A produção fotográfica “Chuva de Bala no País de Mossoró” foi produzida para a disciplina de
Fotojornalismo, do curso de Comunicação Social – Jornalismo, da Universidade do Estado do
Rio Grande do Norte (UERN), com orientação da professora responsável pela disciplina. acho
que isso é subentendido Realizado por toda a turma do 7º período de Jornalismo, este trabalho
consiste em documentar as rotinas de preparação nos bastidores e os principais momentos do
espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró, com enfoque no trabalho de composição dos
atores, por meio de uma cobertura fotográfica. A peça mossoroense, que conta a história de
resistência do povo de Mossoró ao bando de Lampião, é encenada no adro da igreja São Vicente,
onde ocorreram grande parte dos fatos representados, há XX anos, sendo fonte de interesse e
impacto no turismo junino local. Os métodos e técnicas utilizados neste trabalho se deram a
partir do referencial teórico de Barthes (1980), em seu livro A Câmara Clara e da observação das
práticas de fotojornalismo.
PALAVRAS-CHAVE: teatro; cangaço; fotojornalismo, bastidores, Chuva de Bala
1 INTRODUÇÃO
Escreva algo mais formal apresentando o objeto de vocês, que é o ensaio, não o
espetáculo.
Em junho de 1927, nos bares, bodegas e calçadas da próspera Mossoró não existia outro
assunto: Lampião e seu bando estavam vindo para a cidade armado até os dentes. O medo tomou
de conta da população. Os cangaceiros eram famosos por deixar rastro de devastação por onde
passavam. Na marcha para Mossoró, Lampião sequestrou o poderoso coronel Antônio Gurgel
citar a fonte dessa informação segundo abnt e o obrigou a escrever uma carta para o prefeito
Rodolfo Fernandes. Os termos eram claros. A paz custava 400 contos de reis. Era isso ou haveria
muito estrago na terra de Santa Luzia. refazer esse texto fazendo uma sinopse formal do
espetáculo. Ver uma fonte historiográfica (exemplo, Raul Fernandes, Luiza está usando uma
revista que faz avaliação disso, veja com ela).
Prestes a entrar em cena, mais uma explosão de espetáculos acontece sob os olhos do
cristo crucificado no centro do altar. Muitos atores interpretaram diferentes personagens do
musical ao longo dos anos. Em seus abraços, todas as edições do espetáculo parecem se alinhar.
A viúva de dois anos atrás cumprimenta o atual coronel que abraça o velho prefeito que acena
para o novo cangaceiro que pede benção ao padre e por aí vai... É chegada a hora. Nas armaduras
da arte e história, os corpos se preparam para mais uma chuva de balas. o texto está muito
especulativo. Nomeie pessoas e lugares e cite fontes. Está confuso. Vcs estão mandando paper
para avaliarem a construção de um ensaio, não escrevendo uma resenha da peça.
2 OBJETIVO
Além disso, unindo a teoria e prática, este trabalho se propõe a servir como instrumento
de aprendizagem dos alunos de fotojornalimo, estimulando também a criatividade individual,
contribuindo para sua formação enquanto profissionais, com base em um clássico da teoria
fotográfica, o livro A Câmara Clara (1980), de Roland Barthes, do qual analisamos os conceitos
de punctum e studium.
3 JUSTIFICATIVA
Os métodos e técnicas utilizados nesta produção buscam unir a teoria e a prática. Através
da prática fotográfica, almejou-se também a análise e reflexão das imagens capturadas, visando a
importância da interpretação teórica na linguagem do Fotojornalismo e nas técnicas para a
composição fotográfica.
Através do referencial teórico de Roland Barthes em A Câmara Clara (1980), um clássico
da teoria fotográfica, este trabalho utilizou dois conceitos para ser realizado, são eles o punctum
e o studium. De acordo com Barthes:
Muitas fotos, infelizmente, permanecem inertes diante de meu olhar. Mas mesmo entre
as que têm alguma existência a meus olhos, a maioria provoca em mim apenas um
interesse geral e, se assim posso dizer, polido: nelas nenhum punctum: agradam-me ou
desagradam-me sem me pungir: estão investidas somente de Studium [...]. O Studium é
o campo muito vasto do desejo indolente, do interesse diversificado, do gosto
inconseqüente: gosto / não gosto (1984: p. 47)
Para Barthes, o studium tem caráter objetivo. A palavra vem do verbo latino studare, e
representa exatamente o que a fotografia quer passar, seus signos e características ligadas ao
contexto cultural e social da imagem. É o que observamos enquanto espectadores, é o natural, o
óbvio.
Já o punctum tem caráter subjetivo. O punctum vem do verbo latino pungere, ‘picar’,
‘furar’, ‘perfurar’. Sua interpretação depende unicamente do seu observador, de suas referências
pessoais. É aquele pequeno detalhe que toca emocionalmente o espectador, aquele ponto que lhe
instiga na foto, que lhe perfura. Já que o corpo dos atores em estado de preparação, alongado-se,
maquiando-se, ou mesmo relaxando, ou vestido em sua indumentária, já a postos e
caracterizados, era o nosso foco, tivemos o desafio de trabalhá-los dentro dessas duas
possibilidades. Em diálogo com os elementos históricos e o imaginário político da peça. Ou em
estado de escape, buscando preparar-se para o seu momento debaixo dos holofotes.
Além disso, para a construção das imagens fotografadas foi utilizada a câmera Canon
60d, com lente 17-200. A iluminação ficou por conta do próprio espetáculo, para que a coloração
e os tons da peça fossem capturados da forma mais fidedigna possível e também para que não
chamassemos atenção com o barulho de flashes nas coxias, improvisadas no interior da igreja,
palco provisório da peça. O conhecimento teórico e técnico contribuíram para imagens que
revelam não apenas uma peça teatral, mas a cultura, história e arte ali presentes.
Este trabalho trata-se de uma cobertura fotográfica que busca expressar, por meio de
fotografias, a história e a cultura mossoroense, retratadas na peça “Chuva de Bala no País de
Mossoró”. As fotografias foram capturadas com base no punctum e o studium dos pontos altos da
peça “Chuva de Bala no País de Mossoró” e os seus bastidores, tendo o corpo dos atores como
foco.
O Chuva de Bala é um importante espetáculo para a cidade de Mossoró, que é muito mais
do que apenas uma encenação que conta um momento histórico. O Chuva de Bala no país de
Mossoró possui trilha sonora reconhecida e muitos números coreografados. Seus bailarinos
invadem o palco fazendo arte em frente à igreja, unindo o sagrado com o profano. No que diz
respeito à narrativa, heroísmo e banditismo também são dois antagonistas que se misturam na
história. O cangaço de um lado; A igreja, o Estado e a polícia, do outro. No meio de tudo isso, há
o povo mossoroense.
Todo o processo de construção do ensaio foi realizado ao longo da disciplina, que se
iniciou com a parte teórica, onde as alunas e os alunos debateram a fotografia como linguagem
que identifica aspectos da realidade a partir do enquadramento. Partindo para a técnica no
manuseio da câmera, lentes e seus dispositivos de controle de luz e velocidade. Até às técnicas
de composição, tais como a simetria, assimetria, a regra dos terços e o uso da perspectiva.
Foram divididas equipes que se ocuparam da construção de pautas, escrita dos textos
descritivos e entrevistas de perfil, produção dos retratos e cobertura do espetáculo, com acesso
aos bastidores e ao espaço destinado à imprensa. Por fim, o conhecimento teórico e técnico
foram aplicados na captura das imagens da peça.
A professora solicitou que o ensaio fosse pensado em três atos: corpos em preparação:
momento em que os atores estariam concentrados antes da peça; corpos em armadura: o instante
do palco e corpos e gestos: exibindo a diversidade de atores que participam da peça, destacando
um objeto de sua indumentária. As três partes eram compostas também por textos descritivos,
sendo a terceira ilustrada por entrevistas de perfil.
Figura 1 - Mossoró vitoriosa
Nesta imagem, está parte do elenco do espetáculo Chuva de Bala de joelhos e mãos
erguidas. Representando a juventude do exército local e a população civil mossoroense. Os
atores estão em posição de agradecimento, é o fim do espetáculo. Seus rostos mostram
expressões de felicidade e dever cumprido. Esse é o studium da foto, é o que ela representa ao
observador. É o tipo de fotografia de conjunto que dificulta o estabelecimento de vínculo com
um único punctum.
No punctum da foto, vai muito além disso, é o sentimento por trás da fotografia. Pessoal e
intransferível. Para aqueles atores, pode ser cada um de seus rostos. Pode ser as luzes. O
figurino. O palco. É o que dá vida a fotografia pela interpretação pessoal emotiva de cada um. O
punctum não diz respeito a quem está na foto, mas a quem fotografou ou a quem lê a foto.
Figura 2 - Lampião
Figuras 3 e 4 – A Viúva
O olhar de Tony Silva, atriz que representa as viúvas de Lampião, também está capturado
e eternizado em uma das imagens. Sua coroa de espinhos. As luzes neon que dão um ar obscuro,
condizentes com sua personagem, uma viúva. O punctum da foto está em seu olhar perdido,
desesperador, que lamenta a chegada da morte.
Figuras 5 e 6 – Jararaca
Figuras 6 e 7 - Bastidores
Figuras 8 e 9 - Caracterização
Essas imagens revelam o cenário utilizado pelos artistas para dar vida aos seus
personagens, o adro da capela de São Vicente. A santa, desfocada na primeira imagem, ajuda a
compor o espaço de maquiagem de um dos atores. Na segunda imagem, é possível observar
como os bancos da igreja são utilizados pelos atores para servir de apoio na composição de seus
figurinos inspirados na Art Noveau.
Essas são as onze fotos selecionadas e produzidas pelos olhares fotográficos dos
estudantes de Jornalismo durante o espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró, que
representam a arte teatral em sua forma mais crua, a história e resistência do povo mossoroense.
6 CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras Escolhidas Volume I. Trad. Sergio
Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BARTHES, Roland. A Câmara Clara: nota sobre a fotografia. Trad.: Júlio Castañon
Guimarães. Rio de Janeiro, RJ: Nova Fronteira, 1984.
inserir uma referência sobre fotojornalismo