Incandescência atroz de gestos que me possuem Amortalhando em vida o meu eu incompleto.
A poesia é uma torrente infinita
Nós somos as suas margens Umas antes outras agora outras depois Esse rio que corre entre essas margens que o comprimem Não fossem os poetas Seria um mar imenso Que é o que eu penso das coisas quando as vejo A poesia não é a arte É a dor e o desconsolo de estar vivo O que eu era e o que eu sou Pouco importa.