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Globalização

Elaboração: Tony Santos


Disciplina: Estado e Sociedade
Sumário - Apresentação
1-Globalização: fenômeno em construção
a) Definições
b) Homogeneidade cultural?
c) Fim do Estado-Nação?
d) Qual o papel da tecnologia na globalização?
2-Marcos da globalização
a) Consenso de Washington (1989)
b) Endividamento das nações subdesenvolvidas
c) Papel do FMI na Crise Asiática (1997)
3- A Terceira Via
a) Relatório Good Governance
b) Entre o socialismo e o Laissez fare
c) Crise financeira de 2007-2008

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1 – Globalização:
fenômeno em
construção

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a Definições

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a) Definições - Globalização

Intensificação das Local x Global Processo contínuo de Projeto do Imperialismo


relações mundiais integração
(econômico, social,
político)
Intensificação das “A globalização é um O sistema econômico “Un proyecto político
relações mundiais fenômeno no qual todos os de reestructuración
que ligam localidades multidimensional, mercados nacionais del capitalismo
distantes, de tal igualmente marcado se tornam abertos e mundial y de
maneira que os por questões todos os estados- reorganización
acontecimentos de natureza cultural, nação se comportam internacional
del poder.” (p. 22)
locais são moldados social, política e conforme a lógica da
por eventos que estão ideológica.” acumulação e da
Politicas desenhadas
a muitos quilômetros (Milani, 2006, p. 377). competição. pelo imperialismo dos
de distância, e vice- (Pereira, 2008) EUA para transformar
versa". a orden político-
(Giddens, 1991) económica global e
sustentar seu domínio
Convergência e financeiro.
contradição entre o (Costilla, 2001).
Local e Global
(Ianni, 1994).

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Fonte: https://www.ceert.org.br/noticias/direitos-
humanos/9078/diabetes-assola-povos-indigenas

b Homogeneidade cultural?

Autor: David Rey.


Fonte: Dreamstime.com

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b) Homogeneidade Cultural?

Homogêneo e Pluralidade cultural Multiculturalismo e contra-


Heterogêneo hegemonia

"O capitalismo global Multiculturalismo


simultaneamente promove A sociedade atual é Colonizador (visão
e é condicionado pela pluralizada culturalmente ocidental, uniformidade,
homogeneidade cultural e (diversas religiões, etnias, imposição)
pela heterogeneidade idiomas convivendo no X
cultural.” mesmo território). Multiculturalismo
(Habermas, ) Emancipatório
Se expressam diversidades,
localismos, singularidades, Globalização Contra-
particularismos ou Hegemônica
identidades. (Boaventura)
(IANNI, 1994)
(Os mesmo processos de
interconexão global geram
espaços de contestação)
(Milani, 2006).

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c Fim do Estado Nação?

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c) Fim do Estado-Nação?

Novo Paradigma Crise da Cidadania no Estado Estados Nação e Globalização


Nação Europeu coexistem

“As forças sociais, O estado-nação europeu Os estados-nação continuam


econômicas, políticas, forma-se na ideia de sendo a unidade político-
culturais, geopolíticas, comunidade, mais ou menos, territorial decisiva.
religiosas e outras, que homogênea. (Mesmo
operam em escala mundial, território, cultural, origem). A globalização é a
desafiam o estado-nação, competição econômica em
com a sua soberania, como o Já não fornece a base para a nível mundial entre
lugar da hegemonia.” construção da cidadania, corporações apoiadas por
num contexto de pluralidade. seus respectivos estados-
Paradigma Clássico: nação.
Sociedade Nacional Direitos Polítícos x Direitos
(Território) Sociais-Culturais Interdependência devido
(Bem-estar) competição entre Países.
Novo Paradigma: União Europeia (Atrair capital)
Sociedade Global
(Habermas, 1995). (Pereira, 2008).
(Ianni, 1994).

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Qual o papel da tecnologia na
globalização?
d Telefonía: https://www.youtube.com/watch?v=Wn4neB3uV6c
Jorge Drexler – Vencedor do Grammy Latino 2018

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d) Papel da Tecnologia na Globalização?

• 1990 - Criação da World Wide Web (Tim Berners-Lee -


Britââanico)
• Sistema de envio e recebimento de informações através de
hipertexto.
• Primeiro navegador WorldWideWeb.
• Popularização do computador pessoal. (Windows 95).

Fonte: Reprodução/Wikipedia
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d) Papel da Tecnologia na Globalização?

• Redução dos Custos de Transporte


• Comunicações muito mais rápidas e baratas
• Transferência de ativos financeiros.
• Integração de mercados de produção a nível
global (Multinacionais). (Bresser, 2008)

Fonte: femipa.org.br

“Todas as sociedades já constituem parte


inseparável de uma comunidade de riscos
compartilhados, que são percebidos como desafios
para a ação política cooperativa”. (Habermas, 1995,
p. 101). 12
2 – Marcos da
Globalização

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a Consenso de Washington

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a) Consenso de Washington (1989) – 10 Princípios
(American Style)

1. Disciplina fiscal ◦ 6. Liberalização do comércio


2. Redirecionar gasto público e importações: evitar
em subsídios para educação protecionismo.
básica, saúde, infraestrutura. ◦ 7.Liberalização dos
3. Reforma tributária, adotar investimentos extrangeiros
alíquotas moderadas de diretos.
impostos ◦ 8. Privatização de estatais
4. Taxas de juros reguladas ◦ 9. Desregulamentar: abolir
a pelo mercado e positivas restrição ao mercado e a
5. Tarifas de câambio competição (exceto proteção
competitivas. ambiental, consumidor, e
supervisão das instituições
financeiras).

Fonte: Dreamstime.com
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Endividamento das nações
b
subdesenvolvidas

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b) Crescimento desigual entre as nações
subdesenvolvidas

América Latina (Baixo Países Asiáticos (Alto


crescimento) Crescimento)

• A América latina aceitou a • Países asiáticos adotaram o


ortodoxia neoliberal sem neo-desenvolvimentismo que
resistência baseia-se em 3 pontos:
• Financiou o desenvolvimento a) controle da inflação e taxa de
por poupança externa juros moderada; b) equilíbrio no
• Não exerceu controle sobre o orçamento público; c) taxa de
câambio câambio competitiva.
• Sucateou polo industrial
nacional em nome da • Sempre limitaram o
industrialização pra endividamento externo.
exportação. (Vantagem • Limitando entrada de capital
Comparativa) extrangeiro
• Fim da substituição de
importações (Nacional
desenvolvimentismo).
(Bresser, 2008)

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b) Crescimento desigual entre as nações
subdesenvolvidas

Fonte: Bresser, 2008.

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c Papel do FMI na Crise Asiática (1997)

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• Países asiáticos, como a Tailandia, Indonesia,
Malasia, Filipinas, se abriram pra o “American
Style”
• Deixaram de exercer controle do câambio
(Cambio flutuante)
• Financiaram o desenvolvimento pelo capital
externo (endividamento)
• Com a crise houve fuga de capital externo para
países mais competitivos (China) (especulação)

Resultados: Alto endividamento e desvalorização


monetária

Com o movimento livre de capitais ao redor do mundo,


ficou mais difícil impor taxações e regular o capital. O
capital pode simplesmente se mover de um local para
outro (Stiglitz, 2003).

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Papel do FMI na Crise Asiática (1997) Stiglitz, 2003.

1. O FMI recomendou pacote de ◦ 5. O FMI deveria promover a


medidas que ampliaram a estabilidade econômica global
crise (Ajuste fiscal, corte de e fornecer créditos para evitar
gastos sociais) – Desemprego recessões.
2. Os Estados foram acusados de ◦ Pelo contrário, exigiram
terem aplicado políticas políticas recessivas em troca
erradas e serem pouco do apoio financeiro.
transparentes. ◦ 150 bilhões para salvar bancos
3. Estrutura pouco democrática e não foram capazes de
do FMI (EUA com poder de fornecer 1 bilhão de subsidio
veto). aos desempregados.
4. Os membros da Board o
Governors do FMI são chefes
dos Bancos Centrais ou
Ministros das Finanças.

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3 – A Terceira
Via

22
a Relatório “Good Governance” (1997)

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“Good Governance (BM)” – WDR 1997
 As instituições importam para garantir o funcionamento eficiente do
Sistema de Mercado.

 Estimulo a descentralização administrativa do Estado. (Para ampliar a


“democracia”).

 Estabelecimento de mecanismos de accountability (responsabilidade),


transparência no Estado para combater a corrupção.

 Adoção de parcerias estratégicas entre setor público e privado para


a distribuição de riscos dos projetos, redução de custos de transação
(incerteza) e aumento da vantagem competitiva. (Teoria dos Jogos).

 Estabelecimento de indicadores de desempenho para avaliar a


eficiência/eficácia do Estado.

O pendulo moveu-se de um Estado dominante (1960-1970) para


um Estado mínimo (1980). Esse movimento brusco negou as
funções vitais do Estado, destruiu o bem estar social e erodiu
as bases para o desenvolvimento do mercado (WB, 1997, p. 23).
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Entre o socialismo e o laissez fare:
b
regulação

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b) Entre o socialismo e o Laissez Fare
Qual o objetivo da regulação? Saving Capitalism (For the Many not the
few)
• a ideia de regulação é
amplamente aceita. (Se conhece • O capitalismo sempre necessitou
as consequências da da intervenção do Estado.
desregulação).
• Deve-se reconhecer as falhas do • Mito da auto-regulação.
mercado e as limitações dos
governos. (p. 12) • Todos os bancos e grandes
• Público e Privado não se substituem, corporações fazem uso das leis
mas complementam-se. de falência e isenções fiscais

• Qual o objetivo da regulação? • Elites econômicas moldam a


(Ampliação da democracia e justiça legislação em favor de seus
social ou Corporate Welfare?)
interesses (lobbys).
Vontade Coletiva x Vontade de grupos
elitistas (Robert Reich, 2015).

(Stiglitz, 2003)

26
Crise financeira de 2007-2008 –
c
Bolha imobiliária

27
c) Bolha imobiliária

• Bancos comerciais forneciam refinanciamentos hipotecários


a clientes diversos (NINJAS). (Alto risco).
• Montavam derivativos (pacotes de investimentos com valor
AAA). (Alta rentabilidade).
• Vendiam esses pacotes (fatias da dívida) a investidores do
mundo todo.

Fonte: BBC – Londres.


28
c) Espiral de recessão global

• O valor dos derivativos despencou com o aumento da


inadimplência. (Falência dos Bancos)

• Milhares perderam suas casas para as instituições financeiras.

• A crise se expandiu para as economias subdesenvolvidas,


menor consumo de commodities, diminuição de investimentos e
trocas comerciais. (Menor impacto).

Fonte: Reprodução/Internet

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c) Espiral de recessão global

Post Crisis Growth in Developing Countries – CGD 2010


• O papel do governo deve ser ampliado em contextos de crises,
interferindo e regulando diretamente o setor financeiro.

• “Ele fornece capital e adquire uma opinião considerável a respeito das


atividades realizadas pelo setor privado. Os bancos privados tornam-
se os parceiros de trabalho do governo para lidar com a crise”. (CGD,
2010, p. 182).

• Não se deve abandonar uma estratégia de crescimento pró-mercado


devido às falhas das economias desenvolvidas. (p. 35).

• Não se deve evitar respostas fiscais de curto prazo à crise, devido


preocupações de médio-prazo sobre os gastos públicos. (p. 35)

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c) Estado responde à crise financeira

Governo Bush (2008) Governo Obama (2010)

• O Departamento do Tesouro a) Pacote de 1 trilhão de dólares


(EUA) aprovou pacote de 700 (recursos públicos e privados)
bilhões para resgatar o para comprar ações podres
sistema financeiro, evitar dos bancos.
quebras como a do Lehman b) Mais 1 trilhão para estimular
Brothers e Washingnton Mutual. linhas de crédito para consumo
e empresas.
• Bush disse que o governo iria
comprar 250 bilhões em ações c) O antigo pacote (700 bilhões)
dos bancos para “devolver a foi “essencial, porém
economia à trilha do insuficiente para apoiar o
crescimento e prosperidade”. sistema financeiro e mercado
de crédito”. (Geithner)

Link: Link: https://exame.abril.com.br/seu-


https://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u dinheiro/pacote-obama-pretende-injetar-us-2-
461958.shtml trilhoes-economia-420653/

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Qual o objetivo da
regulação? (Stiglitz, 2003)

Ampliação da democracia e
justiça social
ou
Bem-estar Corporativo?

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REFERÊNCIAS

CGD. Post-Crisis Growth in Developing Countries: A Special Report of the Commission on


Growth and Development on the Implications of the 2008 Financial Crisis. Washington, DC:
World Bank. 2010..

World Bank. World Development Report: The State in a Changing World. Washington, DC,
World Bank, 1997.

HABERMAS, Jurgen. O Estado-Nação Europeu frente aos Desafios da Globalização. Novos


Estudos. CEBRAP. Nº 43. Nov. 1995.

COSTILLA, Lucio Oliver. El Estado y la democracia em América Latina bajo la globalizacion


neoliberal. Caderno CRH. N. 35. jul/dez 2001.

IIANNI, Octavio. A Sociedade Global. Rio. Civilização Brasileira. 1995

Stiglitz, Joseph. Globalization and the economic state in the new millennium.

MILANI, C. R. S. Globalização e contestação política na ordem mundial contemporânea:


introdução. CADERNO CRH, Salvador, v. 19, n. 48, p. 377-383, set./dez. 2006.

GANDIN, A. L; HYPOLITO, A. M. Dilemas do nosso tempo: Globalização, Multiculturalismo e


conhecimento (Entrevista com Boaventura de Sousa Santos). Currículo sem Fronteiras, v. 3, n.
2, pp. 5-23, Jul/Dez 2003.

Reich, Robert B., Saving Capitalism: For the Many, Not the Few. New York: Alfred A. Knopf, 2015.
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