Economia
Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Sumário
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................,,,,,... 2
INTRODUÇÃO
Para estudar Economia, é necessário disposição, vontade de crescer, determinação, muita curiosidade e
observação.
A Ciência Econômica interage com diversas outras áreas do conhecimento, como Administração, Ciências
Contábeis, Geografia, História, Direito, Estatística, Matemática, Engenharias, Meio Ambiente,
Sociologia, Filosofia, Política, Turismo, Finanças Públicas, Educação, Urbanismo, entre outras. Por isso,
a importância da associação da Economia com todas as áreas do conhecimento.
Como se vê, a Economia precisa trabalhar interdisciplinarmente para poder enfrentar os desafios postos às
análises econômicas, que requerem diagnósticos precisos.
Devido a essa interdisciplinaridade a Economia está nos mais diversos lugares e espaços, sendo uma
ciência multicultural e que sempre envolve, muitos juízos de valor.
O objetivo central desta apostila é o de tratar das principais noções gerais da Ciência Econômica
mencionando, de forma simples, conceitos, ideias e teorias que compõem essa ciência. Por meio de uma
linguagem acessível, procurando mesclar uma visão teórica simplificada com aplicações que estão no seu
dia-a-dia.
1.Bens e serviços
De um modo geral, o objetivo de uma indústria é produzir bens e serviços para vendê-los e obter lucros.
Mas o que são bens? E serviços? De forma global, bem é tudo aquilo que permite satisfazer as
necessidades humanas.
• Bens livres: são úteis. Existem em quantidade ilimitada e podem ser obtidos sem nenhum esforço
na natureza. Ex: a luz solar, o ar, o mar. Esses bens não possuem preços;
• Bens econômicos: são úteis. Possuem preços, são relativamente escassos e supõem a ocorrência
de esforço humano para obtê-lo.
• Bens materiais: são de natureza material, podem ser estocados, tangíveis (podem ser tocados),
como roupas, alimentos, livros, TV, etc.;
• Serviços: não podem ser tocados (intangíveis). Ex: serviço de um médico, consultoria de um
economista, serviços de um advogado (apenas para citar alguns), e acabam no mesmo momento de
produção. Não podem ser estocados.
• Bens de consumo: são aqueles diretamente usados para a satisfação das necessidades humanas.
Os bens de consumo podem ser: bens de consumo duráveis (como carros, móveis,
eletrodomésticos); e bens de consumo não duráveis (tais como gasolina, alimentos, cigarro);
• Bens de capital: são bens de produção (ou os bens de produção são os bens de capital), ou seja,
bens de capital, que permitem produzir outros bens, por exemplo: equipamentos, computadores,
edifícios, instalações, etc.
Deve ser dito que tanto os bens de consumo quanto os bens de capital são classificados como:
• Bens finais: são bens acabados, pois já passaram por todas as etapas de transformação possíveis;
• Bens intermediários: são bens que ainda estão inacabados, que precisam ser transformados para
atingir a sua finalidade principal. Ex: o aço, o vidro e a borracha usados na produção de carros.
• Bens públicos: são bens não exclusivos e não disputáveis. Referem-se ao conjunto de bens
fornecidos pelo setor público: transporte, segurança e justiça;
• Bens privados: são bens exclusivos e disputáveis. São produzidos e possuídos privadamente: tv,
carro, computador, etc.
2.Agentes econômicos
Agentes econômicos são pessoas de natureza física ou jurídica que, através de suas ações, contribuem
para o funcionamento do sistema econômico, tanto capitalista quanto socialista.
• Governo (nas três esferas): inclui todas as organizações que, direta ou indiretamente, estão sob o
controle do estado, nas suas esferas federais, estaduais ou municipais. Vez por outra, o governo
atua no sistema econômico, produzindo bens e serviços, através, por exemplo, da Petrobras, das
empresas de correios, etc.
EXERCÍCIOS
1. Liste os bens e serviços livres e econômicos existentes no seu município. O que você achou dessa
lista?
3. Os bens públicos foram considerados como não disputáveis e não exclusivos. Explique cada um desses
termos e mostre de que maneira o bem público é diferente de um bem privado.
4. Como você poderia associar a presença de bens de consumo e de capital disponíveis no seu município
com o ritmo de desenvolvimento observado nos últimos anos na região? Quais as suas sugestões para
melhorar esse quadro?
A história da Economia evoluiu pari passu com os períodos que caracterizam a história da humanidade.
É desnecessário dizer da importância da história econômica da humanidade, tanto pré-clássica quanto a
mais atual, para os economistas.
Entretanto, é somente entendendo a dinâmica da história econômica das civilizações que você poderá
compreender toda a complexidade que domina a ciência econômica e a sociedade atuais.
Desde Moisés até os mercantilistas, a sociedade mundial viveu em complexidades. E foi dessa
complexidade que, um século depois, após o fim dos ideais mercantilistas do século XVII, o mundo
percebeu a necessidade de ter economistas.
Esse período da Antigüidade Clássica, em sua primeira fase, abrange os anos 4000 a 1000 antes da Era de
Cristo. Os povos predominantes eram os da China, Índia, Assíria, Babilônia, Mesopotâmia, Egito, e
outros da Antigüidade Oriental e Ocidental.
Nesse período, não se podia cogitar que a atividade econômica fosse sofisticada. Longe disso.
Predominava a economia de subsistência e o autoconsumo. As sociedades, por sua vez, ainda eram
desestruturadas, sem características, inclusive, de sociabilidade. Predominava o nomadismo tribal.
Após essa fase inicial, o homem começou a pensar em se fixar em algum lugar. Teve início, assim, a
fixação dos primeiros agrupamentos humanos na sociedade patriarcal, surgindo o consequente direito de
propriedade na economia agrária. O trabalho nessas sociedades era do tipo escravo, sendo raro ou
reduzido o comércio entre os diferentes agrupamentos, prevalecendo uma economia de subsistência ou de
autoconsumo, sem a preocupação da formação de “sobras” ou excedente destinado às trocas ou ao
escambo. Tudo o que se produzia tendia a ser consumido. Ninguém pensava em lucro, em riqueza, em
capitalismo ou em se capitalizar. Muitos menos em globalização.
Nesse período, ainda não havia um clima propício para o surgimento de uma Ciência Econômica. Os fatos
e fenômenos econômicos estavam adstritos às ciências filosóficas, religiosas e jurídicas, à moral e à
política, também não totalmente estruturadas.
A partir da civilização greco-romana, no ano 1000 a.C., nota-se uma preocupação mais concreta com os
fatos econômicos, surgindo estudos embrionários sobre riqueza, valor econômico e moeda.
Xenofonte, pensador grego, escreveu a obra Os econômicos, discorrendo sobre a utilidade e as riquezas
econômicas, sobre a agricultura e sua importância econômica, e afirmava que a riqueza estava
intimamente relacionada com as necessidades humanas.
Platão e Aristóteles também deram a sua contribuição para a Economia. Platão, aliás, delineou um Estado
a ser governado por filósofos. Também aprovava a escravidão e preconizava a diminuição das populações
por uma depuração da raça. Foi um autêntico precursor de Malthus, acentuava a importância da divisão
do trabalho ou da especialização de funções, e ressaltava o papel de destaque a ser emprestado às elites
culturais.
Da civilização grega, ficaram muitos ensinamentos. De Platão, ficou o Comunismo Utópico, em sua
República, e seus escritos sobre a produção, e a riqueza e os seus limites; e de Aristóteles, suas análises
sobre a sociedade privada, declarando que a propriedade comunal, preconizada por seu mestre Platão,
retiraria o incentivo à produção. Procedeu a profundas análises sobre a Teoria do Dinheiro, as trocas e o
valor, e sobre as funções da moeda.
Gastaldi (1999) assinala que, na história da civilização de Roma, se encontram muitos dos elementos que
caracterizam o moderno capitalismo. Os romanos foram os principais estadistas, juristas e construtores de
impérios. Entretanto, embora a história romana tenha se evidenciado por lutas de conquistas, construindo
em seu primeiro estágio uma República e depois um Império mundial, dominando toda a área do
Mediterrâneo, incluindo a Ásia Menor, o norte da África, a França (Gália), a Espanha, abrangendo partes
da Europa Central até o Rio Danúbio e chegando à Inglaterra e à Escócia, suas contribuições culturais não
podem ser subestimadas, ainda que não possam ser comparadas às da Grécia, que enriqueceu muito mais
a civilização.
Um dos traços da civilização romana foi a expansão agrícola, que favoreceu a sua economia e,
notadamente, a sua agricultura, e que foi um dos determinantes da expansão do poderio político do
Império. De uma outra forma, o declínio de sua agricultura foi a principal causa de sua queda. Agressiva
foi a política de expansão comercial de Roma, que proporcionou vultosos lucros, ao mesmo tempo em
que despertou a rivalidade com o poder comercial de outros povos, notadamente de Cartago. Isto posto,
os acordos comerciais foram substituídos pelos conflitos armados.
Também foi no Império Romano que nasceu a agiotagem, e a riqueza passou a se concentrar nas mãos de
uma minoria. As economias dos países subdesenvolvidos, tal como o Brasil, apresentam semelhanças com
a história do Império Romano. De um lado, há pessoas abastadas e profundamente ricas. De outro, há
pessoas pobres, absolutamente pobres. As magníficas obras do Império refletiam, apenas, o consumo
ostensivo dos grupos mais ricos ou do Estado sempre mais poderoso.
Toda essa situação de decadência do Império conduziu o povo a uma elevada crise de escassez, quando
aumentaram, e muito, as necessidades urbanas em alimentos. Podemos apontar as causas econômicas do
declínio do Império Romano:
Portanto, podemos concluir que essas causas econômicas, conjugadas com causas políticas, determinaram
a queda do Império Romano e a subjugação pelas hordas “bárbaras” vindas de todas as direções, por mar
e por terra.
Com a queda e o profundo declínio do Império Romano, no ano 476, teve início uma importante fase da
história da humanidade, conhecida por Idade Média ou Idade Medieval. Esse período, um dos mais
longos da história, durou dos anos 500 a 1500 (ano do Descobrimento do Brasil). Os cinco séculos
seguintes à queda de Roma, do ano 500 ao ano 1000, foram de grande ebulição, assinalados por
migrações, guerras, absorção de povos conquistados, com fusão de povos e culturas.
Com a Idade Média, portanto, abriu-se uma nova era para a humanidade. Uma nova concepção de vida, o
cristianismo, nasceu com a queda deRoma. Seus ensinamentos, a partir da sua legalização por um decreto
do ano 311, por parte do Imperador Constantino, passaram a ser disseminados por toda a Europa,
crescendo em vigor e em influência.
Segundo Gastaldi (1999), as igrejas e os mosteiros tornaram-se poderosos nessa época. A Igreja tornou-se
o maior agente de perpetuação da cultura, de disseminação do saber e de desenvolvimento da
administração pública. Diferente do pensamento capitalista, o pensamento cristão condenava a
acumulação de capital (riqueza) e a exploração do homem pelo homem. A opção da Igreja, então, foi pelo
retorno à atividade rural, ao contrário de Roma. Na verdade, a Igreja, através de seus conventos e
mosteiros, tornou-se grande proprietária de grandes áreas de terra.
A terra transformou-se na riqueza por excelência. Nascia, assim, o regime feudal, caracterizado por
propriedades nas quais os senhores e os trabalhadores viviam indiretamente do produto da terra ou do
solo.
Mercantilismo
A finalidade principal do Estado, no entender dos mercantilistas, deveria ser a de encontrar os meios
necessários para que o respectivo país adquirisse a maior quantidade possível de ouro e prata. Os
mercantilistas pretendiam disciplinar a indústria e o comércio, de tal forma que sempre fossem
favorecidas as exportações em detrimento das importações. Isto feito, procurava-se manter a balança
comercial sempre favorável.
O mercantilismo recebeu seu nome da palavra latina mercator (mercador), porquanto considerava o
comércio como a base fundamental para o aumento das riquezas. A prática mercantilista predominou até o
início do século XVII, quando ocorreu uma reação contra os excessos do absolutismo e das
regulamentações. O Brasil-Colônia foi influenciado pelo ideal mercantilista, o qual obrigava o comércio
colonial exclusivamente por intermédio das metrópoles. Somente com a chegada de D. João VI ao Brasil
é que foram eliminadas as restrições mercantilistas, permitindo-se a instalação de indústrias nativas e o
comércio direto com as demais nações.
Fisiocratas
Podemos conceituar fisiocratas como um grupo de economistas franceses do século XVIII que combateu
as idéias mercantilistas e formulou,pela primeira vez, uma Teoria do Liberalismo Econômico. Ou seja,
podemos entender, desde já, que o pensamento fisiocrático é uma resposta direta, ou uma reação, ao
mercantilismo.
“Fisiocrata” vem de “fisiocracia”, que significa “reino da natureza”. Os fisiocratas não acreditavam que
uma nação pudesse se desenvolver mediante, apenas, o acúmulo de metais preciosos e estímulos diretos
ao comércio. Era necessário o investimento em produção. Não na produção industrial (ou comercial), mas
na produção agrícola, pois somente nessa eram possíveis a geração e a ampliação de excedentes.
O objeto da investigação dos fisiocratas é o sistema econômico em seu conjunto, sendo este conjunto
regido por uma ordem natural, à semelhança da ordem que rege a natureza física. Nesse pensamento, o
conjunto dos homens é uma sociedade, isto é, uma unidade regida por leis através de um processo que
somente a troca pode realizar.
A realidade da troca é o ponto de partida da fisiocracia e uma interpretação (por que não dizer?) da
interpretação marxista da história.
Podemos perceber que os fisiocratas concedem à ordem da natureza uma economia inteiramente de
mercado (capitalista), na qual cada um trabalha para os demais, ainda que acredite que trabalhe apenas
para si mesmo. É bom destacar que essa elevada menção que os fisiocratas atribuíam à ordem natural é
decorrente da estrutura econômica francesa por volta de meados do século XVIII. Tratava-se de uma
economia predominantemente agrícola, sendo a terra propriedade de caráter eminentemente senhorial. O
capitalismo já se desenhava na agricultura, e existia uma bem definida classe de arrendatários (pessoas
que arrendavam as terras dos senhores para trabalhar). Também existia muito camponês (pequenos
agricultores) em boa parte do país.
O único trabalho produtivo para os fisiocratas é o trabalho agrícola. E está na terra o poder de dar origem
a um produto líquido que se liga, fundamentalmente, à renda fundiária. Talvez, nesse ponto, resida a
grande limitação teórica dos fisiocratas, na medida em que consideravam apenas produtivo o trabalho
agrícola.
Voltando ao liberalismo, destaque-se que, para os fisiocratas, a sociedade é governada por leis naturais
semelhantes às que existem na natureza. Portanto, o Estado, através dos vários governos, não deve
intervir nesta ordem natural. Com isso, conforme dito antes, criticavam o intervencionismo estatal do
mercantilismo.
Escola Clássica
A Escola Clássica foi uma linha de pensamento econômico fundada por Adam Smith e David Ricardo.
Com esta Escola, a Economia adquiriu caráter científico integral à medida que passou a centralizar a
abordagem teórica do valor, cuja única fonte original era identificada no trabalho em geral.
Além da Teoria do Valor-Trabalho, a Escola Clássica baseou-se nos preceitos filosóficos do liberalismo e
do individualismo, e firmou os princípios da livre-concorrência, que exerceram decisiva influência no
pensamento revolucionário burguês.
A Escola Clássica foi uma escola que caracterizou a produção, deixando a procura e o consumo para o
segundo plano. Para Smith,considerado o maior dos clássicos e o pai da Ciência Econômica, o objeto da
economia é estender bens e riqueza a uma nação.
Nesse sentido, entende que a riqueza somente pode ser conseguida mediante a posse do valor de troca.
Valor de troca, para Smith (1981), é a capacidade de obter riquezas, ou seja, é a faculdade que a posse de
determinado objeto oferece de comprar com eles outras mercadorias.
Smith também refutou as idéias mercantilistas argumentando que a riqueza é constituída pelos valores de
troca, e não pela moeda, na medida em que esta é apenas um meio que permite a circulação de bens.
Portanto, para Smith (1981), a verdadeira fonte de riqueza de um país somente pode ser alcançada e
diante o trabalho, e essa fonte somente pode ser elevada com:
• o aumento da produtividade;
• a extensão de sua especialização; e
• a acumulação do produto sob a forma de capital.
A distribuição do produto nacional, no pensamento clássico, continuou sendo tratada de forma tradicional.
Deve ser assinalado que a Teoria Clássica é elaborada em função de um equilíbrio automático, que ignora
as crises e os ciclos econômicos. Desse modo, a oferta deve criar, necessariamente, sua própria procura
(Lei de Say), e a soma dos salários e dos ganhos retidos pelos consumidores deve corresponder à
quantidade global de bens oferecidos do mercado.
Como vimos, o referencial econômico e social da Escola Clássica se dava com base nos princípios do
liberalismo e do individualismo. Acreditava-se que um sistema de liberdade econômica, através de um
mecanismo impessoal de mercado – “Mão Invisível” – conseguiria harmonizar os interesses individuais.
O livro A riqueza das nações, de Smith, é uma das obras clássicas do liberalismo e de vários pressupostos
da Economia moderna.De maneira sucinta, vamos ver como Smith concebia a função do Estado no
sistema econômico, considerando que a sua obra clássica contém vários pressupostos atuais do
neoliberalismo econômico.
As idéias de Smith correspondiam aos anseios do poder da burguesia, e, como um liberal, ele defendia:
Entretanto, para Smith (1981), o Estado deveria ter três funções: proteger a sociedade da violência e da
invasão de outras sociedades independentes; proteger, na medida do possível, todo membro da sociedade
da injustiça e da opressão de qualquer de seus membros ou a função de oferecer uma perfeita ministração
da justiça; fazer e conservar certas obras públicas, e criar e manter certas instituições públicas, cuja
Na sua análise histórica e sociológica, Smith acreditava que, embora os indivíduos pudessem agir de
forma egoísta e estritamente em proveito próprio, existia uma “mão invisível”, decorrente da previdência
divina, que levava esses conflitos à harmonia.
A “mão invisível” era o próprio funcionamento sistemático das leis naturais. O que realmente é
fundamental no pensamento smithiano é o fato de haver indicado quase todos os problemas que viriam a
ser objetos de reflexão científica subseqüente.
De Smith, partem todas as linhas de pesquisa que serão tratadas por todos outros economistas, de Marx a
Keynes. Adam Smith teve muitos seguidores, dos quais destacamos os seguintes: Thomas Robert Malthus
(1766–1834), David Ricardo (1772–1823), John Stuart Mill e Jean Baptiste Say.
A obra Ensaio sobre o princípio da população, que o tornou conhecido mundialmente, foi publicada em
1798, anonimamente. Das suas idéias, a mais famosa dizia que, enquanto a população tinha tendência a
crescer de forma geométrica, os alimentos cresciam de forma aritmética. Embora atraente, é óbvio que,
nos dias de hoje, temos certa dificuldade em pensar assim, devido às transformações tecnológicas
ocorridas na agricultura e ao sucesso dos métodos de controle de natalidade.
Tanto Malthus quanto Ricardo tiveram grande influência de Adam Smith. Na realidade, o inglês Ricardo
adquiriu fortuna, desde muito jovem, operando na Bolsa de Valores. Divergiu dos estudos sobre
população de Malthus, por não acreditar que a demanda efetiva seria incapaz de se realizar no mercado.
De Ricardo, herdamos o importante estudo sobre a renda da terra, pois, segundo os seus ensinamentos, a
expansão agrícola, ao se dar em terras menos férteis, levava à valorização da terra mais fértil, e nas
relações econômicas internacionais, à teoria das vantagens comparativas.
Ao estudar a produção, Ricardo dedicou-se a tentar entender a formação do valor a partir das horas
trabalhadas e sua distribuição. Na concepção ricardiana, a troca das mercadorias estava diretamente ligada
às quantidades de trabalho relativas que haviam sido utilizadas para sua produção. Era a Teoria do Valor-
Trabalho, que começava a ser explicada com certos detalhes e que Adam Smith não conseguira superar. A
importância da contribuição de Ricardo para o entendimento da formação do valor na Economia só foi ser
percebida a partir dos estudos de Karl Marx (1818–1883).
Pensamento Marxista
O representante maior desta escola foi Karl Marx. Nascido em Trier, no sul da Alemanha, teve a sua
principal obra, O capital, publicada pela primeira vez em 1867. Ao mergulhar nos estudos dos clássicos,
Marx avançou nas formulações, e realizou uma leitura das mais completas e ampliadas do processo
capitalista. Marx trouxe interpretações consistentes sobre a Teoria do Valor-Trabalho e buscou
compreender de forma profunda a realização do capital.
No estudo do processo de acumulação capitalista, Marx observou a gênese das crises, ora de
superprodução, ora de estagnação, bem como a distribuição da renda. Para ele, o valor da força de
trabalho despendido para produzir uma mercadoria era determinado pelo tempo de trabalho empregado na
produção da mercadoria. Trata-se, portanto, de compreensão de um valor social.
Marx publicou alguns livros em parceria com o amigo de toda vida Friedrich Engels, sendo o primeiro A
sagrada família, de 1845. O livro A ideologia alemã, escrito por Marx e Engels por volta de 1845 a 1846,
só veio a ser publicado em 1932, e é considerado um dos trabalhos dos mais significativos para a
compreensão do materialismo histórico.
Karl Marx elaborou uma crítica científica do capitalismo. É por isso que sua obra continua tendo grande
repercussão, tornando-se um autor obrigatório a ser lido ainda hoje. Segundo Braga (1997), são inúmeras
as evidências históricas da contemporaneidade da teoria econômica de Marx. Podemos citar a Lei Geral
da Acumulação Capitalista e a Globalização Financeira.
Pensamento Neoclássico
Podemos dizer que o desenvolvimento deste pensamento teve o seu florescimento em 1870, ano que
marcou a mundialização das relações econômicas, e estendeu-se até 1929, quando uma grande crise
atingiu as economias dos países, colocando em suspense os pressupostos da Ciência Econômica dos
clássicos.
É interessante saber que essa escola também ficou conhecida como Marginalista, por buscar a integração
da Teoria do Valor com a Teoria do Custo de Produção. Uma maior otimização dos recursos devido à
escassez passou a ser objetivada.
Destacamos como da Escola Neoclássica: Vilfredo Pareto, Léon Walras (1834–1910) e Alfred Marshall
(1842 – 1924). Walras e Pareto propuseram, através do uso da Matemática, a construção de um sistema
que levasse ao equilíbrio geral, com independência dos preços, e da micro e da macroeconomia. Segundo
a concepção da teoria geral, as unidades econômicas devem agir de forma integrada, e não podem isolar
as famílias das empresas.
A Teoria do Equilíbrio Parcial na Escola Neoclássica surgiu com Alfred Marshall, a partir da publicação
da obra Princípios econômicos, de 1890. Mesmo sendo de tradição neoclássica, não manteve as
exposições matemáticas. Com determinação, buscou a todo custo compreender o comportamento humano
na organização econômica, embora ciente de que nem todas as variáveis poderiam ser medidas.
Com relação à defesa da participação do Estado na Economia, tivemos a presença de Arthur Cecil Pigou,
a obra Riqueza e bem-estar, de sua autoria, publicada em 1920, apontava para a interferência do Estado na
economia em algumas atividades, tendo na mira a geração de bens e serviços.
Observe que a economia do bem-estar sempre esteve presente em nossas preocupações, desde os
clássicos. Com a crise de 1929, o arcabouço neoclássico se tornou ineficaz para explicar a realidade, e,
com o surgimento da análise da economia imperfeita, outras idéias associadas ao estudo do emprego, da
renda e da produção foram formuladas.
Era o começo da fase keynesiana, que mudou totalmente a forma de compreender o comportamento
econômico.
Pensamento Keynesiano
O ponto de partida do pensamento de Keynes é que o sistema capitalista tem um caráter profundamente
instável. Ou seja, a operação da “mão invisível”, ao contrário do que afirmavam os economistas clássicos,
não produz a harmonia no mercado. Em momentos de crises, argumenta Keynes, a intervenção do Estado
pode gerar demanda, mediante os investimentos, com vistas a garantir níveis elevados de emprego.
O pensamento de Keynes comandou as bases do capitalismo mundial entre a década de 1940 e final dos
anos 70. No Brasil, o pensamento keynesiano vigorou até final dos anos 80, principalmente no que diz
respeito ao Estado interventor. Ou seja, a forte intervenção do Estado na economia brasileira, entre as
décadas de 50 e 80, foi realizada com base teórica fundamentada no pensamento de Keynes.
A análise keynesiana veio opor-se aos postulados da Economia Clássica e Neoclássica, que tinha na Lei
de Say a sua pedra angular.
Os pensadores que mais contribuíram para a concepção e divulgação dessa Lei, passada como um dos
princípios inquestionáveis da Economia Política Clássica, foram os economistas Jean Say, David Ricardo
e Stuart Mill.
Introdutoriamente, a Lei de Say estabelece que toda produção encontra uma demanda, ou seja, que toda a
renda (lucros, juros, salários) é inteiramente gasta na compra de mercadorias e serviços, e, portanto, não
pode haver um excesso de produção ou renda em relação à demanda ou às despesas efetivamente
realizadas.
Observando a Lei de Say, muitos economistas deduzem que o princípio de Jean Say é válido para uma
economia de produtores simples, de troca, de escambo, na qual cada família seria proprietária de seus
meios de produção e trocaria apenas o excedente de bens que ela mesma produz, mas não consome. Na
formulação da Lei de Say, deve-se destacar qual a atribuição que caberia ao dinheiro. Com efeito, nesta
Lei, o dinheiro é visto apenas como um meio de troca, sendo gasto imediatamente. Para Say, ninguém
teria interesse em conservá-lo (atribuindo-lhe reserva de valor). Para Ricardo, o fato de ninguém querer
conservá-lo se deve ao fato de o dinheiro servir apenas para aquisição de bens de consumo ou bens de
produção, para a criação de bens de consumo no futuro.
Os produtores ou possuidores de dinheiro não tinham interesse em mantê-lo em suas mãos mais que o
necessário, dentro da filosofia de Say. Ainda conforme a Lei, seria a demanda ilimitada. O que significa
isso?
Significa que sempre existirá uma demanda por um ou outro tipo de produto. Desse argumento, resulta
que, ainda que ocorra excesso de produção, isso acontece apenas para certos tipos de mercadoria e em
caráter temporário.
Esse argumento de que a demanda é ilimitada é essencial para os clássicos e neoclássicos, pois assegura a
inexistência de um excesso de produção em relação à demanda. Ou seja, tudo o que for produzido é,
naturalmente, vendido. Todo o poder de compra da sociedade é sempre utilizado. O que é poder de
compra? É demanda. É procura.
Diante do que vimos até aqui, fica entendido que toda a renda ganha é sempre gasta no processo
produtivo, sinalizando a inexistência de entesouramento. Ou seja, na Lei de Say, inexiste entesouramento
do dinheiro. Nenhum indivíduo, ao auferir uma renda, deixa de usá-la inteiramente. Uma parte dela é
utilizada para o consumo pessoal, enquanto a outra parte é poupada.
Cuidado, aqui, poupança, deve ser dito, não significa entesouramento para a Lei de Say. A poupança será
sempre utilizada. Ou o indivíduo a emprega para acumular capital ou a empresta para outro, que deve
imediatamente fazer uso dela. Em resumo: tudo que é ganho deve ser gasto. E se parte não é, outra pessoa
o faz, recebendo o dinheiro por empréstimo.
Considerando que o volume dos meios de produção e da força de trabalho é regulado pela produção,
temos que a economia tende a operar com pleno emprego de recursos (ou plena capacidade de produção).
E se ocorresse excesso de capacidade produtiva (seja de força de trabalho, seja de capital), o que fazer?
Nesse caso, os recursos empregados se deslocariam para outro ramo da atividade no qual existisse
demanda suficiente para absorver uma produção adicional, assegurando, desta forma, uma taxa de lucro
compensatória.
Os economistas adeptos da Lei de Say encaravam o desemprego como uma pequena anormalidade do
sistema capitalista, que tinha a sua origem na intervenção estatal e na associação dos trabalhadores
sindicais. Indicavam que também uma das causas do desemprego eram os altos salários pagos. Então,
para corrigir o desemprego, os salários deveriam ser flexíveis.
Baseados na Lei de Say, os gastos públicos não exerciam qualquer efeito positivo sobre a economia e, em
especial, sobre o crescimento econômico. Acreditavam, sim, que os gastos do Estado poderiam ser um
obstáculo para o crescimento econômico, visto que transferiam fundos de acumulação para utilizá-los em
atividades improdutivas.
O pensamento de Keynes significa mais que um produto da Inglaterra vitoriana e eduardiana. É a própria
negação do pensamento clássico. Ao contrário de Ricardo e Say, Keynes entendeu que, para a
sobrevivência do capitalismo, era necessária uma ação efetiva do Estado na regulação das crises do
capital. Keynes pode ser considerado como o retrato do indivíduo liberal de seu tempo. Detinha um
caráter profundamente individualista, mas percebia os problemas sociais de sua época. É considerado o
mais célebre economista do século XX, pioneiro da Macroeconomia.
As obras de Keynes mostram que suas preocupações estavam sempre ligadas a questões práticas e
políticas de conjuntura. Não parecia interessado em reconstruir a teoria econômica a partir da análise do
valor, mas em verificar por que as teses marginalistas, nas quais fora educado, conduziam a políticas
inconsistentes.
Em 1930, escreveu Tratado sobre a moeda e, em 1936, escreveu a sua principal obra, A Teoria Geral do
Emprego, do Juro e da Moeda. Foi esta última que mais contestou a Teoria Marginalista, Neoclássica ou
Clássica.
A questão da produção e do emprego foi demasiadamente avaliada por Keynes. Ele concluiu que o fator
responsável pela alteração do volume de emprego é a procura de mão-de-obra, e não a sua oferta, como
pensavam os neoclássicos. Logo, o desemprego é o resultado de uma demanda insuficiente de bens e
serviços, e somente pode ser resolvido por meio de investimentos. O investimento, para Keynes, é o fator
dinâmico na economia, capaz de assegurar o pleno emprego e influenciar a demanda.
Ao contrário da tradição clássica e neoclássica, Keynes enfatiza acentuadamente o papel do Estado na
economia. Destaca que as mudanças no sistema produtivo não poderiam ocorrer sem a ação efetiva do
poder público.
O grande eixo da análise de Keynes sobre a intervenção do Estado na economia é a superação da crise, no
curto prazo, durante a própria crise, possibilitando o aumento dos investimentos através de uma política
de aumento da demanda. O aumento das despesas em obras públicas, graças ao multiplicado, provocaria o
aquecimento da economia, que se espalharia para os demais setores. Haveria, então, nova perspectiva para
os investimentos privados, visto como eixo central de toda a economia.
Mas como ativar os investimentos? Sabe-se que, ativando o investimento, se promove a elevação do nível
de emprego, aumentando a renda e o crescimento econômico. O Estado, nesse sentido, teria a
responsabilidade de ativar o investimento e de assegurar a alocação dos recursos.
Keynes estava convencido da importância da ação do Estado na economia, e toda a ação governamental
deveria estar pautada na busca de reduzir os efeitos da crise de acumulação de capitais, que, de qualquer
forma, promoveria a queima de certa quantidade de capital.
EXERCÍCIOS
2. Fale sobre o significado das idéias de Adam Smith para o estudo da Economia.
Forma racional – o comportamento que visa a obter o máximo de satisfação dentro das limitações de
orçamento:
Calculando deliberadamente
Escolhendo conscientemente
Maximizando a sua satisfação ou utilidade.
A utilidade, em seu sentido mais amplo, é caracterizada como a adequação de um bem para satisfação de
uma necessidade sentida por um individuo.
· Comportamento do consumidor
· Preferência do consumidor
· Escolha do consumidor
· Restrições orçamentárias
· Demanda de mercado
Preferências
Premissas básicas:
1- integralidade - Todo consumidor tem a capacidade de ordenar suas preferências
2- Transitividade - Existe consistência na capacidade de ordenar as preferências
3- monotonicidade - Mais de um bem é melhor que menos.
Uma curva de indiferença é um gráfico de uma função que mostra combinações de bens, na quantidade
que torna o consumidor indiferente. Assim, ele não tem preferência entre uma combinação contra a outra,
já que cada uma provê um mesmo nível de satisfação (utilidade não muda). As curvas de indiferença são
muito utilizadas para representar as preferências do consumidor. Na curva de indiferença são colocados
diversos pontos onde, cada um deles, representa a quantidade de um bem frente ao outro. Em todos os
pontos ao longo da curva de indiferença o consumidor não tem preferência nem por um produto e nem
por outro.
IMPORTANTE: As curvas de indiferença jamais se interceptam e nem podem estar inclinadas para cima.
Elas são levemente inclinadas para a direita.
Abordagem ordinal – sua característica fundamental está no fato de rejeitar a hipótese de mensurabilidade
quantitativa da utilidade, substituindo-a pela hipótese de comparabilidade. Comparando as utilidades das
coisas, o consumidor escolhe as diferentes alternativas de consumo de bens ou de combinações de bens
capazes de atender suas necessidades.
A ABORDAGEM CARDINAL:
Fundamenta-se na escolha e utilização de alguns elementos ou conceitos básicos, tais como: a noção de
utilidade, o problema da medida da utilidade, a noção de utilidade marginal e a lei da utilidade marginal
decrescente.
Noção de utilidade:
Quando se consome algum produto, obtém-se certa satisfação. Significa a capacidade de satisfação das
necessidades sentidas, inerente aos bens. É um conceito introspectivo do consumidor: reside na sua
mente, sendo portanto subjetivo.
Medida da utilidade:
A utilidade é uma função crescente da quantidade consumida, isto é, à medida que se aumenta o consumo
de um determinado bem, a utilidade (ou grau de satisfação) aumenta.
U3 > U2 > U1
U2 – U1 > U3 – U2
EXERCÍCIOS
a. Objeto básico.
b. Consumidor.
c. Hipótese básica.
5. Defina :
a. Noção de utilidade.
b. Medida da utilidade.
c. Utilidade Marginal de um bem.
Funcionamento do mercado
Microeconomia
Macroeconomia
É o ramo da Ciência Econômica que estuda os agregados econômicos (como a produção, o consumo, o
investimento, a renda da população como um todo), seus comportamentos e as relações que guardam
entre si.
A Macroeconomia, no máximo, aborda os níveis absolutos dos preços, enquanto a Microeconomia tem
grande preocupação com os preços relativos (ou seja, como os preços de alguns bens variam em relação
aos demais). Efetivamente, a Microeconomia é igualmente conhecida como por teoria dos preços, pois
procura evidenciar a formação dos preços dos bens e serviços, assim como dos recursos produtivos.
Teoria da demanda
É a quantidade de um determinado bem ou serviço que o consumidor deseja adquirir num determinado
período de tempo a cada nível de preço.
• A demanda é um desejo de adquirir, é uma aspiração, um plano e não sua realização. A demanda
não deve ser confundida com a compra. A demanda é um desejo de aquisição, enquanto a compra
é um ato concretizado de aquisição.
• A demanda é um fluxo por unidade de tempo.
Matematicamente :
Dx = f ( Px , Pi , Pj , R, G)
EXERCÍCIOS
1. Defina :
a. Microeconomia
b. Macroeconomia
c. Procura ou demanda individual
TEORIA DA FIRMA
Teoria da Produção
• Seus princípios gerais proporcionam as bases para a análise dos custos e da oferta dos bens
produzidos; e
• Seus princípios, também, se constituem peças fundamentais para a análise dos preços e do
emprego dos fatores de produção, bem como da alocação desses fatores entre os diversos usos
alternativos na economia.
a) Empresa ou Firma - é uma unidade técnica que produz bens e/ou serviços de forma racional,
procurando maximizar seus resultados relativos a produção e o lucro. Esse conceito abrange um
empreendimento de modo geral, que inclui as atividades industriais e agrícolas, as atividades
profissionais, técnicas e de serviços.
• fatores de produção secundários - são aqueles que necessitam de um processo produtivo anterior
para criá-los. Exemplo de um fator de produção secundário são as máquinas;
d) Função de Produção: é a relação que mostra qual a quantidade máxima obtida do produto a partir da
quantidade utilizada dos fatores de produção.
e) Processo de Produção: é a técnica por meio da qual um ou mais produtos vão ser obtidos a partir da
utilização de determinadas quantidades de fatores de produção.
A função de produção
A função de produção pode ser representada por: q = f(x1, x2, ..., xn)
Onde:
A função f pode assumir várias formas. Considerando um exemplo linear de uma função de produção
temos: q = co + c1 x1 + c2 x2 + ... + cn xn
Muitas vezes os fatores de produção são agrupados em capital (K) e trabalho (L). Assim, a função de
produção fica sendo: q = f(K, L)
• Curto prazo: situação onde temos um ou mais fatores de produção variáveis, mas pelo menos um
fator é fixo.
Essa Lei, também conhecida como Lei das Proporções Variáveis ou Lei da Produtividade Marginal
Decrescente descreve o comportamento da taxa de variação da produção quando é possível variar apenas
um dos fatores, permanecendo constante os demais:
"se aumentarmos a quantidade de um fator variável, permanecendo a quantidade dos demais fatores fixa,
a produção, inicialmente, aumentará a taxas crescentes. Depois de certa quantidade utilizada do fator
variável, a produção passaria a aumentar a taxas decrescentes. Depois de certo limite de uso do fator
variável, continuando o incremento da utilização desse fator, a produção decrescerá".
c) foi considerada por Ricardo como válida para a agricultura e generalizada pelos Neoclássicos para toda
a economia.
Rendimentos de escala
Trata-se de um conceito que se define apenas na análise de longo prazo, quando se supõe que todos os
fatores de produção sejam variáveis.
Dado um nível de tecnologia, denomina-se de rendimentos de escala à variação do produto final devido à
variação da utilização dos fatores de produção.
EXERCÍCIOS
Definição de mercado
• O contexto comporta qualquer tipo de intercâmbio: trocas diretas (negociações diretas entre os
vendedores em qualquer lugar) e trocas indiretas (negociações através de bolsas de mercadorias,
bolsas de cereais ou em instituições congêneres). Assim, a definição de mercado é caracterizada
pela idéia de espaço econômico, ou seja, não está circunscrita a uma região determinada.
• Negociações são voluntárias e o sistema de preços funciona como denominador comum nas trocas.
São dois os elementos que determinam as estruturas mercadológicas nas quais acontece a atuação da
firmas: a quantidade de agentes e a natureza do produto final ou serviço ou do fator de produção.
• Mercado não atomizado, onde existem poucos agentes (mercados não concorrenciais) e a decisão
de qualquer um deles terá influência sobre as decisões dos demais. Neste mercado aos agentes
conseguem, em certas circunstâncias, ditar preços.
2. A natureza do produto final ou serviço ou do fator de produção: neste caso os mercados também
podem ser classificados em duas categorias:
• Mercados puros, quando os produtos são homogêneos, portanto, substitutos perfeitos. Exemplos:
água mineral sem gás, flores, cimento e commodities.
• Mercados imperfeitos, quando os produtos não são homogêneos quanto à origem, condições de
comercialização e qualidade, e não são bons substitutos (perfeitos ou homogêneos).
A diferenciação do produto final, serviços ou fator de produção ocorre quando existir manifesta
preferência do agente por um deles em detrimento dos demais, embora todos possam, em princípio,
atender a mesma finalidade. E, pode se identificada pelos atributos técnicos, físicos e/ou intrínsecos;
imagem transmitida e características dos agentes:
• atributos técnicos, físicos e/ou intrínsecos: resultam, entre outras especificidades, da forma
(configuração), estilos, durabilidade, cor, qualidade, tipo de embalagem, condições de uso,
denominações não similares, disponibilidade e tecnologia incorporada;
As estruturas básicas de mercados são divididas em: concorrência perfeita, monopólio, concorrência
monopolista, oligopólio, monopsônio e monopólio bilateral.
Concorrência perfeita
5) Existe completa informação e conhecimento sobre o preço do produto por parte dos produtores e dos
consumidores.
6) Não existe habilidade das firmas para influenciar a procura de mercado através de mecanismos extra-
preços, como propaganda, melhoria de qualidade, mecanismos de comercialização, etc.
7) A entrada e a saída de firmas no mercado são livres.
Exemplos de mercados com estruturas próximas da concorrência perfeita são os produtores de hortaliças e
os vendedores de picolé numa área de lazer.
A empresa em regime de concorrência perfeita só fixa a quantidade a ser vendida, pois o preço está fixado
pelo mercado (é uma variável exógena). Assim, se o preço fixado pelo mercado for de p reais por unidade
do produto, a firma sempre receberá sempre p reais por unidade adicional que vender. Então, a receita
marginal (RMa) será de p reais, o mesmo acontecendo com a receita média (RMe).
Se a firma ofertar o produto a um preço abaixo do preço dos concorrentes, a firma venderá toda a sua
produção e não afetará o preço de equilíbrio de mercado. E se ofertar o seu produto acima do preço de
mercado, nada venderá.
Monopólio
Uma estrutura de mercado é caracterizada como sendo de monopólio quando temos as seguintes
condições:
Exemplos de monopólios são os serviços de telefonia, águas e esgotos e energia elétrica em uma cidade.
Esse tipo de monopólio é estabelecido por concessão do setor público.
Observe que em uma estrutura de mercado em concorrência perfeita temos um grande número de firmas
elaborando um bem homogêneo. No monopólio temos apenas uma firma. A firma em concorrência
perfeita controla apenas a quantidade produzida, enquanto a firma em monopólio controla a produção ou
o preço.
Consideramos que a firma monopolista não exerce qualquer influência nos preços dos fatores de
produção, ou seja, a firma monopolista obtém os fatores de produção no mercado de concorrência perfeita
e vende o seu produto num mercado com estrutura de monopólio.
Na estrutura de mercado monopolista, a firma e única de maneira que a entrada de novas firmas alteraria a
estrutura do mercado. Em consequência, o monopólio somente se mantém se a firma conseguir impedir a
entrada de outras firmas no mercado. Diversos fatores podem concorrer para a manutenção do monopólio,
representando barreiras ao acesso de novas firmas, dentre as quais destacamos:
Em razão dessas vantagens, o monopólio pode apresentar lucro maior que outros setores. Nesse sentido, é
interessante distinguir lucro normal e lucro extraordinário:
Contudo, é pouco provável que um monopólio se perpetue no longo prazo: as patentes tornam-se
obsoletas; novos produtos, e mais refinados, são desenvolvidos por outras firmas; matérias-primas
substitutas tornam-se disponíveis, entre outros fatores. A manutenção do monopólio somente e mais
factível quando o mercado é garantido por meio de leis governamentais.
Se o mercado de uma firma for reduzido, é provável que ele permaneça no regime de monopólio, mesmo
auferindo lucros vantajosos. Se outra firma entrar no mercado, o preço do produto poderá tornar-se tão
baixo que as duas sofrerão prejuízo. Adicionalmente, no longo prazo, o desenvolvimento tecnológico da
origem à produção de novos métodos e técnicas que determinam o surgimento de novos produtos, de
melhor qualidade e substitutos daqueles bens anteriormente monopolizados. Existem, entretanto, alguns
instrumentos que podem exercer certo controle sobre o poder do monopólio, por exemplo, a
regulamentação do preço do produto e a imposição fiscal.
Tipos de monopólio
Existem monopólios com única planta industrial e monopólios com unidades fabris distintas (plantas
múltiplas), bem como monopólios com preço único ou sem discriminação de preço (aplicável aos
monopólios naturais) e monopólios com preços diversos em um mesmo instante de tempo, como por
exemplo:
_ discriminação de preços de 2º grau: quando os preços variam de acordo com o volume de utilização do
bem. Por exemplo, tarifa de serviços gráficos com os valores unitários por cópia decrescentes conforme
lotes; e
Vantagem - tem-se que a produção em larga escala reduz custos, que se repassados aos consumidores
beneficiará a coletividade;
• Possibilidade de ineficiência da firma monopolista e até falta de estímulo para melhoria dos
métodos produtivos;
• Limitação imposta aos consumidores quanto às oportunidades de compra e escolha;
• Preços abusivos eventualmente fixados ao consumidor que, em consequência, traduziriam-se
como lucros elevados ao monopolista.
Concorrência monopolística
Um mercado (ou setor ou indústria) possui uma estrutura caracterizada por concorrência monopolística
desde que:
Nessa estrutura, cada firma tem determinado poder sobre a fixação de preços, ou seja, a curva de demanda
com a qual se defronta é negativamente inclinada, apesar de ser pouco inclinada (bastante elástica), pois a
existência de substitutos próximos permite aos consumidores alternativas para fugirem de aumentos de
preços.
A diferenciação de produtos pode ocorrer por características físicas (composição química, potência, etc.),
pela embalagem, ou pelo esquema de promoção das vendas (propaganda, atendimento, fornecimento de
brindes, manutenção, entre outros).
Como não existem barreiras à entrada de firmas, no longo prazo há uma tendência para a existência de
lucros normais (RT = CT), sem lucros extraordinários.
Oligopólio
Caracteriza-se por:
de seu produto para aumentar sua fatia do mercado, será acompanhada pelas demais empresas. Se uma
empresa produzir acima de sua fatia de mercado, terá que carregar estoques.
4) As empresas procuram manter o seu oligopólio através de diferenciação de produtos, acordos com
revendedores, propaganda, etc.
5) Não existe livre entrada e saída do mercado. As barreiras à entrada podem ser tecnológicas, ou o alto
valor do capital necessário à produção, entre outras razões.
Existem muitos modelos de oligopólios. Os primeiros modelos consideravam que a firma desejava
maximizar a massa de lucros (modelos clássicos de oligopólios); e, a partir da década de 30, foram
desenvolvidos modelos onde o preço é fixado por um mark-up sobre o custo variável médio. A firma fixa
esse mark-up de modo a obter a maior taxa de lucro possível.
Monopsônio e Oligopsônio
No mercado monopsônio existe um único comprador e muitos vendedores. A empresa compradora impõe
um preço de compra do produto ou serviço. Esse preço pode ser ficado de acordo com os interesses da
firma. Se desejar aumentar a oferta do produto ou serviço a empresa compradora eleva o preço de compra.
Exemplos de mercado caracterizado por monopsônio é a presença de uma grande usina siderúrgica numa
cidade, sendo ela a única empregadora de mão-de-obra; ou a Petrobrás na compra de álcool anidro e
hidratado dos produtores; ou uma grande indústria esmagadora de laranja em uma região onde existem
muitos pequenos produtores de laranja não organizados em associações ou cooperativas.
No mercado oligopsônio existem poucos compradores (sendo que alguns detêm parcela elevada do
mercado) e muitos vendedores. Os compradores conseguem impor um preço de compra dos produtos aos
produtores. Tal preço de compra não deve desestimular os produtores, mas não é de magnitude que
compense os compradores a executarem ele próprios a produção.
Exemplo: caso da relação entre a Sadia, Chapecó e Perdigão com os produtores de frango em Santa
Catarina.
Monopólio bilateral
EXERCÍCIOS
Introdução
Uma compreensão lógica e útil a respeito do modo de operação das firmas e indústrias no mundo em que
vivemos é o objetivo precípuo da Economia Industrial ou Organização Industrial (OI). Trata-se de matéria
que ganha corpo não apenas pela curiosidade e interesse teóricos que suscita, mas primordialmente em
função da necessidade prática de obtenção de subsídios analíticos à formulação e avaliação das políticas
públicas de fiscalização, regulação e ordenação dos fenômenos de mercado. Se não existissem estas
demandas práticas específicas, com efeito, seria difícil imaginar que a Economia Industrial teria se
desenvolvido aos contornos e feições atuais.
O interesse científico sobre o comportamento e o desempenho das firmas e indústrias tornou-se mais
efetivo a partir de meados do século XVIII, com os avanços tecnológicos e as repercussões sociais que
marcaram a primeira Revolução Industrial. As invenções setecentistas das máquinas a vapor e dos teares
automáticos antecipam um século XIX repleto de inovações tecnológicas, entre as quais merecem
destaque a energia elétrica, os pneus de borracha, o concreto, o telégrafo, a dinamite, o telefone e dos
motores a diesel.
Ocorrendo numa sequencia alucinante para os padrões técnicos da época, tais inventos propiciaram e
estimularam um forte movimento de urbanização e concentração das atividades econômicas, exigindo o
desenvolvimento de métodos de organização dos recursos compatíveis que, em larga medida, ainda
deixam traços sobre as firmas e indústrias hoje observadas.
A própria Economia ganhará status científico a partir do século XVIII, e na magnífica discussão sobre a
Natureza e Causas da Riqueza das Nações (1776), por Adam Smith, encontra-se tanto uma sólida
argumentação sobre a operação dos mercados quanto as sementes da moderna Teoria da Organização
Industrial.
Alfred Marshall, tentando evitar argumentos de natureza político-filosófica recorrentes nos trabalhos de
Smith, reservou em seus Princípios de Economia (1920) dilatado espaço à análise da Organização
Industrial. Com sua peculiar objetividade e pragmatismo, Marshall tratou com maior detalhe as questões
da eficiência produtiva, das tecnologias, da localização fabril e dos investimentos produtivos, antecipando
importantes aspectos da base temática com a qual posteriormente se ocuparia a moderna Teoria da Firma
e, em especial, a Organização Industrial.
O Objetos da OI
Referiu-se até o momento às firmas, indústrias e mercados sem maior detalhamento sobre estes conceitos
essenciais à OI. A terminologia empregada na OI não difere daquela encontrada na Microeconomia ou
Teoria dos Preços, e, de forma geral, na teoria econômica moderna. Existem, entretanto, discrepâncias
significativas entre o vocabulário econômico e aquele usado na vida cotidiana, no linguajar comum.
Os mercados são o ambiente em que atuam as firmas, quer como demandantes quer como ofertantes.
Ainda que nas aplicações práticas haja a necessidade de delimitar rigorosamente estes mercados em
relação aos produtos ou serviços envolvidos, à sua dimensão geográfica e à dimensão temporal, para um
primeiro contato será conveniente empregar uma conceituação mais geral. Assim, os mercados podem ser
entendidos como as interações entre agentes econômicos ofertantes e demandantes que visam realizar, de
forma voluntária, trocas mutuamente benéficas.
Esta definição é suficientemente ampla para englobar tanto o mercado de sorvetes na região metropolitana
do Rio de Janeiro, quanto o mercado mundial de petróleo ou o exótico mercado de pulgas em Londres.
Quando dois ou mais indivíduos identificam a possibilidade de realizar trocas que interessem a ambos e
conseguem operacionalizá-las, criam um mercado. Parece claro que tais possibilidades de realização de
trocas mutuamente benéficas se ampliam substancialmente quando o número de indivíduos e tipos de
bens e serviços disponíveis aumentam.
Assim, os argumentos aplicam-se, em tese, a todo e qualquer esforço humano organizado formal ou
informalmente para a produção de manufaturas, produtos agrícolas, insumos ou serviços dos mais
diversos tipos.
Firmas e mercados não são entidades vivas, capazes de realizar escolhas ou ações. Firma e mercado são
conceitos melhor entendidos como tecnologias, formas de organização de recursos e de interação social,
respectivamente, que pouco significam quando dissociadas dos indivíduos que as criaram e utilizam
cotidianamente.
As firmas e os agentes que as fazem operar atuam tanto como ofertantes quanto como demandantes nos
mercados. Para se comercializar refrigerantes carbonatados (as “colas”), por exemplo, uma ampla gama
de atividades está envolvida, englobando a coleta e tratamento da água, a produção de insumos básicos do
xarope da bebida, a manufatura e embalagem, também necessárias atividades de distribuição, propaganda
e marketing. Em tese, todas estas atividades poderiam ser realizadas por uma única firma que, se não
tivesse rivais ou auxiliares, representaria sozinha a indústria de refrigerantes carbonatados. Este tipo de
integração completa da produção, entretanto, é raro.
Um tópico fundamental na OI consiste da compreensão dos limites e tamanho das firmas individuais, o
que implica entender os motivos pelos quais a integração completa e os monopólios são pouco usuais.
Normalmente, existem várias firmas diferentes envolvidas no processo de produção de cada bem ou
serviço, quer enquanto fornecedores ou distribuidores, quer como concorrentes. Ao conjunto de firmas
envolvidas proximamente na produção de um bem ou serviço denomina-se “indústria”.
Note-se que esta acepção técnica do termo “indústria” não guarda relação com a noção vulgar de
“empresa que produz manufaturas ou bens processados industrialmente”. Na OI estudam-se as indústrias
manufatureiras, agropecuárias, extrativistas e de serviços. Desta forma, qualquer bem ou serviço,
independente de sua qualidade ou forma, é produzido por um conjunto de firmas proximamente
relacionadas (concorrentes, fornecedores, distribuidores) que se denomina tecnicamente “indústria”,
sendo excepcional a situação em que existe apenas uma firma na indústria.
A Metodologia Predominante
A Economia desponta entre as ciências sociais pelo poder que tem mostrado na elaboração de explicações
teóricas objetivas e úteis aos fenômenos que estuda. Trata-se de teorias que procuram analisar os
fenômenos econômicos segundo rígidos critérios metodológicos, especialmente importante o cuidado na
manutenção de um estrito rigor lógico na argumentação, assim como o permanente contraste das idéias
teóricas à realidade empírica na construção e aperfeiçoamento dos argumentos desenvolvidos.
Nos padrões da abordagem predominante, a Economia pode ser definida como a ciência que estuda a
maneira pela qual os indivíduos em uma sociedade particular resolvem seus problemas de alocação de
meios escassos a fins alternativos ou, em outros termos, solucionam seus problemas econômicos.
A escassez de meios corresponde à limitação de recursos que se coloca aos indivíduos que coexistem em
sociedade. De forma genérica, entende-se por “recurso” todo e qualquer fator de produção conhecido, ou
seja, a totalidade das fontes capazes de produzir ou auxiliar na produção de bens e serviços destinados à
satisfação de necessidades humanas. Exemplos de recursos produtivos humanos são a força “bruta” de
trabalho e as habilidades cognitiva e intelectual das pessoas. Recursos não humanos seriam, também em
ilustração, as máquinas e equipamentos, os insumos produtivos materiais, o estoque de conhecimento
disponível nos livros e as tecnologias. Para que exista um problema econômico é essencial que algum ou
diversos destes fatores de produção apareçam finitos ou limitados, no sentido de estarem disponíveis em
quantidades menores do que as suficientes à satisfação simultânea de todos os desejos humanos
manifestados na convivência social.
A multiplicidade de desejos ou finalidades a serem supridos a partir dos estoques limitados de recursos é
outra característica fundamental de um problema econômico. Não basta a escassez para que exista um
problema que interesse à Economia, é necessário também que se estabeleça uma situação em que seja
preciso escolher entre mais de uma finalidade a ser satisfeita com os recursos limitados. Os problemas
econômicos consistem de escolhas de alocação de meios escassos a fins alternativos.
Parece evidente que parcela substancial das escolhas humanas pode ser analisada através das lentes da
Economia. Embora tipicamente econômicas, as escolhas que envolvem trocas de recursos em mercados
ou aquelas associadas às transações monetárias representam apenas uma pequena fração dos problemas
econômicos que se colocam aos indivíduos. Na verdade, talvez o recurso mais escasso a um ser humano
não seja financeiro ou passível de ser adquirido em mercados: o tempo de vida. O tempo humano, este
recurso sempre finito, precisa ser dividido entre diversos usos, entre eles, trabalhar, descansar, consumir,
ir à igreja ou ir à escola.
A Economia dos modelos de escolha racional (MER) acredita que, ao estudar este manual, por exemplo, o
leitor (indivíduo, a gente econômico) esteja deixando de alocar seu tempo a outras finalidades possíveis,
realizando uma escolha que tem alguma razão de ser.
Identifica-se um modelo de escolha racional (MER) através do respeito a dois axiomas fundamentais, a
saber, o Axioma do Individualismo Metodológico (AIM) e o Axioma da Maximização da Utilidade
(AMU). Lembrando que o termo “axioma” é usado para representar “verdades” que não se deseja
questionar ou por em dúvida, o AIM e o AMU representam os pilares metodológicos sobre os quais se
estruturam argumentos de escolha racional.
A tentativa de fragilizar um argumento de escolha racional pelo ataque a seus axiomas básicos é inócua e
representa mero desperdício de tempo e esforço. Isto porque não existe a preocupação ou a possibilidade
de comprovar a veracidade de axiomas, eles são proposições lógicas cuja avaliação de conveniência (não
de validade) apenas ocorre a posteriori, quando argumentos lógicos completos que neles se estruturam são
construídos e submetidos ao teste empírico e à comparação com explicações alternativas. Para se ter uma
idéia mais concreta a respeito do assunto, recorde-se dos famosos axiomas euclidianos que garantem
(indiscutivelmente) a existência do ponto e da reta. Ambos os axiomas a partir dos quais Euclides
desenvolveu sua geometria analítica não podem ter sua validade checada no plano empírico. Com efeito o
ponto ou a reta não são observáveis na realidade física, existem apenas enquanto idéias, neste caso
simples e geniais, que podem ter sua conveniência avaliada pela direta observação dos desenvolvimentos
práticos e científicos que propiciaram.
Depois de assimilado o AIM em sua importância e nas restrições que impõe à argumentação científica,
não há maiores problemas em fazer pequenas concessões linguísticas, por exemplo, permitindo-se dizer
que a “firma” escolhe quanto produzir, ou em que local será instalada. É óbvio que, em um texto que
assume explicitamente a adesão ao AIM, a metáfora da “escolha da firma” ou do “Estado” serve apenas
como uma forma sintética de expressar a idéia de que os indivíduos responsáveis pela decisão no âmbito
da firma ou do Estado realizam determinadas escolhas.
Pelo AMU se quer garantir, também sem quaisquer questionamentos, a existência de alguma lógica para
as escolhas individuais. Este segundo axioma indica um ato de fé, uma “crença científica” na
possibilidade de se analisar os fenômenos econômicos através de argumentos lógicos. É um erro comum
se entender no AMU a imposição de uma racionalidade absoluta e única aos indivíduos, como se fossem
pessoas dotadas de impecável formação lógica e perfeito conhecimento das teorias sobre o funcionamento
da sociedade e da natureza. Este é um engano grosseiro, pois o que se pretende com o AMU é credenciar
os economistas a procurar alguma explicação lógica que, em média, seja compatível com as escolhas
econômicas. Um jogador de bilhar consegue participar de uma partida sem nunca ter lido um livro de
Física, mas a posição e velocidade das bolas sobre a mesa, a cada instante do tempo, podem ser
explicadas rigorosamente por um físico que observe a partida. Da mesma forma, os agentes (indivíduos)
econômicos resolvendo seus problemas de escolha, mesmo que não sejam economistas, podem ser
descritos cientificamente “como se” seguissem as teorias econômicas usadas para explicar seus
comportamentos quando tomam suas decisões.
Conforme se percebe, os axiomas dos MER são extremamente simples, fixando o indivíduo como a
“entidade” responsável pelas escolhas e supondo que estas escolhas ocorram segundo alguma lógica.
Provavelmente aliado a tal simplicidade, encontra-se o superior poder explicativo desta classe de
modelos.De fato, esta opção metodológica obriga a manutenção de um estreito vínculo com a realidade
das escolhas individuais observadas, facilitando a realização de testes empíricos que permitam contrastar
a teoria à prática. O rigor lógico, não raro expresso por expressões matemáticas, garante que os
argumentos sejam acessíveis a um grande conjunto de cientistas, desde que dispostos a assimilar o
vocabulário específico usado pelos economistas.
Ainda que este não seja um manual sobre metodologia das ciências, os breves comentários apresentados
sobre o assunto são importantes como um alerta e preparação às principais contribuições econômicas na
esfera da OI a serem apresentadas posteriormente. Mesmo que partindo de uma base metodológica bem
definida, são imensas as dificuldades antepostas a qualquer tentativa de tratamento científico de
fenômenos sociais. Na realidade, não existem dois indivíduos ou problemas econômicos iguais e os
experimentos rigorosamente controlados não podem ser realizados em Economia, como se faria com
maior facilidade na Física ou na Biologia. Mas estas dificuldades específicas é que tem revelado as
vantagens da metodologia dos MER, não como modelos perfeitos, mas como os que conseguem, diante
dos obstáculos existentes, uma excelente relação entre custos e benefícios no intuito de explicar, com o
mínimo de subjetividade, os fenômenos de escolha em sociedade.
A Caixa de Ferramentas da OI
O instrumental da Economia Industrial vem sendo construído aos poucos, já se dispondo atualmente de
um conjunto de ferramentas bastante potente para a organização e desenvolvimento das idéias sobre o
funcionamento das firmas e indústrias.
Explorando algumas das diferenças fundamentais entre a Microeconomia e a OI, o esquema revela as
preocupações específicas desta última com uma maior aproximação da teoria à realidade, bem como com
a contextualização histórica mais detalhada e apegada aos testes empíricos na formulação e avaliação dos
argumentos econômicos. De fato, já em 1939 Mason deixa claros estes pontos ao propor a utilização de
uma classificação das estruturas de mercado como passo necessário à compreensão das práticas
empresariais e posterior avaliação pública do desempenho da indústria.
Mesmo se sabendo hoje que, diferentemente do que imaginavam seus criadores, o esquema ECD exibe
baixo potencial na formulação de explicações e previsões confiáveis, ele permanece sendo um
A idéia neste esquema é classificar as diferentes estruturas de mercado, tentando associá-las a tipos de
condutas empresariais observadas e, por fim, ao desempenho econômico das indústrias envolvidas.
Versões mais modernas desta abordagem incluem, ainda, as condições básicas de oferta e demanda no
mercado e o papel das políticas públicas nos mercados analisados.
A estrutura de mercado costuma ser caracterizada pelo número de ofertantes e demandantes nele
envolvidos, pelo grau de diferenciação entre os produtos considerados, pelas barreiras que possam
dificultar o ingresso de novos concorrentes, pelas estruturas de custos típicas, pelos padrões de integração
vertical na produção e pela diversificação das linhas de produtos.
Controlando as diferenças nas estruturas de mercado, imaginava-se ser possível explicar a performance ou
desempenho da indústria – e não da firma! - analisada. Este desempenho não pode ser aferido de forma
unidimensional, sendo atributos tradicionalmente usados para sua avaliação a eficiência na produção e
alocação de recursos – ausência de desperdícios e adequação em quantidade e qualidade às demandas
sociais -, os padrões de preços e lucros observados, os aperfeiçoamentos tecnológicos e até mesmo a
justiça na distribuição dos resultados gerados no mercado específico, este último atributo, evidentemente,
de difícil avaliação objetiva.
Determinadas, ainda que parcialmente, pelas condições básicas e estrutura de mercado, as condutas ou
práticas mercadológicas completariam o núcleo básico do modelo ECD. Fala-se aqui nas técnicas de
determinação de preços, nas estratégias de escolha de produtos e propaganda, nos gastos com pesquisa e
desenvolvimento, nos acordos entre concorrentes (acordos horizontais, fusões e aquisições) e entre
agentes operando em diferentes elos da cadeia produtiva (integração e restrições verticais), bem como em
práticas propositalmente formuladas para fragilizar ou disciplinar concorrentes.
Finalmente, completa o esquema ECD a consideração das políticas públicas que, direta ou indiretamente
interferem no livre funcionamento do mercado. Entre elas pode-se destacar o impacto das políticas
macroeconômicas, de incentivos ao investimento, educação ou emprego, bem como dos impostos e
subsídios e barreiras ao comércio internacional. Especialmente afetas à OI, as políticas públicas de defesa
da concorrência, de regulação de monopólios naturais e mesmo a política industrial parecem visar
propositalmente à obtenção de ganhos de desempenho industrial considerados desejáveis socialmente.
Ainda que o tema da conveniência de Políticas Industriais esteja sujeito a profundas controvérsias, é
tarefa da OI iluminar a questão para, com critérios científicos e quando possível, permitir uma avaliação
mais detalhada de sua conveniência e limites.
Apesar de útil para a organização de temas, o esquema ECD mostrou-se frágil em função da
complexidade das relações entre as suas diferentes componentes. Parece razoável supor que as condições
estruturais de mercado condicionam as condutas empresariais que, por sua vez, condicionam o
desempenho de uma indústria. Ocorre que o desempenho industrial também pode interferir nas condutas e
na reestruturação da indústria, eventualmente afetando até as condições básicas e as políticas públicas.
Efetivamente, as relações envolvidas entre os blocos não parecem ser unidirecionais e nem estáveis no
decorrer do tempo ou entre diferentes indústrias, o que limita sobremaneira o potencial explicativo e
preditivo desta abordagem, como já se havia adiantado.
Mesmo sendo uma área em que a aplicação da Economia exige adaptações casuísticas, a moderna OI
encontra amparo e não desconsidera os conhecimentos da Teoria dos Preços tradicional. Há temas
microeconômicos específicos que, inclusive, têm sido desenvolvidos com base nas necessidades e
preocupações da OI, representando componentes importantes da caixa de ferramentas do profissional de
ambas as disciplinas. Passemos, então, a uma breve apresentação destes desenvolvimentos teóricos
específicos, com particular ênfase em seus usos na OI: Teoria dos Custos de Transação, Teoria dos Jogos e
Teoria dos Mercados Contestáveis.
Na década de 1930, Ronald Coase colocou inicialmente uma proposição inusitada: as firmas e os
mercados podem ser vistos como modos alternativos de organização dos recursos econômicos. Suas
idéias permaneceram praticamente desconhecidas por mais de três décadas, mas ganharam repercussão
quando re-propostas dentro do movimento de Análise Econômica do Direito, sendo então rapidamente
incorporadas ao instrumental da OI.
O argumento coasiano é simples, partindo da idéia que quando aumentam os custos de transação, as
firmas se colocam como alternativas mais interessantes do que a utilização dos mercados na organização
de recursos. Os empresários, por este raciocínio, comparam os custos de produção dos insumos e serviços
produtivos dentro da empresa aos custos da aquisição destes através dos mercados, ou seja, de terceiros.
Trata-se da famosa decisão de “fazer ou comprar”, que é afetada pela existência de custos de transação no
uso da opção de mercado.
Os custos de transação são uma categoria abrangente, podendo ser classificados em ambientais e
humanos. Os custos ambientais estão associados à incerteza contratual e à quantidade de firmas
envolvidas nas negociações de mercado. Para operações de mercado simples, de resolução imediata
como uma compra de cartuchos de impressão por uma empresa de consultoria, o pagamento e a instalação
dos cartuchos são suficientes para eliminar a maior parte das incertezas envolvidas, sendo também fácil
substituir o fornecedor ou o comprador caso aquele relacionamento de mercado seja por algum motivo
frustrado, já que há uma infinidade de demandantes e ofertantes envolvidos.
assistência pelo próprio fabricante, que decidem por “fazer” em vez de “comprar”.
Os fatores humanos podem ser ainda mais importantes e, em certa medida,até justificam os ambientais.
Os seres humanos têm dificuldades para lidar com situações complexas e fazer previsões, características
referidas na literatura pela expressão “racionalidade limitada”. Eventualmente, estas limitações são o
reverso da moeda em que se estampa a incerteza, já referida anteriormente. Outro fator que cria
obstáculos ao uso dos mercados, também tipicamente humano, decorre da possibilidade de
comportamentos oportunistas por parte de uma ou várias das partes contratantes na vigência dos
contratos. Imagine-se que após todo o treinamento específico necessário para o conserto dos
computadores altamente sofisticados de determinado fabricante, este último decida encerrar suas
atividades produtivas antes que os investimentos realizados pela empresa de assistência técnica tenham
sido recuperados: quem arcará com os prejuízos?
As incertezas e os problemas estratégicos entre os agentes econômicos, para além dos problemas de
custos de transação, são úteis à racionalização de diversos outros fenômenos na OI. A Teoria dos Jogos é a
parte da Economia que se ocupa de avaliar estas interações estratégicas, tendo crescido substancialmente
desde que Von Newmann e Morgenstern (1944) publicaram seu argumento sobre a teoria da utilidade
esperada em interações estratégicas. Os jogos cooperativos são usados modernamente para explicar a
existência de conluios e cartéis, e jogos não cooperativos de variadíssimas configurações aparecem como
grande auxílio à compreensão de práticas de mercado, lícitas e ilícitas, observadas na realidade. Os
agentes econômicos têm mostrado grande engenhosidade na condução de seus negócios de mercado,
frequentemente incorporando em suas táticas e estratégias as ações e reações esperadas de seus
concorrentes e do próprio governo. Ainda que estes jogos possam assumir alta complexidade e
sofisticação, a Teoria dos Jogos tem se revelado instrumento útil para a compreensão científica das
condutas destes agentes, fazendo hoje parte inseparável da moderna OI.
O estudo das barreiras à entrada e saída nos mercados parece contribuir muito à compreensão dos
processos competitivos. Efetivamente, quando os obstáculos ao ingresso em determinado mercado - neles
incluídos os custos esperados de uma eventual reversão dos investimentos realizados - são baixos, diz-se
que este mercado é altamente contestável. A alta contestabilidade parece disciplinar as condutas das
firmas que efetivamente participam do mercado, posto que a tentativa de elevar preços ou reduzir as
quantidades ofertadas pode ser rapidamente combatida pela entrada de novos concorrentes, os
“concorrentes potenciais”. A Teoria dos Mercados Contestáveis, que explica e detalha este argumento, é
outra componente básica da moderna OI, sendo oportunamente retomada nos capítulos subsequentes.
Finalmente, algumas considerações a respeito das preocupações das escolas austríaca e institucional são
devidas, não apenas para insistir na importância dos temas por elas tratados como para reiterar o fato de
que estas ideias críticas à respeito da OI neoclássica têm sido, em boa medida, incorporadas ao rol de
problemas analisados pela moderna OI. O cerne das divergências entre o referencial de mainstream e
estas escolas alternativas encontra-se, como já se adiantou, na diferença de ênfases no tratamento dos
processos dinâmicos observados nas diferentes indústrias.
Enquanto a visão neoclássica privilegia uma compreensão fundada nos sólidos, embora ideais e abstratos,
conhecimentos da análise de equilíbrio estático, as abordagens alternativas enfatizam os processos
dinâmicos de concorrência. Desconsiderando os processos de ajustamento no decorrer do tempo, a
perspectiva estática se concentra em situações em que seja razoável supor a manutenção do cenário de
mercado relativamente estável, como numa fotografia. Efetivamente, entre duas fotos que descrevem
situações distintas de um mercado, inúmeros e inusitados processos podem e costumam ocorrer, algo que
seria comparável ao enredo de um filme. Explorar as possibilidades deste enredo, esboçando um roteiro
lógico e sistemático entre as diferentes fotografias seria a proposta dos autores “alternativos” da
Economia Industrial, sendo exemplo típico desta abordagem a descrição do processo de destruição
criativa feita por Joseph Schumpeter, que entendia necessária e até útil a concentração industrial que
viabiliza a ocorrência de inovações e progresso técnico. Uma estrutura oligopolista, nesta visão, apenas
representaria um momento transitório de um processo cujos desenvolvimentos finais e consequências
seriam de difícil previsão. Na abordagem schumpeteriana encontram-se, entre outras contribuições
importantes, justificativas para os mecanismos legais de proteção à propriedade intelectual que,
garantindo temporariamente o monopólio sobre idéias e invenções, traria potenciais benefícios à
sociedade, ainda que propiciando estruturas de mercado pouco concorrenciais.
De Adam Smith à década de 1970 Num interessante argumento, Donald Hay e Derek Morris, 1996,
entendem que a teoria da firma tradicional, ensinada em cursos de Microeconomia, pode ser vista como
uma espécie de longo desvio na história do estudo econômico do comportamento das firmas e indústrias.
Trata-se de uma interpretação bastante verossímil quando contextualizada dentro dos desenvolvimentos
teóricos ocorridos nos últimos séculos nesta área e que reforça duas outras idéias que ajudam a distinguir
entre a Organização Industrial e a Teoria Microeconômica da Firma:
(i) boa parte dos aperfeiçoamentos observados na OI pode ser creditada às fragilidades do tratamento
dado às firmas pela Microeconomia, e
A teoria da firma encontrada na Riqueza das Nações aparece bastante simplificada quando comparada à
conhecida atualmente. De fato, naquele tempo entendia-se que o valor das mercadorias era determinado
pelo trabalho nelas incorporado, explicação que o próprio Smith reconhecia ser adequada apenas para
economias pouco desenvolvidas, mas que ele adotava com a finalidade de evitar as complicações
associadas a uma teoria dos custos que levasse em conta os outros fatores de produção. Baseado nestas
hipóteses simplificadoras, Smith trabalhava com a distinção entre preço de mercado e preço natural ou
“valor”. O preço natural em Smith era aquele associado ao valor do trabalho necessário para a produção
de um bem ou serviço. Tinha-se, apesar de precária, uma teoria embrionária dos custos de produção e,
desta forma, uma explicação lógica para a oferta das mercadorias.
A ênfase dada por Smith ao preço natural em sua análise estava diretamente associada à crença do autor
nas forças da competição, que faria com que discrepâncias entre os preços naturais e os preços de
mercado fossem entendidas como raras e transitórias.
Desta maneira, Smith interpretava que se um produto tivesse preços de mercado mais altos do que outro,
isto decorreria das diferenças nas quantidades de “trabalho” neles incorporadas. Lucros altos, neste
sentido, não eram vistos pelo pai da Economia como oriundos das diferenças entre os preços de mercado
e natural, mas pela existência de alguma dificuldade produtiva ou custo adicional que resultaria em preços
naturais mais altos. A idéia de lucros extraordinários ou anormais não parecia compatível com a operação
dos mercados competitivos para Smith. Embora na Riqueza das Nações exista a presunção de que a
concorrência seja bastante intensa, baseada na operação da mística “mão invisível”, é de se notar que ali
não se encontra um tratamento analítico mais rigoroso a respeito dos processos de competição, faltando
inclusive argumentos tecnicamente fundados na análise do lado da demanda.
Este hiato na análise dos mercados inicia a ser superado com a contribuição de Stanley Jevons (Teoria da
Economia Política, 1871), com o qual um tratamento mais formalizado dos custos e as sementes da
análise da demanda, baseada no conceito de “utilidade”, são lançadas. É nos trabalhos posteriores de
Alfred Marshall (Princípios de Economia, 1890 e Indústria e Comércio, 1919), entretanto, em que Hay &
Morris, encontram a contribuição individual mais notável na teoria econômica entre Smith e Keynes.
Marshall soterrou a idéia de que o valor das mercadorias fosse independente dos preços de mercado,
aproveitando as contribuições marginalistas de Jevons e defendendo, de forma até hoje aceita, a
importância das curvas de oferta e demanda na determinação destes preços de mercado.
EXERCÍCIOS
2) Quais as diferenças entre Economia Industrial e Organização Industrial? Por que e com que bases há
autores que consideram ultrapassada esta distinção?
5) O que é Economia? Que problemas econômicos são resolvidos envolvem firmas e indústrias?
6) O que é um Modelo de Escolha Racional? Quais seus axiomas básicos e que indicam?
9) Você consegue identificar algumas indústrias ou situações em que a conduta afeta a estrutura ou o
desempenho? Dê dois exemplos.
Estrutura de mercado
O termo “concorrência” tem sentido múltiplo. Em Economia, acompanhado da palavra “pura”, significa
justamente a inexistência de competição, no seu sentido parcial. Em outras palavras, em um mercado no
qual vigora a concorrência pura, os competidores não têm rivalidade entre si.
• Insignificância de cada comprador ou vendedor diante do mercado: cada comprador e/ou vendedor
precisa ser pequeno o suficiente para não ser capaz de influenciar, sozinho, o preço de mercado;
• Ausência de restrições artificiais: não devem existir restrições artificiais à procura, à oferta ou aos
preços. Em outros termos, é preciso que os preços sejam livres para oscilar de acordo com as
exigências de mercado;
• Mobilidade: é preciso que haja mobilidade de bens, serviços e recursos. Novas firmas devem
poder entrar sem dificuldade de nesse mercado, assim como não deve existir impedimento à saída;
e
O monopólio é uma situação de mercado em que uma única firma vende um produto que não tem
substitutos próximos. De uma outra forma, monopólio é uma situação de mercado em que existe um só
produtor de um bem (ou serviço) que não tem substitutos próximos.
Devido a isso, o monopolista exerce grande influência na determinação do preço a ser cobrado pelo seu
produto. O mercado monopolista se caracteriza por apresentar condições diametralmente opostas às da
concorrência perfeita. Nele existem, de um lado, um único empresário (empresa) dominando inteiramente
a oferta e, de outro, todos os consumidores.
Não há, portanto, concorrência nem produto substituto ou concorrente. Nesse caso, os consumidores se
submetem às condições impostas pelo vendedor ou simplesmente deixam de consumir o produto.
As dificuldades para as empresas se estabelecerem no mercado, aqui entendidas como barreiras de acesso,
podem ocorrer de várias formas. No caso de monopólio puro ou natural, devido à elevada escala de
produção requerida, exige-se um grande montante de investimento. Refinarias de petróleo, siderurgia,
etc., podem ser enquadradas neste caso.
Uma outra forma de empecilho à instalação de novas empresas no mercado imperfeito se dá através das
patentes, direito único para produzir um bem. Os laboratórios farmacêuticos, encarregados da fabricação
de medicamentos, valem-se deste instrumento de patentes ou controle de matérias-primas-chave.
Finalmente, o monopólio estatal ou institucional, protegido pela legislação, normalmente ocorria em
setores estratégicos ou de infra-estrutura. Até pouco tempo atrás, no nosso país, você sabe que tínhamos
como exemplo: energia elétrica, telecomunicações, etc.
Uma outra estrutura bastante conhecida, nos dias de hoje, no campo da competição imperfeita é o
oligopólio.
É um tipo de estrutura normalmente caracterizada por um pequeno número de empresas que dominam a
oferta de mercado. Pode-se caracterizá-la como um mercado em que há um pequeno número de empresas,
como a indústria automobilística, ou, então, onde há um grande número de empresas, mas poucas
dominam o mercado, como a indústria de bebidas.
O setor produtivo brasileiro é altamente oligopolizado, sendo possível encontrar inúmeros exemplos:
montadoras de veículos, setor de cosméticos, indústria de papel, indústria de bebidas, indústria química,
indústria farmacêutica, etc.
O oligopólio apresenta como principal característica o fato de as firmas serem interdependentes. Isso
decorre do pequeno número de firmas existentes na indústria, e significa que as firmas levam em
consideração e reagem às decisões quanto a preço e produção de outras firmas.
No oligopólio, tanto as quantidades ofertadas quanto os preços são fixados entre as empresas por meio de
conluios ou cartéis.
O cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor que determina a
política de preços para todas as empresas que a ele pertencem. Exemplo: Cartel da Organização dos
Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que estabelece o preço do petróleo no mercado
mundial.
Além dos cartéis, existe um outro modelo de oligopólio chamado de liderança de preço. Liderança de
preço é a forma de conluio imperfeito em que as empresas do setor oligopolístico decidem, sem acordo
formal, estabelecer o mesmo preço, aceitando a liderança de preço de uma empresa da indústria.
Esse modelo pressupõe que a liderança decorre do fato de que uma das firmas rivais possui estrutura de
custos mais baixos que as demais. Por essa razão, consegue se impor como líder do grupo.
Inicialmente, os preços podem ser diferenciados. O mercado, entretanto, preferirá o produto que esteja
sendo oferecido a preços mais baixos. Desta forma, resta às firmas que oferecem o produto a preços mais
elevados duas possibilidades: ou mantêm o preço e, como consequência, são banidas do mercado, ou,
então, aceitam o preço praticado pela rival de menores custos, que é mais baixo, e continuam no mercado,
sem maximizar seus lucros.
Assim é que a firma líder de preço fica, através de um acordo tácito (isto é, um acordo não formal),
responsável pela determinação do nível de venda do produto. As firmas menos favorecidas em termos de
preços tornam-se seguidoras dos preços fixados pela firma líder.
A diferenciação do produto pode ocorrer por características físicas, de embalagem ou pelo esquema de
promoção de vendas. Como exemplo, temos os laboratórios farmacêuticos, as indústrias alimentícias,
automobilísticas, etc.
Como o próprio nome diz, a concorrência monopolista é uma estrutura de mercado que contém elementos
da concorrência perfeita e do monopólio, ficando em uma situação intermediária entre essas duas formas
de organização de mercado. Ainda não se confunde em nada com o oligopólio.
• Margem de manobra para fixação dos preços não muito ampla, uma vez que existem produtos
substitutos no mercado; e
• Número relativamente grande de empresas com certo poder concorrencial, porém com segmentos
e produtos diferenciados, seja por características físicas, seja por embalagens ou prestação de
serviços complementares (pós-venda).
Essas características acabam dando um pequeno poder monopolista sobre o preço de seu produto, embora
o mercado seja competitivo – daí o nome de concorrência monopolista.
EXERCÍCIOS
Introdução
Macroeconomia (do grego: μακρύ-ς /ma΄kri-s/ grande, amplo, largo e οικονομία /ikono΄mia/ lei ou
administração do lar) é uma das divisões da ciência econômica dedicada ao estudo, medida e observação
de uma economia regional ou nacional como um todo. A macroeconomia é um dos dois pilares do estudo
da economia, sendo o outro a microeconomia. Os estudos macroeconômicos tiveram seu início a partir da
quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929, sendo a primeira grande obra literária macroeconômica o livro
Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda do economista britânico John Maynard Keynes.
• Mercado de Bens e Serviços: determina o nível de produção agregada bem como o nível de preços.
• Mercado de Trabalho: admite a existência de um tipo de mão-de-obra independente de características,
determinando a taxa de salários e o nível de emprego.
• Mercado Monetário: analisa a demanda da moeda e a oferta da mesma pelo Banco Central que
determina a taxa de juros.
• Mercado de Títulos: analisa os agentes econômicos superavitários que possuem um nível de gastos
inferior a sua renda e deficitários que possuem gastos superiores ao seu nível de renda.
• Mercado de Divisas: depende das exportações e de entradas de capitais financeiros determinada pelo
volume de importações e saída de capital financeiro.
Principais conceitos:
1.Balança de pagamentos
2.Taxa de câmbio
Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias de outra
moeda.
A taxa de câmbio pode ser definida em termos directos (ao incerto) ou em termos indirectos (ao certo). A
taxa de câmbio está definida em termos directos quando exprime o preço de uma unidade monetária
estrangeira em unidades monetárias de moeda nacional (exemplo: a taxa de câmbio USD/EUR está
definida de forma directa para os habitantes da zona euro; ou está definida de forma indirecta para os
habitantes dos EUA).
A taxa de câmbio está definida de forma indirecta quando exprime o preço de uma unidade monetária de
moeda nacional em unidades monetárias de moeda estrangeira (exemplo: taxa de câmbio EUR/USD está
definida em termos indirectos para os habitantes da zona euro, pois exprime o preço de 1 unidade
monetária nacional, o euro, em unidades monetárias de moeda estrangeira, o dólar).
A taxa de câmbio reflete, assim, o custo de uma moeda em relação a outra, dividindo-se em taxa de venda
e taxa de compra. Pensando sempre do ponto de vista do banco (ou outro agente autorizado a operar pelo
Banco Central), a taxa de venda é o preço que o banco cobra para vender a moeda estrangeira (a um
importador, por exemplo), enquanto a taxa de compra reflete o preço que o banco aceita pagar pela moeda
estrangeira que lhe é ofertada (por um exportador, por exemplo).
Portanto, o câmbio é uma das variáveis mais importantes da macroeconomia, sobretudo no que se refere
ao comércio internacional. Quando se deseja negociar ativos de um país para outro, quase
invariavelmente temos de mudar a unidade de conta do valor desses ativos – da moeda doméstica para a
moeda estrangeira. Nesse sentido, pode-se definir a taxa de câmbio de um país como o número de
unidades de moeda de um país necessário para se comprar uma unidade de moeda de outro país. Em
outras palavras, é o preço de uma moeda em termos de outra.
3.Banco central
Um banco central é uma entidade independente ou ligada ao Estado cuja função é gerir a política
econômica, ou seja, garantir a estabilidade e o poder de compra da moeda de cada país e do sistema
financeiro como um todo. Além disso tem como objetivo definir as políticas monetárias (taxa de juros e
câmbio, entre outras) e aquelas que regulamentam o sistema financeiro local. O banco faz isso
interferindo mais ou menos no mercado financeiro, vendendo papéis do tesouro, regulando juros e
avaliando os riscos econômicos para o país.
• Executor da política monetária e cambial: é o banco central quem insere ou retira moeda do
mercado, regula as taxas de juros e regula a quantidade de moeda estrangeira em circulação no
país. Essas operações são conhecidas como open market ou operações de mercado aberto, e
• Banco dos Bancos, ou prestamista de última instância: o banco central provê empréstimos
exclusivos aos membros do sistema financeiro a fim de regular a liquidez ou mesmo evitar
falências que poderiam causar uma reação em cadeia de falências bancárias. Ele também mantém
os depósitos compulsórios dos bancos comerciais, regulando assim a multiplicação da moeda
escritural no mercado.
Além desses papéis, alguns bancos centrais (como por exemplo o Banco Central do Brasil) acumulam
também o papel de supervisor do sistema financeiro.
4.Inflação
Em economia, inflação é a queda do valor de mercado ou poder de compra do dinheiro. Isso é equivalente
ao aumento no nível geral de preços. Inflação é o oposto de deflação. Inflação zero, ou muito baixa, é uma
situação chamada de estabilidade de preços.
Em alguns contextos, a palavra inflação é utilizada para significar um aumento no suprimento de dinheiro
e a expansão monetária, o que é às vezes visto como a causa do aumento de preços; alguns economistas
(como os da Escola austríaca) preferem o primeiro significado, em vez de definir inflação pelo aumento
de preços. Assim, por exemplo, alguns estudiosos da década de 1920 nos EUA referem-se a inflação,
ainda que os preços não estivessem aumentando naquele período. Mas de um modo geral, a palavra
inflação é usada como aumento de preços, a menos que um significado alternativo seja expressamente
especificado. Outra distinção também se faz quando analisam-se os efeitos internos e externos da
inflação: externamente, a inflação se traduz mais por uma desvalorização da moeda local frente a outras, e
internamente ela se exprime mais no aumento do volume de dinheiro e aumento dos preços.
Um exemplo clássico de inflação foi o aumento de preços no Império Romano, causado pela
desvalorização dos denários que, antes confeccionados em ouro puro, passaram a ser fabricados com todo
tipo de impurezas. O imperador Diocleciano, ao invés de perceber essa causa, já que a ciência econômica
ainda não existia, culpou a avareza dos mercadores pela alta dos preços, promulgando em 301 um edito
que punia com a morte qualquer um que praticasse preços acima dos fixados.
A inflação pode ser contrastada com a reflação, que é ou um aumento de preços de um estado
deflacionado, ou alternativamente, uma redução na taxa de deflação (ou seja, situações em que o nível
geral de preços está caindo em uma taxa decrescente). Um termo relacionado é desinflação, que é uma
redução na taxa de inflação, mas não o suficiente para causar deflação.
5.Moeda
Moeda é o meio através do qual são efetuadas as transações monetárias. É todo ativo que constitua forma
imediata de solver débitos, com aceitabilidade geral e disponibilidade imediata, e que confere ao seu
titular um direito de saque sobre o produto social.
É importante perceber que existem diferentes definições de “moeda”: (i) o dinheiro, que constitui as notas
(geralmente em papel); (ii) a moeda (a peça metálica); (iii) a moeda bancária ou escritural, admitidas em
circulação; e, (iv) a moeda no sentido mais amplo, que significa o dinheiro em circulação, a moeda
nacional. Em geral, a moeda é emitida e controlada pelo governo do país, que é o único que pode fixar e
controlar seu valor. O dinheiro está associado a transações de baixo valor; a moeda (no sentido aqui
tratado), por sua vez, tem uma definição mais abrangente, já que engloba, mesmo no seu agregado mais
líquido (M1), não só o dinheiro, mas também o valor depositado em contas correntes.
A moeda tem diversas funções reconhecidas, que justificam o desejo de as pessoas a reterem (demanda):
• Meio de troca: A moeda é o instrumento intermediário de aceitação geral, para ser recebido em
contrapartida da cessão de um bem e entregue na aquisição de outro bem (troca indireta em vez de
troca direta). Isto significa que a moeda serve para solver débitos e é um meio de pagamento geral.
6.Poder de compra
O Poder de compra é o nível de capacidade financeira que um consumidor ou mercado (e outros) tem para
um bem ou serviço, isso é, o quanto ele pode pagar. Quando relacionado a um consumidor, geralmente é
baseado em quanto ele ganha ou tem guardado, quantia essa que tem a potencialidade de ser gasta em
algum momento.
7.Política monetária
• Emissão de papel-moeda
• Depósito compulsório (percentual sobre os depósitos que os bancos comerciais devem reter junto
ao Banco Central)
O produto interno bruto (PIB) representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços
finais produzidos numa determinada região (quer seja, países, estados, cidades), durante um período
determinado (mês, trimestre, ano, etc). O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia
com o objetivo de mensurar a atividade econômica de uma região.
Na contagem do PIB, considera-se apenas bens e serviços finais, excluindo da conta todos os bens de
consumo de intermediário (insumos). Isso é feito com o intuito de evitar o problema da dupla contagem,
quando valores gerados na cadeia de produção aparecem contados duas vezes na soma do PIB.
9.Política fiscal
Política fiscal é administração das receitas e despesas do governo. Se a receita é maior que a despesa,
temos superávit orçamental. No inverso temos déficit orçamental. Tal política afecta o nível de demanda
ao influir na renda disponível que os indivíduos poderão destinar para consumo e poupança. Tal prática
pode ser expansionista ou restritiva. Em uma política fiscal restritiva temos diminuição dos gastos
públicos e elevação dos impostos, com objetivo de reduzir a demanda agregada e o consumo privado.
Numa política fiscal expansionista, temos aumento nos gastos públicos e corte nos impostos, com o
objetivo aumentar a demanda agregada e o consumo privado.
Dado um nível de renda, quanto maiores os impostos, menor será a renda disponível e, portanto, o
consumo. E quanto maior o gasto público, maior a demanda e maior o produto. Assim, se a economia
apresenta tendência para a queda no nível de actividade, o governo pode estimulá-la, cortando impostos
e/ou elevando gastos. Pode ocorrer o inverso, caso o objectivo seja diminuir o nível de actividade.
Algumas das medidas que podem ser tomadas são: · Aumento dos gastos públicos: promove a política
fiscal expansionista, pois estabelece novos empregos no governo. Isto é, aumenta a demanda por trabalho,
o que pode diminuir a taxa de desemprego. Ao contrário, para frear a demanda, diminuímos os gastos,
como menos investimentos públicos e cortes nas transferências unilaterais. · Diminuição da carga
tributária é uma política fiscal expansionista, pois estimula as despesas de consumo e investimento. O
inverso reduz o poder de compra, e com isso diminui a demanda agregada. · Estímulo às exportações,
elevando a demanda externa dos produtos · Tarifas e barreiras às importações, beneficiando a produção
nacional.
Agregados Macroeconômicos
• Produto - é a produção total de bens e servicos finais que são produzidos por uma sociedade num
determinado período.
• Renda - renda pessoal ou consumo das famílias - somatório das remunerações recebidas pelos
proprietários dos fatores de produção como retribuição pela utilização de seus serviços na
atividade produtiva. Ex: salário, aluguéis, juros, lucros.
• Despesas - é o total dos gastos efetuados pelos agentes econômicos na aquisição de bens e serviços
produzidos pela sociedade.
• Depreciação - uma parte dos bens de capital em uso na economia poder sofrer desgastes física ou
obsolescência. Isso configurará um decréscimo no estoque de capital denominado depreciação.
EXERCÍCIOS
3. Defina:
a. Balança de pagamentos
b. Taxa de câmbio
c. Banco central
d. Inflação
e. Moeda
f. Poder de compra
g. Política monetária
h. Produto interno bruto
i. Política fiscal
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BATISTA JÚNIOR, Paulo Nogueira. Brasil e a Economia Internacional. Rio de Janeiro. Editora Campus,
2005.
CARVALHO, Fernando; et al. Economia Monetária e Financeira:teoria e prática. Rio de Janeiro: Editora
Campus, 2000.
HALL, Robert Ernest; LIEBERMAN, Marc. Microeconomia:princípios e aplicações. São Paulo: Editora
Pioneira Thomson Learning,2003.
KRUGMAN, Paul; WELLS, Robin. Introdução à Economia. Rio de Janeiro:Editora Elsevier, 2007.
PINDYCK, Robert S; RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia. 6ª ed. São Paulo: ditora Printice Hall,
2006.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!