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Cultura de Pernambuco

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Em Pernambuco surgiram o primeiro folguedo e o primeiro ritmo afro-brasileiros: a Congada e


o Maracatu. Na foto, cortejo de Maracatu Nação em Olinda.[1][2]

A cultura de Pernambuco é uma das culturas mais ativas, ricas e diversificadas


do Brasil.[3]
Pernambuco tem uma cultura bastante particular e típica, apesar de extremamente
variada, tendo sido uma das primeiras áreas efetivamente colonizadas por portugueses,
que entraram em contato com as populações nativas, e, algum tempo depois,
trouxeram africanos como escravos.
Sua base é luso-brasileira, com influências africana, ameríndia, judaica e holandesa.[4]

Índice

 1Literatura
 2Ciência e tecnologia
 3Música e dança
 4Teatro e televisão
 5Artes visuais
 6Espaços culturais
 7Festividades
 8Culinária
 9Esportes
 10Personalidades
 11Feriados
 12Referências

Literatura[editar | editar código-fonte]


Frontispício do Historia Naturalis Brasiliae, primeiro tratado de história natural do Brasil.[5]

Em Pernambuco surgiu o primeiro poema da literatura brasileira, Prosopopeia, de Bento


Teixeira, que conta em estilo épico, inspirado em Camões, as façanhas da família
Albuquerque, tendo sido dedicado ao então governador de Pernambuco, Jorge de
Albuquerque Coelho. Prosopopeia foi publicado no ano de 1601. [6]
Outro marco na literatura pernambucana é o livro Historia Naturalis Brasiliae, primeiro
tratado de história natural do Brasil, de autoria do médico e naturalista holandês Guilherme
Piso, que o concebeu através da observação do jardim zoobotânico do Palácio de
Friburgo, residência de Maurício de Nassau durante o domínio holandês.[5]
Já em fins do século XIX — duzentos e cinquenta anos depois de Historia Naturalis
Brasiliae —, o abolicionista pernambucano Joaquim Nabuco estava concluindo Minha
Formação, obra clássica da literatura brasileira. Anos mais tarde é lido, na Semana de Arte
Moderna(1922), o poema Os Sapos do recifense Manuel Bandeira, considerado o abre-
alas do movimento. São também do século XX obras reverenciadas internacionalmente
como Pedagogia do Oprimido (Paulo Freire), Casa-Grande & Senzala (Gilberto Freyre)
e Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto).[7][8][9]
Os literatos de Pernambuco são muitos. Alguns deles: João Cabral de Melo Neto, Nelson
Rodrigues, Paulo Freire, Manuel Bandeira,Clarice Lispector, Gilberto Freyre, Joaquim
Nabuco, Ariano Suassuna, Joaquim Cardozo, Josué de Castro, Manuel de Oliveira
Lima, Barbosa Lima Sobrinho, Osman Lins, Austregésilo de Athayde, Olegário
Mariano, Adelmar Tavares, Álvaro Lins, Marcos Vilaça, Martins Júnior, Mauro
Mota, Dantas Barreto, Geraldo Holanda Cavalcanti, Evaldo Cabral de Mello, Evanildo
Bechara, João Carneiro de Sousa Bandeira, dentre diversos outros, muitos dos quais
egressos da centenária Faculdade de Direito do Recife, primeira faculdade de Direito do
Brasil.[10] Clarice Lispector, ucraniana naturalizada brasileira e um dos maiores nomes
da literatura nacional, se declarava pernambucana por ter vivido a maior parte de sua
infância e adolescência no Recife.[11]

Ciência e tecnologia[editar | editar código-fonte]


Em 1895 foi criada a Escola de Engenharia de Pernambuco, primeira escola de
engenharia fora da região Sudeste.[12] Nela, que logo se tornou uma das principais
instituições científicas do país, surgiu uma leva de grandes cientistas brasileiros,
como Mário Schenberg, José Leite Lopes e Leopoldo Nachbin, graças à ação catalisadora
do professor Luís Freire, conhecido por participar ativamente de movimentos em favor da
criação de escolas aptas a formar pesquisadores em matemática e física. Reconhecido
como berço de cientistas destacados e nomes notórios das ciências exatas, Pernambuco
deu origem ainda a nomes como Paulo Ribenboim, Aron Simis, Samuel MacDowell, Gauss
Moutinho Cordeiro, Israel Vainsencher, Josué de Castro, Joaquim Cardozo, Norberto
Odebrecht, Antonio Mário Antunes Sette, Cristovam Buarque, Fernando de Souza
Barros, Ricardo de Carvalho Ferreira, Leandro do Santíssimo Sacramento, José Tibúrcio
Pereira Magalhães, Edson Mororó Moura, Fernando Antonio Figueiredo Cardoso da
Silva, Antônio de Queiroz Galvão, João Santos, dentre muitos.[13]

Música e dança[editar | editar código-fonte]

Frevo, manifestação pernambucana declarada Patrimônio Cultural Imaterial da


Humanidade pela UNESCO.[14]

Os pernambucanos Luiz Gonzagae Lampião são figuras antológicas do sertão nordestino. O "Rei do
Baião" foi um dos artistas mais influentes da música brasileira; e o "Rei do Cangaço" difundiu a
dança do Xaxado, além de ter composto a célebre canção Mulher Rendeira segundo estudiosos.

Vários gêneros musicais e danças surgiram no estado de Pernambuco desde o período


colonial.
O Maracatu Nação, também conhecido como "Maracatu de Baque Virado", é uma
manifestação folclórica pernambucana, tida como o primeiro ritmo afro-brasileiro. É
formado por um conjunto musical percussivo que acompanha um cortejo real. Os grupos
apresentam um espetáculo repleto de simbologias e marcado pela riqueza estética e pela
musicalidade. O momento de maior destaque consiste na saída às ruas para desfiles e
apresentações no período carnavalesco. O registro mais antigo que se tem sobre o
Maracatu Nação data de 1711, mas o ano de sua origem é incerto. O que se sabe é que
ele surgiu em Pernambuco e vem se transformando desde então. Um dos maracatus mais
antigos é o Maracatu Elefante, fundado em 15 de novembro de 1800 no Recife pelo
escravo Manuel Santiago após sua insurreição contra a direção do Maracatu
Brilhante.[2][15][16]
O Maracatu Rural, também referido como "Maracatu de Baque Solto", é outra
manifestação cultural de Pernambuco, na qual figuram os conhecidos "caboclos de lança".
Distingue-se do Maracatu Nação em organização, personagens e ritmo. O Maracatu
"Cambinda Brasileira" é o mais antigo em atividade no país. O Maracatu Rural significa
para seus integrantes algo a mais que uma brincadeira: é uma herança secular, motivo de
muito orgulho e admiração. O cortejo do Maracatu Rural diferencia-se dos outros
maracatus por suas características musicais próprias e pela essência de sua origem
refletida no sincretismo de seus personagens.[17]
O Frevo, um dos principais gêneros musicais e danças do estado e símbolo do Carnaval
Recife–Olinda, se caracteriza pelo ritmo acelerado e pelos passos que lembram
a capoeira, expressão cultural que tem em Pernambuco um de seus berços.[18] Esse
gênero já revelou e influenciou grandes músicos brasileiros. Antes da criação da axé
music na década de 1980 o Frevo era utilizado também no Carnaval de Salvador. Em
cerimônia realizada na cidade de Paris, França, no ano de 2012, a UNESCO anuncia que,
aprovado com unanimidade pelos votantes, o Frevo foi eleito Patrimônio Cultural Imaterial
da Humanidade.[14]
Nos anos 1990 surgiu em Pernambuco o Manguebeat, movimento da contracultura que
mistura ritmos regionais, como o maracatu, com rock, hip hop, funk e música
eletrônica.[19] Tem como principais críticas o abandono econômico-social do mangue e a
desigualdade do Recife. Apesar de ter bases já na década de 1970 com o
guitarrista Robertinho do Recife e seus álbuns "Jardim da Infância" (1977), "Robertinho no
Passo" (1978) e "E Agora pra Vocês... Suingues Tropicais" (1979), o manguebeat tem
como ícone o músico Chico Science, ex-vocalista, já falecido, da banda Chico Science e
Nação Zumbi, que foi o idealizador do rótulo mangue e principal divulgador das ideias,
ritmos e contestações do movimento. Outro grande responsável pelo crescimento do
gênero foi Fred Zero Quatro, vocalista da banda Mundo Livre S/A e autor do primeiro
manifesto do Mangue de 1992, intitulado "Caranguejos com cérebro". [20]
O Baião, gênero de música e dança, teve como maior expoente o pernambucano Luiz
Gonzaga. O ritmo, ao lado de outros como o Xote, faz parte do chamado Forró. Já
o Xaxado, dança típica originária do sertão pernambucano, é exclusivamente masculina e
foi divulgada numa vasta área do interior nordestino pelo cangaceiro Lampião e pelos
integrantes do seu bando. Também são muito comuns em Pernambuco as Bandas de
Pífanos, além de outras músicas e danças oriundas do estado, como a Ciranda, o Afoxé,
o Cavalo-Marinho, os Caboclinhos, o Pastoril, o Coco, a Embolada, dentre outras
manifestações.[21][22]

Caboclo de lança do Maracatu Rural, um dos símbolos de Pernambuco.

Considera-se que a capoeira tenha surgido em fins do século XVI no Quilombo dos Palmares,
situado na então Capitania de Pernambuco.[23]

Manifestação em Olinda com elementos de dois folguedos cujos registros mais antigos foram
feitos em Pernambuco: o Cavalo-Marinho e o Bumba meu boi.[24][25]

Manguebeat, gênero musical pernambucano que despontou na cena underground dos anos
1990.

Teatro e televisão[editar | editar código-fonte]

Nova Jerusalém, localizada no município de Brejo da Madre de Deus, Agreste de Pernambuco, é o


maior teatro a céu aberto do mundo.[26]

Todos os anos, nas semanas que antecedem a Páscoa, realiza-se o espetáculo da Paixão
de Cristo de Nova Jerusalém no distrito de Fazenda Nova, na cidade de Brejo da Madre de
Deus, agreste pernambucano. O evento, que é encenado naquele local, é reconhecido
como o maior teatro ao ar livre do mundo. A cidade-teatro de Nova Jerusalém impressiona
pela arquitetura: a construção é uma réplica da Judeia sagrada, com lagos artificiais, nove
palcos, uma muralha de 3.500 m e 70 torres. Vários atores e atrizes de sucesso da Rede
Globojá atuaram em Nova Jerusalém. A Paixão de Cristo existe desde 1951, como
espetáculo teatral.[26][27]
Pernambuco deu origem ao Mamulengo, nome dado ao teatro de bonecos brasileiro, tido
como um dos mais ricos espetáculos populares do país. É uma representação de dramas
através de bonecos, em pequeno palco elevado coberto por uma empanada, atrás do qual
ficam as pessoas que dão vida e voz aos personagens. Glória do Goitá, município da Zona
da Mata pernambucana, detém o título de "berço do mamulengo". [28]
Em Pernambuco há diversas emissoras de televisão. A TV Globo Nordeste, pertencente
às Organizações Globo, tem sede no Recife. Diretores, produtores, roteiristas e
dramaturgos pernambucanos como Aguinaldo Silva, Guel Arraes, João Falcão, George
Moura e Flávia Lacerda realizaram diversas novelas, séries, minisséries e programas de
auditório televisivos, como Senhora do Destino, Sexo Frágil, Cinquentinha, Amorteamo,
entre muitas outras produções. George Moura, criador de sucessos como a
minissérie Amores Roubados, foi seis vezes indicado ao Emmy International pelo roteiro
de episódios do especial Por Toda a Minha Vida da Rede Globo.[29]

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