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SEDUC-RS 2012 | Magistério | Professor

Conhecimentos
Pedagógicos
Questão ambiental e política internacional

Prof. Omar Martins


http://profomar.wordpress.com
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Questão ambiental e política internacional:


Posicionamentos e divergências
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Questão ambiental e política internacional:


Posicionamentos e divergências
RESUMO:
A questão ambiental e os diferentes posicionamentos da
política internacional acerca da temática devem ser
pensados a partir do avanço das tecnociências e da
tipologia de desenvolvimento legado pelo Capitalismo no
processo de implantação de sua globalização econômica.
Perceber a atuação dos diferentes atores nesse processo é
fundamental para entender a realidade e os desafios
apresentados em meio a uma emergência ambiental de
proporções nunca antes vista.
PALAVRAS-CHAVES: Questão Ambiental – Política Internacional.
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“A globalização atual e as formas brutais que adotou para impor


mudanças levam à urgente necessidade de rever o que fazer com as
coisas, as ideias e também com as palavras. Qualquer que seja o debate,
hoje, reclama a explicitação clara e coerente dos seus termos, sem o que
se pode facilmente cair no vazio ou na ambiguidade”.
Milton Santos

“A crise energética e a crise climática estão ligadas de maneira


inseparável – tanto em relação a suas causas com a suas soluções. Para
tratar de emergência planetária causada pelo rápido acúmulo de dióxido
de carbono (CO2) produzido pelo homem na atmosfera terrestre,
precisamos tratar com rapidez de sua principal causa – que, claro, é a
dependência trágica e excessiva que a nossa civilização tem de queimar
enormes quantidades de combustíveis fósseis.
Al Gore
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Questão ambiental e política internacional:


Posicionamentos e divergências

A questão ambiental não pode ser dissociada do atual


contexto mundial, onde com o advento da Globalização
econômica, processo do Capitalismo, atingiu o ápice no seu
desenvolvimento e da sua crise de proporções nunca antes vista
na história recente da humanidade.
A questão ambiental não poderá escapar da compreensão
das diferenças geradas pelo sistema produtivo, que
ocasionaram este ou aquele problema ambiental, visto que
desenvolvimento é entendido como implantação da ordem
capitalista no seu nível material e ideológico.
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A questão ambiental, antes de poder ser pensada apenas na


sua dimensão técnica e científica, assume contornos políticos
globais, devendo a diversidade de posicionamentos e
polêmicas ser analisada sob um contexto que perpasse os
interesses e o fantástico poder econômico que subsidia
“pesquisas” de toda ordem e que são diariamente divulgadas.
Na contraordem, organizações multilaterais ligadas à ONU
como, por exemplo, o IPCC (Painel Intergovernamental de
Mudanças Climáticas), além de organizações não-
governamentais (WWF, Greenpeace etc) buscam alertar os
governos e a sociedade que, embora ainda devam ser
realizadas muitas pesquisas científicas acerca da crise
ambiental planetária, eventos como o aquecimento global
devem ser levados realmente a sério.
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Em 2007, pela primeira vez na história da humanidade, o


relatório do IPCC apontou a ação do homem como responsável
pelo aquecimento global prevendo um cenário de catástrofe
ambiental.

Concentrações de dióxido de carbono (CO2), metano e óxido


nitroso aumentaram notavelmente como resultado das
atividades humanas desde 1750, e agora excedem em muito
os valores anteriores. [...] Os aumentos globais na
concentração de dióxido de carbono se devem, sobretudo, ao
uso de combustíveis fósseis e mudanças no manejo da terra,
enquanto o aumento de metano e óxido nitroso se deve
primordialmente à agricultura. (Relatório IPCC 2007)
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Com certeza, as mudanças climáticas assumem um papel central,


na perspectiva de emergência, na questão ambiental. Ela é um
tema desafiador para toda a sociedade e em especial para os
líderes mundiais que devem encontrar soluções conjuntas e
urgentes para evitar o aquecimento do planeta em níveis
perigosos e irreversíveis para a humanidade.
Os dados inequívocos dos cientistas sobre a elevação da
temperatura do planeta e os efeitos das mudanças climáticas
sobre o meio ambiente, a agricultura, a saúde humana, entre
outros setores, nos levam a pensar no conceito de sociedade de
risco. Essa ideia levanta a questão dos limites do desenvolvimento
e impele o mundo todo a rediscutir os padrões de
responsabilidade, segurança, controle e consequências dos danos
causados pela economia tradicional para a sociedade e o meio
ambiente.
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A partir desses importantes dados, os


cientistas afirmam que a mudança climática
é um fenômeno em curso e que há mais de
90% de certeza científica de que é
intensificada pelas atividades humanas,
sobretudo pelo uso de combustíveis fósseis
e mudanças do uso do solo.
Assim, diversos cenários de impactos das
mudanças do clima são traçados por meio
de uma infinidade de estudos ao redor do
mundo, seja na área econômica, social ou
ambiental. Portanto, agora o mundo vive o
desafio de provocar transformações
estruturais em seu padrão de
desenvolvimento, produção e consumo.
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Questão Ambiental: uma outra abordagem


Como aprendemos com Antoni Zabala, o enfoque globalizador
[...] oferecer os meios para compreender e atuar na
complexidade permitindo identificar o alcance de cada um
dos problemas e lhe colocando a intervenção na realidade e
escolher os diferentes campos do saber que,
independentemente de sua procedência, relacionando-os ou
integrando-os, ajudem-no a resolvê-los. (Zabala 2002)
Ao pensar a questão ambiental, temos que buscar uma
abordagem que seja capaz de correlacionar esses múltiplos
fatores de modo simultâneo e articulado, e que efeitos se
tornam causas, que por sua vez geram novos e imprevisíveis
efeitos.
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Questão Ambiental: posicionamentos e divergências


O desenvolvimento econômico é vital para os países mais pobres,
mas o caminho a seguir não pode ser o mesmo adotado pelos países
industrializados. Mesmo porque não seria possível. Caso as
sociedades do Hemisfério Sul copiassem os padrões das sociedades
do Norte, a quantidade de combustíveis fósseis consumida
atualmente aumentaria 10 vezes e a de recursos minerais, 200 vezes.
Ao invés de aumentar os níveis de consumo dos países em
desenvolvimento, é preciso reduzir os níveis observados nos países
industrializados.
Os crescimentos econômico e populacional das últimas décadas têm
sido marcados por disparidades. Embora os países do Hemisfério
Norte possuam apenas um quinto da população do planeta, eles
detêm quatro quintos dos rendimentos mundiais e consomem 70% da
energia, 75% dos metais e 85% da produção de madeira mundial.
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Questão Ambiental: posicionamentos e divergências


Embora ocorram grandes divergências entre a comunidade científica
sobre os dados apresentados, negar que a questão ambiental foi
subordinada nas últimas décadas a uma visão predadora é
desconsiderar todos os fatos da realidade.
O posicionamento isolacionista dos EUA – que recusou a ratificação
do Protocolo de Kyoto para redução das emissões de gases do
efeito estufa – e de outros países desenvolvidos que preferem fingir
que o “problema não é com eles”, demonstra que precisamos sair da
ingenuidade de pensar que as questões ambientais são tratadas a
partir dos aspectos puramente científicos. A questão é sobretudo
econômica, de responsabilidade principal dos países desenvolvidos
que usufruem e se beneficiaram da exploração dos recursos naturais
planetários, submetendo a todos a uma concepção não
preservacionista.
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Questão Ambiental: posicionamentos e divergências


A comprovação de tal fato pode ser exemplificado no anúncio do
final de 2011: mais da metade de todas as emissões de gases do
efeito estufa (GEEs), em especial as emissões de carbono, liberadas
na atmosfera são geradas por cinco países, segundo um ranking de
emissões de gases estufa publicado em 01.12.2011 no qual o Brasil
aparece na sexta posição.
China, EUA, Índia, Rússia e Japão lideram o ranking, seguidos de
Brasil, Alemanha, Canadá, México e Irã, de acordo com a lista,
divulgada durante as negociações climáticas da ONU em Durban,
África do Sul.
Os primeiros 10 países da lista são responsáveis por dois terços das
emissões globais, acrescentou o documento.
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Nas últimas décadas parece que o mundo ficou menor e a


população mundial cresceu de forma vertiginosa, chegando em
2011 aos 7 bilhões, advindo daí um maior desgaste nos recursos
naturais e, ao mesmo tempo, uma consciência de que a natureza
não é infinita ou ilimitada. Assim, o grande problema que se
coloca nos dias atuais é o de se pensar num novo tipo de
desenvolvimento, diferente daquela que ocorreu até os anos
1980, que foi baseado numa intensa utilização - e até
desperdício - de recursos naturais não renováveis. E esse
problema não é meramente nacional ou local e sim mundial ou
planetário. A humanidade vai percebendo que é uma só e que
mais cedo ou mais tarde terá que estabelecer regras civilizadas
de convivência - pois o que prevaleceu até agora foi a “lei da
selva” ou a do mais forte.
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Entretanto, embora pareça desalentador acompanhar as


decisões das nações acerca de ações que minorem os dramas
da questão ambiental, temos que apostar em alternativas de
construam consciências para um consumo sustentável.
No aspecto macro político, temos que pressionar decisões
efetivas dos países desenvolvidos e da comunidade das nações
para que ocorram decisões – como, por exemplo, as da
Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
(COP 17) – que possam representar um avanço histórico para a
efetivação de um acordo internacional que contemple
compromissos ambiciosos de redução das emissões dos gases
que contribuem para o aquecimento do Planeta.
Questão 10
Bibliografia
MARTINS, Omar. Globalização e Sustentabilidade. Porto Alegre:
VERITAS, 2012.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à
consciência universal. Record: São Paulo, 2000.
ZABALA, Antoni. Enfoque globalizador e pensamento complexo: uma
proposta para o currículo escolar. Porto Alegre, Artmed, 2002.

Apresentação licenciada com uma


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