PROCESSO DE CONTRA-ORDENAÇÕES
DE TRÂNSITO
RELATÓRIO FINAL
Versão Preliminar
Janeiro de 2007
DIRECÇÃO-GERAL DE VIAÇÃO
Estudo de Reformulação do
Processo de Contra-Ordenações de Trânsito
Relatório Final
- ÍNDICE -
I INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 4
2.3.6. Cobrança................................................................................................................................... 36
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4.2.6. Cobrança................................................................................................................................... 53
5.2.5. Cobrança................................................................................................................................... 80
5.2.6. Reembolsos................................................................................................................................ 82
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I INTRODUÇÃO
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De referir que por cada processo de contra-ordenação concluído sem sucesso (ex: devido a
arquivamento por prescrição) é desperdiçada um oportunidade de receita que poderia ser
canalizada para investimento em iniciativas no domínio da segurança rodoviária (acções
preventivas de educação e sensibilização, reforço dos meios de fiscalização, etc.) e,
fundamentalmente, de penalização/educação dos infractores com geração de efeitos
dissuasores que se reflectem para além da sua esfera particular.
É neste contexto que o MAI decidiu proceder a uma revisão global do processo de contra-
ordenações estradais, no sentido de promover níveis superiores de eficiência e eficácia, a
qual se consubstanciou na realização do estudo a que se refere o presente relatório.
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O estudo contemplou a revisão e análise crítica das diversas fases de tramitação do processo
nas diferentes entidades e órgãos envolvidos (Entidades Fiscalizadoras, Serviços Centrais da
DGV e Serviços Desconcentrados da DGV – Delegações de Viação/Divisões de Contra-
Ordenações), com o intuito de identificar oportunidades de simplificação e agilização
processual que permitam a consecução desses objectivos, designadamente de redução do
número de processos prescritos ou arquivados por incapacidade de resposta dos
serviços/meios de tratamento, bem como a possibilidade de afectação de um menor número
de recursos para a obtenção de melhores resultados.
1.2. Abordagem
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Caracterização e Configuração do
Preparação
Análise Crítica Modelo Futuro e Acções
Preparação Gestão
Gestão do
do Projecto
Preparaçãoee Projecto
Organização
Organização
do
doProjecto Gestão
Projecto Gestão da
da Qualidade
Qualidade
Validação
Validação ee
Validação
Validação Aceitação
Aceitação
Modelização
Modelizaçãodo do Modelização
Modelizaçãodo do
Processo
ProcessoActual
Actual Novo
NovoProcesso
Processoee
eeIdentificação
Identificaçãode
de Sistematização
Sistematização
Oportunidades
Oportunidadesde de de
deRequisitos
Requisitos
Melhoria
Melhoria Estruturação
Estruturaçãodas
das
Acções
Acçõesaa
Desenvolver
Desenvolver
Sistematização
Sistematização Configuração
Configuraçãoda
da
da
daEstrutura
Estrutura Organização
Organizaçãode
de
Orgânica
OrgânicaActual
Actual Suporte (GSR)
Suporte(ANSR)
(GSR)
(DGV)
(DGV)
2 Em conjunto, a PSP e a GNR representam 88% dos Autos levantados durante o ano de 2005, pelo
que se optou por concentrar nestas instituições o estudo das vertentes relacionadas com as
Entidades Fiscalizadoras.
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Essa análise quantitativa das diversas fases do processo foi assim sustentada num conjunto
de informação estatística recolhida junto da DGV, GNR e PSP, nomeadamente:
• evolução da situação dos Autos registados no SIGA3, no período entre Janeiro de 2004
e Agosto de 2006;
• amostras do ciclo de vida completo dos Autos registados no SIGA, relativas aos
meses de Abril de 2004 (enquadrados no Código da Estrada anterior) e Junho de 2005
(já enquadrados no novo Código da Estrada).
Por fim, a fase de configuração do modelo futuro e definição das acções conducentes à sua
implementação envolveu três grandes vertentes:
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Na sequência desta análise, apresenta-se uma proposta para o desenho do processo futuro de
contra-ordenações e para o desenho da organização de suporte – a Autoridade Nacional de
Segurança Rodoviária (ANSR). Finalmente, apresenta-se o Plano de Acção que define a
estratégia, medidas e acções para a implementação das propostas apresentadas nos capítulos
precedentes.
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• Entidade Administrativa:
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• prestar depósito, o qual se converte em pagamento efectivo caso não seja apresentada
defesa no prazo de 15 dias;
• não pagar nem prestar depósito, procedendo a Entidade Fiscalizadora, neste caso, à
apreensão provisória dos documentos (título de condução e documentos do veículo),
tendo o infractor 15 dias para apresentação de defesa ou para efectuar prova de
pagamento da coima junto das entidades competentes.
Caso se tratem de infracções leves, os originais dos Autos são arquivados na Entidades
Fiscalizadoras, sendo o seu duplicado enviado para registo central na DGV (Autos
levantados em suporte papel). No caso dos Autos Electrónicos, a informação é enviada à
DGV em suporte electrónico, sendo automaticamente registada no SIGA – Sistema de Gestão
de Autos (não há duplicado do Auto uma vez que não é necessária a digitação de dados
neste sistema). Caso haja apresentação posterior de defesa ou não haja lugar a
pagamento/depósito, o original do Auto pode vir a ser enviado à DGV (por solicitação
expressa desta) para instrução do respectivo processo.
Nos restantes casos – infracções graves e muito graves –, o duplicado dos Autos em papel
continua a ser enviado para digitação nos serviços centrais da DGV, enquanto que o original
é remetido à DV/DCO competente para instrução do respectivo processo. De igual modo, no
caso dos Autos Electrónicos não há lugar à emissão de duplicado, sendo a informação
transmitida electronicamente e registada no SIGA de forma automática.
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Após a recepção do Auto, o sistema atribui, de forma aleatória, os processos aos juristas para
que estes procedam à sua análise e produzam a proposta de decisão administrativa. A
preparação do processo para entrega ao jurista envolve ainda a impressão e capeamento das
diferentes peças processuais associadas ao Auto em análise.
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• interposição de recurso;
• incumprimento da decisão.
Nos Serviços Centrais da DGV são ainda asseguradas as funções de suporte ao processo,
nomeadamente no que toca à área de Cobranças. Esta área recebe informação relativa aos
diversos pagamentos de coimas/depósitos recebidos (Entidades Fiscalizadoras, CTT, SIBS,
etc.) e procede ao seu lançamento ao nível dos Autos (reconciliação). A área de Cobranças
assegura ainda a distribuição do produto das coimas pelas entidades intervenientes no
processo, conforme definido no Decreto-Lei n.º 369/99, de 18 de Setembro.
No que respeita à distribuição dos Autos levantados por Entidade Fiscalizadora, constata-se
que a esmagadora maioria é proveniente da PSP e GNR (representando em conjunto cerca de
88% do Autos levantados durante o ano de 2005), sendo os restantes 12% da autoria das
Câmaras Municipais, DGV e EP – Estradas de Portugal, E.P.E..
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493.422
39%
GNR
PSP
DGV e Outros
632.970
49%
Fonte: Obtido por extrapolação a partir dos dados de Autos levantados no mês de Junho de 2005 (SIGA).
Por este motivo, a análise realizada no presente estudo das vertentes relacionadas com as
Entidades Fiscalizadoras centra-se nestas duas instituições, dado que, pelo peso que
representam, quaisquer melhorias introduzidas nas respectivas fases do processo apenas
terão tradução em resultados com significado material se lhes aplicadas.
Como referido anteriormente, a notificação do infractor pode ser efectuada de forma directa
ou indirecta. O gráfico seguinte revela que a maior percentagem dos Autos levantados pelas
Entidades Fiscalizadoras são indirectos (65%).
450.070
35%
Autos Directos
Autos Indirectos
826.451
65%
Fonte: Obtido por extrapolação a partir dos dados de Autos levantados no mês de Junho de 2005 (SIGA).
Ou seja, cerca de 2/3 do volume total corresponde a Autos com tratamento administrativo
mais complexo (indirectos), na medida em que implicam um conjunto adicional de
diligências processuais destinadas à identificação e notificação do infractor.
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Registe-se ainda a tendência, no curto prazo, para o aumento do peso relativos dos Autos
indirectos justificado, por um lado, pela crescente utilização de radares (nomeadamente
pelas Polícias Municipais no interior das grandes cidades) e outros meios de detecção
automáticos, como é o caso das passagens indevidas nas portagens em auto-estradas5.
Relativamente à distribuição entre Autos em papel e Autos electrónicos, e embora não tenha
sido possível obter dados objectivos, a esmagadora maioria dos Autos continua a ser
levantado em papel uma vez que o sistema “Polícia em Movimento” está ainda em fase de
expansão dentro das Forças de Segurança. A utilização deste sistema é desde logo limitada
pela ainda reduzida quantidade de equipamentos móveis disponíveis, sendo que existem
actualmente cerca de 650 TabletPC na GNR e 350 na PSP.
No que respeita à gravidade, as contra-ordenações podem assumir três níveis: leves, graves e
muito graves. Como se pode observar no gráfico exposto em baixo, 76% dos Autos
levantados referem-se a infracções leves, enquanto que as infracções graves e muito graves
representam respectivamente 19% e 5%.
46.597
4%
232.396
18%
Leve
Grave
Muito Grave
997.467
78%
É ainda importante referir que a DGV processa cerca de 54% dos Autos levantados a nível
nacional, visto que os restantes não são alvo de processamento administrativo, por se
5 De acordo com a Lei n.º 25/2006, de 30 de Junho, o processamento destas infracções transita para a
alçada da DGV sempre que não haja pagamento voluntário na sequência do Auto levantado pela
empresa concessionária.
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tratarem de Autos leves, pagos e em que o infractor não apresenta defesa. Estes Autos são
resolvidos e arquivados na Entidade Fiscalizadora.
689.321
54%
587.200
46%
Autos Resolvidos na
Entidade Fiscalizadora
Autos Processados na
DGV
Fonte: Obtido por extrapolação a partir dos dados de Autos levantados no mês de Junho de 2005 (SIGA).
Relativamente à análise dos tempos decorridos em cada uma das fases do actual processo de
contra-ordenações, o quadro seguinte apresenta os principais indicadores calculados a partir
da amostra obtida do SIGA:
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atribuição do processo a um jurista até à decisão), pese embora estes tempos devam ser
analisados tendo em conta os estrangulamentos existentes nas fases anteriores. Ou seja, num
cenário de maior fluidez das fases anteriores do processo e de manutenção da capacidade
actual seria expectável a deterioração destes tempos.
Pode-se ainda constatar uma grande variabilidade no tempo decorrido para a conclusão das
diversas fases do processo, conforme se pode observar pela elevada amplitude dos intervalos
definidos pelos percentis 5% e 95%. Por exemplo, as fases de Atribuição a Jurista, Proposta
de Decisão e Decisão Administrativa podem estar concluídas em 3 dias ou em 330 dias. De
igual modo, o período de tempo entre a ocorrência da infracção e a Recepção do Auto na
Delegação de Viação varia entre 39 dias e 758 dias.
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DGV Outros
0,01% 1,96%
PSP
44,22% GNR
53,81%
Fonte: Obtido por extrapolação a partir dos dados de Autos levantados no mês de Junho de 2005 (SIGA).
A principal lacuna identificada nesta etapa consiste no grande número de Autos ainda
levantados em suporte papel e no subsequente tratamento manual, uma vez que o projecto
“Polícia em Movimento” se encontra ainda em fase de expansão dentro de ambas as Forças
de Segurança.
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No que respeita aos Autos levantados em papel, constata-se, em muitos casos, a existência de
diversas omissões de elementos relevantes, nomeadamente a deficiente descrição sumária
dos factos, a inserção errada da codificação da infracção ou ainda a indicação errada do
montante da coima. Quando o Auto chega à DGV para ser registado no SIGA, estes erros e
omissões determinam em muitos casos a anulação do Auto e a necessidade de o mesmo ser
devolvido à Entidade Fiscalizadora. Com base nas amostras analisadas, conclui-se que cerca
de 2% de Autos entrados na DGV são devolvidos à Entidade Fiscalizadora para correcção
(cerca de 11.750 em 2005).
Por outro lado, o sistema “Polícia em Movimento” não permite actualmente o registo de
Autos levantados em papel, obrigando à coexistência nas Entidades Fiscalizadoras de
processos e sistemas distintos e não integrados para controlo e gestão interna dos Autos6.
Verifica-se ainda que a GNR concentra a maior parte do seu trabalho no levantamento do
Autos directos (73,8%), contrariamente à PSP, que centraliza 57,1% do seu trabalho no
levantamento de Autos indirectos.
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Autos Directos
42,9%
Autos
Indirectos
57,1%
Autos Directos
73,8%
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No que respeita à distribuição dos Autos Indirectos por Entidade Fiscalizadora, verifica-se
que mais de metade do total é proveniente da PSP (52%), seguido da GNR (30%).
Outros
17,02%
GNR
DGV 30,40%
0,08%
PSP
52,51%
Fonte: Obtido por extrapolação a partir dos dados de Autos levantados no mês de Junho de 2005 (SIGA).
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Por outro lado, constata-se uma grande variabilidade no tempo decorrido nesta fase do
processo, conforme se pode observar pela enorme amplitude do intervalo definido pelos
percentis 5% e 95% (respectivamente 8 e 326 dias), aspecto justificado pela grande
variabilidade de situações que podem impactar negativamente esta fase do processo (por
exemplo, dificuldade de identificação do condutor/infractor ou moradas desactualizadas
nos registos oficiais) e pela inexistência de mecanismos e de procedimentos claros e
uniformes que permitam ultrapassar ou contornar essas dificuldades de forma eficiente.
Muito
62
Grave
Grave 128
Leve 114
(em dias)
Fonte: Obtido a partir dos dados de Autos levantados no mês de Junho de 2005 (SIGA).
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Outra 149
PSP 115
GNR 110
DGV 37
(em dias)
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Acresce a essas deficiências o facto dos processos de finishing das notificações e de controlo
dos registos e avisos de recepção se encontrarem dispersos e de envolverem uma elevada
carga de trabalho manual, contribuindo em grande medida para o empenhamento de um
elevado número de recursos humanos (611 FTE7 afectos ao processo de notificações nas
Entidades Fiscalizadoras) e para a morosidade do processo.
Enquanto que os originais do Autos graves (232.396 em 2005, 18% do total) e muito graves
(46.597 em 2005, 4% do total) são enviados à DGV, os Autos leves (997.467 em 2005, 78% do
total) são, por defeito, arquivados na Entidade Fiscalizadora. Destes, os pagos e sem defesa
são remetidos para arquivo definitivo, enquanto que os não pagos e/ou com apresentação de
defesa são encaminhados para arquivo temporário, ficando a aguardar um eventual pedido
de remessa da DGV para instrução do respectivo processo, ou a indicação do seu
arquivamento definitivo. De referir que, na grande maioria dos casos, devido à inexistência
de procedimentos consistentes de comunicação do arquivamento dos Autos leves, as
Entidades Fiscalizadoras aguardam durante todo o prazo de validade do Auto a indicação
por parte da DGV para procederem ao seu arquivo definitivo.
Para além do espaço físico ocupado (por natureza escasso e em muitos casos sem as
condições físicas desejáveis para a manutenção deste arquivo), a inexistência nas Forças de
Segurança de ferramentas de Gestão Documental (incluindo capacidades de digitalização,
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Dentro da DGV, a fase de Registo e Recepção dos Autos apresenta-se como o principal factor
de estrangulamento do processo de contra-ordenações estradais, na medida em que
representa atrasos significativos no período que medeia a notificação do infractor e o início
do tratamento do processo nas Delegações de Viação.
Como se constata no quadro anterior, o prazo médio para a realização das actividades
relativas a esta fase do processo – Registo e Recepção – totaliza 226 dias, que se subdivide em
59 dias entre a data de notificação do infractor e o registo do Auto no sistema (envio do Auto
aos serviços da DGV e respectiva introdução no SIGA), 148 dias entre registo do Auto no
sistema e a recepção do Auto nas Delegações de Viação (análise do Auto e complemento da
informação/peças processuais), e 21 dias entre a recepção nas Delegações de Viação e a
atribuição do processo de contra-ordenação a um jurista (impressão, capeamento das peças
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processuais e atribuição aleatória) para que seja proferida uma proposta de decisão
administrativa.
Outro factor que contribui para o aumento dos tempos associados a esta fase do processo é a
necessidade de comunicação/interacção entre as Entidades Fiscalizadoras e a
DGV/Delegações de Viação (que se realiza por via postal e sem suporte do sistema de
informação) para os cerca de 2% Autos devolvidos anualmente à Entidade Fiscalizadora por
motivos de erro ou de falta de elementos essenciais (aproximadamente 11.744 Autos durante
o ano de 2005).
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3 2
Envio dos elementos em Pedido de elementos em Elementos
N
falta falta completos?
S
4
Analisa processo
5
Arguido
apresentou S Analisa defesa
defesa?
Arguido
apresentou
testemunhas?
S
6
Inquirição de N
N testemunhas
7
Elabora proposta de
decisão
11
Infracção muito
grave?
N Delegado valida decisão
S 1
8
Envia para decisão do Proposta de
Governador Civil decisão aprovada?
S N
12 10 9
Regista a decisão no Regista alterações à Envio de alterações à
1 SIGA proposta de decisão proposta de decisão
13
Informa a decisão ao Decisão
arguido
N sancionatória?
Fim S
14
Envia notificação da
decisão ao arguido por
carta registada
15
Envia notificação da
Aviso de recepção
decisão ao arguido por N assinado?
carta simples
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Como se pode observar no quadro seguinte, existe uma grande variabilidade no tempo
dispendido pelos 146 FTE com funções jurídicas nas Delegações de Viação na elaboração da
proposta de decisão, na medida em que, para processos simples, esta pode ser realizada em
poucos minutos, enquanto que em casos mais complexos pode levar 161 dias. Importa referir
que para mais de 11% dos processos entrados na DGV (cerca de 66.060 em 2005) os arguidos
apresentam defesa, sendo este o principal factor que contribui para a complexidade dos
processos.
Nos casos em que a infracção é muito grave, a proposta de decisão elaborada nas Delegações
de Viação é, segundo a legislação vigente, aprovada pelo Governador Civil, sendo o prazo
médio para esta aprovação de 75 dias. Esta intervenção do Governo Civil constitui uma
quebra no processo, visto que demora em média mais 56 dias que a aprovação da proposta
numa Delegação de Viação. Adicionalmente, o facto da comunicação entre as Delegações de
Viação e o Governo Civil se efectuar por via postal acrescenta burocracia e reduz a fluidez do
processo, havendo a percepção de que o valor acrescentado desta intervenção é reduzido,
uma vez que a proposta de decisão da DV é, na esmagadora maioria dos casos, seguida pelo
Governo Civil.
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Início
1 2
Efectua pedido de Analisa o pedido de
reembolso reembolso
3
Efectua registo no
SIGA da autorização
de reembolso
5 4
Consulta e imprime Envia a decisão à
Auto DGV via fax
6 7
Envia informação
para autorização de Autoriza reembolso
reembolso
8
Efectua plan.
contabilístico de
reembolso
9
Efectua PAP ao
Director Geral
10
Arquiva informação
Fim
no SIGA
N Pedido aceite?
S
11 12
Efectua pedido à
Autoriza cheque por
tesouraria para
2 elementos do CA
emissão cheque
13
Regista no SIGA a
informação de
pagamento
14
Envia cheques para
Fim N Cheque devolvido?
a morada do Auto
15
S
Verifica morada no
SIGA
16
Reenvia cheque
Fim N Cheque devolvido?
para a nova morada
17
18
Efectua pedido de
aprovação para Aprova pedido de
S arquivo de cheque arquivo
devolvido
19
Arquiva cheque
Fim
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Por outro lado, a prática vigente de reembolso por via de cheque envolvem uma maior carga
de trabalho administrativo e representam um maior risco de falha humana quando
comparado com a alternativa de transferência bancária.
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Início
1
Recebe cheques
devolvidos
2
Averigua a
informação do Auto
Infractor
identificado?
S N
6 3 4
Envia notificação / Envia informação ao Aprova pedido de
aviso ao infractor Director Geral arquivo do cheque
7
Prepara notificação
Infractor paga? N para Tribunal
Decisão judicial
Os cheques devolvidos por entidades bancárias resultam de situações em que o cheque não
tem provisão ou em que a assinatura é ilegível, pelo que a entidade bancária não procede ao
depósito do respectivo montante na conta da DGV.
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Por outro lado, nos casos em que é possível identificar o infractor, é desencadeado um
processo administrativo de notificação do infractor para que este proceda à regularização da
situação num prazo de 30 dias. Em último caso, nas situações em que o infractor não proceda
ao pagamento da coima, mesmo após a notificação, o processo é enviado para o Tribunal
para que seja executado em sede judicial.
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O diagrama que se segue ilustra os órgãos da DGV que actualmente estão envolvidos no
processo de contra-ordenações de trânsito.
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A tabela seguinte resume, por fase de processo, o número de recursos actualmente afectos ao
tratamento de contra-ordenações nos diversos órgãos da DGV8:
Em termos globais verifica-se a existência de cerca de 356 FTE afectos ao processo, cerca de
44% dos quais em regime de outsourcing, o que denota uma forte externalização do processo
já na situação presente. Deste número, a maior percentagem (cerca de 85%) encontra-se
afecta aos serviços desconcentrados da DGV, nomeadamente às actividades de recepção e
preparação do processo para análise e à preparação da decisão administrativa.
Conclui-se ainda que existe uma elevada carga administrativa associada a estas tarefas, uma
vez que mais de metade destes recursos são administrativos (53%), correspondendo a um
rácio de administrativos (funções de suporte) por jurista superior a 1.
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Conforme referido anteriormente, existem outras entidades que intervêm em diferentes fases
do processo:
Total RH
Actividades Operacionais FTE
Afectos
Fiscalização e levantamento do Auto 9.713 5.795
Inquirição de testemunhas 617 198
TOTAL: 10.330 5.993
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Total RH
Actividades Administrativas FTE
Afectos
Registo e tratamento de Autos 1.253 494
Notificação 2.113 611
Outras actividades de prrocessamento 673 221
Atendimento ao público 1.644 580
TOTAL: 5.683 1.906
Conclui-se assim que existe actualmente uma elevada carga administrativa associada ao
tratamento dos Autos nas Entidades Fiscalizadoras, nomeadamente derivado da elevada
percentagem de Autos indirectos (65%) e da respectiva carga associada ao processo de
identificação e notificação do infractor, assim como da elevada percentagem de Autos ainda
levantados em suporte papel que requerem tratamento manual posterior para registo nos
sistemas das Forças e para envio à DGV.
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No que respeita à intervenção dos Tribunais, constata-se que a interacção da DGV com estes
é realizada de forma manual e sem recurso a qualquer suporte electrónico. Por outro lado,
verifica-se que a sua eficácia e a prioridade atribuída aos processos relativos a
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4.2.6. Cobrança
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5.1. Introdução
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Tendo em conta o reforço previsto das validações automáticas efectuadas pelo SCoT ao
registo de Autos directos (nomeadamente associadas à verificação da edição/confirmação
pelo agente autuante da descrição sumária proposta pelo sistema) e o facto destes Autos
serem tipicamente registados no local e momento da infracção e na presença do infractor
(com recurso a equipamentos móveis – TabletPC), a introdução deste sistema permitirá
diminuir em grande medida erros, omissões ou incorrecções no preenchimento dos dados e,
consequentemente, a ocorrência de bloqueios em fases posteriores do processo.
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Ainda no que respeita aos Autos levantados em papel, a reformulação preconizada prevê a
centralização do respectivo tratamento e recolha para o sistema de informação. Assim, estes
Autos deixarão de ser registados nas Entidades Fiscalizadoras, devendo ser remetidos à
estrutura centralizada a criar13 que, tirando partido de ferramentas de recolha automáticas
(ex: OCR), procederá à respectiva introdução no sistema de informação que, sendo único,
disponibilizará automaticamente a informação recolhida à respectiva Entidade Autuante.
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Infractor Entidade Fiscalizadora Entidade Fiscalizadora ANSR ANSR Serviços ANSR Serviços de
(Fiscalização) (Unidade de suporte) Serviços de Registo de Arquivo Notificação
1
Início
1 2
Registo de
Efectua participação da
Comete Infracção propriedade S
infracção
colectivo?
3
Auto electrónico? S Arquiva participação
4 5
Envia participação para Regista Auto com
N registo proprietário do veículo
6
Envia ofício à empresa a
solicitar a identificação do
condutor
7
Respondeu à Registo do Auto com
solicitação? S condutor identificado
8
Registo do Auto com
N empresa proprietária
9
Assina Auto (digital) 1
Aviso de recepção
assinado? N
11
Envia carta simples
S
Identificação
S de outra pessoa?
12
Identificação de outra
pessoa como infractor
N
1
Efectua Processamento
pagamento?
N do Auto
S
13
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Num cenário futuro, e na medida em que existam evoluções nesse sentido ao nível do
Processo Civil e demais legislação, poderá vir a ser equacionada a eliminação da necessidade
do Aviso de Recepção nas notificações, obviando consequentemente a necessidade de envio
da Carta Simples nas situações em que a recepção não é confirmada.
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Por outro lado, recomenda-se que as diligências para notificação de Autos indirectos deixem
de ser efectuadas nos moldes actuais (nas Entidades Fiscalizadoras de forma
descentralizada), passando a estrutura centralizada referida na secção anterior a assegurar
essas actividades. A criação de mecanismos que permitam centralizar e automatizar a
emissão dos Autos/notificações, a recepção dos avisos de recepção e o controlo dos
respectivos prazos torna-se essencial, sendo recomendada a ligação electrónica com o
sistema de registo postal (interface com os CTT).
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No que respeita à assinatura da notificação por parte do infractor, considera-se não ser
viável, no curto prazo, a substituição da assinatura manual por assinatura electrónica, uma
vez que essa solução implicaria a existência de meios de assinatura electrónica qualificada
por parte da generalidade dos cidadãos15.
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Ou seja, a legislação vigente prevê a possibilidade do agente que presencia a infracção poder
mandar levantar o respectivo Auto, não obrigando a que seja o próprio a fazê-lo.
Ou seja, a legislação prevê a possibilidade do Auto ser assinado, alternativamente, por três
figuras distintas:
Ou seja, considerando como denunciante o agente que presencia a infracção e como agente
que recebe a notícia (denúncia) o representante da Entidade Fiscalizadora junto da estrutura
centralizada que levanta e emite o Auto, pode-se concluir, por combinação com o nº 2 deste
mesmo Artigo, que a assinatura do Auto poderá ser efectuada por este segundo elemento.
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Apesar de se considerar, como se procurou demonstrar, que a actual legislação não obriga à
assinatura do Auto pelo agente que presenciou a infracção e, nesse sentido, permite a
evolução imediata para o modelo preconizado de centralização da emissão dos
Autos/notificações, recomenda-se que a presente análise seja validada por juristas
especializados no Código da Estrada e que, após essa validação, a possibilidade de adopção
desta prática seja clarificada no texto desse diploma, precavendo desse modo eventuais
divergências de interpretação em sede judicial e os consequentes obstáculos à eficácia do
processo.
No que respeita ao Arquivo dos Autos indirectos, preconiza-se uma solução idêntica à
recomendada para os Autos directos, ou seja, que o tratamento e arquivo dos originais e
documentação associada passem a ser efectuados na estrutura centralizada a criar.
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Levantamento e
instauração do
Auto
1
Registo em
Registo automático do Auto
formato S no Sistema
electrónico?
Elementos
completos?
N
5
Pedido de elementos à
entidade fiscalizadora
6 7 S 2
Actualiza/envia elementos Recebe restantes
Analisa elementos
em falta elementos
8 3
Digitalização dos restantes
Digitalização do Auto
elementos
9 10 11
Regista Auto no SCOT Regista Auto no Sistema Arquivo do Auto
12
Regista a defesa no
Sistema S Apresenta defesa?
13 14
Processamento
do Auto N
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Estas medidas permitirão uma redução dos prazos associados à fase de Registo do Auto e do
elevado volume de trabalho administrativo actualmente associado ao registo, recepção e
arquivo de Autos, quer nas Delegações de Viação, quer nas Entidades Fiscalizadoras.
Caso se verifiquem erros ou omissões nos dados constantes dos Autos, prevê-se que a
Entidade Fiscalizadora possa aceder ao sistema único e partilhado entre as diversas
entidades para corrigir/completar elementos em falta, eliminando desta forma uma grande
parte das actuais interacções por via postal, o que permitirá acelerar o processo e reduzir o
número de recursos afectos ao tratamento administrativo dos Autos.
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ANSR
Entidade Fiscalizadora ANSR ANSR ANSR ANSR Unidade de Gestão de Contra-
(Unidade de Suporte) Serviços de Cobrança Serviços de Registo Serviços de Notificação Processamento do Auto
ordenações
Recepção e
registo do Auto
1
Atribui auto a jurista
4 2
Pedido de elementos em Verifica se elementos
falta estão completos
5
Elementos em falta
Actualiza/envia Elementos
estão nos Serviços N
elementos em falta completos?
de Registo?
S
3
Junta os elementos ao
S
processo
6
Analisa processo
7
Arguido
Analisa defesa S apresentou
defesa?
N
Arguido
apresentou N
testemunhas?
S
9 8
Pedido de Inquirição de
Notifica a Testemunha Testemunhas à Entidade
Fiscalizadora
10
Realiza a Inquirição de
testemunhas
12
11 13
Elabora proposta de
Resultado da Inquirição Decisor valida decisão
decisão
15 14
Arguido efectuou Informa a decisão ao Decisão Regista a decisão no
Fim N depósito? arguido
N sancionatória? Sistema
S
16
Reembolso
17
Envia notificação da
decisão ao arguido por S
carta registada
Fim
Aviso de recepção
assinado?
N
18
Envia notificação da
decisão ao arguido por
carta simples S
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Assim, o desenho futuro prevê que as etapas de análise do processo (incluindo dos eventuais
pedidos e requerimentos associados), elaboração da proposta de decisão e da decisão
propriamente dita passem a ser asseguradas centralmente na ANSR. Paralelamente, e em
consonância com a recomendação da Comissão para o Estudo do Processo
Contra-Ordenacional Estradal, prevê-se a eliminação da intervenção dos Governos Civis na
aprovação das propostas de decisão relativas a infracções muito graves.
No que se refere à atribuição dos processos de contra-ordenação aos juristas que serão
responsáveis pela preparação da proposta de decisão, prevê-se que o actual método de
distribuição aleatória implementado no SIGA seja substituído por um algoritmo de
distribuição automático e “inteligente” que leve em consideração regras como sejam o tipo e
grau de complexidade dos processos, a especialização dos juristas e o número de processos
atribuídos no momento a cada jurista. Este modelo, que deverá ser complementado com a
possibilidade de atribuição manual para suprir eventuais casos urgentes, permitirá uma
gestão mais eficaz das cargas de trabalho, contribuindo também para a redução dos tempos
globais de processamento.
16 Algoritmo automático que, com base nas características do processo (tipo de infracção, estado do
pagamento da coima, etc.) e no cadastro do infractor, sugere uma decisão que será passível de
alteração posterior pelo utilizador do sistema.
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A notificação da decisão passará também a ser efectuada de forma centralizada, nos mesmos
moldes e pela mesma estrutura mencionada anteriormente para os Autos indirectos e
respectivas notificações.
No que respeita à intervenção dos Tribunais, e tal como se evidenciou na análise do processo
actual, o envio do processos para execução ou decisão judicial (cerca de 12,5% das que dão
entrada na DGV) tem uma eficácia reduzida na cobrança das coimas e na efectivação das
sanções acessórias. Este facto deve-se fundamentalmente à reduzida prioridade atribuída
pelos Tribunais aos processos de contra-ordenação, o que leva muitas vezes à sua prescrição
(conforme referido nos capítulos anteriores, apenas é recebida resposta para uma
percentagem reduzida dos processos enviados).
Neste contexto, considera-se que deverão ser exploradas alternativas que visem uma maior
eficácia desta última fase do processo contra-ordenacional, de modo a ser conseguido um
aumento significativo dos valores cobrados e das sanções cumpridas e, consequentemente,
atenuar o sentimento de impunidade dos infractores.
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Uma das possibilidades que se acredita poder vir a produzir maior impacto é a adopção de
um processo executivo próprio para as dívidas respeitantes às contra-ordenações de trânsito,
o que possibilitaria uma maior agilização da cobrança coerciva dos montantes devidos.
Numa 1ª fase, o processo a adoptar poderia ser baseado no utilizado para as dívidas fiscais,
criando-se na ANSR um órgão de execução que, recebendo os títulos executivos – as
certidões das dívidas respeitantes às contra-ordenações não pagas –, trataria da instauração
dos processos de cobrança coerciva (incluindo uma ou mais certidões) e da subsequente
tramitação.
Essa tramitação passaria por uma nova citação dos infractores para o pagamento da dívida,
já acrescida das custas e juros, e, caso a resposta continuasse a ser negativa, pela penhora e
venda dos bens que permitissem cobrir os montantes em dívida. Tendo em conta que se
recomenda a constituição de apenas de um órgão executivo central, não faz sentido que as
penhoras de bens sejam feitas segundo os métodos tradicionais, que obrigariam a ter
capacidade de actuação desconcentrada, até porque os valores em causa serão normalmente
baixos. Preconiza-se assim que se recorra essencialmente a penhoras automáticas,
direccionadas sobretudo para as contas bancárias dos infractores, mas podendo abranger
outros bens em que também seja mais imediata a obtenção de informação por via automática
(veículos, por exemplo).
São públicas as acções que o Fisco e a Segurança Social têm consumado neste domínio, com
um sucesso notável, não só pelos valores recuperados, mas também pelo efeito dissuasor
junto dos prevaricadores (o que leva, por exemplo, a um maior efeito da citação inicial para
pagamento).
Refira-se que as garantias dos infractores estariam asseguradas, uma vez que seria sempre
possível o recurso para os Tribunais Administrativos nos termos gerais da Lei.
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Face aos já mencionados resultados positivos obtidos pelos sectores do Fisco e da Segurança
Social, acredita-se que a implementação desde modelo, associado a medidas que promovam
a aplicação da sanção acessória (ex: registo de pontos por condutor), poderia contribuir de
forma determinante para uma maior eficácia do processo como um todo.
Nos casos em que, ainda assim, seja necessário o recurso aos Tribunais, a existência de um
sistema único permitirá agilizar e simplificar a interacção da Entidade Administrativa com
estes, reduzindo em grande medida os tempos associados à circulação dos suporte de
informação e os recursos afectos à sua preparação.
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5.2.5. Cobrança
Início
Levantamento e
instauração do
Auto
S
Efectua
pagamento?
N Decisão Judicial
Efectua pagamento
no momento?
21
22
Envio dos cheques
N S Recebe cheques com informação
sobre Auto
Pagamento através
Multibanco?
S
9
S Recebe pagamento
N em dinheiro/cheque
4
Efectua pagamento
através multibanco 1
10
Efectua depósito e
1 envia talões
Efectua pagamento
no momento
2
Recebe pagamento
Pagamento em
cheque/dinheiro?
S em dinheiro/cheque
e entrega recibo
3
11
5 Efectua depósito e Registo de
Recebe pagamento envia talões e cobranças e
N POS e entrega duplicado do Auto entradas
recibo ao infractor
12
Verificação de Autos
6
e cobranças
Efectua fecho do
POS/ Fecho
automático (7ºdia)
Anomalias?
7
Envia extracto de
pagamentos S
Necessário enviar
para ANSR
Processamento do
Auto?
1 N S
13
8
N
Envio para jurista para
Envia ficheiros com análise
pagamentos
efectuados
15 14
16
Fecha o período no
Sistema
17
Emite mapa e distribuição
das receitas pelas
diferentes entidades
18
Pedido de autorização
para transferência a 2
elementos do CA
20 19
Banco Envia ofício para Banco
transfere para as com mapa das receitas e
diferentes entidade distribuição
Fim
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para sistema fechado, ou seja, a fixação do montante a pagar sem possibilitar a sua alteração
no momento do pagamento eliminará a ocorrência destes erros e, consequentemente, todo o
processo administrativo associado à realização de acertos para correcção destas ocorrências.
Uma outra lacuna identificada nesta etapa do processo corresponde à reconciliação das
coimas pagas directamente à Entidade Fiscalizadora. Não estando definidos processos nem
suportes de informação uniformes neste domínio, os dados fornecidos pelas Entidades
Fiscalizadoras são frequentemente insuficientes e dispersos, dificultando o controlo dos
pagamentos recebidos.
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5.2.6. Reembolsos
Relativamente aos reembolsos das cauções de boa conduta, o processo futuro prevê a sua
automatização completa. Esta automatização será conseguida através da substituição do
meio de reembolso utilizado (transferência bancária em vez de cheque) e da implementação
de mecanismos de verificação das condições para reembolso (ex: conclusão do período da
sanção sem ocorrência de novas contra-ordenações) e subsequente geração da transferência
bancária para o NIB indicado pelo infractor no momento da prestação da caução. Associado
a estes processos automáticos deverão ser implementadas ferramentas que permitam o
controlo dos reembolsos previstos e realizados em determinado período.
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Processo de Contra-Ordenações de Trânsito
Relatório Final
Esta informação permitirá, através de consulta rápida, identificar o Auto a que corresponde o
cheque devolvido pela entidade bancária devido a falta de provisão ou a assinatura
desconhecida e, desse modo, iniciar de imediato o processo de tentativa de cobrança do
montante em causa (primeiro com nova notificação do infractor, seguido de envio a tribunal
para execução judicial caso o pagamento não seja realizado).
Para além de simplificar em grande medida o trabalho associado à análise destes casos, esta
medida contribuirá para a redução do número de processos arquivados sem sucesso e,
consequentemente, para o aumento da eficácia do processo.
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Relatório Final
Como base para a estimativa de benefícios decorrentes das medidas propostas no presente
capítulo foram considerados os seguintes pressupostos genéricos:
INDICADOR VALOR
N.º total de Autos levantados por ano 1.500.000
% Autos a notificar (indirectos) 65%
N.º Autos a notificar (indirectos) 975.000
% Autos a tratar pela ANSR (não fechados nas EF) 54%
% Autos complexos (com defesa) 11,25%
Rácio pessoal administrativo/juristas 0,5
Dias úteis por ano / FTE 235
Como base para as estimativas de optimização da actual estrutura foram ainda considerados
os FTE apurados no Capítulo III – “Descrição da Organização Actual” do presente relatório.
Com base nestes pressupostos, apresentam-se nas secções seguintes as estimativas relativas
às melhorias perspectivadas a nível da eficiência do processo – redução de FTE e de tempos
das diversas fases do processo –, sendo estas apresentadas face a dois cenários distintos:
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Cenário Base
MEDIDAS BENEFÍCIOS
• Eliminação da etapa de registo interno dos • Libertação de recursos policiais de tarefas
Autos nas Entidades Fiscalizadoras administrativas
• Eliminação da fase do envio do duplicado do • Redução do prazo entre infracção e registo
Auto para arquivo centralizado • Rapidez no processo devido à eliminação de
etapas desnecessárias
• Eliminação do arquivo temporário do Auto • Simplificação do processo devido à
pelas forças policiais centralização do arquivo na ANSR
• Diminuição da carga administrativa das EF e
da quantidade de papel armazenado
• Recepção e devolução dos documentos • Simplificação do processo de recepção e
centralizadas nas Entidades Fiscalizadora devolução dos documentos
• Redução de custos devido à eliminação dos
serviços descentralizados
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MEDIDAS BENEFÍCIOS
• O SCOT integra/cruza informações com a • Maior fiabilidade na identificação do infractor
base de dados do Registo de Propriedade, no levantamento de Autos directos por via
facilitando a identificação do infractor. electrónica no SCOT.
Cenário Base
MEDIDAS BENEFÍCIOS
• Eliminação da etapa de registo interno dos • Libertação de recursos policiais de tarefas
Autos nas Entidades Fiscalizadoras administrativas
• Eliminação da fase do envio do duplicado do • Redução do prazo entre infracção e registo
Auto para arquivo centralizado • Rapidez no processo devido à eliminação de
etapas desnecessárias
• Eliminação do arquivo temporário do Auto • Simplificação do processo devido à
pelas forças policiais centralização do arquivo na ANSR
• Diminuição da carga administrativa das EF e
da quantidade de papel armazenado
• Eliminação da notificação do infractor nas EF • Concentração do processo de finishing e aviso
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MEDIDAS BENEFÍCIOS
• Automatização da gestão dos registos postais de recepção
• Libertação de Recursos
• Rapidez e simplificação do processo
• Separação da participação e levantamento do • Diminuição de custos de finishing, envios e
auto eliminando a necessidade de recolha de trabalho administrativo
assinatura do agente que presenciou a • Rapidez no processo devido à eliminação de
infracção somente após a elaboração do auto etapas desnecessárias
• Eliminação da insistência no caso de não ser
possível contactar o infractor por erro de
morada
MEDIDAS BENEFÍCIOS
• O SCOT integra/cruza informações com a • Maior rapidez e fiabilidade na identificação do
base de dados do Registo de Propriedade, infractor no levantamento de Autos indirectos
facilitando a identificação do infractor por via electrónica no SCOT
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MEDIDAS BENEFÍCIOS
• Implementação de mecanismos de • Diminuição no tempo da identificação do
comunicação entre aplicações que facilitem a infractor
pesquisa de dados em várias fontes • Eliminação dos erros na identificação do
(identificação do infractor pela matrícula, pelo infractor
registo da viatura, licença de condução etc.)
• Substituição das assinaturas manuais dos • Redução de custos e tempos resultantes da
agentes autuantes pela utilização das diminuição da circulação de Autos em papel
assinaturas digitais • Simplificação e rapidez do processo devido à
eliminação do trabalho administrativo na
recolha dos dados
• Eliminação dos avisos de recepção passando • Diminuição de custos de finishing, envios e
todas as notificações a processar-se por registo trabalho administrativo
postal simples • Rapidez no processo devido à eliminação de
etapas desnecessárias
Cenário Base
MEDIDAS BENEFÍCIOS
• Eliminação das etapas descentralizadas de • Simplificação do processo graças à
registo e de recepção de Autos em SIGA centralização dos registos na ANSR
• A identificação do infractor passa a ser • Eliminação de tarefas duplicadas no registo
centralizada a nível da ANSR dos Autos
• Redução de tempo por eliminação da etapa de
Recepção nas Delegações Distritais
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MEDIDAS BENEFÍCIOS
• O SCOT integra/cruza informações com a • Processo mais eficiente e eficaz devido à
base de dados do Registo de Propriedade, centralização da identificação do infractor na
facilitando a identificação do infractor ANSR
• Registo automático dos Autos levantados por
via electrónica no SCOT
• Digitalização dos Autos através do OCR • Registo dos Autos levantados em papel mais
(Optical Character Recognition) eficiente e célere, pela facilitação da
identificação dos dados do infractor
• Eliminação de custos fixos (instalações,
pessoal, etc.) decorrentes da centralização do
processo
• Maior eficiência no registo dos Autos e
redução do número de erros de identificação
de infractor pelo cruzamento Automático das
bases de dados do registo de propriedade
• A Entidade Fiscalizadora acede ao sistema • Redução de custos e tempo no envio do Auto
para completar elementos em falta no Auto por carta para as Entidades Fiscalizadoras;
• Redução de custos e tempo na resposta das
Entidades Fiscalizadoras
• Digitalização do Auto e respectiva associação • Redução de custos e tempos resultantes da
ao registo do mesmo em sistema diminuição da circulação de Autos em papel;
• Arquivo centralizado de Autos • Redução de custos de arquivo resultantes da
• Recepção centralizada da defesa na ANSR centralização e optimização da gestão do
mesmo
• Digitalização do documento da defesa e
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MEDIDAS BENEFÍCIOS
respectiva associação ao Auto
Cenário Base
MEDIDAS BENEFÍCIOS
• Eliminação das etapas descentralizadas de • Simplificação do processo graças à
registo e de recepção de Autos em SIGA centralização dos registos na ANSR
• A identificação do infractor passa a ser • Eliminação de tarefas duplicadas no registo
centralizada a nível da ANSR dos Autos
• Redução de tempo por eliminação da etapa de
Recepção nas Delegações Distritais
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MEDIDAS BENEFÍCIOS
• A análise do processo e a elaboração da • Redução de custos fixos derivados da
proposta de decisão são realizadas de forma centralização do processo de preparação da
centralizada na ANSR decisão administrativa
• A avaliação dos pedidos de pagamento em • Redução de custos fixos e tempos de resposta
prestações e dilação do prazo de pagamento derivados da centralização do processo
da coima é efectuada de forma centralizada na
ANSR
• A inquirição de testemunhas é assegurada • Redução de efectivos necessários
pelas Forças de Segurança, eliminando a
necessidade de serviços desconcentrados da
ANSR para garantir este actividade
• As decisões administrativas são tomadas • Redução de custos fixos e redução de tempos
centralmente pelos decisores da ANSR derivados da centralização da decisão
administrativa
• Eliminação da etapa de validação e aprovação • Eliminação de custos administrativos e de
da proposta de decisão (infracções muito tempos decorrentes do envio dos processos
graves) no Governo Civil para o Governo Civil
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MEDIDAS BENEFÍCIOS
• As regras de atribuição do processo ao jurista • Gestão de cargas de Autos atribuídos mais
têm em conta o grau de complexidade dos eficaz
processos e regras de gestão de cargas
• Eliminação da organização manual do • Redução do trabalho administrativo e do
processo em capas decorrente da tempo associado à organização dos processos
desmaterialização do processo em suporte papel (capeamento)
• Eliminação da insistência em caso de erro da
morada (erro do infractor)
• Os juristas deixam de receber os processos em • Redução do trabalho administrativo e do
formato papel estando todos os elementos do tempo associado à organização dos processos
processo disponíveis no sistema (registos e em suporte papel
documentos digitalizados) • Redução da circulação de papel
• A Entidade Fiscalizadora acede ao sistema • Redução de custos e tempo no envio do Auto
para completar elementos em falta no Auto por carta para as Entidades Fiscalizadoras
• Redução de custos e tempo na resposta das
Entidades Fiscalizadoras
• Implementação do conceito de “Jurista • Aumento da eficiência e rapidez do processo
Virtual”
• Os pedidos são digitalizados e associados ao • Redução da circulação de papel
respectivo processo em sistema
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Cenário Base
MEDIDAS BENEFÍCIOS
• A notificação da decisão administrativa é • Redução de custos fixos derivados da
efectuada de forma centralizada na ANSR centralização do envio de notificações de
• Eliminação da replicação de tarefas de decisão
notificação nas actuais unidades
desconcentradas da DGV (DV/DCO)
• A entrega dos documentos por parte do • Redução de custos de envio dos elementos do
infractor é efectuada nas unidades distritais da processo entre DV/DCO
Entidade Fiscalizadora
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MEDIDAS BENEFÍCIOS
• O envio do processo para Tribunal é efectuado • Redução da circulação de papel
através do sistema, tendo os serviços do • Redução de custos de preparação e envio de
Tribunal acesso a este processos por correio
• Os requerimentos são digitalizados e • Redução da circulação de papel
associados ao respectivo processo em sistema
• Digitalização da impugnação da decisão e • Redução da circulação de papel
associação ao respectivo processo em sistema • Simplificação da cobrança
• Diminuição das opções de cobranças • Redução de erros relativos a montantes
disponíveis (cheques estrangeiros) transferidos via Multibanco
• Fecho nos montantes do Multibanco
• Eliminação do processo de reembolso devido à • Maior simplicidade do processo devido à
devolução Automática eliminação do reembolso
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Note-se que, neste âmbito, o tempo total refere-se apenas até à emissão da decisão e não é o
tempo total do processo até à execução da mesma.
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6.1. Considerações
Desta forma, a missão da ANSR passa pelo planeamento e coordenação a nível nacional do
apoio à política do Governo em matéria de segurança rodoviária, bem como a aplicação do
direito contra-ordenacional rodoviário. As competências deste organismo são:
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Foi ainda considerada como desejável uma estrutura leve e ágil, com um quadro próprio
reduzido, recorrendo à externalização para assegurar os maiores volumes de actividades
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A anterior DGV havia já recorrido à subcontratação parcial para garantir tarefas de registo e
processamento de dados e de análise prévia de processos, numa lógica de contratação de
mão-de-obra para suprir os volumes de trabalho nas funções existentes. A centralização abre
igualmente caminho para a estruturação de um modelo de processamento massivo, com
especialização por actividade e gerido de forma integrada, que pode ser subcontratado como
um todo numa lógica de níveis de serviço e resultados do processo.
Uma das áreas em que o novo modelo apresenta maiores ganhos de eficiência é na migração
das funções de Registo, Arquivo e Notificação, que actualmente se encontram dispersas pelas
unidades policiais, para uma estrutura centralizada dotada de meios modernos e de recursos
dedicados alheios à actividade de fiscalização.
Para a constituição desta nova estrutura foram considerados para análise três cenários
distintos:
• centralização na ANSR.
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Face aos aspectos ponderados consideramos que a centralização na ANSR é o cenário que
maiores vantagens apresenta, balanceando os ganhos obtidos em termos de sinergias com o
controlo do processo end-to-end.
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No contexto da sua missão, ambiciona-se que este novo organismo deve ser suportado por
uma estrutura leve e ágil, centralizada e focada nos seus desígnios e objectivos, com recurso
à externalização e a meios tecnológicos para assegurar a capacidade necessária para o
processamento do elevado número de Autos de contra-ordenação verificados em Portugal,
com o objectivo último da sua significativa diminuição. Nesta perspectiva, apresenta-se em
seguida o organograma proposto para a ANSR.
Presidente
Presidente
Observatório de
Segurança Rodoviária
Vice-Presidente
Vice-Presidente
Núcleo de Apoio à
Gestão e Operações
Unidade de
Unidade de Gestão de
Fiscalização e
Contra-Ordenações
Prevenção Rodoviária
Outsourcing de Outsourcing de
processos (BPO) processos (BPO)
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6.4.1. Presidente
Descrição
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Competências
6.4.2. Vice-Presidente
Descrição
Competências
Compete ao Vice-Presidente:
• O exercício de funções de tutela global das áreas da responsabilidade da ANSR que lhe sejam
atribuídas especificamente pelo Presidente;
• O exercício de todas as competências do Presidente que lhe sejam delegadas por determinação
expressa daquele;
• A opção de delegação de competências de decisão administrativa relacionadas com a
aplicação de coimas, sanções acessórias e outras medidas disciplinadoras, por despacho
interno, nos dirigentes da ANSR de grau hierarquicamente inferior.
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Descrição
Competências
Composição e Dimensionamento
Podem ainda ser convidadas a integrar o conselho outras entidades, públicas e privadas,
intervenientes no trânsito e na segurança rodoviária.
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Composição e Dimensionamento
Descrição
Competências
Descrição
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Competências
Descrição
Competências
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Descrição
Competências
Descrição
Competências
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legislação aplicável;
• Monitorizar, analisar e reportar aos órgãos superiores da ANSR os indicadores de
desempenho associados à gestão do processo contra-ordenacional;
• Emitir instruções técnicas e recomendações para as entidades fiscalizadoras e judiciais no
sentido de maximizar a eficiência do processo e garantir os objectivos disciplinadores do
mesmo;
• Coordenar o Núcleo de Coordenação de Registo, Arquivo e Notificação (NCRAN) e o Núcleo
de Coordenação de Processamento de Autos (NCPA).
Descrição
Competências
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Relatório Final
Descrição
Competências
6.5. Dimensionamento
6.5.1. Global
Face às competências atribuídas a cada uma das unidades/ núcleos da ANSR prevemos um
dimensionamento de cerca de 73 a 108 recursos próprios da ANSR como ilustrado na figura
que se segue:
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Presidente
Presidente
Vice-Presidente
Vice-Presidente
14-21 RH
Observatório de Núcleo de Apoio à
Segurança Rodoviária Gestão e Operações
4-6 RH 20-30 RH
Unidade de
Unidade de Gestão de
Fiscalização e
Contra-Ordenações
Prevenção Rodoviária
Outsourcing de Outsourcing de
processos (BPO) processos (BPO)
O Núcleo de Apoio à Gestão e Operações deverá integrar apenas as pessoas necessárias para
a manutenção dos serviços mínimos presenciais e o ponto de ligação às unidades de serviços
partilhados da Secretaria-Geral e da Direcção-Geral de Instalações e Equipamentos do MAI.
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A chefia do Núcleo de Apoio à Gestão e Operações será assegurada pelo controller, que para
além do controlo de custos e apoio ao planeamento de toda a ANSR deverá controlar e gerir
os custos e a utilização da prestação dos serviços da Secretaria Geral. Em cada uma das sub-
áreas do núcleo um dos recursos poderá ser designado como coordenador funcional.
Estes contingentes poderão ser reduzidos, ou em alguns casos totalmente transferidos para
fora da alçada da ANSR, de acordo com o modelo exacto de prestação de serviços que for
determinado para estas funções com a Secretaria-Geral.
No que se refere à estimativa das áreas que não fazem parte do processo contra-
ordenacional, estas não foram alvo de um estudo processual detalhado e como tal não foi
considerada a optimização de indicadores de actividade.
A estimativa tem portanto por base as atribuições planeadas e o número de recursos que
actualmente desempenham funções semelhantes na DGV, podendo ser adequada de acordo
com ajustes às atribuições. Neste contexto, a proposta de dotação para a UFPR comporta os
seguintes recursos:
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Relatório Final
A nível central:
• 1 Director de Unidade
• 2 a 5 juristas no apoio à elaboração de propostas de intervenção, planos e iniciativas
na área de segurança rodoviária
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Nestes números não foram consideradas diferenças de produtividade entre recursos externos
e recursos internos, ou seja, assume-se que os efectivos dedicados às actividades
externalizadas seriam os mesmos se estas fossem executadas internamente.
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No cenário em que não sejam implementadas as assinaturas digitais para todos os agentes,
prevê-se a existência de 11 FTE, agentes das entidades fiscalizadoras destacados na ANSR ,
para a validação dos autos levantados face às participações e assinatura dos mesmos. Estes
agentes não integram o quadro da ANSR, não sendo por isso contabilizados nos números
acima apresentados.
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Pese embora a urgência de transição para o novo modelo, devido à criticidade da situação
actual, a colocação em prática das recomendações constantes no presente relatório obrigará à
concretização de um conjunto relativamente vasto de iniciativas, descritas neste capítulo e
destinadas, por exemplo, à produção das alterações legislativas, ao detalhe da organização e
procedimentos, à selecção de pessoal, ao desenvolvimento de sistemas de informação, à
contratação de parceiros e ao estabelecimento de protocolos com entidades terceiras,
iniciativas essas que terão um período de execução mínimo que, associado às respectivas
interdependências, obrigará a que os novos modelos só possam entrar em funcionamento
decorrido que esteja um período de tempo razoável.
Por outro lado, o calendário político associado ao PRACE determinou já para o início de 2007
a criação da ANSR e a consequente extinção da DGV e respectivas estruturas
desconcentradas, nas quais reside actualmente a capacidade executora.
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Relatório Final
Assim, considera-se que a abordagem a seguir para a implementação dos novos modelos
deverá ser alicerçado nas seguintes linhas orientadoras:
• A lei orgânica da ANSR será publicada em Janeiro de 2007 (final do prazo previsto no
Decreto-Lei n.º 203/2006, de 27 de Outubro), seguindo a organização preconizada no
Capítulo VI do presente relatório, sendo desde logo nomeados os dirigentes
superiores e, preferencialmente, os de 1ª linha.
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associados à transição para a nova realidade; para tal poderá ser aproveitada a
oportunidade da transferência para a ANSR das competências de gestão das
contra-ordenações das portagens, tema desenvolvido na secção seguinte.
Operação
Preparação
(Processo Actual)
Publicação da Lei Orgânica da ANSR
Nomeação dos Dirigentes
Transição
Montagem
Operação do Piloto
do Piloto
7.2. Actividades
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Esta estrutura, sendo provisória, deverá ser dimensionada de modo a assegurar apenas a
capacidade necessária para registo dos novos Autos no SIGA (o que permitirá facilitar o
controlo sobre os Autos pendentes e automatizar a sua transposição posterior para o novo
sistema de informação) e evitar a prescrição dos processos existentes, dando prioridade ao
processamento dos Autos com maior risco mas que, ainda assim, tenham uma probabilidade
razoável de conclusão bem sucedida (ex: Autos com idade entre 12 e 18 meses). Esta
abordagem minimalista permitirá também reduzir os riscos e dificuldades na transição
posterior para o modelo de funcionamento definitivo da ANSR.
• A selecção, contratação e formação dos recursos humanos que a irão integrar, sendo
recomendada, de forma a acelerar o processo, a inclusão de actuais recursos das
entidades desconcentradas da DGV que já estejam envolvidos no processo e cuja
mobilização seja viável (ex: partindo do princípio que a estrutura será instalada na
área de Lisboa, transferência de recursos que actualmente desempenhem essas
funções nas unidades da DRV de Lisboa e Vale do Tejo), complementada com uma
eventual contratação célere de recursos externos com base no argumento de urgência;
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Registe-se que, durante esta fase, o nível de pendências irá aumentar, uma vez que não
existirá capacidade suficiente para manter o ritmo actual de processamento e que este será
feito de acordo com as prioridades definidas, e também que durante o período necessário à
transferência de autos das estruturas desconcentradas não será feito qualquer
processamento. Esta questão será resolvida pela definição do plano de recuperação do
trabalho acumulado, a implementar na etapa seguinte.
Esta fase, tem como primeiro grande marco a publicação da lei orgânica da ANSR, no âmbito
da qual deverá ser nomeado o respectivo Presidente e Vice-Presidente, e, na medida do
possível, os responsáveis pelas Unidade de Fiscalização e Prevenção Rodoviária, Unidade de
Gestão de Contra-Ordenações e Núcleo de Apoio à Gestão e Operações. No seu conjunto,
estes elementos actuarão como a “Comissão Instaladora” da ANSR, assumindo a
responsabilidade pela liderança das diferentes iniciativas a levar a cabo. Paralelamente, estes
elementos assegurarão também a coordenação da estrutura referida na secção anterior que se
dedicará a dar continuidade ao processamento de Autos durante o período de montagem do
novo modelo.
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Será expectável que a ANSR fique instalada em grande medida nas actuais
instalações centrais da DGV, o que facilitará o processo. A iniciativa deverá envolver
os elementos responsáveis pelos organismos que vão receber as demais atribuições da
DGV, para que seja possível optimizar a rentabilização das infra-estruturas existentes
e definir claramente os destino de todo o património da actual DGV.
O resultado desta fase será a identificação clara das diferentes dimensões inerentes à
instalação da ANSR e o planeamento da sua progressiva disponibilização, tendo em
conta os timings das restantes iniciativas e dos organismos do MOPTC.
Com base na configuração final dos novos modelos, deverá então ser confirmada,
pelos juristas do MAI e da actual DGV a análise de impacto na legislação em vigor
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• A selecção e nomeação dos recursos humanos que integrarão a ANSR, tendo como
base a definição detalhada de funções e competências realizada no âmbito do ponto
anterior e o dimensionamento definitivo resultante das decisões entretanto tomadas
sobre o nível a adoptar de externalização de funções.
Esta actividade envolverá assim a análise fina dos recursos da actual DGV que
deverão transitar para as diversas posições da ANSR, bem como a eventual
identificação de fontes alternativas de recrutamento internas ou externas ao
MAI/Administração Pública para preenchimento de lugares.
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De referir sobre este último aspecto que a transferência entretanto consumada dos
processos pendentes para a estrutura central referida na secção anterior e a entrada
de novos processos exclusivamente por essa via permitirá, ao contrário da situação
actual, um conhecimento completo sobe o universo de processos pendentes de
processamento, factor fundamental para o correcto planeamento dos respectivos
trabalhos de recuperação e dimensionamento da estrutura que levará a cabo essa
tarefa.
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Tendo em conta as necessidades geradas pela recente transição para a DGV (e por inerência à
ANSR) das competências de processamento das contra-ordenações em portagens18,
considera-se que o universo destas contra-ordenações poderá constituir o alvo desse piloto,
uma vez que o processo associado será relativamente simples (correspondente às contra-
ordenações leves e, por isso, sem a complexidade associada à sanção acessória) e englobará
diversas actividades previstas no processo contra-ordenacional futuro (notificação, defesas,
requerimentos, articulação com Tribunais, etc.). Ou seja, será possível num contexto de
complexidade limitada iniciar desde logo a construção e verificação de diversas
componentes que serão reaproveitadas na íntegra para o modelo de funcionamento futuro
da ANSR.
Por fim, e tendo em conta o vasto conjunto de acções a levar a cabo, a respectiva
complexidade e os objectivos de rápida concretização do novo modelo, acredita-se que a
ANSR deverá recorrer, nesta fase, a apoio externo especializado, nomeadamente ao nível de
serviços de consultoria em organização e gestão e em sistemas e tecnologias de informação.
Esta será a forma de se assegurar que a ANSR dispõe da capacidade adequada para, dentro
dos prazos definidos, empreender na mudança pretendida.
18 De acordo com a Lei n.º 25/2006, de 30 de Junho, o processamento destas infracções transita para a
alçada da DGV sempre que não haja pagamento voluntário na sequência do Auto levantado pela
empresa concessionária
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Paralelamente, será executada a migração dos dados residentes no SIGA para o novo
sistema de informação, permitindo que, para além do registo e processamento de novos
Autos, possa desde logo ser iniciada a recuperação de trabalho acumulado pela estrutura que
venha a ser constituída especificamente para esse efeito.
Assim, será expectável que durante esta fase surjam necessidades de ajustamento dos
modelos implementados, quer no que respeita à organização e distribuição de recursos
humanos, quer aos processos, quer ainda aos sistemas de informação, sem prejuízo de outras
vertentes em que seja também necessário actuar. Os níveis de serviço com as empresas
externas contratadas para a prestação de serviços deverão também ser avaliados e
optimizados.
Será importante que as equipas criadas na fase anterior para implementação das diversas
componentes do modelo (eventualmente com recurso a apoio externo) se mantenham
parcialmente activas durante esta fase, de modo a que haja uma capacidade permanente de
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Por fim, e uma vez atingida essa “velocidade de cruzeiro”, dever-se-á proceder, de forma
cíclica, à medição e avaliação do cumprimento dos objectivos estratégicos e operacionais
definidos anteriormente, procedendo-se à realização dos ajustamentos que eventualmente se
manifestem necessários. Este aspecto, associado ao encorajamento permanente dos
colaboradores por parte da liderança para que estes proponham melhorias aos processos
desenvolvidos, contribuirá decisivamente para a criação da desejada cultura interna de
melhoria contínua.
Para além da actuação em cada uma das vertentes que permitirão construir de forma plena o
novo modelo proposto, a adequada gestão do programa global de implementação será uma
das peças fundamentais para obtenção dos objectivos nos moldes preconizados e nos timings
estabelecidos.
Estrutura
Funcional Steering Committee
Nível Estratégico
Gestão Programa
Nível Táctico
Gestão
Gestão Projecto
Projecto A
A Gestão
Gestão Projecto
Projecto B
B ... ...
Nível Operacional
Equipa
Equipa Equipa
Equipa
A1
A1 A2
A2
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A este nível, preconiza-se que a acção de gestão por parte do Ministério da Administração
Interna e da ANSR orientada à viabilização da concretização dos macro-objectivos
estabelecidos para o programa deva ser assegurada por um Steering Comittee.
A Gestão do Programa a este nível terá como objectivo fundamental a tomada das decisões
mais estruturantes e a minimização dos obstáculos à concretização da iniciativa
protagonizada pelo Ministério da Administração Interna e pala ANSR, procurando os
“pontos de sintonia” da mesma com outras iniciativas em curso e/ou a desenvolver no
âmbito do mesmo Ministério e, sempre que aplicável, da Administração Pública em geral.
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• a validação da adequação dos produtos intermédios e finais a obter face aos objectivos
estabelecidos;
Deverá ser igualmente assegurada a este nível a interlocução considerada necessária com
outros organismos da envolvente externa e com Prestadores de Serviços que tenham a seu
cargo a concretização de projectos em curso no âmbito do desenvolvimento do Programa
(acções tão distintas como a revisão normativa, ajustamentos infraestruturais, tecnológicos,
organizacionais, processuais, etc.).
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Uma vez descritas a estratégia e as acções a levar a cabo para implementação do modelo
proposto, interessa agora apresentar uma proposta para respectiva calendarização, a qual se
deverá constituir como base para a construção do Plano Director de Implementação da
ANSR.
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Tendo como base a publicação da lei orgânica da ANSR, o calendário proposto prevê:
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Por fim, o calendário apresentado prevê, após um período razoável de operação do novo
processo (cerca de 7 meses), uma breve fase de revisão e ajustamento dos processos e da
estrutura de recursos humanos, de forma a contemplar a introdução de eventuais melhorias
identificadas com base na aprendizagem entretanto ocorrida.
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