MANUTENÇÃO PREDITIVA
Uma técnica ideal a cada situação
Álvaro Alves Ribeiro
O QUE OS ESPECIALIASTAS DIZEM...
Muller (1991) destaca que até os anos 60 era prática comum continuar utilizando
os equipamentos até os mesmos apresentarem sérios problemas de performance ou até
mesmo quebrarem, destaca ainda que tal abordagem conduziu a muitas falhas
catastróficas, o que na maioria das vezes foi substituída por manutenções nos
equipamentos críticos em datas planejadas. Tal método de manutenção preventiva que
muitas vezes é utilizado nos processos industriais, tem efetivamente minimizado falhas
graves. Contudo sua maior limitação é que uma manutenção fixa programada pode às
vezes resultar em custosas inspeções freqüentes.
Definição de Manutenção
É toda ação de controle e monitoramento do equipamento. Manutenção não
aumenta confiabilidade apenas leva o equipamento a operar sempre próximo as
condições em que saiu de fábrica.
Manutenção preventiva
Manutenção preventiva é uma manutenção planejada que previne a ocorrencia
corretiva. Os programas mais constantes da manutenção preventiva são: reparos,
lubrificações, ajustes, recondicionamentos de máquinas para toda a planta industrial. O
denominador comum para todos estes programas de manutenção preventiva é o
planejamento da manutenção baseada na periodicidade.
Manutenção preditiva
É o acompanhamento periódico dos equipamentos, baseado na análise de dados
coletados através de monitoração ou inspeções em campo. Essa por sua vez, tem sido
reconhecida como uma técnica eficaz de gerenciamento de manutenção. Outras
terminologias tem surgido como ferramentas de gerência de manutenção, estes novos
termos - RCM, manutenção centrada na confiabilidade; TPM, manutenção produtiva total;
e JIT, manutenção "Just-in-Time" – são apresentadas como substitutas à manutenção
preditiva e a solução definitiva aos seus altos custos de manutenção.
As técnicas de monitoramento na preditiva, ou seja, baseadas em condições,
incluem: análise de vibração, ultra-som, ferrografia, tribologia, monitoria de processo,
inspeção visual, e outras técnicas de análise não-destrutivas
Seleção do Equipamento
Dados Técnicos
Premissas Básicas:
Definição: Processo mecânico de trabalho a frio que consiste no arremesso de
partículas abrasivas impelidas através de turbinas a velocidades elevadas.
1.0 – TURBINAS
• Número de Turbinas: 4;
• Potência: 30 CV (cada uma);
• Rotação: 2800 rpm;
• Tensão: 440 VAC;
• Corrente de Trabalho: 35 a 40A
- Impulsor:
• Inspeção: Visual;
• Composição: NiMnCr5;
• Vida útil: Em média 800 horas;
• Inspeção: Visual;
• Composição: NiMnCr5;
• Vida útil: Aprox. 400 horas;
A caixa de controle é uma luva ajustável, porém estacionária, que possui uma
abertura de passagem de abrasivo. A posição dessa abertura determina o ponto de
descarga de granalha nas palhetas da turbina. Com a borda de entrada da abertura
sendo colocada em um determinado ponto, a granalha será descarregada com 180º (ou 6
horas) de defasagem em relação àquele referido ponto de ajuste da caixa de controle.
Uma vez ajustada, ela continuará arremessando o abrasivo na direção correta até que o
desgaste altere esta condição. Assim, o efeito será aproximadamente ao mesmo obtido
no desgaste do impulsor, um possível avanço do leque de jateamento, causando mais
desgaste nas proteções e menos eficiência do equipamento.
O jato de abrasivo pode ser descarregado por uma turbina de sentido de rotação
horário ou anti-horário. O sentido dependerá da localização e montagem da mesma. Se a
montagem do conjunto ou a rotação do motor estiverem invertidas, a direção do jato não
será convenientemente dirigida e o formato do jato abrasivo provocará aumento do tempo
de limpeza e proveniente desgaste anormal do equipamento. Com o simples
funcionamento da turbina, a caixa de controle é um elemento sujeito ao desgaste natural.
Esse, pode ser mais intenso nas bordas e ao atingir 13mm, a mesma deverá ser
substituída por uma nova.
– Palhetas:
– Mancal:
• Inspeção: Visual;
• Composição: ASTM-A36;
• Vida útil: Em condições
normais, não há;
O rotor da turbina é envolvido por uma carcaça. Essa por sua vez possui uma
tampa superior que pode ser facilmente aberta, deixando o rotor e as partes controladoras
de abrasivo à mostra, para inspeções e manutenções. As superfícies internas são
revestidas com proteções ou placas resistentes ao desgaste. As mesmas sofrem
desgastes normais de trabalho e devem ser monitoradas e substituídas antes de
apresentarem furos. Caso contrário, a granalha poderá atingir a carcaça, causando-lhe
sérias avarias. Não se deve deixar que as bordas das proteções laterais gastem mais de
1", para evitar desgaste anormal em outras partes da carcaça.
• Problemas de engrenamentos;
• Desbalanceamento;
• Excentricidade;
• Folgas;
• Roçamentos de rotores;
• Rolamentos defeituosos
2.3 - Análise Termográfica (Mensal).
A termografia é uma técnica de inspeção não destrutiva e não invasiva que tem
como base a detecção da radiação infravermelha emitida naturalmente pelos corpos
com intensidade proporcional a sua temperatura. Através desta técnica é possível
identificar regiões, ou pontos, onde a temperatura está alterada com relação a um
padrão pré-estabelecido. É baseada na medida da radiação eletromagnética emitida
por um corpo a uma temperatura acima do zero absoluto.
A Termografia é uma ferramenta essencial na manutenção preditiva em
equipamentos elétricos, mecânicos e de processo. Uma inspeção termográfica identifica
possíveis problemas antes que os mesmos ocorram e possibilita a realização de ajustes
ou correções antes da próxima parada programada.
Em máquinas de jateamento, é utilizada para identificar possíveis brechas em
câmaras e revestimentos como um todo, além de instalações elétricas, painéis, etc.
FONTES:
. http://www.pt.shvoong.com/social-sciences.htm;
http://www.infraredservice.com.br/ptr.htm;
http://www.rassis.com/manutencao.html;