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O Plano de Desenvolvimento Sustentável

da Cidade do Rio de Janeiro integra, em uma


única matriz de planejamento e gestão, os
compromissos e documentos importantes
que acumulamos nos últimos anos.

1
Sumário

Objetivo 1 Objetivo 2
Fome Zero e
Erradicação da
Agricultura
Pobreza Sustentável
pág. 5 pág. 6

Objetivo 3 Objetivo 4
Saúde e Educação de
Bem-Estar Qualidade

pág. 7 pág. 8

Objetivo 5 Objetivo 6
Igualdade de Água Potável e
Gênero Saneamento
pág. 10 pág. 11

Objetivo 7 Objetivo 8
Trabalho
Energia
Decente e
Acessível
Crescimento
e Limpa
Econômico
pág. 13
pág. 14
Objetivo 9 Objetivo 10
Indústria,
Redução das
Inovação e
Infraestrutura Desigualdades

pág. 16 pág. 17

Objetivo 11 Objetivo 12
Cidades e Consumo
Comunidades e Produção
Sustentáveis Responsáveis

pág. 18 pág. 20

Objetivo 13
Combate às Objetivo 14
Alterações Vida na Água
Climáticas
pág. 22
pág. 21

Objetivo 15 Objetivo 16
Paz, Justiça e
Vida Sobre
Instituições
a Terra
Eficazes
pág. 23
pág. 25

Objetivo 17
Parcerias em
Prol das Metas

pág. 26
4
pessoas vivendo em pobreza extrema
passou de 25,5% para 3,5%, em 2012.
O desafio maior, portanto, é tratar
das outras metas, como a 1.2; redu-
zir à metade, até 2030, a proporção
de indivíduos vivendo em situação
de pobreza (e não apenas a pobreza
extrema). Para alcançar esse objetivo,
o país precisará estabelecer novos
Objetivo 1 - marcos políticos para garantir que sis-
temas de proteção social atinjam os
Erradicação da indivíduos pobres e vulneráveis.1
Pobreza Competência municipal – A gestão
municipal é responsável pelas polí-
Acabar com a pobreza em
ticas de Assistência Social. Por ser o
todas as suas formas, em todos
nível decisório mais próximo da popu-
os lugares
lação, faz com que suas ações sejam
O ODS 1 trata da pobreza, cuja erra- mais efetivas ao identificar as áreas
dicação é entendida pelo Brasil como prioritárias que precisam de atenção,
ponto central para toda a estratégia bem como ao determinar que ações
de desenvolvimento sustentável. devem ser tomadas. No âmbito do
A meta 1.1 e também mais urgente Bolsa Família, por exemplo, o cadastro
é a erradicação da pobreza extrema. e a atualização do mesmo é realizado
De acordo com o Programa das Na- pela prefeitura. A atualização dos da-
ções Unidas para o Desenvolvimento dos é importante para uso da própria
(PNUD), fomos um dos países com gestão na orientação dessas políticas
melhor desempenho nessa meta, na e para a construção de levantamentos
última década: o Brasil reduziu a po- nacionais. Esses números são usados
breza extrema a menos de um sétimo como base para determinar quantas
do nível de 1990, e a proporção de famílias vivem na pobreza.2

1 - Ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/1-erradicacao-da-pobreza.
Metas: ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/1-erradicacao-da-
pobreza/metas
2 - Ver https://www.cnm.org.br/index.php/comunicacao/noticias/entenda-os-ods-o-1-objetivo-meta-trata-
sobre-a-erradicacao-da-pobreza

5
mulação de indicadores concretos e
objetivos, que passem a ser monito-
rados para verificar se há avanço na
agricultura sustentável, na constru-
ção de bancos de genes de plantas e
animais, e nos esforços para manter
a biodiversidade. Por fim, a amplia-
ção da produtividade e da renda
dos pequenos produtores agrícolas,
Objetivo 2 - Fome indígenas, pescadores e pastores,
Zero e Agricultura com atenção especial às mulheres, é
uma meta (2.3) que tem impacto di-
Sustentável reto na diminuição da pobreza e na
Acabar com a fome, alcançar promoção de uma economia mais
a segurança alimentar e a sustentável.3
melhoria da nutrição e promover Competência municipal – Criado
a agricultura sustentável. em 2003, o Programa de Aquisição
de Alimentos (PAA) integra o Sistema
A fome é um dos aspectos que po-
Nacional de Segurança Alimentar e
dem estar associados à pobreza,
Nutricional (Sisan). O PAA tem a fi-
como se observa na meta 2.1. Assim,
nalidade de incentivar a agricultura
o ODS 2 tem uma característica com-
familiar, promovendo a sua inclusão
plementar ao ODS 1. No entanto, ele econômica e social, com fomento à
traz novas dimensões voltadas para produção com sustentabilidade, ao
a saúde (desnutrição de crianças e processamento, à industrialização de
da população em geral, na meta 2.2), alimentos e à geração de renda. Cabe
para a produção sustentável de ali- às prefeituras, mediante termo de
mentos (por exemplo, nas metas 2.4 adesão junto ao Ministério do Desen-
e 2.5) e para a economia (metas 2.b e volvimento Social e Agrário (MDSA),
2.c). Esse ODS ainda depende da for- a operacionalização do Programa.

3 - Ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/2-erradicacao-da-fome/
objetivo-2-erradicacao-da-fome. Metas: ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-
sustentavel/2-erradicacao-da-fome/metas

6
O PAA beneficia tanto os fornecedores tação durante o período em que es-
quanto os consumidores do alimen- tão na escola. O Pnae também é alia-
to. Implementado em 1955, o Progra- do para o alcance do objetivo, uma
ma Nacional de Alimentação Escolar vez que é fixado que 30% dos alimen-
(Pnae) atende a todos os alunos da tos sejam oriundos de produtores
Educação Básica, garantindo alimen- familiares.4

coleta e o tratamento de informações


sobre saúde pública no Brasil já têm
uma série de referências que podem
ser estudadas por meio do Datasus, o
departamento de informática do SUS.
Estatísticas disponíveis: nascimento,
mortalidade, registros de incidên-
cia de doenças, internações e custos
associados. A Rede Interagencial de
Objetivo 3 - Saúde e Informações para a Saúde (Ripsa), for-
malizada em 1996 para viabilizar par-
Bem-Estar cerias entre entidades dos segmentos
Assegurar uma vida saudável técnicos e científicos nacionais envol-
e promover o bem-estar para vidos na produção, análise e disse-
todos, em todas as idades minação de dados de saúde pública,
é uma referência na organização de
O ODS 3 tem seu foco principal na
informações úteis à compreensão da
saúde da população. A área de saúde
realidade sanitária brasileira. O desa-
pública conta com indicadores bas-
fio é fazer com que cada município
tante consolidados no mundo, com
protagonismo da Organização Mun- aperfeiçoe seu processo de registro
dial da Saúde (OMS), órgão da Orga- dos dados de saúde, e se aproprie das
nização das Nações Unidas (ONU). A estatísticas, de forma a promover me-

4 - Ver https://www.cnm.org.br/index.php/comunicacao/noticias/entenda-os-ods-erradicacao-da-fome-e-o-
2-objetivo

7
lhorias substanciais no bem-estar e na ção Básica, nível de atenção que é de
prevenção de doenças. 5 responsabilidade municipal. O Siste-
Competência municipal – As metas ma Único de Saúde (SUS) adotado pelo
3.1, 3.2 e 3.4, que preveem redução Brasil é inovador ao prever o acesso à
nas taxas de mortalidade - materna, saúde de forma universal e gratuita.
neonatal, infantil e prematura -, basi- É previsto na Constituição Federal e
camente se relacionam com a promo- integra os diferentes níveis da Federa-
ção da saúde e a prevenção de agra- ção: União, estados, Distrito Federal e
vos. Essas ações são desenvolvidas municípios. O sistema é modelo para
através de estratégias implementadas outros países no mundo, mas carece
na atenção primária à saúde ou Aten- de avanços na prestação dos serviços.6

A educação de qualidade para todos é


foco do ODS 4. Garantir que todos os
jovens concluam a Educação Básica é
o que determina a meta 4.1. Mas não
basta a conclusão: todo o processo
de educação formal deve primar pelo
desenvolvimento das potencialida-
des dos indivíduos, desde a primeira
Objetivo 4 - infância (4.2) até a formação técnica
Educação de e superior (4.3). A alfabetização de jo-
vens e adultos (4.6) e sua qualificação
Qualidade para o mundo do trabalho (4.4) são
Assegurar a educação inclusiva preocupações que complementam
e equitativa e de qualidade, e esse objetivo. Pressupostos para a
promover oportunidades de educação de qualidade são instala-
aprendizagem ao longo da vida ções adequadas para o processo de
para todos ensino e aprendizagem, e professo-

5 - Ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/3-saude-e-bem-estar/
objetivo-1-saude-e-bem-estar. Metas: ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-
sustentavel/3-saude-e-bem-estar/metas
6 - https://www.cnm.org.br/comunicacao/noticias/conheca-o-ods-3-trabalhar-para-a-promocao-da-boa-
saude-e-bem-estar

8
res com boa formação. Com recursos to à equidade salarial no mercado de
humanos motivados e capazes, as trabalho no meio privado, onde mu-
escolas poderão transmitir aos seus lheres exercem a mesma função de
estudantes os princípios de cidadania homens, mas ganham menos.
global, a valorização de diversidades e Competência municipal – Aos mu-
a educação para o desenvolvimento nicípios compete, prioritariamente, a
sustentável.7 oferta da Educação Infantil, em cre-
Panorama brasileiro – O Brasil pos- ches e pré-escolas, e do Ensino Fun-
sui elevadas taxas de escolarização damental, sendo esta competência
bruta (referentes à quantidade de compartilhada com os estados. Nesse
alunos matriculados em cada etapa caso, devem ser definidas formas de
da educação escolar independente- colaboração para assegurar a oferta
mente da idade), porém a taxa líqui- dessa etapa de ensino a todos na ida-
da (referente à quantidade de alunos de própria. As metas estabelecidas nos
com idade certa para a etapa de ensi- ODS trabalham em consonância com
no em que se encontram) é inferior. o Plano Nacional de Educação (PNE),
Por exemplo, em 2015 no Ensino que contém 20 metas que devem ser
Médio, a taxa bruta era de 83,3%, alcançadas ao longo de dez anos, po-
enquanto a líquida era de 56,9%. Já rém menos da metade dessas metas
a questão relativa à escolarização são referentes às etapas de Educação
das mulheres não é um problema Básica, de responsabilidade munici-
como ocorre em outros países com pal. Dos Objetivos de Desenvolvimen-
realidade semelhante: o número de to Sustentável (Agenda 2030), a meta
mulheres matriculadas é superior 4.c trata da qualificação dos profissio-
ao de homens em todos os níveis nais da área de educação. Tal ação é
de ensino, com exceção da fase pré- uma atribuição da União, porém cabe
-escolar. Estatisticamente, a mulher ao gestor municipal solicitar cursos de
também possui mais anos de estudo. qualificação para os profissionais de
A maior dificuldade brasileira é quan- sua localidade.8

7 - Ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/educacao-de-qualidade/
educacao-de-qualidade. Metas: ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-
sustentavel/educacao-de-qualidade/metas
8 - Ver https://www.cnm.org.br/index.php/comunicacao/noticias/educacao-de-qualidade-e-listada-como-o-
ods-4-cnm-detalha-a-meta

9
gente e está em concordância com
o que preconiza o ODS 5. Como a
temática de gênero é transversal, há
ações e metas propostas para dife-
rentes áreas, como saúde, educação,
trabalho, segurança. Além disso, há
um marco legal importante para o
combate à violência contra a mulher,
que é a Lei Maria da Penha (Lei nº
Objetivo 5 - 11.340, de 2006), que cria mecanis-
Igualdade mos para coibir a violência domés-
tica contra a mulher. Outro marco é
de Gênero a Política Nacional de Enfrentamen-
Alcançar a igualdade de gênero to à Violência Contra as Mulheres,
e empoderar todas as mulheres que tem entre suas diretrizes a es-
e meninas truturação de uma rede de atendi-
O país já tem um espaço institucio- mento nos estados, municípios e no
nal protagonista nas discussões da Distrito Federal.9
temática de gênero, a Secretaria de Competências – Cabe ao governo es-
Políticas para Mulheres (SPM). A pas- tadual a implementação de políticas
ta trabalha com ações e programas que promovam a igualdade de gênero,
que tratam de questões que vão da sendo então uma competência muni-
saúde da mulher, passando pela vio- cipal expandir e divulgar tais ações em
lência contra a mulher e a ampliação suas regiões. As metas que devem ser
da representação política feminina atingidas pelos municípios brasileiros
nos espaços de poder. Há uma Plano e que englobam este objetivo visam
Nacional de Políticas para as Mulhe- a promoção da mulher em ambientes
res (PNPM) 2013-2015, que é abran- de trabalho e de acesso à educação.10

9 - Ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/5-igualdade-de-
genero/5-igualdade-de-genero. Metas: ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-
sustentavel/educacao-de-qualidade/metas
10 - Ver https://www.cnm.org.br/index.php/comunicacao/noticias/igualdade-de-genero-saiba-mais-sobre-o-
ods-5-que-trata-do-assunto

10
cos institucionais para favorecer a
participação social, o controle do uso
da água e a monitoração da prote-
ção do meio ambiente (6.b).11
Conhecido pelas suas amplas ba-
cias hidrográficas, o Brasil é um dos
países com mais abundância em
água doce. Porém, esse privilégio
Objetivo 6 - não exclui o país de enfrentar pro-
Água Potável e blemas relacionados à gestão e ao
alcance desse recurso. O Ministério
Saneamento das Cidades repassa aos municípios
Assegurar a disponibilidade e recursos para desenvolvimento de
a gestão sustentável da água e políticas de saneamento básico. O
saneamento para todos Ministério do Meio Ambiente tam-
A preocupação com a existência de bém oferece suporte financeiro
água potável e segura para todos é para iniciativas de acesso à água po-
o centro desse ODS (6.1 e 6.3). Indis- tável, especialmente para pessoas
sociável dessa temática é a oferta de em situação de extrema pobreza na
saneamento e higiene (6.2), uma vez região do semiárido brasileiro. Des-
que sua falta pode levar à contami- taque para o programa Água Doce,
nação do solo, dos rios, mares e das que pretende implantar políticas
fontes de água para abastecimento. permanentes ligadas ao tema. A
O aspecto social da água, recurso in- falta de chuvas agrava ainda mais o
dispensável à vida, é apenas um dos cenário na região Nordeste do país.
vieses do ODS 6. O uso racional pela Além do clima, marcado pelas altas
indústria e agricultura, aumentan- temperaturas, os municípios locali-
do a eficiência, é abordado também zados nessa área enfrentam sérios
(6.4). Por fim, são necessários mar- problemas ligados à seca porque os

11 - Ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/agua-limpa-e-
saneamento/objetivo-6-agua-limpa-e-saneamento. Metas: ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-
desenvolvimento-sustentavel/agua-limpa-e-saneamento/metas

11
rios que abastecem a região desapa- fonte, realidade latente nas zonas
recem por longos períodos. de maior escassez. Também está
Competência municipal: Fornecer no rol de competências municipais
água própria para o consumo hu- a promoção de ações em Saúde e
mano e saneamento básico estão Educação sobre o uso consciente da
entre as atribuições dos governos água. E, ainda, o incentivo à partici-
municipais. Todavia, como sinaliza a pação social para o planejamento e
Confederação Nacional dos Municí- a implantação de políticas públicas
pios, os desafios que essa prestação no setor. O item está presente em
de serviço representa podem variar uma das submetas do ODS 6, que
bastante, especialmente entre as trata justamente de engajar a comu-
zonas rurais e urbanas. Nas zonas nidade local. Contudo, a maior parte
urbanas, a principal dificuldade é dos municípios brasileiros esbarra
a falta de acesso a esses serviços na falta de recursos para desenvol-
em assentamentos irregulares, os ver essas ações preventivas. Outro
preços altos, a falta de controle do ponto destacado pela CNM é que,
uso da água e as perdas por parte para acessar as verbas federais ou
dos concessionários privados. Por mesmo firmar convênios, o ente
outro lado, nas zonas rurais, a água local precisa dispor de uma equipe
pode ser gratuita, mas é possível técnica completa, realidade que não
que as pessoas tenham de vencer se verifica principalmente nas cida-
longas distâncias até chegarem na des de pequeno porte.12

12 - Ver https://www.cnm.org.br/index.php/comunicacao/noticias/acesso-a-agua-potavel-e-saneamento-sao-
propostas-centrais-do-ods-6

12
no campo, passando pelos municí-
pios urbanos, chegando a estados
nacionais. A energia é um campo de
disputa internacional, principalmente
ENERGIA quanto ao uso de fontes renováveis
ACESSÍVEL E LIMPA
e não poluentes, que tem reflexo di-
reto na economia.13 De acordo com a
Agência Internacional de Energia (AIE),
Objetivo 7 - Energia a participação de renováveis na matriz
Acessível e Limpa energética mundial é de 13%. No Bra-
sil essa participação chega a 41%, uma
Assegurar o acesso confiável, das mais elevadas do mundo.
sustentável, moderno e a preço
Competências municipais – O forne-
acessível à energia para todos
cimento de energia é competência da
O ODS 7 trata do acesso às diferentes União, portanto, a adoção de medidas
fontes de energia, principalmente às mais concretas e efetivas depende es-
renováveis, eficientes e não poluentes. sencialmente da União e dos estados
A preocupação mundial com a energia na figura das concessionárias de ener-
segura e com a preservação ambien- gia estaduais. De forma geral, os mu-
tal culminou, em 2002, com a criação nicípios devem atuar participando dos
da unidade de Energia da Organização comitês e conselhos do setor elétrico,
das Nações Unidas (ONU) voltada para adotando políticas de eficiência ener-
a temática. Trata-se de um ODS que gética em prédios públicos, e incenti-
interliga diferentes níveis de poder: a vando a população a diminuir seu des-
energia é fundamental para a vida co- perdício e a entender mais sobre seu
tidiana, mas também para a produção consumo. Com o trabalho dos entes
industrial global. Com isso, os interes- municipais pode-se alcançar avanços
sados no assunto são muitos e varia- na geração de energia alternativa e na
dos: vão desde as famílias que moram redução de custos.14

13 - Ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/7-energia-acessivel-
e-limpa/objetivo-6-agua-limpa-e-saneamento. Metas: ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-
desenvolvimento-sustentavel/7-energia-acessivel-e-limpa/metas
14 - Ver https://www.cnm.org.br/comunicacao/noticias/energia-limpa-e-acessivel-conheca-mais-sobre-o-ods-7

13
jetivo 8.3, que incentiva a formalização
e o crescimento de micro, pequenas e
médias empresas. Uma preocupação
especial é com o trabalho para grupos
sociais específicos, como as mulheres,
pessoas com deficiência e os jovens
(8.5, 8.6 e 8.a). Além disso, a meta pro-
põe o incentivo ao turismo sustentá-
Objetivo 8 - vel (8.9), que gera empregos e promo-
Trabalho Decente ve a cultura e o respeito aos direitos
trabalhistas, inclusive de migrantes.15
e Crescimento No Brasil, as MPEs (médias e peque-
Econômico nas empresas) representam 99% do
total de empresas, 25% do Produto
Promover o crescimento Interno Bruto (PIB) e 52% do saldo de
econômico sustentado, empregos formais do país. Por ou-
inclusivo e sustentável, tro lado, atualmente, o país enfrenta
emprego pleno e produtivo e a maior taxa de desemprego desde
trabalho decente para todos 2012. De acordo com dados divulga-
O Objetivo de Desenvolvimento Sus- dos pelo Instituto Brasileiro de Geo-
tentável 8 é o que tem como centro grafia e Estatística (IBGE), a população
o mundo do trabalho e do desenvol- desocupada chegou a 12,9 milhões
vimento econômico. Por isso, entre de pessoas em janeiro de 2017, o que
seus detalhamentos, vários tratam da representa aumento de 34,3% (3,3 mi-
economia internacional, seja por me- lhões pessoas) ante janeiro de 2016,
tas de desempenho econômico (8.1), que foi de 7,3% (879 mil pessoas).
seja por busca de eficiência e produti- Competências municipais – As ges-
vidade (8.2 e 8.4). O emprego decente, tões locais devem promover o cresci-
o empreendedorismo e o valor à cria- mento e a geração de emprego, me-
tividade e à inovação são tema do ob- diante a formulação de estratégias

15 - Ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/8-trabalho-decente-
e-crescimento-economico/objetivo-1-saude-e-bem-estar. Metas: ver http://www4.planalto.gov.br/ods/
objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/8-trabalho-decente-e-crescimento-economico/metas

14
de desenvolvimento econômico que por conta própria e se legaliza como
aproveitem as oportunidades, voca- pequeno empresário. Nesse contexto,
ções e os recursos exclusivos de seus incentivar e apoiar as micro e peque-
territórios. Próximos à população, os nas empresas para sua formalização
governos locais são capazes de iden- é um bom indutor para a economia
tificar aqueles que são afetados pelo local. Não há no país nenhum municí-
trabalho infantil, trabalho escravo e pio que não tenha, pelo menos, 1 (um)
tráfico de pessoas. Em relação aos MEI. Cabe ainda às administrações
pequenos negócios, cabe disponibili-
municipais o papel de divulgação, de
zar os serviços de apoio ao pequeno
fomento e de parcerias no Programa
e microempreendedor, já que com-
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico
põem grande parcela da economia
e Emprego (Pronatec), já que deve ha-
local. Entretanto, grande parte ainda
ver um regime de colaboração entre
não é formalizada. Nesse sentido, é
os três níveis de poder da federação
preciso que os municípios trabalhem
nacional. No segmento de formação
junto ao setor informal para melhorar
suas condições de trabalho e seus di- do jovem, há ainda o Projovem Tra-
reitos sociais, e estimulá-los a forma- balhador – Juventude Cidadã, desen-
lizar sua situação. Uma das principais volvido pelo Ministério do Trabalho e
ações dos últimos anos para a forma- Emprego em parceria com estados e
lização de trabalhadores foi a criação municípios, que oferece cursos e be-
da figura do microempreendedor nefícios a indivíduos de 18 a 29 anos
individual (MEI), pessoa que trabalha que estejam desempregados.16

16 - Ver https://www.cnm.org.br/index.php/comunicacao/noticias/crescimento-economico-trabalho-e-
emprego-veja-mais-informacoes-sobre-o-ods-8

15
manutenção de portos, aeroportos,
ferrovias, terminais para escoamen-
to da produção, até parques de ino-
vação, passando por atendimento
de redes de telecomunicações. O
desenvolvimento tecnológico e a
diversificação industrial têm papel
central neste objetivo, uma vez que
Objetivo 9 - possibilitam o ganho de eficiência
na produção.17
Indústria, Inovação Competências municipais – É com-
e Infraestrutura petência da União explorar direta-
mente ou por concessão ou per-
Construir infraestruturas
missão os serviços de transporte
resilientes, promover a
ferroviário e aquaviário entre por-
industrialização inclusiva e
tos, o transporte interestadual e
sustentável e fomentar
internacional, a navegação aérea,
a inovação
os serviços e instalações de energia
Este ODS trata, principalmente, do elétrica e os serviços de radiodifu-
desenvolvimento da indústria, da são. Já em relação às questões re-
inovação e da geração de valor. lacionadas à infraestrutura urbana,
Para tanto, a infraestrutura é ques- a competência, em linhas gerais, é
tão básica de suporte. Aqui, ela concorrente, ou seja, uma compe-
deve ser entendida de modo am- tência simultânea entre União, esta-
plo, que vai desde a construção e dos e municípios.18

17 - Ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/9-industria-inovacao-e-
infraestrutura/objetivo-1-erradicacao-da-pobreza. Metas: ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-
desenvolvimento-sustentavel/9-industria-inovacao-e-infraestrutura/metas
18 - Ver https://www.cnm.org.br/comunicacao/noticias/entenda-o-ods-9-industria-inovacao-e-infraestrutura

16
ODS.19 Há programas governamentais
orientados ao fomento do desenvol-
vimento e à diminuição das desigual-
dades. O programa Bolsa Família,
abordado no ODS 1, é um exemplo,
já que consiste na transferência direta
de renda para famílias em situação de
Objetivo 10 - pobreza e extrema pobreza em todo
Redução das o país. Destaca-se, ainda, a Política
Nacional de Desenvolvimento Regio-
Desigualdades nal (PNDR), elaborada pelo Ministé-
Reduzir a desigualdade dentro rio da Integração Nacional, que tem
dos países e entre eles como propósito reduzir as desigual-
dades regionais e ativar os potenciais
A redução da desigualdade entre e de desenvolvimento das regiões bra-
dentro dos países é o tema deste sileiras. Lançada em 2007, a iniciativa
ODS. Para tanto, é necessário asse- foi revisada em 2012. O Observatório
gurar renda às populações mais po- de Desenvolvimento Regional (ODR),
bres (10.1), promover a inclusão so- sistema que reúne informações
cial e política (10.2) e adotar políticas georreferenciadas, foi desenvolvi-
de proteção salarial (10.4). Medidas do visando ao aperfeiçoamento da
institucionais, como a eliminação de PNDR, bem como da orientação das
leis discriminatórias e a promoção ações transversais do governo fede-
de leis adequadas (10.3) fazem parte ral. Além disso, em 2008, o país lançou
do caminho para a redução das desi- o Territórios da Cidadania, que pre-
gualdades. Por fim, fiscalizar e regular tende promover o desenvolvimento
os mercados financeiros, de forma a econômico e universalizar programas
não concentrarem renda (10.5), e dar básicos de cidadania, por meio de
tratamento justo a migrantes (10.7) uma estratégia de desenvolvimento
também estão entre as metas desse territorial sustentável. Governos locais

19 - Ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/10-reducao-das-
desigualdades/objetivo-10-reducao-das-desigualdades. Metas: ver http://www4.planalto.gov.br/ods/
objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/10-reducao-das-desigualdades/metas

17
são considerados atores fundamen- social, coleta de lixo, Educação Infan-
tais nessa estratégia que financia pro- til e Ensino Fundamental, iluminação
jetos e empreendimentos. pública, assistência social etc., com
foco nas áreas mais vulneráveis. A
Competências municipais – Os go-
articulação dos governos locais com
vernos municipais podem exercer
os diversos setores governamentais,
um importante papel na redução
bem como com a sociedade civil, o
das desigualdades, já que são pro-
setor privado e organismos interna-
vedores e gestores de diversos ser-
cionais potencializa o alcance das
viços básicos e responsáveis pelo or-
políticas e das ações voltadas à re-
denamento territorial. O município dução das desigualdades. Medidas
deve priorizar a universalização dos institucionais, como a eliminação de
serviços de sua competência que leis discriminatórias e a promoção
afetam a desigualdade, como abas- de leis adequadas, também são ins-
tecimento de água e saneamento, trumentos importantes para o cami-
projetos de habitação de interesse nho da redução das desigualdades.20

Tornar as cidades e os
assentamentos humanos
inclusivos, seguros, resilientes
e sustentáveis
Cidades mais inclusivas, seguras, sus-
tentáveis e resilientes a desastres ou a
eventos incomuns são as metas desse
Objetivo 11 - objetivo, conhecido como ODS das ci-
Cidades e dades. Por isso, um primeiro ponto é
a urbanização de favelas (11.1). Como
Comunidades a mobilidade urbana é fundamental
Sustentáveis para que o indivíduo exerça sua cida-
dania, a melhoria da oferta de serviços

20 - Ver https://www.cnm.org.br/comunicacao/noticias/entenda-o-ods-10-reducao-das-desigualdades-entre-
e-dentro-dos-paises

18
de transporte, com atendimento para ção do uso do solo é municipal e reco-
todos os tipos de grupos, incluindo nheceu o Direito à Cidade e à Moradia
aqueles em vulnerabilidade, mulhe- na Constituição Brasileira.
res, pessoas com deficiência e idosos, Competências municipais – É de res-
é foco da meta 11.2. A preservação da ponsabilidade dos governos munici-
cultura (11.4), o fortalecimento dos pais formular políticas específicas de
espaços de participação (11.3), a redu- habitação, saneamento, mobilidade
ção do número de mortes, de pessoas urbana e proteção e defesa civil. Com
afetadas por catástrofes e de prejuí- relação à política de proteção e defesa
zos (11.5) e a redução dos impactos civil, compete ao município coordenar
ambientais pela vida e produção eco- ações de prevenção, identificar, ma-
nômica nas cidades complementam pear e fiscalizar a ocupação de áreas
as metas desse ODS.21 O Brasil possui de risco, bem como incorporar ações
uma legislação urbanística avançada de defesa civil no planejamento mu-
e aplicação de instrumentos urbanos, nicipal e atender as pessoas afetadas
com destaque para o Estatuto da Ci- por eventuais desastres ou inciden-
dade, que inclui a obrigatoriedade de tes. Outra competência é cuidar de
elaboração de planos diretores para seu patrimônio e promover serviços
todos os municípios com população básicos que garantam a qualidade
acima de 20 mil habitantes. O plano de vida de seus habitantes. Para isso,
diretor é o principal instrumento de é responsabilidade municipal cuidar
ordenamento do solo e com as fun- da assistência social e da proteção e
ções de orientar o desenvolvimento garantia das pessoas portadoras de
das funções sociais da cidade, ou seja, deficiência, que engloba também pro-
habitação, transporte, saneamento, ver transporte público de qualidade
regularização, equipamentos urbanos e com acessibilidade para todos. Por
e comunitários, entre outras. Vale res- fim, o governo local deve proteger seu
saltar que a competência de ordena- patrimônio cultural e natural.22

21 - Ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/11-icidades-e-
comunidades-sustentaveis/11-cidades-e-comunidades-sustentaveis. Metas: ver http://www4.planalto.gov.br/
ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/11-icidades-e-comunidades-sustentaveis/metas
22 - Ver https://www.cnm.org.br/index.php/comunicacao/noticias/cidades-e-comunidades-sustentaveis-e-o-
11-objetivos-do-desenvolvimento-sustentavel

19
tentáveis.23 No âmbito das ações do
governo nacional, destaca-se o Plano
de Ação para Produção e Consumo
Sustentáveis (PPCS), lançado em 2011.
Entre os temas tratados no plano,
estão educação para o consumo sus-
tentável, varejo e consumo sustentá-
Objetivo 12 - vel, aumento da reciclagem, compras
públicas sustentáveis, construções
Consumo sustentáveis e Agenda Ambiental na
E Produção Administração Pública (A3P). Até 2014,
Responsáveis havia menos de 70 municípios com
adesão às práticas de A3P. Quanto aos
Assegurar padrões de produção resíduos sólidos, foi instituída a Política
e de consumo sustentáveis Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS),
O ODS 12 aborda a produção e o con- que tem como princípios a preven-
sumo sustentáveis, com foco em ações ção e a precaução, o desenvolvimen-
globais (12.1) e locais, como alcançar to sustentável e uma visão sistêmica,
o uso eficiente de recursos naturais que considere as esferas ambiental,
(12.2), reduzir o desperdício de alimen- social, cultural, econômica e tecnológi-
tos (12.3), manejar resíduos químicos ca, entre outras. O grande diferencial
de maneira responsável (12.4). Neste da PNRS foi distribuir a externalidade
objetivo, também estão incluídos o (produção de resíduos sólidos) entre
cuidado com resíduos sólidos (12.5), a todos os geradores. A dificuldade é
diminuição da emissão de poluentes assegurar que todos os setores (fabri-
(12.4). São levantadas possibilidades cantes, importadores, distribuidores,
de práticas para empresas e também comerciantes, consumidores e poder
para a gestão do estado, por meio da público) cumpram com suas respon-
realização de compras públicas sus- sabilidades. A União, os estados e os

23 - Ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/12-consumo-e-
producao-responsavel/12-consumo-e-producao-responsavel. Metas: ver http://www4.planalto.gov.br/ods/
objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/12-consumo-e-producao-responsavel/metas

20
municípios enfrentam problemas para tal orientadas ao consumo responsá-
finalizarem seus planos de resíduos vel, tanto de água, quanto de energia,
sólidos e mais ainda para engajar os além de campanhas de conscientiza-
setores para os cumprirem. ção para evitar e reduzir o desperdício
Competências municipais – Entre as de alimentos. Destaca-se a possibili-
ações que os gestores podem tomar dade do reuso da água por parte de
dentro da temática, está a promoção grandes consumidores, como a agri-
de campanhas de educação ambien- cultura e a indústria.24

capacidade de adaptação dos agru-


pamentos humanos frente aos riscos
COMBATE associados ao clima e às catástrofes
ÀS ALTERAÇÕES naturais (13.1). No entanto, o foco
CLIMÁTICAS
central é combater a mudança climá-
tica e seus impactos. Trata-se de meta
que exigirá investimentos em cons-
Objetivo 13 - cientização, sensibilização, formação
e educação (13.3).25 A Política Nacional
Combate às sobre a Mudança do Clima (PNMC) foi
Alterações instituída em 2009 no Brasil. A norma
oficializa o compromisso do Brasil jun-
Climáticas to à Organização das Nações Unidas
Tomar medidas urgentes para (ONU) de reduzir entre 36,1% e 38,9%
combater a mudança do clima suas emissões projetadas até 2020.
e seus impactos
Competências municipais – Uma
Assim como o ODS 11, esse objetivo estratégia é buscar melhorar micro-
confere importância à resiliência e à climas dentro da cidade. O conceito

24 - Ver https://www.cnm.org.br/comunicacao/noticias/conheca-o-ods-12-consumo-e-producao-responsaveis
25 - Ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/13-combate-as- Ver
http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/13-combate-as-alteracoes-
climaticas/objetivo-13-combate-as-alteracoes-climaticas. Metas: ver http://www4.planalto.gov.br/ods/
objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/13-combate-as-alteracoes-climaticas/metas

21
de microclima é o conjunto das con- panhas, que causariam impactos a
dições de temperatura, de umidade e curto prazo, e mudanças estruturais,
de vento peculiares a um espaço ho- que geralmente exigem mudanças na
mogêneo de pequena extensão à su- legislação e vice-versa, onde os resul-
perfície do solo. Melhorar um micro- tados seriam de médio e longo prazo.
clima corresponde também à meta de Por exemplo, todas as mudanças no
diminuir o total de emissões de CO2e código de obras dos municípios são
per capita. Diversas ações podem se mudanças na legislação que se tor-
encaixar, como a promoção de cam- nam mudanças estruturais.26

luição (14.1), enfrentando, por exem-


plo, a acidificação dos mares (14.3).
A pesca, de acordo com a meta 14.4,
deve ser regulada, a fim de restaurar
populações de peixes, para que haja
um rendimento máximo e sustentá-
vel. Neste sentido, devem ser preser-
Objetivo 14 - Vida vados também o acesso ao mar, aos
recursos naturais e aos mercados ao
na Água pescador artesanal (14.b).27 O Brasil
possui uma costa de 7.367 quilôme-
Conservação e uso sustentável
tros de extensão, que abriga 395 mu-
dos oceanos, dos mares e dos
nicípios em 17 estados. São aproxima-
recursos marinhos para o
damente três quilômetros de recifes
desenvolvimento sustentável
de corais. O país também reúne 12%
A conservação dos recursos marinhos dos manguezais do mundo. Uma das
é tema deste ODS. Uma preocupação ações brasileiras desenvolvidas, que
importante é com a redução da po- atua em consonância ao ODS 14, é a

26 - Ver https://www.cnm.org.br/comunicacao/noticias/conheca-o-ods-13-mudancas-climaticas
27 - Ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/14-vida-debaixo-
dagua/14-vida-debaixo-dagua. Metas: ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-
sustentavel/14-vida-debaixo-dagua/metas

22
Política Nacional de Desenvolvimento plantação de serviços como as redes
Sustentável da Aquicultura e da Pesca. de drenagem, de abastecimento de
Entre seus objetivos estão promover o água e coletoras de esgoto, além do
desenvolvimento sustentável da pes- tratamento desses efluentes, contri-
ca e da aquicultura, ordenar e fiscali- bui significativamente para a melhoria
zar as atividades econômicas, preser- na qualidade da água, além da desti-
var e recuperar ambientes aquáticos nação adequada dos resíduos sólidos.
e promover desenvolvimento socioe- Entre as ações que podem ser toma-
conômico. das pelos gestores locais está a educa-
Competências municipais – Gran- ção ambiental e o combate à poluição
de parte dos municípios brasileiros dos rios que passam pela cidade. Já
não são costeiros, porém o fato não nos municípios litorâneos, a elabora-
exclui os gestores locais de sua res- ção e o estabelecimento legal da Po-
ponsabilidade nesse ODS. O sanea- lítica e do Plano Municipal de Geren-
mento básico tem grande peso sobre ciamento Costeiro (PMGC) são ações
e qualidade da vida na água. A im- fundamentais.28

Objetivo 15 - Vida
Sobre a Terra
Proteger, recuperar e
promover o uso sustentável
dos ecossistemas terrestres,
gerir de forma sustentável A preservação dos ecossistemas ter-
as florestas, combater a restres, das florestas e da biodiversi-
desertificação, deter e reverter dade são o tema desse ODS. A preocu-
a degradação da terra e deter a pação não se dá só com a preservação
perda de biodiversidade e/ou conservação do que existe, mas

28 - Ver https://www.cnm.org.br/index.php/comunicacao/noticias/vida-na-agua-e-tema-do-ods-14-cnm-traz-
orientacoes-aos-gestores

23
também com a reversão de danos já tecimento de água, a polinização de
causados ao ambiente. Deter o des- culturas ou a proteção contra eventos
matamento é uma das metas desse climáticos extremos.
ODS (15.2), com a qual o Brasil tem
Competências municipais – Os go-
muito a se envolver, dadas a Mata
vernos locais devem articular coo-
Atlântica e a Floresta Amazônica, por
perações com o setor privado e com
exemplo. Quando áreas são desma-
as comunidades para a gestão inte-
tadas, em geral passa a haver proces-
grada da biodiversidade e dos ecos-
sos de desertificação, que devem ser
sistemas; e articular a cooperação
combatidos (15.3). A preservação da
entre os municípios. A promoção de
biodiversidade e de espécies ameaça-
das, por sua vez, são alvo do objetivo campanhas de educação ambiental
15.5. Há também uma meta específica é fundamental para o bom anda-
para acabar com a caça ilegal e com mento das políticas de conserva-
o tráfico de espécies da fauna e da ção e para a integridade das áreas
flora (15.7). Os valores dos ecossiste- protegidas. O município ainda pode
mas e da biodiversidade, conforme a ter áreas protegidas: no ambiente
meta 15.9, devem ser integrados aos urbano, as Áreas de Preservação
processos de desenvolvimento e de Permanente (APPs). Os municípios
redução da pobreza (15.9).29 O Brasil também podem incluir em seus Pla-
abriga aproximadamente 20% da bio- nos Plurianuais (PPA) o apoio a pro-
diversidade mundial e possui também jetos que utilizem a biodiversidade
uma rica sociobiodiversidade, repre- de forma sustentável, contemplan-
sentada por povos indígenas e co- do formação de pessoal, a criação
munidades tradicionais, que consiste e o fortalecimento de instituições
no capital natural e os serviços ecos- dedicadas a pesquisa e ao apoio às
sistêmicos vinculados, como o abas- pequenas e médias empresas.30

29 - Ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/vida-sobre-a-terra/
vida-sobre-a-terra. Metas: ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/
vida-sobre-a-terra/metas
30 - Ver https://www.cnm.org.br/index.php/comunicacao/noticias/vida-sobre-a-terra-e-o-tema-do-ods-15

24
armas (16.4) também são abordados.
O fenômeno global da corrupção, por
sua vez, é alvo da meta 16.5. A partici-
pação social nas instituições de poder
(16.8), amparada por acesso público à
informação (16.10), traz a dimensão
da representação e da governança
Objetivo 16 - nesse ODS, que devem ser integradas
aos processos de desenvolvimento e
Paz, Justiça e de redução da pobreza (15.9).31
Instituições Eficazes Panorama brasileiro – A Lei da
Promover sociedades Transparência do Brasil é uma impor-
pacíficas e inclusivas tante ferramenta contra a corrupção e
para o desenvolvimento para a participação da população. Es-
sustentável, proporcionar o tabelece que todos os municípios bra-
acesso à justiça para todos e sileiros possuam um Portal da Trans-
construir instituições eficazes, parência, onde devem divulgar: dados
responsáveis e inclusivas em de receitas e despesas, fornecedores,
todos os níveis programas, ações e projetos. Como
O acesso à Justiça, a segurança públi- exemplos de ações, há os programas
ca e a promoção de uma sociedade voltados para ampliar o acesso à Jus-
mais pacífica são o tema do ODS 16. tiça e reduzir a violência, do Conselho
Por isso, nesse objetivo, entram metas Nacional de Justiça (CNJ). A Estratégia
associadas à redução de mortes por Nacional de Justiça e Segurança Públi-
violência (16.1), tráfico e tortura con- ca (Enasp) tem como objetivos plane-
tra crianças (16.2) e à promoção de jar e implementar a coordenação de
um Estado de Direito em que todos te- ações e metas nas áreas de justiça e
nham direito a se defender (16.3). Cri- segurança pública, em âmbito nacio-
mes internacionais, como o tráfico de nal, que exijam esforços articulados.

31 - Ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/16-paz-justica-e-
instituicoes-fortes/16-paz-justica-e-instituicoes-fortes. Metas: ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-
de-desenvolvimento-sustentavel/16-paz-justica-e-instituicoes-fortes/metas

25
Por fim, assegurando o debate demo- É papel dos prefeitos participarem
crático, há o decreto que institui a Po- desse debate e tomarem medidas em
lítica Nacional de Participação Social seus municípios. Cabe ao gestor tomar
(PNPS) e o Sistema Nacional de Parti- as medidas necessárias para cumprir
cipação Social (SNPS). a legislação vigente, bem como dialo-
Competências municipais – O tema gar com sua população. Uma gestão
de combate à corrupção está em dis- bem-sucedida passa, necessariamen-
cussão em todos os níveis de governo. te, pelo cumprimento dos princípios
Na situação em que vive o país e em constitucionais, e o primeiro deles é o
decorrência da proximidade entre ges- da legalidade, que precisa ser observa-
tor municipal e população, é previsto do em todas as práticas administrati-
que haja o questionamento e o maior vas, já que ao gestor público somente
interesse das pessoas por discutir a é permitido fazer aquilo que a lei ex-
corrupção nos governos municipais. pressamente autoriza.32

O ODS 17 é o que tem mais metas e


aborda diferentes frentes associadas
ao desenvolvimento sustentável. Há
objetivos para finanças, tecnologia,
capacitação, comércio, coerência de
políticas e de instituições, parcerias
Objetivo 17 - multissetoriais, dados, monitoramen-
Parcerias em to e prestação de contas. Trata-se de
um objetivo mais voltado para a ação
Prol das Metas internacional de auxílio a países em
Fortalecer os meios de desenvolvimento, ampliando as possi-
implementação e revitalizar bilidades de investimento, transferên-
a parceria global para o cia tecnológica, comércio multilateral.
desenvolvimento sustentável Mas também abrange os meios de

32 - Ver https://www.cnm.org.br/index.php/comunicacao/noticias/conheca-o-ods-16-paz-justica-e-
instituicoes-fortes

26
implementação (assistência técnica, República instituiu a Comissão Nacio-
recursos financeiros, descentralização nal dos ODS, que tem o objetivo de
de conhecimentos e fortalecimento internalizar, difundir e dar transparên-
de capacidades institucionais) para o cia ao processo de implementação da
conjunto dos ODS. Busca-se, ainda, Agenda 2030.
aumentar a estabilidade macroeconô- Competências municipais – Entre
mica global, a partir da coordenação as competências municipais, estão a
de políticas (17.13). Por fim, argumen- adoção e a inclusão dos ODS em sua
ta-se a necessidade de ampliar a dis- gestão, promovendo políticas con-
ponibilidade de informações desagre- cordantes com o desenvolvimento
gadas por renda, gênero, idade, raça, sustentável, com a participação popu-
etnia, status migratório, deficiência, lar e com a disseminação das metas
localização geográfica (17.18), para propostas. Além do compromisso de
monitorar e planejar ações para a con- gerir todos os recursos com a máxima
cretização dos ODS.33 responsabilidade, com ações de au-
Panorama brasileiro – No âmbito mentar a receita, reduzir as despesas
nacional, destaca-se que a Secretaria de custeio e aumentar investimentos
de Governo (Segov) da Presidência da visando ao bem-estar da população.34

33 - Ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/17-parcerias-em-
prol-das-metas/17-parcerias-em-prol-das-metas. Metas: ver http://www4.planalto.gov.br/ods/objetivos-de-
desenvolvimento-sustentavel/17-parcerias-em-prol-das-metas/metas
34 - Ver https://www.cnm.org.br/comunicacao/noticias/conheca-o-ods-17-ultimo-da-agenda-2030-e-o-que-
engloba-mais-metas

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