Aula TP 30-09-2011
Sumário:
Apresentação. Algumas notas sobre a metodologia a adoptar nas aulas práticas.
Metodologia
Aula de 07-10-2011
Nações unidas é uma organização internacional que foi criada com o objectivo fazer
surgir uma organização que conseguisse o que os estados fizessem a manutenção da
paz e segurança internacional sem recurso à força. O desígnio base na criação da
ONU foi este.
Antes da ONU, no final a 1ª guerra , houve uma primeira tentativa de concretizar essa
intenção, consubstanciada na criação da sociedade das nações, com os mesmos
objectivos, com dois problemas a resolver:
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Apontamentos Direito 2º Ano ( pós laboral 2011/2012 )
Os objectivos eram semelhante ao das sociedade das nações, no entanto, esta tem
outros desígnios:
Princípios da ONU:
O uso da força é por via de regra proibido. No entanto, por força de um principio geral
de direito, principio de “ius cogens”2, norma imperativa de direito internacional, esta
proibição do uso da força não pode ser absoluta, desde logo porque existe o direito à
legitima defesa. A carta, no art.º 51, salvaguarda a legitima defesa.
1
Pacta sunt servanda é um brocardo latino que significa "os pactos devem ser respeitados" ou
mesmo "os acordos devem ser cumpridos". É um princípio base do Direito Civil e do Direito
Internacional.
2
Ius Cogens, ou seja, das normas de direito imperativo que regulam as relações entre os
sujeitos da nossa disciplina. O art. 53º da Convenção de Viena define a norma de Ius Cogens
como “a que for aceite e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados no seu
conjunto como norma à qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada
por norma de Direito Internacional da mesma natureza”. Pag. 78 colectânea de textos.
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1. Ocorrer uma ataque armado ou esse ataque armado tem de ser iminente.
Considerar que haja uma agressão sem que haja armas. Exemplo: a china
lança no mercado todos os dólares em seu poder, poderemos considerar que
houve um ataque que justifique a legitima defesa por parte dos EUA.
Interpretação restritiva do conceito de ataque.
2. Estar perante um ataque actual. Devido ao facto de só poder existir Legitima
Defesa quando um estado está a ser atacado ou na eminência de o ser. Se
este, o ataque, já estiver concluído, não é defesa mas sim vingança.
3. Necessário que o uso da força afecte um país jurídico, um estado.
4. O uso da força em legitima defesa tem de ser subsidiário. Significa que a
legitima defesa só faz sentido se em tempo útil não for possível recorrer às
autoridades competentes, no caso, ao conselho de segurança. Em tudo
semelhante aos cidadãos. O art.º 51.º afirma, até que o CS tenha tomado as
medidas necessárias. Saber se um determinado estado que está perante um
ataque eminente, deva comunicar de imediato ao CS ou promover a sua
defesa logo que atacado. Deve comunicar ao CS todas as medidas adoptadas
com a legitima defesa.
5. Proporcionalidade, principio geral de direito, funciona como um limite ao uso
da força em LD. Um estado atacado, não pode usar esse pretexto para
adopção de qualquer medida. Pode usar força dentro dos limites da
proporcionalidade.
a. Não pode usar meios proibidos pelos tratados internacionais, armas de
destruição maciça.
b. As medidas adotadas tem de ser estritamente necessárias. O objectivo
não poderia ser atingido por outra via.
c. As medias deverão ser adequadas
d. As medidas tem de ser equilibradas, proporcionais em sentido restrito. A
comparação entre o mal a que se pretende por fim e a as
consequências das medidas adoptadas. É necessário que os prejuízos
de uma medida não sejam superiores aos benefícios que se pretendem
obter.
Só verificados todos estes requisitos se pode considerar o uso da forma de forma lícita
ao abrigo do art.º 51.º.
Pode haver legitima defesa por um estado não membro da ON? Sim pode.
Pode haver LD de um estado perante uma decisão ilícita do CS? Sim pode.
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Os membros da ONU:3
- Os estados
- Amantes da paz
- Aceitar expressamente as obrigações decorrentes da carta
- Que o estado tenha capacidade para cumprir esses obrigações
- Necessário que o queira fazer
- Suspenso
- Expulso
Órgãos da ONU:
1. Assembleia geral ( AG ) 4
2. Conselho e segurança ( CS – 15 membros)
3. Conselho económico e social ( CES )
4. Conselho de tutela ( CT )
5. Tribunal internacional de justiça ( TIJ)
6. Secretariado
3
Textos de Direito Internacional, Maria Assunção Vale Pereira, pag. 129
4
Textos de Direito Internacional, Maria Assunção Vale Pereira, pag. 130 a 133
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Aula de 14-10-2011
Órgãos, continuação
Composto por 50 4 membros, eleitos pela AG. Esta eleição é efectuada anualmente
com um mandato de 3 anos. Os membros nunca são substituídos totalmente.
Anualmente elege-se um terço desses elementos, 18 estado membros. Garante-se
que todas as questões não sejam abandonadas de um momento ara o outro pro parte
dos interlocutores desses dossiers. A sdecisõe são tmadas por maioria de votos poelo
membros presentes e votantes.
- Relatórios
- Presta assistência ao CS sempre que solicitado
- Prepara projectos de convenções para apresentar à AG, sempre que solicitado.
Secretariado
O órgão não é o secretariado mas sim o secretário geral, nomeado pela AG sob
recomendação do CS, tem competências próprias, sendo o órgão de que a carta
deveria falar em vez de secretariado.
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Não existe apenas para dirimir litígios entre as partes, na medida em que o seu
estatuto atribui competências consultivas. Estas consistem em, a pedido de
determinados órgãos, dará a sua opinião através de parecer, relativamente a uma
questão jurídica. Parecer não vinculativo. Ver art.º 96
- Solicitados pelo CG
- Pela AG
- Desde que qualquer outro órgão da ONU ou organização especializada autorizada
pela AG. Solicite um parecer a propósitos de um questão jurídica.
Arts. 62 e 63 etij
- Um estado que entende que num litígio entre a e b, tem interesse na questão,
pode solicitar ao TIJ que adita a sua intenção no processo. 62.
- Um determinado estado solicita ao TIJ que aprecie uma questão a propósito da
interpretação ou da aplicação d de um tratado e relação a outro estado, sendo
certo que esse tratado foi ratificado por outros estados, A questão de saber se os
restantes estados serão chamados a pronunciar-se. Art. 63 afirma que sim, tem o
direito de intervir e para o efeitos serão notificados.
Decisões do TIJ
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Não cumprida a decisão do TIJ, nos termos do 94 da carta, dá direito à outra parte de
recorrer ao CS, que poderá adoptar as medidas que estão sob a suas competências.
Poderá nada o obriga.
CP 1
O Estado Verde, preocupado com a crescente instabilidade política na sua região, que
resultava, essencialmente, do clima de tensão existente entre o Estado Vermelho e o
Estado Azul, decidiu chamar a atenção do Conselho de Segurança das Nações
Unidas.
Após ter tomado conhecimento da situação, o Conselho de Segurança promoveu uma
investigação, no decurso da qual as forças armadas do Estado Vermelho invadiram
parte do território do Estado Azul, alegando que tal operação mais não era do que uma
medida de protecção legítima, à luz do Direito Internacional. Com efeito, entendia
aquele Estado que muitos dos ataques e acções de terrorismo com que se vinha
debatendo nos últimos anos advinham, precisamente, do facto de cidadãos nacionais
e residentes no Estado Azul acolherem e protegerem terroristas e malfeitores
internacionais que, alegadamente, agiriam contra o Estado Vermelho.
Perante tal atitude, alguns dos membros do Conselho de Segurança entendem que
este órgão deve aprovar, de imediato, uma resolução impondo importantes sanções ao
Estado Vermelho, ao passo que outros entendem que a actuação deste Estado não
pode ser considerada ilícita à luz do Direito Internacional.
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Aula de 21-10-2011
CP 2
Na sequência da inobservância, por parte do Japão, de uma resolução da Comissão
Baleeira Internacional que solicitou a imediata suspensão do programa «JARPA II»
(um programa japonês de pesca da baleia no antárctico, para fins alegadamente
científicos), uma associação ambientalista australiana decidiu apresentar uma petição
junto do Tribunal Internacional de Justiça.
Alegou a referida associação que tal programa nada tem de científico e que apenas
representa um pretexto para que o Japão continue a levar a efeito uma «matança de
baleias em larga escala, pondo em risco a própria existência da espécie». Acrescentou
ainda que, com a referida actuação, o Japão violou flagrantemente as mais
elementares disposições de direito internacional, designadamente a Convenção
Internacional para a Regulação da Actividade Baleeira.
2. Considere agora que a referida petição foi apresentada pela Austrália e que o
Japão tem sérias reservas quanto à jurisdição do TIJ. Quid iuris? ( colocar
todas as possibilidades) analisar todas as questões que estão no art.º 36.º
a. A jurisdição é facultativa, por via de regra o TIJ só conhece os litígios
que lhes sejam submetidos de comum acordo das partes, sendo a sua
decisão vinculativa.
b. Os países são partes no estatuto? Sim. Declararam de alguma forma
que aceitavam a jurisdição do TIJ para a apreciação de todas as
questões, a cláusula facultativa de jurisdição obrigatória? Se sim, basta
que o outro estado apresente o caso.
c. Mesmo quando os estados não fazem parte do tratado do TIJ, deve-se
saber qual a convenção a aplicar e se essa convenção define a
jurisdição do TIJ. Nestes casos, os estados obrigam-se à jurisdição.
d. Um dos estados submete o caso sem o acordo da outra parte, vindo à
posterior, na pendência, dar o seu acordo à jurisdição.
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5. Imagine que o Japão está inconformado com a decisão proferida pelo TIJ, que
o condenou a cessar imediatamente toda a actividade de pesca da baleia. Quid
iuris?
a. Art.º 60.º, a sentença em principio não ºe passível de recurso, salvo as
situações em que surgem factos novos em reação aos apreciados, é
mais uma revisão da decisão.
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Aula de 28-10-2011
Um facto pode em abstrato ser ilícito e em concreto não ser. A legitima defesa é
uma causa de exclusão da ilicitude. Um acto em abstracto ilícito, que o deixa de ser no
caso concreto.
- Consentimento
-Anterior ao facto
- acto não contrarie o “ius cogens”, não é valido o consentimento de actos que violem
uma norma imperativa.
Força maior: art 23, sempre que se verificar uma facto de força maior, o estado deixa
de estar obrigado a cumprir a obrigação. Não basta que a obrigação se tenha tornado
de difícil cumprimento em função de determinado acontecimento, é necessário que o
estado tenha ficado absolutamente impossibilidade de cumprir a obrigação.
- Perigo extremo – ar.24.º, não havia outro meio razoável de salvar a sua vida ou a
das pessoas confiadas à sua guarda. É o estado que voluntariamente decide não
cumprir a obrigação.
- Estado de necessidade
- Contra medidas 22.º, 49 a 54, o não cumprimento na sequencia de outro não
cumprimento de obrigação internacional por parte de outro estado. O primeiro
estado não cumpre uma obrigação, o segundo não cumpre em consequência
desse incumprimento. A resposta à primeira ilicitude deixa de ser ilícita. A contra-
medida só pode ser invocada enquanto a obrigação do primeiro não for cumprida.
Antes da adopção da contra-medida o estado deve notificar estado alvo da
contra-medida, comportamento dispensável em caso de emergência. 52
Condições:
o a medida adoptada pelo 2º estado tem de ser proporcional,
quantitativamente e qualitativamente. 50
o Desta proporcionalidade resulta a proibição de adopção de
determinadas contra-medidas, designadamente deixar de cumprir a
obrigação de não usar a força. 50
o Obrigações dos agentes e espaços diplomáticos e consulares. Não
pode ser tomadas contra-medidas contra estes agentes.
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1. O estado que comete uma acto ilícito não cumprindo uma obrigação, não fica
por esse motivo liberto dessa obrigação, continua a ela vinculado.
2. O facto do qual resulta a violação da obrigação é um facto continuado. Ex.
Ocupação de territórios, a ocupação mantem-se, há a obrigação de cessar de
imediato o facto ilícito.
3. É exigido a esse estado, que dê garantias de que não voltará a cometer aquele
acto ilícito.
4. Obrigação de reparar os danos causados pelo facto ilícito. Art 31.º referencia
expressa ao dano e ao nexo de causalidade. Falamos de danos:
a. Danos patrimoniais, dentro dos danos patrimoniais, temos:
i. Danos emergentes
ii. Lucros cessantes
b. Danos não patrimoniais
Reparação do danos:
- Restituição: regra geral RC, restituição natural, recolocar o estado na
situação em que estaria caso o acto ilícito não se tivesse verificado.
- Reparação: Reparação por equivalente, indemnização, tem a
particularidade de englobar os danos e não pode ser superior ao dano
sofrido, deve corresponder na exacta medida ao dano sofrido.
- Satisfação, art.37, está pensada para as situação em que estamos perante
danos cuja reparação não deve ser efectuada atendendo ao tipo de dano
pelos dias formas anteriores. Pensada para os danos morais. Desculpas
formais, pedido forma de desculpas, punir os autores materiais do dano,
etc.
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UNIVERSIDADE DO MINHO
ESCOLA DE DIREITO
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
ANO LECTIVO 2011/2012
28-10-2011
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a. R: A pedido das partes o TIJ pode formar uma câmara de 5 juízes ara
apreciação sumária das causas
5. Estarão preenchidos os pressupostos da responsabilidade do Estado
colombiano por facto internacionalmente ilícito? Justifique.
a. R: art.º 4º estão preenchidos os pressupostos de RC e existe o
nexo causal entre o facto e o dano.
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Aula de 04-11-2011
CP
No âmbito da luta contra o terrorismo, os estados A, B, C, D e E, negociaram um
tratado nos termos do qual cada um se comprometia a extraditar todos os indivíduos
que se encontrassem no respectivo território, se o outro, tendo deduzido contra eles
acusação pela prática de actos terroristas, o solicitasse. Os referidos estados
ratificaram o tratado a 5 de Março, 7 de Março, 16 de setembro, 03 de Novembro e 17
de Dezembro de 2006, respectivamente. Entretanto, em 05 de abril de 2008, o estado
F, também se vinculou ao tratado, embora tenha declarado que não procederia às
extradição dos seus nacionais. Em 2010, face a um pedido do estado A para que o
estado B extraditasse dois indivíduos que se encontravam o seu território e contra os
quais havia sido deduzida acusação pela prática de actos terroristas, este estado
negou essa extradição sustentando que a sua vinculação ao tratado era nula, uma vez
que, apesar de o tratado ter sido ratificado pelo chefe de estado, não se verificaram a
aprovação prévia pelo seu parlamento, como era constitucionalmente exigido. Por seu
lado, o estado A contesta essa alegação, considerando que não existe qualquer
nulidade e que ainda que existisse, a mesma não poderia ser invocada.
a) Será correcto afirmar que o referido tratado se reger pelas normas da convenção
de Viena sobre o direito dos tratados?
a. R: É correcto afirmar-se na medida em que a convenção de Viena
aplica-se aos tratados entre estados, conforme art.º 1.º. - Estamos
perante um acordo com vista a ter efeitos jurídicos, entre Estados, e nos
termos do art. 2.º a), tem de ser aplicado por escrito.
b) Sabendo que no tratado estava consagrada uma cláusula que dispunha que o
tratado entraria em vigor no primeiro dia do mês seguinte ao termo de um
período de 30 dias após a data da vinculação do quarto estado, em que data
começou o tratado a vigorar?
a. R: 01 de Janeiro de 2007, art.º 24.º: entra em vigor quando os
estados definirem a data de entrada em vigor. - o 4º estado
vinculou-se em 03-11-2011, 30 dias após será 03-12, entra em vigor no
primeiro dia do mês seguinte. – resposta certa, completar com este
texto.
c) Com se designa a forma de vinculação do Estado F ao tratado?
a. R: designa-se por adesão, conforme art.º 15.º - Verifica-se quando
um estado pretende vincular-se a um tratado já existente e em vigor,
sobre o qual não participou da sua criação e negociação. É um tratado do
tipo, permite a adesão posterior de estados, do tipo aberto.
d) Como designa a declaração formulada por esse estado quando se vinculou ao
tratado? Seria a mesma admissível?
a. R: a declaração formulada designa-se por “reserva”, em
conformidade com o art.º 2.º d), e com o regime das reservas
constantes do art.º 19.º. quando à sua admissibilidade, parece-me
que a sua formulação contraria a alínea c), na medida em que a
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g) Terá o estado A razão ao considerar que não existe qualquer nulidade e que
ainda que existisse não poderia ser invocada?
a. R: A regra geral é que tendo sido violado uma norma de direito
interno, por exemplo, a ratificação, não pode ser invocada por
tendo viciado o seu consentimento. O estado A afirma não haver
nulidade por não estarem cumpridos os requisitos do art.º 46.º. o
numero 2 exige que a violação seja manifesta, de acordo com a
prática habitual e da boa fé. Parece-me que o estado B não terá
tido um comportamento de boa fé lelo que não poderá invocar a
nulidade. ( esta resposta está incompleta)
h) Perante a recusa do estado B, o que poderão fazer os restantes estados?
a. R: Artigo 26.º - Pacta sunt servanda os tratados são para cumprir.
O não cumprimento remete para o art. 60.º, n. 2, alíneas, a, b, e c,
seria possível aos demeias estados cessar a sua vigência.
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UNIVERSIDADE DO MINHO
ESCOLA DE DIREITO
11-11-2011
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b) Que formalidade deve ser cumprida pelas Partes imediatamente após a entrada
em vigor do tratado?
R: Os estados deverão registar o tratado, em conformidade com o art.º 80.º da
convenção de Viena e 102.º da ONU, sobre pena de não poderem ser invocados
juntos dos organismos desta.
e) Como deveria o Estado B actuar para ver reconhecida a nulidade que invoca?
R: o estado B, suportado pelo art.º 65.º, deverá notificar o estado B,
informando a sua pretensão e a medida ou medidas que vai tomar, usando os
instrumentos indicados no art.º 67.º.
33.º onu, prazos
O art.º 65 regula o procedimento que um estado deve adotar para reconhecer
uma nulidade, o estado deve notificar as partes invocando a nulidade e
informando a extinção do tratado ou que nunca produziu efeitos jurídicos. Aguarda
a resposta do outro estado no prazo de 3 meses, se nada disser, considera-se
que não se opõe, considera.se que reconheceu a nulidade. Se o estado notificado
manifestar a sua oposição ao argumento do estado que notificou, há um conflito, o
art.º 65 remete para a carta das nações unidas, art.º 33.º. Para não ficarem
eternamente a aguardar resolução o art.º 66º indica duas soluções, consoante o
tipo de nulidade em causa, se nos 12 meses seguintes à objeção não tiver sido
possível a resolução, os estado podem, se a causa de nulidade for a violações de
jus cogens, deve submeter a matéria ao TIJ, se a matéria for qualquer outra, não
submetem ao TIJ e vão usar a comissão de conciliação que consta no anexo a
esta convenção, junto do secretário da ONU.
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II
(i) o dever de auxílio no caso de ataque armado por parte de um terceiro Estado e
(ii) o recurso à guerra para a solução de conflitos que viessem a existir entre eles
e os demais Estados da região em que se situavam.
Quid iuris?
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