia e a chance do repórter detectar erros de avaliação da pauta, que podem ser
corrigidos à luz de novos fatos. Cada apuração abre novas lacunas de informação, que
carece de maior investigação. É necessária uma visão geral para saber o que é preciso
levantar para ir em frente
A pauta é um dos itens principais do jornalismo. É a partir dela que o jornalista/repórter
irá a campo buscar informações, apurar e iniciar a construção da reportagem. A pauta é
a orientação do repórter e, por isso, deve ser muito bem feita.
Já o site Focas na área traz um texto interessante sobre pauta e no final traça
um “roteiro” dos itens fundamentais de uma pauta.
A pauta tem por objetivo oferecer o maior número de informações para o
repórter que irá fazer a matéria. Como todos sabem, o repórter muitas vezes chega na
redação para pegar as pautas e precisa sair correndo para produzir várias matérias.
Assim, tendo em mãos uma pauta bem elaborada não terá dificuldades de produzir uma
boa matéria.
A Pauta se constitui num dos grandes problemas para os estudantes de
Jornalismo, às vezes até para profissionais tarimbados. Imagina-se que, pelo que posso
observar no mercado, fazer uma Pauta nada mais é do que "CHUPAR" notícia de
Jornal. Outros veículos como as televisões, as revistas e mais recentemente a internet,
com todas as suas falhas, também entram na "CHUPANÇA". E isso não é verdade.
A CRIATIVIDADE do Repórter acaba sendo jogada no lixo por preguiça,
falta de orientação ou má-fé, no duro. Saiba você que os outros veículos servem para
uma reflexão do Repórter sobre tudo aquilo que está acontecendo no planeta - nada
mais.
A Pauta tem que ter as características do veículo: texto claro, objetivo,
curto, direto, conciso e sem informações óbvias. O profissional responsável pela Pauta
precisa pensar numa abordagem diferente de um assunto que pode mudar o dia do
cidadão.
1) Cabeçalho: Onde devem estar contidos o nome do redator, a data em que foi
elaborada a pauta, a retranca (duas palavras que indiquem o tema da pauta) e a fonte (de
onde foram tiradas as informações para a pauta).
6) Sugestões de perguntas: Como o nome já dia são sugestões a serem seguidas pelo
repórter. Mas lembre-se uma pauta não é uma camisa de força. O repórter tem toda
liberdade de questionar o entrevistado sobre outras questões que considerar importante
naquele momento.
Formação da pauta
Dependendo do veículo de informação, a pauta pode ser elaborada de forma diferente,
mas, em sua essência, constitui de cinco pontos. Uma pauta geralmente é montada
seguindo os seguintes tópicos:
Histórico
O histórico é o que situa o repórter no cenário da reportagem a ser desenvolvida. Antes
de abordar o assunto, esta parte da pauta trata do que o assunto é e o que foi. Se a pauta
tratar de algum evento em uma determinada guerra, o histórico informa o repórter da
guerra em si, de suas causas, como começou e quando, até o presente próximo. Esta
informação pode ser ao repórter dada no início para orientá-lo na apuração mas, no
texto, em geral vem no fim ou em separado (num "box", se for em mídia impressa, ou
"pé" da matéria, se for rádio ou TV).
Matéria
Nesta seção, o encarregado de confeccionar a PAUTA fala exatamente do que o repórter
irá tratar. Se a pauta tratar de algum acontecimento em uma guerra, a matéria é o
acontecimento. Uma explosão, um ataque, um atentado.
Abordagem
É o que marca a individualidade da matéria. Dois jornais podem falar sobre o mesmo
assunto, só que sob abordagens diferentes. Ainda no exemplo do acontecimento numa
guerra, o repórter pode abordar uma explosão como um feito de represália dos povos
ocupados. Já outro jornal pode abordar o fato como um acidente.
Fontes
Nesta seção são sugeridas pessoas com quem o repórter poderá falar para enriquecer sua
reportagem. Vão desde fontes oficiais, como prefeitos e vereadores, até fontes
independentes, como advogados ou executivos, até povo-fala, onde populares são
indicados à dar sua opinião sobre o assunto. É conveniente que se coloque telefones,
emails e outros meios de contato com as fontes, para que informações possam ser
checadas mais tarde, durante a edição da matéria jornalística.
Imagens
Se tratar-se de uma pauta de telejornal, nesta seção o cinegrafista tem orientações do
que mostrar e sob qual ângulo. Se tratar-se de uma pauta de jornal impresso, esta seção
informa o fotógrafo sobre o que fotografar e como.
Pauteiro
No jornalismo, chama-se de pauteiro o profissional que, dentro de uma redação, tem a
função de decidir o que será noticiado. Cabe a ele elaborar a pauta do dia, isto é, os
assuntos que os repórteres deverão sair para apurar (investigar). O pauteiro geralmente à
redação chega mais cedo que os demais colegas (às vezes de madrugada) e seleciona,
desenvolve e planeja as coberturas que serão atribuídas a cada repórter ou redator.
Note que os itens de 3 a 6 podem servir para prever como ficará a estrutura hipertextual
da matéria, visto que cada elemento pode ser publicado em um bloco de informações
em separado. Mas a pauta para a internet exige outro tipo de definições, por exemplo
aquelas relativas à produção e disponibilização de informação multimídia:
Pode causar surpresa que a chamada apareça tão cedo e sem a interferência do editor,
mas a proposta se justifica quando se considera a importância de estruturar o conteúdo
em hipertexto, do qual a chamada é o elemento de entrada. Por esta razão pensar a
estrutura implica pelo menos uma proposta para este primeiro elemento.
12. Interação com o público; será disponibilizada enquete, link para bate-papos, foruns
de perguntas… Em resumo, a pauta para o meio digital corresponde a uma adaptação da
pauta tradicional às especificidades da hipermedia.
FORMATO JORNAIS
STANDART
Medida largamente utilizada pelos jornais de maior circulação nacional, em função do
aproveitamento máximo da área de chapa das offset . Nesse formato, a mancha gráfica
da página mede 52,5 por 29,7 centímetros. A área total de papel depois de impresso é de
56 por 32 centímetros. Para a confecção, é necessário equipamento de impressão
rotativo , disponível em grande editora e parque gráfico de jornais diários e periódicos
de grande circulação. O formato Standard assim como o tablóide segue a diagramação
modular que mescla a distribuição vertical com a distribuição horizontal das matérias
em busca de um layout de página dinâmico e atraente para o leitor.
- Aspectos negativos – Só pode ser impresso em editoras de grande porte; devido seu
tamanho físico, seu manuseio se torna difícil em locais pequenos, ex: ônibus, tem um
alto custo de postagem via Correio e requer muito assunto para não se tornar uma
miscelânea de conteúdos. Cada caderno fica limitado à capacidade da empresa gráfica
escolhida para a produção.
TABLÓIDE
Este formato é resultado da divisão do formato standard em duas partes, ou seja é a
metade do formato. Cada página possui uma mancha gráfica de 26,5 centímetros
horizontais por 29,7 centímetros verticais. , embora, encontrarmos algumas variações de
formato como: 28 X 38 cm, 29 x 40 cm O papel total de duas páginas impressas é de 56
por 32 centímetros, o mesmo que uma única página standard impressa. O formato
assume um aspecto cômodo, inclusive para encartes especiais ou cadernos
suplementares de um formato standard, pelo encaixe perfeito entre os cadernos
principais do jornal.
- Aspectos positivos – Esse formato é ideal para encarte. É fácil de “fechar”, na hora da
diagramação, com conteúdos variados ou de mesma natureza. Além disso, pode ser
impresso em gráficas de pequeno ou de médio porte, e seu custo para postagem via
correios é inferior ao standard, considerando o volume de sua massa física. Por se tratar
da metade do formato standard, o manuseio, por parte do leitor, se torna bem mais fácil
em diversas situações, inclusive dentro de um ônibus ou em filas de espera; a leitura é
fácil.
- Aspectos negativos - O formato da mancha gráfica não combina bem com textos
longos e muitos argumentos visuais, como tabelas explicativas e ilustrações gráficas. Só
pode ser produzido em um caderno, já que dois cadernos seriam o mesmo que dois
volumes soltos e caso o caderno do tablóide seja introduzido no corpo geral de um outro
tablóide, haverá uma interrupção na estrutura editorial das outras seções. Mas tudo isso
pode ser resolvido de acordo com a criatividade do diagramador.
GERMÂNICO (FRANCÊS)
Um pouco mais alto que o tablóide, sua utilização vem crescendo em meio a outros
formatos, é uma opção interessante, por ser um formato de baixo custo e grande
aproveitamento de área de impressão em equipamentos offset plana. A mancha gráfica é
de 43 por 29,7 centímetros, e a área total de papel de cada página fica com 46 por 32
centímetros de largura. A mancha gráfica ainda pode ocupar todo o papel, sem
prejudicar a impressão.
- Aspectos positivos – Pode ser impresso em vários tipos de papel, desde o couché ,
passando pelo sulfite ou até mesmo o papel jornal. As indústrias de celulose dispõem de
dezenas de alternativas de papel, que podem produzir um produto final das mais
variadas qualidades. As alterações nos custos de impressão, quando se opta por um
material alternativo, constituem grandes diferenças orçamentárias, desde que se respeite
o total aproveitamento da área impressa
- Aspectos negativos – Seu produto final também é dobrado ao meio, o que eleva os
custos de postagem e dificulta o manuseio. Formato pouco utilizado pelas empresas de
publicidade. A divisão da centimetragem pode causar transtornos na hora de receber
uma mídia com tamanhos oficiais. Geralmente as tabelas das agências trabalham com os
formatos standard e tablóide. Portanto, não é recomendável para jornais diários ou
periódicos comerciais.
FORMATO BERLINER
Berlinense, também conhecido como Berliner ou midi, é um formato de jornal com
páginas que normalmente medem 470 × 315 milímetros, ou seja, ligeiramente maior do
que o formato tabloide/compacto . Esse formato é usado em vários diários europeus,
incluindo o Le Monde, na França, e o La Repubblica, na Itália. O jornal The Guardian,
do Reino Unido, adoptou esse formato em Setembro de 2005.
NOÇÕES DE REDAÇÃO
Jornalismo on-line:
Instantaneidade, Interatividade, Perenidade (memória, capacidade de armazenamento de
informação), Multimediação, programação. Hipertextualidade. Personalização de
conteúdo, customização.
Radiojornalismo
WEBJORNALISMO
Características fundamentais
Multimidialidade
• Convergência de formatos (imagens, texto, som, vídeos)
• Mecanismo de busca
• (lembre-se que a sociedade brasileira consome muito mais e melhor informações
visuais do que interpretações de texto!)
Hipertextualidade
• Uso dos links para conteúdo complementar (outros sites, vídeo, fotos, textos,
documentos etc)
Personalização
• Possibilidade de customizar os produtos jornalísticos de acordo com seus interesses
pessoais.
Instataneidade/atualização contínua
• Rapidez da produção, disponibilização e disseminação do conteúdo
• Edição a qualquer momento, eternamente!
• Deadlines insanos e non stop
Memória
• Arquivos online – base de dados
• Redes sociais como fonte para o jornalismo
• Sites de busca (Google, Yahoo, Bing)
Participação
Estratégias Editoriais
Crowdsourcing
• É uma nova tendência em conteúdo (incluindo jornalismo 2.0)
• Uma forma colaborativa de reportagem, produção e promoção de conteúdo
• Cada colaborador pesquisa e contribui com pedaços diferentes do todo
• Em geral, o conteúdo é visto e finalizado por um editor
http://gjol.net/wp-content/uploads/2012/12/book-modelos-jornalismo.pdf
Jornalismo científico
- Ser simples, direto e nobre (como Homero), pois sem a nobreza cai-se na caricatura da
ciência, no sensacionalismo;
- Abdicar do jargão científico: o que interessa são fatos e conceitos e não palavras;
REVISTA
Seis fatores estimulam o conformismo à política editorial:
O temor da autoridade e das punições
Os sentimentos de obrigação e estima para com seus chefes
As aspirações de mobilidade
A ausência de grupo de lealdade em conflito
O prazer da atividade
As notícias como valor máximo (o jornalista investe toda a sua energia na
obtenção de mais notícias e não em contestar a política empresarial)
Saberes transversais
Saber de reconhecimento – sobre como identificar fatos com valor noticioso
Saber de procedimento – sobre o que fazer para realizar uma investigação
Saber narrativo – sobre formatar informações num texto atraente e funcional,
atendendo ao repertório de histórias que soam coerentes para o público.
Para lutar contra o tempo nas redações, as coberturas serão divididas da seguinte forma:
Cobertura de rotina (delegacias, diário oficial, preparação dos times ou equipes,
programação cultural, assessorias, sites, agência de notícias)
Cobertura de fatos inesperados
PROJETO EDITORIAL
Preparação da fonte
- Entrevistas à imprensa precisam ser preparadas quando a empresa ou instituição tem
algum fato a comunicar à opinião pública. Para a entrevista ser bem conduzida, e não
fugir a seus objetivos, procure adotar os seguintes procedimentos:
- Prepare-se previamente. Se possível, faça uma simulação conduzida pelo jornalista
que o assessor. Evite surpresas. A assessoria deve providenciar materiais como tabelas,
fotos e gráficos, para apoiar a informação que pretende divulgar;
- Prepare-se com números e documentos, se necessário. A assessoria pode apoiar na
organização desse material, além de verificar possíveis erros de português;
Crise
Não fugir da imprensa. Antecipe-se à própria iniciativa da imprensa em descobrir o que
ocorreu;
- Faça um completo levantamento da situação, preparando-se com dados, números e
informações atualizadas;
- A assessoria de comunicação deve preparar um texto informativo descrevendo o fato
ocorrido e enfatizando as providências da empresa. O texto deve ter, no máximo, duas
páginas e ser entregue aos repórteres;
- Evite o uso de palavras alarmistas ou negativas. Não amplie o efeito negativo da
ocorrência com suas palavras;
Entrevistas coletivas
- Entrevistado deve ser pontual. A assessoria deve escolher bem o local onde será
realizada a entrevista, além de antecipar, de forma geral, o assunto que vai ser tratado na
coletiva;
- Evite coletivas no final do dia, a não ser que o tema tratado tenha surgido no meio da
tarde, e seja de urgência, impossível de deixar para o dia seguinte.
- Por questão de tempo os profissionais de rádio e TV podem pedir para gravar logo a
entrevista. Atenda ao pedido, mesmo que o pessoal de jornal proteste. Considere que os
repórteres de jornal têm mais tempo para trabalhar a notícia, além do que precisam
sempre de mais detalhes.
A assessoria de imprensa desenvolve o relacionamento da empresa, marca
ou mesmo do profissional que deseja dar visibilidade ao seu nome junto aos veículos de
comunicação (jornal, revista, site, rádio e emissoras de televisão), o que permite que
sejam criadas matérias que vinculem sua marca em veículos especializados ou aos
grandes veículos de comunicação. É a mídia espontânea que agrega credibilidade aos
produtos, serviços e/ou instituições.
Para isso a assessoria de imprensa deverá desenvolver estratégia, criar
releases, artigos, notas, sugestões de pautas, contatar jornalistas, agendar entrevistas,
convidar jornalistas para eventos, fazer a clipagem das matérias, realizar media training,
fazer relatórios de atividades e de resultados. A assessoria de imprensa tem como
função desenvolver o relacionamento da sua marca junto aos jornalistas.
RELAÇÕES PÚBLICAS
c) Lobby (Tráfico de Influência): Trabalho feito junto aos legisladores (ou outros órgãos
do governo) visando criar normas específicas, ou minimizar o efeito de normas que
prejudiquem a organização (ou seus produtos e serviços).
Relações públicas são uma atividade que ajuda uma organização e seu público a se
adaptarem mutuamente (PRSA). Aí estão implicadas as funções essenciais de pesquisa,
planejamento, diálogo e avaliação. Palavras-chave: organização e públicos.
Outra ideia de RP é que elas contribuem para estabelecer imagens e reputações e instilar
confiança em seus clientes e contratos.
Três elementos noticiosos que são de difícil uso pelo profissional de relações públicas:
raridade da notícia, magnitude e conhecimento do público sobre os atores envolvidos.
Preceitos assessoria de imprensa: informação gratuita, de uso facultativo, com
características jornalísticas, implicando exatidão, objetividade, veracidade,
reciprocidade, transparência e interesse público.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
https://leatrice.files.wordpress.com/2008/02/planejamento.pdf
página 22 a 40
Newsletter: veículos de informação mais rápidos, com público-alvo mais definido e que
procura mais informações sobre negócios, mercado ou processo de gestão.
COMUNICAÇÃO DIRIGIDA
Linha fina (linha de apoio, subtítulo, sutiã) – pequena linha de texto, logo abaixo do
título, para destacar informações da matéria.
Entretítulo – (intertítulo) colocado no texto (a cada 2 ou 3 parágrafos), com a finalidade
de dividir o assunto em seções e facilitar a leitura
Olho – texto curto que destaca os aspectos mais importantes abordados na notícia ou
reportagem. Desperta a atenção do leitor e incentiva a leitura. Quando o destaque é de
parte de uma frase do entrevistado, usar aspas
Box – texto auxiliar que acompanha a notícia principal com propósito complementar.
Pode ser um conjunto de informações técnicas, serviços, personagem, sempre
relacionadas ao texto principal.
Legenda – texto curto que explica a foto (e não apenas descreve a imagem). Legendas
inteligentes acrescentam ao leitor dados sobre a imagem referida.
2. Objetivos da publicação
O papel da publicação na empresa também ante os públicos (informar, motivar,
fortalecer imagem, educar...)
3. Público-alvo
Descritos com precisão e clareza o perfil do público leitor e as suas necessidades de
informação, para que a publicação tenha características (linguagem, ilustrações...) e seja
tratada /desenvolvida de modo a atingir esse público
Paint.Net —Se o que você procura é um editor muito mais simples, para realizar coisas
menores e mais práticas, uma boa opção é o Paint.Net. O programa acaba sendo um
ótimo substituto para o Paint do Windows, pois oferece muito mais ferramentas e, por
ser em código aberto, tem uma grande quantidade de plugins que podem ser baixados
para utilizar com ele.
Se o que você procura é um editor muito mais simples, para realizar coisas menores e
mais práticas, uma boa opção é o Paint.Net. O programa acaba sendo um ótimo
substituto para o Paint do Windows, pois oferece muito mais ferramentas e, por ser em
código aberto, tem uma grande quantidade de plugins que podem ser baixados para
utilizar com ele. Além disso, traz várias ferramentas muito boas e é possível trabalhar
com camadas e filtros através dele.
Picasa — Com certeza o programa mais famoso para organizar fotos. Com ele você
pode organizar facilmente as suas imagens com praticidade e dinamismo, através de
pastas e classificações. Além disso, é possível realizar edições e ajustes básicos em suas
fotos, removendo os olhos vermelhos, rotacionando e até mesmo fazendo colagens.
GÊNERO FOTOJORNALÍSTICOS
FOTOGRAFIA DE NOTÍCIAS
Grande parte das fotografias que são publicadas num jornal ounuma revista de
informação geral são fotografias de notícias. Elas se subdividem em:
Spot News
São as fotografias “únicas”, clicadas em eventos inesperados. É a capacidade de reação
que muitas vezes determina a qualidade jornalística da foto. Geralmente, as spot news
são realizadas durante ocasiões em que as emoções estão à flor da pele. Cabe ao
fotojornalistas responsabilidade e tato em lidar com as vítimas de acidentes, com as
autoridades, com manifestantes, etc.
General News
Está relacionada com a cobertura cotidiana. Entrevistas coletivas, congressos,
campanhas eleitorais, manifestações pacíficas, ciência e tecnologia, desfiles de moda,
esporte, etc. O exemplo mais comum desta categoria é a photo opportunities, que é
aquele fotografia em cerimonias de Estados onde os políticos posam em grupo se
cumprimentando.
Fotografias esportivas
É a fotografia jornalística que trata de eventos que envolva jogos, partidas e esportes em
geral. As fotografias de desporto valem também pelo grau de definição dos elementos
que a compõem. Jogadores e elementos característicos do jogo como bolas, raquetes,
pranchas, etc. devem estar bem evidente.
Ação desportiva
São as fotografias de qualquer situação que aconteça durante um jogo e no ambiente do
jogo.
Features de desporto
O interesse humano sobrepõe à ação esportiva. Como exemplo podemos citar os
cadernos de esporte ilustrados com fotografias inusitadas de jogadores, como
comemorações, tombos, caretas, discussões etc.
Retrato
O retrato no jornalismo existe, porque antes de tudo é preciso mostrar quem que gera a
notícia. Os leitores gostam de saber quem são as pessoas que aparecem na história.
É dividida em:
Mug Shots
Vem do inglês “to make faces”, que significa “fazer faces”. É o tipo de fotografia que
só enquadra a cabeça e os ombros. O fotojornalista procura evidenciar algum traço da
personalidade da pessoa e procura não incluir no enquadramento objetos que tirem a
atenção.
Retratos ambientais
O ambiente é usado para compor a imagem e retratar a pessoa. E é bem mais proveitoso
quando o espaço é habitual ao sujeito (ou ao grupo) retratado e que seja pessoal e
característico. Objetos também podem ser usados para identificar, chamar a atenção ou
até mesmo identificar a personalidade do fotografado.
Ilustrações fotográficas
Fotografia com objetivo de ilustrar o conteúdo do texto. As ilustrações fotográficas
podem ser fotografias únicas ou fotomontagens. Estão presentes tanto em temas mais
amenos como moda e culinária quanto em temas mais sérios como a economia.
Histórias em fotografia
Consiste em uma série de imagens que narram um acontecimento. Essas imagens devem
mostrar as diversas facetas do assunto a que se reportam.
Esse gênero requer tempo do foto-repórter, pois ele precisa pesquisar, refletir e planejar
para fazer um grande volume de fotos.
Normalmente, as foto-histórias abordam temas sobre a vida das pessoas, problemas
sociais, ou sobre um acontecimento.
Foto ensaio
Nessa categoria, a história é contada sob um ponto de vista pessoal e individual. Nos
foto ensaios o texto é tão importantes quanto a imagem. O que o diferencia da
fotorreportagem é que os fotógrafos recorrem à encenação, à trucagem, à combinação
de imagens e até à fotomontagem.
Fotorreportagem
Como o nome sugere, a fotorreportagem tem o objetivo de situar, documentar, mostrar a
evolução de uma situação real e das pessoas que a vivem. Geralmente a história é
contada de forma imparcial e as fotografias são realizadas com fins documentais.
TIPOS DE LENTE
Lente micro
Aplicação: Estas lentes são especialmente indicadas para fotografias de temas muitos
pequenos, os quais são ampliados pelas lentes.
Distorção: Por apresentar profundidade de campo muito reduzida, a perspectiva da
fotografia é perdida na desfocagem.
Imagem: Maior que o objecto fotografado.
Lente macro
Aplicação: Estas lentes são indicadas para fotografias de temas de pequena dimensão
onde é necessário um grande detalhe. Pode focar objectos a pequenas distâncias, e assim
proporciona ao fotógrafo a possibilidade de fotografar detalhes minúsculos de objectos,
pequenos insectos, plantas ou micro organismos.
Distorção: Apresenta profundidade de campo muito reduzida e distorções.
Imagem: Um pouco maior ou menor que o objecto fotografado.
Lente olho de peixe
Aplicação: Estas lentes são indicadas para situações onde é necessário capturar uma
grande área do espaço ou ambiente. Com características de uma grande angular mais
poderosa, é capaz de abarcar um ângulo até 180 graus.
Distorção: Provoca grandes distorções na imagem.
Imagem: Menor que o objecto fotografado.
Lente normal
Aplicação: Estas lentes produzem uma imagem com perspectiva que se aproxima da
visão normal, em que a proporção dos assuntos enquadrados não sofre ampliação nem
redução perceptível.
Distorção: Semelhante à do olho humano.
Imagem: Menor que o objecto fotografado.
Lente teleobjectiva
Aplicação: Estas lentes de grandes distâncias focais são apropriadas para fotografar a
longa distância.
Distorção: Quanto maior é a distância focal, maior é a desvalorização da perspectiva e o
achatamento da imagem.
Imagem: Menor que o objecto fotografado.
Lente zoom
Aplicação Este tipo de lentes não é mais do que uma lente que permite variar a distância
focal, e por consequência, variam o campo abrangido e o tamanho da imagem. Devido à
sua versatilidade e conveniência, as objectivas zoom são talvez as mais populares de
todas. Como uma lente zoom tem uma distância focal variável de maneira contínua, ela
pode substituir todas as lentes fixas compreendidas entre as suas distâncias focais
máxima e mínima.
Distorção: Depende da distância focal.
Imagem: Depende da distância focal.
BANCO DE DADOS
Pesquisa de mercado quantitativa - geralmente usada para tirar conclusões - testa uma
hipótese específica - usa técnicas de amostra por forma a poder fazer inferências a partir
da amostra para a totalidade da população. Em geral, este tipo de pesquisa busca um
resultado estatístico e ela permite estimar informações amplas e diversificadas. Para tal
é necessária a utilização de um questionário estruturado. Envolve um grande número de
respondentes. Exemplos: Inquéritos estatísticos, questionários e enquetes.
de organização rápida;
custos relativamente baixos;
é possível testar também produtos ainda não terminados;
a dinâmica de grupo pode ser positiva para os resultados;
os resultados não são apenas "este produto agrada" ou "este produto não me
agrada", mas sim os motivos dessas opiniões; pode ser informação valiosa no
desenvolvimento dos produtos.
Desvantagens são:
www.dozen.com.br/nakamura/biblioteca/apostila_pesquisa_rp.doc
EMPRESA JORNALÍSTICA
§ 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante
das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá
pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez
anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo
da programação.(Redação da E. C. Nº 36/ 28.05. 2002)
Art. 4o As empresas jornalísticas deverão apresentar, até o último dia útil de cada ano,
aos órgãos de registro comercial ou de registro civil das pessoas jurídicas, declaração
com a composição de seu capital social, incluindo a nomeação dos brasileiros natos ou
naturalizados há mais de dez anos titulares, direta ou indiretamente, de pelo menos
setenta por cento do capital total e do capital votante.
Art. 5o Os órgãos de registro comercial ou de registro civil das pessoas jurídicas não
procederão ao registro ou arquivamento dos atos societários de empresas jornalísticas e
de radiodifusão, caso seja constatada infração dos limites percentuais de participação
previstos no art. 2o, sendo nulo o ato de registro ou arquivamento baseado em
declaração que omita informação ou contenha informação falsa.
Art. 6o Será nulo de pleno direito qualquer acordo entre sócios, acionistas ou cotistas,
ou qualquer ato, contrato ou outra forma de avença que, direta ou indiretamente, confira
ou objetive conferir, a estrangeiros ou a brasileiros naturalizados há menos de dez anos,
participação no capital total e no capital votante de empresas jornalísticas e de
radiodifusão, em percentual acima do previsto no art. 2o, ou que tenha por objeto o
estabelecimento, de direito ou de fato, de igualdade ou superioridade de poderes desses
sócios em relação aos sócios brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos.
§ 1o Será também nulo qualquer acordo, ato, contrato ou outra forma de avença que,
direta ou indiretamente, de direito ou de fato, confira ou objetive conferir aos sócios
estrangeiros ou brasileiros naturalizados há menos de dez anos a responsabilidade
editorial, a seleção e direção da programação veiculada e a gestão das atividades das
empresas referidas neste artigo.
§ 2o Caracterizada a prática dos crimes tipificados no art. 1o da Lei no 9.613, de 3 de
março de 1998, aplicar-se-á a sanção prevista no art. 91, inciso II, letra a, do Código
Penal à participação no capital de empresas jornalísticas e de radiodifusão adquirida
com os recursos de origem ilícita, sem prejuízo da nulidade de qualquer acordo, ato ou
contrato ou outra forma de avença que vincule ou tenha por objeto tal participação
societária.
..................................................................................
g) a mesma pessoa não poderá participar da administração ou da gerência de mais de
uma concessionária, permissionária ou autorizada do mesmo tipo de serviço de
radiodifusão, na mesma localidade
.................................................................................
..................................................................................
Art. 8o Na aplicação desta Lei, deverá ser obedecido o disposto no art. 12 do Decreto-
Lei no 236, de 28 de fevereiro de 1967.