PROCESSO Nº 114/2017
ABERTURA: 03/04/2017
DA CONSULTA
PARECER
Relatório.
Passo a Opinar.
Art. 1º Aquele que, até 30 de junho de 2001, possuiu como seu, por cinco
anos, ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros
quadrados de imóvel público situado em área urbana, utilizando-o para sua
moradia ou de sua família, tem o direito à concessão de uso especial para fins
de moradia em relação ao bem objeto da posse, desde que não seja
proprietário ou concessionário, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou
rural. Como se observa, a concessão de uso especial para fins moradia possui
como pressupostos: a) posse por cinco anos até 30 de junho de 2001; b) posse
ininterrupta e pacífica (sem oposição); c) imóvel urbano público de até 250
m² (duzentos e cinquenta metros quadrados); d) uso do terreno para fins de
moradia do possuidor ou de sua família; e) não ter o possuidor a propriedade
de outro imóvel urbano ou rural; f) não ter o possuidor obtido anteriormente
concessão de uso para fins de moradia.
A concessão de uso especial para fins de moradia, assim como a concessão de direito real de
uso, consiste em um direito real, nos termos do artigo 1.225 do Código Civil de 2002:
Esta concessão especial de uso aproxima-se da concessão de direito real de uso, mas dela se
distingue porque a primeira se restringe à finalidade de moradia do possuidor. Ademais, a
concessão de uso para fins de moradia é um direito subjetivo do possuidor que preenche os
requisitos, não dependendo de análise de conveniência e oportunidade por parte da
Administração Pública, como ocorre com a concessão de direito real de uso. Trata-se
também de um direito real resolúvel, transferível por ato inter vivos ou causa mortis,
vinculado a uma finalidade específica, qual seja, a destinação para moradia, podendo o
Moradia, logo, o procedimento a ser seguido é norteado pela Constituição, Código Civil,
Direito Administrativo e Leis e Medidas Provisórias.
CONCLUSÃO
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