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Capítulo VII

GEOMETRIA ANALÍTICA NO ESPAÇO

Digitally signed by Maria


Alzira Pimenta Dinis
DN: cn=Maria Alzira
Pimenta Dinis,
o=Universidade Fernando
Pessoa, ou=CIAGEB,
email=madinis@ufp.pt,
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Date: 2008.01.23 11:54:05
Z
Capítulo VII – Geometria Analítica no Espaço

Capítulo VII

Sistema de Coordenadas no Espaço.

Dados dois sistemas x , y , z de coordenadas rectangulares em ℜ 3 , é possível,


transportando um destes sistemas rigidamente no espaço, fazer coincidir dois dos
eixos destes sistemas, digamos, os eixos x , y de um dos sistemas com os eixos x , y
do outro. O sentido do eixo z de um dos sistemas pode, após tal transporte, coincidir
com o sentido do eixo z do outro – o que implica a coincidência dos sistemas – ou
ser oposto a este. Os sistemas dizem-se igualmente orientados no primeiro caso e de
orientação oposta, no segundo. É fácil ver, por exemplo, que a orientação do sistema
x,y,z da z z
c
A
primeira figura a b
que aqui é a
A b c
apresentada é O O
oposta à x y
orientação do
sistema x , y , z y x

da segunda figura. Um sistema de coordenadas rectangulares diz-se positivamente ou


negativamente orientado, conforme esteja orientado de acordo com o sistema x , y , z
da segunda figura ou o sistema x , y , z da primeira figura. É fácil verificar, dado um
sistema de coordenadas rectangulares x , y , z , que um observador colocado num
ponto do semi-eixo positivo que observar o eixo y apontado para cima, observará o
eixo x apontado para a direita, se o sistema de coordenados é positivamente
orientado, e apontado para a esquerda, se o sistema é negativamente orientado. Este
facto sugere um procedimento óbvio de determinação da orientação de qualquer
sistema de coordenadas dado.
O conceito de orientação pode ser estendido a qualquer tripla ordenada de vectores
não coplanares – isto é, não compreendida num plano ou em planos paralelos. Assim,
dado um sistema de coordenadas rectangulares x , y , z , seja a, b, c - por esta
ordem – uma tripla de vectores não coplanares com origem em A . Consideremos a

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transformação da tripla a, b, c que consiste em dar ao vector b uma rotação no plano


definido pelos vectores a, b , até que b se torne ⊥ a a - sem que se tenha tornado
colinear a a nesta transfornação, isto é, sem que o ângulo entre a e b se tenha
tornado igual a 0 ou a π - e, em seguida, em dar ao vector c uma rotação no
espaço – sem que c corte o plano formado por a e b - até que c se torne
perpendicular a este plano. Resulta, assim, uma tripla de vectores ortogonais a, b, c .
Transportando rigidamente esta tripla no espaço, pode-se fazer coincidir os vectores
a e b em direcção e sentido com os eixos x e y , respectivamente. Se, nestas
condições, o sentido de c coincidir com o do eixo z , diz-se que a tripla de vectores
a, b, c inicial e o sistema x, y são igualmente orientados – primeira
figura – dizendo-se em caso contrário, que as orientações são opostas – segunda
figura.
Sejam i, j, k os vectores unitários que têm a mesma direcção e sentido que os eixos
x , y , z , respectivamente. Um vector arbitrário de coordenadas ( x, y, z ) pode então

ser expresso na forma ( x, y, z ) = xi + yj + zk . Para o verificar, basta observar que


i = (1,0,0 ) , j = (0,1,0 ) , k = (0,0,1) , então tem-se xi + yj + zk = x(1,0,0 ) + y (0,1,0) +
+ z (0,0,1) = ( x,0,0 ) + (0, y,0 ) + (0,0, z ) = ( x, y, z ) .

Identificação de E 3 com o Espaço Euclidiano.

Denomina-se produto escalar ou interno de dois vectores x = ( x1 , x2 , x3 ) ,

y = ( y1 , y 2 , y 3 ) de E 3 real – as coordenadas xi , y i , z i sendo, por conseguinte,

números reais neste caso, embora pudessem ser complexos - o número


( x1 , x 2 , x3 ) ⋅ ( y1 , y 2 , y3 ) = x1 y1 + x 2 y 2 + x3 y3 . Portanto, se definirmos o produto escalar
em E 3 passamos a falar também em espaço euclidiano.

Equações Paramétricas e Cartesianas da Recta.

Sejam (0, i, j, k ) um sistema de coordenadas, P = ( x, y, z ) e A = ( x1 , y1 , z1 ) um ponto


genérico e um ponto dado, respectivamente, da recta r , e v = ai + bj + ck um vector

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com a mesma direcção da recta r : z . Da


r
equação vectorial da recta r : • P = A + tv
P = ( x, y , z )
(A recta r passa por um ponto A k • e tem a
A = ( x1 , y1 , z1 )
direcção de um vector não nulo O v . Para que
j y
um ponto P do espaço pertença à i recta r , é
necessário e suficiente que os vectores
P− A e v sejam colineares: x P − A = tv ,
logo P = A + tv ), vem então P − A = tv , isto é, ( x, y, z ) − (x1 , y1 , z1 ) =
= t (ai + bj + ck ) ⇔ ( x − x1 , y − y1 , z − z1 ) = tai + tbj + tck ou ( x − x1 )i + ( y − y1 )j +
⎧ x − x1 = ta ⎧ x = x1 + ta
⎪ ⎪
+ ( z − z1 )k = tai + tbj + tck , ou ainda: ⎨ y − y1 = tb e ⎨ y = y1 + tb , nas quais a , b e
⎪ z − z = tc ⎪ z = z + tc
⎩ 1 ⎩ 1

c não são todos nulos ( v ≠ 0 ), são denominadas equações paramétricas da recta r ,


em relação ao sistema de coordenadas fixado. A recta r é o conjunto de todos os
pontos ( x, y, z ) determinados pelas equações paramétricas quando t - denominado
parâmetro – varia de − ∞ a + ∞ .

Exemplo – As equações paramétricas da recta r que passa pelo ponto A = (3,0,−5) e


tem a direcção do vector v = 2i + 2 j − k são: ( x, y, z ) − (3,0,−5) = t (2i + 2 j − k ) ⇔

⎧ x − 3 = 2t ⎧ x = 3 + 2t
⎪ ⎪
⇔ ( x − 3)i + ( y − 0 )j + ( z + 5)k = 2ti + 2tj − tk ⇔ ⎨ y − 0 = 2t ⇔ ⎨ y = 2t - são as
⎪ z + 5 = −t ⎪ z = −5 − t
⎩ ⎩
equações paramétricas.

Se a recta for determinada por dois pontos A = ( x1 , y1 , z1 ) e B = ( x 2 , y 2 , z 2 ) , as


equações paramétricas de r serão: P = A + t (B − A) ⇔ ( x, y, z ) = ( x1 , y1 , z1 ) +

⎧ x = x1 + t ( x 2 − x1 )

+ t ( x 2 − x1 , y 2 − y1 , z 2 − z1 ) ⇔ ⎨ y = y1 + t ( y 2 − y1 ) .
⎪z = z + t (z − z )
⎩ 1 2 1

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Exemplo – As equações paramétricas da recta r que passa pelos pontos A = (2,1,−3)


e B = (4,0,−2 ) são P = A + t (B − A) ⇔ ( x, y, z ) = (2,1,−3) + t (4 − 2,0 − 1,−2 + 3) ⇔

⎧ x = 2 + 2t

⇔ ( x, y, z ) = (2,1,−3) + (2t ,−t , t ) ⇔ ⎨ y = 1 − t - equações paramétricas.
⎪ z = −3 + t

A determinação das equações cartesianas faz-se a partir das paramétricas,


determinando t e substituindo em y = y1 + tb e z = z1 + tc . Logo teremos que, se

⎧ x − x1
⎪t = ⎧
⎪ a ⎪ ____
⎧ x = x1 + ta ⎪
⎪ ⎪⎪ ⎛ x − x1 ⎞ ⎪
⎨ y − y1 = ( x − x1 ) . Teremos assim as
b
⎨ y = y 1 + tb vem ⎨ y = y1 + ⎜ ⎟b ⇔
⎪ z = z + tc ⎪ ⎝ a ⎠ ⎪ a
⎩ ⎪ ⎪
⎛ x − x1 ⎞
⎪⎩ z − z1 = a ( x − x1 )
1
c
⎪ z = z1 + ⎜ ⎟c
⎪⎩ ⎝ a ⎠


⎪⎪ y − y1 = a ( x − x1 )
b
equações cartesianas da recta r : ⎨ .
⎪ z − z = c (x − x )
⎪⎩ 1
a
1

Exemplo – As equações cartesianas da recta r que passa pelo ponto A = (3,0,−5) e


tem a direcção do vector v = (2,2,−1) será determinada através das equações

⎧ x = 3 + 2t
⎪ x−3 x−3
paramétricas: ⎨ y = 2t , como vimos antes, logo t = e y= 2 e
⎪ z = −5 − t 2 2

⎛ x − 3⎞
z = −5 − ⎜ ⎟, ou, melhor, y−0 =
2
( x − 3) e z+5= −
1
( x − 3) ou
⎝ 2 ⎠ 2 2

⎧y = x − 3

⎨ .
⎪⎩ z + 5 = − 2 ( x − 3)
1

Se a recta for determinada por dois pontos A = ( x1 , y1 , z1 ) e B = ( x 2 , y 2 , z 2 ) , as

⎧ x = x1 + t ( x 2 − x1 )
⎪ x − x1
equações paramétricas serão, como vimos, ⎨ y = y1 + t ( y 2 − y1 ) e então: t = ,
⎪z = z + t (z − z ) x 2 − x1
⎩ 1 2 1

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⎛ x − x1 ⎞ ⎛ x − x1 ⎞
logo y = y1 + ⎜⎜ ⎟⎟( y 2 − y1 ) e y = z1 + ⎜⎜ ⎟⎟( z 2 − z1 ) , então, teremos,
⎝ 2
x − x1 ⎠ ⎝ 2
x − x1 ⎠

⎧ y 2 − y1
⎪ y − y1 = x − x ( x − x1 )
⎪ 2 1
⎨ .
z − z
⎪z − z = 2 1
(x − x1 )
⎪⎩ 1
x 2 − x1

Exemplo – A equação cartesiana da recta r que passa pelos pontos A = (2,1,−3) e

⎧ x = 2 + 2t

B = (4,0,−2 ) será determinada através das equações paramétricas: ⎨ y = 1 − t . Logo,
⎪ z = −3 + t


⎪⎪ y − 1 = − 2 ( x − 2 )
1
x−2 x−2 x−2
teremos t = e y = 1− e z = −3 + 1 , isto é, ⎨
2 2 2 ⎪ z + 3 = 1 (x − 2)
⎩⎪ 2

Equações Paramétricas e Cartesiana do Plano.

Seja A um ponto de um plano π e sejam u, v dois vectores não colineares,


linearmente independentes, paralelos a π . Se P for um ponto genérico do plano π ,
teremos P − A = hu + tv : z . Quando h e t ,
que denominamos por u hu parâmetros, variam
A
de −∞ a +∞, P v π percorre o plano π .
k tv P
Então, a equação P = A + hu + t v é
O
denominada equação j y vectorial do plano
i
π. x

Sejam (0, i, j, k ) um sistema de coordenadas, P = ( x, y, z ) e A = ( x1 , y1 , z1 ) um ponto


genérico e um ponto dado, respectivamente, de um plano π , u = (a3 , b3 , c3 ) e

v = (a 4 , b4 , c 4 ) dois vectores não colineares, paralelos a π . Da equação vectorial do


plano π : P = A + hu + tv , vem P − A = hu + tv , ou ( x − x1 )i + ( y − y1 )j + ( z − z1 )k =

⎧ x − x1 = ha3 + ta 4

= ha3 i + hb3 j + hc3 k + ta 4 i + tb4 j + tc 4 k , ou ainda, ⎨ y − y1 = hb3 + tb4 e
⎪ z − z = hc + tc
⎩ 1 3 4

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⎧ x = x1 + ha3 + ta 4

⎨ y = y1 + hb3 + tb4 . Estas equações, nas quais a3 , b3 , c3 , a 4 , b4 , c 4 , não são todos
⎪ z = z + hc + tc
⎩ 1 3 4

nulos, são denominadas equações paramétricas do plano π , em relação ao sistema de


coordenadas fixado.
O plano π é o conjunto de todos os pontos ( x, y, z ) determinados pelas equações
paramétricas quando h e t variam de − ∞ a + ∞

Exemplo – Determine as equações paramétricas do plano π que passa pelo ponto


A = (2,1,3) e é paralelo aos vectores u = −3i − 3 j + k e v = 2i + j − 2k .

Designando por P = ( x, y, z ) um ponto genérico desse plano, tem-se: P = A + hu + tv ,


isto é, ( x, y, z ) = (2,1,3) + h(− 3,−3,1) + t (2,1,−2 ) . Quando h e t variam de − ∞ a + ∞ ,
P percorre o plano π . Assim, se h = 2 e t = 3 , por exemplo: ( x, y, z ) = (2,1,3) +
+ 2(− 3,−3,1) + 3(2,1,−2 ) = (2,1,3) + (− 6,−6,2 ) + (6,3,−6 ) = (2,−2,−1) . O ponto P é um
ponto do plano π . Então se ( x, y, z ) = (2,1,3) + h(− 3,−3,1) + t (2,1,−2) ⇔ ( x, y, z ) =
⎧ x = 2 − 3h + 2t

= (2 − 3h + 2t ,1 − 3h + t ,3 + h − 2t ) tem-se ⎨ y = 1 − 3h + t - equações paramétricas.
⎪ z = 3 + h − 2t

Se o plano π for determinado por três pontos A = ( x1 , y1 , z1 ) , B = ( x 2 , y 2 , z 2 ) e


C = ( x3 , y3 , z 3 ) , as equações paramétricas de π serão: P = A + h(B − A) + t (C − A) ⇔

⇔ ( x, y, z ) = ( x1 , y1 , z1 ) + h( x 2 − x1 , y 2 − y1 , z 2 − z1 ) + t ( x3 − x1 , y 3 − y1 , z 3 − z1 ) , ou

⎧ x = x1 + h( x 2 − x1 ) + t ( x3 − x1 )

seja, ⎨ y = y1 + h( y 2 − y1 ) + t ( y 3 − y1 ) .
⎪ z = z + h( z − z ) + t ( z − z )
⎩ 1 2 1 3 1

Exemplo – As equações paramétricas do plano que passa pelos pontos A = (5,7,−2) ,


B = (8,2,−3) e C = (1,2,4 ) são P = A + h(B − A) + t (C − A) ⇔ ( x, y, z ) = (5,7,−2 ) +

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+ h(8 − 5,2 − 7,−3 + 2 ) + t (1 − 5,2 − 7,4 + 2 ) ou ( x, y, z ) = (5,7,−2) + (3h,−5h,−h ) +


⎧ x = 5 + 3h − 4t

+ (− 4t ,−5t ,6t ) ⇔ ⎨ y = 7 − 5h − 5t - equações paramétricas.
⎪ z = −2 − h + 6t

A determinação da equação cartesiana ou geral do plano faz-se do seguinte modo:


Sejam (0, i, j, k ) um sistema de coordenadas, P = ( x, y, z ) e A = ( x1 , y1 , z1 ) um
ponto genérico e um ponto dado, respectivamente, de um plano π,
u = (a3 , b3 , c3 ) e v = (a 4 , b4 , c 4 ) dois vectores não colineares paralelos a π :

z . Se P é um ponto genérico do plano π , os


u vectores P − A , u , v são coplanares e o
A
π produto misto desses três vectores
k v P
é nulo: (P − A, u, v ) = 0 , isto é:
O
i j y x − x1 y − y1 z − z1
b3 c3
x
a3 b3 c3 = 0, e ( x − x1 ) +
b4 c4
a4 b4 c4

c3 a3 a3 b3 b3 c3 c3 a3
+ ( y − y1 ) + ( z − z1 ) = 0 . Fazendo = a, = b,
c4 a4 a4 b4 b4 c4 c4 a4

a3 b3
= c , vem a ( x − x1 ) + b( y − y1 ) + c( z − z1 ) = 0 ou: ax + by + cz − ax1 − by1 −
a4 b4

− cz1 = 0 . Fazendo − ax1 − by1 − cz1 = d , vem, finalmente, ax + by + cz + d = 0 . Esta


equação, na qual a , b e c não são simultaneamente nulos, é a equação geral do
plano π , ou equação cartesiana do plano.

Exemplo – A equação geral do plano que passa pelo ponto A = (2,1,3) e é paralela aos

x−2 y −1 z − 3
−3 1
vectores u = −3i − 3 j + k e v = 2i + j − 2k é: −3 −3 1 = 0 ou ×
1 −2
2 1 −2

1 −3 −3 −3
× (x − 2) + ( y − 1) + ( z − 3) = 0 ou (6 − 1)( x − 2) + (2 − 6)( y − 1) +
−2 2 2 1

+ (− 3 + 6 )( z − 3) = 0 ⇔ 5( x − 2 ) − 4( y − 1) + 3( z − 3) = 0 ⇔ 5 x − 10 y + 4 + 3 z − 9 = 0 ⇔
⇔ 5 x − 4 y + 3 z − 15 = 0 .

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A equação geral do plano π pode ser determinada eliminando os parâmetros h e t


nas equações paramétricas.
Se o plano π for determinado por três pontos A = ( x1 , y1 , z1 ) , B = ( x 2 , y 2 , z 2 ) e
C = ( x3 , y 3 , z 3 ) e se P = ( x, y , z ) é um ponto genérico de π , os vectores P − A ,

B − A e C − A são coplanares e o produto misto desses três vectores é nulo:


x − x1 y − y1 z − z1
(P − A, B − A, C − A) = 0 , isto é: x 2 − x1 y 2 − y1 z 2 − z1 = 0 , ou, de acordo com as
x3 − x1 y 3 − y1 z 3 − z1

x y z 1
x1 y1 z1 1
propriedades dos determinantes: = 0 . O desenvolvimento do
x2 y2 z2 1
x3 y3 z3 1

determinante conduzirá a uma equação do tipo: ax + by + cz + d = 0 .

Paralelismo Entre Dois Planos.

Sejam os planos π1 e π2 expressos, respectivamente, pelas equações:


a1 x + b1 y + c1 z + d1 = 0 e a 2 x + b2 y + c 2 z + d 2 = 0 . O vector w 1 = (a1 , b1 , c1 ) é
normal ao plano π 1 e o vector w 2 = (a 2 , b2 , c 2 ) é normal ao plano π 2 . A condição de
paralelismo dos planos π 1 e π 2 é a mesma dos vectores w 1 e w 2 , isto é: w 1 = mw 2
a1 b1 c1
ou = = .
a 2 b2 c 2

Exemplo – Os planos π 1 e π 2 expressos, respectivamente, pelas equações:


8 x − 12 y + 16 z − 14 = 0 e 2 x − 3 y + 4 z + 15 = 0 são paralelos?

De facto, as componentes do vector w 1 , normal ao plano π 1 , são: a1 = 8 , b1 = −12 ,


c1 = 16 e as componentes do vector w 2 , normal ao plano π 2 , são: a 2 = 2 , b2 = −3 ,
a1 b1 c1
c 2 = 4 . A condição de paralelismo de dois planos é: = = e, neste caso:
a 2 b2 c 2
8 − 12 16
= = , o que prova serem paralelos os planos π 1 e π 2 .
2 −3 4

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a1 b1 c1 a b c d
Se, além das igualdades = = se tiver também 1 = 1 = 1 = 1 , os
a 2 b2 c 2 a 2 b2 c 2 d 2

planos π 1 e π 2 serão coincidentes porque, nesse caso, a equação de π 2 é obtida de


π 1 mediante a multiplicação por um número, o que não altera a equação de π 1 .
Em particular, se a1 = a 2 , b1 = b2 , c1 = c 2 e d1 ≠ d 2 , os planos π 1 e π 2 também são
paralelos.

Perpendicularidade Entre Dois Planos.

Sejam os planos π1 e π2 expressos, respectivamente, pelas equações:


a1 x + b1 y + c1 z + d1 = 0 e a 2 x + b2 y + c 2 z + d 2 = 0 . O vector w 1 = (a1 , b1 , c1 ) é
normal ao plano π 1 e o vector w 2 = (a 2 , b2 , c 2 ) é normal ao plano π 2 . A condição de
perpendicularidade dos planos π 1 e π 2 é a mesma condição de ortogonalidade dos
vectores w 1 e w 2 , isto é: w 1 ⋅ w 2 = 0 ou a1 a 2 + b1b2 + c1c 2 = 0 .

Exemplo – Os planos π 1 e π 2 expressos, respectivamente, pelas equações:


8 x − 2 y + 3z − 8 = 0 e 3x + 6 y − 4 z + 7 = 0 são perpendiculares?

De facto, as componentes do vector w 1 , normal ao plano π 1 , são: a1 = 8 , b1 = −2 ,


c1 = 3 e as componentes do vector w 2 , normal ao plano π 2 , são: a 2 = 3 , b2 = 6 ,
c 2 = −4 . A condição de perpendicularidade dos dois planos é w 1 ⋅ w 2 = 0 , isto é:
a1 a 2 + b1b2 + c1c 2 = 0 . No caso presente: 8 × 3 − 2 × 6 − 3 × 4 = 0 , o que prova serem
perpendiculares os planos π 1 e π 2 .

Paralelismo Entre Recta e Plano.

Seja uma recta r , de parâmetros directores 1, m, p , expressa pelas equações:

⎧ y = mx + n
⎨ . Seja um plano π expresso pela equação ax + by + cz + d = 0 . A recta r
⎩ z = px + q
é paralela ao plano π se o vector v = (1, m, p ) , que define a direcção de r , for

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Capítulo VII – Geometria Analítica no Espaço

ortogonal ao vector w = (a, b, c ) , normal ao plano π , isto é, se: v ⋅ w = 0 ou


a + bm + cp = 0 .

Exemplo – A recta r , expressa pelas equações y = 4 x − 15 e z = 3 x + 4 , e o plano π ,


expresso pela equação: 7 x + 2 y − 5 z − 9 = 0 são paralelos?

De facto, as componentes do vector v = (1, m, p ) que define a recta r - além de


m=4
1 – são: . As componentes do vector w , normal ao plano, são: a = 7 , b = 2 ,
p=3
c = −5 . A condição para que a recta r seja paralela ao plano π é que o vector w , isto
é: v ⋅ w = 0 ou a + bm + cp = 0 . Neste caso: 7 + 2 × 4 − 5 × 3 = 0 o que prova ser a
recta paralela ao plano π .

Perpendicularidade Entre Recta e Plano.

Seja uma recta r , de parâmetros directores 1, m, p , expressa pelas equações:

⎧ y = mx + n
⎨ . Seja um plano π expresso pela equação ax + by + cz + d = 0 . A recta r
⎩ z = px + q
é perpendicular ao plano π se o vector v = (1, m, p ) , que define a direcção de r , for

paralelo ao vector w = (a, b, c ) , normal ao plano π , isto é, se: v = tw ou


1 m p
= = .
a b c

y = 3x + 8
Exemplo – A recta r expressa pelas equações: e o plano π expresso pela
z = 2x − 4
equação 7 x + 21y + 14 z − 4 = 0 são perpendiculares. De facto, as componentes do
m=3
vector v = (1, m, p ) que define a direcção da recta r - além de 1 – são: . As
p=2
componentes do vector w , normal ao plano π , são: a = 7 , b = 21 , c = 14 . A
condição para que a recta r seja perpendicular ao plano π é que o vector v seja
1 m p 1 3 2
paralelo ao vector w , isto é: = = . No caso presente: = = , o que
a b c 7 21 14
prova ser a recta r perpendicular ao plano π .

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Capítulo VII – Geometria Analítica no Espaço

Intersecção de Dois Planos.

Sejam os planos π1 e π 2 , não paralelos, expressos pelas equações:


a1 x + b1 y + c1 z + d1 = 0 e a 2 x + b2 y + c 2 z + d 2 = 0 . A intersecção dos planos π 1 e π 2
é a recta r cujas equações reduzidas se deseja determinar – se tivermos as equações
y − y1 x − x1 b b b b b
= ⇔ y − y1 = x − x1 ⇔ y = x − x1 + y1 , se = m, então,
b a a a a a a
b b
y = mx − x1 + y1 , se − x1 + y1 = n , vem, y = mx + n ; se tivermos as equações
a a
z − z1 x − x1 c c c c c
= ⇔ z − z1 = x − x1 ⇔ z = x − x1 + z1 , se = p, então
c a a a a a a
c c
z = px − x1 + z1 , se − x1 + z1 = q , vem z = px + q , que são as equações reduzidas
a a
da recta. O sistema constituido pelas duas equações gerais dos planos π 1 e π 2 é
indeterminado, podendo exprimir-se duas variáveis em função de uma terceira:
− a1 x − d1 c1 b1 − a1 x − d1
⎧b1 y + c1 z = − a1 x − d1 − a2 x − d 2 c2 b2 − a2 x − d 2
⎨ . Então y= e z= .
⎩b2 y + c 2 z = −a 2 x − d 2 b1 c1 b1 c1
b2 c2 b2 c2

Efectuadas as operações indicadas, as duas equações resultantes da aplicação de


⎧ y = mx + n
determinantes reduzem-se à forma ⎨ , isto é, obtemos as equações
⎩ z = px + q
reduzidas da recta r que passa pelo ponto N = (0, n, q ) e tem a direcção do vector
v = (1, m, p ) .

Exemplo – Determine as equações reduzidas da recta r de intersecção dos planos π 1


e π2, expressos, respectivamente, pelas equações: 5x − 2 y + z + 7 = 0 e
3x − 3 y + z + 4 = 0 .

O sistema formado pelas equações dos planos π 1 e π 2 pode ser escrito do seguinte
− 2 y + z = −5 x − 7
modo: , o que permite exprimir y e z em função de x :
− 3 y + z = −3x − 4

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105
Capítulo VII – Geometria Analítica no Espaço

− 5x − 7 1 − 2 − 5x − 7
− 3x − 4 1 − 5 x − 7 + 3x + 4 − 3 − 3x − 4
y= = = −2 x − 3 e z= =
−2 1 −2+3 −2 1
−3 1 −3 1

6 x + 8 − 15 x − 21
= = −9 x − 13 . A recta r de intersecção dos planos π 1 e π 2 é
−2+3
y = −2 x − 3
expressa pelas equações .
z = −9 x − 13

Distância Entre Dois Pontos.

A distância δ entre os pontos P1 = ( x1 , y1 , z1 ) e P2 = ( x 2 , y 2 , z 2 ) é determinada de

acordo com a seguinte fórmula: δ = ( x2 − x1 )2 + ( y 2 − y1 )2 + ( z 2 − z1 )2 .

Exemplo – Calcule a distância entre os pontos A = (7,3,4 ) e B = (1,0,6 ) .

A distância δ entre os pontos A e B é: δ = ( x2 − x1 )2 + ( y 2 − y1 )2 + ( z 2 − z1 )2 . De


x1 = 7; x 2 = 1
acordo com os dados do problema y1 = 3; y 2 = 0 , logo: δ =
z1 = 4; z 2 = 6

= (1 − 7 )2 + (0 − 3)2 + (6 − 4)2 = 36 + 9 + 4 = 49 = 7 .

Distância de Um Ponto a Uma Recta.

Sejam um ponto P2 = ( x 2 , y 2 , z 2 ) e uma recta r expressa pela equação:


x − x1 y − y1 z − z1
= = . A recta r , como se z
a b c P2
sabe, passa pelo ponto P1 = ( x1 , y1 , z1 ) e tem a u δ r
θ
direcção do vector v = (a, b, c ) . A distância δ k v
P1
do ponto P2 à recta r é medida sobre a O
i j y
perpendicular à recta r que passa por P2 : x
A figura mostra que a distância δ do ponto P2 à recta r é a altura do paralelogramo

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106
Capítulo VII – Geometria Analítica no Espaço

cujos lados são os vectores v = ai + bj + ck e u = P1 P2 = ( x 2 − x1 )i + ( y 2 − y1 )j +


+ ( z 2 − z1 )k . Tendo em vista a fórmula para calcular a área de um

paralelogramo - A = b × h - e sabendo que a área é dada por v ⋅ δ , sendo que

u× v
δ = u sin θ , então a área é v δ = v u sin θ = u × v , logo δ = . Mas u × v =
v

i j k
y 2 − y1 z 2 − z1 z 2 − z1 x 2 − x1
= x 2 − x1 y 2 − y1 z 2 − z1 ou u× v = i+ j+
b c c a
a b c

x 2 − x1 y 2 − y1 y 2 − y1 z 2 − z1 z − z1 x 2 − x1
2 2

+ k e tem-se u× v = + 2 +
a b b c c a

x 2 − x1 y 2 − y1
2

+ . v = a 2 + b 2 + c 2 , logo obtém-se finalmente a fórmula


a b

y 2 − y1 z 2 − z1 z − z1 x 2 − x1 x − x1 y 2 − y1
2 2 2

+ 2 + 2
b c c a a b
δ = .
a2 + b2 + c2

Exemplo – Calcule a distância do ponto P = (2,0,7 ) à recta r expressa pelas


x y−2 z+3
equações: = = .
2 2 1

x1 = 0
A recta r passa pelo ponto P1 cujas coordenadas são: y1 = 2 e os parâmetros
z1 = −3

a=2 x2 = 2
directores dessa recta são: b = 2 . As coordenadas do ponto P são: y 2 = 0 . A
c =1 z2 = 7
distância δ do ponto P à recta r é dada por δ =

y 2 − y1 z 2 − z1 z − z1 x 2 − x1 x − x1 y 2 − y1
2 2 2

+ 2 + 2
b c c a a b
= . Obtemos assim δ =
a2 + b2 + c2

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107
Capítulo VII – Geometria Analítica no Espaço

0−2 7+3 7+3 2−0 2−0 0−2 − 2 10 2 −2


2 2 2 2 2 2
10 2
+ + + +
2 1 1 2 2 2 2 1 1 2 2 2
= = =
2 2 + 2 2 + 12 4 + 4 +1
(− 2 − 20)2 + (20 − 2)2 + (4 + 4)2 484 + 324 + 64 872
= = = .
9 3 3

Distância Entre Duas Rectas.

Sejam as rectas r e s expressas, respectivamente, pelas equações:


x − x1 y − y1 z − z1 x − x2 y − y 2 z − z 2
= = e = = . A recta r passa pelo ponto
a1 b1 c1 a2 b2 c2

P1 = ( x1 , y1 , z1 ) e tem a direcção do vector u = (a1 , b1 , c1 ) . Se as rectas são


concorrentes, a distância δ entre elas é, por definição, nula. Se as rectas são
paralelas, a distância δ entre as rectas r e s é, nesse caso, a distância do ponto
P2 = ( x 2 , y 2 , z 2 ) à recta que passa pelo ponto P1 = ( x1 , y1 , z1 ) e tem a direcção do
vector v = (a, b, c ) - que é a situação anteriormente apresentada.
Vejamos o que se passa quando se tem rectas enviesadas, e assim, que não estão no
mesmo plano: os vectores u = a1i + b1 j + c1k , v = a 2 i + b2 j + c 2 k e w = P2 P1 =
= ( x1 − x 2 )i + ( y1 − y 2 )j + ( z1 − z 2 )k determinam um paralelipípedo cuja base é
formada pelos vectores u e v , e cuja altura é a distância δ entre as rectas r e s ,
porque a recta r é paralela ao plano da base do paralelipípedo, uma vez que a sua
direcção é a do vector u : z . Tendo em vista a
r
fórmula utilizada para P1 calcular o volume
de um paralelipípedo, wθδ V = Abase × altura ,
k u
podemos ver que a altura P2 s do paralelipípedo é
v
O
δ e como a base é j y um paralelogramo,
i
x
Abase = u × v , como já vimos antes, então

V = u × v δ , mas como δ = w cosθ : tem-se v = u × v w cos θ =

= (u × v ) ⋅ w = (u, v, w ) que é o produto w θ δ misto de três vectores e

δ =
(u, v, w ) . u
u× v v

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108
Capítulo VII – Geometria Analítica no Espaço

a1 b1 c1 i j k
b c1
Mas (u, v, w ) = a 2 b2 c2 , u × v = a1 b1 c1 = 1 i+
b2 c2
x1 − x 2 y1 − y 2 z1 − z 2 a2 b2 c2
2 2 2
c1 a1 a1 b1 b1 c1 c1 a1 a1 b1
+ j+ k e u× v = + + , logo tem-se
c2 a2 a2 b2 b2 c2 c2 a2 a2 b2

a1 b1 c1
a2 b2 c2
x1 − x 2 y1 − y 2 z1 − z 2
δ = .
2 2 2
b1 c1 c a1 a b1
+ 1 + 1
b2 c2 c2 a2 a2 b2

O determinante do numerador deve ser considerado em valor absoluto, tendo em vista


que a distância é definida como um número real não negativo.

Exemplo – Calcule a distância entre a recta r expressa pelas equações:


x − 2 y z −1 x−4 y−4 z
= = , e a recta s , expressa pelas equações: = = .
3 4 2 1 5 2

x1 = 2
A recta r passa pelo ponto P1 cujas coordenadas são: y1 = 0 e os parâmetros
z1 = 1

a1 = 3
directores dessa recta são: b1 = 4 . A recta s passa pelo ponto P2 cujas coordenadas
c1 = 2

x2 = 4 a2 = 1
são: y 2 = 4 e os parâmetros directores dessa recta são: b2 = 5 . A distância δ entre as
z2 = 0 c2 = 2

a1 b1 c1
a2 b2 c2
x1 − x 2 y1 − y 2 z1 − z 2
rectas r e s é δ = , isto é, δ =
2 2 2
b1 c1 c a1 a b1
+ 1 + 1
b2 c2 c2 a2 a2 b2

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109
Capítulo VII – Geometria Analítica no Espaço

3 4 2 3 4 2
1 5 2 1 5 2
2 − 4 0 − 4 1− 0 −2 −4 1 15 − 16 − 8 + 20 − 4 + 24
= = = =
4 2 2 3
2
3 4
2 2
(8 − 2)2 + (2 − 6)2 + (15 − 4)2 4 + 16 + 121
+ +
5 2 2 1 1 5
31 31 141
= = .
141 141

Distância de Um Ponto a Um Plano.

Sejam um ponto P1 = ( x1 , y1 , z1 ) e um plano π expresso pela equação:


ax + by + cz + d = 0 . Sejam A o pé da perpendicular conduzida por P1 sobre o plano
π e P1 P = ( x, y, z ) um ponto qualquer desse
z
plano: w . O vector w = (a, b, c ) é normal ao
P δ π
plano
k A π e, por conseguinte, o vector AP1
tem a mesma direcção de w . A distância do
O
ponto i j y P1 ao plano π é: δ = AP1 . AP1 é a
x
projecção do vector PP1 na direcção do vector w . Vejamos agora o seguinte:

P , tendo em vista que AP1 e w têm a mesma direcção, pode


considerar-se AP1 = aw . Assim, PP1 = PA + AP1 , isto é
PP1 = PA + aw . Se multiplicarmos ambos os termos por w ,
A δ
vem PP1 ⋅ w = (PA + aw ) ⋅ w = PA ⋅ w + aw ⋅ w , e assim
P1
w
PP1 ⋅ w = aw ⋅ w ⇔ PP1 ⋅ w = a w = a , sendo o vector w unitário. Como tínhamos
2

definido AP1 = a ⋅ w vem AP1 = (PP1 ⋅ w ) ⋅ w e então AP1 = PP1 ⋅ w . Se o vector w

w w
não for unitário, deve considerar-se o seu versor: , logo ter-se-á: AP1 = PP1 ⋅
w w

que nos dá a projecção do vector PP1 na direcção de w . Mas PP1 =

= ( x1 − x )i + ( y1 − y )j + ( z1 − z )k , (ai + bj + ck ) ,
w 1 1
= w= logo:
w w a + b2 + c2
2

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110
Capítulo VII – Geometria Analítica no Espaço

a ( x1 − x ) + b( y1 − y ) + c( z1 − z ) ax1 + by1 + cz1 − ax − by − cz


δ = = . Como o ponto
a2 + b2 + c2 a2 + b2 + c2
ax1 + by1 + cz1 + d
P pertence ao plano π : − ax − by − cz = d , e δ = .
a2 + b2 + c2

Exemplo – Calcule a distância do ponto P = (− 4,2,5) ao plano 2 x + y + 2 z + 8 = 0 .

a=2
As componentes do vector w , normal ao plano dado, são: b = 1 e o valor de d é:
c=2
x1 = −4
d = 8 . As coordenadas do ponto P são: y1 = 2 . A distância do ponto P ao plano
z1 = 5

ax1 + by1 + cz1 + d − 2 × 4 + 1× 2 + 2 × 5 + 8


dado é, então, δ = , isto é: δ = =
a +b +c
2 2 2
2 2 + 12 + 2 2
− 8 + 2 + 10 + 8 12
= = = 4.
4 +1+ 4 3

Quádricas.

Chama-se quádrica a toda a superfície que pode ser representada por uma equação do
segundo grau em x , y e z : ax 2 + by 2 + cz 2 + 2dxy + 2exz + 2 fyz + 2mx + 2ny +
+ 2 pz + q = 0 . Em outras palavras, quádrica é o lugar geométrico dos pontos M do
espaço tridimensional cujas coordenadas z
x, y e z , num sistema cartesiano
ortogonal, satisfazem a equação do
segundo grau: ax 2 + by 2 + cz 2 + 2dxy +
+ 2exz + 2 fyz + 2mx + 2ny + 2 pz + q = 0 .
O y
As coordenadas x , y e z do ponto M
X = ( x, y , z )
do espaço são as componentes
X ∈ ℜ3
M = ( x, y , z )
dos vectores que satisfazem
a equação de uma quádrica: x

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111
Capítulo VII – Geometria Analítica no Espaço

A equação de uma quádrica ax 2 + by 2 + cz 2 + 2dxy + 2exz + 2 fyz + 2mx + 2ny +

⎡a d e⎤
+ 2 pz + q = 0 pode ser expressa do seguinte modo: [x y z ]⎢⎢d b f ⎥⎥ ×
⎢⎣ e f c ⎥⎦

⎡ x⎤ ⎡ x⎤
× ⎢ y ⎥ + [2m 2n 2 p ] ⎢⎢ y ⎥⎥ + q = 0 , uma vez que ax 2 + by 2 + cz 2 + 2dxy + 2exz + 2 fyz
⎢ ⎥
⎢⎣ z ⎥⎦ ⎢⎣ z ⎥⎦

⎡ x⎤
é uma forma quadrática no espaço tridimensional. Considerando X S = ⎢⎢ y ⎥⎥ ,
⎢⎣ z ⎥⎦

⎡a d e⎤ ⎡ 2m ⎤
A = ⎢⎢d ⎥
f ⎥ e N = ⎢⎢ 2n ⎥⎥ , a equação anterior fica: X S AX S + N T X S + q = 0 ,
T
b
⎢⎣ e f c ⎥⎦ ⎢⎣ 2 p ⎥⎦

que é a equação de uma quádrica sob a forma matricial. Tendo em vista que
X S = PX P e que, de acordo com o que vimos no capítulo anterior,

X S AX S = X P DX P , a equação X S AX S + N T X S + q = 0 fica simplesmente


T T T

⎡ x⎤ ⎡λ1 0 0⎤
X P DX P + N PX P + q = 0 . X P = ⎢⎢ y ⎥⎥ , D = ⎢⎢ 0 λ2 0 ⎥⎥
T T
Mas: e
⎢⎣ z ⎥⎦ ⎢⎣ 0 0 λ3 ⎥⎦

⎡ x11 x 21 x31 ⎤ ⎡λ1 0 0 ⎤⎡ x⎤


P = ⎢⎢ x12 x 22 x32 ⎥⎥ . Logo ter-se-á, [x y z ]⎢⎢ 0 λ2 0 ⎥⎥ ⎢⎢ y ⎥⎥ + [2m 2n 2 p ] ×
⎢⎣ x13 x 23 x33 ⎥⎦ ⎢⎣ 0 0 λ3 ⎥⎦ ⎢⎣ z ⎥⎦

⎡ x11 x 21 x31 ⎤ ⎡ x ⎤
× ⎢⎢ x12 x 22 x32 ⎥⎥ ⎢⎢ y ⎥⎥ + q = 0 , isto é, a equação de uma quádrica pode ser
⎢⎣ x13 x 23 x33 ⎥⎦ ⎢⎣ z ⎥⎦

representada por λ1 x 2 + λ 2 y 2 + λ3 z 2 + rx + sy + tz + q = 0 , na qual λ1 , λ 2 e λ3 são os

valores próprios da matriz simétrica real A , x , y e z as componentes dos vectores


X P na base P = {X1 = ( x11 , x12 , x13 ), X 2 = ( x 21 , x 22 , x 23 ), X 3 = ( x31 , x32 , x33 )} , r , s e t

dependem das componentes dos vectores próprios unitários X1 , X 2 e X 3 , associados

a λ1 , λ 2 e λ3 .

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112
Capítulo VII – Geometria Analítica no Espaço

Equação Reduzida de Uma Quádrica.

A equação de uma quádrica pode ser expressa por λ1 x 2 + λ 2 y 2 + λ3 z 2 + rx + sy + tz +

⎛ r ⎞
+ q = 0 . Supondo λ1 , λ 2 e λ3 diferentes de zero, pode escrever-se λ1 ⎜⎜ x 2 + x ⎟⎟ +
⎝ λ1 ⎠

⎛ s ⎞ ⎛ t ⎞ ⎛ r r 2 ⎞⎟
+ λ 2 ⎜⎜ y 2 + y ⎟⎟ + λ3 ⎜⎜ z 2 + z ⎟⎟ + q = 0 , isto é, λ1 ⎜⎜ x 2 + x+ +
λ2 ⎠ λ3 λ1 4λ1 ⎟⎠
2
⎝ ⎝ ⎠ ⎝
⎛ s s 2 ⎞⎟ ⎛ 2 t t2 ⎞ 2 2 2
λ 2 ⎜⎜ y 2 + y+ + λ ⎜ z + z + ⎟ + q − r − s − t = 0 , ou seja,
4λ 2 ⎟⎠
3⎜ ⎟
⎝ λ2 2
⎝ λ3 4λ3
2
⎠ 4λ1 4λ 2 4λ3
2 2 2
⎛ r ⎞ ⎛ s ⎞ ⎛ t ⎞ r2 s2 t2
λ1 ⎜⎜ x + ⎟⎟ + λ 2 ⎜⎜ y + ⎟⎟ + λ3 ⎜⎜ z + ⎟⎟ + q − − − = 0. Fazendo
⎝ 2λ1 ⎠ ⎝ 2λ 2 ⎠ ⎝ 2λ3 ⎠ 4λ1 4λ 2 4λ3

⎧ r
⎪x = x +
⎪ 2λ1
r 2
s 2
t 2
⎪ s
q− − − = −Q e, através de uma translacção: ⎨ y = y + , vem:
4λ1 4λ 2 4λ3 ⎪ 2λ 2
⎪ t
⎪z = z +
⎩ 2λ3

λ1 x 2 + λ 2 y 2 + λ3 z 2 − Q = 0 e, finalmente, λ1 x 2 + λ 2 y 2 + λ3 z 2 = Q .
Esta última equação é a equação reduzida de uma quádrica de centro e, como se vê, o
primeiro membro é a forma canónica da forma quadrática no espaço tridimensional.
Se um dos valores próprios for igual a zero, λ1 = 0 , por exemplo, a equação:

λ1 x 2 + λ 2 y 2 + λ3 z 2 + rx + sy + tz + q = 0 , fica λ 2 y 2 + λ3 z 2 + rx + sy + tz + q = 0 ,

⎛ s ⎞ ⎛ t ⎞ ⎛ s s2 ⎞
isto é, λ 2 ⎜⎜ y 2 + y ⎟⎟ + λ3 ⎜⎜ z 2 + z ⎟⎟ + rx + q = 0 ⇔ λ 2 ⎜⎜ y 2 + y+ ⎟+

⎝ λ2 ⎠ ⎝ λ3 ⎠ ⎝ λ2 4λ 2
2

⎛ t t2 ⎞ 2 2
⎛ ⎞ ⎛ ⎞
λ3 ⎜⎜ z 2 + z+ ⎟ + rx + q − s − t = 0 ⇔ λ 2 ⎜ y 2 + s y ⎟ + λ3 ⎜ z 2 + t z ⎟⎟ +
λ3 4λ3
2 ⎟ 4λ 2 4λ3 ⎜ λ2 ⎠ ⎟ ⎜ λ3
⎝ ⎠ ⎝ ⎝ ⎠

⎛ q s2 t2 ⎞
+ r ⎜⎜ x + − − ⎟ = 0. Fazendo, através de uma translacção:
⎝ r 4rλ 2 4rλ3 ⎟⎠

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113
Capítulo VII – Geometria Analítica no Espaço

⎧ q s2 t2
⎪x = x + − −
⎪ r 4rλ 2 4rλ3
⎪ s
⎨y = y + , vem λ 2 y 2 + λ3 z 2 + rx = 0 . Esta equação é a equação
⎪ 2 λ 2
⎪ t
⎪z = z +
⎩ 2λ 3

reduzida de uma quádrica sem centro.


Se em vez de λ1 , fosse λ 2 = 0 ou λ3 = 0 , a equação reduzida de uma quádrica sem

centro seria λ1 x 2 + λ3 z 2 + sy = 0 ou λ1 x 2 + λ 2 y 2 + tz = 0 . Se dois valores próprios


forem iguais a zero, a equação reduzida da quádrica sem centro é da forma
λ1 x 2 + Ay + B = 0

Exemplo – Determine a equação reduzida da quádrica representada pela equação:


7
3x 2 + 5 y 2 + 3z 2 − 2 xy + 2 xz − 2 yz + 3 y − =0.
12

A equação da quádrica sob a forma matricial é


⎡ 3 − 1 1 ⎤⎡ x⎤ ⎡ x⎤ ⎡ x⎤
[x y z ]⎢⎢− 1 5 − 1⎥⎥ ⎢⎢ y ⎥⎥ + 0[ ]
3 0 ⎢⎢ y ⎥⎥ −
7
12
= 0. Fazendo X S = ⎢⎢ y ⎥⎥ ,
⎢⎣ 1 − 1 3 ⎥⎦ ⎢⎣ z ⎥⎦ ⎢⎣ z ⎥⎦ ⎢⎣ z ⎥⎦

⎡ 3 −1 1 ⎤ ⎡0⎤
⎢ ⎥
A = ⎢− 1 5 − 1⎥ e N = ⎢⎢ 3 ⎥⎥ , a equação fica X S AX S + N T X S −
7
=0.
T

12
⎣⎢ 1 − 1 3 ⎥⎦ ⎣⎢ 0 ⎥⎦
Determinemos os valores próprios da matriz A:
3 − λ −1 1
det[A − λI ] = − 1 5 − λ −1 = 0
1 −1 3−λ , isto é, (3 − λ )(5 − λ )(3 − λ ) + 1 + 1 −
3−λ −1 1
1 −1 3−λ

− (1(5 − λ )1) − ((3 − λ )(− 1)(− 1)) − (− 1(− 1)(3 − λ )) = 0 , (3 − λ )(5 − λ )(3 − λ ) + 2 − (5 − λ ) −
− (3 − λ ) − (3 − λ ) = 0 ⇔ (3 − λ )(5 − λ )(3 − λ ) + 2 − 5 + λ − 3 + λ − 3 + λ = 0 ⇔ (3 − λ ) ×
× (5 − λ )(3 − λ ) − 9 + 3λ = 0 ⇔ (3 − λ )(5 − λ )(3 − λ ) − 3(3 − λ ) = 0 , ou seja, tem-se

(3 − λ )[(5 − λ )(3 − λ ) − 3] = 0 ⇔ (3 − λ )(15 − 5λ − 3λ + λ2 − 3) = 0 e assim temos

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114
Capítulo VII – Geometria Analítica no Espaço

(3 − λ )(λ2 − 8λ + 12) = 0 ⇔ (λ − 3)(− λ2 + 8λ − 12) = 0 . Determinemos as raízes da

− 8 ± 64 − 4 × (− 1) × (− 12 ) − 8 ± 16 − 8 ± 4
equação de 2º grau: λ = = = , isto é,
−2 −2 −2
λ = 2 ∨ λ = 6 , logo teremos det (A − λI ) = 0 ⇔ (λ − 3)(λ − 2 )(λ − 6) = 0 . Teremos os
valores próprios λ1 = 2 , λ 2 = 3 e λ3 = 6 .

Determinemos os vectores próprios unitários associados aos valores próprios:


⎡3 − λ − 1 1 ⎤ ⎡ x1 ⎤ ⎡0⎤
⎢ − 1 5 − λ − 1 ⎥ ⎢ x ⎥ = ⎢0⎥ . Substituindo λ por 2 na matriz anterior, vem
⎢ ⎥⎢ 2 ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣ 1 − 1 3 − λ ⎥⎦ ⎢⎣ x3 ⎥⎦ ⎢⎣0⎥⎦

⎡ 1 − 1 1 ⎤ ⎡ x1 ⎤ ⎡0⎤ ⎧ x1 − x 2 + x3 = 0 ⎧ x1 = t
⎢− 1 3 − 1⎥ ⎢ x ⎥ = ⎢0⎥ , isto é: ⎪− x + 3 x − x = 0 e ⎪ x = 0 . Este resultado é
⎢ ⎥⎢ 2 ⎥ ⎢ ⎥ ⎨ 1 2 3 ⎨ 2
⎢⎣ 1 − 1 1 ⎥⎦ ⎢⎣ x3 ⎥⎦ ⎢⎣0⎥⎦ ⎪ ⎪ x = −t
⎩ x1 − x 2 + x3 = 0 ⎩ 3
obtido se resolvermos o sistema em ordem a x1 , e considerando depois x1 = t , uma
qualquer incógnita, tal como foi explicado no último capítulo.
Assim, X1t = t (1,0,1) são vectores próprios associados a λ1 = 2 . Fazendo

t =1 2 - ou seja, o inverso da norma de (1,0,1) - obtém-se o vector próprio unitário

⎛ 1 1 ⎞
X1 = ⎜ ,0,− ⎟, associado a λ1 = 2 . Substituindo λ por 3 vem
⎝ 2 2⎠

⎡ 0 − 1 1 ⎤ ⎡ x1 ⎤ ⎡0⎤ ⎧− x 2 + x 3 = 0 ⎧ x1 = t
⎢− 1 2 − 1⎥ ⎢ x ⎥ = ⎢0⎥ , isto é, ⎪ ⎪
⎢ ⎥⎢ 2 ⎥ ⎢ ⎥ ⎨− x1 + 2 x 2 − x3 = 0 e ⎨ x 2 = t . Assim, X 2t = t (1,1,1)
⎢⎣ 1 − 1 0 ⎥⎦ ⎢⎣ x3 ⎥⎦ ⎢⎣0⎥⎦ ⎪x − x = 0 ⎪x = t
⎩ 1 2 ⎩ 3
1
são vectores próprios associados a λ 2 = 3 . Fazendo, t = obtém-se o vector
3
⎛ 1 1 1 ⎞
próprio unitário X 2 = ⎜⎜ , , ⎟⎟ associado a λ 2 = 3 . Substituindo λ por 6 vem
⎝ 3 3 3⎠

⎡− 3 − 1 1 ⎤ ⎡ x1 ⎤ ⎡0⎤ ⎧− 3 x1 − x 2 + x3 = 0 ⎧ x1 = t
⎢ − 1 − 1 − 1⎥ ⎢ x ⎥ = ⎢0⎥ , isto é, ⎪ ⎪
⎢ ⎥⎢ 2 ⎥ ⎢ ⎥ ⎨− x1 − x 2 − x3 = 0 e ⎨ x 2 = −2t . Assim,
⎢⎣ 1 − 1 3 ⎥⎦ ⎢⎣ x3 ⎥⎦ ⎢⎣0⎥⎦ ⎪ x − x − 3x = 0 ⎪x = t
⎩ 1 2 3 ⎩ 3

X 3t = t (1,−2,1) são vectores próprios associados a λ3 = 6 . Fazendo, t =


1
obtém-se
6
⎛ 1 −2 1 ⎞
o vector próprio unitário X 3 = ⎜⎜ , , ⎟⎟ associado a λ3 = 6 .
⎝ 6 6 6⎠

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115
Capítulo VII – Geometria Analítica no Espaço

⎡ 2 0 0⎤
A matriz A é transformada na matriz D = ⎢⎢0 3 0⎥⎥ através da matriz ortogonal P
⎢⎣0 0 6⎥⎦

cujos elementos são as componentes dos vectores próprios unitários X1 , X 2 e X 3 ,

⎡ ↓

 ↓
  ↓
 ⎤
⎢ 1 1 1 ⎥
⎢ 2 3 6 ⎥
associados a λ1 , λ2 e λ3 : P= ⎢ 0 1 − 2 ⎥. A equação
⎢ 3 6⎥
⎢− 1 1 1 ⎥
⎢ 2 3 6 ⎥
⎢⎣ ⎥⎦

7
X S AX S + N T X S − = 0 pode ser expressa, através de uma transformação
T

12
⎡ x⎤
= 0 . Considerando X P = ⎢⎢ y ⎥⎥ ,
7
DX P + N PX P −
T T
ortogonal – rotação – por X P
12
⎣⎢ z ⎦⎥
⎡ 1 1 1⎤
⎡ 2 0 0⎤ ⎡ x ′ ⎤ ⎢ 2 3 6 ⎥ ⎡ x′⎤
vem [x ′ y ′ z ′] ⎢⎢0 3 0⎥⎥ ⎢⎢ y ′⎥⎥ + 0 [ ⎢
3 0⎢ 0 ] 1
3 6

− 2 ⎥ ⎢⎢ y ′⎥⎥ −
7
12
= 0,
⎢⎣0 0 6⎥⎦ ⎢⎣ z ′ ⎥⎦ ⎢ 1 ⎥ ⎢⎣ z ′ ⎥⎦
⎢−
1 1
⎣ 2 3 6 ⎥⎦
7 ⎛ y′ ⎞
isto é: 2 x′ 2 + 3 y ′ 2 + 6 z ′ 2 + y ′ − 2 z ′ − =0 ou seja 2 x ′ 2 + 3⎜ y ′ 2 + ⎟ +
12 ⎝ 3⎠

⎛ 2 ⎞ 7 ⎛ y′ 1 ⎞ ⎛ 2 2⎞ 7
+ 6⎜⎜ z ′ 2 − z ′ ⎟⎟ − =0 ou 2 x ′ 2 + 3⎜ y ′ 2 + + ⎟ + 6⎜⎜ z ′ 2 − z ′ + ⎟⎟ − −
⎝ 6 ⎠ 12 ⎝ 3 36 ⎠ ⎝ 6 9 ⎠ 12

1 4 ⎛ 1⎞
2
⎛ 2⎞
− − = 0 ⇔ 2 x ′ 2 + 3⎜ y ′ + ⎟ + 6⎜⎜ z ′ − ⎟ − 2 = 0 . Fazendo, através de uma

12 3 ⎝ 6⎠ ⎝ 3 ⎠


⎪ x′ = x′

⎪ 1
translacção: ⎨ y ′ = y ′ + , a equação anterior fica: 2 x ′ 2 + 3 y ′ 2 + 6 z ′ 2 − 2 = 0 ou
⎪ 6
⎪ 2
⎪z′ = z′ −
⎩ 3

x′ 2 y′2 z′2
+ + = 1.
1 0,67 0,33

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116
Capítulo VII – Geometria Analítica no Espaço

Classificação das Quádricas.

A equação de uma quádrica de centro é λ1 x 2 + λ 2 y 2 + λ3 z 2 = Q . Dependendo dos

valores de λ1 , λ 2 e λ3 e Q , a quádrica será do tipo elipsóide ou hiperbolóide.

A equação de uma quádrica sem centro é: λ 2 y 2 + λ3 z 2 + rx = 0 ou

λ1 x 2 + λ3 z 2 + sy = 0 ou λ1 x 2 + λ 2 y 2 + tz = 0 . A quádrica representada por qualquer


uma dessas equações é do tipo parábolóide. A quádrica representada por uma
equação da forma λ1 x 2 + Ay 2 + B = 0 é do tipo cilindro.

Exemplo – Determine o género de quádrica representada pela equação


7
13x 2 + 5 y 2 + 3 z 2 + 2 xz − 2 yz + 3 y − =0.
12

Vimos que a equação reduzida desta quádrica é 2 x ′ 2 + 3 y ′ 2 + 6 z ′ 2 − 2 = 0 . Como

λ1 = 2 , λ 2 = 3 e λ3 = 6 temos a equação λ1 x 2 + λ 2 y 2 + λ3 z 2 − 2 = 0 que é a equação


de uma quádrica de centro.

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